O Espelho De Volpi: O Artista, a Crítica E São Paulo Nos Anos 1940 E 1950

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

O Espelho De Volpi: O Artista, a Crítica E São Paulo Nos Anos 1940 E 1950 Universidade Estadual de Campinas Instituto de Filosofia e Ciências Humanas MARCOS PEDRO MAGALHÃES ROSA O ESPELHO DE VOLPI: O ARTISTA, A CRÍTICA E SÃO PAULO NOS ANOS 1940 E 1950 Campinas 2015 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS A comissão examinadora dos trabalhos de Defesa de Dissertação, composta pelos professores Doutores a seguir descritos, em sessão pública realizada no dia 10 de Dezembro de 2015, considerou o candidato Marcos Pedro Magalhães Rosa aprovado. Profª. Drª. Heloísa André Pontes Profª. Drª. Ana Paula Cavalcanti Simioni Prof. Dr. Luiz Gustavo Freitas Rossi A ata de defesa, assinada pelos membros da Comissão Examinadora, consta no processo de vida acadêmica do aluno. Resumo O pintor Alfredo Volpi (1896 – 1999) nasceu na Itália e se formou em São Paulo no contato com artistas imigrantes. Ele é considerado, por diversos estudiosos, um dos mais importantes pintores brasileiros. Vários críticos dedicaram-se às suas obras, quase sempre recorrendo a uma narrativa a respeito de sua biografia e personalidade. Essa forma de analisar Volpi, embora exista até hoje, remonta a Mário de Andrade (1893 –1945) e Mário Pedrosa (1900 –1981). Mais precisamente, ao período entre 1944 e 1957, quando, em São Paulo e no Rio de Janeiro, aconteceram importantes exposições do artista. Respectivamente, a primeira mostra individual e a primeira retrospectiva. É nesse período que Volpi é abrasileirado e ascende ao nosso panteão. Tomei essa personalidade pública como foco de análise, o que significa que me debrucei sobre a relação entre os críticos de arte e o próprio artista no período em que Volpi atuava. Há um diálogo entre as expectativas dos primeiros e a produção do segundo. Nessa conversa, mais ou menos tensa, a noção de pessoa, tema clássico da Antropologia, é mobilizada para embaralhar a posição do sujeito e sua obra. Nessa dissertação, ambos, pintor e pintura, criam-se simultaneamente e dividem a prerrogativa heurística para apreensão do processo. É, ao abrasileirar Volpi, que os críticos conseguem renovar a história da arte e relativizar os cânones que já haviam se estabelecido. Ou seja, é ao instituir uma personalidade específica, um proletário com pendor artesanal e isolado no subúrbio de São Paulo, que os críticos e o artista fizeram a história da arte nacional se desenrolar. Esse processo, analisado por outro ângulo, revelou a importância das redes de artistas imigrantes em São Paulo e a centralidade de instituições, como os colégios técnicos, que, na capital paulista, possibilitaram o surgimento de uma iconografia brasileira feita por imigrantes e filhos de imigrantes. O artista, por meio de sua obra, e a crítica de arte são espelhados um no outro. Ambos revelam uma negociação ao redor das ideias de nacionalismo e modernidade que situa e consagra Alfredo Volpi. Abstract The Mirror of Volpi: the artist, the critic and Sao Paulo in the 1940-50’s The painter Alfredo Volpi (1896-1999) was born in Italy and raised in Sao Paulo beside immigrant artists. He is also considered, by many scholars, one of the most important Brazilian painters. Several critics analyzed his work, almost always resorting to a narrative regarding his biography and personality. This way of analyzing Volpi, although still present nowadays, date back to Mario de Andrade (1893-1945) and Mario Pedrosa (1900-1981). More specifically, to the period between 1944 e 1957, when, in Sao Paulo and Rio de Janeiro, important exposées of Volpi‟s work took place. Respectively, his first individual display and the first retrospective. It is in this precise period that Volpi pointed Brazilian and ascend to our pantheon. I took this public personality as analytical focus, which means that I leaned over the relation between art critics and the artist himself, as well as the dialogue between their expectations and his artistic production. In this relatively tense conversation, the notion of personhood, a classical anthropological topic, is deployed to shuffle the subject‟s position and his work. In this dissertation, both painter and painting create themselves simultaneously and divide the heuristic prerogative for that process‟ apprehension. In making Volpi Brazilian, the critics manage to renew the history of art and render relative established canons. Put it differently, in instituting a specific personality – an isolated proletarian man living in the Sao Paulo‟s suburbs with artistic penchant – the artist and his critics uncoiled the national history of art. That process, viewed by another angle, revealed the importance of immigrant relation nets and also the centrality of institutions, such as the technical schools that, in sao Paulo, made possible the outcome of an Brazilian iconography created by immigrants and their children. The artist, through his work, and the art critic are mirrored in one another. They both reveal a negotiation surrounding ideas about nationalism and modernity that locate and consecrate Alfredo Volpi. Agradecimentos Começo receoso esse agradecimento. Ele só pode ser uma traição. São muitas as pessoas a quem devo e a economia de palavras e memórias me obrigarão a deixar a maioria de lado. Continuo a escrever com o dever da justiça: algumas pessoas são tão importantes que não mencioná-las seria pior que a deslealdade. Evidentemente há a infinidade de funcionários que não me lembro do nome e muitos que só conheço pelo resultado de seus trabalhos: dentre eles está a maioria dos funcionários dos arquivos, bibliotecas e museus que frequentei. Os funcionários do MASP, do MAC, do MAM-RIO, da Pinacoteca do Estado de São Paulo, da biblioteca Alfredo Volpi, da biblioteca do Instituto de Artes, de Estudos da Linguagem e o de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP. Da biblioteca da Escola de Comunicação e Artes da USP, do centro de documentação Alexandre Eulálio, do arquivo Multimeios do Centro Cultural São Paulo. E também os funcionários da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP, que patrocinou essa pesquisa. À Camila, devo agradecer pela ajuda em momentos difíceis e pelas risadas. À Carol, Adriana, Jana, Chun, Babi, Adriane, Thainã, Thami e Raquel por viver junto. À Ju, Allão, Anita e Ligia por terem sido minha casa! Por todas as cervejas, conversas e descobertas, eu agradeço aos colegas da Bienal. Em especial à Ju, Tânia, Maria, Vini, Caio, Fabana e Naka. Ao Lucas, que foi meu professor, e à Rê, por me mostrar a beleza e a arquitetura dos caminhos paralelos. Por todas as sextas feiras, trocas e divisões de angústias, eu agradeço aos colegas de Mestrado. Em especial ao Rafa, com quem tenho muito a aprender. À Tatá, pela facilidade que é estar junto. À Ju, por dividir comigo aquelas águas escuras. À Andrea, pelas leves confusões. Ao Gustavo, Sobral e Vitor que também leram o meu projeto e o comentaram com generosidade. À minha mãe que sempre esteve comigo, em todos os sentidos e em todas as dimensões. Ela, eu carrego nos espaços entre as letras e no coração. Ao meu pai, pelo apoio e pelo mistério que, às vezes, se abre ao bom descobrimento. À tia Lúcia, em quem sempre penso com carinho. À minha vó que me mostra a beleza das rochas. À minha outra vó, que me ensinou que uma vida mal vivida é veneno. Ao Marco Antônio Mastrobuono, que aceitou me receber. Na nossa conversa eu pude ver um Volpi vivo. Aos professores do centro de pesquisa de Arte & Fotografia que me receberam como aluno ouvinte. Dentre eles, um agradecimento especial a Tadeu Chiarelli. Aos meus professores do IFCH, pelo aprendizado e generosidade. Dentre eles, agradeço especialmente a Jorge Coli, Guita Grin Debert e Luiz Marques, que me ensinaram a ver. O professor Omar está no começo dessa pesquisa e ainda o reencontro quando me pego pensando de uma ou outra forma. Silvana Rubino participa dessa pesquisa não só como professora. Agradeço a ela e ao Sérgio Miceli pelos comentários certeiros na banca de qualificação. À Professora Ana Paula Cavalcanti Simioni e ao Professor Gustavo Freitas Rossi, que compuseram a banca de defesa e comentaram a minha dissertação de forma cuidadosa e instigante. À Helô, minha orientadora, por tudo. Hoje é difícil mensurar o tamanho de sua importância. - Você apostou em mim e nessa dissertação; você possibilitou o espaço para que eu pudesse pensar sobre Volpi. Só em diálogo com você, eu pude estruturar a maioria das minhas ideias... E sua leitura atenta e presença segura são enormes privilégios que carrego. OBRIGADO Suma rio Introdução .............................................................. 10 O gênio do lugar..................................................... 29 O círculo................................................................. 49 A linha .................................................................... 67 Epílogo ................................................................... 91 Referência bibliográfica ......................................... 99 10 Introduça o Alfredo Volpi viveu quase cem anos (1896 – 1988) e foi pintor da década de 1910 a 1980. Mesmo hoje, quase trinta anos após sua morte, sua presença é marcante: em vida foi considerado o maior artista nacional e no presente é destaque do nosso panteão.1 Ele atravessou, ainda vivo, toda a história da arte moderna do país. E sua trajetória alinhava períodos que, aos olhos da historiografia consagrada, são marcados por rompimento. Sua carreira inicia-se em São Paulo, no meio migrante, provavelmente na década de 1910, num contexto aparentemente à margem da célebre semana de 1922, mas que nem por isso, passou à baila do modernismo, ela perpassou a década de 1940 e 1950 com a consolidação de um abstracionismo internacional e, mais tarde, o neoconcretismo. Trata-se da história de um pintor que, só recentemente, foi sistematizada no formato de biografia.2 Ao longo dos anos, ela era invocada quase como uma lenda ou uma mitologia. Várias pessoas o descreviam, em especial críticos de arte, cada uma dizia coisas diferentes, mas todas com um núcleo comum que pode ser bem visualizado no convite de uma exposição realizada em 2007, no Museu Oscar Niemeyer em Curitiba.
Recommended publications
  • Alfredo Volpi É Uma Rara Unanimidade Na Arte Brasileira
    VOLPI A EMOÇÃO DA COR 28 de março a 29 de maio de 2014 2 VOLPI VOLPI 3 AD AD VOLPI A EMOÇÃO DA COR "É bastante difícil encontrar-se um pintor de mais tranquilo e radical alheamento de sua própria obra. Isolado, trabalha com afinco e independência. Trabalha pela necessidade, imperiosa de seu espírito, como que guiado por estranhas forças que o impelem, subjugando todo o seu eu, narcotizando todas as suas energias. Absolutamente sincero, real, é um colorista de invulgar riqueza e dramaticidade (...). Sabe cantar as cores, mesmo as violentas, em sinfonia de exata orquestração. É sua psique de artista. Na sua produção todas as tonalidades se entrelaçam possuindo o timbre argentino da harmonia. (...) Sua pintura é ricamente construída, estranhamente disciplinada, sem nenhuma concessão ao brilho, ao virtuosismo e nem mesmo à fantasia. Arte pura, sem artifício. (...) Planimetria perfeita, colorido justo, atmosfera, vibratibilidade, são os atributos que vivem na sua tela e que se prolongam em todos os outros trabalhos. (...) Algumas de suas [obras] revelam gênio. São originais. Não copiam os modelos conhecidos. Perturbadora(s) na exuberância do colorido. Não que o artista seja um improvisador de sinfonias gritantes. Muito pelo contrário. É um regente que ordena todas as notas e harmonias em partitura clara, grandiosa, numa gama de perfeita unidade." 1 Surpreendentemente, o texto acima, uma avaliação irretocável da obra de Volpi, foi escrita pelo crítico de arte Virgílio Maurício, em 1935 2. O artigo, intitulado Volpi, o Wagner da pintura, foi publicado no jornal O Imparcial, e resgatado por Marco Antonio Mastrobuono no seu livro Alfredo – Pinturas e Bordados.
    [Show full text]
  • Alfredo Volpi Chega Ao Brasil Com Dois Anos De Idade E Na Adolescência Começa a Trabalhar Como Pintor-Decorador De Paredes
    acervoroteiros de visita O Museu de Arte Contemporânea da Universidade optativas, cursos de extensão cultural, ateliês, visitas de São Paulo (MAC USP) foi criado em 1963, quando orientadas, site na internet e biblioteca especializada. 50 a Universidade de São Paulo recebeu de Francisco A Divisão Técnico - Científica de Educação e Arte Matarazzo Sobrinho, Ciccillo, então presidente do (DTCEA) concentra sua atuação no desenvolvimento isita e não deve ser utilizada individualmente Museu de Arte Moderna de São Paulo, o acervo que de materiais educativos, na formação de monitores, constituía o MAM SP. Além desse acervo transferido na organização de exposições didáticas, em programas para a USP, Matarazzo e sua mulher, Yolanda para públicos diversos, cursos à comunidade e em Penteado, doaram ao novo museu suas coleções publicações que têm como objetivo geral favorecer um Acervo: Roteiros de V particulares, às quais se somaram aquelas efetuadas contato mais efetivo entre a obra e público visitante, pela Fundação Nelson Rockfeller e os prêmios das especialmente professores e estudantes. ação Bienais Internacionais de São Paulo. Dentro dessa proposta e com o patrocínio da Hoje o MAC USP possui mais de 8 mil obras entre Fundação Vitae, a equipe de educadores produziu o pinturas, desenhos, gravuras, fotografias, esculturas, Acervo: Roteiros de Visita. Esse material propicia aos objetos, instalações e trabalhos conceituais, pesquisadores, professores e alunos recursos constituindo um importante acervo de arte moderna preparatórios e avaliativos de visitas ao museu e contemporânea, relevante patrimônio cultural na universitário. Valoriza a idéia de museu também como América Latina. “sala de aula”, dinamizando processos criativos e a Esta ficha é parte integrante do programa Como museu universitário, o MAC USP é um local de interatividade nas áreas do conhecimento.
    [Show full text]
  • Obras De Arte Do Senado Federal
    SENADO FEDERAL SENADO FEDERAL Obras de arte do Senado Federal Catálogo do Acervo BRASÍLIA – DF 00544.indd 1 09/08/2010 10:38:46 O Conselho Editorial do Senado Federal, criado pela Mesa Diretora em 31 de janeiro de 1997, buscará editar, sempre, obras de valor histórico e cultural e de importância relevante para a compreensão da história política, econômica e social do Brasil e reflexão sobre os destinos do país. Organização: Serviço de Museu e Secretaria de Informação e Documentação Projeto gráfico: SEPRVI – Serviço de Programação Visual da Secretaria Especial de Editoração e Publicações do Senado Federal © Senado Federal, 2010 Congresso Nacional Praça dos Três Poderes s/nº – CEP 70165-900 – DF [email protected] http://www.senado.gov.br/web/conselho/conselho.htm Todos os direitos reservados . Brasil. Congresso Nacional. Senado Federal. Obras de arte do Senado Federal. – Brasília : Senado Federal, 2010. 260 p. : il. 1. Obra de arte, catálogo. 2. Brasil. Congresso Nacional. Senado Federal, catálogo. I. Título. CDD 709.81 . 00544.indd 2 09/08/2010 10:38:46 Obras de arte do Senado Federal 00544.indd 3 09/08/2010 10:38:46 ...................... S ENADO F EDERAL ...................... Mesa Diretora Biênio 2009/2010 Senador José Sarney Presidente Senador Marconi Perillo Senadora Serys Slhessarenko 1o Vice-Presidente 2a Vice-Presidente Senador Heráclito Fortes Senador João Vicente Claudino 1o Secretário 2o Secretário Senador Mão Santa Senadora Patrícia Saboya 3o Secretário 4a Secretária Suplentes de Secretário Senador César Borges Senador Adelmir Santana Senador Cícero Lucena Senador Gerson Camata Conselho Editorial Senador José Sarney Joaquim Campelo Marques Presidente Vice-Presidente Conselheiros Carlos Henrique Cardim Carlyle Coutinho Madruga Raimundo Pontes Cunha Neto 00544.indd 4 09/08/2010 13:07:34 Edições do Senado Federal Obras de arte do Senado Federal .....................
    [Show full text]
  • Uma Exposição Do Modernismo Brasileiro Na Coleção Do Banco Central
    1 Universidade de Brasília Programa de Pós-Graduação em Arte Maryella Gonçalves Sobrinho TRILHAS DA MODERNIDADE: UMA EXPOSIÇÃO DO MODERNISMO BRASILEIRO NA COLEÇÃO DO BANCO CENTRAL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTE (PPG – ARTE) – UnB TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE BRASÍLIA 2014 2 Universidade de Brasília Programa de Pós-Graduação em Arte Maryella Gonçalves Sobrinho TRILHAS DA MODERNIDADE: UMA EXPOSIÇÃO DO MODERNISMO BRASILEIRO NA COLEÇÃO DO BANCO CENTRAL Dissertação de Mestrado do Programa de Pós- Graduação em Arte na Linha de Pesquisa Teoria e História da Arte da Universidade de Brasília, sob a orientação da professora doutora Elisa de Souza Martinez. BRASÍLIA 2014 3 À mamãe e à minha irmã pelo apoio incondicional. Ao papai, que não está aqui para ver esta conquista. 4 AGRADECIMENTOS A Deus, que permitiu a realização deste trabalho, mesmo nas situações mais adversas. À minha orientadora e mestre, Elisa de Souza Martinez, que me mostrou um caminho quando eu ainda não sabia que existia um para seguir. Aos meus companheiros de pesquisa, Fabixa, Paulo e Fran, com quem compartilhei momentos de dúvidas e descobertas. À Alice e Suzzana, pela paciência e preocupação. À equipe do Banco Central pelo apoio e pelo fornecimento de material de pesquisa sobre a coleção de obras da instituição. À Capes, pelo auxílio financeiro. 5 RESUMO Este trabalho apresenta uma reflexão sobre a interpretação da obra de arte em seu contexto de exposição. Aqui lidamos com três contextos: a coleção de obras de arte do Banco Central do Brasil (BC), a galeria de arte do BC e uma exposição que aborda o modernismo brasileiro.
    [Show full text]
  • O Mercado De Arte Moderna Em São Paulo
    O MERCADO DE ARTE MODERNA EM SÃO PAULO 1947–1951 1 Ministério da Cultura e Museu de Arte Moderna de São Paulo apresentam O MERCADO DE ARTE MODERNA EM SÃO PAULO 1947–1951 Curadoria e textos Curatorship and texts José Armando Pereira da Silva 07 de fevereiro a 30 de abril Patrocínio Realização Collecting and conserving works of art is the essential mis- sion of any museum, fully accomplished when these works are exhibited to the public in a manner that is accessible and critical, and based on solid educational action. In The São Paulo Modern Art Market, some 70 works from the MAM collection will enable viewers to get a sense of the art scene in São Paulo during the 1940s, a decade whose modern spirit was decisive to MAM’s foundation. Confident that this exhibition will present the public with an opportunity to reflect on the role of museums and art institu- tions, MAM invites you to join this transformative encounter with the origins of the Brazilian modernist culture. Milú Villela President of Museu de Arte Moderna de São Paulo Colecionar e conservar obras de arte é uma missão essencial a um museu. Essa missão é plenamente cumprida quando as obras são exibidas ao público de maneira acessível e crítica, amparada por uma sólida ação educativa. Em O mercado de arte moderna em São Paulo: 1947-1951, mais de 70 obras do acervo do MAM permitem conhecer o ambiente artístico da cidade de São Paulo nos anos 1940, cujo espírito moderno foi decisivo para a fundação do MAM.
    [Show full text]
  • Deolinda Conceição Taveira Moreira
    DEOLINDA CONCEIÇÃO TAVEIRA MOREIRA PATRIMÔNIO CULTURAL E MEMÓRIA: CLOVIS GRACIANO NA PRAÇA DO TRABALHADOR. GOIÂNIA - GO 2019 DEOLINDA CONCEIÇÃO TAVEIRA MOREIRA PATRIMÔNIO CULTURAL E MEMÓRIA: CLOVIS GRACIANO NA PRAÇA DO TRABALHADOR. Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Educação e Patrimônio Cultural e Artístico, lato sensu – a distância, do Programa de Pós-graduação em Arte-PPG- Arte, Instituto de Artes da Universidade de Brasília. Orientadora: Profa. Dra. Lia Calabre GOIÂNIA - GO 2019 2 SUMÁRIO Sumário ............................................................................................................ 3 1. Introdução ................................................................................................ 6 2. Questões em torno do conceito de patrimônio ........................................ 9 2.1. Patrimônio Cultural e as recomendações das Cartas Patrimoniais 10 2.2. Algumas questões em torno do tema da preservação 14 3. O artista e o monumento: antecedentes e contexto .............................. 22 3.1. O artista - biografia resumida 26 4. Relatório monumento ao trabalhador: estudo para reconstrução (2003) ... ............................................................................................................... 27 Considerações Finais ..................................................................................... 30 Referências ..................................................................................................... 32 3 LISTA DE FIGURAS Figura 01 - Simulação digital do Monumento.
    [Show full text]
  • A LFR ED O V O L P I T He P O Etics O F C O Lo Ur
    ALFREDO VOLPI The Poetics of Colour Nouveau Musée National de Monaco ALFREDO VOLPI The Poetics of Colour Francisco Rebolo, Alfredo Volpi, Paulo Rossi Osir, Nelson Nóbrega and Mário Zanini, 1930s FOREWORD 7 ALFREDO VOLPI: COLOUR IN ALL ITS STATES 9 INSTITUTO ALFREDO VOLPI DE ARTE MODERNA 11 THE MONACO EXHIBITION Cristiano Raimondi 14 VOLPI Lorenzo Mammì 22 THE COMPLEXITY OF SILENCE Jacopo Crivelli Visconti 52 AUTHORS 60 WORKS 62 TEXTES EN FRANÇAIS 163 TEXTOS EM PORTUGUÊS 195 ALFREDO VOLPI La poétique de la couleur 228 BIOGRAPHY AND EXHIBITIONS 244 — BIBLIOGRAPHY 253 IMPRINT 254 6 FOREWORD Presenting the work of Alfredo Volpi at the Nouveau Musée National de Monaco means paying tribute to a man who spent his life extolling and promulgating the Brazil of his time through the use of colour and simplified forms. Volpi’s façades immerse us in a subtle and refined world, while his masts and flags convey the atmospheres of the ‘festas juninas’ with a delicacy and poetry of which only a great master is capable. Brazil and the Principality of Monaco are once again linked through art and research, and by the long-standing relationship between our country and our distant friends on the other side of the ocean. Volpi is a welcome guest here, where great artists and avant-gardes have developed, and I am more than happy to participate in the international exposition of this poet of colour, an exceptional painter in his great simplicity. H.R.H. The Princess of Hanover 7 8 ALFREDO VOLPI: COLOUR IN ALL ITS STATES It is a rare privilege to be able to display the work of Alfredo Volpi, an artist almost unknown in Europe.
    [Show full text]
  • Central O Clubinho / Texto De Pollyana Quintella E Mariano Marovatto
    centralgaleria.com [email protected] bento freitas, 306 pg 1 /18 +55 11 2645 4480 vila buarque 01220 000 / são paulo central o clubinho / texto de pollyana quintella e mariano marovatto Arte e vida cultural na modernidade paulista Modernismo e o Palacete Santa Helena Na véspera dos acontecimentos da Semana de Arte Moderna, Oswald de Andrade já avisava aos jornais: “Como Roma primitiva, criada nos cadinhos aventureiros, com o sangue despótico de todos os sem-pátria, São Paulo, cosmopolita e vibrante, presta-se como poucas cidades da América a acompanhar o renovamento anunciado nas artes e nas letras”. Mesmo contendo quase um terço da população do Rio de Janeiro na época, o vaticínio do mestre do Modernismo sobre São Paulo tornou-se inarredável. Depois da Semana, tanto a cidade como as artes brasileiras foram crescentemente adquirindo uma nova e irreversível personalidade. Nas duas décadas seguintes, porém, mesmo com o advento do Modernismo, São Paulo sofria de uma ausência de espaços institucionais voltados para a arte moderna. As ideias eram sólidas, mas as estruturas para abrigá-las permaneciam em abstração. Exposições realizavam- se em locais bastante heterogêneos e improvisados, desde “entidades culturais, educacionais e de classe até hotéis de alto luxo, casas comerciais, livrarias, estúdios de fotógrafos ou mesmo recintos de lojas e armazéns temporariamente vazios e alugados para esse fim”. Embora os museus voltados para a arte moderna já fizessem parte da política cultural e da paisagem citadina europeia e norte-americana, o Brasil contava apenas com um grupo seleto de entusiastas que só veria o resultado de seus anseios tornar-se realidade no final dos anos 1940, com a criação do MASP, do MAM-SP e do MAM-RJ.
    [Show full text]
  • Catálogo De Obras On-Line Do Projeto Eliseu Visconti, Sob O Código P134
    JAMES LISBOA leiloeiro oficial JUCESP Nº 336 LEILÃO DE ARTE DIA 25 DE JUNHO (TERÇA-FEIRA) ÀS 21:00 HORAS No dia do pregão as obras serão apresentadas somente por projeção, a apreciação física das mesmas poderá ser feita somente durante a exposição. ATENÇÃO PARA O ENDEREÇO LEOPOLLDO JARDINS RUA PRUDENTE CORREIA, 432 - JARDIM EUROPA (ESQUINA COM A AV. FARIA LIMA, EM FRENTE AO SHOPPING IGUATEMI) LEILÃO DE ARTE DIA 25 DE JUNHO (TERÇA-FEIRA) ÀS 21:00 HORAS LEOPOLLDO JARDINS RUA PRUDENTE CORREIA, 432 - JARDIM EUROPA (ESQUINA COM A AV. FARIA LIMA, EM FRENTE AO SHOPPING IGUATEMI) HELIPONTO - LATITUDE: 23º 34’ 34’’ S | LONGITUDE: 46º 41’ 09” (NECESSÁRIO AGENDAMENTO) serviço de segurança e manobrista no local LANCES PRÉVIOS EXPOSIÇÃO Por telefone ou e-mail 17 à 24 de Junho - 10h às 20h [email protected] 25 de Junho - 10h às 17h Rua Dr. Melo Alves, 397 - Cerqueira Cesar LANCES POR TELEFONE CEP: 01417-010 - São Paulo - SP Cadastro Prévio até às 19h do dia do Leilão Tel.: (11) 3578-5919 | 3061-3155 Tel.: (11) 3061-3155 Tel.: (11) 3578-5919 Visite Nosso Site www.leilaodearte.com ÍNDICE Adriano Lemos ................................... 192 Geraldo de Barros ................................ 19 Nair Benedicto ........................................ 8 Aldemir Martins ........ 124, 126, 127, 129, Gerda Brentani .................................... 188 Nelson Leirner ................ 77, 78, 79, 80 138, 139 Giovanni Battista Castagneto ............... 37 Niobe Xandó ........................................... 66 Aldo Bonadei ....................
    [Show full text]
  • A Arte Mural E a Prática Da Preservação
    2011 A ARTE MURAL E A PRÁTICA DA PRESERVAÇÃO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO Vera Regina Barbuy Wilhelm SÃO PAULO VERA REGINA BARBUY WILHELM A ARTE MURAL E A PRÁTICA DA PRESERVAÇÃO Tese apresentada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Doutor em Arquitetura e Urbanismo Área de Concentração: História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo Orientador: Prof. Dr. Luciano Migliaccio Exemplar revisado e alterado em relação à versão original, sob responsabilidade do autor e anuência do orientador. O original se encontra disponível na sede do programa. São Paulo, 21 de outubro de 2011. AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE. E-MAIL: [email protected] Wilhelm, Vera Regina Barbuy W678p A arte mural e a prática da preservação / Vera Regina Barbuy Wilhelm. – São Paulo, 2011. 254 p. : il. Tese (Doutorado - Área de Concentração: História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo) – FAUUSP. Orientador: Luciano Migliaccio 1.Murais – Conservação – Restauração – São Paulo(SP) I.Título CDU 75.052 (816.11) DEDICATÓRIA À minha mãe, com toda a minha admiração e gratidão pelo amor dedicado aos filhos, pela presença constante e pelo apoio. AGRADECIMENTOS Ao meu orientador por transmitir tanta tranqüilidade e compreensão. À Profª. Drª. Ana Luiza Martins e a Profª Drª Beatriz Mugayar Kühl, pela colaboração com palavras de incentivo e apoio no exame de qualificação. À amiga Marisa, pelas conversas e trocas de idéias.
    [Show full text]
  • British and Brazilian Art in the 1940S: Two Nations at the Crossroads of Modernism 35 Michael Asbury
    T H E A RT O F DIPLOMACY B R A Z I L I A N MODERNISM PAINTED FOR WAR THE A R T O F DIPLOMACY BRAZILIAN MODERNISM PAINTED FOR WAR EMBASSY OF BRAZIL IN LONDON APRIL - JUNE 2018 3 5 First edition of one thousand copies published in February 2018 by the Embassy of Brazil in London, on the occasion of the exhibition The Art of Diplomacy - Brazilian Modernism Painted For War, presented from 6 April to 22 June 2018. All rights reserved. No part of this book may be reprinted or reproduced or utilised in any form or by any electronic, mechanical or other means, now known or hereafer invented, including photocopying and recording, or in any information storage or retrieval system, without permission in writing from the publisher. Every efort has been made to trace copyright holders and to obtain their permission for the use of copyright material. The publisher apologises for any errors or omissions and would be grateful if notified of any corrections that should be incorporated in future reprints or editions of this book, via [email protected]. A catalogue record for this book is available from the British Library ISBN 978-1-5272-1858-1 The text of the catalogue The Art of Diplomacy - Brazilian Modernism Painted For War is set in Adobe Source Sans Pro. Printed and bound in Great Britain by Pureprint Group on woodfree Arctic Matt 170 g/m2. The facsimile of the original 1944 catalogue is printed on Arctic Matt 90 g/m2.. Measurements of artworks are given in centimetres (width x height).
    [Show full text]
  • Brazilian Modernism in the Fundação Edson
    English Temporary exhibition Level 0 Brazilian Modernism In the Fundação Edson Queiroz Collection 26/10 — 11/02/2018 Brazilian Modernism in the Fundação Edson the exhibition, displays key formal features for Queiroz Collection understanding an important part of the production Throughout the last 30 years, the Fundação Edson of the early days of Modernism in Brazil. On the Queiroz, based in the city of Fortaleza, in the one hand, Segall uses unrealistic colours, imbued Northeast region of Brazil, has created one of the with symbolic value; on the other, he employs most substantial collections of Brazilian art in the Cubist principles, simplifying figures by means of country. From religious images dating back to the geometric planes. colonial period to contemporary art, the collection The use of colour filled with psychological meaning assembled by Chancellor Airton Queiroz covers is also a recurring resource in the portraits almost 400 years of artistic production, with produced by Flávio de Carvalho. In Retrato de significant works from all periods. The exhibition Berta Singerman [Portrait of Berta Singerman], Brazilian Modernism in the Fundação Edson Queiroz the painting is constructed by means of vigorous Collection presents a selection of this wonderful brush strokes which blur the outlines of the heritage, highlighting a set of works produced subject, confusing figure and background. The between the 1920s and 1960s, both by Brazilian viewer’s gaze is drawn to the dark circles under artists and by foreigners residing in the country. the subject’s eyes, her large red mouth practically in the centre of the painting, and her thin, green fingers in the foreground.
    [Show full text]