Clóvis Graciano 100 Anos De Um Artista

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Clóvis Graciano 100 Anos De Um Artista CLÓVIS GraCIanO 100 anOS DE UM arTISTA Exposição da Bolsa de Mercadorias e Futuros de São Paulo, livro e outras iniciativas recuperam a obra de um dos pintores e gravadores mais admirados em galerias, museus e coleções particulares Por Gabriel Kwak m 1907 vinha ao mundo para escrever o trabalho. O livro já pintura acadêmica – vinham para na cidade de Araras Clóvis conta com o incentivo da Lei Roua- oxigenar os paradigmas de 22. Aos Graciano. Passados 100 net. Além disso, há seis anos Lê co- poucos o grupo se impôs ao reco- anos, São Paulo ganha uma ordena o projeto de catalogação das nhecimento da chamada “família exposição para celebrar o obras do pintor. No banco de dados, artística paulista”. Mas muitos deles, Epintor, falecido em 1988: o Espaço 1.500 trabalhos de museus e de acer- sem independência financeira, pelo Cultural da Bolsa de Mercadorias e vos particulares já foram identifica- menos nos primeiros anos, conserva- Futuros, no centro velho da cidade, dos, fichados e fotografados. vam seus empregos como artesãos, anuncia para abril a exposição Res- Clóvis Graciano foi um dos no- decorando residências. gate de um Mestre, para celebrar a mes solares do Grupo Santa Helena, obra de um dos gigantes das artes que, a partir dos anos 30, reuniu uma Pulseiras de canecas plásticas no Brasil do século passado. nata composta de Alfredo Volpi, Ful- Quando Graciano estudava as A mostra, com 23 óleos sobre tela e vio Penacchi, Humberto Rosa, Aldo primeiras letras no grupo escolar 15 desenhos e aquarelas, trará ao pú- Bonadei, Francisco Rebolo Gonsa- na cidade de Leme, não era difícil blico uma retrospectiva das criações, les, Mario Zanini, Manoel Martins flagrá-lo copiando a coroa do Impé- representando a produção de cada e Alfredo Rullo Rizzotti. O grupo foi rio das moedas de 200 réis. Como década: 30, 40, 50, 60 e 70. assim batizado pois o ponto de en- funcionário da Estrada de Ferro Mas não é apenas a mostra que vai contro preferido deles era o Palacete Sorocabana, pintava letreiros das resgatar a personalíssima arte de Gra- Santa Helena, na Praça da Sé, n. 43. estações de trem, pernoitando num ciano. A marchande Lê Prudêncio, (Para quem não sabe, o edifício, de es- dos vagões de carga. Tendo comba- que organiza a exposição da BM&F, critórios comerciais, foi demolido em tido pela causa constitucionalista prepara um livro sobre o artista, com 1971 para a construção da Estação Sé em 1932, foi preso. No cárcere, seu quem trabalhou como assistente nos do Metrô. Lá, a sala de Graciano era passatempo consistiu em fabricar últimos 15 anos de vida do mestre. contígua ao ateliê de Rebolo.) pulseiras de identificação para seus Os 81 anos da frutuosa existência de Tinham em comum a origem colegas, feitas com o alumínio de Graciano desdobram-se em minia- humilde, a formação autodidata e algumas canecas. turas nas estantes de Lê Prudêncio, uma sólida amizade, que resistiu à Em 1934 transferiu-se para São Na USP Ianni se ocupou, durante muitos anos, nas mais de 120 pastas que reúnem voragem do tempo. Não aceitavam Paulo. O conhecimento que apre- da disciplina metodologia de pesquisa. O ensino dele a documentação que ela coleciona a predominância das técnicas da ende das artes na Europa lhe era 60 geTULIO março 2007 Óleo sobre telaAR “VasoTE de flores” ARTE março 2007 geTULIO 61 infundido por seu professor de arte, gem ao Exterior do Salão Nacional hoje é que soubemos seu endereço, dade para entender que ele apostava Waldemar da Costa. Cândido Porti- de Belas Artes, em 1948. Pôde assim mas isso não quer dizer que foi esse o no ser humano, gostava de gente e nari era o amigo comum de ambos. passar uma temporada de dois anos motivo de nosso silêncio, que não foi dos temas bem brasileiros. “Gracia- A estreita convivência com Portinari na Europa, na companhia de sua absoluto pois Jorge mandou um livro no sempre foi fiel às suas origens po- foi seminal na expressão artística de mulher, Maria Aparecida, e de seus de Prestes em tcheco para o Clóvis e pulares. Achava que a pintura deve- Graciano. Nessa época freqüentou dois filhos. Em Paris aprofundou vários cartões da Itália”. ria retratar a realidade”, diz o crítico algumas aulas do Curso Livre da suas pesquisas no Museu do Louvre Muito tempo depois, o ano de de arte Luiz Ernesto Kawall, autor Escola Paulista de Belas Artes, sem e pintou composições como o óleo 1971 vai encontrar o sereno Gra- do livro Artes Reportagem e que foi grande entusiasmo. Não podemos São Jorge e o Dragão. Às vésperas ciano como diretor da Pinacoteca amigo do pintor. ignorar também a influência decisi- da viagem, Graciano declarou ao do Estado, presidente do Conselho Com o passar dos anos, não eram va de Picasso e seus quadros cubistas jornal Folha da Noite: “Creio que, Estadual de Cultura e da Comissão só os trabalhadores que povoavam as no traço poderoso de Graciano. Essa no meu caso pessoal, já com mais Estadual de Artes Plásticas. Pergun- cenas de seus óleos e suas guaches. influência é ponto pacífico entre os de 40 anos de idade, estou apto para tado, definiu sua filosofia de traba- Enamorou-se, mais tarde, pela va- críticos especializados. tirar o maior partido possível dessa lho à frente da Pinacoteca: “A muse- diagem dos pássaros. A tela Pássaros, Sua primeira exposição individu- viagem, por já ter superado a fase na ologia mudou muito de uns tempos Terra, Lua e Meninos, de 1969, faz al, iniciativa do Centro Paranaense, qual o artista é por demais sensível para cá. Se o povo não vai à arte, a prova disso. Também pintou as flores, foi bem recebida pela crítica, ar- às influências estranhas”. arte deve ir ao povo”. cheias de vida e de lirismo. Estetizou temas históricos com grandiloqüên- cia, como a saga dos bandeirantes. Interessou-se Graciano pelo candomblé e seus mistérios. O óleo sobre tela Sacrifício da Cabra, de 1958, não me deixa mentir. Nela enxergamos o religioso, encurva- do, segurando a cabra pelas patas, tendo ao fundo bandeirinhas de várias cores. É impossível não re- parar como as formas anatômicas Painel do Bradesco 1 foram trabalhadas com riqueza de detalhes, como se talhadas em pe- rancando vivas até de um Mário de O vôo das aves e mistérios Em 1975 foi nomeado adido cul- dra. “Ele fazia mãos e pés muito Andrade, que andou, certo tempo, do candomblé tural junto à Embaixada de Paris. fortes. Tinha essa fixação”, observa encantado com a sensibilidade ar- Em Paris Graciano trocava inten- Os últimos anos de vida de Gracia- Lê Prudêncio. Mais uma vez, nesse tística do Grupo Santa Helena, que sa correspondência com seu amigo no não foram propriamente muito Sacrifício da Cabra, Graciano recu- batizou de “Escola de São Paulo”. Jorge Amado. Da Polônia, Zélia produtivos. Seus quadros dos anos sa a imobilidade e pinta o homem Promoveu pouquíssimas exposições Gattai, mulher do romancista baia- 70 são considerados bem aquém em movimento, em ação, a exem- individuais, como no Salão Ita, em no, escreveu para o pintor pedindo do conjunto de sua produção. Em plo de suas telas com bailarinos ou São Paulo, em junho de 1943. Entre notícias da temporada francesa: “E 1979, acometido do mal de Al- com bonecas de cerâmica indígena. exposições coletivas, podemos citar por aí, como vai o frio? Vocês têm zheimer, aposentou o pincel. Este Glosando a transfiguração plástica uma, em Nova York, promovida em suportado bem? E os meninos, já es- repórter não chegou a conhecer o do movimento na dança das bailari- 1942 por R. H. Macy e Co. Inc., em tão falando o francês?” Nessa mesma Graciano boêmio mas introspecti- nas de Graciano, Mário de Andrade que foi representado por obras como carta, Zélia contou que, na Polônia, vo, cordial, amante da caipirinha, as compara às badaladas bailarinas suas monotipias Mulher Aventando Jorge havia comprado um trenó para como o conheceram amigos como do impressionista Degas. Escreveu Café e Crianças Pulando e desenhos passear no gelo. “Levamos tombos o romancista Paulo Dantas. em Ensaio sobre Graciano, de 1944: como Sanfoneiro. incríveis, mas não desistimos”, infor- Pintando figuras do povo, como “[Degas] descobriu o drama da bai- O instante consagrador de seu tra- ma Zélia. E diz mais: “Pelo cartão proletários, retirantes, gaioleiros, larina, não porém o drama do bal- jeto artístico e que o elevou pratica- que acaba de chegar vejo que [Car- lutadores de capoeira, cangaceiros, let. Clóvis Graciano é o drama do mente à categoria de unanimidade los] Scliar não entregou a vocês o nunca se afastou do figurativismo. foi quando ganhou o Prêmio de Via- que lhes mandamos pelo Natal. Só Não é preciso ter excepcional acui- Óleo sobre tela “Clarinetista. Homenagem a Volpi” 62 geTULIO março 2007 ARTE ARTE março 2007 geTULIO 6 ballet exatamente, mais humano, São Paulo, sem contar o do Palácio Livraria Martins Editora, ilustrou Desenhou para muitas publica- menos individualistamente refina- dos Bandeirantes e o da fachada da capas de livros como Dona Flor e ções, como O Estado de S. Paulo, do, que ele nos ensina. Não a baila- antiga sede do jornal O Estado de S. Seus Dois Maridos, Gabriela Cravo Revista Médica e Revista Brasilit. rina em sua miséria de ofício, mas Paulo, na Rua Major Quedinho, n. e Canela, Terras do Sem Fim, Bahia Em 1948 desenhou seus colegas de os bailantes em sua miséria e glória 28, no centro da cidade. “O mural de de Todos os Santos, entre outras pri- Estadão, como Tristão de Athayde, de funcionamento”.
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