Cartografias Das Artes Plásticas No Recife Dos Anos 1980: Deslocamentos Poéticos Entre As Tradições E O Novo

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Cartografias Das Artes Plásticas No Recife Dos Anos 1980: Deslocamentos Poéticos Entre As Tradições E O Novo Universidade Federal de Pernambuco Centro de Filosofia e Ciências Humanas Joana D’Arc de Sousa Lima Cartografias das Artes Plásticas no Recife dos anos 1980: Deslocamentos Poéticos Entre as Tradições e o Novo Recife, 2011 Joana D’Arc de Souza Lima Cartografias das Artes Plásticas no Recife dos anos 1980: Deslocamentos Poéticos Entre as Tradições e o Novo Tese apresentada ao Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco como requisito parcial à obtenção do título de Doutor em História Área de Concentração: Cultura e Memória Orientador: Prof. Dr. Antonio Paulo Rezende Recife 2011 ATA DA DEFESA DE TESE DA ALUNA JOANA D’ARC DE SOUSA LIMA Às 14h. do dia 28 (vinte e oito) de novembro de 2011 (dois mil e onze), no Curso de Doutorado do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Per- nambuco, reuniu-se a Comissão Examinadora para o julgamento da defesa de Tese para obtenção do grau de Doutor apresentada pela aluna Joana D’Arc de Sousa Lima intitu- lada “Cartografias das Artes Plásticas no Recife dos anos 1980: Deslocamentos Po- éticos Entre as Tradições e o Novo”, em ato público, após argüição feita de acordo com o Regimento do referido Curso, decidiu conceder a mesma o conceito “APROVADA”, em resultado à atribuição dos conceitos dos professores doutores: Antonio Paulo de Morais Rezende (orientador), Antonio Torres Montenegro, Regina Beatriz Guimarães Neto, Paulo Marcondes Ferreira Soares e Francisco Cabral Alambert Junior. A validade deste grau de Doutor está condicionada à entrega da versão final da tese no prazo de até 90 (noventa) dias, a contar a partir da presente data, conforme o parágrafo 2º (segundo) do artigo 44 (quarenta e quatro) da resolução Nº 10/2008, de 17 (dezessete) de julho de 2008 (dois mil e oito). Assinam, a presente ata os professores supracitados, o Coordenador, Prof. Dr. Marcus Joaquim Maciel de Carvalho, e a Secretária da Pós-graduação em História, San- dra Regina Albuquerque, para os devidos efeitos legais. Recife, 28 de novembro de 2011 Prof. Dr. Antonio Paulo de Morais Rezende Prof. Dr. Antonio Torres Montenegro Profª. Drª. Regina Beatriz Guimarães Neto Prof. Dr. Paulo Marcondes Ferreira Soares Prof. Dr. Francisco Cabral Alambert Junior Prof. Dr. Marcus Joaquim Maciel de Carvalho Sandra Regina Albuquerque Aos professores Antonio Paulo Rezende, Antonio Torres Montenegro e Regina Beatriz Guimarães, com amor, admiração e gratidão, por tantas passagens, pelos autores oferecidos, pelos encontros e diálogos trocados, dedico a vocês essa tese. Agradecimentos “O ter sido uma vez, uma vez apenas, não é revogável. Eu fui. Passei, deixei minhas cicatrizes sobre a terra. Que um dia talvez se apagarão, desfeitas pelas pegadas de um passante desatento”. Luzilá Gonçalves O caminho percorrido foi deliciosamente instigante, e certamente, compartilhado com muitas pessoas queridas e acolhidas nessa caminhada que me reaproximou da pesquisa histórica, das artes visuais e da cidade do Recife. Para tanto recebi fomento à pesquisa da Cordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior/CAPES e da Fundação Nacional de Artes/Funarte, cujos incentivos foram fundamentais para minha entrega total ao trabalho. Devo inicialmente agradecer aos artistas e críticos de arte que me inspiraram a investigar, conhecer a história das artes plásticas em Pernambuco e a descobrir uma cidade do Recife. Eu já trazia comigo a Recife versada por Manuel Bandeira, a cidade de Carlos Pena Filho, de Josué de Castro, a cidade anfíbia que ora acolhe, ora expulsa seus visitantes estrangeiros quando esses teimam em fixar estaca em seus mangues. Contudo, a pesquisa levou-me a conhecer uma cidade narrada e praticada por artistas, boêmios, intelectuais que se deslocavam no tecido urbano e cultural dela como criadores de outras práticas e poièses; inventores de trilhas. A despeito disso, conheci uma cartografia da cidade, composta por espaços de formação, produção exibição das artes visuais na cidade do Recife, dos tradicionais aos experimentais, e assim pude descobrir, por meio das narrativas contadas, uma Recife dos artistas, principalmente de um grupo mais jovem destes, que ocuparam fisicamente com seus trabalhos/atitudes o Bairro do Recife, muros dos arredores da cidade e espaços consagrados das artes visuais. Nesse momento do caminho percorrido sinto que essa cidade me pertence de maneira muito afetiva. Aprendi com a pesquisa. Dos artistas e críticos que entrevistei no Recife, gostaria especialmente de agradecer a Maurício Castro e José Paulo, que além das entrevistas concedidas, abriram seus arquivos pessoais para que eu pesquisasse, usasse e me apropriasse dos documentos. Sem isso seria difícil localizar a documentação do ateliê Quarta Zona de Arte, por exemplo. Entre vários encontros, muitas conversas e afetividades compartilhadas, aprendi muito sobre as artes plásticas e suas dinâmicas na cidade. Fui acometida de paixão pelas produções plásticas de ambos os artistas. Encantei-me pelos trabalhos Quimera, Repetir e Caminho de autoria de José Paulo, e, terminei por inseri-los como textos visuais que abrem e fecham conceitualmente esta tese, cedidos pelo artista. Deixo aqui meu muito obrigado a jornalista e professora Adriana Dória Mattos, que por meio de seus textos jornalísticos respectivos aos anos 1980, e o seu relato de memória, me fez repensar os percursos da crítica de arte no Recife e a produção de uma geração de jovens artistas. Entrevistei, conversei com os artistas Joelson Gomes, Márcio Almeida, Rodolfo Mesquita, Braz Marinho, Cavani Rosas, Paulo Bruscky, Frederico Fonseca, Eudes Mota, Christina Machado, Rinaldo Silva, Renato Vale, Sebastião Pedrosa, Vavá Paulino, Luciano Pinheiro – que também cedeu documentação sobre a Brigada Portinari –, Daniel Santiago, interlocutor muito presente que de maneira solidária e afetiva abriu seu arquivo pessoal, José Carlos Viana, que além da entrevista concedida criou condições para que eu entrevistasse o querido Franklin Delano – ambos foram maravilhosos e me oportunizaram tardes agradabilíssimas. Agradeço pelos depoimentos cedidos em entrevista de Teresa Costa Rego, Montez Magno e, muito, aos artistas Roberto Van Ploeg e José Cláudio, a quem encontrei graças a intermediação de Roberto. Agradeço ao artista Marcelo Coutinho que me recebeu em sua casa estando em processo de escrita de sua tese de doutorado e que, ainda assim, me concedeu uma entrevista incrível. E agradeço também ao inquietante Jomard Muniz de Brito. Aos integrantes do grupo Carasparanambuco, particularmente a Eduardo Melo, José Patrício, Marcelo Silveira e Maurício Silva, meu muito obrigado pelo apoio cedendo a documentação e se dispondo a conceder entrevista coletiva, uma experiência ousada para quem trabalha com relatos orais de memória, e certamente para os entrevistados também. Nessa perspectiva que potencializava os encontros entre os ex- integrantes dos agrupamentos da época, quero agradecer aos artistas que integraram o coletivo Formiga Sabe que Roça Come, os artistas Avanzi, Naldo e Herbert Rolin, todos contribuíram com seus depoimentos e disponibilizando fontes documentais. Em minhas errâncias por São Paulo entrevistei os artistas Ozéas Duarte e Guto Lacaz, a professora e crítica de arte Aracy Amaral e Ana Mae Barbosa: obrigada a todos. Quero ainda mencionar o acolhimento afetivo e a disponibilidade da equipe de funcionários da Biblioteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, de onde recolhi muito da documentação trabalhada na tese. No Rio de Janeiro, quero agradecer muitíssimo aos artistas e críticos que cederam seus relatos de memória, Ricardo Basbaum, Paulo Herkenhoff, Glória Ferreira, Márcio Doctors, Marcus Lontra e Frederico Morais. Encontros que produziram vários deslocamentos na escrita dessa tese e foram responsáveis pelos desdobramentos que realizei nesse trabalho em relação aos enunciados críticos e à produção dos artistas da década de 1980. Aos amigos de todos os cantos que foram escuta produtiva e criativa das encruzilhadas e dos labirintos pelos quais eu me perdia constantemente, e, felizmente os encontros eram possíveis pela troca afetiva e intelectual. Amigos que estão em São Paulo, Almir dos Anjos, André Mota – leitor, comentador e incentivador das ideias construídas na tese –, Denise Nalini e Rita Sampaio – amigas de vida –, Renata Bittecourt, Tatiana Prado e a todos os “rumeiros” – artistas e educadores contemplados na edição 2009/2010 do Prêmio Rumos Arte, Educação e Cultura –, pelas aventuras artísticas e poéticas possibilitadas. E, especialmente ao jornalista e amigo Carlos Batistella que me ofereceu a história da Noite do Beijo, escrita narrativa que muito me inspirou para pensar a década de 1980. Os amigos do Programa de Pós Graduação em História, em especial a Ana Maria, que chegou a pouco na cidade, mas com sua delicadeza e sensibilidade ajudou-me nos momentos finais da escrita por meio de sua leitura atenta e cuidadosa. Bete, Carolina, Ciane, Erinaldo, Helder, Hugo, Humberto, José, Márcio, Rosário, Natália, todos esses amigos queridos estiveram presentes nessa minha caminhada. Um especial agradecimento ao amigo e historiador Pablo Porfírio, escuta atenta, pesquisador da trajetória de Francisco Julião, que deixou suas impressões na escrita dessa tese. Aos meus alunos queridos do Lubienska, que tanto ouviram falar desse doutorado, e, em especial a Viviane Holanda, futura historiadora que compartilhou da pesquisa sobre a cronologia dos anos 1980, que segue em anexo à tese. Agradeço a revisora, companheira e amiga Helena Meidani e a todos da Confraria
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