24 junho de 2011 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem

A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira

BRAZIL MOST RELEVANT IRON ORE MINERS , REPRESENTATIVES AND DISTRIBUTORS - 2011 EDITION

Brazil is a leading Iron Ore mining country Brazil is one of the most important iron ore producers. Iron ore has traditionally been country's largest export product, accounting for 5% of the total value of mineral exports. Japan (13%), Germany (11%), China (22%), India and South Korea being the main importers of Brazilian iron ore. The following iron ore mines are located in Brazil: Aguas Claras, Alegria, Alegria/ Germano, Brucutu, Capanema, Carajas, Casa de Pedra, Caue, Conceicao, Corrego do Meio, Corumba, Fabrica/Segredo, Fazendao, Feijao, Gongo Soco, Jangada, Mina do Andrade, Morro Agudo/Agua Limpa, Mutuca, Pico, Tamandua/Capitao do Mato, Timbopeba, Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Brazil is also a leading producer of the following minerals: • aluminum, bentonite, metallurgical-grade coal • lead, chrome, sulfur, feldspar, lithium, mica • nickel, dressing rocks, tantalite, rutile, kaolin • zinc, zirconium, crisotile, copper, tin, fluorite • gypsum, magnesite, manganese, niobium

Why Brazilian Ore Brazil is one of the worlds largest iron ore producers, and the largest iron ore exporter. Brazil's proven iron ore reserves total 19.7 billion tons, which ranks Brazil as having the sixth largest reserves worldwide and compares to proven world iron ore reserves of 306.5 billion tons. However, taking into account the level of reserves in terms of the amount of iron contained in the ore, Brazil jumps to the number one position worldwide. This is due to the high level of iron contained in hematite ore (60%), mainly found in the state of Par, and in ore (50%), mainly found in the state of .

The table below shows Brazils reserves by state:

The internal and external markets for Brazilian iron ore have remained strong, in spite of economic crises (see chart below).

Iron Ore Mines In Brazil Brazil is one of the largest iron ore producing country in the world. The iron content in Brazil iron ore is the highest than iron ore found in any location in the world. The iron ore found in Brazil is of two types: lump type iron ore and pellets type iron ore. The pellet type iron ore is in more demand in foreign markets than the lump type iron ore.

Major Iron Ore Mines and Iron Ore Mining Iron ore mines are found in different locations around the globe. Iron ore mines are found in large numbers in US, Canada, Australia, China, Brazil and India. Iron ore mines are found in atleast 50 countries around the world.

Leading Countries Producing Iron Ore The countries that produce major iron ore in the world include China, Brazil, Australia, India, Russia, Canada and US. The type of iron ore found in these countries varies from each other. The types of iron ore found include hematite ore, magnetite, bentonite, taconite ore, goethite, Itabirito ore, etc.

China is reshaping the Iron Ore market China has become the dominant source of iron ore demand growth. About 98% of iron ore is used to produce pig iron, which is, therefore, the best indicator of iron ore consumption worldwide. In 1992, China produced 76 million tons of pig iron, surpassing Japan as the leading producing country in the world. In 2003, China produced more than 200 million tons of pig iron, almost 2 times the production of the second leading producer, Japan, at 82 million tons. Chinas pig iron production grew at an average rate of more than 9% per year from 1992 through 2003. In 2004, the three leading iron-ore-producing companies, located in Brazil and Australia, continued to invest large sums of money to increase production to satisfy Chinese demand. One estimate of output from all iron ore projects planned to start before 2009 indicates a production increase equal to more than one-third of the worlds 2004 estimated production. The future of the global iron ore industry will depend primarily on how long China can continue its extraordinary growth. China is the world’s leading producer of iron ore on a gross tonnage basis, but is only a distant third when considered on the basis of iron content. Growth in Chinese iron ore consumption is expected to continue, although not at the extraordinary rate seen between 2000 and 2004. Continued strong growth in Chinese iron ore imports to maintain steel production growth and offset decreased low-grade domestic ore production will be needed to meet Chinas expected growth in steel consumption. This, along with Brazils development of downstream steel-producing facilities and Indias increased consumption of domestic ores, is expected to increase global demand for iron.

Fonte: Brazil Brand (com informações do BNDES, U.S Geological Survey, Mineral Commodity Summaries, janeiro de 2005)

CPRM COORDENA PROJETO DE GEOLOGIA MARINHA E DA POTENCIALIDADE MINERAL DA ELEVAÇÃO DO RIO GRANDE

Considerado como estratégico para o governo brasileiro, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) está coordenando o Projeto de Geologia Marinha e da Potencialidade Mineral do Atlântico Sul. O objetivo principal é realizar o reconhecimento geológico e o levantamento da potencialidade mineral de uma área de 95.000 km2 que apresenta interesses econômicos, geológicos e ambientais da Região Elevação, na escala 1:100.000. Além do levantamento da potencialidade mineral, o projeto realizará mapeamentos geológicos preliminares da região da elevação do Rio Grande, incluindo zonas de fraturas oceânicas e de formações intraplacas, identificará áreas de ocorrência de crostas cobaltíferas, aprimorará técnicas de reconhecimentos geológico e geofísico, e, finalmente fornecerá informações para a tomada de decisões por parte de órgãos do governo e empresas de mineração brasileira quanto à conveniência de maiores investimento na região. Com a finalidade de gerar conhecimento e detalhar sítios geológicos, o projeto ingressou na cooperação Brasil-Japão, organizada pelo Ministério das Relações Exteriores, e da qual a CPRM participa como coordenadora da Área de Recursos Minerais Marinhos,por meio da Divisão de Geologia Marinha da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM). A colaboração tem como foco detalhar áreas onde será feito um mergulho com o submersível tripulado japonês, Shinkai6500, que tem a capacidade de mergulhar até 6.500 metros de profundidade.

Elevação Rio Grande e crostas cobaltíferas A Elevação de Rio Grande é uma importante unidade morfológica que se eleva por 3.200 metros a partir do piso oceânico, coberta por uma lâmina de água ao redor de 800 metros. Situa-se na zona internacional do leito marinho, denominada de “Área”, sendo considerada pela Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos do Mar (CNUDM) como parte do patrimônio comum da humanidade. O Brasil, assim como os outros países participantes da CNUDM, tem o direito de fazer pesquisa cientifica e verificar a ocorrência de recursos minerais nessa região. Sob o ponto de vista científico, ambiental, econômico, político e estratégico, o governo brasileiro tem o interesse de conhecer e avaliar a potencialidade de recursos minerais adjacentes a sua plataforma continental, e visa ampliar a presença no Atlântico Sul. Para isso, além de contar com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o projeto está inserido aos Planos Plurianuais do Governo Federal.

Navios e produtos A pesquisa inicial (veja na página 2) é desenvolvida a bordo do navio oceanográfico do Instituto Polar Francês, Navio Marion Duresne. Com 120m de comprimento, o navio está equipado com 650m2 de laboratórios e equipamentos pesados dedicados à pesquisa geológica marinha. Tem capacidade para 35 passageiros, podendo ser residentes ou visitantes nos territórios ultramarinos franceses e suporta carga pesada com capacidade de embarcar containers de 4.600m3. Possui dois guindastes de 25 toneladas e três de serviços, um heliporto, além de estar adaptado para transportar combustíveis para territórios distantes. Participam da pesquisa inicial 11 técnicos da CPRM, a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha, e técnicos das universidades: UFBA, UNB, UFRGS, UFSC, USP, UNICAMP, FURG, UFF, UNESP, UFRN, UFPE. A partir da pesquisa com os navios, deverão ser gerados produtos em longo prazo entre eles: mapeamento geológico da região de Elevação do Rio Grande na escala 1:250.000, contendo a localização de todos os depósitos minerais cadastrados e as áreas mais prováveis de conterem mineralização de interesse econômico; e banco de dados atualizando dados geográficos e alfanuméricos, encerrando todas as informações coletadas durante o projeto. Por último, será criado um SIG unificado, capaz de construir um sistema dinâmico, de fácil manuseio e que possa aglutinar, em um só local, os diferentes documentos cartográficos e a variada gama de informações técnico-científicas que venham a ser geradas no transcorrer do projeto.

Fonte: Boletim do Serviço Geológico, ano 8, n º 200 Data: 08/06/2011

PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS DA PLATAFORMA CONTINENTAL JURÍDICA BRASILEIRA E ÁREA INTERNACIONAL DO ATLÂNTICO SUL E EQUATORIAL

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) contratou a Fundação de Estudos do Mar (Femar), com recursos financeiros do PAC/CPRM/2010, para realizar a coleta de informações sobre a potencialidade dos recursos minerais de sítios específicos da Plataforma Continental Jurídica Brasileira (PCJB) e da área oceânica adjacente do Atlântico Sul e Equatorial. A proposta de trabalho prevê quatro expedições oceanográficas, onde serão coletados dados de geofísica marinha, permitindo identificar áreas de ocorrência de crostas cobaltíferas e de fosforitas de valor econômico, além de selecionar áreas de exploração pelo Brasil. A primeira expedição partiu do porto de Rio Grande (RS), no dia 3 de junho. Serão feitas duas expedições oceanográficas para a coleta de informações na cordilheira meso-oceânica do Atlântico Sul, produzindo 6.200 análises geoquímicas, interpretação e sínteses, treinamentos das equipes de trabalho da CPRM e universidades para atuação nos projetos e reunião técnica, consultoria especializada, transporte de equipamentos e amostras geológicas.

Fonte: Boletim do Serviço Geológico, ano 8, n º 200 Data: 08/06/2011

O ESTRANHO MUNDO DO OURO Encontrar novas jazidas para substituir as já desgastadas está ficando mais difícil

A maioria dos que investem em ouro concorda que o mundo é um lugar assustador. Essas pessoas acreditam que a zona do euro está cambaleante, o déficit norte-americano é alarmante e a inflação está se aproximando. Tais temores fizeram com que o preço do ouro subisse até incríveis US$ 1.545 a onça, um aumento de quase seis vezes em uma década. No entanto, nos últimos cinco anos, o preço do ouro triplicou enquanto o valor das minas de ouro apenas dobrou. À medida que as minas envelhecem, torna-se mais difícil e mais caro extrair ouro. Há uma década, o custo médio de extração de uma onça de ouro a partir do solo era de pouco mais de US$ 200. Em 2010, o custo chegou a US$ 857 — embora este valor dependa em parte do preço do ouro. Quando o ouro custava US$ 200 a onça, pepitas que custavam US$ 800 para extrair permaneciam enterradas. Encontrar novas jazidas para substituir as já desgastadas está ficando mais difícil. Uma consultoria de mineração, a Metals Economics Group, estima que em 2002 as mineradoras gastaram US$ 500 milhões em exploração. Em 2008 foram gastos US$ 3 bilhões, mas encontrando muito menos. Todo o ouro fácil já foi extraído. As mineradoras desenterraram 2.689 toneladas de ouro no ano passado. Certamente, trata-se de um recorde. Mas, apesar do grande aumento de investimento, foi apenas alguns “flocos” a mais do que a produção total de uma década atrás.

Fonte: Opinião e Notícia Data: 06/06/2011

VALE E GOVERNO DE MINAS ASSINAM PROTOCOLO DE INTENÇÕES PARA MINERAÇÃO NO NORTE DO ESTADO

A Vale e o Governo do Estado de Minas Gerais assinaram em 1º de junho, na Cidade Administrativa, um Protocolo de Intenções para viabilizar o desenvolvimento e implantação de uma mina de ferro na região Norte do Estado. A empresa pretende investir R$ 560 milhões, de 2012 a 2014, no projeto que representa uma nova fronteira mineral para Minas Gerais. A expectativa da Vale é iniciar as operações em 2013. As pesquisas em andamento para levantamento das reservas apontam um potencial de produção da ordem de 600 mil toneladas por ano de minério de ferro, capacidade que deverá ser atingida a partir de 2014. As reservas estão localizadas nos municípios de Serranópolis de Minas, Riacho dos Machados, Grão Mogol e Rio Pardo de Minas. O material será escoado por rodovia até o pátio de embarque da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada pela Vale, localizado no município de Porteirinha. De lá, seguirá por ferrovia até o Porto de Aratu, em Salvador (BA). Está prevista a geração de 500 empregos - diretos e indiretos - na fase de implantação e 250 empregos permanentes – diretos e indiretos – durante as operações. Haverá treinamento de mão de obra local, que terá prioridade no preenchimento das vagas.

Vale e Governo de Minas – parceria permanente A nova parceria é o segundo compromisso de porte assinado pela Vale com o governo mineiro nos últimos meses. Em março de 2010, foi assinado Protocolo de Intenções para investimentos de R$ 9,4 bilhões distribuídos em três empreendimentos no Estado: a Mina Apolo e as usinas Conceição- Itabiritos e Vargem Grande-Itabiritos. Os projetos gerarão cerca de 9.930 empregos diretos e indiretos na construção. Na operação serão gerados outros 2,2 mil empregos aproximadamente, aumentando a produção de minério de ferro da Vale em Minas Gerais em 46 milhões de toneladas por ano. Os recursos beneficiam oito municípios - Itabira, Nova Lima, Itabirito, Barão de Cocais, Caeté, Raposos, Rio Acima e Santa Bárbara.

Fonte: De Fato Online Data: 01/06/2011

AUSTRÁLIA : QUEENSLAND VAI LIMITAR ATIVIDADE DE MINERAÇÃO Para governo, área de 4,8 milhões de hectares é ideal para agricultura; indústria afirma que decisão será "um desastre econômico"

O governo do Estado australiano de Queensland informou que proibirá a atividade de mineração em uma área de 4,78 milhões de hectares, considerados ideais para a produção agrícola. O anúncio provocou críticas da forte indústria mineradora local, que argumenta que a decisão será "um desastre econômico" para o Estado, rico em carvão. Além da mineração, Queensland é o maior produtor de açúcar e carnes da Austrália.

Fonte: Agência Estado Data: 01/06/2011

MUNDO ACELERA QUEIMA DE PETRÓLEO E CARVÃO Consumo de petróleo aumentou 3,1% no ano passado. Já o de carvão subiu 7,6%

Desde 1973 o consumo mundial de energia não aumentava tanto, em termos percentuais, como no ano passado. De acordo com um relatório anual sobre energia da British Petroleum (BP), publicado nesta quarta-feira, 8, o consumo de energia em 2010 cresceu 5,6% em relação ao ano anterior. Isso se deve em parte à recuperação econômica. O forte crescimento foi observado em todas as regiões e em quase todas as formas de energia. O consumo de petróleo aumentou 3,1%. Já o de carvão subiu 7,6%, crescendo mais rápido do que em qualquer período desde 2003. O consumo de gás aumentou 7,4%, o maior crescimento anual desde 1984.

Fontes renováveis As fontes renováveis também tiveram um crescimento impressionante. Ainda assim, sem contar as hidrelétricas, elas representam apenas 1,3% do consumo global de energia — 1,8% ao incluir os biocombustíveis. Uma mudança a observar é que, enquanto a participação do petróleo no mercado mundial de energia primária vem diminuindo a cada ano ao longo da última década, a participação do carvão aumentou quatro pontos percentuais desde 2000.

China: maior consumidor de energia do planeta A principal razão para isso é a China. O consumo de energia da China em relação ao total global aumentou de 11% em 2000 para 20,3% em 2010, tornando-se pela primeira vez o maior consumidor de energia do planeta, de acordo com dados da BP (outras análises já apontaram a China no primeiro lugar anos antes). De acordo com a BP, as emissões mundiais de dióxido de carbono aumentaram ainda mais rápido do que o consumo de energia, subindo 5,8% no ano passado. Trata-se do crescimento mais rápido desde 1969.

Fonte: Opinião e Notícia Data: 09/06/2011

O GARIMPO DAS ÍNDIAS Governos e investidores asiáticos trocam dólares por ouro, fazendo disparar os preços. Vale à pena apostar no metal?

A corrida do ouro nunca esteve tão forte. Em três anos, as cotações subiram 76% em dólares, ante uma queda de 8% do Índice Bovespa. O que vem sustentando essa alta é a demanda do mercado internacional. Os bancos centrais da Índia, da China e da Rússia têm investido bilhões de dólares no metal. “Vivemos um momento de transição em que os Estados Unidos perdem força e os países reduzem suas reservas de dólares e compram outros ativos”, diz o consultor financeiro Luís Jurandir Simões. “O ouro tem sido uma moeda da transição, o que explica a alta de preços.” As compras, porém, não se limitam aos bancos centrais. Segundo o Conselho Mundial do Ouro (World Gold Council, WGC), a demanda da Índia cresceu 25% em um ano e isso deve continuar pelos próximos anos. O governo indiano adquiriu cerca de 200 toneladas do FMI, em 2009, e o uso de joias é tradicionalmente importante no País. “Investir em jóias faz parte da cultura indiana, e o crescimento da renda aumenta as compras”, diz Mauriciano Cavalcanti, sócio da corretora de ouro OM. Vale a pena seguir os bancos centrais e os abonados de Nova Délhi? Segundo Simões, isso é recomendado apenas para quem tem a capacidade indiana de manter a serenidade em momentos de turbulência. “O ouro é estruturalmente muito volátil”, diz. Em Nova York, a onça (31,104 g) encerrou maio a US$ 1.542, permanecendo no patamar mais elevado da história em termos nominais. Como os Estados Unidos devem continuar injetando dólares no mercado, a perspectiva é de que as altas continuem. Segundo Cavalcanti, que ganha a vida vendendo ouro, é possível que a onça ultrapasse US$ 2.000 até o fim do ano. Porém, apesar da alta valorização e da ilusão de segurança ao guardar a barra de ouro física, as cotações oscilam bastante e o risco é alto no curto prazo. “O investidor tem outras opções de ativos mais seguras”, afirma Simões.

Fonte: IstoÉ Dinheiro Data: 03/06/2011

VALE PREVÊ QUEDA DE PARTICIPAÇÃO NO MERCADO DE MINÉRIO A Vale prevê que, em 2015, terá menos da metade da participação nas vendas de minério de ferro do Brasil que tinha em 2004. Isto porque, cada vez mais as siderúrgicas nacionais têm investido em produção própria de minério, o que faz a Vale perder participação no mercado interno. Em 2004, a mineradora respondia por 70% das vendas de minério no Brasil. Atualmente, tem menos de 50% e a projeção para 2015 é de 30%. Por outro lado, os projetos siderúrgicos da Companhia permitirão que seja estancada essa queda de participação de mercado. Em 2018, as vendas adicionais de minério de ferro e pelotas da Vale para seus empreendimentos siderúrgicos serão de 30 milhões t/ano.

Fonte: Brasil Mineral Online, nº 505 Data: 08/06/2011

FERROUS RESOURCES JÁ INICIOU PRODUÇÃO NA MINA VIGA

A Ferrous Resources do Brasil iniciou nesta semana a extração de minério de ferro na Mina Viga, em (Campos das Vertentes). Esta é a segunda jazida da companhia a entrar em operação no Estado neste ano, quando a empresa pretende produzir aproximadamente 3 milhões de toneladas. O início das atividades em Viga foi viabilizado por meio de uma Autorização Provisória de Operação (APO). A permissão é válida por seis meses, período em que a empresa deverá receber a Licença de Operação (LO) do empreendimento em Congonhas. Apenas com a LO, que será emitida pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), a companhia poderá extrair os 4 milhões de toneladas de ROM (produção bruta lavrada) por ano. Desse total, a Ferrous prevê a produção entre 2 milhões de toneladas e 2,4 milhões de toneladas de minério já beneficiado que serão escoadas por via férrea até o porto de Sepetiba (RJ). Quando totalmente concluída, Viga será uma operação a céu aberto com planta de beneficiamento e capacidade para produzir 25 milhões de toneladas por ano a partir de 2014. Nesta fase, a mina será ligada ao Terminal Portuário de Presidente Kennedy, no litoral sul do Espírito Santo, por um mineroduto de aproximadamente 400 quilômetros de extensão. Enquanto se prepara para a plena produção, a Ferrous contratou o consórcio Fidens-Flapa para implantação da infraestrutura necessária para produção a curto prazo. Somente neste ano a mineradora deverá produzir 3 milhões de toneladas de minério em suas jazidas em Minas Gerais, conforme informado anteriormente pela empresa. Entre elas está a Mina Esperança, em , na Região Metropolitana de (RMBH), que voltou a operar em fevereiro. Em abril, a empresa também retomou as exportações da commodity, suspensas desde a explosão da crise financeira internacional em 2008. Somente no primeiro semestre deste ano as vendas externas da mineradora deverão totalizar 700 mil toneladas. A Ferrous detém cinco ativos minerários no Quadrilátero Ferrífero - região que concentra as maiores jazidas do mineral no país - e um ativo na Bahia. A companhia planeja se tornar um dos maiores produtores e fornecedores mundiais de minério de ferro transportado por via marítima, com a meta de exportar para mercados internacionais a um ritmo de 25 milhões de toneladas por ano em meados de 2014 e 62 milhões de toneladas anuais em 2016. A companhia também iniciou o processo de licenciamento ambiental do projeto Serena, em Brumadinho. Até 2016, a produção na jazida deverá totalizar 10 milhões de toneladas/ano. Além da extração do minério de ferro, o projeto de investimentos da Ferrous compreende a construção do mineroduto de 400 quilômetros de extensão entre a Mina Viga e o porto capixaba. Os aportes são estimados em R$ 4,5 bilhões. O empreendimento terá um terminal de embarque de minério, planta de filtragem e instalações administrativas. A estrutura permitirá o recebimento simultâneo de até dois navios de grande porte para transporte da commodity. A empresa também possui um projeto para a construção de usina siderúrgica em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Para isso, busca de parceiros. Além disso, planeja o desenvolvimento, em separado, da Mina Jacuípe, em Coração de Maria (BA), por meio da construção de infraestrutura integrada com capacidade para 12 milhões de toneladas/ano de minério. Também deverá ser instalado um mineroduto que ligará a jazida ao litoral baiano.

Fonte: Diário do Comércio Data: 10/06/2011

DEMANDA CHINESA SUSTENTA NOVO CICLO DE NACIONALISMO

Treze anos depois da eleição de Hugo Chávez, a consagração de Ollanta Humala reforça um ciclo de governos latino-americanos que se propõem a praticar o chamado "nacionalismo de recursos naturais", em países dependentes da exportação de produtos primários. O aumento dos impostos e royalties sobre a produção mineral e petrolífera para financiar gastos sociais -principal proposta de Humala- já aconteceu na Venezuela de Chávez, no Equador de Rafael Correa (eleito em 2006) e na Bolívia de Evo Morales (eleito em 2005). Vale lembrar que a região passou antes por movimento com motivação semelhante, em circunstâncias históricas muito distintas. Dele fizeram parte a Revolução Nacionalista boliviana de 1952 (que levou à nacionalização das minas), a estatização do petróleo venezuelano, em 1975, e a ditadura militar nacionalista de Juan Velasco Alvarado (1968-1975), no próprio Peru. Esse ciclo anterior, que prometia resgatar setores populacionais sem inserção no mercado e promover a industrialização pela substituição de importações, se esgotou sem alcançar plenamente seus objetivos. Além de problemas internos de gestão, foi derrotado por injunções da Guerra Fria (em especial no caso boliviano), pela crise da dívida externa (nos anos 80) e pela queda do preço das commodities nos anos 90 -quando Chávez assumiu, por exemplo, o barril de petróleo custava US$ 10 (menos de 10% do valor atual). O que faz a diferença agora é que a demanda da China mudou os termos internacionais de troca: vale a pena, de novo, exportar matérias-primas, e foi isso que sustentou o crescimento peruano de em média 7% ao ano. As empresas reagem mal, como está acontecendo no Peru, mas no fim não se retiram do negócio. Parte da oposição mais ferrenha a Correa e Morales vem agora não de multinacionais, mas de grupos indígenas que levantam a bandeira ambientalista para frear o modelo exportador. Apesar de reivindicarem um mal definido socialismo, esses governos usaram o reforço de caixa sobretudo para criar programas de transferência de renda, à moda do Bolsa Família. Nada longe da velha cartilha do Banco Mundial, antes execrada pela esquerda.

Fonte: Folha de São Paulo 07/06/2011

CÂMARA LANÇA ESTUDO SOBRE LEGISLAÇÃO DO SETOR MINERAL

O Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica lança na quarta-feira (8) estudo sobre o setor mineral. Proposto pelo deputado Jaime Martins (PR-MG), o objetivo do documento é avaliar e propor uma atualização do modelo institucional que rege o setor, a fim de torná-lo mais competitivo e sustentável. O estudo, elaborado a partir da constatação da necessidade de modernização e aperfeiçoamento da legislação do setor – que é de 1967–, apresenta uma análise do marco regulatório, em seus aspectos jurídico-constitucionais, econômicos e fiscais, e incorpora o resultado de reuniões, seminário e debates sobre o tema realizados no ano passado.

Modernização

Uma das sugestões do estudo para modernizar a legislação é a aprovação do Projeto de Lei 463/11. A proposta prevê mudanças para adequar o Código de Mineração (Decreto- Lei 227/67) às normas constitucionais de 1988, especialmente em relação ao pagamento de participações especiais, licitações para outorga ou concessão de lavra, competitividade no acesso a bens minerais, tributação da cadeia produtiva do setor, sustentabilidade ambiental e novas competências para o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Jaime Martins explica que outro objetivo do estudo é sensibilizar a sociedade brasileira para a necessidade de se criar novos instrumentos de controle, regulação e arrecadação que efetivamente garantam o atendimento do interesse público pela exploração mineral, como a introdução de uma agência reguladora do setor. O deputado lembra que o Brasil ocupa posição de destaque no mercado mundial de mineração. É fundamental, portanto, que o povo brasileiro também se beneficie das grandes rendas geradas pelo setor mineral, em contraste ao modelo vigente, que confere a um particular direito de auferir valores muito superiores aos obtidos pelo Estado - proprietário dos recursos minerais. O lançamento do estudo está marcado para as 15h30 no Salão Nobre. Participaram da elaboração do documento os consultores legislativos Paulo César Ribeiro Lima (da Área de Recursos Minerais, Hídricos e Energéticos), Leonardo Costa Schuler (da Área de Direito Administrativo) e Roberto Carlos Martins Pontes (da Área de Direito Constitucional). O conselho é presidido pelo deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE).

Fonte: Agência Câmara 07/06/2011

DEPENDÊNCIA LEVA UE A LANÇAR A "DIPLOMACIA DAS MATÉRIAS -PRIMAS " Relações externas: Países elaboram estratégia para monitorar insumos e garantir o abastecimento futuro

A Europa depende inteiramente da importação de vários minerais que estão concentrados nas mãos de poucos países, como Brasil, China, Rússia e África do Sul, o que leva agora Bruxelas a deflagrar a "diplomacia de matérias-primas", para garantir seu abastecimento. A União Europeia (UE) publicou um documento estratégico em fevereiro, no qual destaca a importância das matérias-primas e os riscos inerentes à volatilidade excessiva dos preços. Para Bruxelas, essas flutuações são devidas em parte a medidas protecionistas, reforçando a inflação e falseando os mercados mundiais de commodities, avaliando que isso prejudica sua indústria e agricultura. O plano é monitorar as 14 matérias-primas mais críticas para a economia europeia. O Brasil é fornecedor especialmente de duas: nióbio e tântalo (tipos de metal) - 84% do nióbio e 51% de minério de ferro importado pelos 27 países da UE vêm do Brasil. "Precisamos ter acesso às matérias- primas necessárias para milhares de produtos, de celular a baterias e carros", diz um assessor europeu. A estratégia europeia é, internamente, utilizar melhor os recursos, aumentar a reciclagem ou formar estoques. E do lado externo, obter garantia de suprimento e não correr riscos de bloqueio. Para a Businesseurope, federação das indústrias europeia, Bruxelas precisava reagir porque mesmo na fase inicial da recuperação econômica global os preços de recursos naturais estavam mais elevados do que em 2010. Além disso, distorções nos mercados aumentam com as 1.250 restrições à exportação, entre elas as da China e Rússia, pelos dados de fevereiro. A avaliação da UE é que o forte aumento da demanda por matérias-primas continuará, puxada pelo dinamismo econômico e pela aceleração da industrialização e urbanização em emergentes como China, Índia e Brasil. O Brasil nunca restringiu a exportação de matérias-primas, mas a dependência europeia será permanente, pois os países do euro não têm como produzir tudo o que precisam. A preocupação é maior com outros países com alta concentração de produção de commodities para a UE. O temor europeu é sobretudo com a China, maior consumidor de metais do mundo. Sua parte no consumo de cobre passou de 12% para 40% em dez anos, e o país detém a maior parte dos minerais estratégicos. Nesse caso, autoridades europeias acham que riscos de desabastecimento são reais. É o caso dos minerais "terras-raras", cuja produção mundial está 97% concentrada na China. Eles são essenciais para alta tecnologia, telecomunicações e produtos ambientais. Recentemente, Pequim interditou a exportação do produto. Antes de Brasília, o vice-presidente da Comissão Europeia e comissário de Indústria e Empreendedorismo da UE, Antonio Tajani, passará na quinta-feira pela Argentina. Um assessor informou que Tajani vai deflagrar a iniciativa no Brasil, levando em conta o contexto da negociação do acordo de livre comércio UE-Mercosul, que quando concluída definirá preferências para as empresas dos dois lados. Tajani quer obter em Brasília uma "declaração de intenção" que dê impulso a um consenso internacional, mas com calendário para decisões futuras. "Não queremos só falar e depois as coisas não andarem", diz um assessor. Cinco declarações de intenções estão acertadas. O texto sobre matérias-primas ainda não.

Fonte: Valor Econômico Data: 07/06/2011

JOSÉ FRANCISCO VIVEIROS ASSUME PRESIDÊNCIA DA ENRC

A companhia de mineração Eurasian Natural Resources Corporation (ENRC) anunciou hoje a nomeação de José Francisco Martins Viveiros como presidente da empresa no Brasil. José Viveiros chega à ENRC após passar pela ArcelorMittal, onde atuou como presidente executivo (CEO, na sigla em inglês). Na nova empresa, ele vai supervisionar o desenvolvimento dos ativos de minério de ferro no Brasil e irá liderar uma equipe de 175 empregados que trabalham atualmente no projeto Pedra de Ferro, da Bahia Mineração (Bamin) – controlada pela ENRC – em Salvador, Belo Horizonte, Caetité e Ilhéus, além de outro projeto em Minas Gerais. Segundo a ENCR, Viveiros é um executivo com mais de 35 anos na indústria de mineração e metalurgia. Após a formação como geólogo, trabalhou em diferentes mineradoras, principalmente no Brasil, e chegou a ocupar a alta administração na Vale e ArcelorMittal.

Fonte: Valor Econômico Data: 07/06/2011

GOVERNO DESCARTA ACORDO COM UE SOBRE MATÉRIAS -PRIMAS ESTRATÉGICAS

A União Europeia (UE) não deve criar expectativa de uma "declaração de intenção" bilateral sobre matérias-primas durante a visita do vice-presidente da Comissão Europeia, Antônio Tajani, na semana que vem. Essa foi a sinalização enviada à UE pelo governo brasileiro. O plano europeu é começar pelo Brasil uma grande articulação internacional para garantir o abastecimento de matérias-primas estratégicas para a competitividade europeia, no que Bruxelas chama de "diplomacia da matéria-prima", que levaria a um consenso internacional proibindo restrições à exportação de minerais. O objetivo é atrair primeiro o Brasil, um dos grandes produtos mundiais de minérios, ao conceito de que nenhum país deve impor "distorções comerciais" na exportação de matérias-primas, para, em seguida, "apertar" a China e outros países centrais na produção de commodities para a UE. No entanto, contrariando a expectativa de Bruxelas até ontem cedo, as autoridades brasileiras indicam que só assinarão com Tajani declarações de intenções sobre turismo, área industrial, programa Galileo (radionavegação por satélite) e estimulo às pequenas e médias empresas. Sobre matérias-primas, será mesmo só conversa e sem texto assinado. Na visão brasileira, o projeto da UE é muito limitado, a começar pelo fato de Tajani não ter mandato dos comissários europeus para abranger outras setores de matérias-primas, a começar pela agricultura, que é de interesse prioritário do país. A ótica dos europeus é a de abastecimento, sem levar em conta também a ótica do mercado e do produtor. O Brasil e outros emergentes querem combater a ideia de consolidação de suas posições como eternos produtores de matérias-primas. Assim, os termos de troca vão ser sempre desfavoráveis para os emergentes. A prioridade brasileira é desmantelar a escalada tarifária europeia, pela qual Bruxelas impõe tarifa de importação baixa para o minério de ferro, mas que fica maior quando o produto é siderúrgico com valor agregado. Na agricultura, a UE importa quase sem tarifa o grão de café, mas cobra alto pela entrada do café solúvel. Isso levou ao exagero de a Alemanha, que não tem um pé de café plantado, ser hoje um dos maiores exportadores mundiais. Os alemães importam o grão, fazem a torrefação, o marketing e exportam com enorme lucro. Para fontes brasileiras, outra questão precisa também ser discutida na articulação que Bruxelas pretende levar adiante na cena internacional. Quando se fala de volatilidade de preços, é necessário examinar qual a contribuição dos bilionários subsídios europeus para sua agricultura, o que prejudica também a competição de outros países com a produção europeia no mercado internacional. Documento da UE mostra que a Europa depende inteiramente da importação de uma série de minerais que estão concentrados nas mãos de poucos países, como China, Brasil, Rússia e África do Sul. Nada menos de 84% do nióbio e 51% do minério de ferro importado pelos 27 países da UE vêm do Brasil, por exemplo.

Fonte: Valor Econômico Data: 08/06/2011

GOVERNO EDITA MEDIDA QUE AGILIZA A INDUSTRIALIZAÇÃO DA REGIÃO DE ARRAIAS

O processo de industrialização da região de Arraias, que neste ano está recebendo investimentos empresariais da ordem de R$ 424 milhões no projeto de mineração de fosfato, a cargo da Itafós Fertilizantes, acaba de receber importante impulso por parte do Governo do Estado. É que foi publicado no Diário Oficial de hoje (06 de junho) o decreto nº 4311, assinado pelo governador Siqueira Campos, cuidando de declarar de utilidade pública para fins de desapropriação as áreas de terreno rural no entorno das minas de fosfato, o que, em síntese, vai permitir a implantação de várias outras empresas interessadas no beneficiamento, comercialização e transportes dos produtos minerais. Neste processo de facilitar a implantação de novas empresas, o governador Siqueira Campos emite sinais, desde o início desta gestão, de que a industrialização é prioridade número um da sua administração. Foi no dia 28 de março, em cerimônia concorrida no Palácio Araguaia, em Palmas, que o governador entregou oficialmente a Licença de Instalação do mega empreendimento ao próprio presidente da Itafós Fertilizantes, Antenor Silva. O principal executivo daquela organização empresarial garantiu que um dos próximos passos da empresa consistia em encomendar os bens de capital necessários à instalação da empresa e iniciar a seleção dos fornecedores que atuarão diretamente na construção?. No mês de maio, a empresa Engefort foi contratada para a etapa de limpeza e preparação do local em solo arraiano, tarefa já iniciada, empregando novos 74 funcionários. A previsão do término desta fase foi marcada no contrato para dia 1º de outubro deste ano. Na operação que está exigindo investimentos pontuais da ordem de R$ 13,2 milhões, a Itafós Fertilizantes utiliza, desde então, duas dezenas de máquinas pesadas, especialmente adquiridas (retro escavadeiras, tratores de esteiras e caminhões de alta tonelagem) para a tarefa de limpar e preparar o local da construção da nova mina de fosfato, do complexo industrial e das instalações sede do projeto de mineração no município tocantinense de Arraias. O investimento permitirá a ocupação direta de 500 empregados. O montante dos recursos poderá chegar a R$ 500 milhões até 2015, como já sinalizou a empresa produtora de fertilizantes. A direção da Itafós Fertilizantes anunciou no mês passado que seis outras empresas, geralmente misturadores e transportadores, pretendem instalar-se na área industrial de Arraias, bastando apenas que o governo estadual editasse o decreto definindo a área do pólo de mineração. Tais empresas constituem apoio à função da Itafós Fertilizantes, que produz base de superfosfato simples, a partir de jazidas de rocha fosfática existentes naquela região. Há tempos que a empresa Itafós já havia explicado que seu empreendimento seria o embrião de uma série de outras indústrias, começando pelas empresas que usarão seu superfosfato simples na produção das misturas de fertilizantes. Logo, a edição do recente decreto deixa caminho livre para a chegada das novas empresas, dando por definitivo a criação do Distrito Industrial de Arraias. Outra preocupação da Itafós era com a deficiência de energia elétrica na região, mas aponta que tal falha, com apoio do governo estadual, seria reparada com a construção de uma nova linha de alta tensão em 138 kV que deveria ligar Dianópolis ao Distrito Industrial. Esta linha de alta tensão seguiria pela TO-110, percorrendo um total de 177 km, passando pelos municípios de Arraias, Novo Alegre, Lavandeira, Novo Jardim, Ponte Alta do Bom Jesus, Taguatinga, Aurora do Tocantins e Combinado ? todos eles municípios carentes de abastecimento de energia de qualidade. Porém, em gestão pessoal feita pelo governador Siqueira Campos na última semana, em Brasília, busca-se alternativa que consistiria na implantação de linhão capaz de trazer àquela região a energia da hidrelétrica de Peixe/Angical, o que daria maior robustez e confiabilidade a industrialização daquela região. Outras iniciativas para beneficiar aquela parte do estado deverão ser tomadas em breve, entre elas, a retomada das obras da Barragem de Arraias, bem como a reativação da Depasa, tradicional destilaria de álcool com significativa importância na geração econômica e criação de empregos no sudeste tocantinense. O prefeito Antônio Wagner Barbosa Gentil considera a medida como importante para a redenção econômica da sua cidade, retirando-a da inércia financeira.

Fonte: Brasil Mining Site Data: 06/06/2011

CAMARGO CORRÊA PARTICIPA DE PROJETO DE POTÁSSIO DA VALE

A construtora Camargo Corrêa assinou aditivo contratual do projeto Potasio Rio Colorado (PRC), em Buenos Aires (Argentina). A empresa será a responsável pela implantação do sistema logístico ferroviário, com a construção de um trecho novo de 370 km, incluindo as peras ferroviárias em Neuquén e Bahia Blanca, que praticamente eliminam a necessidade de manobras para embarque. O projeto Potasio Rio Colorado é desenvolvido pela Vale, para a implementação de uma mina de potássio localizada entre as Províncias de Mendoza e Neuquén, englobando extração, beneficiamento, ferrovia e porto.

Fonte: Minérios & Minerales Data: 08/06/2011

VOTORANTIM METAIS INVESTE R$ 44 MILHÕES EM MINAS Recursos para ativos em Miraí, Itamarati de Minas e Poços de Caldas

A Votorantim Metais, controlada pelo grupo Votorantim, irá realizar aportes da ordem de R$ 44 milhões em suas minas de bauxita em Minas Gerais neste ano. Os investimentos fazem parte de um plano de investimentos da ordem de R$ 401 milhões da subsidiária do conglomerado empresarial para a expansão do segmento de alumínio. A bauxita é um insumo utilizado na produção de alumínio. O mineral é extraído nas jazidas localizadas em Miraí e Itamarati de Minas, ambas na Zona da Mata, além de Poços de Caldas (Sul de Minas). Conforme informações da empresa, os recursos serão utilizados na aquisição de equipamentos de beneficiamento, abertura de minas e compra de jazidas. Apesar disso, a empresa não detalhou qual será o aumento na capacidade de extração nas lavras instaladas no Estado. O aporte nas jazidas em Minas Gerais deverá suprir o aumento na demanda com os investimentos da Votorantim Metais na produção de alumínio. Neste ano, a companhia concluirá a construção do maior e mais moderno centro de tratamento de perfis da América Latina, localizado na fábrica integrada no município de Alumínio (SP), com investimentos de R$ 292 milhões. O grupo também pretende realizar aportes na extração de níquel em Fortaleza de Minas (Sul de Minas). O valor do investimento na jazida não foi revelado. O empreendimento é parte do plano de inversões de R$ 151 milhões no segmento níquel. Além disso, o grupo retomou o projeto de implantação de um planta de polimetálicos em Juiz de Fora (Zona da Mata). Os investimentos deverão totalizar R$ 521 milhões. Em março, foram assinados aditivos ao protocolo de intenções junto ao governo estadual. A previsão é de que o projeto seja responsável pela geração de 64 empregos diretos e 50 indiretos e 1,5 mil durante as obras.

Chumbo O empreendimento, que consiste no beneficiamento de subprodutos metálicos, foi suspenso em função da crise financeira internacional. A primeira fase das inversões estava programada para ser finalizada em setembro de 2008 e a segunda no final de 2009. A usina produzirá zinco, índio, chumbo metálico, liga de prata com ouro e propileno. O grupo deve implantar ainda uma unidade de produção e reciclagem de chumbo mediante investimentos de R$ 383 milhões a serem realizados até meados de 2012. Os investimentos da Votorantim Metais previstos para 2011 deverão totalizar R$ 1 bilhão. Os aportes em Minas deverão ficar em aproximadamente R$ 390 milhões. Além de recursos próprios, a companhia contará com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Fonte: Diário do Comércio Data: 08/06/2011

COM VENDA DE ATIVOS , METOREX ABRE CAMINHO À OFERTA DA VALE Brasileira fez uma oferta em abril para comprar a Metorex por US$ 1,13 bilhão; empresa produz cobre e cobalto

A Metorex fechou um acordo para vender sua unidade de processamento de zinco na Zâmbia para uma unidade da Glencore International, uma condição necessária para a conclusão da oferta da Vale para comprar a mineradora sul-africana. A Vale fez uma oferta em abril para comprar a mineradora de cobre e cobalto por US$ 1,13 bilhão. "Quando a Vale fez a oferta pela Metorex, ela excluiu a unidade de processamento", afirmou um porta-voz da mineradora sul-africana. A Metorex afirmou que a venda é por um preço base de 190 milhões de rands (US$ 28,1 milhões), o que poderia aumentar para 225 milhões de rands se a companhia liquidar um empréstimo de 35 milhões de rands. Agora que o acordo foi fechado, a oferta da Vale pode ser completada, afirmou a mineradora sul-africana. Se a Vale concluir a compra da Metorex, ela ficará ainda mais perto de alcançar sua meta de longo prazo para a produção de cobre de 1 milhão de toneladas por ano. Mas a Vale e a Metorex poderão enfrentar ainda resistência ao acordo. O sindicato de mineradores da África do Sul afirmou que é contrário ao acordo e vai apresentar uma petição ao governo para intervir. O sindicato também disse que pode apresentar uma queixa à Comissão da Concorrência. Em 2010, a Metorex produziu 51.569 toneladas de cobre e 3.622 toneladas de cobalto, e suas minas existentes têm reservas estimadas de cobre de cerca de 25 milhões de toneladas de cobre. A companhia, que também tem três projetos adicionais no Congo, reportou uma receita de US$ 432 milhões e encerrou o ano passado com uma dívida líquida de US$ 63 milhões.

Fonte: IG Data: 08/06/2011

COM ALTA DEMANDA MUNDIAL , INDÚSTRIA EXTRATIVA DEVERÁ ALCANÇAR NESTE ANO PATAMARES RECORDES DE RECEITA .

A indústria extrativa mineral deverá alcançar neste ano patamares recordes de receita impulsionada pela demanda no mercado internacional, principalmente de países emergentes, conforme o sócio e líder de Mineração da PwC-Brasil, Ronaldo Valiño. Com a elevação do consumo, as maiores mineradoras do planeta planejam investir US$ 120 bilhões somente em 2011. O cenário deverá impulsionar a entrada de novos players no Brasil. Segundo o especialista, as projeções de recordes no faturamento das maiores empresas do setor é resultado da elevação do consumo de commodities como minério de ferro, carvão, ouro e níquel. O incremento da demanda vem sendo verificado principalmente nos países emergentes, como a China. Ele explicou que com a demanda aquecida, os preços dos minerais apresentam uma trajetória ascendente no mercado internacional, o que impulsiona os resultados das mineradoras. O cenário é verificado desde o ano passado. De acordo com o relatório da PwC, "Mine: The game has changed", as receitas das 40 maiores mineradoras mundiais em 2010 aumentaram em 32% na comparação com 2009, atingindo o recorde histórico de US$ 435 bilhões. Além do aumento dos preços de produtos minerais, as empresas foram favorecidas pela alta de 5% na produção no período. De acordo com Valiño o aumento nos preços das commodities, que alavancou os resultados das mineradoras e deverá continuar a impulsionar a receita em 2011, é causado pelo desequilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado internacional. O aumento da oferta é apontado como o novo desafio das mineradoras. Segundo o especialista para acompanhar a demanda, as 40 maiores companhias do setor anunciaram investimentos de mais de US$ 300 bilhões. Deste total, mais US$ 120 bilhões estão planejados para 2011, dobrando o Capex de 2010. Ele destacou que as empresas possuem liquidez para investir, pois estão reduzindo o endividamento e possuem maior caixa. Conforme o relatório, a disponibilidade atual das maiores mineradoras é de aproximadamente US$ 100 bilhões. Apesar dos investimentos vultosos, o especialista afirmou que o equilíbrio não deverá ser alcançado no curto prazo. Ele explicou que estes projetos necessitam de maior prazo para serem implantados e impactarem na oferta no mercado internacional. De acordo com o líder de Mineração da PwC-Brasil, o cenário global mantém a tendência de atração de investimentos para o Brasil. Além do país já possuir grande importância no setor, por ser um dos maior produtores minerais do planeta, Valino afirmou que o país apresenta menores riscos de investimento, o que viabiliza a entrada de novos players no país. Ele lembrou que o cenário já é verificado em Minas Gerais, onde diversas empresas estrangeiras, formadas por fundos de investimentos, aportaram no Estado em busca de empreendimentos no setor. O relatório também destaca a tendência de que o desempenho dos produtores de mercados emergentes supere a de países "tradicionais" no setor, como Austrália, Estados Unidos, Canadá, África do Sul e Reino Unido. Nos últimos quatro anos, o retorno médio sobre o patrimônio líqüido das companhias em mercados emergentes foi mais do que o dobro do apurado em países mineradores tradicionais. O incremento da demanda por minérios vem sendo verificado nos países emergentes como a China O grupo das 40 maiores mineradoras também sofreu alterações nos últimos oito anos, hoje 45% das empresas são de mercados emergentes, reflexo das contínuas mudanças nos players e na base de poder da indústria. A Vale S/A, a segunda maior mineradora do mundo, é a única representante brasileira entre as maiores.

Fonte: Diário do Comércio Data: 09/06/2011

FERROUS RESOURCES JÁ INICIOU PRODUÇÃO NA MINA VIGA Quando estiver totalmente implantada, a jazida em Congonhas terá capacidade para 25 milhões de toneladas/ano.

A Ferrous Resources do Brasil iniciou nesta semana a extração de minério de ferro na Mina Viga, em Congonhas (Campos das Vertentes). Esta é a segunda jazida da companhia a entrar em operação no Estado neste ano, quando a empresa pretende produzir aproximadamente 3 milhões de toneladas. O início das atividades em Viga foi viabilizado por meio de uma Autorização Provisória de Operação (APO). A permissão é válida por seis meses, período em que a empresa deverá receber a Licença de Operação (LO) do empreendimento em Congonhas. Apenas com a LO, que será emitida pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), a companhia poderá extrair os 4 milhões de toneladas de ROM (produção bruta lavrada) por ano. Desse total, a Ferrous prevê a produção entre 2 milhões de toneladas e 2,4 milhões de toneladas de minério já beneficiado que serão escoadas por via férrea até o porto de Sepetiba (RJ). Quando totalmente concluída, Viga será uma operação a céu aberto com planta de beneficiamento e capacidade para produzir 25 milhões de toneladas por ano a partir de 2014. Nesta fase, a mina será ligada ao Terminal Portuário de Presidente Kennedy, no litoral sul do Espírito Santo, por um mineroduto de aproximadamente 400 quilômetros de extensão. Enquanto se prepara para a plena produção, a Ferrous contratou o consórcio Fidens- Flapa para implantação da infraestrutura necessária para produção a curto prazo. Somente neste ano a mineradora deverá produzir 3 milhões de toneladas de minério em suas jazidas em Minas Gerais, conforme informado anteriormente pela empresa. Entre elas está a Mina Esperança, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que voltou a operar em fevereiro. Em abril, a empresa também retomou as exportações da commodity, suspensas desde a explosão da crise financeira internacional em 2008. Somente no primeiro semestre deste ano as vendas externas da mineradora deverão totalizar 700 mil toneladas. A Ferrous detém cinco ativos minerários no Quadrilátero Ferrífero - região que concentra as maiores jazidas do mineral no país - e um ativo na Bahia. A companhia planeja se tornar um dos maiores produtores e fornecedores mundiais de minério de ferro transportado por via marítima, com a meta de exportar para mercados internacionais a um ritmo de 25 milhões de toneladas por ano em meados de 2014 e 62 milhões de toneladas anuais em 2016. A companhia também iniciou o processo de licenciamento ambiental do projeto Serena, em Brumadinho. Até 2016, a produção na jazida deverá totalizar 10 milhões de toneladas/ano. Além da extração do minério de ferro, o projeto de investimentos da Ferrous compreende a construção do mineroduto de 400 quilômetros de extensão entre a Mina Viga e o porto capixaba. Os aportes são estimados em R$ 4,5 bilhões. O empreendimento terá um terminal de embarque de minério, planta de filtragem e instalações administrativas. A estrutura permitirá o recebimento simultâneo de até dois navios de grande porte para transporte da commodity. A empresa também possui um projeto para a construção de usina siderúrgica em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Para isso, busca de parceiros. Além disso, planeja o desenvolvimento, em separado, da Mina Jacuípe, em Coração de Maria (BA), por meio da construção de infraestrutura integrada com capacidade para 12 milhões de toneladas/ano de minério. Também deverá ser instalado um mineroduto que ligará a jazida ao litoral baiano.

Fonte: Diário do Comércio Data: 10/06/2011

MINERADORAS REJEITAM MARCO Projeto sugere que, para minerar, vença licitação quem der mais contrapartidas

As grandes mineradoras do país não ficaram satisfeitas com a proposta de um novo marco regulatório para a mineração, apresentada nesta semana pela Câmara dos Deputados. Representantes das empresas que controlam as jazidas mais rentáveis discordam de mudanças no processo pelo qual obtêm o direito de uso e exploração do minério. Para os empresários do setor, o Código Brasileiro de Mineração foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988, ao contrário do que argumentam os defensores da nova legislação - para quem os mineradores, se quiserem o direito de uso e exploração das jazidas, devem submeter- se a licitação pública, que escolha vencedor aquele que mais contrapartidas oferecer ao poder público. "Nós precisamos de mudanças pontuais", colocou o presidente da entidade que reúne as empresas da área - o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) -, Paulo Camilo. De acordo com ele, não há necessidade de um novo marco regulatório para o minério, mas apenas "de uma modernização que contribua para melhorar a atividade". O presidente do Ibram afirmou que, "se a lei brasileira fosse arcaica, nós não teríamos o quinto maior produto mineral do mundo". Pelo entendimento, "se a legislação nacional fosse obsoleta, o país não reuniria condições de competir com as grandes mineradoras internacionais, nem de segurar uma produção anual como essa que nós temos". Paulo Camilo se refere ao ponto do novo marco que pretende rever o modelo pelo qual as jazidas são entregues à exploração privada. Atualmente, recebe a autorização para pesquisa de lavra a mineradora que primeiro protocola o requerimento no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), desde que cumpridas as exigências legais. Os parlamentares, porém, propõem que a concessão de lavra, que é posterior à fase de estudos, seja disputada em licitação pública. Desse modo, a empresa responsável por realizar a pesquisa na jazida perderia a preferência para explorá-la. Ele considera que licitação acabaria afugentando empreendedores. "Muitas empresas só aceitam arriscar o capital porque sabem que, havendo minério, terão o direito de explorá-lo."

Poder público deseja 20% O projeto de novo marco regulatório para o minério também cria uma participação especial a que o poder público teria direito no faturamento líquido. A alíquota sugerida é de 20%, incidindo apenas sobre as jazidas consideradas de alta rentabilidade. Essa tributação também desagrada às mineradoras. Segundo o presidente da empresa Geologia para a Mineração, Elmer Prata Salomão, "a sede dos governos em aumentar a renda com a produção mineral" se deve à elevação do preço do produto nos últimos anos. "As mineradoras andam saudáveis e ganhando dinheiro, por isso o Estado quer participar desse lucro", afirmou. Para Salomão, a distribuição "seria justa, se, nos períodos de prejuízo, o Estado também participasse da partilha". Ele contou que o setor passou por dificuldades mundiais nos últimos 20 anos, "e nunca vimos ninguém chegar dizendo vamos reduzir esses impostos para melhorar a situação de vocês". O empresário considera que a discussão sobre uma melhor divisão dos ganhos "é bem-vinda", mas deve ser feita "dentro de um contexto de reforma tributária".

Volta do ICMS "é inviável" O novo marco regulatório propõe retirar a isenção do ICMS para a exportação de produtos primários não renováveis, como o minério. O presidente da Geologia para a Mineração, Elmer Prata Salomão, diz que, para o setor, é inviável. E reclama: "No momento em que o Brasil se tornar não competitivo, os investidores vão embora e vamos ficar com o nosso minério enterrado no chão".

Fonte: Jornal O Tempo Data: 10/06/2011

SETOR DE MINERAÇÃO APRESENTA RESULTADOS HISTÓRICOS

As receitas das 40 maiores mineradoras mundiais aumentaram em 32%, atingindo o recorde histórico de US$ 435 bilhões, favorecidas pelo aumento dos preços de produtos minerais e pelo aumento de 5% na produção em 2010. O forte desempenho em receita alçou o lucro líquido das mineradoras para impressionantes US$ 110 bilhões, um aumento de 156% em relação ao exercício anterior, de acordo com o relatório da PwC, Mine: The game has changed. Segundo o sócio Ronaldo Valiño, líder de Mineração da PwC Brasil, após o forte resultado em 2010, a indústria de mineração entrou para uma nova era, com mudanças fundamentais. "O crescimento na demanda por produtos - principalmente nos países emergentes - será o principal fator impulsionador da indústria, e a oferta o seu maior desafio. A necessidade de explorar áreas remotas, a complexidade dos empreendimentos e novos riscos soberanos também figuram entre os desafios previstos," afirma Valiño. "No Brasil, o setor vive um ciclo de grandes investimentos e importantes projetos, porém enfrenta questões que emperram o pleno desenvolvimento do setor, tais como logística, alta tributação e escassez de crédito", acrescentou. Para acompanhar a demanda, as 40 maiores mineradoras anunciaram investimentos de mais de US$ 300 bilhões e, desse total, mais US$ 120 bilhões estão planejados para 2011, dobrando o CAPEX de 2010. Apesar dos desafios, as empresas estão bem posicionadas para se beneficiarem do aquecimento do mercado. Coletivamente, detêm cerca de US$ 1 trilhão em ativos, sendo US$ 100 bilhões em disponibilidades. Também apresentam níveis baixos de dívida, com net gearing de apenas 8%.

Fonte: Minérios & Minerales Data: 09/06/2011

CICLO DE INVESTIMENTOS DE US$ 68,5 BILHÕES ATÉ 2015

Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a alta demanda do mercado mundial por matérias-primas deve impulsionar os investimentos no setor de mineração. A entidade acredita em um novo ciclo recorde, de US$ 68,5 bilhões, entre 2011 e 2015, montante superior aos US$ 64,8 bilhões previstos anteriormente para o mesmo período. Esta retomada é puxada especialmente pela demanda da China e pequena recuperação da Europa e Estados Unidos. Os projetos brasileiros de minério de ferro devem responder por US$ 44,9 bilhões do total até 2015, seguido dos investimentos em níquel, de US$ 6,5 bilhões, e da cadeia de alumínio, US$ 5,2 bilhões. Dentre os estados brasileiros, o que desenvolverá mais projetos (bauxita, alumina, minério de ferro, fosfato, ouro e logística) é o de Minas Gerais. Do total, Minas Gerais deverá receber US$ 25 bilhões entre 2011 e 2015, seguido pelo Pará (US$ 24 bilhões), por conta do Complexo de Carajás, da Vale.

Fonte: Brasil Mineral Data: 09/06/2011