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Texto Completo.Pdf ANDRÉ NAVES FENELON PARA QUÊ E PARA QUEM É ESTE CANO? REGISTROS E PROCESSOS DE ENFRENTAMENTO À MINERAÇÃO EXTRATIVISTA A PARTIR DA MICRORREGIÃO DE VIÇOSA/MG Dissertação apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural, para obtenção do título de Magister Scientiae. VIÇOSA MINAS GERAIS - BRASIL 2018 O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Brasil (CAPES), Código de Financiamento 001. Este trabalho é dedicado aos governantes do Estado Brasileiro – não ao paradigma neoextrativista de “desenvolvimento”. ii O maior trem do mundo O maior trem do mundo Leva minha terra Para a Alemanha Leva minha terra Para o Canadá Leva minha terra Para o Japão O maior trem do mundo Puxado por cinco locomotivas a óleo diesel Engatadas geminadas desembestadas Leva meu tempo, minha infância, minha vida Triturada em 163 vagões de minério e destruição O maior trem do mundo Transporta a coisa mínima do mundo Meu coração itabirano Lá vai o trem maior do mundo Vai serpenteando, vai sumindo E um dia, eu sei não voltará Pois nem terra nem coração existem mais. Carlos Drummond de Andrade iii AGRADECIMENTOS Ao Criador, Pai e Amigo - Jesus Cristo; Ao professor orientador Marcelo Leles Romarco de Oliveira; Ao amigo e chefe, Arnaldo José Severino, ex-coordenador do Projeto de Combate à Pobreza Rural de Minas Gerais - PCPR/MG, com quem muito aprendi; Aos meus irmãos: Guilherme, Taciana e Juliana – pelos (in-críveis) amparos no âmbito da minha vida. Nunca deparei com tamanha dedicação e solicitude; Ao Gabriel Naves Ferraz de Sena, meu querido irmão; À minha mãe Heloisa – por suas orações, cuidados, presença e alegria; Ao meu pai, Paulo Fenelon, que, de forma sui generis, sempre nos amparou a contento; Ao tio Petrônio Fenelon, sempre aprendendo com suas histórias e vivências; Ao Beto, meu cunhado, pela oferta imprescindível no âmbito desta empreitada; A Dulce Fenelon Aguiar, pela tradução do resumo desta dissertação; Ao Juarez, Cris, Lucas e Tiagão – pela reciprocidade e carinho; Ao professor Alair Ferreira de Freitas pelo crédito e perspectiva de orientação; Ao professor Lucas Magno, sempre solícito - agradeço a participação junto à banca do projeto, bem como por disponibilizar-me seus trabalhos de doutoramento; Ao professor Luciano Rodrigues Costa e ao professor Fabrício Roberto Costa Oliveira pela participação em minhas bancas, humildade e valiosas contribuições; Ao Natan Ferreira de Carvalho, debatedor do meu seminário de dissertação, sempre solícito, significativas contribuições; Ao amigo irmão Yan Victor Leal da Silva – que um dia ofereceu dividir sua bolsa de estudos comigo, além de contribuições acadêmicas; Aos amigos irmãos do PCPR, pela amizade eterna - Guilherme Caixeta, Lucas Zenha, Diogo, Willian, Daniel e Júnior; Ao João Travassos agrônomo e violeiro – mais um amigo irmão; Ao Mariano Rosa – identificação e apreço eterno - muitas alegrias; Ao irmão Rapha, sempre alegre e brincalhão – tornando a vida mais leve; Ao Sérgio Guedes, contemporâneo da UFLA – amizade eterna; Ao Álvaro Andrade, Antônio e Emunuele – uma família acolhedora; À Ciberi, grande companheira - apreço; Ao Túlio Borges – sempre solícito; iv À Geusa, agradecido pelas parcerias acadêmicas; À querida Professora Cida Zolnier, Disciplina LET – 610 - Inglês Instrumental; Ao Seu Cícero e Dona Catarina – pelo carinho, acolhimento e tantos almoços aos domingos; Aos amigos que fiz em Viçosa: Didi, Dany e Juninho, Chris e Otto, Gil, Célio, Pierre e Cláudia, Du, Vitor, Augusto, Sergio Come, Mateus, Alípio, Vital, Xavier, Javier, Rose e Chiquinho; À Sissi Vieira, pelos alertas e contribuições valiosas; À Janaina Oliveira Campos pela revisão ortográfica; Aos funcionários do DER – Romildo, Margarida, Miriam, Mirna e Oto pela amizade; À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Brasil (CAPES), pelo financiamento deste trabalho; Aos homens de tempo lento, meu apreço e identificação; Ao BG, meu amigo irmão, por incentivar, investir e acreditar nas minhas batalhas – exemplo de humildade, competência e zelo. Admiração e gratidão eterna. Enfim BG, “depende sempre de tanta, muita, diferente gente; toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de outras tantas pessoas” (Gonzaguinha, s/d). v SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS .................................................................................................. viii LISTA DE QUADROS ................................................................................................... x LISTA DE SIGLAS ....................................................................................................... xi RESUMO ....................................................................................................................... xv ABSTRACT ................................................................................................................ xvii INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1 METODOLOGIA ........................................................................................................... 6 Cenário investigativo ................................................................................................... 7 Os procedimentos de pesquisa: Coleta de Dados ........................................................ 9 Recorte histórico processual e a inserção do pesquisador ....................................... 22 CAPÍTULO 1 – REFLEXÕES SOBRE A MINERAÇÃO NO BRASIL ................ 25 1.1 - Brasil, um país minerário .................................................................................. 25 1.2. Os governos progressistas e os programas sociais de mãos dadas com o Neoextrativismo .......................................................................................................... 27 1. 3 O Plano Nacional de Mineração 2030 e a construção do novo marco legal da mineração ................................................................................................................... 36 1.4. Minas Gerais, o berço da mineração ................................................................. 41 CAPÍTULO 2: CONFLITOS AMBIENTAIS INDUZIDOS PELA MINERAÇÃO NO CONTEXTO DA ZONA DA MATA MINEIRA ................................................ 48 2.1– O Conflito ........................................................................................................... 48 2.2 Outra face do conflito .......................................................................................... 53 2.4 – O Contexto das resistências aos grandes empreendimentos na Zona da Mata Mineira ....................................................................................................................... 55 2.4.1 – A Zona da Mata de Minas Gerais ................................................................. 56 CAPÍTULO 3 – A CAMPANHA: MINERODUTO E RESITÊNCIA A PARTIR DA MICRORREGIÃO DE VIÇOSA ................................................................................ 60 3. 1 – O mineroduto e o nascedouro da resistência: para quê e para quem é esse cano? ......................................................................................................................... 62 3. 2 – A importância e o papel dos movimentos sociais enquanto perspectiva de mudanças .................................................................................................................... 71 vi 3.3 - Entre gritos, esperanças e resistências: a Campanha pelas águas contra o mineroduto da Ferrous .............................................................................................. 76 3.4 - As ações estratégicas da Campanha pelas águas: resistência, amplitude e persistência ................................................................................................................. 84 CAPÍTULO 4 - OS DESDOBRAMENTOS DA CAMPANHA PELAS ÁGUAS, CONTRA O MINERODUTO DA FERROUS ......................................................... 113 4.1 – O prosseguimento da luta ............................................................................... 113 4.2 – Contexto da área de estudo – a Serra do Brigadeiro ..................................... 116 4.3 – O processo de criação do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB) 120 4.4 – O Território da Serra do Brigadeiro (TSB) ................................................... 125 4.5 – Os atores e os conflitos no Território da Serra do Brigadeiro ...................... 128 4.5.1 A Companhia Brasileira de Alumínio ................................................................................. 130 4.5. – Mineração? Aqui não! Coletivo no enfrentamento à mineração no Território da Serra do Brigadeiro ....................................................................................................................................... 131 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 142 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 146 ANEXO ........................................................................................................................ 164 ANEXO 1 .................................................................................................................. 164 vii LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Localização da Mesorregião da Zona da Mata de MG - Região da pesquisa. 7 Figura 2 Apuração anual dos investimentos
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