27 Mar 2015 Orquestra 21:30 Sala Suggia –­­

MORTE E Sinfónica RESSURREIÇÃO do Porto Casa da Música ANO ALEMANHA Coro Casa da Música

Olari Elts direcção musical Karen Wierzba soprano Annely Peebo meio‑soprano­ Mati Turi tenor Michael Nagy barítono

Ludwig van Beethoven Missa Solemnis (1818­‑23; c.1h20min.) 1. Kyrie 2. Gloria 3. Credo 4. Sanctus 5. Agnus Dei

Texto original e tradução nas páginas 7 a 9. tempo do que o previsto, completando-a ape‑ Na impossibilidade de contar com a presença dos solistas Ludwig van Beethoven nas no final de 1822. A partitura seria sujeita Elizabeth Watts (soprano) e Zoltán Nagy (barítono), por BONA, 16 DE DEZEMBRO DE 1770 a várias revisões até meados do ano seguinte motivos de força maior, a Casa da Música agradece a Karen VIENA, 26 DE MARÇO DE 1827 e entretanto a obra tinha tomado proporções Wierzba e Michael Nagy a disponibilidade para interpretarem gigantescas. Além disso, implicava um con‑ a Missa Solemnis de Beethoven, à última hora, com a Missa Solemnis teúdo expressivo de tal forma dramático e Orquestra Sinfónica e o Coro Casa da Música. colocava tais dificuldades de execução que Devemos ao pintor Joseph Karl Stieler aquela se provaria desadequada não só ao contexto que é certamente a imagem mais popu‑ da cerimónia a que aparentemente seria des‑ lar de Ludwig van Beethoven, que acedeu a tinada como a qualquer uso estritamente posar para Stieler pelo menos quatro vezes litúrgico. em 1820. As mãos foram pintadas de memó‑ Na verdade, constata­‑se facilmente que ria; nelas, a partitura de uma composição a Missa Solene é uma expressão eminente‑ em que Beethoven estava então particular‑ mente pessoal do compositor, da sua forma mente imerso e da qual Stieler se preocupou de ver a relação com Deus e com o mundo. em obter os detalhes correctos para que figu‑ Homem inequivocamente religioso, Beetho‑ rassem no manuscrito ostentado no quadro: ven manteve um pensamento bastante inde‑ “Missa Solemnis in D#” (“D#” denota a prá‑ pendente, ao que não será alheio o impacto tica alemã segundo a qual o símbolo de sus‑ dos ideais iluministas e racionalistas que tenido indicava tonalidade maior), que Bee‑ rodearam a sua juventude. A liberdade era thoven referiria como a melhor entre as suas o denominador comum a múltiplos aspec‑ composições. tos da vida deste homem de posturas inqui‑ A ideia de compor uma nova obra reli‑ sitivas e críticas. A procura espiritual de Bee‑ giosa desenhava­‑se na mente de Beetho‑ thoven não passava pela identificação com ven já em 1818. Quando soube que o arquidu‑ organizações religiosas. Não ia regularmente que Rodolfo da Áustria – seu amigo, patrono, à igreja, que frequentava mais a propósito de aluno de longa data e dedicatário de várias instrução musical do que dos rituais litúrgicos.

MECENAS ORQUESTRA SINFÓNICA das suas obras anteriores – seria nomeado Venerou desde cedo a natureza e sim, atra‑ arcebispo de Olmütz, acabou por tomar o vés dela venerou Deus. A mesma visão quase evento como pretexto oficial para a compo‑ panteística, em conjugação com os ideais sição de uma missa solene, cuja estreia ficou revolucionários de liberdade e fraternidade

PATROCINADOR OFICIAL ANO ALEMANHA PATROCINADOR ANO ALEMANHA inicialmente planeada para Março de 1820, universal, estaria também na base da música altura da entronização. Beethoven mostrou­ que Beethoven escreveria sobre a Ode à Ale‑ ‑se entusiasmado: “o dia em que uma missa gria de Schiller para o último andamento da solene composta por mim for executada sua Sinfonia nº 9, datada do mesmo período. durante as cerimónias solenizadas para Beethoven não se poupou a um minu‑ CO-FINANCIADO POR Sua Alteza Imperial será o dia mais glorioso cioso trabalho de preparação para a escrita da minha vida, e Deus iluminar­‑me­‑á de forma da Missa Solene, desde logo a começar pelo a que o meu modesto talento possa contri‑ estudo dos textos litúrgicos, tanto a nível

A CASA DA MÚSICA É MEMBRO DE buir para a glorificação desse dia solene”. de prosódia como de semântica. No plano Contudo, trabalharia na obra por muito mais musical propriamente dito, empreendeu um

3 estudo aprofundado do modalismo ecle‑ peça tinha para o seu autor um significado binário, rodeiam o trecho central “Christe elei‑ Ao Credo Beethoven fez uma abordagem siástico e da música religiosa do passado, realmente especial. Sobre os compassos ini‑ son”, feito em Si menor e compasso ternário. peculiar. Começa bem assertivo, com um apoiando­‑se até em leituras teóricas que ciais do Kyrie que abre a missa, Beethoven O segundo Kyrie, contudo, não é uma mera motivo de tal forma vincado (rítmica e melo‑ incluíam tratados renascentistas. O fascínio deixou a inscrição: “vindo do coração – que repetição do primeiro. Para ele Beethoven dicamente) que é praticamente um impera‑ pela escrita modal ficaria, de resto, expresso possa voltar ao coração”. criou música nova baseada no material motí‑ tivo. É notório que Beethoven opta por dar de forma muito significativa no “Heiliger Imediatamente após o trabalho de com‑ vico anterior. De notar, imediatamente na pri‑ relevos diferentes a diferentes partes do Dankgesang” (Canto de Acção de Graças) do posição da missa, Beethoven esforçou­‑se meira enunciação vocal, o arrojado contraste texto, certamente de acordo com a sua iden‑ Quarteto op. 132, escrito no modo lídio e com por promover a obra, tentando que as cor‑ dinâmico entre as duas primeiras sílabas da tificação pessoal com cada uma delas. Tendo carácter alusivo a música vocal sacra. Desde tes europeias subscrevessem a edição da palavra “Kyrie” (fortes) e a última, num jeito em conta as já referidas reservas de Bee‑ o canto gregoriano medieval até ao Messias partitura. Embora os direitos de impressão tipicamente beethoveniano. A visão religiosa thoven em relação à Igreja, não é de estra‑ de Händel, as referências são abrangentes e tenham sido adquiridos pela Schott em 1824, pessoal de Beethoven tem também forma nhar que tenha, por exemplo, optado por ajudam a compreender a amálgama estilís‑ a obra acabou por ser publicada só depois da de se manifestar através de simbolismos camuflar a parte do texto que remete para a tica tão rica e peculiar que distingue esta cria‑ morte do compositor, em Abril de 1827. musicais que faz corresponder a sentidos do crença na Igreja Católica (confiada aos teno‑ ção de Beethoven. A primeira audição da Missa Solene ocor‑ texto. Beethoven colocava Cristo como ser res). Aí recorre a entradas efusivas do coro O trabalho na obra propriamente dita teve reu em São Petersburgo em Abril de 1824. Do humano, alguém que caminha ao nosso lado – (que repete “credo”) para o efeito. Por outro início no Outono de 1818 e desenrolar­‑se­‑ia lado de cá da Europa, a estreia foi primeira‑ e Cristo é invocado com vozes à distância de lado, aquando da referência à remissão dos de acordo com a sequência das cinco partes mente parcial, a 7 de Maio de 1824 em Viena. terceiras, simbolizando o caminho a par, dife‑ pecados, soprano e alto já fazem também a que compõem o texto do ordinário da missa: Nesse dia, Beethoven dirigiu o Kyrie, o Credo rentemente do Deus que é Espírito inatingível enunciação clara do conteúdo, resultando na Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus e Agnus Dei. e o Agnus Dei, todos em versão alemã e anun‑ e misterioso. sugestão de uma versão menos dogmática Anton Schindler, amigo e admirador ciados como “Três Grandes Hinos”. O pro‑ O Gloria chega impetuoso e triunfante do texto: “acredito na remissão dos pecados”. devoto de Beethoven, escreveu uma grande grama do concerto – o último dado por Bee‑ e segue o curso emocional do texto. Em tre‑ Perto do fim, dedica especial atenção à linha quantidade de memórias sobre o compositor, thoven – era extensíssimo: nele se ouviu ainda chos de louvor predominam as ricas textu‑ “et vitam venturi saeculi” (“e a vida do mundo entre as quais se lê um relato sobre a fase de a abertura A Consagração da Casa e a Sinfo‑ ras imitativas, ao passo que em momentos que está para vir”), evidenciando a sua fé no composição da Missa: “Eram quatro da tarde. nia nº 9 (é desta ocasião o célebre momento de súplica são favorecidos os solos. Face ao futuro, que toda a sua conduta e arte sempre Na sala de estar, atrás de uma porta fechada, em que o compositor, já em profunda sur‑ ímpeto da melodia ascendente inicial, o supli‑ puseram em evidência. ouvimos o mestre a cantar partes da fuga do dez, não se apercebia do aplauso efusivo cante “miserere nobis” contrapõe­‑se con‑ O Sanctus é particularmente contido e Credo – a cantar, a berrar, a bater com o pé. que lhe era dedicado pelo público vienense). tido em termos melódicos. Detalhes como introspectivo. Só quando chega o texto “pleni Depois de termos estado a escutar por longo A missa, à semelhança das restantes obras o pianissimo de “adoramus te” e o fortissimo sunt coeli et terra gloria tua” há contraste, tempo a cena quase horrível, e estando já do programa, estava repleta de passagens de “omnipotens” (onde entram finalmente irrompendo então uma fuga triunfante. O para ir embora, a porta abriu­‑se e Beethoven que testavam os limites de cantores e ins‑ os trombones) são notáveis. Na secção que “Osanna in excelsis”, também fugado, traz apareceu diante de nós com a cara franzida, trumentistas, envolvendo passagens longas começa com o “Qui tollis peccata mundi”, uma ascensão melódica no final após a qual calculada para provocar medo. Parecia que sem respiração devidamente prevista para Beethoven permitiu­‑se acrescentar vocati‑ chega um dos momentos mais encantadores tinha estado em combate mortal com todos instrumentistas de sopro, notas sustentadas vos exclamatórios (“o”, “ah”) que reforçam a de toda a obra. No momento de transição para os contrapontistas, os seus eternos inimigos” em forte no registo agudo para vozes, mui‑ ideia de que esta obra viria, de facto, do cora‑ a secção do Benedictus, Beethoven reserva­ (note­‑se, contudo, que a fuga que Schindler tos contrastes abruptos a nível de dinâmica, ção. O “in gloria Dei Patris. Amen” que fina‑ ‑nos a surpresa de um prelúdio orquestral refere faz parte do Gloria e não do Credo). tempo e métrica espalhados por toda a obra… liza esta secção do texto é tratado com duas de expressão profunda. Surge entretanto um O tempo e energia investidos no planea‑ fugas jubilosas, dando lugar a um presto que violino solo em registo agudo juntamente com mento, na investigação preliminar, na prepa‑ O Kyrie apresenta uma forma ternária sim‑ acumula tensão até culminar num “Gloria” flautas, num momento luminoso e sereno; ração, composição e revisões da partitura ples (ABA’), mimetizando a natureza simé‑ que termina subitamente a cappella (rasgo de ambos abandonam pouco a pouco o registo fazem desta obra o projecto de maior enver‑ trica da configuração do texto. Os dois tre‑ imaginação impressionante que faz ecoar a em que começaram, misturando­‑se gradual‑ gadura de Beethoven e tornam claro que esta chos “Kyrie eleison”, em Ré maior e compasso palavra nas alturas!). mente com os solistas e proporcionando uma

4 5 imagem irresistível de aproximação entre os rio de Beethoven que a Missa comunga da 1. Kyrie céus e a terra. O resto da orquestra intervém mesma essência dos versos de Schiller na com timbres não menos especiais, dos quais 9ª Sinfonia – “abracem­‑se, milhões”! Enfim Kyrie eleison. Senhor, tem piedade. vale a pena mencionar em particular a con‑ se fundem o pessoal e o universal, o humano Christe eleison. Cristo, tem piedade. jugação de tímpanos e trombones no registo e o divino, o passado e o futuro, numa síntese Kyrie eleison. Senhor, tem piedade. grave, em pianissimo, que dá ao quadro um cabal da essência beethoveniana. Uma sín‑ chão seguro e fértil. O coro retorna entre‑ tese que justifica na perfeição a presença da 2. Gloria tanto com um “benedictus qui veni in nomine Missa Solene em qualquer retrato fidedigno Domini”, mantendo o ambiente de devoção de Ludwig van Beethoven. Gloria in excelsis Deo Glória a Deus nas alturas até à chegada do “Osanna” seguinte, que volta et in terra pax hominibus e paz na terra aos homens a trazer expressão gloriosa, pouco duradoura PEDRO ALMEIDA, 2015 bonae voluntatis. de boa vontade. até se dissipar entre os desenhos melódicos Laudamus te, benedicimus te, Nós te louvamos, nós te bendizemos, do violino solo. adoramus te, glorificamus te. Nós te adoramos, nós te glorificamos. Da luminosidade final deste Sanctus, somos transportados de volta a uma reali‑ Gratias agimus tibi Damos graças a ti dade mais terrena e à sombra do pecado com propter magnam gloriam tuam pela tua glória infinita. o início do Agnus Dei. Na partitura há uma Domine Deus, Rex coelestis Senhor Deus, Rei dos céus, inscrição: “oração para a paz interior e exte‑ Deus Pater Omnipotens, Deus Pai omnipotente, rior”. Após um breve prelúdio, o baixo solista Domine Fili unigenite Jesu Christe, Senhor Jesus Cristo, filho único de Deus, começa a sua súplica, juntando­‑se­‑lhe o coro, Domine Deus, Agnus Dei, Filius Patris. Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho do Pai. com expressão dolente. A soprano solista chega na estrofe seguinte e o trecho pros‑ Qui tollis peccata mundi Tu que tiras os pecados do mundo segue sem sobressaltos, dando lugar a um miserere nobis. tem piedade de nós. “Dona nobis pacem” coral em 6/8 que apa‑ Qui tollis peccata mundi Tu que tiras os pecados do mundo rentemente coroaria esta missa com uma suscipe deprecationem nostram. aceita nossa súplica. nota de esperança. Mas Beethoven guardou Qui sedes ad dexteram Patris Tu que estás sentado à direita do Pai para este momento o inimaginável: a oração miserere nobis. tem piedade de nós. é invadida por fanfarras militares. O composi‑ tor faz a guerra entrar no cenário – num jeito Quoniam tu solus sanctus, Porque só tu és santo, quase operático, não muito distante do exu‑ tu solus Dominus, tu solus altissimus, só tu és o Senhor, só tu o altíssimo, berante Finale da 9ª Sinfonia – e a introspec‑ Jesus Christe. Jesus Cristo. ção dá lugar à expressão de terror e angús‑ Cum Sancto Spiritu, Com o Espírito Santo tia da humanidade ameaçada, antes de uma in gloria Dei Patris. na glória de Deus Pai. furiosa fuga instrumental e do regresso de Amen. Ámen. uma calma que já se afigura mero artifício depois do sucedido. Beethoven diz­‑nos neste Agnus Dei que a paz interior é uma ilusão enquanto não for real a paz entre os homens, entre os povos. É neste espaço sagrado de auto­ ‑expressão resgatado pelo espírito visioná‑

6 7 3. Credo Credo in unam sanctam, Creio na santa Igreja catholicam et apostolicam ecclesiam, católica e apostólica, Credo in unum Deum, Creio num só Deus, confiteor unum baptisma confesso um só baptismo Patrem omnipotentem, Pai todo‑poderoso,­­ in remissionem peccatorum. para a remissão dos pecados, factorem coeli et terrae, criador do céu e da terra, Et expecto ressurrectionem mortuorum e espero a ressurreição dos mortos. visibilium omnium et invisibilium. de todas as coisas visíveis e invisíveis. et vitam venturi saeculi. E a vida do mundo que está para vir. Credo in unum Dominum Jesum Christum, Creio num só Senhor, Jesus Cristo, Amen. Ámen. Filium Dei unigenitum Filho unigénito de Deus et ex Patre natum e nascido do Pai 4. Sanctus ante omnia saecula. antes de todos os séculos. Deum de Deo, lumen de lumine, Deus de Deus, luz de luz, Sanctus, sanctus, sanctus, Santo, santo, santo Deum verum de Deo vero, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, Dominus Deus Sabaoth. É o Senhor Deus do Universo. genitum, non factum, gerado, não criado, consubstantialem Patri, consubstancial ao Pai, Pleni sunt coeli et terra Os céus e a terra estão cheios per quem omnia facta sunt. por quem todas as coisas foram feitas. gloriae tuae. da tua glória.

Qui propter nos homines O qual por nós homens Osanna in excelsis. Hossana nas alturas. et propter nostram salutem e para nossa salvação descendit de coelis. desceu dos céus. Benedictus qui venit in nomine Domini Bendito o que vem em nome do Senhor. Osanna in excelsis. Hossana nas alturas. Et incarnatus est de Spiritu Sancto E se encarnou, por obra do Espírito Santo, ex Maria virgine, et homo factus est. da Virgem Maria e se fez homem. 5. Agnus Dei

Crucifixus etiam pro nobis, Foi crucificado por nós, Agnus Dei, Cordeiro de Deus, sub Pontio Pilato passus et sepultus est. e sob Pôncio Pilatos padeceu e foi sepultado. qui tollis peccata mundi, que tiras os pecados do mundo, miserere nobis. tem piedade de nós. Et ressurrexit tertia die, Ressuscitou ao terceiro dia, secundum scripturas. segundo as escrituras. Agnus Dei, Cordeiro de Deus, Et ascendit in coelum, E subiu ao céu, qui tollis peccata mundi, que tiras os pecados do mundo, sedet ad dexteram Patris, está sentado à direita do Pai, miserere nobis. tem piedade de nós. et iterum ventursu est cum gloria, e outra vez há-de vir com glória judicare vivos et mortuos, para julgar os vivos e os mortos, Agnus Dei, Cordeiro de Deus, cujus regni non erit finis. e o seu reino não terá fim. qui tollis peccata mundi, que tiras os pecados do mundo, dona nobis pacem. dá‑nos­­ a paz. Credo in Spiritum Sanctum, Creio no Espírito Santo, Dominum et vivificantem, Senhor e fonte de vida, qui ex Patre Filioque procedit, que procede do Pai e do Filho, qui cum Patre et Filio que com o Pai e o Filho Tradução a partir da versão portuguesa dos textos litúrgicos. simul adoratur et conglorificatur, é igualmente adorado e glorificado, qui locutus est per prophetas. e que falou por meio dos profetas.

8 9 Olari Elts direcção musical Karen Wierzba soprano Annely Peebo meio‑soprano­ Mati Turi tenor

Olari Elts conquistou grande respeito no pano‑ A técnica vocal notável e a musicalidade de Annely Peebo tem colaborado com muitas O tenor estónio Mati Turi diplomou­‑se na rama musical internacional graças a um estilo Karen Wierzba garantiram­‑lhe a aclama‑ casas de ópera tais como La Scala (Milão), Academia de Música e Teatro da Estónia em de programação singular e imaginativo. Os ção da crítica internacional. Gravou recente‑ Teatro Massimo (Palermo), Teatro San Carlo Direcção Coral (com Ants Üleoja) e Canto seus programas sinfónicos incluem com fre‑ mente o papel principal de Iris na ópera Guru (Nápoles), Teatro Carlo Felice (Génova), Tea‑ (com Jaakko Ryhänen). quência repertório coral, trabalhando regu‑ de Laurent Petitgirard (Naxos), que lhe valeu o tro Regio (Turim), Ópera Nacional da Finlân‑ Para além de uma extensa actividade em larmente com a Orquestra Sinfónica e Coro Prémio Cino de Duca. Cantou Knoxville: Sum‑ dia e Teatro Estónia. Apresentou­‑se também concerto, a ópera tem vindo a ganhar um Cidade de Birmingham e a Orquestra e Coro mer of 1915 de Barber e The Night of Flying em salas de concerto importantes de cidades relevo crescente na sua carreira. Em cola‑ da Accademia Nazionale di Santa Cecilia em Horses de Osvaldo Golijov com a Kymi Sin‑ como Leipzig (Gewandhaus), Berlim (Philhar‑ boração com a Ópera de Nargen e Tönu Kal‑ Roma, entre outras. Nesta temporada, o seu fonietta, e excertos de Alice de Unsuk Chin monie), Bona (Beethovenhalle), Estugarda juste, interpretou diversos papéis em óperas repertório coral inclui a Missa Solemnis de com a Sinfónica Nacional de . Interpre‑ (Liederhalle), Viena (Konzerthaus e Musikve‑ de Haydn (Gernando em L’isola disabitata, Beethoven, Sonho de uma noite de Verão de tou Kyojo na ópera Sumidagawa de Susumu rein), Munique e Tóquio. Ecclitico em Il mondo della luna e Rinaldo em Mendelssohn e Missa em Dó menor de Mozart. Yoshida. A sua voz surge no filme Nés en 68 Annely Peebo tem um repertório abran‑ Armida) e ainda Florestan em Fidelio de Bee‑ Em 2014/15, Elts estreia­‑se com a Orques‑ com Laetitia Casta. gente e interpretou a maior parte dos gran‑ thoven. Cantou também Juhana em Viimei‑ tra Hallé de Manchester, Sinfónica de Viena no Estreou­‑se na Ópera de Berlim, com o des papéis de meio­‑soprano. Como solista, set kiusaukset de Joonas Kokkosen (Ópera prestigiante Musikverein e Sinfónica Nacional maestro Barenboïm, na Carmen de Bizet e cantou as Missas de Requiem de Verdi, de Tampere); Cassio em Otello (Ópera de Dinamarquesa em Copenhaga. Fez a estreia Parsifal de Wagner. Aos 23 anos estreou­‑se Dvořák e Mozart, o Stabat Mater de Rossini, Tampere e Ópera Nacional da Estónia); holandesa da obra orquestral De Profundis de nos EUA, com Seiji Ozawa, no papel­ de Tiré‑ a Missa Solemnis e 9ª Sinfonia de Beetho‑ Wallenberg 2 em Wallenberg de Erkki­‑Sven Erkki­‑Sven Tüür e editou um disco de obras sias em Les mamelles de Tirésias de Poulenc, ven, Wesendonck Lieder de Wagner, Gurre­ Tüür; Príncipe em Rusalka de Dvořák (Tea‑ deste compositor (Ondine, 2014). Trabalha no Tanglewood Music Centre. Entre diversas ‑Lieder de Schoenberg), Rapsódia para con‑ tro Alexander de Helsínquia). Em concerto, com a Orquestra de Câmara Escocesa (estreia personagens, cantou o papel­‑título em Rode‑ tralto de Brahms e Les Nuites d’été de Berlioz; cantou Dido e Eneias de Purcell (Marinheiro), britânica do ciclo Garden of Devotion de Rolf linda de Händel, Poppea em Agrippina, Zer‑ de Mahler, para além das Sinfonias n.os 2, 3 e Les Palladins de Rameau e Nixon In China de Martinson) e Tapiola Sinfonietta (Ariadne binetta em Ariadne auf Naxos, Rainha da 8, interpretou também Das Klagende Lied, Adams (Mao). auf Naxos de Strauss). No domínio da ópera, Noite em A Flauta Mágica e Gilda em Rigo‑ Des Knaben Wunderhorn, Rückert­‑Lieder, Em 2010, Mati Turi estreou­‑se na Ópera dirige uma nova produção de Eugene Onegin letto, apresentando­‑se nas Óperas de Paris, Kindertotenlieder e Lieder eines fahrenden Nacional Finlandesa como Paul em Die tote para a Arctic , com uma digressão pela Montpellier, Perpignan e Düsseldorf, Spanga Gesellen. Stadt de Korngold, e foi pela primeira vez Noruega. Dirigiu várias produções na Ópera Festival e com a Orquestra de Paris. Em ora‑ Em 2003, Annely Peebo cantou a 9ª Sin‑ Siegfried na Nationale Reisopera (2011). Em da Estónia, incluindo Albert Herring de Britten, tória e concerto, interpretou obras de Berg e fonia de Beethoven no 25º aniversário do 2012, no Festival de Ópera de Longborough Il Trittico de Puccini, bem como Don Giovanni Webern, a Missa de Bernstein e Um Requiem pontificado de João Paulo II, no Vaticano. Foi e na Nationale Reisopera, retomou a perso‑ e Idomeneo de Mozart com a Orquestra Sin‑ Alemão de Brahms, Carmina Burana de Orff, protagonista do premiado filme musical inter‑ nagem de Siegried, desta vez n’O Crepús‑ fónica Nacional da Estónia. Paixão segundo São Mateus e Magnificat de nacional Les Leçons de Ténèbres, uma co­ culo dos Deuses. Em 2013, apresentou­‑se Vencedor do Concurso Internacional de Bach, entre muitas outras. ‑produção France 3 e Arte. Em 2002, apre‑ na Ópera Nacional da Estónia com Tanhäu‑ Maestros Sibelius 2000, em Helsínquia, Olari Entre as suas gravações, inclui­‑se o DVD sentou o Concurso Eurovisão da Canção ser, na Ópera de Chemnitz com Parsifal e na Elts foi Maestro Titular da Sinfónica Nacional premiado de com a Ópera Spanga. realizado em Tallinn, na Estónia. Na mesma Opera North com Seigfried. Em 2014 cantou da Letónia, Maestro Convidado Principal da Ganhou o 3º prémio no Concurso Interna‑ cidade, cantou com num con‑ o papel de Andrey Khovansky na Ópera Esta‑ Orquestra de Câmara da Escócia e Convidado cional de Canto Mirjam Helin em Helsínquia, certo ao ar livre em 2003 e, em 2013, com tal de Estugarda. Em 2015 interpreta Ismaele Principal da Orquestra da Bretanha. É funda‑ 2004. Recebeu o Prémio AROP da Ópera de Jose Carreras no Tallinn Star Weekend. em Nabucco (Ópera de Tampere) e Erik n’O dor do agrupamento de música contemporâ‑ Paris. Navio Fantasma (Opera North). nea NYYD Ensemble.

10 na Casa da Música. Na temporada de 2014, a tradição coral germânica, interpretando o Michael Nagy barítono ORQUESTRA SINFÓNICA Orquestra interpretou uma nova obra enco‑ Magnificat de Bach, a Missa Solene de Bee‑ DO PORTO CASA DA MÚSICA mendada a Harrison Birtwistle, no âmbito das thoven, a Oratória de Natal de Schütz e ainda O barítono alemão de ascendência húngara Baldur Brönnimann maestro titular celebrações do 80º aniversário do compositor. obras de Stockhausen e Lachenmann. Michael Nagy começou por integrar o ensem‑ Leopold Hager maestro convidado principal A origem da Orquestra remonta a 1947, O Coro Casa da Música faz digressões ble da Komische Oper de Berlim. Já na Ópera ano em que foi constituída a Orquestra Sin‑ regulares, tendo actuado no Festival de de Frankfurt, interpretou papéis importantes A Orquestra Sinfónica do Porto Casa da fónica do Conservatório de Música do Porto. Música Antiga de Úbeda y Baeza (Espanha), como Papageno (A Flauta Mágica), Guglielmo Música tem sido dirigida por reputados maes‑ Actualmente engloba um número perma‑ no Festival Laus Polyphoniae em Antuérpia, (Così fan tutte), Conde Almaviva (As Bodas tros, de entre os quais se destacam Baldur nente de 94 instrumentistas e é parte inte‑ no Festival Handel de Londres, no Festival de de Fígaro), Hans Scholl (Die weiße Rose), Wol‑ Brönnimann, Olari Elts, Leopold Hager, Michail grante da Fundação Casa da Música desde Música Contemporânea de Huddersfield, no fram (Tannhäuser), Valentin (Fausto), Jeletzki Jurowski, Christoph König (maestro titular no Julho de 2006. Festival Tenso Days em Marselha, na Cate‑ (Dama de Espadas), Marcello (La Bohème), período 2009­‑2014), Andris Nelsons, Vasily dral de San Martiño em Ourense e em várias Albert (Werther de Massenet), Frank/Fritz Petrenko, Emilio Pomàrico, Jérémie Rho‑ salas portuguesas. (Die tote Stadt de Korngold), Owen Win‑ rer, Peter Rundel, Michael Sanderling, Tugan CORO CASA DA MÚSICA Iris Oja é a maestrina co-repetidora do grave (Owen Wingrave de Britten), Jason Sokhiev, John Storgårds, Joseph Swen‑ Paul Hillier maestro titular Coro Casa da Música. (Medea de Charpentier) e Dr. Falke (O Mor‑ sen, Gilbert Varga, Antoni Wit, Takuo Yuasa, cego de J. Strauss). Como convidado, can‑ Lothar Zagrosek, Peter Eötvös ou Ilan Volkov. O Coro Casa da Música estreou-se em 2009 tou na Ópera de Oslo, Ópera Alemã de Ber‑ Entre os solistas que colaboraram recente‑ sob a direcção do seu maestro titular Paul lim e Ópera Estatal da Baviera em Munique. mente com a orquestra constam os nomes de Hillier, referência incontornável da música Actuou no Teatro de Viena com a Orquestra Midori, Viviane Hagner, Natalia Gutman, Truls coral a nível internacional. É constituído por Barroca de Freiburg, sob a direcção de René Mørk, Steven Isserlis, Kim Kashkashian, Ana uma formação regular de 18 cantores, que se Jacobs, e no Pfingstfestspiele Baden­‑Baden Bela Chaves, Felicity Lott, Christian Lindberg, alarga a formação média ou sinfónica em fun‑ com a Filarmónica de Berlim e Sir Simon António Meneses, Simon Trpčeski, Sequeira ção dos programas apresentados. O repertó‑ Rattle. Costa, Jean­‑Efflam Bavouzet, Lise de la Salle, rio do Coro estende-se a todos os períodos Michael Nagy é também requisitado em Cyprien Katsaris, Alban Gerhardt, Pierre­ históricos desde a Renascença até aos nos‑ todo o mundo para se apresentar em con‑ ‑Laurent Aimard ou o Quarteto Arditti. Diver‑ sos dias, incluindo a música a cappella ou com certo e oratória. Neste âmbito, tem cantado sos compositores trabalharam também com orquestra, neste caso ao lado dos agrupa‑ com várias orquestras como as da Konzert‑ a orquestra, no âmbito das suas residências mentos da Casa da Música – Orquestra Bar‑ haus de Berlim e da Gewandhaus de Leipzig, artísticas na Casa da Música, destacando­ roca, Orquestra Sinfónica e Remix Ensemble. Museumorchester em Frankfurt, e ainda no ‑se os nomes de Emmanuel Nunes, Jonathan Desde a sua fundação, o Coro Casa da Festival de Música de Schleswig­‑Holstein. Harvey, Kaija Saariaho, Magnus Lind­berg, Música foi dirigido pelos maestros James Michael Nagy iniciou­‑se musicalmente Pascal Dusapin, Luca Francesconi, Unsuk Wood, Simon Carrington, Laurence Cum‑ num coro de meninos, o Hymnus­‑Chorknaben Chin, Peter Eötvös e Helmut Lachenmann. mings, Andrew Bisantz, Kaspars Putniņš, em Estugarda. Estudou canto em Estugarda, Nas últimas temporadas apresentou­‑se Andrew Parrott, Antonio Florio, Christoph Mannheim e Saarbrücken com Rudolf Pier‑ nas mais prestigiadas salas de concerto de König, Peter Rundel, Paul Hillier, Robin Grit‑ nay, interpretação de canções com Irwin Cage Viena, Estrasburgo, Luxemburgo, Antuérpia, ton, Michail Jurowski, Martin André, Marco e direcção musical. Em 2014, com a pianista Roterdão, Valladolid, Madrid e no Brasil. A gra‑ Mencoboni, Baldur Brönnimann e Olari Elts, a Juliane Ruf, ganhou o Concurso Internacional vação ao vivo com obras de Pascal Dusapin que se juntam em 2015 as estreias de Gregory de Lied da Academia Hugo Wolf em Estugarda. foi Escolha dos Críticos 2013 na revista Gra‑ Rose, Takuo Yuasa e Nicolas Fink. mophone. Em 2014 surgiu o CD monográfico Na temporada de 2015, o Coro Casa da de Luca Francesconi com gravações ao vivo Música volta-se especialmente para a grande

12 13 ORQUESTRA SINFÓNICA CORO CASA DA MÚSICA CONSELHO DE FUNDADORES EMPRESAS AMIGAS DA FUNDAÇÃO Presidente CACHAPUZ DO PORTO CASA DA MÚSICA LUÍS VALENTE DE OLIVEIRA CIN S. A. Vice-Presidentes CREATE IT JOÃO NUNO MACEDO SILVA DELOITTE Violino I Contrabaixo Sopranos Tenores JOSÉ ANTÓNIO TEIXEIRA EUREST GRUPO DOUROAZUL James Dahlgren* Florian Pertzborn Ana Leite Almeno Gonçalves ESTADO PORTUGUÊS MANVIA S. A. José Pereira* Nadia Choi Andreia Gonçalves André Castro MUNICÍPIO DO PORTO NAUTILUS S. A. Vadim Feldblioum Tiago Pinto Ribeiro Ângela Alves André Lacerda GRANDE ÁREA METROPOLITANA DO PORTO SAFIRA FACILITY SERVICES S. A. ACA GROUP STRONG SEGURANÇA S. A. Roumiana Badeva Domingos Ribeiro* Cristina Pascual Gerson Coelho AMORIM INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES, SGPS, S. A. Ianina Khmelik Dalila Teixeira João Paulo Costa ARSOPI - INDÚSTRIAS METALÚRGICAS ARLINDO S. PINHO, S. A. OUTROS APOIOS Vladimir Grinman Flauta Eva Braga Simões AUTO - SUECO, LDA. FUNDAÇÃO ADELMAN João Paulo Ventura AXA PORTUGAL, COMPANHIA DE SEGUROS, S. A. I2S Evandra Gonçalves Paulo Barros Joana Leite Castro Jorge Bizarro Pinho BA VIDRO, S. A. PATHENA José Despujols Alexander Auer Joana Pereira José Carlos Mateus BANCO ESPÍRITO SANTO, S. A. RAR BANCO BPI, S. A. SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA Andras Burai Leonor Barbosa de Miguel Leitão BANCO CARREGOSA VORTAL Tünde Hadadi Oboé Melo Pedro Figueira BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS, S. A. Maria Kagan Tamás Bartók Margarida Hipólito Pedro Matos BANCO SANTANDER TOTTA, S. A. BIAL - SGPS S. A. Alan Guimarães Jean‑Michel­ Garetti Mariana Sant’Ana Pedro Rodrigues CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL Paula Ferreira Pedro Silva Marques CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS Violino II Clarinete Rita Venda CEREALIS, SGPS, S. A. Tiago Azevedo CHAMARTIN IMOBILIÁRIA, SGPS, S. A. Nancy Frederick Carlos Alves Silvia Lobo Vítor Sousa COMPANHIA DE SEGUROS ALLIANZ PORTUGAL,S. A. Tatiana Afanasieva Gergely Suto Teresa Milheiro COMPANHIA DE SEGUROS TRANQUILIDADE, S. A. CONTINENTAL MABOR - INDÚSTRIA DE PNEUS,S. A. José Paulo Jesus Baixos CPCIS - COMPANHIA PORTUGUESA DE COMPUTADORES Paul Almond Fagote Contraltos André Carvalho INFORMÁTICA E SISTEMAS, S. A. Francisco Pereira de Gavin Hill Ana Calheiros André Pinto FUNDAÇÃO EDP EL CORTE INGLÊS, GRANDES ARMAZÉNS, S. A. Sousa Vasily Suprunov Ana Isabel Almeida Carmindo Carvalho GALP ENERGIA, SGPS, S. A. Vítor Teixeira Pedro Silva Andreia Tiago João Barros Silva GLOBALSHOPS RESOURCES, SLU Lilit Davtyan Bárbara Luís GRUPO MEDIA CAPITAL, SGPS S. A. Luís Rendas Pereira GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, S. A. José Sentieiro Trompa Brígida Silva Mário Pimentel GRUPO VISABEIRA - SGPS, S. A. Nikola Vasiljev Eddy Tauber Gabriela Braga Simões Nuno Mendes III - INVESTIMENTOS INDUSTRIAIS E IMOBILIÁRIOS, S. A. Germano Santos Hugo Carneiro Iris Oja Pedro Guedes LACTOGAL, S. A. Dário Ribeiro* Joana Guimarães Marques LAMEIRINHO - INDÚSTRIA TÊXTIL, S. A. Viola Hugo Sousa* Joana Valente Pedro G. Ferreira METRO DO PORTO, S. A. MSFT - SOFTWARE PARA MICROCOMPUTADORES, LDA. Pedro Muñoz* Nélia Gonçalves Pedro Lopes MOTA - ENGIL SGPS, S. A. Mateusz Stasto Trompete Sara Cláudio Pedro Soares MUNICÍPIO DE MATOSINHOS Hazel Veitch Ivan Crespo Sara Cruz e Silva OLINVESTE - SGPS, LDA. Ricardo Rebelo da PESCANOVA Luís Norberto Silva Rui Brito Svitlana Oksyuta Silva PORTO EDITORA, LDA. Theo Ellegiers Sofia Pinto Ricardo Torres PORTUGAL TELECOM, SGPS, S. A. PRICEWATERHOUSECOOPERS & ASSOCIADOS Emília Alves Trombone Susana Milena Simão Neto RAR - SOCIEDADE DE CONTROLE (HOLDING), S. A. Jean Loup Lecomte Dawid Seidenberg Tiago Sá REVIGRÉS - INDÚSTRIA DE REVESTIMENTOS Biliana Chamlieva Ruben Tomé* DE GRÉS, S. A. TOYOTA CAETANO PORTUGAL, S. A. Asensio Argiler* Maestrinas SOGRAPE VINHOS, S. A. Violoncelo co-repetidoras SOLVERDE - SOCIEDADE DE INVESTIMENTOS Feodor Kolpachnikov Tímpanos TURÍSTICOS DA COSTA VERDE, S. A. Iris Oja SOMAGUE, SGPS, S. A. Michal Kiska Jean‑François­ Lézé Marion Sarmiento SONAE SGPS S. A. Bruno Cardoso TERTIR, TERMINAIS DE PORTUGAL, S. A. TÊXTIL MANUEL GONÇALVES, S. A. Gisela Neves Órgão UNICER, BEBIDAS DE PORTUGAL, SGPS, S. A. Hrant Yeranosyan Rui Soares* Sharon Kinder *instrumentistas convidados

14 15 MECENAS PROGRAMAS DE SALA MECENAS CASA DA MÚSICA APOIO INSTITUCIONAL MECENAS PRINCIPAL CASA DA MÚSICA