A Arte Sem História

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A Arte Sem História FILIPA LOWNDES VICENTE Este livro é uma reflexão sobre a forma como a história da arte tem vindo a estudar VICENTE LOWNDES FILIPA a prática artística feminina, sobretudo na Europa, entre os séculos XVI e XX. Nesse sentido, é também uma história da história da arte, uma história de como a arte produzida por mulheres foi, durante tanto tempo, ignorada e desvalorizada, ou seja, uma arte sem história. E como, nas últimas décadas, na sequência das abordagens A feministas, passou a ser, também, uma arte arte sem história com história. Filipa Lowndes Vicente (Lisboa, 1972), his- toriadora, é investigadora no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Doutorou-se na Universidade de Londres em 2000 com uma tese que deu origem ao livro Viagens e Exposições: D. Pedro V na Europa do Século XIX (prémio Victor de Sá 2004). Do seu trabalho mais recente sobre conhecimento e cultura em contexto colonial na Índia do século XIX resultaram vários artigos e o livro Outros Orientalismos: a Índia entre Florença e Bombaim (1860-1900), publicado em 2009. 3300025 ISBN 978-989-31-0029-5 31,00 mm 31,00 mm x 6,3 mm x 31,00 mm x 11,85 mm 18,15 mm Fonte: helvetica bold (TT) 7 pontos FILIPA LOWNDES VICENTE A arte sem história Mulheres e cultura artística (Séculos XVI – XX) À minha mãe, Ana Vicente, dedico este livro. Pelo imenso amor que lhe tenho, pela cumplicidade que nos une e porque, sem a sua educação e inspiração feministas, este livro nunca teria sido escrito. AGRADECIMENTOS 9 PREFÁCIO As artistas desconhecidas do passado não existem por Delfim Sardo 15 INTRODUÇÃO A página em branco 19 1. As décadas das interrogações: história da arte e práticas artísticas feministas nos anos 1970 e 1980 do século XX • A exposição Women Artists: 1550-1950 35 • Prática artística feminista nos anos 70/80: da Califórnia a Nova Iorque 39 • História da arte feminista: fazer perguntas diferentes 51 2. Fora da ordem: espaços e temas da produção artística feminina (séculos XVI-XVII) • As pintoras antigas e a história da arte: de Vasari à crítica feminista 67 • Os espaços e os temas possíveis: dos conventos aos ateliers paternos, das naturezas-mortas aos auto-retratos 78 • A representação de si próprias 83 • Arte e ciência 92 • Josefa de Óbidos: “a room of one’s own” 95 3. Da excepção à exclusão: o século XVIII, as academias e as mulheres artistas • Da Itália para o resto da Europa 105 • “A culpa é de Elizabeth Vigée-Lebrun” 109 • Arte invisível: pintoras portuguesas do século XVIII 116 4. A caminho da profissionalização: relações institucionais no contexto artístico do século XIX • A politização das mulheres artistas em Londres e Paris: integrar ou separar? 121 • Ver ou não ver: a questão do nu 141 • Casais de artistas: as revisões da história 145 5. Identidade artística no século XIX: a artista-amadora, a artista-operária e a artista-masculina • A casa e a fábrica: os espaços legítimos da criatividade feminina 153 • Classificar, delimitar, especificar: textos sobre práticas artísticas 161 • A masculinidade como um elogio 169 6. Poder olhar: mulheres observadas, mulheres observadoras (séculos XIX e XX) • Ver e viver a cidade: mulheres e cultura visual na Europa do século XIX 179 • Representações de mulheres: a hegemonia do olhar masculino 184 • Feminino/masculino: as possibilidades do desejo 197 • As fronteiras da nudez e a colonização do corpo feminino 200 7. As “reservas” da história da arte portuguesa: problemas e possibilidades • Os crivos da história 207 • Bienal de Veneza: Portuguese men do it better? 216 • As reservas dos museus 219 • Os paradoxos do caso português: Josefa de Óbidos, Vieira da Silva e Paula Rego 222 8. Pensar o presente: entre as diferenças nacionais e a globalização dos feminismos • A falácia da “qualidade” 229 • Mudam-se os tempos, não muda o género 235 • História da arte portuguesa: quem tem medo dos feminismos? 241 • Museus e exposições: pensar as ausências, desconstruir os cânones 253 • Globalizar a arte e o feminismo 259 BIBLIOGRAFIA 269 ÍNDICE ONOMÁSTICO 285 9 AGRADECIMENTOS Devo à minha educação materna a formação de uma consciência fe- minista. A minha educação formal, pelo contrário, só muito tarde é que me expôs a uma perspectiva feminista do conhecimento. De facto, somente ao realizar uma pós-graduação em arte contemporânea no Goldsmiths College da Universidade de Londres (1994/95) – onde esta perspectiva já estava incorporada numa abordagem crítica do ob- jecto de estudo – é que fui capaz de ter consciência da ausência do feminino nas diferentes fases da minha educação. Tendemos a “natu- ralizar” as formas de conhecimento às quais estamos expostos – “se nos ensinam assim, é porque é assim” ou, para dar um exemplo especí- fico, “se nunca ouvimos falar ou nunca lemos sobre mulheres artistas, é porque elas não existem ou não são suficientemente relevantes para serem estudadas”. Mas o mais provável é mesmo nem repararmos nes- sas ausências. Muitas vezes, só vemos aquilo que nos é dado ver, aquilo de que temos consciência à partida e que estamos preparados para re- conhecer. Assim, só passei a procurar livros sobre mulheres artistas ou sobre arte e feminismo em livrarias, só me ocorreu organizar um curso sobre a relação entre as mulheres e a arte, só reparei na desproporção entre mulheres e homens artistas nas narrativas históricas ou na cena artística contemporânea, e só escrevi este livro porque, em determi- nada altura, a minha formação intelectual me mostrou, também, este caminho. Não fui eu que o descobri sozinha. Tal como eu, a maior parte das pessoas que nasceram em Portugal na década de 1970 não foram familiarizadas com ideias feministas ou, para dar outro exemplo relevante, com questões ecológicas. Mas será que é assim tão diferente para aqueles que acabaram recentemente os seus estudos e estão a ini- ciar as suas vidas profissionais? Tenho a certeza que têm, por exemplo, uma maior consciência ecológica do que teve a minha geração. Mas será que a consciência feminista está hoje muito mais enraizada? O interesse que já tinha sobre o assunto antes de começar a in- vestigação foi aumentando ao longo do percurso. Deu-me um enorme prazer escrever este livro, e uma das razões foi, sem dúvida, tê-lo feito enquanto historiadora, mas também enquanto mulher especialmente sensível a estes temas. O facto de ter escrito este livro nas margens dos meus projectos “oficiais” de investigação também me permitiu combinar 10 as normas da escrita académica com a liberdade própria do ensaio. Escrever este livro foi também a minha forma de activismo feminis- ta. Talvez por não ser da minha natureza pertencer a movimentos ou associações – embora admire quem o faça e considere que os direitos que tomamos como adquiridos se devam a pessoas que, em diferentes períodos da história, fizeram do activismo político e de direitos hu- manos a sua causa –, este foi o modo que encontrei de “fazer alguma coisa”. Este é um livro que não só é escrito por uma feminista, como é também um livro feminista. É também um livro que gostaria de chegar àquelas pessoas que se sentem incomodadas com a palavra feminis- mo, quase sempre por desconhecerem o que é que quer dizer – antes de mais, e entre muitos outros possíveis significados, uma forma de promover os direitos humanos e um maior equilíbrio de poderes en- tre mulheres e homens, um modo de lutar por um mundo mais justo, mais tolerante e com maior igualdade de oportunidades e direitos para todos, independentemente de terem nascido mulheres ou homens, de um modo paralelo ao de outros movimentos cívicos, como os movi- mentos contra o racismo ou a homofobia. Fazendo minhas as palavras da historiadora da arte norte-americana Linda Nochlin, que afirmava que a história não é só aquilo que se passa num outro lugar e num ou- tro tempo, mas também aquilo que vivemos todos os dias, penso que todos os gestos podem significar mudança – no nosso quotidiano, na educação que damos aos nossos filhos, nas posições reafirmadas em conversas entre amigos ou colegas, através da escrita ou nas decisões que tomamos profissionalmente –, mesmo que ela pareça ser ínfima. A análise dos modos de produção de conhecimento é algo que este livro tem em comum com outros dos meus projectos de inves- tigação, aparentemente muito distintos. Como é que um objecto de estudo foi abordado num determinado tempo e num determinado espaço? Como é que a forma como se olha e se escreve sobre algo é indissociável do seu contexto histórico? Assim, este não é um livro sobre mulheres artistas, nem pretende, de modo nenhum, enunciar quais são as artistas que considero mais importantes para determina- do período. Este livro é muito mais uma reflexão sobre como é que uma área do conhecimento, uma disciplina das ciências sociais e hu- manas – a história da arte –, estudou, pensou e abordou as mulheres artistas e a representação das mulheres na arte. É também uma his- tória da história da arte, uma história de como a arte produzida por 11 mulheres foi, durante muito tempo, uma arte sem história. E como, nas últimas décadas, passou a ser, também, uma arte com história. Mesmo que, como explicarei ao longo do texto, seja sempre mais difícil encon- trar objectos e documentos para escrever sobre assuntos que, durante muito tempo, não foram considerados relevantes. Há mulheres artistas muito prestigiadas e reconhecidas que eu nem refiro e outras que, apesar de menos conhecidas, são relevantes para o meu argumento e, por isso, mencionadas. A “qualidade” das ar- tistas, esse conceito tão fundamental à história da arte, não é indispen- sável para este livro. Muito mais importante é tentar explicar como é que essa premissa da “qualidade” serviu, tantas vezes, para desclassifi- car ou ignorar a obra de mulheres artistas.
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