Caminhos E Descaminhos Do Ouro Nas Minas Gerais: Administração, Territorialidade E Cotidiano (1733-1783)
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP) INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS (IFCH) DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA – PÓS-GRADUAÇÃO Caminhos e descaminhos do ouro nas Minas Gerais: administração, territorialidade e cotidiano (1733-1783) Luciane Cristina Scarato Profa. Dra. Leila Mezan Algranti Orientadora Fevereiro/2009 Capa: Mapa topografico e idrografico da capital de Minas Gerais: toda esta capitania he coberta de mattas e só nas comarcas do Rio das Mortes, Sabará e Ferro tem manxas de Campo. Localização: Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro/Acervo cartográfico digital. ARC. 023,04,002. Cartografia. OD: cart543208.tif – Back up: HD-001 DVD-0022 – 1 imagem. ii iii FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO IFCH - UNICAMP Scarato, Luciane Cristina Sca71c Caminhos e descaminhos do ouro nas Minas Gerais: administração, territorialidade e cotidiano (1733-1783) / Luciane Cristina Scarato. - - Campinas, SP : [s. n.], 2009. Orientador: Leila Mezan Algranti. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. 1. Ouro – Minas Gerais – Historia – Séc. XVIII . 2. Cartografia - Historia. 3. Cultura Material. I. Leila Mezan Algranti. II. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. III.Título. (msh\ifch) Título em inglês: Minas Gerais’ colonial paths: administration, cartography and material culture (1733-1783) . Palavras chaves em inglês (keywords) : Gold – Minas Gerais (Brazil) – History – 18th cent. Cartography – History, Material culture. Área de Concentração: Brasil Colônia. Titulação: Mestre em História Banca examinadora: Leila Mezan Algranti, Paulo Miceli, Íris Kantor. Data da defesa: 12-02-2009 Programa de Pós-Graduação: História iv Em memória de meus avôs, Nahyr Cyrne e Pedro Scarato, por quem tantas – porém insuficientes – vezes cruzei boa parte do antigo Caminho Novo das Minas Gerais para o Rio de Janeiro. v Resumo O tema central dessa dissertação de mestrado são os caminhos e as áreas fronteiriças das Minas Gerais Setecentistas, principalmente o Caminho Novo do Rio de Janeiro, o Caminho Velho de São Paulo e, ainda, o Distrito da Mantiqueira, no período que compreende os anos entre 1733 e 1783. Com essa pesquisa, espera-se identificar as principais vias de acesso à região mineradora nos mapas da época, comparando-os entre si para verificar a importância dos caminhos no povoamento e na formação da rede urbana da Capitania. Por meio da análise da administração de alguns governadores que passaram pelas Minas e de suas atitudes em relação à abertura de caminhos, principalmente os ilegais, então denominados ―picadas‖, ver-se-á até que ponto os interesses da metrópole e dos colonos seriam ou não opostos. As condições de viagem das estradas e os perigos que os viajantes precisavam enfrentar durante a sua travessia também serão objeto de estudo. Finalmente, será estabelecido um perfil sócio-econômico dos habitantes dos caminhos e áreas vizinhas, através da análise de seus bens materiais. Palavras chave: Minas Gerais – Caminhos – Século XVIII – Cultura Material – Cartografia Histórica vii Abstract The central theme of this masters dissertation are the paths and border areas of Minas Gerais, mainly the Rio de Janeiro‘s new road, the São Paulo‘s old road and the Mantiqueira District, during the period between 1733 and 1783. With this research, we hope to identify the most important ways of accessing the miner area on historical maps, comparing them to verify the importance of paths for the population and formation of the Capitania‘s urban net. By analyzing the administration of some colonial Minas‘ governors and their attitudes towards the opening of roads, specially the illegal ones, called picadas, we will see up to which point metropolitans and settlers‘ interests were opposed among each other. The roads travelling conditions, as well as the dangers that men and women that walked by them had to deal with, will also be an object of study. Finally, we are going to establish a social- economical profile of the paths and their nearby‘s inhabitants, through the analysis of their material goods. Key words: Minas Gerais – Paths – XVIII Century – Material Culture – Historical Cartography ix Agradecimentos Após três anos de pesquisa, quero agradecer a todas as pessoas e instituições que me ajudaram ao longo do processo. Agradeço à CAPES, pela concessão de uma bolsa de seis meses, e à FAPESP, por um auxílio de um ano e meio. Esse apoio financeiro foi fundamental para a realização de viagens de pesquisa e para participações em simpósios e encontros científicos que foram essenciais para a escrita da presente dissertação. Dirijo os meus mais sinceros agradecimentos a todas as pessoas que trabalham no Arquivo Público Mineiro, no Museu Regional de São João Del Rei, no Arquivo Histórico do Escritório Técnico II da 13ª Seção Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de Minas Gerais, em São João Del Rei, no Arquivo Municipal de Barbacena, no Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana e na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Sob o risco de cometer alguma injustiça, prefiro não citar nomes, mas gostaria que cada um dos funcionários dessas instituições de pesquisa soubesse que, sem a ajuda, a boa vontade, a educação e os conhecimentos deles essa pesquisa jamais teria sido possível. Agradeço, ainda, aos funcionários das bibliotecas da UNICAMP e da UFMG, sempre dispostos a ajudar. Gostaria de agradecer imensamente a Leila Mezan Algranti, minha orientadora, pela confiança em mim depositada desde o processo seletivo para o ingresso no programa de mestrado. Leila foi extremamente atenciosa, preocupada com a minha vivência longe de casa, sempre respondendo às minhas muitas dúvidas e lendo com paciência todos os meus textos, relatórios e versões preliminares dos capítulos dessa dissertação. Mais de uma vez. Várias vezes, na verdade. A ela devo sugestões preciosas, além de uma orientação precisa, serena e equilibrada à qual jamais serei capaz de retribuir à altura. Por isso, mais uma vez, muito obrigada, Leila. Aos professores Leandro Karnal e Paulo Miceli, agradeço pela minha inclusão na linha de pesquisa ―Sociabilidades e cultura na América luso-espanhola‖ e às aulas ministradas durante o curso de mestrado. Agradeço, especialmente, ao professor Paulo e, xi também, à professora Eliane Moura da Silva, por terem aceitado fazer parte da minha banca examinadora. Às professoras Laura de Mello e Souza e Iris Kantor, agradeço muito por terem doado um pouco de seu tempo à minha qualificação que foi, na verdade, uma inesquecível aula de Brasil e Minas Gerais colonial. Depois de suas sugestões sobre fontes, bibliografia, mapas, metodologia e críticas, este trabalho tomou rumos novos e, acredito, bem melhores. Com elas tenho o débito impagável de ter tido acesso a vários textos e documentos que foram essenciais para essa pesquisa. Expresso, ainda, meus sinceros agradecimentos a ambas por terem aceitado integrar a banca examinadora. À professora Fernanda Borges de Moraes, agradeço carinhosamente pela atenção, pelo apoio ―logístico‖ e intelectual que vem desde os tempos da minha graduação na UFMG. Graças à minha inclusão em um projeto de pesquisa dirigido por ela e pelo professor João Pinto Furtado, tive acesso a vários mapas históricos e desenvolvi muitos trabalhos que foram incluídos nessa dissertação. Fernanda me apresentou à sua orientanda, Jose, quem me passou alguns mapas e listas nominativas que muito me ajudaram a compreender o processo de urbanização em Minas Gerais. Gostaria de agradecer também ao professor Luiz Carlos Villalta, pela confiança em mim depositada desde o início da graduação. Sem o seu incentivo e apoio, dificilmente eu teria chegado até aqui. Para mim, Villalta e Fernanda serão sempre meus orientadores, pois perdi a conta de quantas vezes me dirigi a ambos com dúvidas e favores a pedir. Gostaria de agradecer à professora Cláudia Maria das Graças Chaves e à sua orientanda, Rogéria Alves, por terem me passado dados sobre os Registros de Entrada da Capitania de Minas Gerais. Aos professores Angelo Carrara, Fernando Lamas, Luiz Antônio da Silva Araújo, André Figueiredo Rodrigues e Carla Maria Carvalho de Almeida, agradeço pela atenção com que sempre responderam aos meus e-mails, me enviando cópias de textos e teses relativas ao tema da minha pesquisa. Ao historiador Aldair Rodrigues, agradeço pela gentileza de procurar para mim alguns dados na Torre do Tombo, durante a sua pesquisa. À professora Mônica Ribeiro de Oliveira, devo a sugestão de pesquisar no Arquivo Municipal de Barbacena. xii Eu não poderia deixar de registrar aqui um agradecimento à Bernadete, mãe de Arthur Rodrigues, meu amigo de infância, por ter permitido com que eu ficasse alguns dias em sua casa, na cidade de São João Del Rei, enquanto fazia as minhas pesquisas. A essa gentileza, espero poder retribuir algum dia. Ao historiador e colega de graduação João Paulo Martins, agradeço pelas informações acerca dos arquivos e estadia em Mariana e Ouro Preto. Finalmente, agradeço a meus pais, Palmira e Francisco, pelo apoio emocional, financeiro e, sobretudo, pela sua infinita paciência comigo. Nenhuma palavra escrita aqui estará à altura de tudo o que eles têm feito por mim, tampouco será suficiente para expressar a minha profunda gratidão. Mas, quero registrar a honra, o orgulho e a alegria que sinto em poder compartilhar o meu dia-a-dia com os dois. xiii Abreviaturas AEAM: Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana AHET/IPHAN-MG/SJDR: Arquivo Histórico do Escritório Técnico II da 13ª Seção Regional/Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de Minas Gerais/ São João Del Rei AHU: Arquivo Histórico Ultramarino AMB: Arquivo Municipal de Barbacena APM: Arquivo Público Mineiro BN: Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro CC: Casa dos Contos Cx.: Caixa Doc.: Documento Fl.: Folha INV.: Inventário MO/CGB: Museu do Ouro de Sabará, Casa Borba Gato O.: Ordem RAPM: Revista do Arquivo Público Mineiro SC: Seção Colonial xv Lista de Tabelas Tabela 1 – Número de credores e devedores dos moradores do Caminho Velho na comarca do Rio das Mortes (1729-1797) – p.