TEORIA E CULTURA 257

1 , uso de muitas guitarras, guitarras, , uso de muitas Nadja Vladi Gumes Nadja Vladi

. configura tensões, disputas e negociações e tensões, disputas configura rock rock

. rock I’m more indie you! than more I’m , que assumem suas práticas como pertencentes ao gênero indie ao gênero pertencentes como práticas suas assumem , que , gravações com a poética com , gravações de home studio como rock autêntico como Eu sou mais indie que você! que indie mais sou Eu The indie rock bickering to assert itself as authentic rock to assertauthentic itself as rockbickering The indie As disputas do indie rock para se afirmar afirmar para se indie rock do As disputas Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 13 n. 2 Dezembro. 2018 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print) ISSN 2318-101x (on-line) 2018 ISSN 13 n. 2 Dezembro. Sociais Ciências em - UFJF v. de Pós-Graduação Programa , o texto aborda os sistemas classificatórios do mundo da música como um complexo processo de processo complexo um música como da mundo do classificatórios sistemas os aborda o texto , 1 Nadja Vladi Gumes é professora adjunta do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas da UFRB e docente da docente e UFRB Aplicadas Tecnologias e Linguagens Cultura, de Centro do adjunta professora é Gumes Vladi Nadja 1 do PPGCOM/UFRB. permanente Palavras-chave: gêneros; consumo cultural; valoração; indie valoração; cultural; consumo gêneros; Palavras-chave: de vocais suaves, de letras mais existencialistas, do hibridismo musical, do minimalismo, das distorções, das distorções, do minimalismo, musical, do hibridismo existencialistas, de letras mais suaves, de vocais perceba essa comunidade que com fazem que daoriginalidade são marcas algumas criativa, daautonomia indie como determinadas sonoridades e identifique comunicação que serve que ideológicos, lógicas de base valores a partilhacomunicação para de experiências musicais, midiáticos. circulação e na produtos dos consumo no produção, na e trocas sociais presentes comerciais indie cultural observar procura-se o gênero Assim, como rock da indústria dentro de mercado e estratégias criativa autonomia entre inter-relações as envolvem que a usar de televisão, de programas fora estar em selos independentes, circular Questões como da música. do mainstream fazer parte não internet, Este artigo é um recorte da minha tese de doutorado que teve como proposta desenvolver um modelo desenvolver proposta como teve que daminha tese de doutorado um recorte é artigo Este Partindo da musicais. práticas que envolvem classificação de processos dos análise para compreensivo de rock e fãs de críticos autonomeação RESUMO Keywords: genres; cultural consumption; valuation; indie rock indie valuation; consumption; cultural genres; Keywords: This article is a part from my thesis whose purpose to develop a comprehensive model for analysis of analysis for model purposemy comprehensive a thesis whose to develop article is a part This from critics the self-appointed from Starting music. of practices the cultural labeling involve that processes the addresses the paper genre, rock the indie to who belonging take their as practices fans, rock and of the sharing underpins that process communication a complex as world the music labeling of processes in the production, present rationale business experiences, ideological and musical social values, divisions, labels, independent circulating of that as such Issues media products. of circulation and consumption being part not circulation, of a form as the internet using television, mainstream of outside existing musical lyrics, existential more voices, soft guitars, many use of recording, home the mainstream, of enable that the traits of some are originality and autonomy, creative distortions, minimalism, hybridism, the the idea with of it associate and rock indie as identify certain sounds and perceive to this community genre. ABSTRACT 258 TEORIA E CULTURA cultural, enão apenas como umclassificador, formulado forma desta –como uma categoria ARAÚJO). Partimos que ogênero, perspectiva da emidiático”cultural, social (GOMES e comque o“contexto possibilita articulado ser o gênero évisto como uma categoria cultural e ARAÚJO, p.109, 2015).Deste ponto devista, configurar a comunicativa”.relação (GOMES o reconhecimento distinto de um modo de de formasespecificidades culturais, quanto “tanto oreconhecimento deregularidades e utilizado de formadeve ser que possibilite (GOMES, 2011,p.114). como uma estratégia de comunicabilidade” gênero cultural porque percebemos “o gênero por issoadotamos, neste artigo, dotermo ouso constante mutação, deslocamento enegociação, porque dinâmicos modelos são em eestão categorização simples e facilmente identificáveis devemos salientar que osgêneros uma não são Barbero Mapa no seu dasMediações. Mas dos gênerospor das codificações colocadas de produção ereconhecimento dependem dos usos”. Dentro as condições perspectiva, desta consumo, entre adoformato deler, eadosmodos dosistemalógicas produtivo eas dosistema de constituem fundamental uma mediação entre as nos processos “Os demediação: gêneros (…) mediações Barbero (2001,p. livro 311),emseu meios Dos às disputas, valores tensões, egostos. Martín- fenômeno comunicacional envolve diversas sugerido reconhecimento. pelo Amúsica como do espectador, eumprazer expectativas cria por suas rotulações, eissogera uma reação produtos culturais. Reconhecemos osprodutos fundamental para nos guiar na leitura dos produtivas earecepção, uma orientação como entre de mediação ummodo as estratégias mostra a importância do processo classificatório para gerar determinadas oque expectativas, nos ainda dereconhecimento prevalece alógica que dentro doambiente dasindústrias culturais consumo música. da ecirculação Percebemos contemporâneos, especificamente na produção, das classificações nos culturaisprocessos tem como objetivo refletirsobre aimportância Asesse? perguntas com as quais começo este artigo Para Itania Gomes, oconceito degênero músicaQue ouvindo? está você som Que é Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) , argumenta aimportância dogênero que trabalhavam com omínimo deinstrumentos devendas,apresentava ogrupo fracasso canções Sounds como de sentidos. de performance, de gostos de usos, e de produção deconsumo, auma determinada lógica conectada como práticaesta musical constrói uma estética indie este reflexões artigosobre traz perspectiva, o quanto quanto Nico. Considerado ummarco para orock de algumas canções acantora alemã emodelo Underground and Nico Tucker, lançava álbum oseu deestreia Velvet John Sterling Lou Reed, Cale, Morrison e Mo onde abanda Velvet Underground, formada por Unidos,nos Estados nadeNova cidade York, precisamos fazerumretorno aoano de1967 chamara se indie dosistemade uma lógica produtivo que passou constrói uma dinâmica que dentro oconecta prática musical como oindie 2015. P. 110).Para Gomes &Araújo (2015): (GOMES eARAÚJO apud EDGERTON; ROSE, institucionais, industriais einterpretativas”. “criativas, econômicas, tecnológicas, sociais, culturais dasmais apartir diversas práticas: Posições que possibilitam pensar osfenômenos políticas, culturais eeconômicas”. (2015,p. 109). disputas, valores, julgamentos degosto, práticas Gomescoloca eAraújo “gêneros mobilizam processo decomunicação música. da Como no implicações esociais ideológicas sociais, é umconceito que nos permite entender as Para entender denominado oque aser passa ondeDe vem oindie Nesse caso, entender podemos que uma

rock grupos sociais. (p.111) sociais. grupos e suas dinâmicas, às competências dediversos do sistemae lógicas produtivo, com suas estruturas culturada eformatos indústria da (doaudiovisual) dispositivos que conectam historicamente matrizes gênero, umproduto ou conjunto deprodutos são doconceito aperspectiva sob Analisados de [1966], do The Beach Boys), masBeach um [1966],doThe indie Sgt. Peppers Sgt. como umgênero cultural, percebendo

rock

rock no dos final anos 1980 Pet ou Pet [1967],dosBeatles, enão apenas rock , que nos vocais tinha

rock , por exemplo, . Nesta (tanto Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) TEORIA E CULTURA 259

, que que de todode o hegemônico, hegemônico, mostrando a mostrando rock , mas propondo propondo , mas

indie que deixavam todo o deixavam que vivia a ressaca dos pós- vivia a ressaca naquele momento: naquele . De cima a baixo, uma boa uma canção . De a baixo, cima , mostra como é importante é importante como , mostra androll , com todo o seu formato pop, e dar a ele a ele e dar pop, todo o seu formato , com

. Não um enxerto, uma mutação canhestra, canhestra, mutação uma um enxerto, . Não rock rock O meu interesse desde o tempo dos Velvets tem tido tem dos Velvets desdeo tempo interesse O meu a ideia o rock de pegar estrela-guia: a mesma sempre de 1986, p. (FLANAGAN, a bateria. ligada ao baixo, 304). and roll que tem lugar (...) Em primeiro adulta. forma uma ser do rock preservar a alma, a raiz que Tem bisonha. dos Sex Pistols e Ramones, e os roqueiros e os roqueiros e Ramones, dos Sex Pistols , o baixo, a bateria, a malícia, a simplicidade. a malícia, a simplicidade. a bateria, , o baixo, com as experimentações sonoras de um experimentações as sonoras com com época A era propícia de vanguarda. Pode-se perceber que Lou Reed reintegra Reed Lou perceber que reintegra Pode-se anos vão ecoar nos 1960 do Velvet anos Os mundo, solidificando um mercado de nicho. Em de nicho. mercado um solidificando mundo, Reed (1996), Lou conta a Bill Flanagan entrevista o rock percebia como aqui os valores básicos do rock os valores aqui e prestígio vão conferir que novos elementos de através do gênero a autenticidade demarcar desde o seu e a rebeldia, surgimento simplicidade se mas afirma 1950. Ele traz novidades, anos nos rock como sempre do raiz a considera que do dentro seposicionar rock o rock1980, quando punk cru o som em misturar interessados estavam do punk você mesmo” e a ideologia do “faça rock rock do homea popularização studio qualidade caseiras de gravações com viabilidade à democrático de um acesso mais decorrente do home A estrutura studio musical. tecnologia torna-se possível por conta de equipamentos de equipamentos conta por possível torna-se sintetizadores e microfones gravadores, como armazenamento de mídias baratos, mais e uso de sampledigitais processo a um custo menor. Este novo cenário cenário novo Este menor. a um custo processo tivessem artistas e gravadoras que permitiu sobre controle e básicas produção de condições da tecnologia A democratização gravações. as do da cultura a ampliação do sintetizador, que cria uma tensão com o rock o com criatensão uma que uma como mercado se no posiciona Velvet uma faz que ao estabelecido, alternativa banda se coloca posição que em uma “criativa”, música trazendo para é comercial, ao que de distinção rock no criativa si a ideia de autonomia de cena a influenciar vai e está , com , com rock

rock

art indie e trazia o para eletrônicos, que davam davam que eletrônicos, . O álbum rompe, de certa rompe, . O álbum , que trazia valores novos novos traziavalores , que rock

do final dos anos 1980. anos do final dos Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 13 n. 2 Dezembro. 2018 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print) ISSN 2318-101x (on-line) 2018 ISSN 13 n. 2 Dezembro. Sociais Ciências em - UFJF v. de Pós-Graduação Programa rock Ao apontar seu olhar para uma música música uma para seu olhar apontar Ao A importância do grupo o para A importância Os críticos viam a música do Velvet como como do Velvet a música viam críticos Os em marcas que consolidaram a prática musical musical prática a consolidaram que marcas em Reed, de Lou arrastada 1980: a voz anos nos uso por produzido do som o estranhamento de feedbacks acentuado valorização da urbana, paisagem uma canções às minimalista. base se repetia rítmica que de forma distorções. de Cale muitas E a guitarra com o disco é perceber que importante ponto Outro de obra uma como pensando foi letras as com perfeitamente melodias casando as nova-iorquinas. a ideia de histórias e vendendo e muita experimentação melódica. A capa, experimentação melódica. A capa, e muita em um fundo branco, enorme banana uma também (que Warhol Andy por assinada era o grupo), art, do pop artista-símbolo produzia de criar forma uma como banana na pensou que letras de nas fálica concepção inspirada uma pequenas por Com turnê sexo. ReedLou sobre que vocal no cantora uma casas nova-iorquinas, a forjar começava Velvet sotaque, com cantava artistas como poéticauma influenciou que punk movimento o Stooges, Bowie, The David nova, experimental, “artística”, considerada a considerada “artística”, experimental, nova, do rock vanguarda todas as bandas que surgiram nos anos 1980 sob anos nos surgiram que todas bandas as de indie o rótulo hippie, do mundo a visão colorida com forma, do submundo do lado sombrio um produto com distorcido, lento, som Um (EUA). York de Nova letras melodias e nas nas Há e marginal. urbano da vida. soturno um ar inquietação, uma “o (2006) coloca que Bannister o gênero. para definido como é usualmente do Velvet apelo formada média classe branca uma para voltado grupos é uma por arte a boêmios, os quais para 44). p. 2006, (BANNISTER, ideologiacentral” da performance ideias tradicionais desafiar Ao de vídeos projeções com do artista palco, no ênfase a simplicidade para os concertos, durante letras com músicas das canções, e o minimalismo estimulavam que beat literatura na inspiradas a tristeza, a decadência, a sobre sentimentos uma com rompia os vícios, Velvet androgenia, do rocktradição do machismo da arte, a performance teatral, mais algo gênero sendo associados pelo acabaram que valores indie 260 TEORIA E CULTURA rock interessa nuances perceber musicais estabelecidas com opunk como aVampire Weekend; aquelas que dialogam deus de brincando bands, e diversa: guitar o Sem mediadores fundamentais daspráticas culturais. como suportes eartefatos tecnológicos são deuma sonoridadeposição low-fi epercebemos studio pretensão arte) emenos deser comercial. Ohome de uma demúsica característica mais artsy performance mais espontânea, tornam-se parte nos anos 1980com baixo custo, buscando uma Dentro deste contexto, derock discos de gravação, torna-se uma forma defazerrock caseiro, como distorções e uma baixa qualidade sonoridades. Oque eraimperfeição doestúdio empautacoloca novas práticas enovas sociais proporcionado baixos pelos custos detecnologia criativo eomercadológico. ambiente Esse tensão da permanentea partir entre oprocesso consumo dosprodutos culturais estabelece se mercadológica indústria da música da cujo 2000), criando umespaçodentro lógica da inovação, (TOSTA aoestabelecido crítica DIAS, com achamada low-fidelity (low-fi) defazermúsicasurgir uma determinada poética os custos altos de um estúdio profissional e fez studio criativa. para montar Afacilidade umhome tendoartistas como parâmetro aautonomia independentes passam apromover eproduzir independente. Nesse momento, gravadoras/selos para aorganização chamada da cena musical computador transformações são fundamentais 2 indie rock. de porposição estéticas.baixabaixagravação fidelidade ser uma A da razões passa a autenticidadequalidade dentro do o que era uma emesmo baixa transforma-se qualidade emgravações feitas em poética emalta fidelidade simula-se a como estratégia discursiva dedeterminados gêneros ecenas musicais. rock, Emalgumas gravações deindie fidelity distorções, defundo, ruído ressonância, em determinadas frequências. ênfase Otermo emcontraste éusado com high- Low-fi A sonoridade doindie valoresSonoridade, egostos O discurso doindie O discurso . (alta fidelidade), se que refereequipamentos aos som de que reproduz músicas com muita precisão.Low-fi usada é torna-se uma ideologia, uma poética, uma torna-se uma uma poética, ideologia, possibilitou experimentar ecriarsem home studio home ou baixa fidelidade é um para termo descrevergravaçãoutilizado uma som de que contém como falhas técnicas, Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print)

rock , como Pixies. Mesmo assim nos ; outras que com flertam oska , dificilmente o existiria como Youth Sonic e

rock

rock passa aagregar passa écomplexa 2 . produzidos (com a indie . ,

gênero, bandas mantêm para uma acirculação como filtrosposicionarparase dentro deum históricos. Ao utilizar estratégias que funcionam mas também econtextos por ideologia, e sociais intrínsecos, como de faixavida, estilo etária, clichês harmônicos eelementos emelódicos sonoridade, temáticas, elementos imaginários, valoração. contráriae uma posição como aoestabelecido uma limitação econômica para sua sonoridade incorporou transformou ese tendo como base Bannister: valores de autenticidade do gênero cultural. Para limitavam asonoridade transformaram ese em e equipamentos baratos. condições Estas logo aprimeira gravação feita com instrumentos estúdio por poucas horas, portanto, faziam valer bandas alugar não tinham dinheiro podiam o esó de fundo” umcontexto econômico, no qual as rock que ajudam uma musicalidade aesboçar indie antiga dedistorções eouso como elementos em baixa fidelidade, a preferênciapor tecnologia guitarra, mas também as gravações percebermos importantes ededestaque para ogênero éa outras práticas musicais. Um dosinstrumentos de queabertura o indie produções fonográficascapacidadetambémpela e produção sonora emdetrimentos dasgrandes valores da pelos básicos aspectos pelos étnicos, como contra-hegemônicas, distorção, pela seja entre elas como sonoridades posicionadas Ospela classificados gêneros ser podem O que percebemos é que a poética indie O que percebemos éque apoética , uma estética musical que tem como “pano p. 70). ao vivo, herança dopunk obscurecendo osvocais edando umefeito demúsica das guitarras, sempre com uma mixagem alta, indie O minimalismo musical tornou-se do uma faceta

rock , o seu estilo que estilo repercute, oseu nos volumes

rock

tem em dialogar com rock (BANNISTER, 2006, por exemplo,

rock

Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) TEORIA E CULTURA 261

rock rock

sempre sempre , com uma sonoridade sonoridade uma , com , buscamos perceber a , buscamos rock rock

, ênfase nas guitarras distorcidas distorcidas guitarras , ênfase nas 3 descreve um cenário mais estreito de sons de sons estreito mais um cenário descreve do “faça você mesmo”, do barulho da The você mesmo”, do “faça Hesmondhalgh explica que o termo indie o termo que explica Hesmondhalgh Ao refletir sobre a trajetória de duas bandas duas bandas de a trajetória sobre refletir Ao tem para os ouvintes, como ela se comunica se ela comunica como os ouvintes, para tem a coloca que Frith Quando audiência. a sua com musicais está ligada a questões posição do gênero de mercado e questões você está ouvindo) (o que a dividir o autor, isso?), para compraria (quem organizá- objetivo como tem em gêneros música o ato de consumo, o ato momentos: la em três um analisar Ao de ouvir. e o ato de executar possui ele que propõe Frith gênero, determinado e possibilita diferentes discursivas estratégias devem ser que distintas experiênciasmusicais de sentido. de produção análise na consideradas são os quem apenas não descrevem gêneros Os esta que o sentido qual também mas ouvintes, eles. para tem música fundamentada em experimentações sonoras, em experimentações sonoras, fundamentada das das afinações uso diferenciado distorções, da ressignificação filosofia faz uma e que guitarras punk da Velvet. do minimalismo e Stooges blogueiros musicais, críticos fãs, por entendidas indie como e músicos e em letras sensíveis e inteligentes. Vivendo na na Vivendo e inteligentes. e em letrassensíveis criativa, da produção domínio de ter contradição o indie profissional, sucesso buscando mas barreiras criando contraditório, semostrou nem ser não para conhecido, ao seu redor narrativa uma todos, adotando por consumido artistas e audiência música, sua para exclusivista Neste de nicho. um mercado e construindo nova-iorquina em 1981, a banda surge, ambiente passou do que a gênese considerada , de indiea ser chamado tornou-se amplamente usado no ambiente da ambiente usadono amplamente tornou-se fase a nova passa a descrever quando música do pop alternativa da cultural política entre se qual caminho um na busca britânico, em capitaneada criativa, e autonomia mercado 1980. anos nos crise uma parte por econômica “Indie 38). 1999, p. (HESMONDHALGH, e olhares” indie como se comunicam que bandas As sãosubstancialmente e americanas) (britânicas pouco com brancos, garotos jovens por formadas ritmo foco no

e se rock

e acabam sendo e acabam : “A idealização de : “A rock

para uma comunidade de comunidade uma para rock

que vão sendo absorvidas uma que como indie Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 13 n. 2 Dezembro. 2018 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print) ISSN 2318-101x (on-line) 2018 ISSN 13 n. 2 Dezembro. Sociais Ciências em - UFJF v. de Pós-Graduação Programa rock

. Para Frith (1996), o gênero é uma configuração configuração uma é gênero o (1996), Frith Para O uso de notas repetidas, cordas com vibração, vibração, com repetidas, cordas O uso de notas 3 Grupamento de sons musicais, principalmente por meio de duração e ênfase (SADIE, 1988, p. 788). 1988, p. e ênfase (SADIE, de duração meio por principalmente musicais, de sons 3 Grupamento ideológica e social, portanto, ao defini-lo devemos ao defini-lo devemos ideológica e social, portanto, implicações as o conteúdo, em consideração levar propõe isso ele Por musical. ideológicas e o gosto perspectiva:da convenções pensar a) seguinte de você escuta); convenções b) (o que sonoras de c) convenções você vê); (o que performance é vendida); tipo de música (qual embalagens (a ideologia da incorporados e d) os valores apenas é definida não canção Uma música). pela mas estilo de um texto, ou forma uma por ela que do significado percepção da audiência, as porque da performance, momento no produz música que a o classificações descrevem sentido transformam em suas características, em uma em uma características, em suas transformam codificação estética. conhecimento. A música é simples, direta, direta, é simples, A música conhecimento. canções ênfase reverberações. para As com individualistas, são intelectuais, pessimistas, como ouvida música ser para corporificado uma para e feita artística, descartável e não expressão o limitações e econômicas, técnicas As vender. vão construído que são elementos improviso, idealismo indieeste servindo importante uma incompetência como 80). p. 2006, (BANNISTER, funçãoideológica” posições limitações as técnicas, As ideológicas fazem autenticidade) autonomia, (resistência, do indie parte das representações muito efeito de reverberação, poucos elementos elementos poucos de reverberação, efeito muito são não virtuosos, que guitarristas rítmicos, e repetitivas, simples harmonicamente canções como vão se concretizando monótonos vocais idealo incorporadas como marcas estilísticas do indie marcas como incorporadas rock forma de se fazer um tipo de rockforma determinada audiência. Fabbri (1980) coloca (1980) Fabbri audiência. determinada mais o gênero tornam complexas regras as que pobres” os “sistemas mas ricoe duradouro, dessas perceptíveis mais mudanças possibilitam uma baratos, estúdios e os guitarras As regras. rítmicos, os elementos afetava que masterização que dissonantes guitarras o uso de pedais com do iniciais são situações os vocais apagavam indie 262 TEORIA E CULTURA identificam,por exemplo, como indie mercado música da que afinam se com o que eles fazem parte deestratégias deposicionamento no sonoras, identidades, gostos, subjetividades que musical, eles vãodelimitar valores, marcas fazem partedeuma determinada comunidade Portanto, quando uma banda efãs afirmam que nesteque banda ocupa e cada artista universo. sentido, e, para isto, importa qual a posição do necessidade dedelimitação deespaço dentro daspráticascirculação musicais éque há uma paradas classificações a produção, consumo e que percebemos neste debate emtorno do uso YouthSonic deus eabaiana de brincando cultural dosálbuns deduas bandas: aamericana formadessa este artigo lança mão deuma análise de comunicação música da esua sociabilidade, importância dogênero cultural para oprocesso artistas? artistas? rock mainstream independente,que tem apoética mas pelo circula de forma completamente independente deoutra, Quais as configuraçõesbanda deuma que circula uma banda seguintes questões: oque éautenticidade para do mercado deconsumo das cultural apartir como estratégias articulam deautonomia dentro e experimentalismos. Tentamos compreender um artístico, musicalmente adotam apostura de como trabalhos seus fundamental no processo sempre autonomia da colocam odiscurso de o processo criativo mercadológica e a lógica e posicionamse dentro detensão lógica entre da (geográficos e simbólicos) diferenciados. Ambas aautenticidadecoloca para elas emlugares por buscarse uma compreensão decomo se Stooges (1969),produzidos por John doVelvet, Cale, eFun House (1970). 5 Banda norte-americana deproto-punk (JANOTTI JÚNIOR; CARDOSO, 2006,p. 18). reconhecidamente eficientes, dialogando com elementos de obras consagradas ecom sucesso relativamente garantido 4 Odenominado mainstream Sonic Youth que éarte >Sonic O barulho As duas bandas selecionadas aqui justificam- rock ? Qual osentido deautonomia? Qual para estes rock para que tenham determinadas estilos cru, sem afetações, cheio sem cru, dedistorções Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) indie 4 ? O que tem de da Bahia ou Unidos? dos Estados Bahia da (que pode ser traduzido como ser (que fluxo pode principal) abriga escolhas deconfecção do produto indie e o que tem de formada no dos por final anos 1960,liderada Iggy Pop.Lançou dois The discos, rock . . O grandes gravadoras. studio embaixasoam fidelidade, feitas emumhome mesmo”você dopunk Ao mesmo tempo, do“faça incorpora apoética antes por John em canções como Cale, deumretorno apartir criada guitarra, da feito amaiorsoa parte dotempo emuma canção, dos anos 1960,usando o efeito no qual uma nota YouthA Sonic busca umsom regressivo dofinal para aguitarra eosefeitos produzidos com ela. novos sentidos para o rock banda de reconstruir pela o caminhojá escolhido branco, deumshow, retirado docartaz eapontava feitoum desenho por Kim eThurston, em preto e astodas nove faixas original. dodisco Acapa é distorcido deguitarra, clima que toma conta de dissonância debandas como The Stooges durante o augepunk do pós- Moore chegaram eRanaldo aNova York (EUA) Virgino topo a dasparadas com Like Michael Jackson. Ecom Madonna alcançando (She’s in a) Velvet Stooges. da eobarulho A primeira faixa, sonoridade influenciadapelo minimalismoda anos depois desua estreia, em1983,com uma estreia Youth, Sonic da Is Sex, Confusion as batidas eletrônicas wave. new da Oálbum de muito capitalizada bem grupo, pelo que descartou pelos sucessos pelos The Cure.também de1980é marcada Adécada sombria, com ogothic Reino Unido, wave anew capitalizadobem com osurgimento MTV. da No com influênciada música disco Costello, B-52s, Talking Heads. Era um representantes bandas como The Police,Elvis sintetizadores ebateria eletrônica como etinha as e um bom letras humor intelectualizado, usava a 1981. É também no início dos anos 1980 que surge Youth,a Sonic com abaixista , em new wavenew Thurston Ranaldo Mooreformaram Lee e , ecom distribuição independente das , uma música que melódica valorizava Bad Mood,Bad Billie Jean Billie

rock começa com umsom (1982) e rock teve uma versão mais , abrindo mais espaço , com gravações que , o que fez com que a doJoy Division e , doreggae Beat (1983), de , em1984. saiu dois Heroin 5 fosse efoi rock .

Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) TEORIA E CULTURA 263 , de ” ao ” e na e na , fazia 7 rock

. E nunca o . E nunca indie . (FORTINO, Leandro, Leandro, . (FORTINO, as capas feitas por artistas, como artistas, como por feitas capas as no final dos anos 1980. Fortino Fortino 1980. anos final dos no . O controle criativo, o circuito de o circuito criativo, . O controle , o barulho, a qualidade dos riffs, o barulho, rock rock

indie Desde 1981, quando gravaram seu primeiro vinil (o seu primeiro gravaram Desde 1981, quando em 1982), em nenhum lançado Youth”, EP “Sonic cederam desta banda os integrantes momento rock pop do mercado exigências às de mão abriu Sonic Youth nova-iorquino quarteto experimentação e na seu distorção radicalismo na rock no inéditos de acordes 10/07/2006) de S. Paulo, Folha Folhateen, e na Sonic Youth que se que Sonic Youth e na Nation Daydream O que se percebe é que aqui entra em vigor em vigor entra se aqui percebeO que é que Ao mesmo tempo, a banda circulava por por circulava a banda tempo, mesmo Ao (2006) observa que: , um quadro do , um quadro Kerze intitulada é a pintura a capa é traduzido que Richter, artista alemão Gerhard do das canções de uma Cadlepara nome (vela), o que base foto uma como tem A capa álbum. acesa fundo em um branco vela artista de uma fez uma faz a banda esta imagem, usar Ao e preto. a valoriza que associação um tipo de público com e propõe visuais artes as com da música interação ali está que acessar consegue quem com um jogo o trabalho de um artista visual. com o diálogo passa a ser que e ideias de valores um sistema um grupo por social.compartilhado Sonic Youth preserva segundo a crítica, banda, que é uma experimentações suas musicais, criatividade, sua ruídos Os independente. como colocando-se uma criaram dissonantes tessituras as estranhos, Nation em Daydream singular atmosfera do rockhistória college radios transformar “barulho em arte” com suas guitarras guitarras suas com “barulho arte” em transformar resgata também O Sonic Youth ruidosas e sujas. o indiepara Nation Em Daydream Underground. o Velvet fez melodias por a experimentação cercada guitarra, apontadas bem definidas são características em a ser passou classificado do que marcas tornaram como Bloody Valentine, Dinosaur Jr. e Pixies, o álbum o álbum Pixies, e Jr. Dinosaur Bloody Valentine, do vocabulário “o definiu SY do low-fi, em low-fi, fazia gravações selos independentes, college nos radios tocavam músicas suas

, dos . , é um rock , saudado pela , saudado 6 e que estão nesta estão nesta e que , trazendo visibilidade , trazendo visibilidade de guitarras cheios de cheios de guitarras rock com o minimalismo do do o minimalismo com

-punk . O álbum é colocado pelos . O álbum foi recebido por críticos e críticos por recebido foi Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 13 n. 2 Dezembro. 2018 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print) ISSN 2318-101x (on-line) 2018 ISSN 13 n. 2 Dezembro. Sociais Ciências em - UFJF v. de Pós-Graduação Programa Silver Rocket , pela EnigmaRecords . No álbum, SY mantém sua sua mantém SY álbum, No . Enemy Public e da Velvet Underground. O disco, lançado em lançado disco, O Underground. da Velvet O som da banda é chamado de “a nova estética estética nova de “a é chamado da banda O som O sexto álbum, lançado em 1989, Daydream 1989, em lançado O sextoálbum, da cultura juvenil” que associou a energia punk a energia associou que juvenil” da cultura com a desilusão política do final dos anos 1980, anos do finaldos política a desilusão com a e Estados nos Unidos ascensão da direita com canção A neoliberal. política uma de implantação Nation Daydream abre que Riot, Teenage Riffs momento. deste hino de sussurrante voz uma barulhos e microfonias, Thurston de relaxada a voz depois Gordon, Kim absorvidos são foram aspectos que Moore passaria a ser que sonoridade de uma dentro indie como classificada (2007), Abebe Para álbum. e neste canção My como de bandas ao lado de lançamentos críticos como um divisor de água no rock no água de um divisor como críticos anos 1980, posicionando o desempenho da o desempenho Sonic 1980, posicionando anos que pop panorama no um diferencial como Youth se estabelecia pós no ao que passa a ser rotulado como indie como passa a serao que rotulado Nation , rock alternativo, heavy metal, música eletrônica e jazz. eletrônica música metal, heavy alternativo, rock rock, focada em punk independente americana 6 Gravadora fm1007200614.html. 7 http://www1.folha.uol.com.br/fsp/folhatee/ rock Ronald republicano do presidente governo pleno guitarra e uma texturas trazReagan, diversas ruidosa, consideradas canções minimalista, com Age elogiadas as Teen pela crítica, como notáveis Riot característica em utilizar uma grande variedade grande uma característica em utilizar e a ortodoxas, guitarra pouco de de afinações de e chaves baquetas como utilização de objetos dos instrumentos. o timbre alterar para fenda Nation Daydream como como passagens suas por obra-prima uma como fãs um com alternando explosivas instrumentais de possibilidade uma e hipnótico, tenso som punk o som transformar crítica de revistas como , The Spin, Spin, The Stone, Rolling como crítica de revistas da banda, a obra-prima como Express Music New trabalho de fazer um artístico tentativa é uma ainda que fonográfica indústria de uma dentro cartas as final do no séculodava foi XX. O disco como tendo Recording, Street Greene no gravado Sansano, Nick produtor e som de engenheiro já tinha gruposque trabalho de hip com hop 264 TEORIA E CULTURA filmar os próprios circulandovideoclipes, em primeiras a criaropróprio Records), (Self selo independente, abrincando de deus foi uma das indie a banda tornou-se uma influênciapara ocircuito distorcido Jesus da dos escoceses and Chain, Mary a melancolia The da dosingleses Smithssom eo irlandesa da reverberações My Valentine, Bloody viviam. Tendo como referências as distorções e diferente doclima presente na onde cidade urbanauma vida depressiva completamente guitarras carregadas dedistorção sobre eletras Ruy cantavam em cominglês canções melodiosas axé music, Messias Bandeira, Cezar, e Dalmo de ensaios afro, deblocos shows deestrelas da os ideais doindie em Salvador deus de abanda brincando cenário, precisamente no ano de1992,que surge e decantoras como Daniela Mercury. Éneste bandas como Cheiro deAmor, Reflexus, Olodum dos dofinal anosa partir 1980, com o de sucesso chamada chamada produzida no Estado. aebulição vivia Acidade da particularmente importante para a música deus comoideológica mercadológica. descartável, como permanece referência tanto Portanto, uma obra, aocontrário deumproduto isto diretamente está deobra. àideia conectado Youth como afirma-se banda uma catálogo, de e (MASON, Jack, SPIN, Julho de2009).ASonic mas “eles têm sidoabanda top cena da indie de grandes vendagens, nem degrande sucesso, do Nirvana, Youth aSonic nunca foi uma banda do país. de antecessora Considerada uma espécie Unidos Estados pelos cultura diferia da jovem neoliberalismo econômico tomada conservador queletras mostravam como aatual direção do ouvidas jovens pelos norte-americanos, tinham Velvetda Underground. As canções eram referência aofolk 9 Festival deMúsica Independente que aconteceu Bahia, da nos anos de1997e1998.Ocorrendo outro somente em2007. reggae music8 Aaxé Na Bahia, o início da década de1990foiNa década oinícioda Bahia, de >brincando independência por Obsessão

). É um estilo mestiço cuja). Éumestilo linguagem mistura sonoridades harmônicas epercussivas (GUERREIRO, 2000,p. 133). rock axé musicaxé Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) local e nacional. local Declaradamente é oencontro com música da elétrico amúsica detrio deblocos afro deblocos (frevo baiano samba- + deNeil Young eaominimalismo

rock 8 , que explodiu emvendagens . Enquanto vivia acidade , seguindo , seguindo ” o deus de brincando e música regional. Assim como Pelvs, a carioca a que misturava dasguitarras com opeso samples ao movimento manguebeat (oriundo deRecife), musical. forma, Dessa fez uma também oposição público uma resistência no ambiente doconsumo espaço comoseu independente eofereceu ao no Brasil nos anos 1980/1990,abanda enfatiza valores distintos do rock e (1995), gravou três álbuns: Better When You Love (Me) (MATIAS, 2001).Ao longo sua existência, da consolidação dochamado indie deus de “não fazconcessões”. como uma militante cena da independente, que internet. Por issomesmo sempre foi festejada primeira banda brasileira apossuir umsite na Bahia festivais (inclusive criando opróprio, oBoom a fazeromesmo sucesso quepoderiam oNirvana, Brasil eabusca degravadoras por bandas que BR entre music axé da aascensão , ahegemonia do com oRock Miranda, com oBanguela; Villa-Lobos, Dado com oPlug, apoiado BMG; pela Carlos Eduardo Tinitus, apoiado Polygram; pela Carlos Savalla, fonográfica, como Schimidt,Pena lançouque o coordenados por nomes conhecidos indústria da o mesmo fenômeno com dentro selos de cenários musicais específicos. ocorreNo Brasil eque movimentavamligado auma cena local mais experimentais direcionadas aumpúblico uma produção chamada “alternativa” com bandas Unidos,Estados que para selos escoar criam seus há uma mudança nas estratégias dasmajors produção controle. seu sob cantadas eminglês eaatitude demanter a toda deguitarraso uso altas edistorcidas, canções brincando de deus de brincando indie brincado de deus(2000).Ao aos associar se rock Para Alexandre Matias (2001),abrincando Nos anos 1990,pós-surgimento doNirvana, 9 ), lançando compactos no exterior. Foi a

, aproliferação independentes deselos no rock foi “um dosmais importantes na grupos Running Live of Your of Live Running Mind brasileiro nos anos 1990, enfatizando It, dentro EMI.Neste da contexto ajudou aconsolidar oque era não fecha com nenhum selo hegemônico produzido

rock brasileiro” (aovivo) majors nos

Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) TEORIA E CULTURA 265

”. (2007, ”. local, como local, como “autêntico” e e “autêntico” , mesmo com o com , mesmo (….). Esse tipo como um gênero um gênero como rock

de guitarra, solos minimalistas, solos minimalistas, de guitarra, riffs nos anos 1980 e que são incorporados nas nas são incorporados 1980 e que anos nos articula é rock a ideia do que O resultado de uma sonoridade em baixa em baixa sonoridade de uma O resultado Considerações finais lançar buscar foi artigo neste O fundamental híbrido, o que faz com que a banda experimente experimente banda a que com faz que o híbrido, e eletrônica música reggae, como sonoridades mais seus traços musicais sempsicodelismo afetar relevantes: fidelidade. e a baixa distorções como estética, busca é uma ou low-fi fidelidade menos com tipogravação de “Um Fraga: explica o uso da com e ruidenta, aguda meio qualidade, grupos nos de rock abafada voz os entre facilmente de equalização é encontrada da indie cena gruposse aproximam que se A sensação escutasse é como a banda p.17). mais os vocais e com imperfeições com ao vivo, e as são distorcidos os instrumentos baixos, Traços fazem parte da sonoridade. microfonias indie como se rotulou o que marcaram que nos especificamente si essa posição, para toma as perceberque Podemos 1990. 1980 e anos buscam artigo discutimos neste que bandas duas e artístico técnico certa se a uma filiando apuro artística expressão uma ideia de “obra-prima”, da música baiana nos anos 1980/1990. O convite O convite 1980/1990. anos nos baiana damúsica para aponta ser coprodutor o T. André para e mais eletrônicas timbragens com relação uma a com conta O disco ainda experimentalismo. acadêmica, de formação participaçãode músicos rock e da cena Alex Pochat, como e Paulinho (Retrofoguetes) Slim Morotó a após logo gravado foi (Cascadura). O álbum e equipamentos instrumentos, perder banda causado incêndio um divulgaçãoem de material A do grupo. estúdio no um curto-circuito por e fortalece gêneros outros dialoga com brincando o indie cerca a ideia que rock da brincandogravações de deus rock alto padrão técnico do estúdio. Estão presentes Estão presentes padrão do estúdio. técnico alto os vocais melodias requintadas, as 14 faixas, nas do vocalista emocionais e pouco entediados soam ruidosas que em canções com Messias por têm que vezes muitas barulhentas, distorções trás poética a opção de uma fidelidade, de baixa as microfonias. amplifica o que o indie de como bandas, a partir de duas luz,

. nacional, por sua sua por nacional, virar um ícone desta um ícone virar rock (2000), fosse eleito pelo eleito (2000), fosse

passa a ser reconhecida passa a ser reconhecida cria com o gênero cultural cultural o gênero cria com Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 13 n. 2 Dezembro. 2018 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print) ISSN 2318-101x (on-line) 2018 ISSN 13 n. 2 Dezembro. Sociais Ciências em - UFJF v. de Pós-Graduação Programa brincando de deus do Brasil, ter controle sobre o produto e o produto sobre controle ter do Brasil, , que canta em inglês, tem seu próprio circuito circuito seu tem em inglês, próprio canta , que independente, de banda seus valores com Ao se posicionar como uma banda de indie banda uma como se posicionar Ao O terceiro e último disco da banda foi disco foi da e último banda O terceiro brincando de deus brincando de deus primeira geração indie geração primeira ao mainstream resistência aclamada e busca o seu espaço de forma independente. independente. o seue busca forma de espaço da características banda, das principais Uma críticos por seus e enaltecida por fãs referenciada de forma é a opção fazer tudo em musicais, em inglês, ao canto fiel manter-se independente, de mercado no espaço menos significava o que rock de um através criativa esta liberdade afirmar Estas atitudes estilístico. experimentalismo a brincando defizeram deus rock estabelecido, musical um cenário e nega de shows a se forma, Desta significativo. potencial este por do mercado no e se recontextualiza reposiciona rock se que de divulgação, alternativas usa formas que e disponibiliza pequeno em um circuito apresenta de forma outra uma produtores críticos, fãs, para espaço ganha acaso, por Não musical. consumo a como comunicação, de meios em tradicionais leituras outras possibilita que o Paulo, S. de Folha da Bahia. musical a cena O vínculo que sobre a e último o terceiro que com fez e seu público disco, coproduzido por André T., produtor baiano baiano produtor T., André por coproduzido ao mesmo eletrônica, a música com diálogo com WR, Estúdio templo no gravou a banda tempo, de Wesley . O estúdio dos artistas da axé music ascensão na da música WR, história tem Rangel, pela que tecnologia responsável foi já que baiana, dos blocos dos tambores a gravação permitiu em o álbum e mixar Gravar o Olodum. como afro, está ligado ao music da axé símbolo um estúdio qualidade técnica com da banda perfeccionismo de engenheiro Madrid, e a experiência de Nestor lançamentos pelos principais responsável som, jornalista Alexandre Matias (2006) como um dos (2006) como Matias Alexandre jornalista mercado de um formação na 25 fundamentais de vista comercial do ponto tanto independente, poderia disco que ser “Um artístico. como sem dificuldades exterior mercado no lançado é essencialmente da anglofilia, apesar e que, http://www.oesquema. (MATHIAS, brasileiro”. 23/03/2006). trabalhosujo, br/ com. 266 TEORIA E CULTURA seus showsseus Oindie ediscos. quando incorporou elementos pop nos art da ao que a Velvet fazia Underground nos anos 1960, doindie ideia que artísticas) remetem sociais, (ideológicas, à fora dotom, guitarras distorcidas. Sãoposições virtuosismos, comsem que vocalistas cantam menos émais, uma volta aumrock que minimalismo pelo musical passa na qual o é uma reivindicação posição Esta de articidade em que procuram dentro aperfeição dorock equipamentos baratos, por uma circulação em estúdios caseiros,deinstrumentos uso e produção (BANNISTER, 2006),com gravações meiosvai dos seus de construída sendo a partir simbólica. Ao mesmo tempo, sua sonoridade redes que sociais atinge pontos de identificação lojas,por selos, programas derádio, blogs, a liberdade uma redecriativa, formada cria-se forjado como umrock deindependência doindie discurso quede determinados vão construirgrupos o sociais às necessidades estratificação evaiservir intelectual, que erudita, permite uma do deuma determinada bibliotecaespecializado deumconhecimento apartir articula se críticos como uma prática musical. Aaudiência compartilhada por fãs, músicos, produtores e que como édefinida a experiência indie imprecisas, mas nos ajuda aentender por que também não impedesejam que suas definições econômica oque social, eideológica, perspectiva Fabbri, optamos por pensar ogênero emuma cultural. Como sugerem autores como Frith e conteúdo, ou gênero seja, como uma categoria musicais, como uma forma dedescrever oseu maneira como é vivenciado comunidades pelas de ummercado denicho. e ter sua condição reconhecida de artista dentro conjunto emuma “obra trabalho doseu musical” intelectualizadas emtransformar eodesejo o distorcidas, a distância do virtuosismo, as letras estranhamento devozes desafinadas, as guitarras criativa para fazercanções que permitam o do quer independente,Ele ser não quer fazerparte o no rock pós Neste artigo, usamos de gênero a ideia da rock mainstream -punk estabelecido eaindústria estabelecido fonográfica. , que oposiciona como uma música Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) , mas também na forma como desafia

rock , ouquer sua seja, liberdade como uma expressão e artística independente que valoriza

rock tem suas raízes cru, aobásico, cru,

rock . Ao ser

rock é . Culture In: COX, Christopher; WARNER Daniel. Audio ENO, Brian. The CompositionalStudio is Tool. Cultura. SãoPaulo: Boitempo, 2000. Fonográfica e Brasileira da Industrialização DIAS, Márcia Tosta. Os Donos da Voz : Indústria Hampshire: Ashgate, 2006. andmasculinities 1980sindie BANNISTER, Mathew. White boys, white noise: musical. meio ao processo de produção indústria da serial como areivindicação deautonomia criativa em afetivasvivam experiências epolíticas certas queposicionem,se determinadas identificações a uma comunidade deconhecimento afirmar de críticos, defãs, demúsicos que permitem degênero ideia da a utilização cultural por parte rock Neste artigo, aquestão não éafirmar que oindie outras canções similares” (FRITH,1996,p. 70). entender o que estamos ouvindo (ou não) em para descrever uma canção como ‘padronizada’, precisamos conhecer (ou sobre) saber ooriginal; cultural, político,social, ideológico, estético. “Nós de vários de conhecimento tipos dependerá – julgamento sobre o processo musical sempre é autônomo, o que é criativo. Para Frith, o valores para entender oque éoriginal, oque comunidade vai regras, estabelecer habilidades, formam uma comunidade deconhecimento. Essa músicos,sociais: produtores econsumidores que Frith de três quegrupos a partir dá coloca isso se das formas culturais conhecidas. Na música, determinados conhecimentos, sempre a partir para acontecer este julgamento necessários são com este juízo devalor. Frith que (1996)coloca é preciso compreender oque inferido sendo está audiência. liberdade criativa por produtores artistas, e classificadossejam como marcadoresda sua dissonâncias egravações com baixa qualidade, rede alternativa que permite que distorções, Referências julgaQuando uma se música como indie éumgênero emsentido estrito ou não, mas . Londres: Continuum 2004. Books, guitar rock

rock . ,

Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) TEORIA E CULTURA 267 e loco. . São Salvador: EDUFBA, Salvador: EDUFBA, Dicionário Groove de Música. de Música. Dicionário Groove – trajetórias e caminhos da música da música e caminhos – trajetórias . Comunicação, cultura e hegemonia. e hegemonia. cultura . Comunicação, underground institutional politics and aesthetics of a popular a popular aesthetics of and politics institutional 34- p. 13 (1), vol. studies, Cultural genre. music 61, 1999. Jorge Jeder; CARDOSO, JÚNIOR, JANOTTI o mainstream Massiva, Popular A Música Filho. o JÚNIOR, JANOTTI In: midiática. cultura na e Comunicação João. Jeder; FREIRE FILHO, MúsicaPopular Massiva. 2006. às Dos meios Jesus. MARTÍN-BARBERO, mediações 2001. EDUFRJ, Rio de Janeiro: Stanley. SADIE, 1988. Zahar. Jorge Rio de Janeiro: Pop de Música Vocabulário SHUKER, Roy. 1999. 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