O Show E a Música De João Gilberto Pedro Duarte

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

O Show E a Música De João Gilberto Pedro Duarte Viso · Cadernos de estética aplicada Revista eletrônica de estética ISSN 1981-4062 Nº 5, jul-dez/2008 http://www.revistaviso.com.br/ Melhor do que o silêncio: o show e a música de João Gilberto Pedro Duarte Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) Rio de Janeiro, Brasil RESUMO Melhor do que o silêncio: o show e a música de João Gilberto Este artigo foi escrito após o show de João Gilberto apresentado no dia 24 de agosto de 2008, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Narrando os acontecimentos do show, o artigo elabora sua interpretação sobre o procedimento artístico de João Gilberto. Sua abordagem, contudo, não é a da crítica musical técnica, mas, antes, a de certa crítica da cultura com viés filosófico. Palavras-chave: João Gilberto – diferença – repetição – silêncio – Brasil ABSTRACT Better than silence: João Gilberto's concert and music This article was written after the show presented by João Gilberto on August 24, 2008, at the Teatro Municipal of Rio de Janeiro. In discussing the show, the article describes an interpretation of João Gilberto’s artistic process. The approach, however, is not through a critique of musical technique, but rather through a criticism of culture with philosophical bias. Keywords: João Gilberto – difference – repetition – silence – Brazil DUARTE, P. “Melhor do que o silêncio: o show e a música de João Gilberto”. In: Viso: Cadernos de estética aplicada, v. II, n. 5 (jul-dez/2008), pp. 1-15. DOI: 10.22409/1981-4062/v5i/61 Aprovado: 27.10.2008. Publicado: 29.12.2008. © 2008 Pedro Duarte. Esse documento é distribuído nos termos da licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (CC-BY-NC), que permite, exceto para fins comerciais, copiar e redistribuir o material em qualquer formato ou meio, bem como remixá-lo, transformá-lo ou criar a partir dele, desde que seja dado o devido crédito e indicada a licença sob a qual ele foi originalmente publicado. Licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/deed.pt_BR Accepted: 27.10.2008. Published: 29.12.2008. © 2008 Pedro Duarte. This document is distributed under the terms of a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International license (CC-BY-NC) which allows, except for commercial purposes, to copy and redistribute the material in any medium or format and to remix, transform, and build upon the material, provided the original work is properly cited and states its license. License: http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/ Viso · Cadernos de estética aplicada n. 5 jul-dez/2008 , Canção do amor demais que ele dá a cada nota musical. Foi com essas palavras que Ruy 1 4 Sérgio Sant’Anna, “O concerto de João Gilberto no Rio de Janeiro”. é diferente. JG é um cara que se valoriza pelo silêncio, as pouquíssimas apresentações e os discos, muito selecionados. Quer dizer, ele se valoriza apresentações e os discos, muito selecionados. Quer dizer, Show de música, principalmente, eu tenho o maior desânimo de ir. Há filas Show de música, principalmente, eu tenho o maior desânimo de ir. em público, é um acontecimento que vem com muito peso. O mesmo peso demais, todos aqueles fãs uniformizados de classe média contente. E a maior parte dos shows é apenas um disco cantado ao vivo. O caso do João Gilberto também pelo que não faz, os shows que não dá. E quando se dispõe a cantar Melhorquedo oomúsica silêncio: show João·e de Pedro Gilberto a Duarte mudou tudo. Reorganizou o espaço, que agora tinhairradiavam pontodali, focal.dele, Pareciacomo que setodos linhas invisíveis – nossos olhares, na verdade – nos celulares e dos olhares, surgiu aquele homem de monge,terno devagare egravata, calmosóbrio, sobrequase um o palco. Foi assim que, já em sua primeira música, que implantava o silêncio. Era a sua música. Eramúsica. sua silêncio. a o que implantava No meio do suntuoso Municipal, do exagero das falas, das roupas e das fotos, dos aturdido zunido das pessoas conversando sem parar entre si – antescomo sede tornou apresentaçõesregra artísticas – calou. De súbito,altura, em certo clima Masreverencial. logo se mostrou que não era apenas a mitificação fez-se silêncio – ainda, àquela carregando o próprio violão, João Gilberto, em sua impecável discrição,tomou assem rédeasesforço, do que se passava, amansando o que estava ao seu redor. Todo o estardalhaço do entretenimento acontecera. Mas aconteceu. acontecera. entretenimento do estardalhaço Foi com a mesma delicadeza de sempre que, ao entrar no palco, passos lentos, habitual reclusão. Era tanta badalação antes e depois do show que, se não fosse pelo durante, talvez ninguém notasse que algo cuja essência passa incólume por todo este os eingressos nem os convidados que deixaram inúmeros daqueles que estavammuitos nas ditas filas semEm lugar. três horas, os cerca de mil e quinhentos ingressos à venda com contrastava sua João de figura Gilberto da reincidência a Nos jornais, esgotaram-se. homem”, não resta dúvida, pelo furor em torno dodefinitivamente. show Erade 2008,evento que raro,ela opois acolheu suas cercado defoi muita Não aspompa. faltaram filas de comprarpara Tudo horas escassas. apresentações tornam-se cada dia mais Eis que, cinqüenta anos depois, no dia 24 de agosto de 2008, João Gilberto entrava no palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Se a cidade, em 1958, lidava com “outro Tom Tom Jobim e, de resto, o encanto que tomaria, um ano 1958. distante de o Erajácariocas. a um, os músicos e os cidadãos violão nas faixas “Chega de saudade” e “Outra vez” do disco de Elizete Cardoso, João, finalmente, seria notado. Daí pra frente, veio a parceria com Janeiro, sem saber, estava lidandoJaneiro, com sem outro saber, homem”. Castro, ao contar a história da bossa nova, narrou o após a retornoprimeira e fracassada detentativa na cidade. DestaJoão vez, depois de Gilbertogravar o famoso ao Rio “Nada parecia ter mudado em João Gilberto, exceto a voz e o violão, mas o Rio de Viso · Cadernos de estética aplicada n. 5 jul-dez/2008 , 2 5 * Melhorquedo oomúsica silêncio: show João·e de Pedro Gilberto a Duarte estranheza. “João Gilberto é assim: fica sempre no limite entre o esquisito e o genial” escreveu um colunista após o Eleshow. tem razão. Mas, a origor, genial, por definição, Sua relação com a música é tão acostumados, desprovidasejam elas do mercado oudas do profissionalismo burocrático, que injunçõesprovocam menores a que estamos seja, pesa na balança da vida. Na sua figura envelhecida de 77 anos, aparece a história da persistência do homem na abertura da relação com o ser, na qual tudo se erro. o para deixa espaço faz que não máxima atenção, sua Daídesfaz. nasce e se gravidade é aquilo que faz pesar, João Gilberto não se recusa a ela. Pelo contrário. Ele se desenvolve nela. Ela é seu meio, seu modo de Suaestar. música, por mais leve que Dado o início do show, só restava acompanhá-lo escutando. Sua voz está porquemais trazgrave em si, no corpo e no espírito, a gravidade da própria vida. Se a força da seu violão e só o seu violão o compreende. o violão seu eo violão seu só violão. Dizendo assim, parece até que são três coisas, quando, na verdade, são uma só. É por isso que João Gilberto não pode ter acompanhamento. Pois só ele compreende Da dispersão à precisão. Somos colocados em outraporém voltagem,mais intensa.mais João baixaGilberto enos arrancaíntima, do turbilhão em quelança estávamosem esua tãonos famosa simplicidade: voz e violão. Nada mais. Só ele, sua voz, seu No show, esta mutação é eletricidade comoa que estamos umhabituados. Do exagero choqueao mínimo. Doàs excesso ao pouco. avessas, em que nos é tirada a Teatro Teatro Municipal às dimensões de uma casa, de uma pequena sala na silenciar ouvi-lo. para qual precisam então que milhares amigos, de alguns para baixo ele canta comentado que a bossa nova nasceu na zona sul do Rio média,em apartamentos da ouclasse seja, em intimismo. ambienteMas o impressionante é que, para além da empiria, a música de João reduz o doméstico, em rodas de amigos. Ela carrega este Já no com ovolume qual canta, que parece testar o limite para escuta, da ver quão baixo é possível ir e ainda ser ouvido, João Gilberto nos leva para sua terra. É muito tudo o que havia antes, na música brasileira e no lugar em que faz seu show, mas sem excluir aniquilar. ou dizer superar e conservar ao mesmo tempo, mas o faz negar sem,nada. João aparentemente,Gilberto fazprecisar esta torção do movimento dialético, pelo qual transforma É curioso como João Gilberto reproduz, no ambiente do show, o que fez com a história da música brasileira. Ele reorganiza tudo, absorve,desloca paratransforma, outro realocapatamar. Lembra e,o quecom Hegel isso, chamava de suprassumir, que quer havia mais tempo para a falta de tempo e nem espaço para focado, centrado. concentrado, a dispersão. Estava tudo ligassem até aquele homem. impunha.Sozinho, No ritmo porde suas detráscanções, era oda ritmo da aparentevida mesma quefragilidade, se refazia. eleNão se Viso · Cadernos de estética aplicada n. 5 jul-dez/2008 6 3 A Bahia tem um jeito A Que nenhuma terra tem Você já foi à Bahia, nêga? Você Não? Então vá! Melhorquedo oomúsica silêncio: show João·e de Pedro Gilberto a Duarte outro, ao invés de se excluírem. se de outro, invés ao compartilha da normalidade, nos forçando, com afeição, em outra direção. Este início do show apresentava, numa cápsula, a estrutura com a qualdiante: repetição e diferença, música e silêncio. Para João, os opostos se fazem um pelo teríamos que lidar dali em atenção, pois aqui é o reino das sutilezas nas quais eu, João, vivo –vida ese fazonde ema mim.
Recommended publications
  • Marino Pinto, Um Compositor Modesto
    André Luís Pires Leal Câmara Eu faço sambas de ouvido pra você: Marino Pinto, um compositor modesto Tese de Doutorado Tese apresentada ao Programa de Pós- graduação em Literatura, Cultura e Contemporaneidade como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade/ Letras. Orientador: Prof. Júlio Cesar Valladão Diniz Rio de Janeiro Abril de 2017 ANDRÉ LUIS PIRES LEAL CAMARA Eu faço sambas de ouvido pra você: Ma- rino Pinto, um compositor modesto Defesa de Tese apresentada como requi- sito parcial para obtenção do grau de Dou- tor pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura, Cultura e Contemporaneidade do Departamento de Letras do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio. Aprovada pela Comissão Examinadora abaixo assinada. Prof. Júlio Cesar Valladão Diniz Orientador Departamento de Letras – PUC-Rio Prof. Miguel Jost Ramos Departamento de Letras – PUC-Rio Prof. Antonio Edmilson Martins Rodrigues Departamento de História – PUC-Rio Profa. Sylvia Helena Cyntrão UNB Prof. Frederico Augusto Liberalli de Góes UFRJ Profa. Monah Winograd Coordenadora Setorial do Centro de Teologia e Ciências Humanas – PUC-Rio Rio de Janeiro, 12 de abril de 2017. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem autorização da universidade, do autor e do orientador. André Luís Pires Leal Câmara Jornalista e pesquisador, integrou a equipe do Dicionário Cravo Albin da música popular brasileira, publicou artigos na imprensa e em blogs na internet, além de atuar nas áreas de comunicação empresarial e assessoria de comunicação. Mestre em Letras pela PUC-Rio, em março de 2004 defen- deu a dissertação Na encruzilhada da Lopes Chaves: encontros e descaminhos em Mário de Andrade.
    [Show full text]
  • MEC FM - Rio De Janeiro Dial: 99,3 Execução Data Hora Música Intérprete Compositor Programa Vivo Mec
    Relatório de Programação Musical Razão Social: Empresa Brasil de Comunicação S/A - EBC CNPJ: 09.168.704/0001-42 Nome fantasia: Rádio MEC FM - Rio de Janeiro Dial: 99,3 Execução Data Hora Música Intérprete Compositor Programa Vivo Mec. VERDI (Giuseppe) 01/09/2019 08:00:46 ABERTURA DA ÓPERA "A FORÇA DO DESTINO" ORQUESTRA FILARMÔNICA DO SCALA DE MILÃO. Programação Musical X (1813-1901) (italia) PIANO: MIECZYSLAW HORSZOWSKI (1810 - 1856) 01/09/2019 08:08:48 TRIO COM PIANO EM RÉ MENOR, OPUS 63 VIOLONCELO: PABLO CASALS Programação Musical X SCHUMANN (Robert) (1810-1856) (Alemanha) VIOLINO: ALEXANDER SCHNEIDER ORQUESTRA FILARMÔNICA DE BERLIM 01/09/2019 08:40:59 RAPSÓDIA HÚNGARA NÚMERO 2 LISZT (Franz) (1811-1886)(Hungria-Alemanha) Programação Musical X REGENTE: HERBERT VON KARAJAN ORQUESTRA DE FILADÉLFIA (1813 - 1883) 01/09/2019 08:52:39 CORO NUPCIAL, DA ÓPERA LOHENGRIN REGENTE: EUGENE ORMANDY Programação Musical X WAGNER (Richard) THE MÓRMON TABERNACLE CHOIR PIANO: ROLF KOENEN (1832 - 1903) 01/09/2019 08:58:46 DUO CONCERTANTE PARA FLAUTA, OBOÉ E PIANO. OP. 51 OBOÉ: HANSJÖRG SCHELLENBERGER Programação Musical X PAUL GENIN FLAUTA: WOLFGANG SCHULZ REGENTE: ALFRED SCHOLZ (1825-1899) 01/09/2019 09:07:50 VALSA DO IMPERADOR Programação Musical X ORQUESTRA DA ÓPERA POPULAR DE VIENA JOHANN STRAUSS FILHO (1825-1899)(Áustria) ORQUESTRA FILARMÔNICA DE LONDRES (1782 - 1840) 01/09/2019 09:20:04 PERPETUELA VIOLINO: SALVATORE ACCARDO Programação Musical X PAGANINI (Niccolò) (1782-1840)(Itália) REGÊNCIA: CHARLES DUTOIT REGENTE: NEEME JÄRVI (1864 - 1935) 01/09/2019 09:23:43 SINFONIA NÚMERO 1, EM DÓ MENOR. Programação Musical X Orquestra Filarmônica de Bergen.
    [Show full text]
  • Relatório De Ecad
    Relatório de Programação Musical Razão Social: Empresa Brasileira de Comunicação S/A CNPJ: 09.168.704/0001-42 Nome Fantasia: Rádio Nacional do Rio de Janeiro Dial: 1130 Khz Cidade: UF: Data Hora Nome da música Nome do intérprete Nome do compositor Gravadora Vivo Mec. 01/04/2020 11:43:40 QUERO TE ENCONTRAR Claudinho & Buchecha X 01/04/2020 16:07:29 Um novo tempo Ivan Lins Marcos Valle/Paulo Sérgio Valle X Nelson Motta 01/04/2020 16:31:11 Maria Fumaça Banda Black Rio Luiz Carlos X Oderdan 01/04/2020 16:35:27 Olhos coloridos Seu Jorge & Sandra de Sá Macau X 01/04/2020 20:00:43 Juventude Transviada Luiz Melodia & Cassia Eller Luiz Melodia X 01/04/2020 20:05:13 Amores Possíveis Paulinho Moska João Nabuco/Totonho Villeroy X 01/04/2020 20:07:31 Me faz um dengo - Disritmia Roberta Sá & Martinho da Vila Martinho da Vila X 01/04/2020 20:12:50 Cigana (ao vivo) Raça Negra Gabu X 01/04/2020 20:15:54 Encontros e Despedidas Maria Rita Milton Nascimento/Fernando Brant X 01/04/2020 20:19:54 A Francesa Cláudio Zóli Antonio Cicero e Claudio Zoli X 01/04/2020 20:23:53 Tive Sim Cartola Cartola X 01/04/2020 20:26:02 Sem Compromisso Marcos Sacramento Geraldo Pereira/Nelson Trigueiro X 01/04/2020 20:28:33 Um Homem Também Chora Gonzaguinha Gonzaguinha X 01/04/2020 20:31:58 Apesar de Cigano Jorge Vercilo Altay Veloso X 01/04/2020 20:36:25 Só depois (ao vivo no morro) Grupo Revelação Carlos Caetano/Claudemir/Charles Bonfim X 01/04/2020 20:39:39 A Voz Do Morro Zé Renato Zé Ketti X 01/04/2020 20:43:03 Vitoriosa Ivan Lins Ivan Lins/Vitor Martins X 01/04/2020 20:46:57
    [Show full text]
  • “O Que É Que a Bahiana Tem”--Carmen Miranda (1939) Added to the National Registry: 2008 Essay by Katherine Bishop-Sanchez (Guest Post)*
    “O Que é que a Bahiana tem”--Carmen Miranda (1939) Added to the National Registry: 2008 Essay by Katherine Bishop-Sanchez (guest post)* Carmen Miranda Early label In 1938, the Brazilian actress and popular singer Carmen Miranda (1909-1955) starred in her fifth Brazilian produced film, “Banana da Terra” (Sonofilms) and performed, among several musical numbers, the samba “O que é que a baiana tem?” composed by Dorival Caymmi. This samba would become Miranda’s signature song, indelibly connecting the Brazilian singer to the figure of the baiana or Afro-Brazilian woman from Bahia. In Brazil, Miranda recorded the song with Dorival Caymmi at Odeon Records in 1938, and then again with her band, Bando da Lua, at Decca USA, in December 1939. The title of this song can be translated as “What does the girl from Bahia have?” making reference to the Afro-Brazilian women from Bahia who can be seen in urban centers throughout Brazil selling their savory dishes on street corners. Their typical dress includes a wide, often white, hooped skirt, a loose-fitting cotton blouse trimmed with wide lace, a striped shawl draped over the shoulder or around the waist, a turban, sandals, and numerous necklaces and bracelets. The typical baiana dress is a staple of Carnival festivities, candomblé religious ceremonies and other religious festivities throughout Brazil such as the popular festivals of Bonfim in Salvador, Bahia. A large ensemble of women dressed as baianas has been one of the most important wings of official samba school Carnival parades since the early 1930s. Carmen Miranda’s performance of “O que é que a baiana tem?” in “Banana da Terra” became memorable because of the synergy between her costume and the lyrics of the song.
    [Show full text]
  • Arranjos De Nailor Proveta Para a Orquestra Jazz Sinfonica: Soluc;5Es Contemporaneas Para O Choro Numa Homenagem a Pixinguinha
    Universidade Estadual de Campinas Instituto de Artes Programa de Pós-Graduação em Música Tese de Doutorado Arranjos de Nailor Proveta para a Orquestra Jazz Sinfônica: soluções contemporâneas para o choro numa homenagem a Pixinguinha BRUNO ROSAS MANGUEIRA CAMPINAS 2012 ii -UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTJTUTO DE ARTES BRUNO ROSAS MANGUEIRA Arranjos de Nailor Proveta para a Orquestra Jazz Sinfonica: soluc;5es contemporaneas para o choro numa homenagem a Pixinguinha lese apresentada ao Programa de P6s-Gradua~ao em Musica do Institute de Artes da Universidade Estadual de Campinas como requisite parcial para a obten~ao do tftulo de Doutor em Musica I Area de concentra~ao: Fundamentos Te6ricos Orientador: Este exemplar e a redac;:ao tina! da Tese defend ida Prof. Dr. Antonio Rafael Carvalho dos Santos pelo Sr. Bruno Rosas M a n gu~,: ira e aprovada pela Com issao Julgadpra em 23.02.20 12 Jv \\_/• ?\ Prof. Dr. i\ntoni 4> Rat'ael Carvalh o dos Santos \ orientador CAMPINAS 2012 iii FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO INSTITUTO DE ARTES DA UNICAMP Mangueira, Bruno Rosas. M314a Arranjos de Nailor Proveta para a Orquestra Jazz Sinfônica: soluções contemporâneas para o choro numa homenagem a Pixinguinha / Bruno Rosas Mangueira. – Campinas, SP: [s.n.], 2012. Orientador: Antônio Rafael Carvalho dos Santos. Tese(doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes. 1. Proveta, Nailor, 1961-. 2. Pixinguinha,1897-1973. 3. Orquestra Jazz Sinfônica. 4. Arranjo (Musica) 5. Música popular. 6. Choro. I. Santos, Antônio Rafael Carvalho dos. II. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Artes. III. Título. (em/ia) Informações para Biblioteca Digital Título em inglês: Arrangements of Nailor Proveta for the Orquestra Jazz Sinfônica: Contemporary Solutions for Choro Repertoire in a Tribute to Pixinguinha.
    [Show full text]
  • Atualizado Em 07/12/2013 MUSICAS SOBRE a (Ou Inspirado Na
    Atualizado em 07/12/2013 MUSICAS SOBRE A (ou inspirado na) CIDADE DO RIO DE JANEIRO, SEUS BAIRROS, MORROS, FAVELAS, PRAIAS, BARES, ETC. Contribuições de membros do grupo aberto do facebook ‘Músicas dos bairros e lugares do Rio de Janeiro’ (criado no início de 2013, por Luiz Felipe Souza Coelho). (Ao final da lista há comentários, endereços de artigos, etc.) A ADEUS, MANGUEIRA (de Herivelto Martins e Grande Otelo) (Juscelino me chamou/ eu vou morrer de saudades, mas vou/ Adeus, Mangueira/ Adeus, meu Vigário Geral) com Trio de Ouro (Lourdinha Bittencourt, Herivelto Martins e Raul Sampaio) http://www.youtube.com/watch?v=LeucxV2F2AY ALAGADOS (de Bi Ribeiro, João Barone e Herbert Vianna: os Paralamas do Sucesso) com Paralamas http://www.youtube.com/watch?v=cfi9K97ulmE ALÔ MADUREIRA (de João Nogueira) com João Nogueira http://www.youtube.com/watch?v=3E2OuIZBLsw com Arlindo Cruz http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/arlindo-cruz/alo- madureira/2648308 AMANTE DO RIO (de e com) Martinho da Vila http://www.youtube.com/watch?v=SaPO6RPRTeM http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/martinho-da-vila/amante-do- rio/1757389 AMOR NAS ESTRELAS (de Fausto Nilo e Roberto de Carvalho) com Nara Leão http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=quQyN5-LuOc ; com Leila Pinheiro e Roberto Menescal http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=xtWIl3I0fy8 APANHEI UM RESFRIADO (de Sá Roris e Leonel Azevedo) com Almirante (Henrique Foréis Domingues) http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=h01jV41a2ZQ AQUELE ABRAÇO (de
    [Show full text]
  • As Mulheres Que Fazem O Samba De Ataulfo Alves E Herivelto Martins
    Anais do SILEL. Volume 3, Número 1. Uberlândia: EDUFU, 2013. AS MULHERES QUE FAZEM O SAMBA DE ATAULFO ALVES E HERIVELTO MARTINS Larissa Archanjo de OLIVEIRA (Universidade Vale do Rio Verde - UNINCOR) [email protected] Resumo: Quando se trata do exame das letras de sambas das décadas de 1940-50, além da figura do malandro, recorrente desde 1920 como parte de um ideário de negação moral da conduta exemplar, sobretudo do mundo do trabalho alienante, outra personagem que se destaca é a feminina que ganha espaço no samba lírico-amoroso, um dos veios composicionais identificados por Claudia Matos em Acertei no milhar: samba e malandragem no tempo de Getúlio (1982). Em todas as suas vertentes rítmicas e períodos, o samba cantou a mulher, normalmente apresentada como elemento de construção/desconstrução amorosa. É objetivo deste texto discutir a imagem feminina projetada nas letras de dois grandes representantes do samba das décadas de 1940 e 50, Ataulfo Alves e Herivelto Martins. Os dois sambistas, por caminhos diversos, se tornaram importantes nomes da Música Popular Brasileira, tendo sido autores de composições que evidenciam os encontros e desencontros amorosos nos quais a figura feminina complexa e ambígua é o ponto de partida, muitas vezes responsável pela derrocada moral do homem, segundo as vozes masculinas que a constroem. Palavras-chave: Ataulfo Alves; Herivelto Martins; personagem feminina; voz masculina. Introdução As influências rítmicas do samba, hoje um gênero musical (assim considerado desde 1917, ano de gravação do primeiro samba com letra e melodia – “Pelo Telefone”), chegaram ao Brasil, mais precisamente à Bahia, por meio dos negros escravos que as levaram para o Rio de Janeiro.
    [Show full text]
  • Ecstatic Encounters Ecstatic Encounters
    encounters ecstatic encounters ecstatic ecstatic encounters Bahian Candomblé and the Quest for the Really Real Mattijs van de Port AMSTERDAM UNIVERSITY PRESS Ecstatic Encounters Bahian Candomblé and the Quest for the Really Real Mattijs van de Port AMSTERDAM UNIVERSITY PRESS Layout: Maedium, Utrecht ISBN 978 90 8964 298 1 e-ISBN 978 90 4851 396 3 NUR 761 © Mattijs van de Port / Amsterdam University Press, Amsterdam 2011 All rights reserved. Without limiting the rights under copyright reserved above, no part of this book may be reproduced, stored in or introduced into a retrieval system, or transmitted, in any form or by any means (electronic, mechanical, photocopying, recording or otherwise) without the written permission of both the copyright owner and the author of the book. Contents PREFACE / 7 INTRODUCTION: Avenida Oceânica / 11 Candomblé, mystery and the-rest-of-what-is in processes of world-making 1 On Immersion / 47 Academics and the seductions of a baroque society 2 Mysteries are Invisible / 69 Understanding images in the Bahia of Dr Raimundo Nina Rodrigues 3 Re-encoding the Primitive / 99 Surrealist appreciations of Candomblé in a violence-ridden world 4 Abstracting Candomblé / 127 Defining the ‘public’ and the ‘particular’ dimensions of a spirit possession cult 5 Allegorical Worlds / 159 Baroque aesthetics and the notion of an ‘absent truth’ 6 Bafflement Politics / 183 Possessions, apparitions and the really real of Candomblé’s miracle productions 5 7 The Permeable Boundary / 215 Media imaginaries in Candomblé’s public performance of authenticity CONCLUSIONS Cracks in the Wall / 249 Invocations of the-rest-of-what-is in the anthropological study of world-making NOTES / 263 BIBLIOGRAPHY / 273 INDEX / 295 ECSTATIC ENCOUNTERS · 6 Preface Oh! Bahia da magia, dos feitiços e da fé.
    [Show full text]
  • Universidade Federal Do Estado Do Rio De Janeiro Centro De Letras E Artes Programa De Pós-Graduação Em Música Mestrado E Doutorado Em Música Brasileira
    UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE LETRAS E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA MESTRADO E DOUTORADO EM MÚSICA BRASILEIRA O APITO NO SAMBA: OS DIFERENTES MATIZES DO SAMBA-ENREDO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO ALBERTO BOSCARINO JUNIOR Rio de Janeiro Maio de 2006 O APITO NO SAMBA: OS DIFERENTES MATIZES DO SAMBA-ENREDO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO por ALBERTO BOSCARINO JUNIOR Dissertação submetida ao Programa de Pós- Graduação em Música do Centro de Letras e Artes da UNIRIO, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre, sob a orientação do Professor Dr. Luiz Otávio Braga. Rio de Janeiro Maio de 2006 BOSCARINO JR., Alberto, 1964. O APITO NO SAMBA: OS DIFERENTES MATIZES DO SAMBA-ENREDO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO – Rio de Janeiro vi, 137 p. Orientador: Luiz Otávio Braga Dissertação de Mestrado – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Mestrado em Música Brasileira. (Musicologia) Bibliografia: p. 134-137. 1. Música Popular-Brasil 2 Linguagem Musical-Análise. 3. Indústria Cultural-Brasil I. Luiz Otávio Braga. II. Universidade do Rio de Janeiro (2004-2006). Programa de Pós-Graduação em Música. CDD – XXX.XXXX BOSCARINO JR., Alberto. O apito no samba: os diferentes matizes do samba-enredo na cidade do Rio de Janeiro. 2006. Dissertação (Mestrado em Música) – Programa de Pós-Graduação em Música, Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. RESUMO Esta dissertação propõe uma análise semiológica das transformações da forma e da estrutura do samba-enredo na cidade do Rio de Janeiro, seguindo o conceito de análise paradigmática proposto por Nicolas Ruwet e, para tanto, consideramos os parâmetros melodia, harmonia, ritmo e forma.
    [Show full text]
  • O Rio De Herivelto Martins
    O RIO DE HERIVELTO MARTINS O Rio de Herivelto Martins The Rio de Janeiro of Herivelto Martins João Baptista Ferreira de Mello Professor do Instituto de Geografia (UERJ) [email protected] RESUMO: Este artigo, explorando parte da ABSTraCT: This article portrays significant obra do compositor Herivelto Martins, sob moments of the city of São Sebastião do Rio as diretrizes da perspectiva humanística em de Janeiro by exploring part of the work of Geografia, retrata momentos expressivos da composer Herivelto Martins through the cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. perspective of humanistic geography. To this Para tanto, inicia o seu percurso, no ritmo end, it starts by following the rhythm of the da folia, a bordo de um meio de transporte street parties with the song “Seu Condutor” extremamente popular nos idos de 1936, (Mr Driver), continues by announcing “lá com a marchinha “Seu Condutor”, prossegue vem a nova avenida/remodelando a cidade/ anunciando: “lá vem a nova avenida/ rompendo prédios e ruas/os nossos patrimônios remodelando a cidade/rompendo prédios de saudade...” (“here come the new avenues/ e ruas/os nossos patrimônios de saudade...” refurbishing our city/knocking down buildings e, finaliza, entre a alegria e a luminosidade and streets/our nostalgic heritage…”) and comes de uma Lapa “...confirmando a tradição...”, to a close with the joy and brightness of the Lapa ressurgindo em meio ao afrouxamento do district “...confirmando a tradição...” autoritarismo. (“…confirming the tradition…”), resurfacing in a Palavras-chave:
    [Show full text]
  • Rhythm, Percussion, and Samba in the Formation of Brazilian National Identity (1902-1958)
    Wesleyan University The Honors College Brazil is Samba: Rhythm, Percussion, and Samba in the Formation of Brazilian National Identity (1902-1958) by Lindsay Walsh Class of 2010 A thesis submitted to the faculty of Wesleyan University in partial fulfillment of the requirements for the Degree of Bachelor of Arts with Departmental Honors in Latin American Studies and Music Middletown, Connecticut April, 2010 Table of Contents Acknowledgments ii Introduction 1 Chapter 1 THE PREDECESSORS OF SAMBA: CHORO, MAXIXE, AND LUNDU (1902-1917) 12 Chapter 2 “PELO TELEFONE” AND THE OITO BATUTAS (1917-1928) 27 Chapter 3 NOEL ROSA, “NA PAVUNA”, AND THE RISE OF THE ESTÁCIO SOUND (1928-1937) 41 Chapter 4 PERCEPTIONS OF SAMBA ABROAD: ARI BARROSO AND CARMEN MIRANDA (1937-1945) 67 Chapter 5 SUBVERSIONS OF RACIAL DEMOCRACY: WILSON BATISTA AND GERALDO PEREIRA (1945-1958) 92 Conclusion 108 Glossary 113 Bibliography 117 Discography 121 i Acknowledgments This thesis would not have been possible without the encouragement, support, interest, and assistance of so many different people. On the academic front, I would like to thank Professor Marc Hertzman for introducing me to the realm of samba, and of Brazil. Without his passion for the subject, the idea for this thesis never would have taken hold. I would also like to thank him for encouraging me to pursue a topic that I was fascinated with, even though I had little experience with it. His encouragement and expertise have been invaluable, and this project would not have been possible without him. I would also like to thank my academic advisers, Professor Ann Wightman and Professor Yonatan Malin, who have helped guide me through my time here at Wesleyan.
    [Show full text]
  • Brasiliananúmero 8 / Maio De 2001 / R$ 5,00 REVISTA QUADRIMESTRAL DA ACADEMIA BRASILEIR‘ DE MÚSICA
    \ 1516-2-12"," BraSiliananúmero 8 / maio de 2001 / R$ 5,00 REVISTA QUADRIMESTRAL DA ACADEMIA BRASILEIR‘ DE MÚSICA A Edição de 1897 do Requiem de José Maurício Nunes Garcia Nas cordas da viola... a consolidação dos gêneros nacionais A visita de Villa-Lobos a Los Angeles Vasco Mariz: A obra musicológica e historiográfica e suas projeções A Toccata para Piano de Compositores Brasileiros do Século XX (Noel 1Devos e Prêmio }ali. fiçainen tos Át( ADI. XII X 13k xsei.Lait UI 'SI( Taulina d'Ambrosio de ,Monografia de CDs • .4cademia. Brasileira de ,7141isica 'Desde 1945 a serviço da música no Brasil- Diretoria: Ldino KriegeripresidenteL Iuribio Santos (vice-presidente), Vrnani Aguiar (1 " secretario), Roherto Duarte (2" secretario). Jose Neves I" tesoureiro). Nlereedes Reis Pequeno (2 '' tes.aireira) Comissão de Contas: Titulares - Vicent e Sanes, Nlario 'iearelli. Raul do ‘alle Suplentes- NLinuel \ eiga. Jainary dc Cadeira Patrono Fundador Sucessores José dc Anchieta Villa-Lobos Ademar 'Varem - Marlos Nobre 2. Luiz Álvares Pinto Frutuoso Viana Waldemar Henrique - Vicente Saltes 3. Domingos Caldas Barbosa Jayme Ovalle e Radamés Gnattali Bidu Sayão - Cecilia Conde 4. J. J. E. Lobo dc Mesquita Oneyda Alvarenga Ernani Aguiar 5. José Maurício Nunes Carda Fr. Pedro Sinzig Pe. João Batista Lehmann - Cleofe Person de Mattos 6. Sigismund Neukommm Garcia de Miranda Neto Ernst Mahle 7. Francisco Manuel da Silva Martin Braunwieser Mercedes Reis Pequeno 8. Dom Pedro 1 Luis Cosme José Siqueira - Arnaldo Senise 9. Thomáz Cantuária Paulino Chaves Brasílio Itiberê - Osvaldo Lacerda 10. Cândido Ignácio da Silva Octavio Maul Armando Albuquerque - Régis Duprat Domingos R. Mossorunga Savino de Benedictis Mário Ficarelli 12.
    [Show full text]