República Fe

, A DIARIO Dl\. CAMARA DOS DEPUTADOS

ANO LII - N° 037 SÁBADO, 08 DE MARÇO DE 1997 BRASÍLIA. DF MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

(BIÊNIO 1997/98)

PRESIDENTE - PMDB - SP

152 VICE-PRESIDENTE HERÁCLITO FORTES - PFL - PI

2 52 VICE-PRESIDENTE SEVERINO CAVALCANTE - PPB - PE

152 SECRETÁRIO UBIRATAN AGUIAR - PSDB - CE

2 52 SECRETÁRIO NELSON TRAD - PTB - MS

3º SECRETÁRIO PAULO PAIM - PT - RS

452 SECRETÁRIO EFRAIM MORAIS - PFL - PB

1º SUPLENTE DE SECRETÁRIO JOSÉ MAURíCIO - PDT - RJ

2º SUPLENTE DE SECRETÁRIO WAGNER SALUSTIANO - PPB - SP

3º SUPLENTE DE SECRETÁRIO ZÉ GOMES DA ROCHA - PMBD - GO

452 SUPLENTE DE SECREÁRIO LUCIANO CASTRO - PSDB - RR A. CAMARA DOS DEPUTADOS

SUMÁRIO------

1 - ATA DA 14ã SESSÃO, DA CÂMARA EFRAIM MORAIS - Aplausos à celebração DOS DEPUTADOS, DA ~ SESSÃO LEGISLA­ de acordo, entre a Empresa Brasileira de Turismo­ TIVA, DA 50!- LEGISLATURA, EM 7 DE MARÇO EMBRATUR, e companhias aéreas, hotéis, restau- DE 1997 rantes e locadoras de automóveis, para incentivo 1-Abertura da sessão ao turismo no País. Artigo "O incentivo ao turismo", publicado no jornal O Estado de S.Paulo. ••••.••••••.•• 06144 11 - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior PIMENTEL GOMES - Combate à desertifi­ cação no País, para êxito dos projetos de reforma 111 - Leitura do Expediente agrária e aumento da produção de grãos. 06145 OFíCIOS ADROALDO STRECK (Como Líder) - Re­ conhecimento, pelo programa do Partido dos Tra­ ~ 139/97 - Do Senhor Deputado Geddel balhadores divulgado em rede de rádio e televi­ Vieira Lima, Líder do Bloco Parlamentar são, das realizações do Governo Fernando Hen­ PMDBIPSDIPSL, comunicando a escolha dos rique Cardoso no campo da reforma agrária. Vice-Líderes do referido Bloco. 06141 Maior acompanhamento, pela bancada do PSDB N2 004/97 - Do Senhor Deputado Gilney na Casa, das questões relativas ao assunto. De­ Viana, Presidente da Comissão de Defesa do sempenho de trabalhadores rurais em assenta­ Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, solicitan- mentos em Erval e Pinheiro Machado, Estado do do a reconstituição do PL nl! 945/95. 06141 Rio Grande do Sul. 06145 IV - Pequeno Expediente DÉRCIO KNOP - Legalização dos hotéis­ SEVERINO CAVALCANTI - Eleição do jor­ cassinos no Brasil como forma de incremento ao nalista Magno Martins Fonseca para a Presidência turismo, inversão de recursos, aumento da arre- do Comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados. 06141 cadação e geração de empregos...... 06146 NILSON GIBSON (Como Líder) - Apresen­ EXPEDITO JUNIOR - Instalação, pela As­ tação, ao Deputado Severino Cavalcanti, de vo­ sembléia Legislativa do Estado de Rondônia, de tos de êxito no exercício da 1~ Vice-Presidência Comissão Parlamentar de Inquérito destinada à da Mesa Diretora da Casa. Repasse dá primeira apuração das responsabilidades pelo acentuado parcela de recursos do Orçamento Geral da crescimento do débito do Banco do Estado de União destinada ao porto de Suape, Estado de Rondônia - BERON, após intervenção do Banco . Início das obras de dragagem no Central. Aplausos às administrações anteriores canal de acesso ao porto. 06141 do banco radicadas em Rondônia...... 06147 PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) ­ FEU ROSA - Transcurso do Dia Internacio- Agradecimento ao Deputado Nilson Gibson pelas nal da Mulher - 8 de março. 06148 referências elogiosas...... 06142 ARTHUR VIRGíLIO - Artigo "Zona Franca B. SÁ - Cotejo dos recursos federais apli­ de Manaus sob o malho de grupos de interesse", cados na duplicação da Rodovia Régis Bitten­ do Engl! José Nasser, Presidente da Federação court com as verbas destinadas à conservação das Indústrias do Estado do Amazonas, e do Sin­ da malha rodoviária federal piauiense. Imediata dicato da Indústria da Construção Civil do Estado ação do Ministério dos Transportes e do Departa­ do Amazonas...... 06149 mento Nacional de Estradas de Rodagem ­ V- Grande Expediente DNER, com vistas à recuperação das estradas SEVERINO CAVALCANTI - Assinatura de federais no Estado do Piauí. 06142 protocolo entre o Banco Interamericano de De­ ARLINDO VARGAS - Necrológio do ex- senvolvimento - BID, e o Banco Nacional de De­ Deputado Federal Walter Giordano Alves. 06143 senvolvimento Econômico e Social - BNDES, IVO MAINARDI - Transcurso do Dia Inter- para abertura de linha de financiamento destina­ nacional da Mulher - 8 de março. 06143 da aos microempreendimentos. Insatisfação de 06140 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 micro e pequenos empresários com a implemen­ MARCONI PERILLO - Anúncio de apre­ tação, no País, do Sistema Integrado de Paga­ sentação, pelo orador, de esclarecimentos acer­ mento de Impostos e Contribuições das Micro e ca da condução, pelo Governo Federal, do pro­ Pequenas Empresas - SIMPLES...... •...... 06151 cesso de privatização da Companhia Vale do Rio ÁLVARO GAUDÊNCIO NETO (Como Lí• Doce. Elogio ao trabalho desenvolvido pela Se­ der) - Solicitação ao Sr. Vice-Presidente da Re­ cretaria Nacional de Assistência Social, dirigida pública, , de concessão, pelo Banco pela ex-Deputada Lúcia Vânia. 06170 do Brasil, de financiamento a 120 pequenos fruti­ SARNEY FILHO - Frustração da popula­ cultores de Nova Floresta, Estado da Paraíba, e ção carioca com a exclusão da cidade do Rio de de manutenção do Centro de Processamento e Janeiro da lista das candidatas à sede das Olim­ Serviços de Comunicação - CESEC, em Campi- píadas de 2004. Atuação do orador na Presidên­ na Grande, no Estado. 06155 cia da Comissão Mista de Planos, Orçamentos MARILU GUIMARÃES (Como Líder) ­ Públicos e Fiscalização. 06174 Transcurso do Dia Internacional da Mulher - 8 de LUIZ MAINARDI - Transcurso do Dia Inter- março. 06157 nacional da Mulher - 8 de março. Problemática UDSON BANDEIRA (Como Líder) - Cara­ da agricultura brasileira. 06178 vana a Brasília, Distrito Federal, de munícipes de VI - Comunicações Parlamentares Gurupi, Estado do Tocantins, em manifestação por imediata decisão do Tribunal Superior Eleito­ OSVALDO REIS - Conveniência de reati- ral no julgamento das recentes eleições no Muni- vação, pelo Governo Federal, das obras de cons- cípio. 06158 trução da Ferrovia Norte-8ul em parceria com a iniciativa privada. 06182 ALDO ARANTES - Transcurso do Dia In­ ternacional da Mulher - 8 de março. Crise do en- FRANCISCO RODRIGUES - Defesa de sino superior no Brasil. 06159 manutenção dos direitos adquiridos dos servido- res públicos federais. 06183 HAROLDO SABÓiA (Como Líder) - Manifes­ tações de mulheres trabalhadoras rurais em diver­ OSMIR LIMA - Enchentes no Estado do sos Municípios do Estado do Maranhão no transcurso Acre. Demora das ações do Govemo Federal em do Dia Internacional da Mulher. Transcul50 do Dia In- amparo aos desabrigados devido às enchentes ternacional da Mulher - 8 de março...... 06163 no Estado...... 06184 AUGUSTO CARVALHO (Como Líder) ­ AIRTON DIPP - Realização da 11ll Mostra Apelo ao Governo Federal em favor da integra­ Nacional de Pequenos Animais em Passo Fundo, ção de Estados e Municípios ao Sistema Integra­ Estado do Rio Grande do SuL...... 06184 do de Recursos Financeiros dos Estados e Muni- PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - Associa- cípios - SIAFEM. 06165 ção da Mesa às homenagens prestadas pela SOCORRO GOMES - Anúncio de entrega Casa ao Dia Internacional da Mulher. 06185 da primeira etapa do relatório sobre o processo VII - Encerramento de privatização da Companhia Vale do Rio Doce 2-MESA pela Comissão Externa da Câmara dos Deputa­ dos. Justificativas para a manutenção do controle 3 - LíDERES E VICE-LíDERES estatal da empresa. 06166 4 - COMISSÕES

Ata da 14ã Sessão, em 7 de março de 1997 Presidência dos Srs. Severino Cavalcanti, 2l Vice-Presidente; Efraim Morais, 4fl Secretário; B. Sá; Ivo Mainardi; Arlindo Vargas; § 2l do art. 18 do Regimento Interno.

1- ABERTURA DA SESSÃO Está aberta a sessão. (9 horas) Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos. o SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) ­ O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da Havendo número regimental. sessão anterior. Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06141 11_ LEITURA DA ATA é ocupada pelo Sr. B. Sá, § 2! do arogo 18 O SR. NILSON GIBSON _ Servindo como 2Q do Regimenro Interno. Secretário procede à leitura da ata da sessão ante- O SR. PRESIDENTE (B. Sá) - Finda a leitura cedente, a qual é, sem observações aprovada. do expediente, passa-se ao O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) - IV - PEQUENO EXPEDIENTE Passa-se à leitura do expediente. Tem a palavra o Sr. Severino Cavalcanti. O SR. IVO MAINARDI - Servindo como 1QSe­ O SR. SEVERINO CAVALCANTI (PPB - PE. cretário, procede à leitura do seguinte Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente 111 - EXPEDIENTE Sfils e Srs. Deputados queremos registrar a eleição, OFICIOS ocorrida ontem, do Jornalista pernambucano Magno Martins para a Presidência do Comitê de Imprensa Do Sr. Deputado Geddel Vieira Lima, Líder desta Casa. Como pernambucano, estamos felizes do Bloco Parlamentar (PMDB/PSD/PSL), nos se­ em ver à frente desse importante órgão, que repre­ guintes termos: senta os profissionais de mfdia credenciados à co­ OF.lGAB.lI/NQ 139 bertura dos nossos trabalhos, o brilhante Jornalista Brasília, 6 de março de 1997 Magno Martins, atual Diretor da Sucursal do Diário Senhor Presidente, de Pernambuco em Brasília. Comunico a Vossa Excelência que os Deputados Natural de Afogados de Ingazeiras, Magno Confúcio Moura, Darcfsio Perondi, Edinho Araújo, Martins tem percorrido com êxito a carreira jornalfstica Edinho Bez, Fernando Diniz, Gonzaga Mota, Lídia corno repórter dos jornais Correio Braziliense, Últi• Quinan, Maria Elvira, Marisa Serrano, Pinheiro Lan­ ma Hora, O Globo e Jornal de Brasília, do qual foi dim, Regina Lino, Roberto Valadão, Rubens Cosac, também editor. Simara Ellery e Wagner Rossi passam a integrar o O Jornalista Magno Martins foi também secre­ colégio de vice-Líderes do Bloco PMDB/PSD/PSL. tário de Imprensa do Governo de Pernambuco e As­ Na oportunidade, renovo a Vossa Excelência sessor de Imprensa da Fundação Projeto Rondon e protestos de estima e consideração. - Deputado da Funai. A par de sua atividade jornal!stica, a Geddel Vieira Lima, Líder do Bloco biografia desse nosso conterraneo registra feliz in­ PMDB/PSD/PSL. cursão no campo literário, com a edição de seu livro "O Nordeste que Deu Certo." Do Sr. Deputado Gilney Viana, Presidente Por essa proffcua atividade profissional, Magno da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Martins se fez merecedor do apreço e confiança dos Ambiente e Minorias, nos seguintes termos: seus colegas que o elegeram para presidir o órgão OF.rrP/NQ 04/97 representativo da classe nesta Casa. Brasília, 14 de fevereiro de 1997 Congratulamo-nos, assim, com todos os jorna­ Senhor Presidente, listas polfticos, parabenizando o nosso conterraneo Tendo em vista o extravio, no Gabinete da Re­ e amigo Magno Martins. latora, do Projeto de Lei nQ945/95 - do Sr. Salomão O SR. NILSON GIBSON - Sr. Presidente, Cruz - que "dispõe sobre a obrigatoriedade da exis­ peço a palavra para uma Comunicação de Lideran­ Q ça, pelo PSB. tência de áreas de que tratam o inciso 111, do § 1 , do Q art. 91; inciso 111, do § 1 , do artigo 225; e o art. 231, O SR. PRESIDENTE (B. Sá) - Concedo a pa­ da Constituição Federal, e dá outras providências", lavra, pela Liderança do PSB, ao nobre Deputado nos termos do art. 106 do Regimento Interno da ca­ Nilson Gibson, do PSB de Pernambuco. mara dos Deputados, solicito a V. EXª a gentileza de O SR. NILSON GIBSON (PSB - PE. Como Lí• autorizar a reconstituição do mesmo. der. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, nobre Atenciosamente, - Deputado Gilney Viana, e ilustre Deputado Severino Cavalcanti, pernambu­ Presidente. cano que preside os trabalhos desta Casa, Sr!s e Srs. Deputados, gostaria de aproveitar esta primeira Defiro, nos termos do art. 106 do RICD. oportunidade que tenho de falar sob a Presidência Em 7-3-97. -Michel Temer, Presidente. de V. EXª, já como membro da Mesa, para parabeni­ O Sr. Severino Cavalcanti, 2! Více-Pre• zá-lo e desejar-lhe grande êxito no desempenho de sidente, deixa a cadeira da presidência, que suas atividades, o que para mim não é surpresa, 06142 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 porque conheço a pujança, a inteligência e principal- Ihões para o Complexo Industrial Portuário de Sua- mente a correção com que V. Exil faz a repre- pe, em Pemambuco. sentação do povo de Pernambuco, não somente na Sr. Presidente, oportunamente daremos novos Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco, esclarecimentos. Muito obrigado. como aqui nesta Casa. O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) - Sr. Presidente, Sfl!s e Srs. Deputados, o Porto Quero agradecer as referências ao nobre Deputado de Suape, em Pernambuco, vai receber a primeira Nilson Gibson, esse coração largo que sempre pro- parcela do Orçamento Geral da União deste ano até cura nos confortar. o próximo dia 15, conforme informação do Vice-Pre- O SR. DEPUTADO NILSON GIBSON - Nobre sidente da República Marco Maciel ao Governador Deputado Severino Cavalcanti, não há nada a agra- Miguel Arraes. O repasse será de R$1.2 milhão e decer, fazemos apenas justiça. representa dois duodécimos da verba total prevista O Sr. B. Sá, § 2! do art 18 do Regi- para a obra. As transferências serão feitas através menta Interno deixa a cadeira da presidên- de duodécimos porque o Orçamento da União para cia, que é ocupada pelo Sr. Severino Caval- 1997 somente agora, na semana passada,. foi san- canti, 2! Vice-Presidente. cionado pelo Presidente da República Fernando O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) ­ Henrique Cardoso. Com a palavra o nobre Deputado B. Sá. A liberação de verbas foi conseguida pelo Go­ O SR. B. SÁ (PSDB - PI. Sem revisão do ora­ vernador Miguel Arraes através de convênio com o dor.) - Sr. Presidente, Sfl!s e Srs. Deputados, o jor­ Ministério dos Transportes, e S. Exil afirma que, con­ nal Folha de S.Paulo de ontem traz em um de seus forme promessa do Vice-Presidente Marco Maciel, cadernos uma ampla reportagem mostrando mais os recursos chegarão a Pernambuco ainda neste um grave acidente automobillstico acontecido na ro­ mês de março, quando os primeiros repasses vie­ dovia Régis Bittencourt, trecho da BR-101 que atra­ rem em maio. Todos os documentos exigidos pelo vessa o Estado de São Paulo. Ministério dos Transportes já foram encaminhados É lógico que ficamos pesarosos e lamentamos para a formação do processo do convênio, através profundamente mais esse sucedido. Mas o jornal do Governador Miguel Arraes. também destaca na reportagem que, no dia 14 de Sr. Presidente, antes da chegada do primeiro março, o Presidente Fernando Henrique Cardoso repasse do Orçamento Geral da União, o Porto de estará assinando o contrato para duplicação da Ro­ Suape inicia na próxima semana e dragagem de 7 dovia Régis Bittencourt. Registra ainda a reportagem milhões de metros cúbicos de areia. A empresa ho­ que no Estado de São Paulo já existem 90 quilôme• landesa Vane Oored é a responsável pela obra que tros dessa rodovia duplicados e que serão gastos re­ deve ser conclufda em novembro do corrente exercf­ cursos para a duplicação dos outros 210 quilôme• cio. A dragagem vai possibilitar a construção de um tros, atravessando todo aquele Estado. O custo total canal de 1.516 metros de cumprimento, com 400 da obra é estimado em 450 milhões dp. reais e deve­ metros de largura e 15.50 metros de profundidade. rá estar pronta até o final de 1998. Sr. Presidente, não estamos aqui, neste instan­ Sr. Presidente, Sfl!s e Srs. Deputados, a autori­ te, para dizer que as coisas devam ir mais para um zação que faltava para o inicio da dragagem de Sua­ lado do que para outro, ou que os recursos sejam pe era a licença do CPRH, mas o Governador Mi­ aplicados em maior quantidade aqui ou ali. Sabemos guel Arraes já obteve a emissão do documento. A fi­ da pujança, da força, da necessidade dos Estados nalização dos trabalhos do canal representará o fim do Sudeste do Pais, de São Paulo, do Rio de Janei­ da segunda etapa do Porto de Suape. Depois do tér­ ro, da grande força econômica que representa São mino do canal, o complexo industrial portuário de Paulo, da necessidade evidente de estradas mais Suape começará a construção do cais. O edital da largas, que possam dar uma vazão maior à grande obra será lançado ainda em março, conforme deci­ produção que existe em toda aquela região. Mas, são do nobre e ilustre Sr. Governador Miguel Arraes. comparemos esses valores com os que já pedimos Concluo, Sr. Presidente, Sfl!s e Srs. Deputa­ para o Piaul, para arrumar toda a malha rodoviária dos, parabenizando o Governador de Pernambuco federal do Estado. Sr. Presidente, não precisamos Miguel Arraes, bem assim ao Vice-Presidente da mais do que 50 milhões de reais para arrumar as es­ República Marco Maciel, pela assinatura do convê­ tradas federais no Piaul. Há quantos anos pedimos nio que permite a liberação imediata de R$1.200 mi- esses recursos? Só nesta Legislatura quantos dis- Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06143 cursos fizemos da tribuna desta Casa pedindo que o sofridos, aqueles que se dedicavam ao trabalho nas DNER, o Ministério dos Transportes, o Governo Fe- minas de carvão. deral, enfim, se sensibilizasse com a situação caóti- Nesse campo de trabalho, ele representou o ca em que se encontram as estradas federais no Brasil na Organização Internacional do Trabalho, em Piauí, as mesmas que atravessam os Estados vizi- Genebra, tendo dignificado o nosso Estado quando nhos do Maranhão, Ceará e Bahia e que nesses Es- lá representava esta Casa. tados não apresentam a situação de precariedade Posteriormente, após deixar a polrtica, dedi- existente no Piauf. cou-se à advocacia profissional e, como empresário, Ainda ontem conversei com lideranças políti- foi fundador da Companhia Brasileira de Cervejas, caso A Vice-Prefeita de Valença informou-me sobre hoje a indústria Skol. o estado lamentável da BR-316, notadamente no Assim, o Partido Trabalhista Brasileiro, ao qual trecho entre Inhuma e Elesbão Veloso, onde está pertenceu o ex-Deputado Walter Giordano Alves, sendo feita uma operação tapa-buraco com barro. presta-lhe mais esta homenagem porque temos de Isso para não falar da BR-4D7, que praticamente não reverenciar aqueles que passaram por esta Casa e apresenta mais tráfego entre Picos e Paulistana. O dignificaram o seu mandato, que representaram o desvio está sendo feito por cidades pernambucanas Brasil no exterior, dando assim uma demonstração que V. ExA muito bem conhece, como Araripina, Ou- de que por esta Casa, em todos os tempos, passa- ricuri, saindo por Cabrobó e chegando até Petrolina. ram Parlamentares que souberam dignificar o man- A situação é profundamente lamentável. Sr. dato. Presidente, e exige de nós o que estamos fazendo. Era o que tinha a dizer. Mas sobretudo exige d? D~ER e ~o Ministério dos O SR. IVO MAINARDI (Bloco/PMDB/RS. Pro- Transportes uma ação Imediata. ~ Int~lerável. o que nuncia o seguinte discurso.) _ Sr. Presidente, SP!s e está acontecendo. Afin~1 d~ con~s, vIvemos nu~a Srs. Deputados, amanhã, dia 8 de março, é a data fede~ação. Não faz sentido investirmos n~m~ região consagrada à mulher. e deixarmos outra completamente marginalizada e M Ih' I tA t t à ó 'a rt u er, pa avra aO pequena, compos a por so- en regue pr pn so e. mente duas silabas, e de significado tão amplo, tão Sr. Presidente, repetirei o assunto quantas ve- profundo: geradora de vida, mulher educadora, ami- zes necessário for e enquanto eu exercer este manda- ga, companheira, esposa, trabalhadora, lenitivo para to e representar o meu povo do Estado do Piauí. nossas angústias, frustrações, ouvinte, amante no Peço, mais uma vez, ao DNER e ao Ministério sentido irrestrito do vocábulo, enfim, parodiando o dos Transportes que liberem imediatamente os re- inspirado compositor, "o porto seguro onde todos va· cursos, da mesma forma que está sendo feito para a mos ter". duplicação da Rodovia Régis Bittencourt, trecho da Este ser divino, porque criado por Deus, conse- BR-1D1, no Estado de São Paulo. O Estado do Piauí gue resumir, em si mesma, as antíteses: docilidade faz parte da Federação brasileira e não pode ficar x dureza, fragilidade x força interior, inocência x sa- absolutamente marginalizado no que diz respeito às bedoria, conforme a necessidade da ocasião, sem- suas rodovias. pre guiada pelo amor. O SR. ARLINDO VARGAS (PTB - RS. Sem Apesar de tudo isto, a ignorância do homem, revisão do orador.) - Sr. Presidente, SP!S e Srs. De- idealizado para ser seu companheiro, o leva, ainda hoje, putados, em nome do meu partido, o Partido Traba- por diversas maneiras, a desrespeitar a mulher corno ser .Ihista Brasileiro, quero prestar homenagem póstuma humano, como cidadã. Ela é agredida, de modo cons- a um ex-Deputado do meu Estado que honrou esta tante, verbal, fisica, emocional e intelectualmente. Casa e que, infelizmente, faleceu no dia 28 de feve- Não há como contestar que a mulher, no que reiro, aqui em Brasllia. Trata-se do Deputado Walter diz respeito à cidadania, obteve significativas e im- Giordano Alves. portantes conquistas. Mas as injustiças e discrimina- Esse Deputado honrou esta Casa e o povo do ções ainda persistem, precisando serem corrigidas. Estado do Rio Grande do Sul, exercendo seus man- Dentre todas as suas justas reivindicações, te- datos de 1959 a 1963 e de 1963 a 1967. Participou nho certeza, a que mais lhes interessa e urge é o re- da primeira Comissão do Distrito Federal nesta conhecimento por nós, homens, do significado da Casa, além de se dedicar a um profundo trabalho palavra "mulher". para melhoria das condições dos trabalhadores mais Era o que tinha a dizer. 06144 Sábado 8 DIÁRIO DA cÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 o SR. EFRAIM MORAIS (PFL - PB. Pronuncia se fuga em massa de turistas brasileiros para o exte­ o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, srªs e Srs. rior. Para se ter idéia do impacto econômico dessa Deputados, considero digna dos maiores elogios a fuga, o déficit brasileiro na conta-turismo do balanço de iniciativa da'Embratur, que através de seu Presiden­ pagamentos foi de quase US$1,2 bilhão em 1994, du­ te, Dr. Caio Luiz de Carvalho, procura fórmulas para plicou no ano seguinte, chegando a US$2,4 bilhões e incentivar o turismo em todo o Pais, sem despender ultrapassou os US$3 bilhões no ano passado. grandes recursos do Orçamento. É óbvio que o desinteresse dos turistas brasi­ A medida anunciada refere-se a acordo cele­ leiros e estrangeiros pelo Brasil não se deve à falta brado com companhias aéreas e setores hoteleiros, de atrações ou de opções. O Brasil espanta os turis­ de restaurantes e de locadoras de automóveis, que tas estrangeiros pelo que eles sabem sobre o Pais e se propõem a conceder descontos especiais nos pe­ não desperta sua atenção pelo que eles não sabem. rlodos de baixa temporada, que em muito contribuirá A violência urbana junta-se à precariedade da infra­ para o desenvolvimento do Pais e especialmente da estrutura e dos serviços e aos preços altos de ho­ região Nordeste, com ênfase maior para o Estado da téis, restaurantes e aluguel de carros. Ao mesmo tem­ Paralba, que está a necessitar de recursos para o po, não há no exterior praticamente nenhuma campa­ seu setor de turismo. nha de divulgação das atrações turlsticas brasileiras. Sobre o assunto, salienta o artigo do jornal O O Brasil também inibe o próprio turista brasilei­ Estado de S.Paulo, do dia 1º de março de 1997, in­ ro, que além dos problemas mencionados acima en­ titulado "O Incentivo ao turismo", o qual requeiro contra preços salgados nos vOas internos - dos seja transcrito nos Anais desta Casa. quais americanos e europeus se livram graças aos No referido artigo merece especial destaque o pacotes adquiridos em seus palses. Há o apelo na­ fato de que o desinteresse dos turistas brasileiros e tural exercido por ÍI'lrras estrangeiras, mas os brasi­ estrangeiros pelo Brasil não se deve à falta de atra­ leiros também se maravilham com os preços mais ções ou de opções, mas sim à precariedade da in­ baixos de produtos e serviços e a maior qualidade fra-estrutura e dos serviços e aos preços de alguns noutros palses, principalmente os Estados Unidos. hotéis e restaurantes, além da falta de divulgação Tanto se deixam seduzir que a segunda "colônia" de das atrações turlsticas brasileiras no exterior. Acres­ turistas em Nova Iorque é a brasileira - apenas supe­ cente-se a isso os preços exorbitantes dos vOas in­ rada pela dos japoneses. Tão grande ela é, e tão se­ ternos que afetam principalmente o turista brasileiro. dutoras as condições daquilo que se oferece, que há E a iniciativa do Dr. Caio Luiz de Carvalho foi lojas que aceitam cheques pré-datados de turistas bra­ enfocada objetivamente nesses pontos, razão pela sileiros contra bancos no Brasil! qual volto a me congratular com o Presidente da Boa parte desses problemas está vinculada ao Embratur, a quem manifesto total apoio e reconheci­ chamado custo Brasil, cuja eliminação demanda um mento pelo trabalho que vem desenvolvendo à fren­ processo longo e complexo. Há iniciativas, no entan­ te de órgão tão importante para a nossa região. to, que podem ser tomadas imediatamente, e a cam­ ARTIGO A QUE SE REFERE O ORA­ panha e o pacote anunciados pela Embratur vão DOR nessa direção. A iniciativa da Embratur ilustra o fato de que nem tudo depende de grandes recursos. O O INCENTIVO AO TURISMO orçamento da campanha de divulgação é de R$700 O pacote de medidas anunciado pela Embratur mil, dos quais R$200 mil serão pagos pela Cedicard. é importante, ainda que tardio, para incentivar o tu­ Fora isso, o~ descontos oferecidos são resultados rismo nacional, em face das condições favoráveis de uma coordenação entre os diversos setores que para as viagens internacionais. A Embratur fechou envolvem o turismo. acordo com companhias aéreas, com os setores ho­ O turismo brasileiro tende a assimilar muito teleiros, de restaurantes e de locadoras de automó• mais um impacto negativo do que positivo do Plano veis, e ainda com uma empresa de cartão de crédi­ Real. A estabilidade desfez o caos nos preços, que tos, para oferecer descontos, maiores prazos e juros deixava os turistas estrangeiros atônitos, mas a va­ mais baixos para os turistas no Brasil, entre os me­ lorização da moeda tornou nossos produtos e servi­ ses de março e novembro, com exceção das férias ços caros, em comparação com os de outros palses. de julho e dos feriados prolongados. Além disso, as leis de mercado e a competição não Com o Plano Real, que valorizou a moeda e parecem ter-se instalado entre as companhias aé­ aumentou o poder aquisitivo da população, verificou- reas e nos serviços de maneira geral. Nossa milha- Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06145 gem ainda é considerada a mais cara do mundo, que as desertificações aumentem, agravando cada nossos restaurantes, principalmente nas cidades vez mais a seca naquela região. Lembrar da seca na maiores, têm pr.eços exorbitantes, e as locadoras de minha terra, Sobral, nas regiões serranas, principal- autom6veis daqui cobram o quádruplo das dos EUA, mente Meruoca e Serra de Ibiapaba, seria falar so- por exemplo. bre algo que este Plenário com certeza já estaria Como se vê, o turismo toca fundo na questão acostumado a ouvir. da competitividade, além de ter imenso impacto eco- Desejo lembrar, sobretudo, o problema da re- nOmico, com a geração de empregos, o desenvolvi- forma agrária. A reforma agrária está vinculada à mento regional e o apoio às contas externas. A desertificação de nossas terras. No Rio Grande do questão merece atenção máxima do governo. Sul há muitas áreas já desertificadas, porque o cui- O SR. PIMENTEL GOMES (PSD - CE. Sem dado com o solo foi irresponsável e inconseqüente. revisão do orador.) - Sr. Presidente, srªs e Srs. De- E hoje os governos da Região Sul do País estão putados, na última terça-feira a Câmara dos Deputa- sofrendo com essas áreas de baixa produção de dos aprovou projeto oriundo da Comissão de Rela- grãos. ções Exteriores concordando com o protocolo assi- Para se fazer a reforma agrária - e este alerta nado pelo Sr. Presidente da República na Conven- levarei ao meu partido, o PSDB -, é preciso promo- ção de Paris. O acordo foi celebrado no Rio de Ja- ver uma grande discussão e o incremento das infor- neiro, por ocasião da ECO-92, quando foi elaborada mações técnicas a fim de evitar a má utilização de a agenda nQ 21, cuja preocupação era a desertifica- terras que serão distribuídas visando ao aumento da ção em alguns países e o combate à seca, notada- produção de grãos, crescimento da renda e sobrevi- mente em algumas regiões de países africanos. vência dos colonos. Há um projeto de lei extremamente importante Chamo a atenção dos Srs. Deputados para que envolve vários aspectos, principalmente a recupe- esse fato, pois levaremos essa preocupação ao In- ração do nosso planeta no que se refere à terra, ao cra e ao Ministério Extraordinário de Política Fundiá- controle das águas e à recuperação da produção de ria. Além disso, daremos ênfase ao incremento da grãos para que se aumente a produção de alimentos. produção, porque o combate à desertificação tem Parte da população mundial - cerca de 900 mi- como princípio não permitir que ela ocorra nas pr6xi- Ihões de pessoas -, que hoje sofre com a desertifi- mas desapropriações. cação de 25% das terras do planeta, s6 poderá ver a Era o que tinha a dizer. recuperação dessas terras e o conseqüente aumen- Durante o discurso do Sr. Pimentel Go- to da produção de grãos. Assim, poderemos colocar mes, o Sr. Severino Cavalcanti, ~ Vice-Pre- alimentos na mesa do cidadão e acabar com a fome, sidente deixa a cadeira da presidência, que a miséria e a desgraça que assola vários países, é ocupada pelo Sr. Efraim Morais, 4t Secre- principalmente a África e as não muito distantes re- !ário. giões do Brasil. O SR. PRESIDENTE (Efraim Morais) - Conce­ No Brasil, temos grande preocupação com o do a palavra ao Deputado Adroaldo Streck para uma Nordeste, que hoje tem 15,7 milhões de habitantes Comunicação de Liderança, pelo PSDB. vivendo em áreas desertificadas, secas. Nessas re­ O SR. ADROALDO STRECK (PSDB - RS. giOes a produção de grãos é quase inexistente, mas Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presiden­ permitindo que o cidadão consiga obter as mínimas te, Srª-s e Srs. Deputados, ontem assisti atentamente condições de sobrevivência, aumentando, dessa for­ ao programa do Partido dos Trabalhadores, divulga­ ma, o êxodo para as áreas urbanas, principalmente do em rede nacional de rádio e televisão. Fiquei mui­ para a região Sul do País. to feliz com alguns pontos ali mencionados, embora Mas não falemos apenas do Nordeste. Vejamos não tenha sido informado da origem dos dados. também outras áreas. Em Sobral, no Ceará, existem O programa exibiu agrovilas construídas ou em enormes área desertificadas por causa da seca. construção e colonos assentados colhendo o produ­ Sr. Presidente, srªs e Srs. Deputados, este to de suas semeaduras. Apenas faltou mencionar ano o norte do Ceará, Sobral, Meruoca e Mocambo, que aquilo que estava mostrando na televisão é obra sofrerão, mais uma vez, com a falta dágua, agravan­ do Governo Fernando Henrique Cardoso. Ou as Li­ do assim a preocupação do homem do campo. deranças do PT acham que as pessoas que assisti­ Também é preciso lembrar que o desmatamen­ ram ao programa imaginam que aquilo tudo caiu do to irresponsável e inconseqüente está fazendo com céu? Não. O que foi mostrado é resultado de com- 06146 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 promisso de campanha assumido pelo Presidente es de produzir, o sem-terra opera verdadeiros prodí- Fernando Henrique Cardoso. gios. Fui ao assentamento do Lago Azul, com 910 Depois também muito timidamente, assim hectares, no Município de Erval, onde me senti orgu- como que engasgados, falaram sobre a estabiliza- Ihoso de ser brasileiro, de ser gaúcho ao ver que as Çao econômica. Diziam que nao é tudo, insinuando 41 famílias assentadas ali - os chamados Afogados que o Plano Real teria causado problemas aos tra- do Passo Real, pessoas que perderam suas terras balhadores. com a Barragem do Passo Real - estao dando uma Sr. Presidente, srªs e Srs. Deputados, o trecho demonstraçao de que, de fato, esses projetos de ca- em que falaram do temor, da desesperança e da dú- lonizaçao podem resolver problemas sociais de vida, inclusive infundidos entre aqueles que têm em- grandes espaços vazios do território brasileiro. Ali prego, aquele sim, nao é do PSDB, pois o meu parti- mesmo, na metade sul do meu Estado, a chamada do está trabalhando com assentamentos rurais, com metade pobre do Rio Grande do Sul, onde se fize- a colonização e com a reforma agrária. Essa parte rem outros assentamentos rurais da qualidade des- do programa que fala da desesperança é marca re- te, do Lago Azul, estará resolvido todo o problema gistrada do PT, daCUT rural, do Movimento dos daquela região. É só construir mais algumas estra- Sem-Terra, que, de prático, nada tem feito, absoluta- das para o escoamento da produção - e chega -, mente nada, a nao ser a tentativa permanente de vamos ter ali padrões de primeiríssimo mundo, desestabilizar os esforços do Governo Fernando Hen- quando forem adequadamente assentados esses rique Cardoso que, repito, está cumprindo rigorosa- produtores rurais. mente com aquilo que prometeu sobre assentamentos . Sr. Presidente, Srs. Deputados, em nome da rurais: assentar 240 mil famílias. Deste total, decorri- Liderança do meu partido, concluindo o meu pronun- dos dois anos, já tértlOS 100 mil assentados e umciamento, quero dizer que o programa do PT, no dia aproveitamento de 3 milhões de hectares. ' de ontem, foi muito bom, na medida em que mostrou Gostaria também que esta Casa tomàsse co- o que o Governo Fernando Henrique Cardoso está nhecimento da primeiradecisao do novo Líder' do fazendo. Faltou apenas identificar de onde esses PSDB, o companheiro Aécio Neves. A palavra deor- trabalhadores rurais estao recebendo o suporte para dem do Uder, recém'-empossado, é que esta 'bán_ as suas agrovilas, para suas lavouras, para a com- deira da reforma agrária, dos assentamentos 'rura'is, pra' de seus equipamentos e insumos básicos. En- da colonizaçao do Páls, seja assumida com toda a fim, faltou dizer que o atual Governo tem vontade força pela nossa bancada~ Este é um assunto 'nosso, política, decidiu-se pela reforma agrária, está fazen- do PSDB. Nao podemo's permitir que agrupamentos, do e cumprindo ao pé da letra o que o atual Presi- como é o caso do Movimento dos.Sem-Terra, um dente prometeu na sua campanha, isto é, assentar movimento espúrio, que nem'registro'Possui, ve- 240 mil famílias de trabalhadores sem terra durante nham a assumir unia causa que é do PSDB. o pró- seus quatro anos de Governo. prio Partido dos Trabalhadores, que até hOje'apenas '. !=.ra isto que gostaria que ficasse registrado, Sr. fez discurso, nao apresentou um exemplo prático de ' Presidente. como assentar um tràbalhador sem terra. o Sr. Efraim Morais, 41 Secretário, dei­ Neste sentido, nos próximos dias, por: reco­ . xa a cadeira da presidência, que é ocupada mendaçao do Líder Aécio Neves, realizaremos reu­ pelo Sr. Ivo Mainardi, § 2! do art 18 do Re­ niões a fim de melhorar o desempenho ,da nossa gimenro Interno. bancada numa quésta'o que, repito, é do PSOB,' por­ O SR. PRESIDENTE (Ivo Mainardi) - Concedo que o Governo Fernando Henrique Cardoso foi opri­ . ,a palavra ao nobre Deputado Dércio Knop. meiro Governo que mostrou vontade política, para re­ . O SR. DÉRCIO KNOP (Bloco/PDT - SC. Pro­ solver esse grande problema nacional. .nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, srªs e E antecipando-me à decisao do novo' Líder, Srs. 'Deputados, hoje uma das principais preocupa-

Deputado Aécio Neves, de dar ao tema assenta­ o çOes de toda e qualquer pessoa é o desemprego mento rurais, colonização e reforma agrária a aten­ que assola o Pais. ção que merece, comecei a visitar assentamentos sao centenas de empresas diminuindo a oferta rurais do meu Estado, o Rio Grande do Sul. Estive, . de empregos ou fechando suas portas. É o agricultor no último fim de semana, em Erval e Pinheiro Ma­ abandonando o campo pela falta de reconhecimento chado, onde constatei que, quando pré-qualificado do truto de seu trabalho. É o artista sem palco para adequadamente e assentado em solo com condiçõ- se apresentar, enfim, são milhares de histórias dife- Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06147 rentes que têm o mesmo final trágico: o assustador tar uma grande estrutura hoteleira, gastronômica e aumento do contingente de desempregos. comercial na região onde estiver localizado esse Sabemos que os Governos; tanto Federal empreendimento do jogo e lazer. como Estaduais e Municipais, os partidos políticos e, E aí, inclusive, é de se perguntar: será que por extensão, toda a sociedade, preocupam-se com nossos governantes estão satisfeitos com que o jogo a situação e, de uma ou outra forma, buscam alter- continue na clandestinidade, sem gerar empregos, nativas para esse dramático problema. investimentos ou tributos? Sem ajudar o País a sair Vemos governantes oferecerem, verdadeiras de suas dificuldades e, inclusive, utilizando recursos fábulas a título de incentivos fiscais e outros benefí- auferidos do jogo para subornar autoridades? cios para atrair indústrias que possam gerar qui- É hora dos governantes legalizarem os hotéis- nhentos, mil, duas mil novas oportunidades de em- cassino e, através ~essa iniciativa, incrementarem o prego e, mesmo com todas as benesses governa- turismo, proporCionando novas e grandes oportuni- mentais, poucas são as que se sentem encorajadas dades de investimentos nacionais e internacionais, a montar novos negócios. gerando novas formas de arrecadação para os co- É necessário que os governantes se aperce- fres públicos e, acima de tudo, diminuindo significati- bam de que, especialmente na área do turismo, vamente o número de desempregos em nosso País. pode-se gerar milhares de empregos sem que o Go- Esperamos que o Senado da República, onde vemo necessite investir absolutamente nada. atualmente tramita o projetor referente a este assun- Em Santa Catarina temos um grande exemplo: o to, vote-o com a maior brevidade possível e que, Beto Carrero World, que sem benefícios fiscais, sem através dessa legalização, se possa aumentar signi- qualquer tipo de incentivo govemamental, movimenta ficativamente o número de turistas no País; não apenas o sel complexo turístico, mas toda uma O SR. EXPEDITO JÚNIOR (PPB - RO. Pro- estrutura hoteleira, gastronômica e comercial localiza- nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, S~ e da na grande região do baixo vale do ltajar. Srs. Deputados, foi instalada ontem, dia 6, uma Co- Outro empreendimento atrelado ao turismo pc- missão Parlamentar de Inquérito, na Assembléia Le- derá trazer um fluxo ainda maior para Santa Catari- gislativa de RondOnia, para, apurar as responsabili- na e para o Brasil, especialmente no período de bai- . dades pelo acentuado crescimento do débito do xa temporada. Referimo-nos à legalização dos ho- Banco do Estado de Rondônia - BERON,desde a téis-cassinos, que além de representarem uma intervenção que sofreu do Banco Central, emmarço nova, atrativa e importantíssima opção turística, ge- de 1995, a pedido do atl,lal Governador Valdir rariam milhares de novos empregos. Raupp, entao recém-empossado. Nenhuma atividade econômica, nenhum tipo Apenas para se ter uma idéia da magnitude do de negócio teria condições de, em curto espaço de quadro de deterioração do Beron nesse período, tempo, gerar um volume tão grande de novas opor- .desde a sua fundação até o ·final da administração tunidades de emprego no'País como a legalização .do· ex-Govemador Osvaldo .Piana, antecessor de dos hotéis-cassinos, sem que o Governo precisasse Raupp, a dívida do Banco atingiu 50 milhões de investir absolutamente nada, 'até porque a lei para reais, sendo apenas 18 milhões na gestão daquele esse tipo de atividade deve proibir qualquer espécie ex-Govemador. de incentivo. Entretanto, nesses dois anos de gestao do Go- Em 30 de abril de 1946, portanto há quase 51 vertlador Valdir Raupp e de intervenção do Banco anos, quando o Presidente Eurico Gaspar Dutra ' Central, a divida atingiu 250 milhões, de reais, ou proibiu o jogo, funcionavam no Brasil 71 cassinos seja, um crescimento de 200 milhões de reais. que empregavam, de forma direta" e indireta, cerca Sr. Presidente, Sr!s e Srs. Deputados, como de 60 mil pessoas. Hoje, com o crescimento popula- explicar essa situação? Por que uma intervenção cional do País, a legalização do jogo em hotéis-cas- que é feita para sanear leva o Beron a esse estado sinos poderia gerar, de forma direta e indireta mais de coisa? de 200 mil novos empregos, obviamente contando Os interventores do Banco Central não dão ne- desde engraxate, taxista, cabeleireiro, motorista, nhuma resposta aos diversos questionamentos fei- garçom, crupiê, segurança, gerente, recepcionista, ,tos por diferentes segmentos da sociedade rondo- tradutor, artista, figurinista, músico, operador de niense. som, cozinheiro, camareira, enfim 85 profissões dife- A situação do Beron deve ser a única da histó- rentes existentes em um cassino, além de movimen- ria de intervenções do Bacen; ou seja, uma decisão 06148 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 que é tomada para sanear, acaba agravando, e mui- ciedade machista faz à parte dita "mais fraca", mas to, o quadro da instituição. apenas uma obrigação moral e ética de qualquer Nesta oportunidade, quero. louvar as adminis- pais que se queira desenvol~ido. trações anteriores do Banco, radicadas em RondO- Pois a verdade é que já se pode medir o grau nia, que, depois de muito criticadas, devem ser reco- de desenvolvimento de um pais apenas pela situa- nhecidas em face dessa desastrada intervenção do ção em que se encontram as suas mulheres. A ten- Banco Central. dência, atualmente, é valorizar os aspectos sociais e Apenas para reforçar meu ponto de vista, de- não apenas os indicadores econômicos e financeiros sejo esclarecer que, por ocasiao do pedido de inter- ao se aquilatar o desenvolvimento de um país. É o venção, fiz veemente pronunciamento contra aquela chamado Indice de Desenvolvimento Humano -IDH decisao, alertando para as suas conseqOências ne- - adotado pela ONU na divulgação do ranking de fastas, que acabaram acontecendo. países segundo seu desenvolvimento. Diante disso, nao devemos esquecer das res- E, assim, nao é por acaso que nos países ditos ponsabilidades diretas do Govemador, pois, em pri- do Primeiro Mundo, as desigualdades entre mulhe- meiro plano, é o principal culpado pelo estado a que res e homens sao bem menores - quando nao chegou o Beron, por ter fugido do dever de adminis- inexistentes - do que nos palses em desenvolvi- trá-lo. mento. Por sinal, entre estes, pode-se notar uma Nao bastasse isso; eis que o Beron, sob inter- relação direta entre progresso econômico e pro- venção do Banco Central, volta ao cenário de forma gresso das mulheres, ou seja, o bem-estar das ainda mais deprimente, ao ser envolvido no escan- mulheres, a maior participaçao delas na vida de dalo dos precatórios, um dos piores vivenciados pelo um pais leva necessariamente ao progresso no Sistema Financeiro Nacional. campo econômico. Assim, Sr. Presidente, St!s e Srs. Deputados, Prova disso são os chamados tigres asiáticos. três coisas devem ficar bem claras: a primeira é que Ao compararmos a participação feminina na força de a população de Rondônia nao pode pagar pelas ma- trabalho entre eles e o Brasil, vemos que nosso Pais zelas deixadas pela intervenção; a segunda é que, está atrás de todos. Enquanto no Brasil as mulheres além da CPI, a Presidência do Banco Central deve representam 32% da força de trabalho, na China a providenciar uma auditoria interna para apurar res- proporção sobe para 44%; na Coréia e em Cingapu- ponsabilidades, e a terceira é que devemos dar todo ra, é de 40%; em Taiwan, 38%; em Hong Kong, o apoio à CPI para executar seu trabalho, em pro- 35%; e na Malásia, 35%. fundidade, com rapidez e dentro do mais legitimo amparo constitucional.. Se, por outro lado, tomarmos como base a par­ O SR. FEU ROSA (PSDB ::..es. Pronuncia o se­ ticipação feminina na vida polftica, o Brasil também guinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr!s e Srs~ Deputa­ nao fica em posição muito confortável. Nao precisa­ dos, o dia 8 de março, dia Internacional da Mulher, é mos ir muito longe: aqui mesmo, no Congresso Na­ sempre uma ocasiao propicia para o debate acerca cional, as mulheres nao chegam a 7%, e nos legisla­ do que, ano a ano, o mundo e o Pars vêm conse­ tivos estaduais e municipais a média raramente atin­ guindo em relação à condiçãoda mulher na socieda­ geos 10%. de. E é interessante notar que nos parses menos de­ É bem verdade que, neste ponto, a situação in­ senvolvidos, apesar da crescente conscientização ternacional não é das melhores, e, na média, a c0­ de governantes e governados sobre a neceSsidade munidade mundial ainda nao atingiu os 30% de par­ de se eliminarem as desigualdades de gênero, os ticipação feminina nos legislativos, meta do Canse- progressos nesse campo ainda caminham a passos . lho Econômico e Social das Nações Unidas. Segun­ vagarosrssimos, quando, pior, na<> ocorre o retrocesso. do dados da ONU de 1994, apenas em 21 pafses a No entanto, é uma luta que nao se pode aban­ participação das mulheres nos parlamentos chegava donar, mulheres e homens juntos, principalmente a 20%, ficando a percentagem média de mulheres nos parlamentos nacionais, que devem ressoar os nas camaras baixas inferior a 11 %, e, nas camaras anseios do povo que representam. Nossa tarefa, altas, a 9%, com algumas exceções, é claro, como portanto, é de extrema responsabilidade, não ape­ na maior parte da Escandinávia, onde a participação rias para com as mulheres, mas, para com todo o feminina nos legislativos pode até ultrapassar o limi­ Pars, pois, afinal, aprimorar a situação da mulher en­ te de 30%. Mas, em todos os casos, ainda superior tre nós nao é um favor, uma concessao, que a so- aos nossos 7%. Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06149 Por sinal, é interessante notar que, em 1947, mulheres têm das suas próprias necessida- por ocasião da Primeira Assembléia Geral das Na- des de saúde e perspectivas, bem como a çOes Unidas, as 17 delegadas e conselheiras partici- sua capacidade de tomar decisOes em ma- pantes escreveram uma carta aberta às mulheres do téria de saúde e planejamento familiar. mundo incentivando-as a ocupar cargos de chefia Dal a importância de iniciativas, em qualquer nos seus palses e na comunidade mundial. Dessa nlvel, no sentido de promover a posição da mulher. data até final· de 1994, apenas 24 mulheres no mun- Aqui, neste Legislativo, detemos um poder inigualá- do haviam assumido a chefia de uma nação, o que, vel para tanto. Assim é que estou em vias de apre- afinal é um número muito reduzido. sentar uma proposta de' emenda Constitucional que E isso não é bom. Cito o documento do Fundo garanta uma participação feminina mlnima nos tribu- das NaçOes Unidas para a População, de 1995, inti- nais superiores, além de vários projetos com o intui- tulado "A Situação da População Mundial", que afir- to de facilitar a vida das mulheres empresárias. ma sem rodeios: E aproveito a oportunidade para fazer um ape- Embora se estejam a fazer progressos, Io público ao Sr. Presidente da República nesse sen­ a participação das mulheres na vida pública tido, para que se lembre das mulheres na hora de continua a ser limitada, o que, por sua vez, designar membros dos tribunais superiores. Mulhe­ limita a sua capacidade de garantir que as de­ res capacitadas para tal não é o que falta; falta ape­ cisOes legislativas e administrativas sejam to­ nas coragem e decisão poHtica. madas de maneira a reconhecer e satisfazer Sr. Presidente, nobres colegas, neste 8 de as suas necessidades e as das suas familias. março, não cabe exatamente, cantar "parabéns à mulher brasileira nesta data querida, e desejar-lhe Ou seja, o que acontece é que a mulher acaba apenas muitas felicidades e muitos anos de vida". se sujeitando à vontade e ao entendimento masculi­ Se, por um lado, não podemos deixar de elogiá-Ia no, pois as decisões acabam sendo tomadas sem a pelo que já conseguiu, temos, nos homens, e sobre­ sua efetiva participação. O que também não é bom. tudo os homens à frente· do poder, de aproveitar o Estudos da ONU comprovam que investimentos em ensejo para um mea-culpa'expressivo, e mais que meninas são muito mais econômicos do que em me­ isso, para externar um compromisso sério para com ninos - a relação custo/beneffcio para meninas é da a valorização da mulher brasileira. ordem de 6,5 até 21 anos de idade, enquanto para .Só assim poderemos,' todos os brasileiros, um meninos fica em menos de 4, quando enfatizados os dia - quando a mulher detiver· uma real igualdade de custos com educação e saúde. direitos e condições sociais'em relação ao homem -, Além disso, não há como negar a influência nos considerarmos um paIs plenamente desenvolvido. maior que a mulher exerce na vida familiar, pois a O SR.' ARTHUR VIRGíLIO (PSDB - AM. Pro­ mãe é a primeira ,educadora dos filhos e a primeira nuncia o seguinte discurso.) ;.,.. Sr. Presidente, solicito administradora da casa~ Assim, ,eles serãotào:mais a ,v. E~ publicar nos Anais da ,Casa' o, artigo "Zona instruIdos quanto mais instrufda fora mãe, a casa Franca de Manaus sob o Malho de Grupos de Inte­ será tão melhor administrada quanto mais capacita­ resse", de responsabilidade do Engenheiro José da ela for. Dal a necessidade constante de' investir Nasser, Presidente da Federação das Indústrias do na mulher, pois investir na mulher de hoje é investir Estado do Amazonas e do Sindicato da Indústria da na mulher e no homem de amanhã. Construção Civil do meu Estado.. Trago, de novo, testemunho do Fundo das Na­ Trata-se de documento. sério e ponderado, re­ çOes Unidas para a População, q'ue garante: centemente publicado na imprensa amazonense, e Embora a educação seja essencial tan­ que bem complementa as consideraçOesque ontem, to para os rapazes como parsas moças, os desta tribuna, expendi sobre os trinta anos de ativi­ benefIcios de educar as moças tendem a dade da Zona Franca de Manaus. . ser maiores. Verificou-se que a educação fe­ .Passo a lê-lo, evidentemente que endossando minina tem um impacto mais significativo so­ seus termos e recomendando-o à análise. criteriosa bre a redução da pobreza e a promoção do dos meus ilustres. pares. desenvolvimento sustentável, ao influenciar Zona Franca de Manaus sob o Malho o tamanho da famflia e a participação das de Grupos de Interesses (Eng. José Nasser) mulheres na população atiVa. [...] a educa­ A Zona Franca de Manaus, desde a ção também reforça a consciência que as sua regulamentação, não agradou os grupos 06150 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 de interesses localizados, enraizados nas brasileiros, inclusive e, principalmente, de regiões tradicionais beneficiárias dos fluxos São Paulo, que tem sido o seu maior forne- de desenvolvimento, surgidos ao longo da cedor de bens e serviços. história nacional. As agressões sobargu- 2 - A Zona Franca, quando foi criada, mentos levianos, impróprios, maledicentes, em 1967, por força de um decreto-lei, hoje têm sido uma constante, nas páginas dos inserida na Constituição de 1988, trazia a principais veiculos da midia formadora de missão de gerar, no interior da Amazõnia, opinião nacional, na tentativa de denegrir a um centro dinãmico, envolvendo as três imagem de um dos poucos projetos bem-su- áreas da atividade econômica: primária, se- cedidos da região. Este projeto tem cumpri- cundária e terciária. Isto em razão das gran- do as suas finalidades, na proporção que des distancias dos centros de produção e de gera renda no interior da Amazônia, princi- consumo do Pais, e, principalmente, pela palmente, na parte mediterrãnea, da banda ausência de infra-estrutura fisica e institucio- ocidental, favorecendo um enorme contingen- nal que lhe favorecesse a viabilidade auto- te populacional e contribuindo para a ocupa- sustentável. Nessa época, prevalecia no ção deste vasto território. A Amazônia ainda Pais o regime de substituição de importações faz parte do Brasil, graças mais à valentia e e de proteção aduaneira, favorecendo, com à tenacidade dos homens que nela habitam efeito, as baixas alíquotas de importação do que por muitos brasileiros, pseudopatrio- para Manaus, epicentro do modelo, função tas, que se locupletam dos beneficios, das de uma fórmula que contemplava um peso regalias e dos favores da Nação e insistem favorável ao consumo de insumos nacionais em se manter alheios e insensiveis ao restan- e a mão-de-obra empregada. Isto é, quanto te do território pátrio e a sua gente, numa pos- mais se adicionasse o agregado nacional ao tura inequivoca de egoismo e mesquinhez. produto, maior seria a redução dos impostos A Zona Franca não é o que dizem. aduaneiros. Portanto, a Zona Franca, em Aqueles que a atacam o fazem sob a ótica nenhum momento foi concebida sob a inspi- obtusa da incompetência analltica ou movi- ração de um modelo exportador, como é o dos por interesses subalternos. Ela conse- caso das ZPE (Zona de Processamento de gue reunir, nos seus efeitos, vantagens me- Exportações), como querem os seus criti- ritórias para a Nação, a região, os Estados e cos, subvertendo os fatos e a história. A os Municipios. ZFM foi criada para comprar e vender no As supostas contradiçOes do modelo, mercado interno, pela própria concepção do alardeadas pela má vontàde; desinformação Decreto-Lei nº 288/67 (vide art. 1.9). Isto não e insensatez de seus criticos contumazes, quer dizer que, no futuro, ela não possa tor- são inverldicas. nar-se eXpbrtadora, logicamente, quando Desfazendo as criticas infundadas: reunir condiçOes para isto, principalmente escala de produção e infra-estrutura para 1 - A Zona Franca de Manaus está sua loglstica de escoamento adequada. muito longe de ser motivo dos problemas do desequiHbrio da balança comercial e do de­ 3. Com relação ao balanço fiscal, é semprego do Pais. As importações do ano equivocada a alegação de que o Governo passado foram de US$3,6 bilhões e produzi­ federal perde R$2,2 bilhões de arrecadação ram um faturamento bruto de US$13,O bilhõ­ com a Zona Franca de Manaus. Hoje, a De­ es. Conclui-se, portanto, que a diferença legacia da Receita Federal em Manaus pas­ existente entre estes valores é o agregado sou a ser o mais significativo centro de arre­ regional e afinal, inclusive o pagamento de cadação de impostos federais da região, no fatores de produção e lucros. Estes mesmos equivalente a 1,2 bilhão, ou seja, 51% do to­ bens finais, consumidos no mercado nacio­ tal dos nove Estados da região. Também nal, se importados fossem, estariam pagan­ não são percebidos pelos olhos miopes dos do fatores de produção externos e a custos criticos descuidados, os impostos gerados mais elevados. Certamente assim, a Zona em outras regiões do Pais. Estes surgem Franca favorece a balança de pagamentos em função do pagamento de fatores de nacional e o emprego interno de milhões de produção oriundos da produção da Zona Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06151 Franca de Manaus. Basta comparar com os cios, cambiais, financeiros, institucionais, de valores de insumos importados (US$3,6 bi- investimentos governamentais e de empre- lhões) e as vendas brutais nacionais sas estatais, diretos e indiretos, a infra-es- (US$13,O bilhões). A isto devem ser soma- trutura, com a colaboração, inclusive, das dos os impostos estaduais e municipais ge- regiões hoje menos favorecidas. rados, em cadeia, dentro e fora do estado- Eis aí o pronunciamento de relevante líder em- sede da ZFM. presarial do meu Estado, que tem responsabilidade 4 - a análise da Zona Franca em fun­ para com a sociedade que o envolve e que, no ca­ ção dos empregos diretos, padece de uma pítulo da defesa da economia amazonense, está notória infelicidade científica, ridícula e limi­ bem próximo dos sindicatos, dos partidos políticos, tada. Um projeto, como este, de afeitos múl­ das entidades intermediárias da sociedade civil, das tiplos, em diversos sentidos, dentro e fora do associações patronais. seu próprio núcleo de ação, não pode ser A Zona Franca de Manaus representa a reali­ avaliado apenas pelos 50 ou 60 milhares de dade, com suas qualidades e seus defeitos, do Ama­ empregos diretos gerados ao longo de seus zonas de hoje. Sem ela, seria o caos, a desesperan­ 30 anos de existência. Estima-se, no mais ça, o desemprego crônico. simples raciocínio, que, a cada emprego di­ A partir dela, novas alternativas poderão surgir reto, resultam 5 indiretos. Aí já seriam 250 no horizonte. Ela é a base, é a sustentação cotidiana do meu povo e, por isso, deve ser aperfeiçoada, Oll 300 mil a mais. Há de se considerar que, pela contribuição de impostos, no Estado e apoiada e compreendida por todos os brasileiros. no Município, são gerados mais 100.000 Era o que tinha a dizer. empregos públicos, o mesmo acontecendo O SR. PRESIDENTE (Ivo Mainardi) - Passa-se em todo o restante da região e do País p~lo ao seu efeito multiplicador. v - GRANDE EXPEDIENTE Considerando o agregado local, regio­ Tema palavra o Sr. Severino Cavalcanti. nal e nacional (item 1Q), é inequívoca a pos­ O SR. SEVERINO CAVALCANTI (PPB - PE. sibilidade de geração de emprego, em diver­ Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, sos sentidos, em múltiplas atividades, nas srªs e Srs. Deputados, o jornal O Estado de S. Pau­ mais distantes e longínquas regiões, pelos lo, na edição do último dia 5, publicou notícia sobre efeitos da demanda de bens e serviços da o protocolo assinado entre o Banco Interamericano Zona Franca de Manaus. de Desenvolvimento - BID, e o Banco Nacional de 5 - A Zona Franca de Manaus, nos Desenvolvimento Econômico e Social - Bndes, atra­ dias atuais, em face da· nova consciência do vés do quaiserá áberta linha de financiamento para desenvolvimento sustentável, com parâme• .os microempreendimentos. tros ecológicos e ambientais, não promoveu O documento prevê uma estratégia conjunta qualquer repercussão negativa em nível na­ destinada a ampliar o atendimento à população de cional e internacional, como é comum acon­ baixa renda, com ênfase para o apoio financeiro aos tecer com empreendimentos na Amazônia. micro e pequenos empresários. As indústrias são limpas, sem chaminés e Durante a assinatura, tanto o Presidente do não emitem resíç1uos danosos ao meio am­ BID, Enrique Iglesias, quanto o Presidente do biente. Quanto valeisto para o País? Bndes, Luiz Carlos Mendonça de Barros, afirmam, Por fim, não é justo nem razoável que­ segundo o tradicional órgão paulista, que "dinheiro rer exigir eqüidade de tratamento para reali­ não é problema", a questão seria como viabilizar o dades diferentes, como éo caso do Brasil, acesso aos recursos. Até hoje, esse banco agiu caracterizado pelas enormes desigualdades como importante indutor do desenvolvimento, mas intra e inter-regionais. Não se pode esperar precipuamente direcionado para macroprojetos, para um desenvolvimento harmônico da Nação empreendimentos de grande porte que produzem brasileira, sem que sejam compensadas as receitas para o Estado e emprego. Todavia, a indife­ desvantagens comparativas das áreas mais rença em relação à sorte dos micro e pequenos em­ pobres em r~lação às regiões privilegiadas, presários, inclusive à dos médios, se mantinha que, ao longo dos anos, receberam e rece­ aquele banco na posição de linha de frente da ex­ bem substanciais incentivos fiscais, credití- pansão econômica, com reflexos sociais, não o 06152 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 mantinha efetivamente comprometido com os aspec- sito compulsório e a permanente pressão sobre o tos sociais que devem fazer parte de uma política consumo. econômica e social. Uma medida anunciada como a grande solu- O protocolo BID-Bndes tem, portanto, inde- ção para o setor do micro e pequeno empresário pendentemente do valor que será colocado à dispo- não corresponde ao que foi inicialmente divulgado e sição dos micro e pequenos empresários uma virtu- proclamado em todo o País: é o SIMPLES - Sistema de que precisa ser enfatizada: a de colocar o Bndes Integrado de Pagamento de Impostos e ContribuiçO- em contato direto com o seguimento da economia es das Micro e Pequenas Empresas. Ele trouxe al- responsável pelo maior número de empregos do gum avanço; representou a primeira tentativa de o País, isto é, os do micro e pequenos empresários. Governo encontrar um caminho novo para um setor Quanto à execução da estratégia para o aten- que vive a pior crise da história, sem condiçOes de dimento da população de baixa renda - aí inclusos gerir seu negócio, endividado, com sua conta no ver- micro e pequenos empresários -, somos levados a melho, recorrendo à toda sorte de experiência para vê-la com cautela, tendo em vista os resultados de conseguir superar a fase mais traumática. outras tentativas, outras experiências, outros planos, Mas o Simples, se teve um significado que não em diferentes entidades e organismos. pode ser ignorado, nem de longe corresponde às ex- É forçoso admitir, diante da situação em que se pectativas do micro e do pequenos empresários, que encontram micro e pequenos empresários, que ain- acreditavam haver chegado a hora de escapar do da não soou a vez da revolução dos pequenos. O precipício. A idéia da simplificação do recolhimento clamor nacional em favor de profunda reestruturação dos tributos é boa e está em consonância com o que da micro e pequena empresa, a fim de torná-Ia ágil, pretendiam os mais interessados. No entanto, sua desburocratizada e apta a crescer e, assim, fortale- implementação logo revelou quão longíqua estava cer o mercado de trabalho como aumento das ofer- da realidade. tas de empregos, continua longe de ser atendido. Ouço, com prazer, o nobre Deputado Arlindo Em vários pronunciamentos que fizemos desta Vargas, do PTB do Rio Grande do Sul. tribuna, reproduzimos declaraçOes do Sr. Presidente O Sr. Arlindo Vargas - Deputado Severino da República, como candidato, que coincidiam basi- Cavalcanti, mesmo não sendo economista - minha camente com os reclamos do setor e de todos os formação é de médico ortopedista - ouço com gran- que compreendem quão importante para a econo- de atenção o pronunciamento em que V. Ex! expOe mia nacional é o pleno desenvolvimento dos peque- com muita clareza a realidade econômica do nosso nos e dos microempreendimentos. País, referindo-se aos juros escorchantes que aí es- Algumas respostas vieram como soluçOes par- tão a massacrar o povo brasileiro e, principalmente, ciais ou paliativas. Assim é de ser lembrada a deci- aqueles que desejam desenvolver este País. Mas V. são do Conselho Monetário Nacional que autorizou Ex! destaca melhor ainda a situação de desespero e os bancos, quebrando longa tradição e interpretação de necessidade pela qual estão passando os micro conceitual, a descontarem os pré-clatados, a exem- e pequenos empresários brasileiros. É fundamental pio do que fazem as empresas de factoring. Os ju- que tenhamos nesta Casa Deputados conscientes ros registram queda, já que os cobrados pelas em- como V. Ex! que, ao ocuparem a tribuna, alertem to- presas de factoring se aproxima dos adotados pe- dos nós sobre a grande responsabilidade que temos los cartões de crédito; reconhecidamente escorchan- de tentar encontrar soluçOes que venham a auxiliar teso os micro e pequenos empresários, pois sabemos Estão, contudo, muito distantes da realidade in- que a expressiva maioria dos empregos oferecidos f1acionária. A nossa polftica econômica e financeira ao povo brasileiro é, sem dúvida alguma, fruto da ini- sustenta estranho paradoxo. Temos uma inflação de ciativa e do árduo trabalho dos micro e pequenos Primeiro Mundo, enquanto o custo do dinheiro está empresários, que estão empregando, pagando, e bem próximo dos períodos marcados pela inflação muitas vezes solucionando os graves problemas so- alta. ciais do povo brasileiro. Parabenizo V. Ex! pelo bri- Este fato tem explicação lógica irrecusável: os Ihante pronunciamento em defesa da economia bancos não vão alterar substancialmente suas taxas como um todo, mas, principalmente em defesa dos de mercado enquanto o Governo mantiver a ortodo- micro e pequenos empresários. xia de sua polftica financeira, que se caracteriza pela O SR. SEVERINO CAVALCANTI - Deputado rigidez do crédito através de artifícios como o depó- Arlindo Vargas, agradeço a V. Ex!, a intervenção, Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06153 Parlamentar preocupado com a situaçao do País e Quero agradecer ao grande companheiro por representante do glorioso Rio Grande do Sul, grande trazer o seu apoio ao nosso pronunciamento. Muito celeiro das pequenas e microempresas, Estado que obrigado, Deputado Udson Bandeira. também está sofrendo as conseqüências da insen- Para começar, o Simples já nasceu com o gra- satez do Governo, que se esquece de que os mi- ve pecado da omissão. O Govemo Federal, ao per- cro e pequenos empresários têm de ter um trata· ceber que o Congresso afinal se dispunha a votar o mento diferenciado, de acordo com suas próprias novo Estatuto da Pequena e da Microempresa, cogi- necessidades, em vez de ficarem a receber do Go- tou rapidamente oferecer a alternativa do Simples. verno soluções aleatórias que não correspondem à Esse engloba as soluções para todos os pro- realidade. blemas, os mais angustiantes, de forma ordenada e O aparte de V. Ex.!! Deputado Arlindo Vargas, sistemática, sobre descortinar novos horizontes para veio dar sentido ao meu discurso. os microempreendimentos. O Estatuto, em seu texto Ouço, com prazer o nobre Deputado Udson final, resultou de longos debates na Subcomissão da Bandeira, valoroso Parlamentar do Estado do To- Pequena e Microempresa nesta Casa, de encontros cantins. em Assembléias Legislativas e entidades ligadas à O Sr. Udson Bandeira - Deputado Severino categoria, tendo nascido o texto original do SEBRAE Cavalcanti, não poderia deixar de me congratular - Serviço de Apoio às Pequenas e Microempresas. com V. Exã pelo pronunciamento que faz. E, como Mas nos fixemos, por enquanto, no pecado representante do Tocantins, o mais novo Estado da maior do Simples. Federação, ainda em fase de implantaçao, mas que Devido à urgência com que foi concebido na também, a exemplo do Brasil, tem a sua economia área econômica, pelo motivo já apontado, o Simples baseada principalmente na pequena e microempre- padece da adesão dos Estados federados. O Estado sa. E nós admiramos este Parlamentar que está fa- de São Paulo, para citar o mais forte economica- lando, Deputado Severino Cavalcanti, este homem mente, reagiu contrariamente ao Simples. que tem, sem dúvida, a marca da seriedade, a mar- Em matéria publicada pela Folha de S.Paulo, ca da prudência e que é um exemplo aqui no Con- em 13 de fevereiro deste ano, o Coordenador da Ad- gresso e no seu Estado. Queremos parabenizá-lo ministraçao Tributária da Secretaria da Fazenda de também pela iniciativa deste pronunciamento, na São Paulo Clovis Panzarini, afirma que a adesão do Câmara dos Deputados, que vem, com certeza, le- Estado ao Simples não será vantajosa para as em- vantar mais uma preocupaçao para o Governo, a fim presas. E verbera: "Tecnicamente é um absurdo; o de que acelere o processo de dignificaçao dos pe- Simples não pode ser aplicado ao ICMS". quenos e microempresários brasileiros. Portanto, Sustentou Panzarini que as indústrias que ade- aqui fica o nosso testemunho, a nossa solidariedade rissem ao sistema teriam de "jogar fora" o crédito do e o nosso apoio ao seu pronunciamento. E quero, imposto (18%), quando comprassem matérias-pri- nesta oportunidade, manifestar a nossa admiraçao mas. E isso significaria produtos mais caros. Por ser pela sua pessoa, pelo seu caráter e pelo homem pú- não cumulativo, o ICMS é pago apenas sobre o va- blico que é. Muito obrigado pela oportunidade do lor acrescido às mercadorias. Assim, quando com- aparte. pra matéria-prima por R$100, a empresa paga O SR. SEVERINO CAVALCANTI - Agradeço R$18,OO de imposto. Vendendo por R$110,OO, paga- ao nobre Deputado Udson Bandeira que, repre- rá R$19,80, ou seja, 18% sobre R$110,OO. Como já sentando o mais jovem Estado da Federação, o Es- pagou R$18,OO, pagará só mais R$1,80. tado do Tocantins, tem procurado, com a sua atua- "É esse crédito de R$18,OO que a empresa dei- ção nesta Casa, nas Comissões, dar apoio à peque- xará de usar" - diz Panzarini. Assim, a matéria-pri- na e à microempresa. Pela consciência que tem, o ma sempre será tributada, encarecendo os produtos. Deputado Udson Bandeira sabe do significado des- "A questão é menos de perda de arrecadaçao por se tipo de empreendimento para o seu querido Esta- parte do Estado e mais de desarranjo do sistema tri- do do Tocantins. butário. A empresa que aderir vai quebrar, pois, Em várias reuniões que tivemos por todo esse além de não aproveitar o crédito, terá de pagar até Brasil, sempre encontramos representantes do Esta- 2,5% a mais de ICMS. do do Tocantins procurando levar adiante essa luta Na mesma matéria, seu autor, o jornalista Mar- que o Deputado Udson Bandeira defende nesta cos Cézari, apresenta posição de Joseph Couri, Pre- Casa. sidente do SIMPI - Sindicato da Micro e Pequena In- 06154 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 dústria do Estado de São Paulo, que é contrária à do Não se trata de esquecer todo o passado e de Coordenador da Administração Tributária da Fazen- estimular o calote, como pode supor as mentes afei- da paulista. Para ele, com alíquota máxima de 2,5%, tas à desconfiança e às idéias pessimistas. Enquan- as empresas pagariam, em -média, 1,5% de ICMS. to não houver um encaminhamento nessa direção, Considerando que a matéria-prima represente 25% medidas como o Simples serão consideradas temi- do preço do produto, a empresa "pagará" 4,5% (25% das, insuficientes e serão encaradas como esforços de 18%, que é o crédito perdido). isolados e desprovidos de consistência necessária. Esses 4,5% "perdidos", mais 1,5% (média) a A questão, está mais do que claro, é de conteúdo, serem pagos efetivamente dariam 6%, que seria a de fundo e não de forma. tributação com o Simples, segundo Couri. Embora, Sr. Presidente, o texto final do estatu- E prossegue o jornalista: "Pela sistemática to incorpore os elencos das principais reivindicaçOes atual, a empresa compra o produto e tem 4,5% (25% do setor, ele ainda é passível de aprimoramento a de R$18,OO) de crédito (dentro do faturamento) so- ser alcançado através de um encontro sem precon- bre a matéria-prima. Esses 4,5%, menos os 18% do ceitos, de lado a lado, entre os representantes auto- crédito perdido, dariam 13,5%, de acordo com os rizados no micro e pequenos empresários e os repre- cálculos do Presidente do Simpi. sentantes da área econômica. Como se vê, Sr. Presidente, o Simples "não é Nesse particular, é nossa esperança de que a tão simples" como parece. Quem aponta seus pon- a~ual direção do Sebrae deixe o imobilismo em que tos vulneráveis é um técnico que tem a responsabili- se encontra e retome à idéia do estatuto, propondo dade de comandar a administração tributária da Se- às autoridades competentes a retomada do diálogo, cretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. único meio de se superar esse impasse em que se A verdade é que o Simples é um passo impor- encontra o setor, com o Governo Federal brandindo tante no que toca à simplificação da arrecadação vantagens a que não pode renunciar, qual seja a de dos tributos do pequeno e do microempresário. Po- não esmorecerem, sob nenhuma justificativa, na luta rém, o que o setor reclama é muito mais do que um em defesa do micro e dos pequenos empresários. conjunto de medidas relacionadas a procedimentos Nenhum outro órgão reúne, como ele, creden- na área tributária. ciais para reerguer a bandeira do micro e dos pe- Sobre a questão, já demonstramos inúmeras quenos empresários, de forma a reivindicar ao Exe- vezes, desta tribuna, que os países desenvolvidos cutivo uma atitude firme, de real apoio ao segmento adotaram, desde cedo, providências de excepcional que mais emprega e que mais sofreu as conseqOên- magnitude no sentido de estimular, de apoiar e de cias do reajustamento da economia nacional, em viabilizar o pequeno e o microempresário. Enquanto face das profundas alteraçOes ocorridas em função isso, o Brasil, que precisa romper as barreiras da pc- do Plano Real. breza extrema, que precisa oferecer emprego aos jo- Esperamos, igualmente, que a Frente Parla- vens que vão chegando à idade de trabalhar, insiste rnentar da Micro e Pequena Empresa e a Subcomis- numa posição tímida, numa posição de quem teme são da Economia se reinsiram no processo, que só avançar mais, ousar mais, possibilitando ao pequeno e foi iniciado e que ainda depende de muita coisa a ao microempresário o acesso ao crédito, com juros su- ser feita, ainda depende da mudança de atitudes da portáveis e sem as exigências burocráticas e garantias área econômica do Governo, que permanece distan- que, na maioria dos casos, deixam o interessado im- te, insensível, disposta a não tomar nenhuma medi- possibilitado de valer-se do crédito a sua disposição. da que possa representar a mais leve ameaça à res- É fundamental situar-se neste ponto, porque o surgência da espiral inflacionária. retomo do relacionamento normal do pequeno e do O destino do micro e do pequeno empresário, microempresário com a rede bancária só ocorrerá enquanto isso, vai sendo adiado e envolvido em pe- quando o Governo, através de suas autoridades da quenos arranjos, feitos às pressas, para atender a área econômico-financeira, convencer-se de que o objetivos imediatistas nem sempre confessados. pequeno e o microempresário empreendedor che- Nossa preocupação com este estado de coisas gou de fato ao fundo do poço e, aí, agindo conse- mais se acentuou a partir do momento em quê toma- qOentemente, reformular todo o sistema de garan- mos conhecimento de que o Sr. Presidente da Re- tias, inclusive reconsiderar, de acordo com as cir- pública, ao sancionar a Lei ~ 9.317, vetou o art. 27 cunstãncias, a situação de inadimplência, não pou- desse diploma legal, retirando, com este ato, do Can- cas vezes com o impedimento d,e usar cheques. selho' Deliberativo do Sebrae o representante das pe- Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06155 quenas e microempresas, o que resultou completa­ Iizados, como o do Município de Nova Floresta, no mente desfigurada a composição desse órgão. Estado da Paraíba. Diante de todo esse quadro de perplexidade, Em Nova Floresta, 120 pequenos fruticultores de incertezas e de dificuldades em que vivem os mi­ não conseguem financiamento do Banco do Brasil. cro e pequenos empresários, temos de admitir, Sr. Somente dez médios produtores de maracujá irriga­ Presidente, Srlls e Srs. Deputados, que só a perse­ do foram beneficiados com projetos de custeio e fi­ verança, o estoicismo e sua capacidade de suportar nanciamento do Banco do Brasil. o mais doloroso podem gerar mais energia para rea­ O apelo que fiz ao Vice-Presidente é no senti­ nimar todos aqueles que, no Congresso e tora dele, do de que S. Ex! i1iterceda junto à direção do Banco continuam travando o bom combate, mostrando ao do Brasil, para que essa instituição também propor­ Governo que fizeram os países que venceram o cione esse financiamento aos 120 pequenos produ­ atraso e a ignorãncia. tores de sequeiro que necessitam do apoio governa­ Por tudo isso, só podemos esperar que o Pro­ mental neste instante. O Município de Nova Flores­ tocolo BID-Bndes possa constituir mais um pequeno ta, apesar de estar encravado na regiao do semi-ári­ estímulo, mais um motivo de esperança para quem do da Paraíba, goza de situação privilegiada. Ele tanto já sofreu e está sofrendo. fica localizado onde nao existe instabilidade climáti­ Agradeço a V. Ex! a tolerãncia, permitindo con­ ca, em cima de uma serra, cujo clima é propício para cluir meu pronunciamento. esse tipo de cultura. O SR. PRESIDENTE (Ivo Mainardi) - Antes de Repito, o apelo que fiz ao Vice-Presidente da passar a palavra ao nobre Deputado Aldo Arantes, República foi no sentido de que S. Ex! tomasse pro­ concedo a palavra, para uma Comunicação de Lide­ vidências, utilizando-se do seu prestígio e de sua rança, aos nobres Deputados Alvaro Gaudêncio sensibilidade, que venham ao encontro desses pe­ Neto e Marilu Guimarães, que terão dez minutos, di­ quenos produtores do Município de Nova Floresta. vidindo o tempo entre si, em nome do PFL. Sobre esse assunto, recebi correspondência da presidência do Centro Artístico e Operário Flores­ Com a palavra o nobre Deputado Álvaro Gau­ tense, subscrita pelo Sr. Severino Augusto de An­ dêncio Neto. drade, pessoa identificada com essa causa no Muni­ O SR. ÁLVARO GAUDÊNCIO NETO (PFL ­ cípio de Nova Floresta. PB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srlls e Tratamos também, com o Vice-Presidente da Srs. Deputados, a Deputada Marilu Guimarães fala­ República, de um problema que me tem feito ocupar rá pela Liderança do partido, homenageando a mu­ a tribuna por várias vezes. Refiro-me à notícia do fe­ lher pelo transcurso do seu dia. S. Ex!, mais do que chamento do Cesec na cidade de Campina Grande. ninguém, pelo seu brilhantismo, terá condições de O Cesec é vinculado ao Banco do Brasil. Já protes­ cumprir com fidelidade essa missão em nome do tei por várias vezes contra essa medida. Conheço a Partido da Frente Liberal. realidade de Campina Grande, suas potencialida­ Sr. Presidente, nos cinco minutos disponíveis, des. A desativação desse centro de processamento quero registrar alguns aspectos que julgo importan­ de dados irá trazer prejuízos não apenas àqueles tes, para que as autoridades deste País possam to­ que são empregados do Banco do Brasil, com seus mar conhecimento. deslocamentos, com suaS transferências para outras ~ muito importante que não apenas um Parla­ cidades, mas também ao setor produtivo de Campi­ mentar individualmente, mas toda a bancada do na Grande, à indústria e ao comércio, que se utili­ PFL, partido encravado na Região Nordeste, conhe­ zam desse serviço de processamento de dados. cedor da realidade do semi-árido - e por que não di­ O Vice-Presidente da República, conhecedor zer toda a Casa -, trabalhe no sentido de que solu­ também da vibração, da dinãmica do campinense, ções sejam tomadas em favor daqueles mais sofri­ com certeza irá interferir junto à direção do Banco do dos, ou seja, dos pequenos produtores. Brasil no sentido de que o Cesec continue funcio­ Refiro-me, Sr. Presidente, Srlls e Srs. Parla­ nando em Campina Grande. De Campina Grande mentares, a uma audiência que tive com o Vice-Pre­ vêm apelos nao apenas da Presidente do Sindicato sidente da República Marco Maciel na última quarta­ dos Bancários de Campina Grande, Eugênia do feira. Conversamos sobre diversos assuntos, inclusi­ Nascimento, mas também das forças produtoras, da ve sobre o desempenho e o fortalecimento do PFL indústria, do comércio, dos funcionários do Banco do em todo o País. Tratei com S. Ex! de assuntos loca- Brasil que estão mobilizados esperando que o Ce- 06156 Sábado 8 DIÁRIO DA cÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 sec permaneça em Campina Grande para",continuar A descentralização do Cesec de Campina prestando à cidade relevantes serviços. Grande provocará um desequilibrio de caixa no co- Portanto, Sr. Presidente, SrAs e Srs. Parlamen- mércio e na indústria, com a compensação nacional, tares, este.é o resultado de audiência que mantive até porque como em todo País, na Paraíba, o Banco cm o Sr. Vice-Presidente da República, ocasião em do Brasil é tido como instituição de grande poder de que falamos sobre o fortalecimento do Partido da barganha dos serviços financeiros, e tem nas suas Frente Liberal em todo o País. Trata-se de um parti- agências locais um volume grande de tr~nsaçOes. A do preocupado com a solução dos problemas do comunidade sofrerá o prejuízo pela falta da circula- povo brasileiro. ção do pagamento, e com a transferência dos fun- Concluindo, espero que o Sr. Marco Maciel in- cionários, desestabilizando suas famílias. terceda, junto ao Banco do Brasil, no sentido de evi- Muito agradeço o apoio do ilustre Vice-Presi- tar-se o fechamento do Cesec no Município de Cam- dente no sentido de determinar o exame com priori- pina Grande. S. Ex!. sensibilizou-se com a questão. dade da referida situação, evitando o fechamento do Acredito firmemente que as providências serão to- Cesec de Campina Grande - Paraíba, conforme o madas e os pleitos do povo serão plenamente aten- exposto. didos. Respeitosamente, - Álvaro Gaudêncio Neto, Reitero que o Banco do Brasil deve apoiar os Deputado Federal - Vice-Líder do PFUPB. pequenos produtores de maracujá do Município de Nova Floresta, na Paraíba. Brasília, 5 de março de 1997. S. Presidente, utilizará o restante do tempo do ~~':~rS~arco Maciel PFL a Deputada Marilu Guimarães, que fará uma justa homenagem à mulher. Vice-Presidente da República Federativa do Brasil Palácio do Planalto DOCUMENTOS A QUE SE REFERE Brasília-DF O ORADOR: Excelentrssimo Senhor Vice-Presidente, Brasília, 5 de março de 1997 No Município de Nova Floresta, no Estado da ExmRSr. Paraíba, 120 pequenos fruticultores não consegui­ Doutor Marco Maciel ram financiamento do Banco do Brasil, porque só f0­ Vice-Presidente da República Federativa do Brasil ram beneficiados os projetos de custeio e investi­ Palácio do Planalto mento para maracujá irrigado, onde só existem 10 Brasília-DF médios produtores. Excelentrssimo Senhor Vice-Presidente, Recebi um apelo do Presidente do Centro Ar­ Encaminhei ao Ministro da Fazenda e ao Presi­ tístico e Operário Florestense, Severino Augusto de dente do Banco do Brasil, pleito do Sindicato dos Andrade; para que seja autorizada a liberação de re­ Empregados em Estabelecimentos Bancários de cursos para custeio e investimento na cultura de ma­ Campina Grande e Região, no sentido de evitar a racujá de sequeiro, que decuplicará o número de fru­ extinção do Centro de Processamento do Banco do ticultores no Município, e proporcionará o aumento Brasil - CESEC, naquela cidade, cópia em anexo. de emprego e geração de renda, além do surgimen­ A medida, já noticiada no Estado da Paraíba to de novos negócios, como por exemplo a industria­ pela Superintendência do Banco do Brasil, em João lização de poupa do maracujá e até mesmo do cajú Pessoa, vem causando grande expectativa à popu­ para outros centros mais comerciais como Campina lação, preocupada com os prejuízos que acarretarão Grande, João Pessoa, Natal, e Salvador. à comunidade, e que foi motivo de pronunciamento Em pronunciamento ontem na tribuna da Câ• de minha autoria na Tribuna da Câmara dos Deputa­ mara dos Deputados pedi providências ao Presiden­ dos, cuja cópia segue também em anexo. te Fernando Henrique Cardoso, e encaminhei ofício Como Vossa Excelência pode verificar, trata-se ao Presidente do Banco do Brasil, no mesmo senti­ de um problema de difícil aceitação para Campina do, cópias em anexo, para que seja autorizada a so­ Grande, primeira cidade do interior da Paraíba, que licitação dos pequenos plantadores de maracujá da deixará de prestar serviços da mais alta importância Paraíba, que viabilizará a subsistência de pelo me­ para o comércio, a indústria e todo o Compartimento nos 120 famílias em uma região das mais pobres do da Borborema, sem contar que 84 funcionários se­ País. rão transferidos e 80 auxiliares terão seus contratos Vale ressaltar que o município de Nova Flores­ suspensos. ta está encravado numa área onde não ocorre insta- Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA OOS DEPUTADOS Sábado 8 06157 bilidade climática, não devendo obter maiores preo- outorgou à mulher, durante séculos, um único papel, cupações da instituição bancária no financiamento um ideal de dedicação altrurstica à fam f1ia , de subli- para pequeno~ produtores do maracujá de sequeiro. mação das tarefas domésticas, a partir de um mode- Diante do exposto, e preocupado com a fragili- lo de submissão, inventado para servir a interesses dade da base de sustentação econômica do Estado esconsos de poder. Lamentavelmente, essa busca da Pararba, que nos impõe a permanente vigilância por um novo padrão é um movimento de dinâmica sobre as oportunidades que possam ser potenciali- lenta, às vezes interceptado por ondas que despres- zadas em favor da geração de empregos, renda e tigiam, se não deformam a visão da mulher, valoran- condições de melhoria de vida dos paraibanos, e co- do-a, por exemplo, apenas em razão da juventude e nhecendo o elevado espirito público de Vossa Exce- da perfeição estética, da maior ou menor capacida- lência, é que peço o apoio do ilustre Vice-Presidente de de inserir-se nos domrnios masculinos. para mais esta causa do meu estado, a Pararba, fa- Nossos problemas são, por isso, ainda, muito zendo gestões para que o Banco do Brasil financie a extensos. Se o povo brasileiro, na maioria, padece cultura do maracujá em favor dos pequenos produto- de males sociais atrozes, a mulher, pelo simples fato res de sequeiro do municipio de Nova Floresta. de ser mulher, é mais ainda apenada. Pesam contra Respeitosamente, - Álvaro Gaudêncio Neto, ela: o desestrmulo às lideranças femininas, a restri- Deputado Federal - Vice-Uder do PFUPB ção de direitos e oportunidades; a falta de uma potr- O Sr. Ivo Mainardi, § ~ do amgo 18do tica de planejamento .familiar, bem como de progra- Regimenro Interno, deixa a cadeira da presí- mas de saúde e educação, o que s6 tem feito agra- dência, que é ocupada pelo Sr. Arlindo Var- var os indices de abortos malsucedidos, de esterili- gas, § ~ do amgo 18do Regimenro Interno. zação indiscriminada, de mortalidade e de pobreza; O SR. PRESIDENTE (Ivo Mainardi) _ Concedo o preconceito; a depreciação no mercado de traba- a palavra à Deputada Marilu Guimarães, para uma lho, que faz da mulher mão-de-obra de segunda comunicação de Liderança, pelo PFL. classe, com salário médio menor que o do homem e O SRA. MARILU GUIMARÃES (PFL-MS. mais dificuldade do que este em conseguir emprego; Como Uder. Sem revisão da oradora.) _ Sr. Presi- o subemprego e os subsalários; a luta por uma dente, nobres companheiros, agradeço ao Deputado maior participação potrtica; as agressões de toda or- Alvaro Gaudêncio Neto o espaço que cede à mulher, dem, que remetem à questão dos direitos humanos, como um homem sensivel à nossa causa. Fazemos, pois afrontam a dignidade da pessoa, o espanca­ mento dentro do lar; o assédio sexual e o estupro, também, em nome do PFL, homenagem ao Dia In- outras formas de violência intoleráveis, porque inca- ternacional da Mulher. brveis; a prostituição, verdadeira chaga, vergonha Acredito que esta data não poderia passar em branco. É verdade que ainda falta muito para poder- para os brasileiros diante do mundo, quando se pen- sa na absurda legião de crianças e adolescentes as- mos comemorar este dia, mas momento haverá em sim agrilhoados. que não mais será necessária tal comemoração, ou mesmo a referência no calendário, pois nossas lutas Ora explora de forma lasciva, como objeto se- já terão atingido seu maior patamar. xual, enfatizando a beleza e a juventude como virtu- Sr. Presidente, SP!s. e Srs. Deputados, eis que des maiores; ora o faz por meio da velha imagem da novamente nos aproximamos do dia dedicado à mu- dona-de-casa ou da mãe extremada, que nos chega Iher, em todo o mundo. No Brasil, as comemorações pelos comerciais de televisão. Como alguém já mui- deste 8 de março, obedientes a um impulso univer- to a prop6sito lembrou, essa é a "mãe margarina", fi- sal, constante e irreversivel, acontecerão, a meu ver, gura sempre sorridente e visualmente impecável das sob a égide da participação, da conscientização, da propagandas. Bem, nobres colegas, a realidade é ética, da solidariedade com as circunstâncias so- outra. Na verdade, a mulher brasileira, não raro, é ciais, polrticas e hist6ricas. Assim espero que sejam, protagonista de dramas humanos terrrveis. e que o sejam mais do que foram há um ano, quan- Contam-se aos milhões as mulheres provedo- do, por sua vez, superaram a do ano anterior e, as- ras da familia, e isso em nada corresponde à visão sim, regressivamente, através das gerações, até subliminar preconceituosa, que intenta atribuir-lhes chegarmos aos primeiros movimentos pela emanci- um papel ficcional, por demais romantizado, destitui- pação feminina. do de objetivos, restrito no que respeita à participa- Desde então, tenta-se superar a romantiza- ção dentro do processo social. Além dessas, respon- ção, que, sob o enganoso clichê de "Rainha do Lar", sáveis pelo sustento do grupo familiar, muitas outras 06158 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 foram levaaas ao mercado de trabalho pela crise da pobreza, ao ateMlmento das demandas sociais, econômica das últimas décadas, quando maridos e às reformas, que trarão um novo ritmo ao desenvol- companheiros passaram a ganhar menos ou mesmo vimenta, e a medidas legislativas diversas, de ou- perderam seus empregos. tro, pode-se desde já antecipar, ao menos, o en- Metade da mão-de-obra no Brasil é feminina. gajamento maior da sociedade, no sentido de Entre 1970 e 1990, sua inserção no mercado de tra- apoiar, de condenar e denunciar, de promover a balho cresceu 180%, enquanto que, entre os ho- representatividade feminina, levando a mulher a mens, o crescimento no perrodo foi de 71 %. Segun- tomar parte de todas as atividades, em todos os do a Relação Anual de Informações Sociais - RAIS, fóruns onde se ponham em discussão os interes- do Ministério do Trabalho, os segmentos da econo- ses da população, a cidadania, o atendimento de mia que mais empregam mulheres são a administra- necessidades básicas, os direitos das pessoas, ção pública, o comércio e o setor de serviço. Graças das crianças, homens e mulheres, em igualdade ao senso de organização e responsabilidade, as mu- de situação. Iheres são bem aceitas em firmas comerciais. Em- Eis, Sr!s e Srs. Deputados, a forma mais con- presas de conservação e limpeza absorvem em seqOente de professarmos, todos, a verdadeira de- grande escala o trabalho feminino, certamente devi- mocracia. E o discurso democrático só de congemi- do à natureza das atividades, muito próximas àque- nará verdadeiramente com a prática democrática, las exercidas pelas mulheres no âmbito doméstico. quando lhe pudermos imprimir a verdadeira dimen- No entanto, a retribuição salarial é ainda o que se são humana. sabe, e as mulheres, sobretudo as de menor qualifi- O SR. UDSON BANDEIRA - Sr. Presidente, cação profissional, não têm alternativa senão sujei- peço a palavra pela ordem para uma Comunicação tar-se a receber menos. de Liderança, pelo Bloco Parlamentar Na política, estamos longe de banir a "repúbli- PMDB/PSD/PSL. ca dos homens", apesar de não ser o que deseja- O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - Con- mos. Queremos, sim, participar com vigor e repre- cedo a palavra ao Exm2 Sr. Deputado Udson Ban- sentatividade das decisões nacionais, gozar de pres- deira, do PMDB do Tocantins. tígio político. Nos últimos vinte anos, a presença das mulheres no Poder Legislativo aumentou de 1 para O SR. UDSON BANDEIRA (Bloco/PMDB - 6% apenas. A cota mínima de 20% das candidaturas TO. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Pre- de cada partido, nas eleições municipais de 1996, é sidente, agradeço a oport:,midade e a paciência dos um avanço que precisa ser consolidado, não só com nobres Deputados inscritos no Grande Expediente, um número crescente de candidatas do sexo femini- principalmente o Deputado Alc.'') Arantes, de Goiás. no, como também com mais candidatas eleitas. Trago ao conhecimento desta Casa, mais uma vez, a situação em que se encontra o povo do Municipio Ao se avizinhar o Dia Internacional da Mulher, de Gurupi, Estado do Tocantins. essas considerações, Sr. Presidente, cumprem uma única finalidade: fazer com que a voz das mulheres, Trata-se de uma cidade-pólo, um município a nossa voz seja ouvida. Desde Pequim, na IV Con- dos mais importantes do nosso Estado e que se en- ferência da ONU sobre a Mulher, que mobilizou mu- contra até hoje - mês de março de 1997, sem Pre- (heres de todo o mundo, em 1995, e antes disso, na feito eleito e sem uma Câmara de Vereadores. Ima- Conferência Internacional do Cairo sobre População ginem V. EXªs que Gurupi é a única cidade deste e Desenvolvimento, ocorrida em 1994, também sob País que se encontra nessa circunstância. os auspicios da ONU, aguardam-se mudanças. Dos Como já relatamos, anteriormente, nesta tribu- governos dos parses participantes, entre os quais o na, a situação de Gurupi é traumática. A sociedade Brasil, se quer a formulação de políticas que pos- daquela cidade, aflita e preocupada com o seu desti- sam, em todo o planeta, independentemente de cre- no, resolveu fazer uma caminhada até esta Capital do ou cultura, mudar as condições de vida das mu- Federal para manifestar, por meio dos seus segmen- Iheres, que, notadamente nos países pobres, pade- tos organizados, a preocupação e aflição daquele cem da iniqOidade imposta tanto pelo atraso mate- povo. rial, quanto de mentalidade. Assim sendo, recebemos, ontem, em Brasília, No caso brasileiro, há muito por fazer. Porém, uma caravana de mais de 150 pessoas, que veio pe- se, de um lado, grande parte das medidas está con- dir a esta Casa apoio para que o Tribunal Superior dicionada ao crescimento econômico, à extirpação Eleitoral possa dar celeridade ao julgamento do Pro- Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06159 cesso, a fim de que Gurupi possa ter Prefeito e Câ- O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - Em mara dos Vereadores. continuação ao Grande Expediente, temos a honra Estivemos ontem com o Relator do processo, de passar a palavra ao Ex~ Sr. Deputado Aldo Ministro Costa Porto, e também com o Ministro Mar- Arantes, do PCdoB de Goiás. S. Ex!! dispõe de 25 co Aurélio, quando relatamos a S. Ex!!s a situação minutos para proferir sua oração. do Municipio. Felizmente, fomos bem atendidos e os O SR. ALDO ARANTES (Bloco/pedoB - GO. dois Ministros nos garantiram que brevemente será Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, resolvido aquele impasse. Sflls e Srs. Deputados, inicio meu pronunciamento Sr. Presidente, Sl'ªs e Srs. Deputados, quere- fazendo uma homenagem às mulheres brasileiras mos, dentro. do possível, que o Poder Legislativo pelo transcurso, amanhã, do Dia Internacional da manifeste, de alguma forma ao TSE, à sociedade de Mulher. Gurupi e ao Estado do Tocantins, tranqüilidade, para A luta da mulher transformou-se numa bandei- que aquela comunidade possa voltar ao seu eixo de ra da luta pela democracia. Na verdade, não é so- desenvolvimento, à sua vida normal. É apenas isso mente a luta das mulheres; é a luta de todos os que que queremos! Trata-se de uma cidade bela, com defendem a democracia, e portanto, defendem a um povo honesto e trabalhador, muito importante igualdade de direitos. Essa luta surgiu como fruto da para o Estado, que lamentavelmente está sendo discriminação, da violência, das práticas antidemo- abalada por desajustes e maldade provocados pelo cráticas desenvolvidas, no decorrer de séculos, con- Governador Siqueira Campos. Verifica-se que S. Ex!! tra as mulheres, ganhando uma expressão mundial não aceita as decisões das urnas e não está tendo quando aconteceu a Conferência de Pequim, um consciência cívica com o povo daquele Município. marco importante dessa luta. Sr. Presidente, ac:reditamos na Justiça e sobre- Aproveito esta oportunidade para homenagear tudo na decisão do TSE, ao contrário das dúvidas as mulheres pela coragem e determinação na luta que temos em relação ao TRE, porque temos moti- em defesa de seus direitos. vos de sobra para desacreditar na Justiça tocanti- Sr. Presidente,Sr:ªs e Srs. Deputados, Rui Bar- nense. Mas temos fortes motivos para confiar no bosa, no início deste século, vaticinou que "um país TSE, que haverá de julgar pela justiça e pela legali- se faz com homens e livros". Hoje vou abordar o dade, resolvendo de uma vez por todas a situação tema educação e analisar a política educacional do política da cidade de Gurupi. Governo Fernando Henrique Cardoso. A partir de então, estaremos todos fazendo um A educação brasileira, sobretudo a superior, grande pacto de desenvolvimento para Gurupi, tanto passa por um período de séria crise. Analisarei essa isso é verdade que estavam aqui ontem, e ainda es- crise a partir de um exemplo concreto que é a situa- tão, nessa caravana todos os segmentos partidários ção da Universidade de Goiás, fundada há 36 anos. da cidade, inclusive os que se enfrentaram nas ur- Essa universidade já formou mais de 32 mil profis- nas. sionais. Mas o objetivo maior dessa manifestação da A UFG desempenha papel decisivo para o de- qual participaram Vereadores e alguns movimentos senvolvimento de Goiás e do Centro-Oeste. Em de classe é que se resolva definitivamente o impas- 1990, apresentou aproximadamente oitenta traba- se em Gurupi, para cujo processo viemos pedir cele- lhos em. eventos científicos. Em 1995, esse numero ridade e tivemos uma boa recepção do Ministro Mar- subiu para 480, ou seja, cresceu 600% co Aurélio e do Ministro Costa Porto. Acreditamos A Universidade Federal de Goiás exerce papel que já na semana que vem teremos resolvido essa de grande relevância para o desenvolvimento de difícil situação. toda a região de Goiás. No entanto, como as univer- Queremos, finalmente, Sr. Presidente, dizer à sidades públicas brasileiras, enfrenta uma séria cri- sociedade de Gurupi, se possível através do progra- se.' ma Voz do Brasil, que o nosso País tem uma institui- A primeira crise diz respeito à sua manutenção ção muito séria, o TSE, que haverá de dar um resul- e funcionamento. Os recursos são exíguos. No Or- tado final a essa polêmica novela. Então, todos n6s, çamento de 1995, foram autorizados 132 milhões e de Gurupi, haveremos de dar as mãos para voltar- 600 mil reais para a UFG. Mesmo sendo insuficien- mos ao desenvolvimento e voltar a dar tranqUilidade tes, esses recursos foram reduzidos. Analisando àquele povo, que tanto tem colaborado com o nosso essa redução de recursos, a pr6pria Universidade Estado do Tocantins. Federal de Goiás destaca as conseqüências. 06160 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 Uma delas é a ausência de manutenção dos cação, destina vultosos recursos para os banqueI­ equipamentos nos laboratórios. ros, para os grandes proprietários de terra. Não po­ Quero, aliás, dar um testemunho. Freqüento a demos aceitar isso passivamente. Sabemos que a Universidade Federal de Goiás e estive nos labora­ aplicação do tal projeto neoliberal no Brasil está tra­ tórios, onde os servidores me disseram que não tra­ zendo sérias conseqüências. balhavam há muito tempo porque não havia sabão e Mas não é só isso, Sr. Presidente, srªs e Srs. coisas mfnimas para o seu funcionamento. Isso é Deputados! A polftica do Governo em relação ao um absurdo, um acinte, um desrespeito à universi­ servidor público tem tido efeitos funestos para a Uni­ dade, ao saber e ao desenvolvimento cientffico e versidade Federal de Goiás. O Programa de Demis­ tecnológico. É inacreditável um laboratório não fun­ são Voluntária já provou a safda de 102 servidores. cionar porque não existem condições mfnimas para Ocorre que há uma redução do quadro de servido­ o seu funcionamento. res devido à proibição do Governo de novas contra­ Também destaca a direção da Universidade tações e, também, em decorrência das aposentado­ Federal de Goiás outras conseqüências do estran­ rias. gulamento financeiro: aulas sendo dadas sem mate­ Com isso, está-se criando uma situação crítica, rial didático apropriado; impossibilidade de modern­ porque o Governo estimula a saída de um grande ização das disciplinas; impossibilidade de ampliar os número de servidores, através da demissão voluntá­ grupos de pesquisas emergentes e de propiciar a ria, argumentando que há excesso de servidores. No contrapartida necessária aos pesquisadores; pulveri­ entanto, seria necessário que tivesse a sensibilida­ zação dos grupos de pesquisas; desmotivação dos de para compreender que em determinadas áreas jovens pesquisadores; deterioração da infra-estrutu­ não há excesso, mas falta, carência. Se a ques­ ra existente. tão é tratada de forma burocrática, sem perceber Ora, Sr. Presidente, sabemos que no Brasil a que na educação brasileira falta gente não só em pesquisa cientffica e tecnológica se desenvolve fun­ número, mas em qualidade, é claro que são cria­ damentalmente nas universidades públicas. O es­ das condições para o estrangulamento do ensino trangulamento da Universidade Federal de Goiás é o no Brasil. estrangulamento da universidade pública brasileira, Na verdade, quais as razões de fundo em rela­ que tem como conseqüência o estrangulamento da­ ção à crise da universidade brasileira? Quais as ra­ quilo que há de mais importante na pesquisa cientffi­ zões de fundo relacionadas com a crise da Universi­ ca e tecnológica, parte, na verdade, integrante do dade Federal de Goiás? projeto neoliberal de desmonte do Estado brasileiro, Uma das razões diz respeito à questão do in­ da universidade pública e dos centros de pesquisa vestimento na área da educação. A média de inves­ cientffica e tecnológica no País. timentos em educação, após subir alguns pontos Do ponto de vista ffsico também há sérias im­ percentuais entre 1990 e 1994, voltou a cair com a plicações. Destaca a Universidade Federal de posse do sociólogo e professor Fernando Henrique Goiás: o patrimônio físico precisa urgentemente de Cardoso. revisão completa nas estruturas ffsicas e instalações O anuário dos trabalhadores de 1996 e 1997, elétricas e hidráulicas; há deterioração de ambientes publicado recentemente pelo Dieese, traz, na página acadêmicos, laboratórios, bibliotecas e biotérios; há 177, a tabela das despesas orçamentárias do Go­ riscos de incêndios e desabamentos. verno Federal de 1990 até julho de 1996. Em 1990 o Não sou eu quem está falando isso, Sr. Presi­ Governo investiu 2,35% do orçamento da educação dente. Estou falando com base em documento oficial em cultura. Atingiu 4,07% em 1994 e só com o Pre­ da Universidade Federal de Goiás. sidente Fernando Henrique Cardoso os voltarão a Trata-se, portanto, de uma situação crítica, gra­ cair, sendo 3,88% em 1995 e 2,6% até julho de ve, que deve fazer com que o Ministro da Educação 1996. repense essa polftica educacional e, também, que o Há portanto, um progressivo corte de recursos Presidente da República (um sociólogo, um educa­ para a educação. Aliás, o Presidente Fernando Hen­ dor) repense os rumos da educação brasileira. E por rique Cardoso, no seu livro intitulado "Mãos às quê? Qual a raiz de tudo isso? O corte drástico de Obras", já afirmava que o País não necessita de recursos para a Educação. mais recursos para a educação, mas, sim, que os Todos sabemos que o Governo, enquanto cor­ recursos sejam melhor utilizados. E aí está a justifi­ ta recursos para a universidade pública, para a edu- cativa para os cortes orçamentários. Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06161 O Brasil necessita de investimentos na área de Essa é uma mentalidade estreita, que não educação, mas o Governo Federal, insenslvel, diz compreende o Brasil como um paIs continental, que que a educação não precisa de mais recursos. É tem de ter um projeto próprio. A pensar dessa forma, claro que será necessário uma melhor racionalidade o Japão, que é um paIs pequeno, não teria percorri- na aplicação dos recursos, mas dizer que os recur- do o caminho que percorreu. sos destinados à educação são mais do que sufi- Aliás, Sr. Presidente, na época, o Japão foi cientes é não compreender a importância da educa- pressionado pelos americanos, que queriam que ção para o Brasil. não se montasse no Japão centros de pesquisa Aliás, Sr. Presidente, quero aqui destacar a im- cientrfica e tecnológiÇa, que queriam que o Japão portância da educação hoje no mundo, particular- aceitasse a lei de patentes, e os japoneses disse- mente com a revolução cientrfica e tecnológica. Pal- ram, de uma forma muito categórica, que não aceita- ses que conseguem progresso científico significati- vam a lei de patentes porque queriam reproduzir, no vo, como o Japão e a China, investem de forma de- Japão, com a inteligência japonesa, os avanços que cidida na educação, e na educação pública, porque hoje estão em curso no mundo. a educação particular não tem condições de corres- Essa é a questão, Sr. Presidente. Há uma falsa ponder às exigências do progresso cientrfico-tecno- discussão como se nós, da esquerda, não quisésse- lógico quanto ao padrão de ensino. mos a modernidade! Queremos a modernidade, mas E por quê, Sr. Presidente? Porque a educação queremos nos apropriar da modernidade; não quere- particular visa ao lucro. É um negócio. Respeitamos, mos meramente comprar equipamentos modernos, estamos em um paIs capitalista. Porém, quem tem queremos nos apropriar do saber avançado. Para sensibilidade compreende que neste Pall:?, nestas isso, temos de reproduzi-lo internamente, temos de condições, é necessário que o Estado invista na desenvolver os centros de pesquisa cientlfica e tec- educação. É necessário fortalecer a escola pública nológica em nosso PaIs. como questão fundamental e como capacitação do Essa crise atinge um ponto tão sério e tão gra- PaIs para construir um projeto nacional. ve que o jornal O Globo, na sua edição de 5 de de- Quem não se preocupa em construir um proje- zembro de 1996, traz um artigo do colunista Cláudio to nacional, quem não se preocupa em construir Tadeu Daniel Ribeiro, que diz o seguinte: uma alternativa verdadeira para o PaIs, evidente- mente não está preocupado com a universidade, "No Instituto Oswaldo Cruz, um dos evidentemente está partindo do pessuposto de que mais renomados do PaIs, Doutores em PHD a universidade tem muitos recursos. estão vendendo salgadinhos para compor Quero lembrar, Sr. Presidente, que no Japão, os seus salários." hoje, os gastos com a educação pública são altíssi• mos! No Japão, um paIs capitalista, praticamente Ora, Sr. Presidente, isso é brincadeira. Doutor não há escola particular, porque os japoneses per­ em PHD do Instituto Oswaldo Cruz vender salgadi­ ceberam que para o seu avanço cientIfico e tecnoló• nhos para ter um salário melhor? Esse é exatamente gico é indispensável o investimento na educação. o ponto a que chegamos neste PaIs. A China hoje destaca entre um dos seus objeti­ O Prof. Marco Antônio Dias, Diretor da Divisão vos prioritários o investimento na educação - na de Ensino Superior da Unesco, meu amigo pessoal educação básica, evidentemente, mas na educação de muitos anos, quando fazia uma exposição no Se­ superior também, porque a educação superior é minário Nacional sobre Ensino Superior, disse, ao onde se tem condições de desenvolver os centros lado do atual Ministro da Educação, Sr. Paulo Rena­ de pesquisa cientrfica e tecnológica. to, que uma universidade pública teria autorizado os Quem está imaginando que o problema é o seus professores em dedicação exclusiva a USár oito mercado, não está preocupado com o desenvolvi­ horas semanais para ensinar em outras instituições mento industrial brasileiro, não está preocupado com com o objetivo de aumentar os seus rendimentos. a manutenção do parque industrial brasileiro nem Se este PaIs não tem condições de dar aos com a pesquisa cientrfica e tecnológica no Brasil, seus pesquisadores e aos seus professores um sa­ porque raciocina: "Ora, se existem centros de pes­ lário de tal forma que eles possam se dedicar com quisa avançada nos Estados Unidos, no Japão e na exclusividade, tendo eles - inclusive, essa é a quali­ Europa, por que nos preocuparmos em desenvolver ficação - atividade exclusiva, significa que estamos a pesquisa cientrfica e tecnológica no Brasil". num mal caminho. 06162 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 A verdade é a seguinte: tudo isso está dentro rior. Aliás, isso não ocorre somente agora. Lembro- de uma determinada visão do Estado brasileiro, den- me de que, quando da luta em defesa de um projeto tro de uma visão do chamado Estado mlnimo. democrático nacional para a educação, citei o Rela- Dizem que é necessário fazer um controle da tório Acto e os Acordos Mec-Usaid, que eram tentati- qualidade do ensino. Achamos que não é só neces- vas de adequar a universidade brasileira ao paradig- sário, como é imprescindlvel. Contudo, tentam sim- ma fixado pelos norte-americanos. Pois bem. Agora, plificar esse processo, adotando o método do pro- o Banco Mundial estabelece um paradigma, e o Go- vão, como se fosse através de uma medida dessa vemo Federal o segue em todas as linhas, principal- natureza, na verdade voltada contra os estudantes, mente nas fundamentais. que são vitimas desse processo e não responsáveis, E esse relatório do Banco Mundial diz o se- que se vai fazer controle da qualidade do ensino. E guinte: os estudantes vão ser duplamente vitimados, porque ... O Ensino superior não deve ter a sabemos - os estudantes denunciaram - que as preferência em utilizar os recursos fiscais empresas procuram cobrar a nota do provão como adicionais disponlveis para o setor educa­ critério de contratação dos estudantes. Isso é um cional... absurdo completo! Além de não resolver o problema de avaliação da qualidade do ensino - porque dessa Essa é a forma de se desobrigar o Estado do forma primária e simplificada não se vai reso!ver a ensino superior. questão -, cria-se o mecanismo de botar o estudan­ E continua: te na berlinda. ...É posslvel obter um sistema de edu­ Por outro lado, várias medidas são tomadas no cação superior que funcione bem, seja di­ sentido de cercear a democracia dentro da universi­ versificado e experimente crescimento, mes­ dade. Tive a honra, como Presidente da União Na­ mo com a diminuição do gasto público por cional dos Estudantes na década de 60, de carregar estudante... a bandeira da democratização do ensino, coman­ Portanto, nesse enunciado está a teorização dando a Frente Nacional dos Etudantes e a luta pela da redução dos recursos para a área de educação. reforma universitária, onde tive condição, no Mara­ Continua o relatório do Banco Mundial: nhão, companheiro Haroldo Sabóia, de discutir com os estudantes daquele Estado a crise da universida- ...Os fundos para pesquisa e outros de brasileira. apoios financeiros destinados a melhorar a Naquela época, discutlamos um projeto de uni­ qualidade podem ser administrados de for­ versidade para o Brasil e a necessidade da partici- ma eqüitativa entre as instituições públicas e pação de um terço dos estudantes nos órgãos cole­ privadas... giados, como forma de democratizar as instâncias Essa é outra questão fundamental. Trata-se da de poder na universidade. Conseguiu-se avançar retirada dos recursos públi-::os das universidades pú­ para a eleição dos reitores, mas agora há um retro­ blicas e do processo de privatização do ensino supe­ cesso. O Governo não quer saber da eleição de rei:' rior no Brasil. Algo que vem c. .... época da ditadura tores. militar e que a ditadura não teve a capacidade de Temos a clara convicção de que não se pode põr em prática. ter, numa instituição cientlfica, uma posição ultrade­ Lembro-me de que na época em que era Presi­ mocrática, ou seja, imaginar-se que todos têm um dente da UNE, 75% das universidades eram públi­ mesmo peso. É claro que os cientistas e o professor cas. Hoje, a situação se inverteu: 25% das universi­ têm de ter um peso especifico, pelas suas responsa­ dades são públicas e 75% particulares, e o Governo bilidades. Mas não podemos, com isso, retirar o ca­ insiste em ampliar ainda mais o papel das universi­ ráter democrático da participação do conjunto da co­ dades particulares no Brasil. Não quero com isso, munidade na definição dos seus rumos - isso é o Sr. Presidente, defender a estatização das universi­ que o Governo, na verdade, pretende. dades particulares. O que defendo é que seja o re­ Sr. Presidente, de onde parte tudo isso? curso público destinado à escola pública e que haja Ao analisarmos as diretrizes fixadas pelo Ban­ maior volume de recursos para a educação neste co Mundial para o ensino superior, percebermos Pais. que, em linhas gerais, é nelas que reside o núcleo Por outro lado, define o relatório do Banco da poJ[tica do atual Governo para a educação supe- Mundial que os países também podem eliminar to- Março de 1997 DIÁRIO DA cÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06163 dos os subsidios para gastos distintos da instrução - sileiro extrapola isso. E diz respeito a peça decisiva moradia e alimentação. Trata-se de mais uma restri- para um projeto de desenvolvimento soberano, demo- ção, ou seja, p estudante que não tem condições, crático e que defenda os interesses da sociedade. que vem do interior, proveniente de familia pobre e Nesse sentido, um projeto de universidade não que historicamente no Brasil tem ajuda para alimen- deve ser uma bandeira só de educadores nem só de tação e moradia, não mais terá isso. estudantes. Ela passa a ser uma peça decisiva na Também diz o relatório do Banco Mundial: construção de uma nova sociedade, da sociedade ...0 ensino e a pesquisa no campo das do futuro. ciências experimentais devem se concentrar Portanto, Sr. Presidente, com o passado que naquelas instituições em que os programas tenho de vinculo à educação, de defesa de uma possam ser adequadamente financiados... educação democrática e progressista, quero aqui le­ vantar minha voz em prol da universidade do meu Ou seja, uma universidade particular, a institui- Estado, a Universidade Federal de Goiás e da Uni- ção particular que tiver melhores condições de se re- lacionar com instituição ou empresa particular prá versidade pública brasileira, porque isso é vital e es- uma destinação maior de recursos. E demonstra cla- tratégico para o Brasil do futuro. ramente, por outro lado, as possibilidades de que os Nós queremos a modernidade, mas não uma estudantes venham a participar no financiamento do modernidade dependente, que arrebente com os di- ensino. Na verdade, com essa diretriz, abre-se o reitos dos trabalhadores, não uma modernidade que processo de cobrança de anuidade para os estudan- desmonte o Estado brasileiro, que desmonte a uni- teso É a negação da escola pública e gratuita. Creio versidade pública brasileira. que isso é um prejurzo para a democratização da Queremos reformas e não as anti-reformas do universidade brasileira. Sr. Fernando Henrique Cardoso; queremos reformas Sr. Presidente, acredito que as forças demo- que assegurem universidade pública e graturta de cráticas necessitam repensar a educação, repensar qualidade, reformas que assegurem a distribuição a universidade brasileira como parte integrante de da renda do Brasil; queremos a reforma ,agrária e a um projeto nacional democrático e progressista, que garantia dos direitos sociais dos trabalhadores. resguarde os direitos dos trabalhadores e que asse- É minha posição, Sr. Presidente, e é a posição gure a soberania nacional. Um projeto que estimule de meu partido, o PCdoB. o desenvolvimento cientifico e tecnológico e que as- O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - Com a segure a liberdade de expressão dentro das univer- palavra o nobre Deputado Haroldo Sabóia para uma sidades. Sabemos que nas universidades brasileiras Comunicação de Liderança pelo Bloco Parlamentar há muita restrição a determinadas correntes de pen- PT/PDT/PCdoB. sarnento - e não há condições de fazer com que o O SR. HAROLDO SABÓiA (Bloco/PT - MA. pensamento prospere se não houver liberdade de Como Lider. Pronuncia o seguinte discurso.)· - Sr. expressão para as diversas correntes de pensamen- Presidente, Sr!s e Srs. Deputados, amanhã, 8 de to. março, as brasileiras estarão comemorando com Portanto, é necessário haver democracia den- grandes manifestações o Dia Internacional da Mu- tro da universidade e é importante que ela esteja Iher. No Maranhão, a Federação dos Trabalhadores voltada à discussão e ao debate dos grandes proble- Rurais do Maranhão (FETAEMA) e vários sindicatos mas nacionais, não apenas de generalidades; uma rurais organizarão atividades. Nos Municrpios de AI,:, universidade. que tenha padrão salarial compativel cântara, Lima Campos, Presidente Dutra, Pedreiras, com seus professores e servidores e que assegure Zé Doca, Pio XII, Bom Jardim, Bolsas, Santa Inês, condições de instalação de laboratórios capazes de Cururupu, Rosário, Lago da Pedra, Santa Helena e responder à sua importância.· Imperatriz as mulheres estarão organizandó passea- Enfim, Sr. Presidente, esse é um tema que diz tas, atos públicos, palestras. respeito ao Brasil. Hoje, há determinadas concepçõ- Em São Luis, deverão ser iniciadas as ativida- es errôneas que tratam apenas do problema de de- des no Dia Internacional da Mulher com pronuncia- terminada categoria. Uma visão, eu diria, corporati- mento da Vereadora Helena Barros Heluy, Lider da vista. A meu ver, a concepção de uma nova universi- bancada do PT na Câmara. Ao longo do dia de hoje, dade, evidentemente, deve incorporar as reivindica- haverá na Praça Deodora ampla mobilização com ções dos diversos segmentos da comunidade uni- grupos de música, teatro e tribuna livre, coordenada versitária. Entendo que o projeto de universidade bra- pela CUT. As comemorações ocorrerão de hoje até 06164 Sábado 8 DIÁRIO DA cÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997

O dia 14 de março. Durante esses dias, várias asso- de idade; implementação da reforma agrária; e que ciações de mulheres e entidades (como o Grupo de trabalhadora rural tenha direito, assim com os ho- Mulheres da Ilha, Mãe Andreza, Grupo Pocamu, So- mens, a receber os financiamentos de crédito do ciedade de Ginecologia e Obstetrícia do Maranhão Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura (SOGIMA), Pastoral das Mulheres e Associação familiar (PRONAF). Brasileira ativi~ades visitando vários bairros, em es- A data de 8 de março só foi reconhecida pela pecial os bairros Zenir, Vila Olímpica e Bequimão. Organização das NaçOes Unídas (ONU) em 1975, A convite das companheiras sindicalistas, esta- embora tenha sido aprovada desde 1910, no Con- rei presente pela manhã no Município de Pedreiras, gresso Internacional de Mulheres, realizado em co- onde ocorrerá passeata organizada pela Comissão penhague, Dinamarca. A proposta foi feita pela revo- Pastoral da Terra (CPT); no final da manha estarei lucionária e escritora Clara Zelkin, em homenagem no Município de Lima Campos, em ato público que às 129 operárias que foram assassinadas na cidade reunirá mulheres quebradeiras de coco, em manifes- de Nova Iorque, em 1857. Elas lutavam pela equipa- tação realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores ração salarial com os homens, condições de traba- Rurais de Lima Campos, que tem como secretária a lho mais adequadas e redução da jornada de traba- corajosa companheira Mariana. Na tarde do dia 8, lho de 14 para 10 horas. Os donos da fábrica, em estarei em Alcântara, no litoral norte do meu Estado, conluio com o poder político, trancaram as portas da o Maranhão, solidário às trabalhadoras rurais e pes- fábrica do lado de fora e atearam fogo. Todas as ope- cadoras que organizarão uma grande manifestação, rárias morreram queimadas vivas. Um ato de terror só liderada pela companheira Maria da Graça Amorim, comparável às fogueiras da Inquisição na Idade Média. Coordenadora do Movimento de Trabalhadores Ru- No nosso País, nos últimos anos, a luta pela rais da Fetaema. sobrevivência transformou a mulher dona-de-casa As trabalhadoras rurais foram incluídas no sis- em chefe de família, com grande participação no tema previdenciário a partir da Constituição de 1988, mercado de trabalho. Para se ter uma idéia, 20% mas até agora estão excluídas dos benefícios garan- das famílias brasileiras são integralmente mantidas, tidos por lei. Até 1995 apenas cinco mulheres mara- ou seja, uma em cada cinco famílias brasileiras é nhenses tinham recebido o salário-maternidade - chefiada integralmente por mulher, segundo o IBGE. apenas cinco! A trabalhadora rural é um dos fatores As mulheres, assim integradas no mercado pelo sociais mais explorados: 56% começam a trabalhar mesmo tipo de trabalho, na maioria das vezes rece- antes de completar os 10 anos de idade, 40% cum- bem salários menores que os homens pelo mesmo prem uma jornada de trabalho de mais e 16 horas e tipo de trabalho, ainda que cumprir a dupla jornada, quando vão reivindicar seus direitos, previstos na lei, ou seja, acumulam as tarefas da casa com as reali- encontram uma estrutura burocrática que tem como zadas no trabalho. objetivo impedir a implementação dos benefícios. Bertolt Brecht, escritor alemão, criou a perso- Outra lei que não vem sendo cumprida - regu- nagem Mãe Coragem, que ficou conhecida por ser lamentada e assegurada pelo texto constitucional - portadora de uma personalidade forte, que impres- é a que estabelece que a mulher rural tem o direito siona pela sua garra, sua vontade de lutar. Nos dias de se aposentar aos 55 anos de idade. Segundo atuais podemos constatar que a Mãe Coragem dei- pesquisa realizada pelo DESER (Departamento Sin- xou os palcos e se mudou para a vida real. Ela está dical de Estudos Rurais), no período de 1994/95, por toda parte, em todas as esquinas, estados, no cerca de 45% das mulheres rurais se aposentaram Brasil afora, trabalhando, cuidando dos filhos contra com mais de 60 anos de idade; ou seja, estão lhes as injustiças. usurpando cinco anos do benefício da aposentado- Sr. Presidente, além desse discurso e da mi- ria. nha presença nas manifestaçOes nas cidades de Pe- Esses dois exemplos ilustram como os direitos dreiras, Lima Campos e Alcântara, entendo ser meu da mulher, em especial das trabalhadoras rurais, dever homenagear o Dia Internacional da Mulher não estão efetivamente assegurados, pelos Gover- protestando e formalizando o meu protesto, solici- nos do nosso País. tando junto ao Ministério Público do meu Estado a Com certeza, neste 8 de março as trabalhado- instauração de processo criminal contra os donos da ras estarão nas ruas por todo o Estado, exigindo a boate Scort Girls, que divulgou no jornal, O Impar- implementação da licença-maternidade e do salário- cial, do dia 6 de março, nota publicitária que ofere- maternidade, aposentadoria garantida aos 55 anos cia cartelas de bingo cujo prêmio ao vencedor será Março de 1997 DIÁRIO DA cÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06165 uma "linda garota". Segundo os donos, o bingo ocor- ato so permitido pela Constituição quando destina- rerá no dia 8 de março, para homenagear as mulhe- dos a pagamento de precatórios, indenizações, es- res. Vejam srªs e Srs. Parlamentares o absurdo: no pecialmente trabalhistas. dia internacional de luta das mulheres contra a desi- Volto a esse tema considerando decisão impor- gualdade e a discriminação, mulheres são ofereci- tante que poderia ser tomada pelo Govemo, como a das como uma mercadoria. que adotou ao mostrar sua capacidade técnica para, Fatos como este demonstra como a luta das há alguns anos, através do Serpro, criar banco de mulheres está apenas no começo. Não temos ne- dados que registra todos os gastos e receitas de to- nhuma dúvida de que as mulheres só serão plena- dos os Poderes da União, o Siafi - Sistema Integra- mente vitoriosas na especificidade de suas lutas do de Administração Financeira. quando não só elas, mas o conjunto da sociedade - Esse banco nos dá muitas informações - e o mulheres, homens, crianças e idosos - conquista- utilizamos bastante - para exercer nosso trabalho le- rem uma sociedade justa. gislativo, propor leis e também fiscalizar os atos do Faço este meu pronunciamento homenagean- Executivo, do Judiciário e (por que não?) do Legisla- do as mulheres brasileiras, aquelas que nesta Casa tivo. Através do Siafi, quando vimos o Judiciário cla- e neste Congresso tão bem fazem seu trabalho; as mar por melhores salários e condições de funciona- humildes trabalhadoras do Serviço de Limpeza e menta, pudemos fazer uma crítica: há muito gasto, Conservação, as· jornalistas, as taquígrafas, enfim até perdulário, naquele Poder, assim como no Exe- todas as que aqui trabalham e que também repre- cutivo e no Legislativo. sentam a coragem,a bravura e a capacidade de Sr. Presidente, como vimos, a CPI instalada no competência da mulher brasileira. Senado tem dificuldade·para apurar a responsabili- Sr. Presidente, conclamo todas as mulheres dade daqueles que fraudaram o Erário dos Estados brasileiras a se juntarem à luta da nossa Nação pe- e Municípios envolvidos, para estabelecer a conexão los seus verdadeiros direitos, a fim de assegurar a dos responsáveis na gestão dos recursos públicos soberania, a liberdade e a justiça social, a exemplo estaduais e municipais com aquelas entidades priva- daquelas trabalhadoras que, no final do século pas- das e até com pessoas físicas que vêm recebendo sado, nos Estados Unidos, quando reivindicavam os benefícios dessa fraude escandalosa que abala o uma jornada de trabalho de oito horas por dia, foram País. cruelmente assassinadas. Que esse exemplo seja Por isso, da mesma maneira como o Governo uma inspiração para a luta das mulheres trabalhado- Federal teve capacidade para criar o Siafi, seria im- ras brasileiras. Essas trabalhadoras que estão hoje portante, na seqüência, que os Estados e Municípios na marcha dos sem-terra, que têm hoje seus filhos se ligassem ao Siaf em - Sistema Integrado de Re- assassinados nas grandes cidades por causa da cursos Financeiros dos Estados e Municípios. Vários violência urbana; essas mulheres trabalhadoras já o utilizam. Isso facilitaria e muito o trabalho de que clamam pelo direito à saúde, à educação e à acompanhamento das Assembléias Legislativas, Câ- moradia. maras Municipais e sociedade civil organi~ada, em À mulher brasileira a nossa solidariedade e a cada Estado e Município, ,na gestão. dos recursos certeza de que contribuirão para a liberdade do nos- públicos, de tal maneira que quando ocorresse de- so povo. Parabéns às mulheres pelo Dia Internacio- terminada fraude já haveria a dimensão do favoreci- nal da Mulher! Viva o 8 de março! menta ou direcionamento, muita,; vezes sem Iicita- Era o que tinha a dizer. ção, como vimos no âmbito dos gastos da União. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - Temos Certamente isso deve estar. ocorrendo à .Iarg~ na a honra de passar a palavra ao ExmR. Sr. Deputado realidade de Estados e Municípios. Augusto Carvalho para uma Comunicação de Lide- Por isso, Sr. Presidente, faço este apelo ao rança pelo ~PS. S. Ex!!. disporá de cinco minutos. Governo. O SR.. AGUSTO CARVALHO (PPS - DF. Estou trabalhando também na perspectiva de . Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presiden- elaboração de projeto que obrigue Estados e Municí- ,,te, agradeçoà Deputada Socorro Gomes a compla- pios a estarem interligados a esse sistema - é claro .cência de permitir essa nossa intervenção. que aquela pequena Prefeitura desassistida, sem re- Sr. Presidente, srªs e Srs. Deputados, gostaria cursos, dificilmente teria condições de estar interliga- de abordar ainda o tema relativo às fraudes dos pre- da a esse sistema de dados -, especialmente as ·eatórios: Estados e Municípios que emitiram títulos, Prefeituras de capitais, de cidades de porte médio, 06166 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 de 100 mil habitantes para cima, por exemplo. Deve- BNDES exigiram dos Deputados integrantes aa \,;0- riam todas elas ser obrigadas a registrar nesse ban- missão que assinassem um termo de sigilo. co de dados todas as informaçOes relativas a recei- Ora, causa espécie essa exigência de que os tas e a despesas, para que, através da informática, representantes do Poder Legislativo submetam-se a a democracia possa ser implementada e haja trans- uma norma dos técnicos do BNDES. Esse sigilo se- parência na gestão dos administradores públicos ria em relação às informaçOes obtidas no Data com o acompanhamento e a efetiva participação da Roam, sala de informaçOes do BNDES. Mais estra- sociedade civil organizada. nho ainda é que qualquer empresa do mundo que Não é possivel que Vereadores e Parlamenta- pagar 50 mil reais e tiver 500 milhões em caixa e ti- res do Pais inteiro tenham que nos ligar - e o fazer ver interesse em comprar a Vale do Rio Doce, seja freqUentemente - para saber se o recurso relativo à concorrente do Brasil, fomecedora, consumidora, merenda escolar, por exemplo, já chegou ao seu pode ter acesso a todas essas informaçOes. Aliás, Municipio ou não. foi divulgada a lista das empresas que visitaram Sr. Presidente, é um absurdo que ainda não essa sala de informações. exista determinação no sentido de que esse tipo de Essa situação é emblemática e mostra que há acompanhamento possa ser realizado pelos repre- de fato uma tenebrosa transação. Por que o mundo sentantes do povo em cada instância do nosso Pais. inteiro pode visitar o Dada Roam e os brasileiros, os Era o que tinha a dizer. verdadeiros proprietários da Vale do Rio Doce, não O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - Em podem saber o que lá existe, não podem saber o continuação ao Grande Expediente, tenho a honra que é essa companhia e qual o seu patrimônio? de conceder a palavra à ExmA Deputada Socorro Tentei fazer com que eles explicassem, mas Gomes, do PCdoB, Pará, que disporá de 25 minu- não conseguiram. Então, insurgi-me naquele mo- tos. mento e disse que não estava subordinada a nenhu- A SRA. SOCORRO GOMES (Bloco/pedoB - ma norma do BNDES, mas à Constituição, ao Regi- PA. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, SP'-s mento Intemo desta Casa e à Nação brasileira, e e Srs. Deputados, pessoas que me ouvem, este pie- que se entendêssemos que lá existissem informaçO- nário inspira pequeno verso de uma música de um es importantes, passariamos todas elas. compositor conhecido e respeitado, Chico Buarque, Ontem foi aprovado dispositivo que tomou pú- que diz o seguinte: "Estava a Pátria-mãe tão distral- blicas essas informações. Omiti-Ias seria cumplicida- da, sem perceber que era subtralda em tenebrosas de; os Deputados membros da Comissão Externa transaçOes". De fato , parece-me que a Pátria-mãe tomariam-se cúmplices dessas transações espúrias, anda muito distralda e pego como referência esse sórdidas que estão sendo encaminhadas para exe- plenário, no momento em que o Brasil toma conheci- cução no dia 29 de abril. mento de que está sendo feito o maior negócio des- Sr. Presidente, ao deflagrar o processo de ven- te século com um dos patrimônios do nosso povo. da da Vale do Rio Doce e abrir licitação, o Governo Sr. Presidente, aproveito esta oportunidade, de fato está vendendo um conglomerado saudável, cumprindo o dever que me foi dado pelo povo do lucrativo, estratégico, fundamental para o Brasil, que meu Estado, pelas pessoas que em mim votaram está prestes a ser quase doado - e junto com ele para que eu aqui as representassem, para falar um nossas riquezas minerais. O povo começa sair às pouco a respeito da venda da Cia. Vale do Rio ruas contra a tentativa de se consumar esse ato per- Doce. verso. A maioria esmagadora dos brasileiros é contra a Esta Casa criou uma Comissão Externa para venda da Vale do Rio Doce, só não vê quem não quer. acompanhar o processo de privatização da Cia. Vale É importante dizer que o Governo está tendo do Rio Doce. Essa Comissão, ontem, entregou o re- uma atitude autoritária. Em Belém do Pará, Capital latório da primeira etapa dos trabalhados o qual se do meu Estado, quase dez mil pessoas foram às torna público e coloca, de fato, as cartas na mesa. ruas protestar contra a venda da Vale do Rio Doce; Mas antes de entrar no debate sobre o edital a OAB, Ordem dos Advogados do Brasil, tem mani- propriamente dito, gostaria de dizer que esta Comis- festado oficialmente sua posição contrária; a Igreja, são teve a primeira oportunidade de ir ao BNDES, através da CNBB, tem manifestado publicamente utilizando a prerrogativa dada pela Constituição, sua posição contrária; personalidades respeitadas pelo Poder Legislativo, para iniciar o processo de no Pais, ex-Presidente da República e vários seto- vistoria do Data Roam lá montado. Os técnicos do res da sociedade, como o empresarial, têm manifes- Março de 1997 DIÁRIO DA cÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06167 tado publicamente sua posição contrária à venda da Rosa. Assim, podemos dizer que o relatório é, em ver- Vale do Rio Doce. dade, uma ?,ndenação ao processo de privatização. Há poucos dias, em São Paulo, foi feita uma A Vale é um dos maiores conglomerados do pesquisa na qual foi dada uma nota aos encaminha- mundo no setor mineral, é a maior exportadora de mentos do Govemo. A venda da Vale do Rio Doce ferro do mundo e a maior produtora de ouro da Amé- foi condenada e teve nota 2,2. rica Latina, tendo sua produção em ascensão em O Govemo Federal está, à revelia de toda a virtude das novas descobertas, só para citar dois ra- Nação, vendendo um patrimônio do Brasil. E é claro mos nos quais a Vale atua. que esta Casa tem responsabilidade, porque foi ela Lá na sala de informações do BNDES há docu- que aprovou a lei delegando poderes para o Conse- mentos reveladoreSl Um é o relatório da Marrill lho Nacional de Desestatização. Mas o país inteiro, Lynch, ou seja, o banco encarregado de avaliar, fa- de Norte a Sul, de Leste a Oeste, está contra essa zer a modelagem e até vender. E é de uma frieza venda. E aqui no Congresso Nacional tem havido que dói, que causa ira e indignação aos brasileiros, uma forte reação contrária a essa postura do Govemo., desde que sejam brasileiros de verdade. Sr. Presidente, a Comissão Externa da Câma- Esse documento tece rasgados elogios à Vale, ra, encarregada de acompanhar esse processo, fez ao mesmo tempo em que a trata como um traste um relatório que serviu para mostrar os erros, os qualquer e diz que é importante vendê-Ia de porteira equívocos, as omissões e os verdadeiros interesses fechada, para que seja vendida rapidamente. Ele que estão por trás da tentativa de venda da Vale do junta tudo e põe em retalho, como se fosse uma Ii- Rio Doce. Mais que isso, o referido documento traz quidação. Todas as atividades da Vale, da minera- consigo o relato de uma missão de inspeção daque- ção ao transporte, da atividade industrial ao desen- la Comissão, realizada em Carajás, no sul do Pará - volvimento tecnológico, !São consideradas da mais da qual tive a honra de participar - informando ao alta eficiência, comparáveis às melhores empresas País que as notícias divulgadas pela imprensa sobre do mundo. Mas na hora do preço, a coisa muda de novas descobertas, com enormes reservas de ouro, figura. são verdadeiras. E revela uma coisa que o Governo É importante relatar que só em relação às pa- procurou omitir da sociedade - embora os compra- tentes a Vale tem cem pedidos registrados. Só de dores saibam: há urânio e outros materiais radioati- pedidos de pesquisa e lavra ela tem 7.705 registra- vos, que estão serido pesquisados em Carajás. A dos. Só a área de pesquisa da Vale é de 16 milhões Constituição brasileira trata especificamente dessa de hectares. Nada disso serviu, do ponto de vista da questão: proíbe que terceiros sequer pesquisem o urâ- Marrill Lynch, da MRDI e nessa avaliação que o pró- nio, a não ser com a anuência do Congresso Nacional. prio Governo aceitou, em que pese ter dito que utili- As coisas começám, portanto, a ficar mais cla- zou preço de mercado. Aliás, esse chamado preço raso De um lado estão aqueles que defendem o inte- mínimo fez caírem os preços das ações da Vale, se- resse da Nação. De outro, aqueles que por interes- gundo os jornais de hoje. Estipulou-se um preço ses quase sempre inconfessáveis querem a todo o muito baixo, abaixo inclusive dos próprios relatórios, custo desmontar o Estado brasileiro. Querem cum- o que trouxe prejuízo de milhões de reais para o prir as determinações dos países ricos, como camei- povo brasileiro e para seu patrimônio. ros cionados, que é com o que essa gente se parece Essa avaliação feita pela Merril Lynch começa - aqui tem surgido muitos. Como cameiros clonados pelos direitos minerários. Para dizer quanto custam eles submetem seu povo a humilhações e á perda os recursos minerais da Vale, a Merrill Lynch contra- de seu patrimônio para atender às ordens daqueles tou outra empresa americana, a MRDI - são duas que se dizem imperadores do mundo. empresas americanas - como consultora. Os crité- Quanto ao relatório da Comissão e ao edital di- rios de avaliação dessa empresa diferem enorme- vulgado pelo BNDES, desde logo podemos dizer mente daqueles utilizados pela Vale, e a diferença é que um é a crítica do outro. De fato, o relatório des- invariavelmente para menos. Por exemplo: no caso sa Comissão vem demonstrar o quanto é falso dizer do minério de ferro, temos reservas para 400 anos, que é necessário vender a Vale, por qualquer razão. . e eles só avaliam trinta. O restante - 370 anos - é Ele é fruto de um trabalho que, se fôssemos somar, de graça. Vão explorar de graça o minério de ferro daria uma hora de atividade de três homens, cientis- por 370 anos. Enquadra-se também aí o ouro de Ca- tas, geólogos, físicos, pessoas de prestígio no País, rajás, incluindo o de Serra· Leste e o de Corpo Ale- como o próprio Diretor do Coppe, Dr. Luís Pinguelli mão, que também têm valor praticamente zero. Eles 06168 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 desconhecem propositadame[l~e e de forma pérfida gia e de minérios, e que eles utilizariam qualquer o ouro já descoberto na região. medida para obtê-Ias - e essa é a medida. É a clo- O problema é tão grave que o Governo criou nagem do Presidente Fernando Henrique Cardoso. um mecanismo para enganar trouxa, para impedir É a submissão, é tentar dobrar esta Casa, é chanta- que o povo perceba que o Brasil está sendo saquea- gear o Judiciário e enganar a opinião pública. do e assaltado, com a cumplicidade de um Governo O que está por trás disso é um jogo de domina- que está ganhando. O Govemo Fernando Henrique ção de pafses, é a destruição da possibilidade de está ganhando. Está fazendo esse negócio porque nossa Nação ser soberana, de nossa' Nação utilizar está ganhando. E está ganhando o quê? O Governo os chamados minérios do futuro para a questão nu- Fernando Henrique está ganhando apoio para se clear, para sumarinos, para dessalinização da águas reeleger, para se perpetuar no poder. do mar. Nós temos essas reservas. A natureza foi Quem mais está ganhando? Com certeza não generosa, mas infelizmente nos deu um Presidente é o Brasil, que vai perder, por exemplo, sua frota que não sabe gerenciar essas reservas e quer entre- própria de dezessete navios transoceânicos, melho- gar tudo, inclusive utilizando mecanismos sórdidos. res do mundo, e ficar a mercê do preço dos fretes. S. Ex!- falou, por exemplo, da golden share. Está perdendo o Brasil porque, do ponto de vista Vamos mostrar um pouco o que é essa golden sha- das estradas de ferro, vamos prejudicar estrategica- re. Segundo o Governo, ela garantia nosso domfnio. mente não só a produção e a exportação de minério, Não é isso que S. Ex!- diz? "Não, os minérios conti- mas a economia do Pafs. Está perdendo o Brasil, nuarão sendo brasileiros; nós vamos ter dominio." porque estamos perdendo a soberania, a proprieda- Mentira, Srs. Deputados. Quem tiver paciência de, o poder de determinar sobre dezesseis milhões de ler os documentos oficiais - não digo para ler o de hectares de pesquisa. Estamos perdendo o solo jornal, mas os documentos oficiais do próprio Gover- e o subsolo. Af o Governo Fernando Henrique tenta no - verá que a golden share serve, de fato, para criar essas debêntures golden share, sobre as impedir que se quebre o ciclo da produção de ferro - quais vou falar um pouco mais adiante. mina, ferrovia, porto. Somente isso, e só por cinco Quem mesmo está ganhando? Ora, Sr. Presi- anos. dente, basta ver que os maiores consumidores de Fernando Henrique Cardoso tem a ilusão de energia do mundo são os Estados Unidos. Mas qual que o povo vai apoiar as suas armações, toda essa é a dependência dos Estados Unidos em relação a atitude sórdida de entregar o Brasil. Terminou o Go- alguns minérios? Detemos 98% das reservas mun- vemo dele, pronto! Não garante de forma alguma diais de nióbio, chamado o minério do futuro - as nosso domfnio sobre o subsolo, sobre os minerais. coisas ficarão claras se compreendermos isso -, e Chamo a atenção dos Srs. Deputados: o Go- os Estado Unidos, a Europa e o Japão dependem verno está entregando o que será a matéria-prima 100% da importação desse minério. Ora, se formos para a indústria do Século XXI, e que é nossa: o nió- analisar o manganês, veremos que os Estados Uni- bio e o urânio. É isso que S. Ex!- está entregando, dos dependem 98% da importação do manganês volto a afirmar. Esse é o jogo que S. Ex!- está fazen- que utilizam; a Eurcpa e o Japão, 100%. Relativa- do. Só que ao lado dos Estados Unidos da América mente ao titânio, a Europa e o Japão dependem do Norte, da Europa e do Japão. S. Ex!- está jogando 80% do que consomem. no time contra o Brasil. É preciso que deíxemos isso Sr. Presidente, precisamos falar da sonegação muito claro! É preciso que cada homem, (/3da mulher, de informações para o Brasil e da abertura dessas donos da Vale do Rio Doce, compreendam isso. informações para fora. É uma ira, Srs. Deputados, que vai se acumu- Ora, Sr. Presidente, os Estado Unidos detêm, lando, assim como a indignação. Temos acompa- salvo engano da minha parte 43 milhões de tonela- nhado a Vale do Rio Doce há dois anos e temos vis- das de urânio, e o Brasil detém 400 milhões de tone- to armação em ciama de armação. É o maior neg6- ladas de um minério com alto teor desse metal - um cio deste Século. dos mais altos do mundo -, que é o anatásio de urâ- O Sr. Sarney Filho - V. Ex!- me permite um nio. aparte? Os Estados Unidos, a Europa e o Japão já têm A SRA. SOCORRO GOMES - Ouço, com pra- estratégia. No final da década de 70, os Estados zer, o aparte de V. Ex!-. Unidos disseram que era uma questão de sobrevi- O Sr. Sarney Filho -É com muita alegria que vência ir atrás das fontes de matéria-prima de ener- peço um aparte ao pronunciamento de V. Ex? Ale- Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTAroS Sábado 8 06169 gria por poder me associar ao repúdio bem funda- Gostaria de m?strar, Deputado., só para. escla- mentado de V. Ex.!! á venda da Vale do Rio Doce. recer, que tem havido, de fato, mUitas mentiras..É Nenhum cidadão brasileiro, com o mínimo conheci- muito sórdido esse processo! E. não dá pa~a de~ols mento da importância estratégica da Vale do Rio dizermos que não sabamos. Vejam o que diz o vlce- Doce para o Brasil, já hoje em dia e para o futuro, Presidente do BNDES: poderia ficar calado frente a esse descalabro q~e é "José Pio Borges indicou, ontem, que o a venda da Vale. V. Ex!! aponta argumentos sólidos grupo vencedor do leilão inicial das ações que favorecem nossa posição. Por isso, nobre De- da Companhia acabará assumindo, poste- putada Socorro Gomes, diria que a ira de V. Ex!! é riormente, o controle absoluto do capital vo- santa, é a ira da soberania nacional e a ira do povo tante." brasileiro, que, na sua totalidade, evidentemente es- Absoluto. Mais uma mentira. O que que o Go- clarecido, não aceitaria jamais este ferimento ou vemo tem dito? Que não haveria o controle absolu- este assalto á soberania nacional. V. Ex!! sabe que to. Não é isso? Ora, o Bndes está dizendo aqui que sou de um partido de sustentação ao Governo e o haverá. E diz mais, com muito cinismo: tenho apoiado na maioria de seus pleitos, porém, quanto á venda da Cia. Vale do Rio Doce, acho que "A interpretação do Governo é a de será um equívoco lamentável, se ocorrer, pois já tra- que seria natural que o grupo buscasse a mita na casa projeto de lei propondo que a Câmara marca dos 50% mais 1." dos Deputados se pronuncie sobre a venda e deter- É natural. É natural que o Governo entregue mine plebiscito para que o povo brasileiro se pronun- suas reservas estratégicas? É natural que nesse cie. Tenho certeza de que um grande esclarecimen- jogo da globalização, quem tem fonte de matéria pri- to e uma grande discussão a respeito do assunto, ma, quem tem indústrias estratégicas, quem aponta que está sendo abordados sob o ponto de vista ex- para o Século XXI com competência e domínio s~ clusivamente técnico, para que o povo brasileiro não estabeleça? Temos matéria-prima e os Estados UnI- tenha conhecimento claro do que significa tal venda, dos, o Japão e a Europa querem dela se apossa- ajudará a população brasileira a não permitir que se ramo Nesse jogo, é natural que este Governo se sub- faça este tipo de negociação. Por que a Vale? tem- meta. sos antas outras empresas não-estratégicas e que Mas para calar uma nação, ele tem que acenar dão prejuízo? Por que a Vale, que dá lucro e cujos e mentir. Os jornais todos os dias publicam meia pá- dividendos, ao contrário de outras empresas, não gina sobre o assuto. A televisão divulga constante- são levados para os bolsos dos executivos e sim da- mente para calar, para abafar a indignação e escon- dos ás regiões? Eu mesmo sou de uma região onde der dados, porque fui a Carajás e vi o urânio sendo a Vale do Rio Doce tem ajudado as ferrovias. Agora pesquisado. E nosso urânio se compara a t~ores mesmo, para ajudar na solução do problema com os mundiais, como subproduto. Com o desenvolvlmen- índios Krikati, a Vale do Rio Doce se dispõe a doar to da tecnologia, a Vale, que é excelente nisso _ a 400 mil reais. Pergunto: se a Vale do Rio Doce esti- própria Merrill Lynch disse que a Vale utiliza tecnologia ver nas mãos dessas multinacionais, qual o interes- de última geração _ poder a rapidamente dar um salto. se que terão pela população brasileira? Pelas regiõ- O Governo dizia, no início do processo, que a es pobres onde a Vale atua? Qual o interesse que Vale não dava lucro. Faço questão de citar esse terão pelo problema ecológico? Porque sabemos fato, para que todos percebam que o Brasil está que esae pessoa vem para cá predatoriamente, as- sendo enrolado. Sr. Presidente, Srs. Deputados, a saltar nossas riquezas e ir embora do País levando Vale teve um Icuro líquido, no ano passado, de mais tudo e deixando como fruto de sua rapinagem a des- de 75%. São dados oficiais. Todas as informações graça, a pobreza, a miséria e a devastação ecológíca. foram obtidas do próprio Governo. V. Exa tem, portanto, de minha parte, apoio absoluto. Para que esse negócio se consumasse, de Parabéns pelo excelente pronunciamento. Sugiro que fato, precisaria haver muita armação. Então, o Go- ele seja transformado em um livro, a fim de que possa- vemo escondeu o que pôde. mos distribuí-lo entre todos os Parlamentares para que Fizemos uma denúncia há dez dias. O Jomalis- tome conhecimento da importância deste momento. ta César Benjamim nos informou sigilosamente que A SRA. SOCORRO GOMES - Deputado Sar- o Banco Merril Lynch teria comprado a corretora que ney Filho, com muita honra insiro seu aparte ao meu negocia as ações da Anglo American na Bolsa de pronunciamento. Johanesburgo. Tínhamos certeza absoltua de que a 06170 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 SBH negociava as ações da Anglo American, que é Doce. Na Amazônia, são 412 mil hectares. Temos o destaque hoje na Gazeta Mercantil, um jornal, do maior banco genético in natura do planeta. ~ isto ponto de vista econômico, neutro, sério, imparcial di- que está sendo dado de presente. Estamos dando a gamos assim. nossa possibilidade de redenção econômica e so- A Anglo American faz um comunicado nos Es- cial, a nossa possibilidade de sermos uma Nação tados Unidos dizendo que, de fato, tem 100% das forte e soberana. ~ contra isso que quero me juntar ações e que a SBH é a empresa que negocia as a todos os patriotas para impedir, de qualquer forma, ações da Anglo American. O que isso quer dizer? que o Brasil seja vendido. Era o que tinha a dizer, Não temos nada a ver se o Banco Merril Linch com- Sr. Presidente. prau a SBH, se a SBH negocia as ações da Anglo O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - Conti- American. Agora, quando o Banco Merril Lynch é nuando o período do Grande Expediente, concedo a responsável em dar o preço e a modelagem de ven- palavra ao Sr. Deputado Marconi Perillo, do PSDB da da maior empresa nossa e uma das maiores do de Goiás. mundo no seu ramo, aí, sim, há o ilícito, o dolo, a S. E~ disporá de vinte e cinco minutos na tri- imoralidade, a ilegalidade e a conivência do Sr. Fer- buna. nando Henrique com essse assalto ao Brasil. É para O SR. MARCONI PERILLO (PSDB - GO. Sem isso que quero chamar a atenção dos Deputados. revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr:ªs e Srs. De- Quero dizer que, da nossa parte, Sr. Presiden- putados, inicialmente dirijo-me à Deputada Socorro te, do PCdoB, do fórum, da parte dos partidos brasi- Gomes para lhe informar que, na semana que vem, leiras, vamos entrar com uma ação para suspender trarei argumentos irrefutáveis da parte do Governo essa venda. Vamos utilizar todo os meios - não os em relação à forma como vêm sendo desenvolvidas meios escondidos, não os meios da calada da noite todas as discussões que dizem respeito à Compa- - para chamar a população para uma inconfidncia nhia Vale do Rio Doce. Inclusive pretendemos trazer nacional. Há que ter uma inconfidência nacional a este plenário o Ministro Antônio Kandir para um para defender o que é nosso. O Brasil há que se le- debate com todos os Parlamentares, para que pos- vantar para garantir seu futuro, para que ele partici- samos dirimir quaisquer dúvidas sobre o assunto. pe de forma altaneira, soberana das negociações Sr. Presidente, Sr:ªs e Srs. Deputados, é com mundiais, para que, de fato, não sejamos colocados, grande satisfação que compareço a esta tribuna, na enquanto nação, de cócoras, como quer este Gover- manhã de hoje, para elogiar o trabalho da Secretaria no, que está ganhando porque tem acordo. Toda a Nacional de Assistência Social, dirigida pela ex-De- hora, esses representanets que assaltam o País putada Lúcia Vânia, mulher de grande clareza inte- mostram seu apoio a Fernando Henrique Cardoso. lectual, que bem pode ser um slmbolo para ser lem- Por muito menos o Presidente Collor sofre im- brado nas comemorações que se darão amanhã, o peachment. Dia Internacional da Mulher. Lúcia Vânia desfruta de ~ uma bagatela o que o ex-Presidente Collor grande prestigio político não só em Goiás, mas na- roubou do Brasil comparado a essa negociata. ~ cionalmente. uma negociata, e isso tem que ser deixado às cla- Por isso, faço uma homenagem a todas as mu- ras. O Poder Judiciário tem que parar com esse cri- Iheres brasileiras lembrando de todas as mães, to- me contra o Brasil. das as esposas e todas as filhas. É em relação ~ isso, Sr. Presidente, que cha- As mulheres embelezam o nosso mundo e me- mo a atenção desta Casa. recem toda a nossa homenagem. Elas participam De fato, as consciências começam a se levan- hoje de todos os meios sociais, governam estados, tar. E não podemos dizer que não sabíamos porque, são juIzas, ministras, deputadas, dirigem grandes há dois anos, vários Deputados - e me incluo entre empresas, ocupam cargos importantes, como é o eles - têm chamado a atenção. caso da Secretária Nacional de Assistência Social, O Congresso Nacional tem que tomar uma po- Dr! Lúcia Vânia. sição. A Câmara dos Deputados já recebeu um rela- Presto, assim, Sr. Presidente, nesta manhã de tório da Comissão. Qual é a posição da Presidência sexta-feira que antecede o Dia Internacional da Mu- da Câmara? Qual é a posição da Câmara dos Depu- Iher, minhas homenagens a todas as mulheres goia- tados? Vai deixar que o Brasil seja entregue? Vai nas e a todas as mulheres brasileiras, especialmen- deixar que a Amazônia seja entregue? No Brasil, te as que são obrigadas a lutar com dificuldades são 16 milhões de hectares de área da Vale do Rio para manter sua vida e a de seus filhos. Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06171 Que este mandato de Deputado Federal esteja incentivo de bolsas escolares pagas a quem tem fre- cada vez mais vinculado à luta das camadas mais qUência superior a 80%. Atenderá a 50 mil crianças pobres e necessitadas, como é o caso das mães nas carvoarias de Mato Grosso, canaviais pernam- que, muitas vezes sozinhas, têm de manter o sus- bucanos e outras regiões brasileiras. Serão aplicados tento de seus inúmeros filhos. mais de 20 milhões de reais para retirar nossas crian- E existe profunda vinculação entre o trabalho ças do trabalho precoce e levá-Ias às salas de aula. da Secretária Lúcia Vânia com a luta para reduzir os Apoio à pessoa idosa é outro programa que bolsões de pobreza em nosso Pafs. Quem acompa- merece especial atenção da Secretária Lúcia Vânia. nha de perto. o trabalho da Secretaria Nacional de Neste ano de 1997, serão atendidos mais de 270 mil Assistência Social, vinculada ao Ministério da Previ- idosos, através de centros de convivência, asilos e dência e Assistência Social, sabe da grandiosidade mesmo com atendimento domiciliar. do trabalho que está sendo feito. Ouço, com prazer, o ilustre Deputado Osvaldo O principal trabalho ali desenvolvido é de cará- Reis. ter estrutural. A Secretaria está mudando todo o per- O Sr. Osvaldo Reis - Sr. Deputado Marconi fil da assistência social em nosso Pafs. A palavra Perillo, que muito bem representa o Estado de Goiás chave naquele órgão é descentralização. nesta Casa, o discurso de V. Ex! está embasado nas Até o infcio do Governo do Presidente Fernan- pessoas mais sublimes do mundo: as mulheres. Ama- do Henrique Cardoso, o trabalho de assistência so- nhã comemoramos o Dia Intemacional da Mulher e t~- cial no Brasil era feito diretamente pelo Governo Fe- mos importantes mulheres que já deram a própria vida deral por intermédio da Legião Brasileira de Assis- em sacrifício. V. Ex! cita em seu discurso uma das tência e do Centro Brasileiro de Apoio à Infância e pessoas mais expoentes do nosso Estado: a ex-Depu- Adolescência - CBIA. Estes dois órgãos foram fundi- tada Lúcia Vânia. Ainda muito jovem, foi Primeira- dos, fazendo surgir a Secretaria Nacional de Assis- Dama do Estado de Goiás. Naquela época, tive opor- tência Social, que tem como meta manter um cons- tunidade de acompanhá-Ia, no exercfcio do mandato tante atendimento às crianças, às pessoas idosas e do seu marido, nas questões sociais. Também tive o portadoras das mais variadas deficiências. grande prazer de conviver com S. Ex! por quatro anos. A Secretaria Nacional de Assistência Social, Atualmente a ex-Deputada Lúcia Vânia ocupa a Se- trabalhando em conjunto com os 27 Estados, o Dis- cretaria de Ação Social, desenvolvendo importantes trito Federal, além dos 5.388 Municfpios brasileiros e programas em nosso Pafs. Estamos vendo um Brasil ainda com milhares de entidades não governamen- carente, de miséria, de mães passando fome e que tais e governamentais, como creches, asilos, casas não podem salvar seus filhos, um Brasil de mães que de caridade e escolas, identifica a pessoa necessita- não podem falar nem ser ouvidas. Mas ternos a opor- da e promove a assistência. tunidade de, no Governo Femando Henrique Cardoso, Para 1997, a previsão da Secretaria é atender ter essa grande representante - especialmente das um universo total de 3 milhões, 643 mil e 309 pes- mães - na Secretaria de Ação Social: a ex-Deputada soas carentes, com recursos na ordem de 893 mi- Lúcia Vânia. Sem dúvida, S. Ex! faz um profundo tra- IMes, 637 mil e 835 reais. balho, voltado para as questões sociais, para os ido- Esse atendimento inclui ~reches para crianças sos que nos representaram no passado, e para as de O(zero) a 6 anos, num total de 1 milhão, 543 mil nossas crianças que nos representarão no futuro. Na e 752 crianças. O apoio a crianças e adolescentes verdade, esse é um programa cuja essência funda- de 7 a 14 anos, com atendimento no perfodo inverso menta-se nas questões humanas. Por isso, caro com- ao escolar, propiciará a essas crianças reforço peda- panheiro e amigo conterrâneo - porque sou do Estado gógico, esporte e atividades culturais. Atenderá a de Tocantins, um dos mais novos da Federação brasi- 435 mil crianças, com recursos de 92 milhões, 938 leria e filho de Goiás -, tenho a honra de parabenizá-lo mil e 312 reais. pelo seu discurso. Outro programa muito importante, desenvolvido O SR. MARCONI PERILLO - Deputado Osval- pela Secretaria Nacional de Assistência Social, é de do Reis, agradeço a V. Ex! o aparte, que incorporo apoio à erradicação do trabalho intanto-juvenil, que ao meu pronunciamento. está atendendo, neste ano de 1997, um total de 500 Prosseguindo: Outro trabalho da Secretaria mil crianças que trabalham em condições insalubres. que tem crescido nos últimos dois anos, mas que As ações da Secretaria visam retirar essas precisa ser ampliado, na visão da própria Secretaria crianças do trabalho e conduzi-Ias à escola, com o Nacional de Assistência Social, é o de apoio à pes- 06172 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 soa portadora de deficiência. Para este ano de 1997, programas e o controle da aplicação dos recursos a previsão inicial é atender a 128 mil, 272 pessoas, através de conselhos comunitários. por intermédio de inúmeras entidades filantrópicas. A Lei Orgênica de Assistência Social, em seu Mas, com o desenvolver das áções durante o ano, art. 27, transformou o Fundo Nacional de Ação Co- esse número deve crescer, em função do apoio dos munitária - FUNAC - em Fundo Nacional de Assis- Estados, das Prefeituras e de outras organizações tência Social e condicionou o repasse de recursos não-governamentais. Até agora, os recursos desti- ao funcionamento do Conselho de Assistência Sa- nados ao apoio à pessoa portadora de deficiência cial e Plano de Assistência Social. são da ordem de 66 milhões de reais. Ações de ge- A Secretaria de Assistência Social assumiu as ração de renda no enfrentamento da pobreza. Este competências da Secretaria de Promoção Humana sim é um programa que tem despertado a atenção do extinto Ministério do Bem-Estar Social, além de de muitos Prefeitos de diversos Estados, devendo todas as competências da ex-LBA, Legião Brasileira alcançar, neste ano, patamares significativos. A Se- de Assistência, e parte das competências do ex-CBIA, cretaria Nacional de Assistência Social elegeu o "En- Centro Brasileiro de Apoio à Infância e Adolescência. frentamento da Pobreza" como tarefa primorélial, e a Sr. Presidente essa incorporação de ações D~ Lúcia Vênia tem percorrido todo o País para não se constitui em' mero reordenamento burocráti- mostrar ~os Governadores e Prefeitos a importência co. Significa, acima de tudo, uma nova visão de Go- das medidas propostas neste Programa de Geração vemo que assume a assistência social como política de Renda. pública, entendida como um conjunto de garantias Renda mensal para a pessoa idosa e portadora minimas para todo o cidadão brasileiro. de deficiência são os pontos centrais das ações da É importante que o Congresso Nacional com- mencionada Secretaria que deverá atender a um preenda bem o que é a Secretaria de Assistência universo de mais de um milhão de brasileiros em Social - SAS, que pertence ao Ministério da Previ- 1997. dência e Assistência Social e é responsável pela Mas para entender em profundidade o trabalho coordenação da Polftica Nacional de Assistência So- desenvolvido pela Secretaria Nacional de Assistên- cial. O trabalho desenvolvido por este órgão é extre- cia Social também é importante falar um pouco so- mamente importante, uma vez que visa proteger a bre legislação e políticas públicas. família, a maternidade, a infância, a adolescência e A Lei Orgênica da Assistência Social, a chama- o idoso; amparar a~ crianças e os ~d~lescentes c:a- da LOAS, que regulamenta os arts. 203 e 204 da ~entes; promover a Integração ~o PU~~ICO de ter~lra Constituição Federal de 1988 reconhece a assistên- Idade ao mercado de trabalho, ~abll~tar e reabilitar cia social como polftica pública, direito do cidadão e as ~ssoas porta~oras de ~efi~l~ncla. e promov~r dever do Estado, e garante a universalização dos di- sua Inte~ração. à Vida comunltána, e, ainda, garantir reitos sociais. um saláno m~nlm? de re~da mensal à pessoa porta- .. dora de defiCiênCia e ao Idoso, que comprovem não A LOAS estabelece, entre outras dlretnzes, possuir meios de prover a própria manutenção ou tê- que. as ações d~ assistência soci~1 passam a ~~r o~- la por sua famllia. ganlzada~ em sistema des~.ntrallzado e partlclpatl- Tem, também a Secretaria Nacional de Assis- vo, ou seJ.a, com responsabilidade na coordenação, tência Social atribuições de caráter normativo, técni- no finanCiamento e na execução das ações que co e financeiro, a saber: desenvolve estudos e pes- compõem ~s. três esfer~s de G~verno: feder~l~ es.ta- quisas; desenvolve diversos programas; dissemina dual e ,:"umclpal, a prática da cl~adan~a partl.clpatlva informações sobre esses programas; promove capa- por meio d.e Conselhos de ~:SSlstêncla SOCial e as citação de recursos humanos; mantém banco de da- transfer~nClas de responsa~llIdades pela ex~u~o dos; presta assessoramento técnico aos Estados e dos serviçoS, programas e projetos para os MUnicípiOS, Municípios, especialmente para a criação e funcio- acompanhados do correspondente repasse .de recur- namento dos conselhos e dos fundos de assistência sos que poderão ser controlados pela comUnidade. social e elaboração dos planos de assistência social Este é um ponto importante, Srs. Deputados. nos Estados e Municípios. Nossa Constituição estabelece um processo de No que se refere ao apoio técnico, a SAS atua assistência social descentralizado. A União cabe a em estreita parceira com as secretarias estaduais e formulação de políticas, repasse de parte dos recur- municipais de assistência social assessorando-as ou sos e às comunidades locais cabem a execução dos colaborando em parceria. Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06173 O apoio financeiro está condicionado à efetiva O Estatuto da Criança e do Adolescente não criação e funcionamento nos Estados e Municípios permite o trabalho infantil antes dos quatorze anos. do Conselho, do Fundo e do Plano de Assistência Entretanto, Sr. Presidente, cerca de 3,5 milhões de Social. trabalhadores brasileiros são menores de quatorze O financiamento de ações de atenção às crian- anos e, em sua maioria, recebem salários bem abai- ças, ao idoso e aos portadores de deficiência se dá xo do mínimo legal. Outros, semi-escravos, cum- através da transferência de recursos do Fundo Na- prem jornada de trabalho de até doze horas diárias, cional de Assistência Social aos Fundos Estaduais e sem nada receberem. Municipais de Assistência Social. A maior parte dessas crianças estão excluídas A execução das ações da Secretaria se desen- do sistema escolar. Para reintegrá-Ias à escola, o volve por intermédio de diversos programas, conce- núcleo familiar contará com apoio financeiro da bol- bidos para atender ao público alvo carente, descrito sa-escola Criança Cidadã, que varia de vinte e cinco a seguir. a cinqOenta reais, dependendo das condiçOes so- 1 - Apoio integral em creches para crianças de cioeconômicas da região; objetivando, primeiro, Iibe- zero a 6 anos, garantido o seu desenvolvimento bio- rar as crianças do trabalho para a escola; segundo, psicossocial e a sua integração gradativa ao sistema propiciar à família melhoria em suas condiçOes de educacional. vida, com acesso a cursos profissionalizantes, capa- De um total de 9 milhOes, 499 mil, 363 crian- zes de inseri-Ias no mercado de trabalho e ainda, ças, de zero a 6 anos, pertencentes a famílias com estimular mudanças de hábitos, atitudes envolvendo renda per capita de até meio salário mínimo, a Se- as famílias em uma estreita relação com a escola. A cretaria atende a 16,25%. bolsa será concedida, exclusivamente, com a fre- As açOes apoiadas técnica e financeiramente qOência regular de 75% a 80% mensal da criança na pela SAS, em 1996, abrangem 100% das unidades escola. da Federação e 70% dos Municípios brasileiros. Esse programa de erradicação teve seu início O valor per capita destinados à manutenção em 1996, com a primeira experiência nas carvoarias de cada criança, pago pela SAS, é hoje de R$14,84. de quatorze Municípios do Estado do Mato Grosso E o aumento desse valor per capita para 1997 já do Sul, onde mil e trezentas crianças já recebem a está sendo negociado. Bolsa Criança Cidadã. O apoio a crianças e adolescentes de 7 a 14 Em seguida, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu- anos, feito em centros comunitários, com atendimen- tados, o programa foi lançado nos canaviais de 13 to no período inverso ao escolar, proporciona acom- municípios de Pernambuco, onde 13.320 crianças, panhamento e reforço escolar, esporte e atividades gradativamente, receberão a Bolsa. culturais, socialização no âmbito familiar e cultural, Na região de produção de sisal, o mesmo pro- atendimento às crianças em situação de abandono, grama será implantado neste mês de março em 16 através de abrigo, guarda familiar elou colocação municípios, onde 15 mil crianças começarão a rece- em família substituta; e atendimento às crianças víti- ber a Bolsa. mas de maus tratos ou violência doméstica. O programa será implantado na região dos ca- O Mapa da Fome e o Mapa da criança, elabo- naviais fluminenses no primeiro semestre de 97, e rados pelo IPEA, em 1993, destacam que 15 milhO.;. nos Estados do Paraná, Paraíba, Rio Grande do es de crianças e adolescentes pertencem a famílias Norte, Alagoas, Sergipe e Rondônia estudos estão indigentes. sendo realizados para sua implementação. Apoio à erradicação do trabalho infanto-juvenil As Comissões de Erradicação do Trabalho In- cujo programa se insere na luta contra a exploração fantil nos demais Estados trabalham com o mesmo do trabalho infantil na zona rural e urbana caracteri- objetivo: primeiro, fazem o diagnóstico da situação, zados como insalubres, degradantes e penosos. para implantar o programa numa segunda etapa. O Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação O Apoio à Pessoa Idosa merece uma análise do Trabalho Infantil, composto por ONG e organiza- mais apurada, devido à sua importância. ções governamentais, estabelece como critério de A Lei nQ 8.842, que dispOe sobre o atendimento priorização, para a erradicação do trabalho infantil, a à pessoa idosa, foi regulamentada em 1996 e reco- região que tem a maior mobilização da sociedade civil, nhecida pela sociedade civil como umas das mais o maior número de crianças que trabalham na região e avançadas do mundo. Pessoas idosas , têm dois ti- piores indicadores sociais de pobrezas e miséria. pos de apoio: a partir dos 60 anos de idade têm di- 06174 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 reito ao atendimento através de diversos tipos de reabilitação das pessoas deficientes e promoção de serviços integrados por nove Ministérios Setoriais. sua integração à vida comunitária através de entida- Entre outros serviços, existem os centros de convi- des filantrópicas; garantia de um salário mínimo vência, já çjisponíveis hoje, onde são desenvolvidas mensal à pessoa portadora de deficiência que com- atividades físicas, laborais, recreativas, culturais, as- prove pertencer a uma família com renda per capita sociativas e de educação; a partir de 70 anos. inferior a um quarto de salário mínimo. A partir de setenta anos o idoso tem direito ao A meta para 1997 é atender cento e vinte e oito benefício mensal de um salário mínimo, desde que mil, duzentos e sessenta e duas pessoas, com re- faça parte de uma família com renda per capita infe- cursos da ordem de R$65.951.299,00 rior a um quarto do salário mínimo. Ações de geração de renda na questão do en- Na programação para 1997 serão implantadas frentamento da pobreza. diversos serviços integrados com diversos ministé- O melhor exemplo destas ações está expresso rios setoriais a saber: Projeto Casa Lar, constituído no Programa Lavouras Comunitárias, que visa aten- de residências em sistema participativo, cedidos por der às famílias carentes de lavradores que vivem no instituições públicas ou privadas, destinada a idosos campo ou nas periferias das pequenas cidades e detentores de renda insuficiente para a sua manu- que não possuem terra para plantar e necessitam tenção sem família. garantir sua subsistência. O Atendimento Domiciliar é um serviço presta- Entre os objetivos do programa estão: incenti- do ao idoso que vive só e é dependente. var o associativismo por meio de diversas atividades Os Centros de Cuidados Diurno são locais que reúnem grupos de famflias de agricultores. O destinados à permanência diurna do idoso depend- sucesso desse programa mereceu atenção especial ente ou que possua deficiência temporária e neces- do Presidente Fernando Henrique Cardoso, que, no site de assistência médica ou multiprofissional. seu programa de rádio semanal, comentou os êxitos Revitalização de Asilos, a exemplo do Asilo alcançados pelo Programa Lavouras Comunitárias Cristo Redentor, em Bonsucesso, no Rio de Janeiro, em diversos pontos do País. onde são atendidos 500 idosos, os asilos devem ser Este programa atenderá em 1997 a um univer- revitalizados objetivando melhorar a qualidade dos so de 625 mil pessoas com recursos de 57 milhões serviços, considerando, por exemplo, a adequação e 755 mil e 930 reais. dos espaços para o idoso, vivendas protegidas com Aqui está, portanto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. independência e autonomia preservadas, albergues Deputados, uma verdadeira prestação de contas do para idosos semi-autônomos, hospital e ambulatório, que realmente está sendo feito na Secretaria Nacio- centro de medicina alternativa, áreas esportivas e nal de Assistência Social, órgão da maior importãn- centro de convivência que integra diversas autivida- cia e muito bem conduzido pela Secretána Lúcia Vã- des com a comunidade. nia nesses dois anos. Capacitação de idosos para empregabilidade E quero aqui agradecer também ao Deputado no atual mercado de trabalho. Eduardo Magalhães, f~x-Presidente desta Casa, seu Implantação do Projeto Cidadania da Terceira hercúleo trabalho sempre apoiando todas essas Idade. ações, não só as da área social, que resultam em Destaque também merece o Programa de grandes realizações da meta do Governo Fernando Apoio à Pessoa Portadora de Deficiência, desenvol- Henrique Cardoso. vido pela Secretaria Nacional de Assistência Social. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - Em Estima-se que 10% da população brasileira, ou continuação ao Grande Expediente, temos a honra seja, 15 milhões de pessoas, tenha algum tipo de de conceder a palavra ao Exmo. Sr. Deputado Sar- deficiência. Deste total, 6,7 milhões são de crianças ney Filho, que dispõe de 25 minutos para sua ora- e adolescentes até dezessete anos. ção. A prevalência das deficiências estão assim O SR. SARNEY FILHO (PFL-MA. Sem revisão classificadas: mental, 5%, física, 2%, auditiva, 1,5%; do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamenta­ múltipla, 1%; visual,O,5%. res, inicialmente, quero registrar meu lamento pelo fato A pessoa portadora de deficiência tem dois ti­ de o Rio de Janeiro ter sido excluído da relação de ci­ pos de atendimento: através de serviços integrados dades que pleiteiam sediar as Olimpíadas de 2004. com os diversos Ministério Setoriais (Justiça, Educa­ Tal decisão foi anunciada hoje pela manhã, e ção, Saúde, Trabalho e Previdência) na habilitação e me associo ao povo carioca na tristeza dessa gran- Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SábadoS 06175 de frustração, que não é somente do Rio de Janeiro, civil que tiveram a palavra e puderam, pela primeira mas de todo o Brasil. A meu ver, Sr. Presidente, o vez, discutir o Orçamento antes da sua votação e Comitê Organizador das Olimpíadas deve prestar apreciação por esta Casa. É de extrema importância um esclarecimento maior à opinião pública. Tenho dar continuidade às reuniões regionais do Orçamen- certeza de que a frustração é imensa na cidade do to, com escolha de Capitais de outros Estados, ini- Rio de Janeiro, porque se levantou uma expectativa ciando-se as apresentações como retrospecto das muito grande. Pelo resultado, ficou demonstrado que principais reivindicações apresentadas nas reuniões houve muito palavrório e pouca ação. É preciso res- anteriores, a verificação de sua inclusão na Lei Or- peitar a opinião pública e evitar manipulações sobre- çamentária aprovada pelo Congresso e uma avalia- tudo dessa natureza. ção dos mecanismos disponfveis, para fazer valer as Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, asso- prioridades regionais e estaduais. mo à tribuna para prestar contas da minha gestão Dessa forma, Sr. Presidente, conseguimos, de como Presidente da Comissão Mista de Planos, Or- certa maneira, acabar com o que se chamava "cai- çamentos Públicos e Fiscalização, apresentar os xa-preta do Orçamento". Levamos o Orçamento avanços no processo orçamentário de 1996/97 e su- para que a sociedade brasileira como um todo - não gestões para futuros aperfeiçoamentos. somente os Governadores e Prefeitos, mas também A primeira providência que tomei como Presi- organizaçOes sociais não-govemamentais - pudes- dente desta Comissão foi designar Relatores para o se dele tomar conhecimento. exame de prestação de contas do Presidente da Re- Apresentei também, pela primeira vez, na Co- pública, cuja apreciação estava parada desde 1990. missão e obtive a sua aprovação a criação de uma Não apenas isto, mas também procurou-se melhorar Subcomissão Temporária de Fiscalização e Contro- substancialmente a forma de abordar a matéria, me- le, com o propósito de instrumentalizar as relações diante a aplicação de metodologia mais apropriada. da Comissão com os demais órgãos de controle do Importantes avanços foram introduzidos no Estado. Outro empreendimento significativo foi, a projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para partir de trabalhos iniciados pela Comissão de Fi- 1997, principalmente no que tange à preservação nanças e Tributação, a elaboração do anteprojeto de das prerrogativa:; do Congresso Nacional. Uma de- lei complementar que substituirá a Lei nQ 4.320/64, las foi a de limitar a três meses do exercício a exe- atendendo ao disposto no art. 165, § 9º da Constitui- cução orçamentária excepcional, com base em um ção. Esse era outro reclame da Casa e dos entendi- doze avos do valor da proposta. Com isto evitou-se dos em Orçamento. Convertido em projeto de auto- protelar a aprovação da Lei de Meios, deixando-se ria da Comissão Mista, a proposição se acha em tra- claro que o Orçamento que deve ser executado é mitação na Comissão de Finanças e Tributação da aquele aprovado pelo Congresso Nacional e não o Câmara dos Deputados. proposto pelo Executivo. Outra foi a exigência da Sr. Presidente, são inúmeros os avanços que fonte de recursos ser expressamente indicada nos fizemos ao longo desta gestão. Contamos inclusive anexos, em vez de sua explicitação ocorrer apenas com o apoio e a colaboração de membros de todos nos QDDs de geração a cargo do Ministério do Pla- os partidos, que se reuniam semanalmente na reu- nejamento e Orçamento. nião de Lideranças, e por isso pudemos, apesar de Na Presidência da Comissão Mista, juntamente pequenos empecilhos, votar o Orçamento no mês de com o Relator, decidimos realizar reuniões regionais janeiro. Só não o fizemos em dezembro devido ao em cinco Capitais para apresentar e discutir publica- imprevisto daquelas denúncias envolvendo um mente a proposta orçamentária do Poder Executivo membro da Comissão. A propósito, como todos sa- com representante dos Governos, lideranças e insti- bem, ficou completamente esclarecido que na Co- tuiçOes dos Estados de cada uma das regiões geoe- missão, tal como está posta, é impossível haver ma- conõmicas do País. Essas reuniões, conhecidas nipulação do Orçamento. como "reuniões regionais do Orçamento", foram rea- Estamos apresentando também, Sr. Presiden- Iizadas em Manaus (16 de setembro de 1996); Cuia- te, uma série de sugestões, que serão entregues na bá (17 de setembro de 1996); São Luís (18 de se- segunda-feira ao Presidente do COrigresso Nacional, tembro 1996); Belo Horizonte (23 de setembro de que visam continuar o aperfeiçoamento do processo 1996); e Porto Alegre (24 de setembro de 1996). A de votação do Orçamento. elas compareceram Parlamentares, Governadores, Destaco ainda a importância da inclusão no Secretários e, como disse, membros da sociedade texto da Lei Orçamentária, pela primeira vez, de nor- 06176 Sábado 8 DIÁRIO DA cÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 ma disciplinadora específica sobre a execução de sários a sua perfeita identificação, e o parecer pro- obras cuja gestão tenha apresentado irregularidades posto pelo Relator-Geral para cada um deles, antes comprovadas ou sob investigação pelo Tribunal de da votação final na Comissão Mista. Contas da União. O Congresso concordou com a in- Demos ênfase ainda ao trabalho conjunto das clusão de dotações para essas obras no Orçamento, Relatorias-Setoriais e Geral, o que se traduziu em no caso de julgamentos já efetuados, mas determi- maior coerência, continuidade e rapidez, dos resulta- nou ao Poder Executivo que tome medidas sanea- dos, não só ao nível das Subcomissões, como tam- doras das irregularidades, que lhe serão comunica- bém da própria Comissão Mista. das para as obras e serviços sobre os quais existam Destaco também a participação intensa do co- investigações ainda em andamento. O Congresso legiado de Relatores-Adjuntos e a realização de reu- determinou ao Poder Executivo medidas acautelado- niões abertas e em local público com as Lideranças, ras e o acompanhamento da implementação das do- bancadas estaduais e regionais, permitindo um ele- tações para obras e serviços em que houvesse sus- vado grau de visibilidade do processo na fase da peitas de irregularidades foi objeto de atenção e tra- Relatoria-Geral e a solução institucional a respeito tamento especial pela Comissão Mista. No último das emendas individuais, de forma a que as proposi- processo orçamentário este tema foi mantido em ções dos Parlamentares tivessem tratamento eqüita- evidência, acabando por merecer, inclusive, menção tivo, preservada a indicação de prioridades no con- específica no texto da Lei. junto de seus pleitos. Com relação ao acompanhamento da execu- Apresento agora sugestões para outros aper- ção orçamentária no exercício de 1996, pela primei- feiçoamentos do processo orçamentário e na condu- ra vez, a Comissão Mista ofereceu a todos os Parla- ção dos trabalhos da Comissão. Em suma, foi um mentares relatórios mensais de acompanhamento, período de realizações significativas. Queremos en- contendo a dotação inicial, os eventuais remaneja- cerrá-lo deixando esta contribuição que julgo devo mentos e créditos adicionais, além dos valores em- fazer ao novo comando da Comissão Mista, extraí- penhados e liquidados. Também, como novidade, das da experiência que tive na sua presidência. demos início á montagem de uma base de dados É de extrema importância dar continuidade ás sobre a execução relativa a convênios. reuniões regionais do Orçamento, com escolha de A apresentação por parte dos Relatores-seto- Capitais de outros Estados, iniciando-se as apresen- riais nos seus respectivos relatórios, de uma série tações com um retrospecto das principais reivindica- de demonstrativos inovadores, que confeririam uma ções apresentadas nas reuniões anteriores, a verifi- transparência inédita na tomada de decisOes Subco- cação de sua inclusão na Lei Orçamentária, aprova- missões Permanentes. Outro significativo aprímora- da pelo Congresso, e uma avaliação dos mecanis- mento, em particular, demonstrou obras com indí- mos disponíveis para fazer valer as prioridades re- cios de irregularidades apontadas pelo TCU e todos gionais e estaduais. os acréscimos e cancelamentos efetuados no pare- É urgente dar continuidade aos exames das cer, por unidades orçamentária, por natureza da prestações de contas anuais dos Presidente da Re- despesa, por subprojeto e subatividade e por Unida- pública. Quanto a isso, Sr. Presidente, na próxima de de Federação. Propiciamos, desta maneira, ao quarta-feira, iremos votar, na Comissão, as contas Congresso Nacional e à sociedade, o conhecimento relativas ao Exercício de 1991. O parecer já está fei- prévio e completo dí?s decisões a serem apreciadas, to. Com isso, colocaremos em dia a votação de con- permitindo uma radiografia ampla das alterações tas de Presidente da República, uma imposição da propostas nos relatórios. Constituição, que não vinha sendo cumprida pela Estabelecemos regras disciplinadoras na apre- Comissão de Orçamento. sentação das chamadas "emendas de Relator" que É sugerido: sofreram, por força do parecer preliminar, limitações I- concluir-se o exame das prestações de con- de ordem qualitativa e quantitativa, permitindo sem tas, pois algumas não foram ainda apreciadas pela dúvida uma melhor delimitação da esfera discricio- Comissão; nária de suas decisões. 11 - intitucionalizar-se a nova metodologia em- Geramos, pela primeira vez, um relatório escri- pregada pela Comissão, para examinar as contas, to e previamente divulgado sobre o conteúdo de incluindo-a no Regimento Interno. Isso é necessário, cada um dos destaques a serem apreciados, emen- porque a metodologia adotada em 1996 obriga a uti- das originárias e todos os demais elementos neces- Iização, pela Comissão Mista, de dados e informaçõ- Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06177 es oriundos de todas as Comissões Permanentes e ou seja, os grandes montantes (que podem ser es- Temporárias do Congresso e de suas Casas. pecificados, em termos absolutos elou relativos, por É vital o aprimoramento de mecanismos no exemplo, ao nivel de grupo de despesas, progra- acompanhamento das obras que apresentam irregu- mas, subprogramas, Poder, órgãos...) e, depois, o laridades, obras, inacabadas ou paralisadas, bem detalhamento do Orçamento em subprojetos e suba- como obras selecionadas pelo seu caráter estratégi- tividade. A apreciação da estrutura do Orçamento co. Para tanto, é preciso criar, no âmbito da Comis- pode ser viabilizada na própria Lei de Diretrizes Or- são Mista, em articulação com o Tribunal de Contas çamentárias elou no parecer preliminar. da União e com a Secretaria Federal de Controle, É necessária a exigência de uma justificativa um banco de dados de projetos governamentais, mais densa em todas as emendas coletivas (de ban- com um conjunto de informações pertinentes (identi- cada ou de Comissão), dada a sua procedência, ficação funcional-programática, licitação, contrato, para fins de alocação de recursos, de modo a incluir contratante, cronograma, custo estimado, custos informações sobre a viabilidade ecoliômica-social do médios, unidade gestora etc.}, que permitam acom- empreendimento e uma avaliação de sua relação panhar o andamento orçamento, financeiro e fisico custo-beneficio, esclarecendo ainda sobre o estágio dessas obras, de forma a melhor conhecê-Ias e fis- de execução e sua forma de financiamento, isto é, calizá-Ias. Esse material, ademais, serviria como cumprindo rigorosamente o que dispõe o parágrafo subsidio nas avaliações do cumprimento de objeti- único do art. 20 da Resolução n2 2, de 1993-CN. Su- vos e metas do Plano Plurianual, metas e priorida- giro o estabelecimento de uma regra que obrigue a des da LDO e atingimento de metas especificas da que pelo menos três das dez emendas de bancada Lei Orçamentária. estadual devam propor recursos nas ações de go- É primordial dar continuidade ao processo de vemo tipicamente sociais. articulação da Comissão Mista com o Tribunal de As emendas do Relator-Setorial devem Iimitar- Contas da União. Essa tarefa encaixa-se, com per- se aos casos de erro ou omissão de ordem técnica feição, nas atribuições da Subcomissão Temporária ou legal, ou admiti-Ias, em casos excepcionais, com de Fiscalização e Controle, mencionada anterior- um pequeno percentual das emendas de bancada, mente - criada na nossa gestão -, que deve atuar cumprindo-se rigorosamente as regras disciplinado- em articulação estreita com o Comitê Técnico de Au- ras já previstas no último parecer preliminar (indica- xilio ao Congresso Nacional, criado pelo Tribunal de das por três quartos da bancada, acompanhadas da Contas da União em 22 de janeiro de 1997, para ata de sua aprovação, versando sobre interesse es- atender às necessidades manifestadas pela Comis- tadual), limitando-se, ao mesmo tempo, o número de são Mista em 1996. Conclui-se que a Subcomissão indicações por bancada. Temporária a que nos referimos deve ser recriada a Devemos vedar, ainda,· o acolhimento das cada ano, com a mesma atribuição principal. De Emendas de Comissão Permanente que não te- fato, é de.considerar-se a criação, no âmbito da nham abrangência nacional ou que não possuam Comissão, de uma Subcomissão Permanente de evidente caráter setorial. Fiscalização e Controle que teria as atribuições A despeito de atribuir-se ao autor das emendas aqui referidas e o controle da constitucionalidade da individuais a indicação dos valores para cada propo- execução orçamentária, particularmente das veda- sição, ao Relatores não devem deixar-se inibir ao ções do art. 167 da Constituição e outras lhe forem exame do cumprimento das restrições eventualmen- confiadas. te estbelecidas no Plano Plurianual e na Lei de Dire- No sentido de aperfeiçoar o exame da Propos- trizes Orçamentária, principalmente no que se refere ta Orçamentária e o tratamento de emendas e dos a custos unitários das metas e a limitações com rela- destaques, sugiro: em primeiro lugar, antecipar em ção à inclusão de obras novas. Entendemos que as no minimo um mês o envio da Proposta Orçamentá- emendas individuais, embora perfazendo um valor ria do Executivo ao Congresso Nacional (de 31 r.e total fixo, não devem ter o mesmo caráter que ti- agosto para 1 de janeiro de cada ano). Já que existe nham as antigas "subvenções sociais". Pelo contrá- proposta de emenda constitucional nesse sentido, rio, o contéudo das emendas individuais deve ser adaptando inclusive os prazos do Plano Plurianual e valorizado. Tais emendas são uma prerrogativa legi- da LDO; em segundo lugar, criar uma sistemática de tima dos Parlamentares, ao participarem da destina- votação da Proposta Orçamentária, na qual se apre- ção de recursos públicos, principalmente quando cie, numa primeira etapa, a estrutura do Orçamento, sua aplicação é tipicamente municipal pu local, 06178 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 como nas áreas de saúde, educação seneamento, ~ necessário fortalecer o acompanhamento da habitação e outras. execução das receitas e dos itens de financiamento ~ necessário, ainda, estabelecer, no parecer dos gastos da União que, em última análise, definem preliminar ou na LDO, um critério orientador para a os limites da ação governamental. Trata-se de tornar distribuição dos investimentos, por Unidade da Fe- disponível um banco de dados sobre as receitas, da deração, de modo a que sejam evitadas distorções, mesma forma que já dispomos de elementos relati- no atendimento das emendas de bancada estadual vos a despesas, extraídas do SIAFI, em formatação e regional. comparável com a dos boletins bimestrais de que ~ mister redefinir o processo, a forma e o con- trata a Co.nstituição e com a dos resultados do Te- teúdo dos destaques em matéria orçamentária, dis- souro Nacional. tinguindo os relativos às emendas coletivas dos per- E, por final, dar prosseguimento ao trabalho do tinentes às emendas individuais, exigindo-se para os fortalecimento e profissionalização das assessorias primeiros o mesmo quantitativo de subscrições institucionais, iniciado em 1991, com a realização de (apoiamento) e a designação, no próprio ato, do Par- concurso específico para Assessores de Orçamento lamentar habilitado para a defesa do destaque pe- e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputa- rante o Plenário. Dar maior densidade aos pedidos dos, parte dos quais foi aproveitada posteriormente de destaque, tornando exigível uma melhor caracte- pela Consultoria de Orçamento do Senado Federal. rização da matéria destacada, de modo a incluir, Encontra-se atualmente em andamento, no Senado além do número da emenda (quando for o caso), Federal, um concurso público para consultores. pelo menos o título do subprojetolsubatividade, uni- Dessa forma, Sr. Presidente, creio que cumpri dade orçamentária, valor do acréscimo pretendido com a minha obrigação de Parlamentar, ao ter per- (se for o caso) a fonte do cancelamento (abrangido mitido um arejamento da discussão a respeito do aqui o sequencial ou código da dotação, a unidade or- processo orçamentário. E é com muita satisfação çamentária, a fonte, o GND e o valor do (s) cancela- que vejo findar este meu mandato à frente da Presi- mento(s) compensatório(s). ~ imperativo também que dência da Comissão de Orçamento, tendo recebido, cada destaque - seja do projeto original, ou do substi- por parte dos membros da Comissão, elogios unâni- tutivo, emenda individual ou coletiva - venha acompa- mes quanto à condução de um trabalho democráti- nhado de sumária justificação, a fim de oferecer ele- co, transparente e sempre em benefício do fortaleci- mentos à Relatorias para a respectiva apreciação. mento do Poder Executivo. São reações como essas Sugiro ainda o aperfeiçoamento da forma de que nos deixam com a c::onsciência tranqüila e com a apreciação da Proposta Orçamentária, primeiro pe_ certeza do dever cumprido. los Relatores-Setoriais, dentro das subcomissões, e ~ isso, Sr. Presidente, que deixo como legado depois, pelo Relator-Geral, na Comissão. Os traba- no final do meu mandato à frente da Presidência da lhos dos Relatores-Setoriais devem ser realizados Comissão Mista de Orçamento, para reflexão desta de forma conjunta, articulada e coerente. A Comis- Casa. são Mista de Orçamento durante a minha Presidên- Era o que tinha a dizer. Muito obrigado. cia, no período de 1996/97, já produziu alguns bons O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - Esta resultados nesse sentido. Existem propostas de que Presidência, em nome da Mesa, cumprimenta V. E~ os Relatórios-Setoriais sejam votados na Comissão pelo magnífico trabalho que fez na Comissão e, em (e não mais nas Subcomissões) ou de formar-se um virtude da importância do seu pronunciamento, deter- colegiado único, com Relatores-Adjuntos indicados mina à Taquigrafia que o transcreva integralmente. pelos partidos, com especialização setorial. O SR. SARNEY FILHO - Muito obrigado, Sr. ~ prioritário dar continuidade aos trabalhos de Presidente. acompanhamento da execução orçamentária. Cons- O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - Conti- tatada uma importante lacuna, no que se refere à nuando o Grande Expediente, temos a honra de parcela representada pelos convênios, é urgente conceder a palavra ao representante do Rio Grande que tal informação seja colocada à disposição do do Sul, Deputado Luiz Mainardi. S. Ex! dispõe de Congresso de forma sistematizada e claramente in- vinte e cinco minutos. teligível, com indicações sobre os valores empe- O SR. LUIZ MAINARDI (Bloco/PR-RS. Sem nhados e liquidados, por Orçamento anual e pelas revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Parlamen- categorias normalmente usadas para classificar os tares, quero, inicialmente, no transcurso do Dia In- dados. temacional a Mulher, dedicar o meu pronunciamento Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06179 às trabalhadoras rurais, às mulheres do campo, que, OE:l estoques, Ullla usina de desequilfbrios a despeito de serem as mulheres que mais traba- capaz de inspirar metáforas amblguas de Iham - e trabalham mais do que os próprios homens abundência e desperdlcio: montanhas de - sentem os principais problemas e as maiores dit:- manteiga, lagos de leite, pirêmides de carne, culdades do povo trabalhador brasileiro. dunas de grãos. Mais de 3 mil mulheres campesinas, que traba- Os governos europeus prefeririam so- Iham na roça, que cuidam dos afazeres domésticos, cializar o ônus dessa superprodução a des- que educam os filhos, enfim, que trabalham 12, 14, truir abruptam~nte uma agricultura campo- 15, 16 horas por dia, amanhã, na minha terra natal, nesa formada por 10 milhões de produtores, Sobradinho, Rio Grande do Sul, estarão se encon- 40 milhões de pessoas, incluindo aI seus fa- trando para debater seus problemas. Portanto, a ho- miliares distribuldos em 8,9 milhões de pro- menagem que faço é a essas lutadoras que também priedades com área média de 9 hectares. fazem a riqueza do nosso PaIs. Só para citar um exemplo, ainda hoje, com Sr. Presidente, não poderia, no momento em todo o discurso liberal, o subsIdio a uma que a agricultura vive o seu pior momento, num es- vaca na Europa é de 2 mil e 200 dólares, paço de 25 minutos, deixar de abordar o problema por ano, maior portanto, como se vê, do que da agricultura e da agropecuária do nosso PaIs. a renda per capita de muitos paises. Sabemos que a crise é internacional. Sabemos Também é importante que se debata, neste que os Estados Unidos e a Europa nos últimos 15 momento, o problema do desemprego. Um dos eco- anos aumentaram sensivelmente a produtividade nomistas mais respeitados do País diz que nao ape- agrlcola. nas o Brasil, mas o mundo encontra-se num dilema: Os seus principais commodities cresceram como absorver a mão-de-obra ociosa de milhões de em volume assustador, até o momento em que o go- pessoas, num momento em que o desemprego é vemo norte-americano teve que intervir e dizer: não alarmante. podemos mais produzir; temos que diminuir a produ- Na Europa, esse Indice está em tomo de 20, ção. E ali houve uma intervenção concreta do Go- 21%. No Brasil, esse índice é extremamente alar- vemo, coisa que, por aqui, pelas nossas bandas, o mante, especialmente a partir das politicas do atual Governo não faz. O Sr. Fernando Henrique quer, Governo. cada vez mais se afastar da agricultura. Na safra Esse economista diz que a agricultura é para o 94/95, os Estados Unidos produziram 250 milhões próximo milênio uma das saídas, senão a única, ca- de toneladas de milho. Depois o Governo decidiu, in- paz de absorver mão-de-obra, de gerar emprego ou tervindo, diminuir a produção, então, indexou 15 mi- ao menos ocupação. É aqui que reside o desafio de Ihões de hectares. Mas a seca que afetou aquele um País como o nosso, com suas dimensões, clima, país, em 1995, fez com que essa produção baixasse gente, enfim, um PaIs que tudo o que se planta dá. para 150 milhões. Na última safra, os Estados Uni- Portanto, o desafio para o próximo milênio, no nosso dos abriram novamente a produção de 9 milhões de entendimento, está exatamente em reconhecer as hectares para produzir em tomo de 40 a 50 milhões dificuldades e estabelecer politicas capazes de re- de toneladas a mais. verter o quadro, não apenas do êxodo rural. da fixa- Digo isso, porque temos copiado muitas coisas ção do homem no campo, mas também de gerar de outros países. Mas quando se trata de pegarmos renda, riqueza e alimentar os milhões de brasileiros. o trem da história no que diz respeito à agricultura, No Brasil, dos 35 milhões de pessoas que ain- continuamos a fechar os olhos, a não enxergar um da vivem na área rural _ e aqui vai um dado chocan- palmo à frente do nariz. É claro que no êmbito mun- te -54% dos moradores sobrevivem com renda infe- dial a produtividade cresceu imensamente. rior a um quarto do salário mínimo. E aí estao essas A razão se deve ao avanço tecnológico e à mulheres, essas trabalhadoras que muitas vezes busca dos palses europeus e dos Estados Unidos nem rendatêm, e por isso esta nossa homenagem. pela auto-sustentação. Uma conjugação de fatores também provoca Artigo publicada na revista Globo Rural, de outros sintomas no interior do País. A população dezembro de 1996, diz o seguinte: economicamente ativa, ocupada com a agricultura Nos palses ricos, esse avanço da téc- brasileira, recuou de 44,3% para 29% nos anos 70, nica associado à busca de auto-eficiência caiu para 23% nos anos 80. Ou seja, as pessoas es- alimentar gerou um desconcertante acúmulo tão deixando de trabalhar na agricultura. Em com- 06180 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 pensação, um outro dado interessante levantado ção ao dólar facilitaram a entrada de produtos, mui- pelo Prof. José Graziano da Silva, da Unicamp, tos dos quais subsidiados na origem. O prazo de pa- constata que entre os anos de 1981 a 1990 o contin- gamento das importaçOes·- outro dado importantis- gente rural.que nao exerce atividades agrlcola, mas simo - é de 180 a 360 dias, e os juros baixos inter- que presta serviço, constrói, administra, leciona, nacionais também sao fatores facilitadores de impor- opera manufaturas, ou apenas reside lá no campo, tações. Além da entrada de produtos que competem cresceu 6% ao ano. Ela saltou, portanto, de 3.1 mi- diretamente com o mercado interno - esses preços IhOes para 5.2 milhões de pessoas e já representa internalizados passam a ser a referência para o nos- 45% da população economicamente ativa residente so mercado interno -, já que a polftica de preços mI- na área rural. Portanto, é em cima destes dados que nimos está completamente desestruturada. Do total temos de trabalhar. Esta é uma tendência que se de importaçOes, em 1996 - 53,2 bilhões de dólares tem verificado nao apenas no nosso caso, Brasil, -, apenas um terço foi pago à vista, e o restante fi- mas nos palses europeus. nanciado num prazo de 180 a 360 dias. E a inflação Sr. Presidente, Sr!s e Srs. Deputados, trago está aI. De julho de 1994 a dezembro de 1996, ela aqui alguns dados sobre a situação da agricultura. acumulou 48,9%, segundo o IGPM da Fundação Durante a década de 90, a área plantada nao Getúlio Vargas; 60,34%, segundo o IPC da Fipe, e superou os 39 milhões de hectares, e a produção fi- 101.08%, segundo o ICV do Dieese. cou na variação dos setenta a oitenta milhões de to- Em 1996, a inflação fechou o ano em 10%, na neladas. Apenas a produção de milho vem se desta- média dos principais Indices e em 14,88%, segundo cando em constantes ganhos de produtividade. Os o Dieese. Já a poupança rendeu 16,33%. A renda produtos básicos, como o feijao, o arroz e o trigo agrlcola esteve longe de acompanhar esses Indices, apresentam desempenho caótico. O Brasil está lon- segundo os dados da Fundação Getúlio Vargas para ge de uma polftica de auto-suficiência, importando os 19 principais produtos agrlcolas. A renda global em tomo de 10 milhões de toneladas de alimentos. caiu de 45,9 bilhões, no perlodo de 1985 a 1989, Somente em arroz, milho, trigo e algodão o Brasil para 29,3 bilhOes no perfodo de 1990 a 1994; 27,7 importou 1,9 bilhões em 1995 e 2,3 bilhões de dóla- bilhOes em 1995, e 26,7 bilhões em 1996. Essa é a res em 1996. Há uma redução continua das ocupa- queda, concreta, real, na renda da agricultura! çOes das atividades agrlcolas. Vejamos os números: o milho, que em julho de Um outro dado, em relação aos palses do Mer- 94 a saca de 60 quilos valia R$5,62, em julho de cosul do déficit comercialque tivemos no ano passa- 1995, um ano depois, valia R$5,52, portanto, o pre- do de 5,5 bilhões de dólares, 2,2 se devem a uma ço baixou; em julho de 1996, valia R$7,90, aumen- importação maior do que a exportação relativa ao tou. Em dezembro de 1996, valia R$6,63 e agora a Uruguai e à Argentina especialmente. previsão é de que esteja em tomo de R$5,50. Isso é Que produtos são esses? São basicamente mais ou menos o preço de um Big-Mac e uma Coca- aqueles produzidos no Sul do Brasil. Ou seja, deixa- Cola que se come por aI. se de produzir no Rio Grande do Sul, em Santa Ca- Ou seja, o preço de uma saca de milho equiva- tarina e no Paraná, fazendo-se no Uruguai ou na Ar- le a um lance pequeno, que, com toda a certeza, gentina. lamentavelmente, é isso que está ocorren- para alimentar um trabalhador, seria preciso três do no Sul desta Pais. desses lanches. Aliás, o Uruguai oferece muitas outras condiçO- O feijão preto teve; também, a mesma queda, es: um brasileiro chega lá, apresenta-se no banco e aliás, pior, porque em julho de 1994, valia R$30,87, tendo garantia faz financiamento. Compra trator, co- e agora, a previsão é de R$25,OO. Iheitadeira com prazo de até dez anos para pagar, A previsão da saca de soja de 60 quilos, que cujos juros são baixlssimos. custa R$10,43, é de R$13,50, houve um pequeno E o preço do produto que, muitas vezes, é sub- aumento; o quilo do sulno de R$O,66 subiu para sidiado, vale muito mais do que o nosso. Ou seja, os R$O,85; o litro do leite de R$O,19, em julho de 1994, produtores deixam de produzir no Brasil e passam a para R$O,20 _ esta é a tendência para este ano. É fazê-lo no exterior. Se verificarmos a queda da ren- por isso que os produtores do Rio Grande do Sul da com a estabilização dos preços e a continuidade perderam em tomo de 25% da sua renda no último da inflação - porque há inflação, baixa, é verdade, ano. Isso é evidente, porque o Uruguai paga mais e mas há inflação, constataremos que as allquotas de hoje exporta e coloca os seus produtos aqui no mer- importações baixas e o real supervalorizado em rela- cado nacional. E mais: utilizam de uma malandra- Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06181 gem: quando temos a nossa sal(él, Daixa o preço; na fato de que não utilizávamos o ovino enquanto car- entressafra, aumenta. Pois quando temos a entres- ne. Mas nos últimos vinte anos, com a introdução do safra, a Europa, a Itália especialmente, está na épo- ovino-carne é possfvel operarmos com o ovinocultu- ca da sua safra. Então, aquele paIs exporta o leite ra de dupla finalidade, ou seja, lã e carne, que é um para o Uruguai; o Uruguai industrializa este produto dos setores mas rentáveis. E a proposta foi apresen- e vende-o para o Brasil, porque as taxas de importa- tada ao Estado do Rio Grande do Sul pela Associa- ção são menores e coloca, portanto, o leite, de ori- ção Brasileira de Criadores de Ovinos. gem italiana, em nosso PaIs. Oitenta e cinco mil t evidente que isso demanda recursos, tecnc agricultores que vivem dessa atividade, enquanto logia, mas o Estado tem que participar, o Estado tem atividade principal no Rio Grande do Sul, estão fada- que interferir, o Estado tem que meter a mão! Essa é dos a quebrar senão se alterar essa potrtica. a única alternativa capaz de repovoar os campos e Sr. Presidente é importante que verifiquemos o fazer com que a produção de ovinos resulte em em- preço que o Governo dita daqueles produtos neste prego no campo, em renda, em emprego na cidade, último perlodo. Aliás, o Governo é absolutamente através da indústria da carne ovina e através de um cego quando trata os custos da produção. Por alimento com alto teor de protefnas para as popula- exemplo, aumentaram os insumos (adubos, fertili- ções das cidades. Está o programa comigo aqui. Ele zantes, calcário, sementes, máquinas) àcima da in- já foi apresentado há tempos e até hoje não foi im- fiação, mas ele não vê. O milho, que na safra 94/95 plementado. era de R$6,32, agora está custando R$6,70. O arroz Há o problema da bovinocultura. E aqui temos irrigado, outra cultura forte em nosso Estado _ que outro dado interessante, que está também na Globo tende a desaparecer, se o Governo não mudar as Rural. Diz aqui: Berrante moderno. regras de financiamento e preço mfnimo _, também A imagem do pecuarista tradicional, vai ter sério problema. O arroz irrigado, que na safra que apóia uma bota no latifúndio e a outra o 94/95 valia R$10,10, na safra 96/97 custa 10,53. O algodão, o feijão, a mandioca, enfim, os principais manejo extensivo de gado _ e, aliás, é o que se organiza para impedir o desenvolvimento produtos da agricultura brasileira praticamente esta- agrário, que é a reforma agrária _ continua cionaram durante esses últimos anos. Constatamos t I P f d 150 'lhO d b . d' a ua num a s on e ml es e OIS 1- isso, também com base no fato de que não temos videm folgadamente 200 milhões de hecta- uma polftica de crédito. Trata-se de outro problema res, portanto, 0,75 cabeça por hectare, sério. quando projetos modernos já operam com Em 1996, o volume de crédito para a agricultu- taxas de ocupação de dez a doze vezes su- ra ou a agropecuária esteve em tomo de seis bilho- perior. es, algo próximo de 10% do PIB agropecuário. Em Há quinze ou vinte anos, quando a ter- 1975, outra época, portanto, chegou a representar ra custava a média de cem dólares por hec- 160% do PIB agropecuário. tare, o sujeito produzia três arrobas por hec- Em termos absolutos, o crédito agropecuário tare/ano, tinha um custo de dez dólares por se reduziu em dez vezes em perlodo de vinte anos. hectare e uma receita Ifquida de 20% do va- AI dizem que os partidos de oposição não apresen- lor da terra ao ano. Pagava o investimento tam propostas. Na verdade, quando dizem isso, tam- em cinco anos, porque o preço do acesso bém objetivam atingir os setores organizados da ao negócio era baixo, inclusive para os pe- nossa sociedade que apresentam propostas. Quenos. Com relação a isso, vou citar um exemplo mui- Há dez anos o custo de produção con- to comum e muito vivo, ocorrido na cidade de São sumia 30% do preço da arroba. Agora a par- Gabriel do amigo, Deputado Arlindo Vargas. Refiro- ticipação atinge 70% desse valor. Mas é cla- me ao problema da ovinocultura. Chegamos a ter no ro que nesse perfodo se especulou com ter- Rio Grande do Sul 14 milhões de ovinos, de 1962 e ra. Tinha-se a terra como um capital imobi- 1964. Hoje, temos pouco mais de 6 milhões de ca- Iiário patrimonialista. Esse tempo passou, e beças. hoje a situação é absolutamente outra. É claro que vários fatores contribulram para o Mas nós temos que introduzir tecnolo- despovoamento dos campos do Rio Grande do Sul. gia no campo e produzir mais. Se nós ele- Um deles foi a crise da lã no mercado internacional vássemos, por exemplo, a produtividade no a .partir da introdução da fibra sintética. Outro é o campo na pecuária colocando um boi em 06182 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997

um hectare, sobrariam em torno de 50 loIi- vel, tanto do ponto de vista operacional quando do lhões de hectares para produzir grãos. Terra ponto de vista econômico. existe, basta saber trabalhar e manejar. A questão do custo econômico, do baratea- Eu quero portanto encerrar, Sr. Presidente di- mento da operação passa obrigatoriamente pela zendo que propostas existem e são conhecidas. A análise das caracterrsticas de cada modalidade de correção da acidez do solo, por exemplo, faz com transporte, baseada na sua utilização, tendo como que a produtividade aumente em torno de 30%. E fim o menor consumo de combustrvel, visto que este não existe mais. A Abracal já apr Jsentou uma pro- componente incide substancialmente nos custos do posta, e nós temos um projeto que tramita nesta transporte e do produto a ser transportado. Casa criando esse programa. Basta o Governo que- Embora as rodovias sejam importantes, deven- rer e dispor de recursos. do ser devidamente conservadas e ampliadas, é fun- Propostas existem como as que protegem os damental que o Pars se preocupe em investir na nossos produtores, taxando as importações que construção de novas ferrovias. concorreram aqui deslealmente porque são subsi- Todas as nações desenvolvidas do mundo diadas lá fora. Propostas existem para garantir o ho- priorizaram o transporte ferroviário. mem na terra, diminuindo o risco, portanto, criando Na França, por exemplo, Sr. Presidente, 55% um seguro agrrcola. das cargas são transportados por via ferroviária; na Enfim, Sr. Presidente, propostas existem; o Alemanha, 53%; no Canadá, 52%; nos Estados Uni- que falta, na verdade, é vontade poUtica, e o desejo dos, 50%. Enquanto isso, no Brasil, apenas 28% da de fixar o homem na terra e, especialmente, garantir produção é transportada por trens, e 70% das car- outras questões, como saúde, moradia, educação, gas passam pelas rodovias deterioradas e perigo- para fazer com que se fixe na terra aquele que hoje sas. não produz alimentos. Nesse contexto, figura a Ferrovia Norte-Sul, O SR. PRESIDENTE {Arlindo Vargas} - Vai-se srmbolo da integração econômica nacional, que terá passar ao horário de capacidade operacional superior a 124 milhOes de toneladas por ano. VI - COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES Esse complexo ferroviário teve sua construção Tem a palavra o Sr. Osvaldo Reis, pelo PPB. iniciada no ano de 1988, levando esperança e pers­ pectivas de amplo desenvolvimento econômico a O SR. OSVALDO REIS {PPB-TO. Pronuncia o uma vasta região de quase 2 milhões de quilômetros seguinte discurso.} - Sr. Presidente, SrAs. e Srs. De­ quadrados, englobando os Estados do Maranhão, putados, dizia o Presidente Washington Luiz: "Go­ Pará, Tocantins, Bahia, Goiás, além do leste de vernar é abrir estradas" e, em parte, ele tinha razão. Mato Grosso. Em verdade, rodovias e ferrovias são essen­ Mas, como sempre acontece no Brasil, ficou ciais para o desenvolvimento de qualquer nação, a tudo em promessas, pois foi construído apenas o fim de permitir não apenas o transporte de pessoas, primeiro trecho de 109 quilômetros, entre Imperatriz como de cargas dos centros produtores para os cen­ e Açailândia, no Maranhão, com a interligação com tros consumidores e de exportação. a ferrovia de Carajás. Assim, o Brasil dispõe de um vasto patrimônio A Ferrovia Norte-Sul foi incluída entre as priori­ de 300 bilhões de reais no setor de transporte, que, dades do atual Governo Federal Fernando Henrique entretanto, está em perigo. Do total de 1,5 milhão de Cardoso e deveria ser proximamente implantado o quilômetros de estradas federais {dos quais 150 mil trecho entre Imperatriz e Estreito, divisa dos Estados pavimentados} 70% encontram-se em péssimas do Tocantins e Maranhão, interligando-se por um ra­ condições de conservação. Mais de 30% das loco­ mal rodoviário, cortanto o Estado do Tocantins para motivas estão paradas, aguardando manutenção, e transportar a produção dos Estados anteriormente 36% da malha ferroviária está deteriorada. As estra­ citados, através do Porto de Xambioá, na hidrovia das precárias encarecem os alimentos e provocam Araguaia-Tocantins, corredor de exportação Norte e acidentes, com prejurzos materiais e perda de pre­ Centro-Oeste. ciosas vidas. Para interligar-se comercialmente com as de­ Em qualquer lugar do mundo, uma polftica ra­ mais regiões brasileiras, o Estado do Tocantins con­ cional de transportes deve estar montada na neces­ ta apenas com uma precária malha rodoviária, cujo sidade de obtenção do melhor desempenho possí- eixo central é a Rodovia Belém-Brasília, que se en- Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado8 06183 contra totalmente saturada. O volume de cargas que goz de uma população de trabalhadores que sequer diariamente circula por esta rodovia exige que sejam recebe a preocupação de quem ao menos foi servi- criadas, com urgência, outras opções de tráfego. dor público um dia da sua vida. Somos favoráveis à Pensar em duplicação de suas pistas seria a idéia reforma administrativa, para diminuir as gorduras da mais simples, no entanto, não seria a mais racional ·máquina pública e aperfeiçoá-Ia em benefício do e econômica. contribuinte, seu maior usuário. No entanto, exigi- É preciso ressaltar, Sr. Presidente, S~s. e Srs. mos que seja mantido e respeitado o direito adquiri- Deputados, que a Ferrovia Norte-Sul é absoluta- do, que é uma garantia constitucional. mente essencial para toda a região que será cortada Ora, Srs. Deputados, será que a espada do al- por seus trilhos, em particular os Estados do Mara- goz Bresser Pereira deve cair sobre a cabeça dos nhão e Tocantins, atendendo o Pará, Bahia, Goiás e servidores públicos, ou o Estado brasileiro deve ad- Mato Grosso. ministrar o déficit público com rigor e justiça, sem fa- É uma obra verdadeiramente redentora que zer desses mais de 700 mil brasileiros os bodes ex- ensejará o incremento da produção agropecuária e piatórios de uma reforma que parece ser a salvação de exploração de minérios, permitindo seu escoa- dos problemas que afligem a todos nós? mento integral a preços altamente competitivos. Tenho discutido muito com a base de sustenta- Assim sendo, para que a economia de uma ção do Governo e alguns, como eu, discordam fron- vasta região do País seja dinamizada e resgatada, talmente das propostas do Ministro e até do Relator impõe-se a reativação urgente das obras de constru- da proposta de emenda constitucional, Deputado ção da Ferrovia Norte-SIJI, em parceria com a inicia- Moreira Franco. É necessário, pois, que nesta Casa tiva privada. Legislativa o eco do apelo dos servidores seja ouvi- É justa a reivindicação que, da tribuna desta do e compreendido a fim de que não de cometa Uína Casa, faço ao Sr. Presidente da República Femando injustiça irreparável para com o servidor público e a Henrique Cardoso e ao Sr. Ministro dos Transportes. sociedade brasileira. Sr. Presidente, parabenizo o Rio Grande do No Estado de Roraima, que tenho a honra de Sul por ter V. ExJ!. hoje na Presidência desta Casa, representar nesta Casa, bem como nos demais ex- por representar, sem dúvida, um dos nomes mais Territórios Federais, a situação é ainda mais cruel. importantes da nossa história contemporânea - Var- Como poderá sobreviver a máquina pliblici'.j E J- gas. tadual se os milhares de servidores, clliundos dos Peço a V.ExJ!. que o meu discurso seja divulga- do no programa A Voz do Brasil e publicado nos Territórios, forem afastados dos cargos que exer- Anais desta Casa. cem? Primeiro, os Estados de Roraima e Amapá não têm condições financeiras de absorvê-los e O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - V.EXª mantê-los; segundo, a Constituição lhes assegura o será atendido. direito adquirido, portanto, será uma briga sem fim Agradeço a V.ExJ!. as palavras bondosas. na Justiça e, terceiro, onde colocar esses milharef O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - Conti- de servidores que têm, hoje, neste trabalho, a única nuando as Comunicações Parlamentares, temos a forma de sobrevivência _ difícil, é bem verdade, mas honra de passar a palavra ao Exm2. Sr. Deputado digna _ com a sua família? Francl·sco Rodrigues, que dividirá seu tempo com o S~S. Deputado Osmir Lima. Quero dizer :às e Srs. Deputados que !la­ V. EXª. disporá de cinco minutos para a sua veremos de travar uma grande luta nesta Casa do povo se houver {Insistência de tirar dos servidores oração, pelo PFL. públicos os seus direitos, conquistados ao longo de O SR. FRANCISCO RODRIGUES (PFL-RR. anos de luta. Se Getúlio Vargas estivesse vivo, f~le, Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, que regulamentc,u a função de servidor públíco, ha- Sfi!s. e Srs. Deputados, um assunto que já domina veria de puxar as orelhas do Ministro Bresser Pf~rei- há muito a maioria dos servidores públicos é a refor- ra e fazê-lo volGar ao seio do Grupo Pão de Açúcar, ma administrativa, que investe diretamente na segu- que o teve como empregado e o demitiu por insubor- rança de todos aqueles que, ao longo dos anos, têm dinação. dedicado a sua vida à causa pública. E por que não dizer, S~. e Srs. Deputados, Era o que tinha a dizer. que essa preocupação atinge a todos nós, por ver- O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - F ... mos cada vez mais o Sr. Bresser Pereira como o al- complementar o tempo do PFL, teremos a honra de 06I84 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997 passar a palavra ao nobre Deputado Osmir Lima, cação, tenham condições legais de efetuar a compra que disporá de 5 minutos. dos alimentos. O SR. OSMIR LIMA (PFL-AC). Sem revisão do A lentidão do Governo e a má vontade secular orador.) - Sr. Presidente, srªs. e Srs. Deputados, o a que me referi fazem com que venhamos até aqui Estado do Acre há mais de quinze dias vem sofren­ pedir que agilizem essas ações, notadamente por­ do uma das maiores enchentes da sua história. Leio que foi inclusive compromisso do Sr. Fernando Hen­ aqui num jornal local, estadual, A Tribuna, que vá­ rique Cardoso, quando Constituinte e como Presi­ rias instituições doaram alimentos para os flagelados dente da República, o de procurar atenuar os graves das enchentes causadas pelo rio que corta o Estado. desequilfbrios regionais do Brasil, que se vêm acen­ No entanto, o Estado não recebeu nenhuma tuando cada vez mais. ajuda do Governo Federal. Aliás, os problemas ama­ O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - Quero zônicos, notadamente acreanos, persistem, são já agradecer a V. Ex!! a citação de Plácido de Castro, seculares, diante dessa má vontade com o nosso gaúcho como eu, nascido na minha querida cidade Estado, essa discriminação odiosa que existe por de São Gabriel. parte do Governo Federal. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - Con­ Basta dizer que o Estado foi até enganado cedo a palavra ao nobre Deputado Airton Dipp, pelo quando Sl~ incorporou ao Brasil, porque era uma na­ Bloco Parlamentar PT/PDT/PCdoB. ção independente, feita pela bravura dos nordesti­ O SR. AIRTON DIPP (Bloco/PDT-RS. Pronun­ nos seringueiros, sob o comando de Plácido de Cas­ cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, quero fa­ tro. E eles se incorporaram ao Brasil pensando que, zer um registro e, ao mesmo tempo, convidar os co­ ao se desmembrarem da Bolívia, iriam encontrar legas Parlamentares para prestigiarem a 11'ª Mostra uma pátria que entendesse melhor a sua situação. Nacional de Pequenos Animais, promovida no Muni­ Estamos completando um século de discrimi­ cfpio de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, a partir do nação e todos os fatos resultantes, inclusive uma dia 151 de maio. enchente, levam-nos sempre a vir a esta tribuna ou A Mostra Nacional de Pequenos Animais é um a qualquer lugar fazer apelos, quando seria uma ob­ evento inédito no País, especialmente porque con­ rigação do Governo Federal socorrer o Estado. Só grega a exposição e feira de cerca de trezentos cria­ para ver a gravidade dessa enchente para um Esta­ dores de pequenos animais, os chamados animais do pequeno, que graças a Deus, não tem cresci­ domésticos. mento demográfico acentuado no Municfpio de Rio Além da presença de pequenos animais, a Branco, sede da Capital do Estado, onde existem Mostra - já tradicional no Rio Grande do Sul - reúne 973 famflias desabrigadas, o que corresponde a eventos paralelos importantes como a Feira Esta­ mais ou menos 1.513 pessoas, ora protegidas de dual do Artesanato, a Festa das Flores, o Salão do forma até insuficiente pela Defesa Civil local. Microempresário. No Municfpio de Sena Madureira há 379 famf­ E neste ano, uma novidade extremamente ím• lias desabrigadas, correspondendo a 1.326 pessoas. portante é a realização da Mostra junto com a Festa Foí decretado estado de calamidade pública nesses do Dia do Trabalhador; por isso seu lançamento foi dois Municfpios e os Prefeitos de Tarauacá e Feijó adiado para o dia 151 de maio. Na última edição, no podem fazer a mesma decretação a qualquer mo­ ano passado, participaram do evento cerca de 42 mil mento. pessoas. Sr. Presidente, srªs. e Srs. Deputados, procu­ Sem dúvida alguma, essa festa popular signifi­ ramos a Defesa Cívil para ver que tipo de apoio po­ ca muito para a economia da região norte do Estado deria ser dado à população desassistida daquele Es­ do Rio Grande do Sul. A criação de pequenos ani­ tado. Muito bem. Fomos informados de que os medi­ mais, gradativamente, vem atingindo estágio econo­ camentos estavam sendo providenciados. Agora, micamente satisfatório para aquela importante região. pasmem: ainda não havia sido tomada iniciativa al­ Outro ponto positivo é a entrega do Troféu Ge­ guma quanto à aquisição da alimentos, porque uma túlio Vargas aos trabalhadores e empresários de portaria ainda não foi publicada no Diário Oficial da destaque. Portanto, uma valorização ao empenho União. Quer dizer, quase 3 mil pessoas estão desa­ daqueles que no dia-a-dia contribuem com o seu labor brigadas e passando necessidades, aguardando que ou o seu capital para o desenvolvimento do Estado. os burocratas de Brasília publiquem uma portaria no A Mostra é coordenada pelo Presidente da As­ Diário Oficial da União, para que, após essa publi- sociação dos Cunicultores do Planalto Médio, Wilson Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06185

Nascimento Pinheiro, e, além da participação efetiva N2 265-8195 - (GONZAGA PATRIOTA)- Dispõe sobre dessa Associação, conta também com a participa­ a destinação do produto de alienação das terras ção da Associação Comercial e Industrial do Municí• devolutas da União. pio de Passo Fundo e da Prefeitura Municipal. ÚLTIMO DIA: 10-3-97 Fica o convite, com muita antecedência, para 1.2 COM PARECERES, QUANTO AO MÉRITO, CON­ esse importante evento no Município de Passo Fundo. TRÁRIOS (Art. 133) Agradeço a V. EXª., Sr. Presidente, o espaço e PROJETOS DE LEI: espero contar com a presença dos Deputados Fede­ rais, especialmente dos conterrâneos que hoje estão N2 491195 (ROMEL ANíSIO) - Cria a Loteria Salve­ no Congresso Nacional, caso do Deputado Arlindo Saúde. 2 Vargas, que vem tendo excelente desempenho a PRAZO - 1 DIA: 10-3-97 partir da sua ascensão a esse cargo e que é muito ÚLTIMO DIA: 14-3-97 importante para o Rio Grande do Sul. 2. CONTRA PARECER TERMINATIVO DE COMIS­ SÃO-ART. 54 o SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - Depu­ (SUJEITAS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO tado Airton Dipp, cumprimento V. EXª, pelo pronuncia­ EM APRECIAÇÃO PRELIMINAR, NOS TERMOS. mento e, como gaúcho, reforço seu convite para que DO ART. 144) estejamos em Passo Fundo nessa magnífica festa. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECUR­ O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) -A Di­ SO: ART. 58, § 1º reção desta Casa, por intermédio desta Presidência, INTERPOSiÇÃO DE RECURSO: ART. 58, § 3º soma-se a todos os Srs. Deputados que cumprimen­ combinado com ART. 132, § 2º taram as mulheres pelo Dia Internacional da Mulher. 2.2 PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E/OU ORÇA­ VII - ENCERRAMENTO MENTÁRIA O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a Sessão. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Vargas) - Encer­ PROJETO DE LEI: ro a Sessão, convocando outra para a próxima se­ Nº 4.559/94 (VALDIR COLATTO) - Dispõe sobre a ,gunda-feira, dia 10, às 14 horas. aposentadoria especial dos mecânicos. PRAZO -12 DIA: 10-3-97 ÚLTIMO DIA: 14-3-97 AVISOS 3. CONTRA DECLARAÇÃO DE PREJUDICIALIDA­ DE - ART. 164, § 12 PROPOSiÇÕES EM FASE DE EMENDAS (SUJEITOS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO, OU RECURSOS APÓS OUVIDA A CCJR, NOS TERMOS DO ART. l-EMENDAS 164, § 2º e § 3º) PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECUR­ \I - RECURSOS SO: ART. 164, § 2º 1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE CO­ MISSÃO - ART. 24, \I PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECUR­ PROJETO DE LEI: SO: ART. 58, § 1º INTERPOSiÇÃO DE RECURSO: ART. 58, § 3º Nº 2.747197 (PAULO PAIM) - Susta a aplicação do combinado com ART. 132, § 2º disposto no artigo 2º da Medida Provisória nº 1.1 COM PARECERES FAVORÁVEIS: 1.523/96, editada no dia 13 de outubro, que ,:,'.> move alteração rIo artigo 148 da Lei nº 8.2~ 2..:: PROJETOS DE LEI: 24 de julho de 1991. (Por ter perdido a o::; ..:; .-.. _. Nº 241-A/95 (RAQUEL CAPIBERIBE) - Dispõe sobre dade) o exercícto do direito de queixa pela mulher. PRAZO -1º DiA: 10-3-S7 ÚLTIMO DIA: 10-3-97 ÚlTIMO DIA: 14-3-S7 06186 Sábado 8 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 1997

RELAÇÃO DOS DEPUTADOS INSCRITOS 18 3ª-feira 15:00 Marcelo Deda PARA O GRANDE EXPEDIENTE 15:25 Femando Ribas Cani - MARÇO DE 1997 - 19 4ª-feira 15:00 José Janene 15:25 Jair Meneguelli Data Dia da Semana Hora Nome 20 5ª-feira 15:00 Amaldo Madeira 15:25 Gilney Viana 10 2ª-feira 15:00 B.Sá 15:25 Milton Mendes 21 6ª-f~ira 10:00 15:5') Álvaro G. Neto 10:25 Neiva Moreira 16:15 José Linhares 10:50 Antonio Brasil 16:40 Osmir Lima 11:15 Neuto de Conto 17:05 Aroldo Cedraz 11:40 Silvio Pessoa ~7:30 Hermes Parcianello 12:05 Augusto Viveiros 17:55 Lindberg Far.as 12:30 Luiz Alberto 18:20 Nícias Ribeiro 12:55 Marcelo Barbieri 13:20 Valdir Colatto 11 3ª-feira 15:00 Paes Landim 15:25 Nelson Marchezan 24 2ª-feira 15:00 Márcio R. Moreira 15:25 Sebastião Madeira 12 4ª-feira 15:00 Eduardo Jorge 15:50 Antonio do Valle 15:25 Alcione Athayde 16:15 Chicão Brigido 13 5ª-feira 15:00 Dercio Knop 16:40 Inácio AJruda 15:25 Eliseu Moura 17:05 Eliseu Resende 17:30 Severiano Alves 14 6ª-feira 10:00 Augusto Carvalho 17:55 Tilden Santiaao 10:25 Salatiel Carvalho 18:20 Luiz Fernandõ 10:50 25 3ª-feira 15:00 Jair Bolsonaro 11:15 15:25 Oscar Andrade 11:40 Freire Júnior 12:05 Vicente Cascione 26 4ª-feira 15:00 Júlio César 12:30 Lídia Quinan 15:25 Ronaldo Perim 12:55 Jarbas Lima 27 5ª-feira 15:00 Noel de Oliveira 13:20 José Chaves 15:25 Ricardo Barros 17 2ª-feira 15:00 Udson Bandeira 31 2ª-feira 15:00 Romal Anízio 15:25 Sandra Starling 15:25 Confúcio Moura 15:50 Adélson Salvador 15:50 Jandira Feghali 16:15 Tuga Angerami 16:15 José Aldemir 16:40 Remi Trinta 16:40 Jaime Martins 17:05 Hugo Biehl 17:05 Sérgio Miranda 17:30 Cláudio Chaves 17:30 Nárcio Rodrigues 17;.55 Ceci Cunha· 17:55 Manoel Castro 18:20 Marcus Vicente 18:20 Humberto Costa

ORDEM DO DIA DAS COMISSOES-

l-COMISSÕES TEMPORÁRIAS: RECEBIMENTO DE EMENDAS Início: 6.3.97 Prazo: 5 Sessões COMISSÃO ESPECIAL Decurso: 33 Sessão TELECOMUNICAÇOES 1 - PROJETO DE LEI n° 821, de 1995, do Senhor AVISO N° 01/97 Deputado Renato Johnsson, que "regulamenta Março de 1997 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 8 06187

a Emenda Constitucional de 08, de 15 de NOTA: agosto de 1995, e institui a política de AS EMENDAS SÓ SERÃO ACEITAS EM FORMULÁ­ exploração dos serviços públicos de RIO PRÓPRIO DISPON[VEL NAS SECRETARIAS DAS telecomunicações". (Apensados: PLs 1168/95, COMISSÕES. 1117/96,2626/96 e 2648/96) HORÁRIO: DE 09:00 ÀS 12:00 E 1"4:00 ÀS 18:00 RELATOR: Deputado ALBERTO GOLDMAN.

Para obter informações sobre a tramitação de proposições nas Comissões, ligue para os DEPARTAMENTO DE COMISSÕES seguintes ramais: Edição: Núcleo de Apoio à Informática Ramais.: 6876/877 CEDI/SINOPSE ------6846 a 6850 DECOMlCoo-denaçâo de Comissões Permanentes ------6892 Serviço de Comissões Especiais e Externas ------7052 Serviço de CPls 7055 (Encerra-se a Sessão às 12 horas e 56minutos.) (Biênio 1997/98)

Presidente: iº- Secretário: Suplentes de Secretário: MICHEL TEMER - PMDB/SP UBIRATAN AGUIAR - PSDB/CE 12 JOSÉ MAURfclO - PDT/RJ 2º- Secretário: iº- Vice-Presidente: NELSON TRAD - PTB - MS 22 WAGNER SALUSTIANO - PPB/SP HERÁCLITO FORTES - PFLlPI 3º- Secretário: PAULO PAIM - PT/RS 32 ZÉ GOMES DA ROCHA - PMDB/GO 2º- Vice-Presidente: ~ Secretário: SEVERINO CAVALCANTI- PPB/PE EFRAIM MORAIS - PFLlPB 4l! LUCIANO CASTRO - PSDB/RR

PARTIDOS, BLOCOS E RESPECTIVAS BANCADAS Bloco (PT/PDT/PCdoB) BLOCO PARLAMENTAR Lfder: JOSÉ MACHADO PFL Vlce-Líderes: Líder: INOC~NCIO OLIVEIRA Vice-Líderes: PPB José Carlos Aleluia (111. Vice) José Lourenço Lfder: ODELMO LEÃO Abelardo Lupion José Santana de Vasconcellos Vlce-Líderes: Álvaro Gaudêncio Neto Maluly Netto Gerson Peres (111. Vice) Eraldo Trindade Antônio dos Santos Marilu Netto Arnaldo Faria de Sá Hugo Biehl Aracely de Paula Ney Lopes Edson Queiroz Jofran Frejat Benedito de Lira Osório Adriano Silvernani Santos Ricardo Izar César Bandeira Paes Landim Ibrahim Abi-Ackel Valdenor Guedes Corauci Sobrinho Paulo Bornhausen Laprovita Vieira Wagner Salustiano Eliseu Moura Robério Araújo Wigberto Tartuce Alcione Athayde Elton Rohnelt Paulo Lima Roberto Balestra Darci Coelho Euler Ribeiro Rubem Medina Augusto Nardes Francisco Horta VilmarRocha Hugo Rodrigues da Cunha Werner Wanderer PTB Jair Soares Líder: PAULO HESLANDER Bloco (PMDB/PSD/PSL) Vice-Líderes: Lfder:GEDDEL VIEIRA LIMA Duílio Pisaneschi Moisés Lipnik Arlindo Vargas José Coimbra Vice-Lfderes: Eliseu Padilha (19. Vice) Maria Elvira PSB Confúcio Moura Marisa Serrano Líder: SÉRGIO GUERRA Dareísio Perondi Pedro Novais Edinho Araújo Pinheiro Landim Vice-Lrder: Edinho Bez Regina Lino Alexandre Cardoso Pedro Valadares Fernando Diniz Roberto Valadão PL Gonzaga Mota Rubens Cosac Uder: VALDEMAR COSTA NETO José Luiz Clerot Simara Ellery Lídia Quinan Wagner Rossi Vice-Uderes: Luiz Buaiz (111. Vice) Pedro Canedo PSDB Eujácio Simões Líder: JOSÉ ANfBAL PARÁGRAFO 42, ART. 92 - RI Vice-Líderes: PPS Adroaldo Streck Mareoni Perillo PMN Luciano Castro Roberto Santos PV Luiz Fernando Sebastião Madeira LIDERANÇA DO GOVERNO Rommel Feijó Luiz Piauhylino Líder: BENITO GAMA José Thomaz Nonô Salvador Zimbaldi Ceci Cunha Antônio Feijão Vlce-Líderes: Zulaiê Cobra Ama/do Madeira Elton Rohnelt (19- Vice) Antônio Carlos Pannunzio Welson Gasparini Nícia~ Ribeiro Sandro Mabel Pauderney Avelino Sílvio Torres João Faustino Rodrigues Palma

I- ~__J " COMISSÕES PERMANENTES COMISSÃO DE AGRICULTURA PDT E pOLíTICA RURAL Carlos Cardinal Airton Dipp Presidente: Felix Mendonça (PTB) Luiz Durão Giovanni Queiroz 1Jl Vice-Presidente: Odílio Balbinotti (PSDB) 1 vaga 1 vaga 22. Vice-Presidente: Dilceu Sperafico (PPB) PCdoB 3Jl Vice-Presidente: Teté Bezerra (PMDB) Gervásio Oliveira (PSB) Aldo Arantes Titulares Suplentes PPS Bloco (PFLlPTB) Augusto Carvalho Sérgio Arouca Abelardo Lupion Albérico Cordeiro PSB Adauto Pereira Antonio Ueno 1 vaga 1 vaga Carlos Melles Benedito de Lira Félix Mendonça Célia Mendes PMN Hugo Rodrigues da Cunha Chico da Princesa 1 vaga 1 vaga Jaime Fernandes Jonival Lucas Secretário: Moizés Lobo da Cunha José Borba Lael Varella Local: Plenário 114-BI. das Lid. quarta e quinta 9h­ José Rocha Maria Valadão Telefones: 318-697816979/6981 Júlio César Osvaldo Coelho Nelson Marquezelli Saulo Queiroz COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, Roberto Pessoa 2 vagas COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA Ronivon Santiago Presidente: Ney Lopes (PFL) Bloco (PMDB/PSD/PSL) 19. Vice-Presidente: Luiz Moreira (PFL) 2.9. Vice-Presidente: Carlos Apolinário (PMDB) Darclsio Perondi Adelson Salvador 32. Vice-Presidente: Wagner Salustiano (PPB) Armando Costa Dilso Sperafico Marçal Filho Oscar Goldoni Titulares Suplentes Odacir Klein Pedro lrujo Bloco (PFLlPTB) Regina Lino 6 vagas Roberto Paulino Affonso Camargo Ayres da Cunha Silas Brasileiro Antonio Joaquim Araújo César Bandeira Teté Bezerra Arolde de Oliveira José Rocha Valdir Colatto José Jorge Leur Lomanto 1 vaga José Lourenço Luciano Pizzatto José Mendonça Bezerra Maurício Najar Bloco (PPB/PL) Luiz Moreira Mauro Fecury Anivaldo Vale Enivaldo Ribeiro Maluly Netto Medonça Filho Augusto Nardes Eujácio Simões' Murilo Domingos Odílio Balbinotti Cleonâncio Fonseca Fetier Júnior Ney Lopes - Philemon Rodrigues Rodrigues Palma Dilceu Sperafico Francisco Rodrigues Paulo Bornhausen Hugo Biehl João. Ribeiro Paulo Cordeiro VilmarRocha 1 vaga Nelson Meurer José Janene Paulo Heslander Roberto Balestra Osvaldo Reis Bloco (PMDB/PSD/PSL/PSC) Silvemani Santos Valdomiro Meger (PFL) Bosco França (PMN) Aloysio Nunes Ferreira 1 vaga 1 vaga Carlos Apolinário Antônio Brasil PSDB Edinho Araújo Geddel Vieira Lima Marçal Filho Adelson Ribeiro Amon Bezerra Hélio Rosa~ Marquinho Chedid Ezldio Pinheiro João Leão João Almeida Nan Souza Marinha Raupp 6 vagas Marcelo Barbieri Zaire Rezende Odflio Balbinotti Pedro I.rujo , 3 vagas Olávio Rocha Roberto Valadão Oswaldo Soler Wagner Rossi 2 vagas PSDB PT Carlos Alberto Adroaldo Streck Adão Pretto Fernando Ferro Domingos Leonelli Antônio Carlos Pannunzio Alcides Modesto João Coser José de Abreu Arthur Virgílio Geraldo Pastana José Pimentel Koyu lha Itamar Serpa Waldomiro Fioravante Padre Roque Luiz Piauhylino Márcia Marinho 1 vaga Paulo Rocha Roberto Rocha Marconi Perillo Roberto Santos Nelson Marchezan lvandro Cunha Lima Djalma de Almeida César Salvado' Zimbak" Nicias Ribeiro João Natal Fernando Diniz Vic Pires Franco (PF.L) 1 vaga João Thomé Mestrinho Hélio Rosas Bloco (PPB/PL) José Luiz Clerot Pedro Novais Nestor Duarte Roberto Valadão Corauci Sobr.nho (PFL) Cunha Bueno Robson Tuma Rubens Cosac Edson Queiroz Gerson Peres Udson Bandeira 1 vaga Flávio Derzi Renato Johnsson José Janene Salatiel Carvalho Bloco (PPB/PL) Laprovita Vieira Silvernani Santos Adhemar de Barros Filho Bonifácio de Andrada Pauderney Avelino VadãoGomes Adylson Motta Jair Bolsonaro Valdenor Guedes Roberto Campos Alzira Ewerton (PSDBj Jorge Wilson Wagner Salustiano Wigberto Tartuce Augusto Farias José Egydio Welinton Fagundes 1 vaga Darci Coelho Luis Barbosa PT Gerson Peres Luiz Buaiz Ibrahim Abi-Ackel Talvane Albuquerque Jaques Wagner Esther Grossi Jarbas Lima Welinton Fagundes Jorge Wilson (PPB) Ivan Valente José Rezende 2 vagas Pinheiro Landim (PMDB) José Genorno Prisco Viana Ricardo Izar (PPB) Tilelen Santiago Sandra Starling 1 vaga PSDB POT Almino Affonso Ademir Lucas Danilo de Castro Celso Russomanno Eurípedes Miranda Fernando Lopes Edson Silva Franco Montoro Wolney Queiroz Serafim Venzon Marconi Perillo Roberto Rocha 1 vaga 1 vaga Nicias Ribeiro Salvadur Zimbaldi PCdoB Vicente Arruda Vanessa Felippe Inácio Arruda Jandira Feghali Welson Gasparini 2 vagas Zulaiê Cobra PSB PT Sérgio Guerra João Colaço José Genorno Haroldo Sabóia Secretária: Maria Ivone do Esprri10 Santo Luiz Mainardi Nilmário Miranda Local: Plenário 13, Sala P-13 quarta-feira - 10h Marcelo Deda Paulo Delgado Telefones: 318-6906 a 6908 Milton Mendes 2 vagas COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO Milton Temer E JUSTiÇA E DE REDAÇÃO POT Presidente: Aloyso Nunes Ferreira (PMDB) Coriolano Sales Matheus Schmidt 19. Vice-Presidente: Vicente Cascione (PTB) ~nio Bacci Severiano Alves 29. Vice-Presidente: Nestor Duarte (PMDB) Silvio Abreu Wolney Queiroz 32. Vice-Presidente: Vicente Arruda (PSDB) PCdoB Titulares Suplentes Alelo Arantes Jandira Feghali Bloco (PFLlPTB) PSB

Antônio dos Santos Arlindo Vargas Alexandre Cardoso Nilson Gibson Benedito de Lira Átila Lins Ciro Nogueira Cláudio Cajado Secretário: SI>rgio Sampaio Contreiras de Almeida Jairo Carneiro Eliseu Moura Local: Plenário, Sala 1 terça-feira, quarta-feira e quinta-feira - 1Oh­ Nelson Trad Elton Rohnelt Telefones: 318-6922 a 6925 Paes Landim Jair Soares COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, Raul Belém JairoAzi MEIO AMBlêNTE E MINORIAS Rodrigues Palma Júlio César' Roland Lavigne Magno Bacelar Presídente: Gilney Viana WD Vicente Cascione Maluly Netto 12. Vice-Presidente: Ivan Valente (PT) VilmarRocha Moisés Lipnik 22. Vice-Presidente: Luciano Pizzatto (PFL) 2 vagas Philemon Rodrigues 32. Vice-Presidente: Celso Russomanno (PSDB) Raimundo Santos Titulares Suplentes Bloco (PMDB/PSD/PSL/PSC) Bloco (PFLlPTB) Aloysio Nunes Ferreira Albérico Filho Aro/do Cedraz Álvaro Gaudêncio Neto Ary Kara Barbosa Neto Lindberg Farias (PCdoB) Ciro Nogueira Gilvan Freire Carlos Apolinário Luciano Pizzatto José Carlos Vieira Maria Valadão José Coimbra Bloco (PPB/PL) 2 vagas Osmir Lima Francisco Rodrigues Anivaldo Vale Sarney Filho Jair Bolsonaro Augusto Nardes Bloco (PMDB/PSD/PSL) Valdenor Guedes Roberto Jefferson (PTB) Albérico Filho Euler Ribeiro (PFL) 2 vaga 2 vagas Chicão Brfgido Freire Júnior Emerson Olavo Pires Marcos Lima PSDB Remi Trinta Regina Lino Antônio Feijão Celso Russomanno 1 vaga Valdir Colatto Elias Murad Firmo de Castro Bloco (PPB/PL) José Aníbal Nelson Otoch Rommel Feijó 1 vaga Expedito Júnior Alceste Almeida Socorro Gomes (PCdoB) Alcione Athayde PT Tilden Santiago (PT) Inácio Arruda (PedoB) José Genoíno Adão Pretto Valdenor Guedes Pedro Wilson (PT) Paulo Delgado Luciano Zica Wigberto Tartuce Valdemar Costa Neto PDT PSDB Márcia Cibilis Viana Sérgio Carneiro Celso Russomanno Aécio Neves Dalila Figueiredo Narcio Rodrigues PSB Pimentel Gomes Salomão Cruz Ricardo Izar 1 vaga Vanessa Felippe Zulaiê Cobra PCdoB PT Haroldo Lima Aldo Rebelo GilneyViana José Machado Secretário: Tércio Mendonça Vilar. 1 vaga Ivan Valente Local: Plenário Sala 19 quarta-feira - 9h PDT Telefones: 318-6998 a 7001

Sérgio Carneiro Serafim Venzon COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO E INTERIOR PSB Presidente: Fernando Zuppo (PDT) Gervásio Oliveira Raquel Capiberibe 1º- Vice-Presidente: Airton Dipp (PDT) PV 2º- Vice-Presidente: João I_eão (PSDB) 3º- Vice-Presidente: Carlos Airton (PPB) Fernando Gabeira Fernando Ferro (PT) Titulares Suplentes Secretário: Aurenilton Araruna de Almeida Local: Anexo 11, Plenárir 13 Sala 3 quarta-feira -1 Oh Bloco (PFLlPTB) Telefones: 318-6930 a 6935 Airton Dipp (PDT) Aracely de Paula COMISSÃO DE DEFESA NACIONAL Albérico Cordeiro João Maia César Bandeira José Mendonça Bezerra Presidente: Elias Murad (PSDB) Eliseu Moura Paulo Lima 1º- Vice-Presidente: Antônio Feijão (PSDB) Murilo Pinheiro Raul Belém 2º- Vice-Presidente: Francisco Rodrigues (PPB) Rogério Silva Roberto Pessoa 3º- Vice-Presidente: Paulo Delgado (PT) Bloco (PMDB/PSD/PSLlPSC) Titulares Suplentes Edison Andrino Armando Abilio Henrique Eduardo Alves Carlos Nelson Bloco. (PFLlPTB) Nan Souza Ivandro Cunha Lima Átila Lins Abelardo Lupion Simara Ellery José Aldemi Luciano Pizzatto Carlos Magno Wilson Cignachi Marisa Serrano Moisés Lipnik Júlio César Bloco (PPB/PL) Rogério Silva Maluly Netto VilmarRocha Maria Valadão Carlos Airton Davi Alves Silva Werner Wanderer Paulo Heslander Felipe Mendes Eraldo Trindade Francisco Rodrigues Prisco Viana Bloco (PMDB/PSD/PSLlt'SC) João Mendes Ricardo Izar Ary Kara Elton Rohnelt 1 vaga Sérgio Naya João Thomé Mestrinho José Priante PSDB José Pinotti Marquinho Chedid Antônio Carlos Pannunzio Ceci Cunha Marcelo Barbieri Pinheiro Landim B.Sá Leônidas Cristina Noel de Oliveira 1 vaga João Leão Mário NegromC'lte Raimundo Matos 1 vaga PCdoB PT Socorro Gomes Agnelo Queiroz João Paulo Alcides Modesto Secretária: Terezinha de Lisieux Franco Miranda Nedson Micheleti José Augusto Local~ Sala 8 - Anexo 11 PDT Telefone: 318-8285 Fernando Zuppo 1 vaga COMISSÃO DE ECONOMIA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO PCdoB Presidente: José Priante (PMDB) 1 vaga 1 vaga 111 Vice-Presidente: Elton Rohnelt (PFL) S1Part. 211 Vice-Presidente: Luiz Carlos Hauly (PSDB) 3ll Vice-Presidente: Paulo Bauer (PFL) 1 vaga 1 vaga Titulares Suplentes secretário: Ronaldo de Oliveira Noronha Local: Plenário 14 terça-feira, quarta-feira e quinta-feira - 10h Bloco (PFUPTB) Telefone: 318-7071 Lima Netto Affonso Camargo COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS Luiz Braga Arolde de Oliveira Magno Bacelar Carlos Melles Presidente: Hélio Bicudo (PT) Roberto Fontes Hugo Rodrigues da Cunha 111 Vice-Presidente: Pedro Wilson (PT) Rubem Medina Jaime Martins 2ll Vice-Presidente: Fernando Lopes (PDT) Sarney Filho José Coimbra Titulares Suplentes 2 vagas Waldomiro Fioravante (PT) 1 vaga Bloco (PFUPTB) Bloco (PMDB/PSD/PSL) José cartos Coutinho Antonio Geraldo Marilu Guimarães Célia Mendes Antonio do Valle Anibal Gomes Paulo Bornhausen Costa Ferreira Dilso Sperafico Jurandyr Paixão VilmarRocha João Maia Elton Rohnelt (PFL) Marcelo Teixeira 2 vagas Luiz Braga José Priante Max Rosenmann Vicente Cascione Orcino Gonçalves Nair Xavier Lobo Paulo Ritzel Sandro Mabel Bloco (PMDB/PSD/PSUPSC) Bloco (PPB/PL) De Velasco Gilvan Freire Elcione Barbalho 4 vagas Cunha Lima Ari Magalhães Roberto Valadão Enivaldo Ribeiro Fetter Júnior Silas Brasileiro Francisco Horta Herculano Anghinetti 1 vaga João Pizzolatti Hugo Biehl João Ribeiro Laprovita Vieira Bloco (PPB/PL) Renato Johnsson (PSDB) 1 vaga Anivaldo Vale Francisco Silva PSDB 4 vagas 4 vagas Antonio Balhmann Antonio Feijão Luiz Carlos Hauly João Faustino Luiz Fernando Koyu lha Salomão Cruz Nelson Otoch PSDB Vittorio Medioli Veda Crusius PT FlavioArns Dalila Figueiredo Nilmário Miranda (PT) Fernando Gabeira (PV) João Fassarella Luiz Mainardi Sebastião Madeira 2 vagas José Machado Maria da Conceição Tavares Vânio dos Santos Tuga Angerami 1 vaga PDT PT 1 vaga Fernando Zuppo Helio Bicudo Marta Suplicy PCdoB 1 vaga Pedro Wilson 1 vaga Pauderney Avelino (PPB) PDT PSB

Fernando Lopes Eurípedes Miranda Ricardo Heráclio Gonzaga Patriota Secretária: Anamelia Ribeiro Correia de Araujo PSB Local: Plenário 112 - BI. das Lid. quarta-feira - 10h 1 vaga Fernando Lyra Telefones: 318-7024 a 7026 COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, Mussa Demes Mauro Lopes (PMDB) CULTURA E DESPORTO Osório Adriano Rogério Silva Roberto Brant (PSDB) Wilson Cunha Presidente: Moacyr Andrade (PPB) Saulo Queiroz 3 vagas 1Q Vice-Presidente: Álvaro Valle (PL) Sérgio Naya (PPB) 29. Vice-Presidente: Mauricio Requião (PMDB) Silvio Torres (PSDB) 39. Vice-Presidente: Marilu Guimarães (PFL) Bloco (PMOB/PSO/PSL) Titulares Suplentes EdinhoBez Antônio do Valle Bloco (PFL/PTB) Germano Rigotto Odacir Klein Costa Ferreira Jairo Carneiro Gonzaga Mota Paulo Ritzel Marilu Guimarães José Jorge Hermes Parcianello Pinheiro Landin Osvaldo Biolchi Lldia Quinan (PMDB) Homero Oguido 4 vagas Osvaldo Coelho Paes Landim Jurandyr Paixão Paulo Lima Ronivon Santiago Max Rosenmann 1 vaga Vic Pires Franco Pedro Novais Bloco (PMOB/PSO/PSL) Bloco (PPB/PL) Djalma de Almeida César Emerson Olavo Pires Ari Magalhães Anivaldo Vale Flávio Derzi Maria Elvira José Luiz Clerot Basilio Villani (PSDB) Delfim Netto Francisco Horta Marisa Serrano Rita Camata João Pizzolatti Marquinho Chedid Zé Gomes da Rocha Eujácio Simões Felter Júnior Laprovita Vieira Mauricio Requião 1 vaga Osmar Leitão Nelson Meurer Bloco (PPB/PL) VadãoGomes Valdomiro Meger (PFL) Álvaro Valle Cleonâncio Fonseca PSOB Dolores Nunes Expedito Júnior Fernando Torres Alexandre Santos Eurico Miranda José Linhares Firmo de Castro Arnaldo Madeira Mário de Oliveira Luiz Buaiz Nelson Marchezan Luiz Carlos Hauly Moacyr Andrade 1 vaga Paulo Mourão Vicente Arruda PSOB Veda Crusius 2 vagas Alexandre Santos Luciano Castro 1 vaga FlávioArns Osmânio Pereira PT 2 vagas Roberto Santos Silvio Torres Maria da Conceição Tavares Luiz Gushiken PT Paulo Bernardo Marcelo Déda Vânia dos Santos Milton Temer Esther Grossi João Fassarella 1 vaga Nedson Micheleti Padre Roque Maria Laura POT Pedro Wilson Teima de Souza Fernando Lopes Coriolano Sales POT Fernando Ribas Carli Enio Bacci Severiano Alves Luiz Durão pedoB PSB Aldo Rebelo Sérgio Miranda Ricardo Gomyde (PCdoB) Socorro Gomes (PedoS) PSB Secretária: Célia Maria de Oliveira João Co/aço Sérgio Guerra Local: quarta-feira - 10h Secretária: Maria Linda Magalhães Telefones: 318-6900/69051701117012 Local: Plenário 4 quartas-feiras - 10h COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Telefones: 318-6960/6989/6955 Presidente: Delfim Netto (PPB) COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO 1Q Vice-Presidente:Fetter Júnior (PPB) FINANCEIRA E CONTROLE Q 2 Vice-Presidente: Augusto Viveiros (PFL) Presidente: Jaime Martins (PFL) 39. Vice-Presidente: Edinho Bez (PMDB) 19. Vice-Presidente: Werner Wanderer (PFL) Titulares Suplentes 29. Vice-Presidente: Arnon Bezerra (PSDB) 39. Vice-Presidente: (PT) Bloco (PFL/PTB) Titulares Suplentes Augusto Viveiros Adauto Pereira Benito Gama João Mellão Neto Bloco (PFUPTB) José Carlos Vieira José Lourenço Álvaro Gaudêncio Neto Antonio dos Santos Manoel Castro Lima Netto Betinho Rosado Antonio Geraldo Heráclito Fortes Carlos Magno COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA Jaime Martins José Carlos Aleluia Presidente: Romel Anizio (PPB) João Magalhães Lima Netto 1º- Vice-Presidente: José Carlos Coutinho Mussa Demes 2º- Vice-Presidente: Maurfcio Najar Ney Lopes 39. Vice-Presidente: Osmir Lima (PFL) Werner Wanderer Osório Adriano 4 vagas Paulo Heslander Titulares Suplentes Ursicino Quiroz Bloco (PFL/PTB) 1 vaga Eliseu Resende Abelardo Lupion José Santana de Vasconcelos Hilário Coimbra Bloco (PMOB/PSO/PSLlPSC) Moisés Lipnik Murilo Pinheiro Anfbal Gomes Carlos Apolinário Osmir Lima Nelson Marquezelli Confúcio Moura Hélio Rosas Sérgio Barcellos Paulo Bornhausen Fernando Diniz 7 vagas 1 vaga Werner Wanderer Freire Júnior Bloco (PMOB/PSO/PSL) Mário Martins Michel Temer Haroldo Lima (PedoB) Alberto Silva Zé Gomes da Rocha Marcos Lima Edinho Bez 3 vaga Oscar Goldoni Elton Rohnelt (PFL) 2 vagas Simara Ellery 1 vaga

Bloco (PPB/PL) Bloco (PPB/PL) Fausto Martello Alceste Almeida Bonifácio de Andrada Antônio Jorge Jorge Tadeu Mudalen Edson Queiroz Eraldo Trindade Cunha Lima Romel Anizio Roberto Campos José Egydio Eujácio Simões Salatiel Carvalho 2 vagas Márcio Reinaldo Moreira Francisco Horta 1 vaga Osvaldo Reis Herculano Anghinetti Pedro Canedo 3 vagas PSOB Pedro Correa Adroaldo Streck Paulo Feijó Valdemar Costa Neto Antônio Feijão Salomão Cruz José Chaves (PMDB) Vittorio Medclioli 1 vaga 2 vagas PSOB Arnaldo Madeira Adelson Ribeiro PT Arnon Bezerra Alexandre Santos Fernando Ferro Haroldo Sabóia Arthur Virgrlio Cipriano Correia Luciano Zica José Borba (PTB) Candinho Matos Danilo de Castro 1 vaga Milton Mendes Jayme Santana Edson Silva João Faustino Luiz Fernando POT 1 vaga Paulo Mourão José Maurfcio Airton Dipp PT PSB Arlindo Chinaglia Augusto Carvalho (PPS) 1 vaga 1 vaga Eduardo Jorge Chico Vigilante Secretária: Vaida D. S. Lobo Nilmário Miranda Miguel Rossetto Local: Plenário, Sala 15-B quarta-feira - 10h 1 vaga Paulo Bernardo Telefones: 318-6944/6946 por COMISSÃO DE RELAÇOES EXTERIORES Giovani Queiroz Cidinha Campos Presidente: Átila Lins (PFL) 1 vaga José Maurfcio 19. Vice-Presidente: Aracely de Paula (PFL) PCdoB 29. Vice-Presidente: Herculano Anghinettl (PPB) Sérgio Miranda 1 vaga 3º- Vice-Presidente: Renan Kurtz (PDT) PSB Titulares Suplentes 1 vaga 1 vaga Bloco (PFLlPTB) Secretário: Jorge Henrique Cartaxo Antônio Ueno Aroldo Cedraz Local: Plenário 9, Sala 961 quarta-feira - 10h Aracely de Paula Benito Gama Telefones: 318-688816887 Átila Lins José Lourenço Fax: 318-2176 Hilário Coimbra Paulo Gouvêa Roberto Fontes 1 vaga E\cione Barbalho Chicão Brlgido 1 vaga Euler Ribeiro (PFL) Eliseu Padilha Bloco (PMDB/PSD/PSL) José Akfemir Genésio Bernardino José Pinotti Olavo Calheiros Genésio Bernardino Edison Andrino Lidia Quinan Regina Uno Nair Xavier Lobo Moreira Franco Rita Camata ' 2 vagas Paes de Andrade Robson Tuma Saraiva Felipe Ushitaro Kamia (PPB) 2 vagas 1 vaga PSDB Bloco (PPB/PL) Cipriano Correia B.Sá Eduardo Mascarenhas Elias Murad Cunha Bueno Adylson Motta Fátima Pelaes Ezldio Pinheiro Cunha Uma Herculano Anghinetti Márcia Marinho Feu Rosa José Teles Jofran Frejat Osmânio Pereira FlávioArns Wagner Salustiano Mário Cavallazzi Rommel Feijó Jovair Arantes 1 vaga Robêrio Araujo Sebastião Madeira Marinha Raupp PSDB 1 vaga Sérgio Arouca (PPS)

Aécio Neves Jayme Santana Bloco (PPB/PL) Feu Rosa Luiz Piaulyino A\cione Athayde Dolores Nunes Franco Montoro Pimentel Gomes Arnakfo Faria de Sá José Egydio Josê Thomaz Nonô Welson Gasparini Jofran Frejat Marcio Reinaldo Moreira PT José Unhares Pedro Canedo Luiz Buaiz Pedro Corrêa Luiz Gushiken Fernando Gabeira (PV) Nilton Baiano Robério Araujo Paulo Delgado Marta Suplicy Talvane Albuquerque (PFL) 2 vagas PDT

Miro Teixeira Carlos Cardinal PT Renan Kurtz 1 vaga Humberto Costa Arlindo Chinaglia PSB José Augusto Eduardo Jorge Marta Suplicy Jair Meneguelli Gonzaga Patriota Pedro Valadares Tuga Angerami (PSDB) 1 vaga

Secretário: Manoel Araujo Fernandes PDT Local: Plenário, Sala 3 terça, quarta e quinta-feiras - 10h Telefones: 318-8266 - 318-6992 a 6996 Cidinha Campos Fernando Ribas Carli Serafim Venzon Wilson Braga (PSDB) COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMILIA PCdoB Presidente: Eduardo Mascarenhas (PSDB) Jandira Feghali 1 vaga 12. Vice-Presidente: Osmânio Pereira (PSDB) PSB 22. Vice-Presidente: Arnakfo Faria de Sá (PPB) 32. Vice-Presidente: José Akfemir (PMDB) Agnelo Queiroz (PCdoB) Raquel Capiberibe Titulares Suplentes Secretária: Mlriam Maria Bragança Santos Local: Plenário Sala 9 - quarta-feira - 10h Bloco (PFLlPTB) Telefones: 318-7016 a 7021 Ayres da Cunha Adhemar de Barros Filho (PPB) Fax: 318-2156 Carlos Magno Antonio Joaquim Araujo COMISSÃO DE TRABALHO, DE Ceci Cunha (PSDB) Augusto Viveiros ADMINISTRAÇÃO E SERViÇO PÚBLICO Célia Mendes Costa Ferreira Fernando Gonçalves Dullio Pisaneschi Presidente: Nelson otoch (PSDB) Iberê Ferreira Marilu Guimarães 12. Vice-Presidente: Jair Soares Roland Lavigne 22. Vice-Presidente: Jair Meneguelli (pn Jonival Lucas Zila Bezerra 32. Vice-Presidente: José Coimbra (PTB) Roberto Jefferson 3 vagas Titulares Suplentes Ursicino Queiroz Bloco (PFLlPTB) 1 vaga João Mellão Neto Carlos Alberto (PSDB) Bloco (PMDB/PSD/PSL) José Carlos Aleluia Luiz Moreira Armando Abílio Adelson Salvador José Coimbra Manoel Castro Darclsio Perondi Armando Costa Mendonça Filho Osvakfo Bio\chi Raimundo Santos Roberto Jefferson Ricardo Barros 1 vaga Wilson Cunha Sérgio Barcellos Bloco (PMDB/PSD/PSL/PSC) 1 vaga Zila Bezerra Alberto Goldman Anlbal Gomes Bloco (PMDB/PSD/P8L) Alberto Silva Edinho Araújo Barbosa Neto João Thomé Mestrinho José Pimentel (pn Agnelo Queiroz (PCdoB) Carlos Nelson Mário Martins Noel de Oliveira Alberto Goldman De Velasco Nestor Duarte Olavo Calheiros Paulo Ritzel Eliseu Padilha Noel de Oliveira Sandro Mabel 2 vagas Moreira Franco Roberto Paulino Zaire Rezende Rubens Cosac 2 vagas Bloco (PPB/PL) 1 vaga Bloco (ppa/PL) Chico Vigilante (PT) Ary Magalhães Jair Bolsonaro Arnaldo Faria de Sá Alceste Almeida BasilioVillani Maria Laura (pn Benedito Guimarães Antônio Jorge Eurico Miranda Miguel Rossetto (pn Darci Coelho Benedito Guimarães Fausto Martello Valdomiro Meger (PFL) 1 vaga Davi Alves Silva Felipe Mendes Francisco Silva João Mendes P8DB Luis Barbosa Jorge Wilson Jovair Arantes Almino Affonso Marcelo Teixeira (PMDB) Nilton Baiano Luciano Castro Antonio Balhmann 1 vaga 1 vaga Nelson Otoch Domingos Leonelli PSDB 1 vaga Olávio Rocha Ademir Lucas . Candinho Mattos PT Leônidas Cristino Fernando Torres Jair Meneguelli Carlos Santana Mário Negromonte José Chaves (PMDB) Paulo Rocha Jaques Wagner Paulo Feij6 Oswaldo Soler 1 vaga Luciano Zica Pedro Henry Raimundo Matos PDT Simão Sessim 2 vagas 1 vaga Wilson Braga (PSDB) Renan Kurtz PT P8B Carlos Santana GilneyViana Fernando Lyra 1 vaga João Coser Hélio Bioudo PPS Teima de Souza João Paulo 1 vaga 1 vaga Sérgio Arouca 1 vaga POdoB PDT 1 vaga Aldo Rebelo Antonio Geraldo (PFL) Matheus Schmidt Vicente André Gomes 1 vaga Secretária: Talita Veda de Almeida Local: Plenário Sala 11 - terça-feira, quarta-feira e quinta-feira -1Oh PCdoB Telefones: 318-6987/6990/7004/7007 Antônio Brasil (PMDB) Lindberg Farias COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES PSB Presidente: Pedro Valadares Alexandre Cardoso 1.2. Vice-Presidente: Marcelo Teixeira (PMDB) Secretário: Ruy Omar Prudência da Silva 2 2 Vice-Presidente: Mauro Lopes (PFL) Local: Plenário Sala 11 - quarta-feira - 10h 31'. Vice-Presidente: Mário Negrotnonte (PSDB) Telefones: 318-6973 a 6976 Titulares Suplent~8 COMISSÃO ESPECIAL Bloco (PFL/PTB) DESTINADA A PROFERIR PARECER À Chico da Princesa Betinho Rosado PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO Cláudio Cajado Corauci Sobrinho N!!. 2-A, DE 1995, QUE "DÁ NOV~ REDAÇÃO Duílio Pisaneschi Eliseu Resende AO ARTIGO 62 DA CONSTITUIÇAO FEDERAL" Jairo Azi Fernando Gonçalves (EMISSÃO DE MEDIDA PROVISÓRIA) João Maia Iberê Ferreira Lael Varella Jaime Fernandes Proposição: PEC-2195 Mauro Fecury José Carlos Coutinho Presidente: Saulo Queiroz (PFL) Mauro Lopes José Santana de Vasconcellos 1li. Vice-Presidente: Jairo Carneiro (PFL) Paulo Gouvêa Luiz Braga 311. Vice-Presidente: Adylson Motta (PPB) Philemon Rodrigues Rubem Medina Relator: Aloysio Nunes Ferreira (PMDB) Titulares Suplentes PMOB

Bloco (PFLlPTB) José Aldemir Albérico Filho Nair Xavier Lobo Hermes Parcianello Átila Lins Ciro Nogueira Sandro Mabel Marcelo Teixeira Jairo Carneiro Cláudio Cajado Paulo Heslander Nelson Marquezelli PPB Saulo Queiroz 1 vaga Eurico Miranda Roberto Balestra PMOB Felipe Mendes 2 vagas 1 vaga Aloysio Nunes Ferreira Armando Costa José Luiz Clerot Moreira Franco PSOB Pedro Novais Zaire Rezende Alexandre Santos Ceci Cunha PPB Nelson Otoch 1 vaga

Adylson Motta Flávio Derzi PT Márcio Reinaldo Moreira Jarbas Lima Fernando Ferro João Coser Prisco Viana 1 vaga José Pimentel Milton Mendes PSOB POT Antônio Carlos Pannunzio Antônio Balhmann Arthur Vlrgflio Welson Gasparini 1 vaga José Maurício PT Bloco (PUPSO/PSC) Pedro Canedo Eujácio Simões Hélio Bicudo Marcelo Déda Milton Temer Sandra Starling Bloco (PSB/PMN) POT 1 vaga Ushitaro Kamia (PPB) Coriolano Sales Enio Bacci Secretária: Angela Mancuso Bloco (PUPSO/PSC) Local: Servo Com. Especiais - Anexo li. Sala 169-B Eujácio Simões Expedito Júnior Telefones: 318-706317066 Bloco (PSB/PMN) COMISSÃO ESPECIAL 1 vaga Alexandre Cardoso DESTINADA A APRECIAR A PROPOSTA DE EMENDA À CON~TITUIÇÃO Nº-17/95, QUE Secretária: Maria Helena Coutinho de Oliveira "ALTERA PARAGRAFOS PRIMEIRO E Local: Servo Com. Esp. - Anexo li. Sala 169-B SEGUNDO DO ART. 45 DA CONSTITUiÇÃO Telefones: 318-687417067 FEDERAL" (FIXANDO EM NO MiNIMO 5 E NO MÁXIMO 47 O NÚMERO DE DEPUTADOS COMISSÃO ESPECIAL EM CADA UNIDADE DA FEDERAÇÃO) DESTINADA A PROFERIR PARECER Proposição: PEC-17/95 Autor: Antonio Joaquim À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO Presidente: Paulo Gouvêa (PFL) 9, DE 1995, QUE "ACRESCENTA PARÁGRAFO 2~ Vice-Presidente: Cunha Lima (PPB) ÚNICO AO ART. 180 DA 3~ Vice-Presidente: Francisco Silva (PPB) CONSTITUiÇÃO FEDERAL" Relator: Felipe Mendes (PPB) (INCENTIVO AO TURISMO) Titulares Suplentes Proposição: PEC-9/95 Autor: Ricardo Heráclio PFUPTB e outros Presidente: Sandro Mabel (PMDB) Carlos Melles Aroldo Cedraz 1~ Vice-Presidente: José Aldemir (PMDB) Hilário Coimbra José Coimbra 29. Vice-Presidente: Nelson Otoch (PSDB) Osmir Lima José Mendonça Bezerra 39. Vice-Presidente: Paulo Gouvêa Roberto Fontes Relator: Ricardo Barros (PFL) PMOB Titulares Suplentes Antônio Brasil Carlos Apolinário Olavo Calheiros Genésio Bernardino Bloco (PFLlPTB) 1 vaga 1 vaga Ciro Nogueira Carlos Alberto Campista PPB Cláudio Cajado Corauci Sobrinho Hilário Coimbra Roberto Pessoa Benedito Guimarães Carlos Airton Ricardo Barros 2 vagas Felipe Mendes Pedro Valadares (PSB) Francisco Silva 1 vaga Sandra Starling 1 vaga PSDB PDT Matheus Schmidt Coriolano Sales Cunha Lima (PPB) Adroaldo Streck PSB Roberto Brant Alexandre Santos 1 vaga Gervásio Oliveira PT Secretário: José Maria Aguiar de Castro João Paulo Carlos Santana Local: Servo Com. Esp. - Anexo 11, Sala 169-B 1 vaga 1 vaga Telefones: 318-7061 e 318-7065 PDT COMISSÃO ESPECIAL

Airton Dipp Ênio Bacci DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO Bloco (PUPSD/PSC) Nº- 40, D,E 1995, QUE "ALTERA A REDAÇÃO Francisco Horta Eujácio Simões DO PARAGRAFO SEGUNDO DO ARTIGO 230 Bloco (PSB/PMN) DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL, A FIM DE REDUZIR LIMITE DE IDADE DOS IDOSOS 1 vaga Nilson Gibson PARA EFEITO DE GRATUIDADE DOS Secretário: Mário Drausio Coutinho TRANSPORTES COLETIVOS URBANOS E Local: Servo Com. Especiais - Anexo 11, Sala 169-B DOS SERViÇOS DE DIVERSÃO PÚBLICA" Telefones: 318-706617067 Proposição: PEC-40/95 Autor: Marquinho Chedid COMISSÃO ESPECIAL Presidente: Mário Martins (PMDB) DESTINADA A PROFERIR PARECER À 1º- Vice-Presidente: Alberto Silva (PMDB) PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO 2º- Vice-Presidente: W 22 DE 1995, ELIMINANDO O SEGUNDO 3º- Vice-Presidente: Leônidas Cristino (PSDB) TURNO DAS ELEIÇOES PARA OS EXECUTIVOS Relator: ESTADUAIS, DISTRITAL E MUNICIPAIS Titulares Suplentes Proposição: PEC-22/95 Autor: José Janene Bloco (PFLlPTB) Presidente: Mendonça Filho (PFL) Affonso Camargo Costa Ferreira 12. Vice-Presidente: Saulo Queiroz (PFL) Chico da Princesa Lael Varella 22. Vice-Presidente: Eurico Miranda (PPB) Paulo Bornhausen Luciano Pb:7atto 32. Vice-Presidente: Paulo Feij6 (PSDB) 1 vaga Philemol1 Flodr!guas Relator: Roberto Valadão (PMDB) Bloco (PMDB/PSD/P5L1PSC) Titulares Suplentes Alberto Silva Jorge Wilson /PPBj Mário Martins Remi Trinta Bloco (PFLlPTB) 1 vaga ! vaga Mendonça Filho Corauci Sobrinho Bloco (PPB/PI.) Rodrigues Palma Eliseu Resende Nilton Baiano Davi Alves Si!v2 Saulo Queiroz Fátima Pelaes (PSDB) 2 vagas UshHaro Kamla Wilson Cunha 1 vaga 1 vaga Bloco (PMDB/PSD/PSLlPSC) PSDS Antônio Carlos Pannunzio Amaldo 1vll.:1daira João Almeida Henrique Eduardo Alves Leônidas Cristino José Chaves (PMDB) Roberto Valadão 2 lfagas Mário Negromonte Vitlollic Medioíi Teté Bezerra PT Bloco (PPB/PL) Carlos Santana Alcides Modesto Eujácio Simões Alzira Ewerton João Coser J090 Paulo Eurico Miranda Carlos Airton PDT Ibrahim Abi-Ackel José Egydio Serafim Venzon Vicente André Gomes PSDB Koyu lha Adroaldo Streck PSB Nelson Marchezan Firmo de Castro Raquel Capiberibe 1 vaga Paulo Feij6 1 vaga 1 vaga Secretária: Angela ManculIo PT Local: Servo Com. Especiais- Anexo 11- Sala 169-B Fernando Ferro Ivan Valente Telefones: 318-687417052 J.

, .~...-~.~"C"_~~_. ~""= COMISSÃO ESPECIAL Titulares Suplentes DESTINADA A PROFERIR PARECER À Bloco (PFLlPTB) PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO Abelardo Lupion Davi Alves Silva (PPB) Nº- 43-A, DE 1995, QUE DÁ NOVA REDAÇÃO Augusto Viveiros José Borba AO ART. 14 DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL. Carlos Magno José Rocha (ALISTAMENTO ELEITORAL) José Carlos Coutinho Maluly Netto José Rezende (PPB) Murilo Pinheiro Autora: Rita Camata e outros Proposição: PEC-43/95 Lael Varella Paulo Heslander Presidente: Marcelo Teixeira (PMDB) 1 vaga 1 vaga 19- Vice-Presidente: Wagner Rossi (PMDB) PMOB 29- Vice-Presidente: Rommel Feijó (PSDB) Euler Ribeiro (PFL) Aloysio Nunes Ferreira 3º- Vice-Presidente: Roberto Fontes (PFL) Hélio Rosas Pinheiro Landim Relator: Roberto Fontes (PFL) Noel de Oliveira 4 vagas Titulares Suplentes Sandro Mabel 2 vagas Bloco (PFLlPTB) PPB Duílio Pisaneschi José Santana de Vasconcellos Fausto Martello Alcione Athayde Raul Belém Paulo Gouvea Jair Bolsonaro Jarbas Lima Roberto Fontes Paulo Lima Laprovita Vieira Rogério Silva (PFL) Wilson Cunha Rodrigues Palma Valdomiro Meger (PFL) 2 vagas Bloco (PMOB/PSO/PSL) Welson Gasparini (PSDB) João Almeida Confúcio Moura PSOB Marcelo Teixeira 2 vagas Adelson Ribeiro Herculano Anghinetti (PPB) Wagner Rossi Feu Rosa Mário Negromonte Bloco (PPB/PL) 2 vagas Nélson Otoch Sebastião Madeira Felipe Mendes Benedito Guimarães Gerson Peres Osvaldo Reis PT Luiz Buaiz 1 vaga Hélio Bicudo Marta Suplicy Milton Mendes PSOB Nilmário Miranda 1 vaga 1 vaga Aécio Neves FlávioArns POT Nelson Marchezan Paulo Mourão Rommel Feijó 1 vaga Eurípedes Miranda Magno Bacelar (PFL) Wilson Braga (PSDB) Silvio Abreu PT Bloco (PLlPSO/PSC) João Fassarella 2 vagas João Paulo De Velasco José Egydio POT Bloco (PSB/PMN) Coriolano Sales Matheus Schmidt Gonzaga Patriota Adelson Salvador (PMDB) PSB PCdoB Gonzaga Patriota 1 vaga Ricardo Gomyde Lindberg Farias Secretária: Maria Helena Coutinho de Oliveira Local: Servo Com. Esp. - Anexo 11- Sala 169-B Secretária: Ângela Mancuso Telefones: 318-70671706617052 Local: Serviço de Comissões Especiais: Anexo 11 - Sala 169-B Telefones: 318-706317066 COMISSÃO ESPECIAL COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PRO­ POSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO Nº- 46, DESTINADA A PROFERIR PARECER À PRO­ DE 1991, QUE "INTRODUZ MODIFICAÇÕES NA POSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO Nº- 57, ESTRUTURA POLICIAL" DE 1995, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO ARTI­ GO 14, PARÁGRAFOS PRIMEIRO E SEGUNDO, Proposição: PEC-46/91 Autor: Hélio Bicudo E ACRESCENTA INCISO" Presidente: Augusto Viveiros (PFL) (VOTO FACULTATIVO) 19- Vice-Presidente: José Rezende (PPB) Proposição: PEC-57/95 Autor: Emerson Olavo 29- Vice-Presidente: 3º- Vice-Presidente: Fausto Martello (PPB) Presidente: João Almeida (PMDB) Relator: Hélio Rosas (PMDB) 19- Vice-Presidente: Orcino Gonçalves (PMDB) 22. Vice-Presidente: José de Abreu (PSiJB) Jonival Lucas 2 vagas 39. Vice-Presidente: Benedito Guimarães (PPB) José Carlos Coutinho Relator: Benedito de Lira (PFL) PMDB Titulares Suplentes Alberto Silva Henrique Eduardo Alves Bloco (PFLlPTB) Aníbal Gomes Pedro Irujo Antônio Brasil 4 vagas Antônio Joaquim Araújo Júlio César Carlos Nelson Aracely de Paula Mendonça Filho Marcelo Teixeira Benedito de Lira Roberto Fcntes Roberto Paulino 1 vaga 1 vaga PPB PMDB BasílioVillani João Pizzolatti Emerson Olavo Pires Candinho Mattos (PSDB) Salatiel Carvalho João Ribeiro João Almeida Darcísio Perondi 3 vagas Roberto Campos Orcino Gonçalves 1 vaga . 2 vagas PPB

Alzira Ewerton (PSDB) 3 vagas PSDB Benedito Guimarães Gerson Peres Antônio Feijão Cunha Lima (PPB) Leônidas Cristino Marconi Perillo PSDB Mário Negromonte 2 vagas José de Abreu Celso Russomanno Paulo Feijó Vicente Arruda 1 vaga 1 vaga PT PT João Fassarella João Paulo Carlos Santana João Coser Sandra Starling 1 vaga Fernando Ferro Luciano Zica PDT Luiz Mainardi Teima de Souza Matheus Schmidt Coriolano Sales PDT Bloco (PUPSD/PSC) José Maurício Airton Dipp Eujácio Simões Expedido Júnior (PPB) 1 vaga Fernando Lopes Bloco (PSB/PMN) PL 1 vaga Gervásio Oliveira Francisco Horta Eujácio Simões Secretário: Francisco da Silva Lopes Filho Local: Servo Com. Esp. - Anexo li. Sala 169-B PSB Telefones: 318-706317555 Pedro Valadares Ricardo Heráclio COMISSÃO ESPECIAL PCdoB DESTINADA A PROFERIR PARECER À Haroldo Lima Socorro Gomes PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO N!!. 8i-A, DE 1995, QUE "CRIA O IMPOSTO SOBRE Secretária: Angela Mancuso DISTRIBUiÇÃO DE COMB4STíVEIS LíQU!DOS Local: Servo Com. Especiais Anexo li. Sala 169-B E GASOSOS, DE COMPETENCIA DA UNIAO, E Telefones: 318-706317066 DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS" COMISSÃO ESPECIAL Proposição: PEC-81/95 Autor: Marcelo Teixeira DESTINADA A, PROFERIR Presidente: José Carlos Coutinho (PFL) PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À 12. Vice-Presidente: João Maia (PFL) CONSTITUiÇÃO Nº- 84, DE 1991, QUE 29. Vice-Presidente: Mario Negromonte (PSDB) "ACRESCENTA INCISO AO ARTIGO 39. Vice-Presidente: 42 DO ATO DAS DISPOSIÇOES Relator: Roberto Paulino (PMDB) CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS" Titulares Suplentes (IRRIGAÇÃO DA ILHA DE MARAJÓ) Bloco (PFL/PTB) Proposição: PEC-84/91 Autor: Nicias Ribeiro Aracely de Paula Betinho Rosado Presidente: Carlos Alberto Chico da Princesa José Carlos Aleluia 12. Vice-Presidente: Dumo Pisaneschi Lima Netto 29. Vice-Presidente: Anivaldo Vale (PPB) Eliseu Resende Murilo Pinheiro 3Q. Vice-Presidente: João Maia Werner Wanderer Relatora: Elcione Barbalho Titulares Suplentes Bloco (PPB/PL) Bloco (PFLlPTB) Cunha Lima Benedito Guimarães Carlos Alberto (PSDB) Jaime Fernandes Francisco Horta Felipe Mendes Eliseu Moura Mauro Fecury Francisco Silva 1 vaga Hilário Coimbra Roberto Pessoa PSOB Osmir Lima 1 vaga Nicias Ribeiro Fátima Pelaes PMOB Roberto Santos Olávio Rocha Elcione Barbalho Euler Ribeiro (PFL) Zulaiê Cobra Salomão Cruz Olávio Rocha (PSDB) 2 vagas 1 vaga PT Luiz Mainardi Milton Mendes PPB 1 vaga 1 vaga Anivaldo Vale Edson Queiroz POT Benedito Guimarães Gerson Peres Raimundo Santos (PFL) 1 vaga 1 vaga Luiz Durão PSOB PSB

Antônio Feijão Aécio Neves Alexandre Cardoso 1 vaga Arthur Virgflio 1 vaga Secretário: Sílvio Sousa da Silva PT Local: Servo Com. Esp. - Anexo li, Sala 169-B Telefones: 318-706517052 Paulo Rocha Adão Pretto 1 vaga Alcides Modesto COMISSÃO ESPECIAL POT DESTINADA A ~ROFERIR PARECER À PRO­ Wolney Queiroz Wilson Braga POSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO ~ 96, Bloco (PSB/PMN) DE 1992, QUE "INTRODUZ MODIFICAÇOES NA ESTRUTURA DO PODER JUDICIARIO" Adelson Salvador (PMDB) 1 vaga Proposição: PEC-96/92 Autor: Hélio Bicudo Bloco (PUPSO/PSC) e outros Presidente: Wagner Rossi (PMDB) Francisco Rodrigues (PPB) Ronivon Santiago (PFL) 12. Vice-Presidente: Roberto Valadão (PMDB) Secretário: Francisco da Silva Lopes Filho 29. Vice-Presidente: Local: Servo Com. Especiais - Anexo li, Sala 169-B 39. Vice-Presidente: Jarbas Lima (PPB) Telefones: 318-706317555 Relator: Jairo Carneiro (PFL) COMISSÃO ESPECIAL Titulares Suplentes

DESTINADA A PROFERIR PARECER À Bloco (PFLlPTB) PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO ~ 89-A, DE 1995, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃQAO Cláudio Cajado Antônio dos Santos Corauci Sobrinho Átila Lins ~RT. INCISO IV DO 29 DA CONSTITUIÇAO Jairo Carneiro Benedito de Lira FEDERAL" (NUMERO DE VEREADORES) Maurício Najar João Iensen (PPB) Proposição: PEC-89/95 Autor: Nlclas Ribeiro Vicente Cascione Leur Lomanto 2 vagas Paes Landim Presidente: Adelson Salvador (PMJB) Philemon Rodrigues 19. Vice-Presidente: Bosco França (PMN) 29. Vice-Presidente: Cunha Lima (PP8) PMOB 39. Vice-Presidente: Zulaiê Cobra (PSDB) Ary Kara Djalma de Almeida César Relator: Gilvan Freire Hélio Rosas Titulares Suplentes José Luiz Clerot Luiz Fernando (PSDB) José Thomaz Nono (PSDB) Marcos Lima Bloco (PFLlPTB) Roberto Valadão Mário Martins Cláudio Cajado Hilário Coimbra Wagner Rossi Nair Xavier Lobo José Múcio Monteiro Magno Bacelar 2 vagas Raimundo Santos PPB Zila Bezerra Augusto Farias Alzira Ewerton (PSDB) Bloco (PMOBIPSO/PSL) Edson Queiroz Ricardo Izar Adelson Salvador Nan Souza Ibrahim Abi-Ackel Roberto Balestra I ~~~o França (PMN) Roberto Paulino Jarbas Lima 2 vagas L:anFreire 1 vaga Prisco Viana PSOB Jovair Arantes Amon Bezerra Nicias Ribeiro Olávio Rocha Almino Affonso Oanilo de Castro Renato Johnsson' Eduardo Mascarenhas PT Vicente Arruda Paulo Feijó Arlindo Chinaglia Eduardo Jorge Zulaiê Cobra 1 vaga Waldomiro Fioravante Humberto Costa PT POT José Genoíno Luiz Mainardi Marcelo Oeda Nedson Micheleti Renan Kurtz Carlos Cardinal Milton Mendes Pedro Wilson PSB

POT Nilson Gibson Gonzaga Patriota Ênio Bacoi Coriolano Sales Secretária: Ana Clara Serejo Silvio Abreu Matheus SChmidt Local: Servo Com. Especiais - Anexo li, Sala 169-B PCdoB Telefones: 318-706317066 Aldo Arantes Haroldo Lima COMISSÃO ESPECIAL Bloco (PUPSO/PSC) DESTINADA A PROFERIR PARECER À De Velasco Francisco Rodrigues (PPB) PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO W 133t DE 1992, QUE "ACRESCENTA Bloco (PSB/PMN) PARAGRAFO AO ARTIGO 231 DA Nilson Gibson Gonzaga Patriota CONSTITUiÇÃO FEDERAL" Secretária: Marlene Nassif (DEMARCAÇÃO DAS TERRAS INDfGENAS) Local: Servo Com. Especiais - Anexo li. Sala 169-B Proposição: PEC·133/92 Autor: Nlcias Ribeiro Telefones: 318-706717066 Presidente: Antônio Brasil (PMOB) COMISSÃO ESPECIAL 1º- Vice-Presidente: Jair Bolsonaro (PPB) DESTINADA A PROFERIR PARECER À 2º- Vice-Presidente: Roberto Araújo (PPB) 39. Vice-Presidente: PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO Relator: Salomão Cruz (PSOB) Nº-128, DE 1995, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO À ALfNEA "C" DO INCISO XVI DO ARTIGO 37 DA Titulares Suplentes CONSTITUiÇÃO FEDERAL" Bloco (PFLlPTB) (ACUMULAÇÃO DE CARGOS - ODONTÓLOGO) Alceste Almeida (PPB) Átila Lins Proposição: PEC-128195 Autor: Nicias Ribeiro Salomão Cruz (PSOB) Hilário Coimbra Vic Pires Franco João Ribeiro (PPB) Presidente: Luiz Moreira (PFL) 1 vaga Murilo Pinheiro 1º- Vice-Presidente: Fernando Gonçalves (PTB) 2º- Vice-Presidente: Adylson Motta (PPB) PMOB 3º- Vice-Presidente: Jovair Arantes (PSOB) Antônio Brasil Luiz Fernando (PSOB) Relator: Paulo Ritzel (PMOB) Confúcio Moura Olávio Rocha (PSOB) Titulares Suplentes João Thomé Mestrinho 1 vaga

Bloco (PFLlPTB) PPB Fernando Gonçalves Antônio Ueno Carlos Airton Benedito Guimarães Jair Soares Mauro Fecury Jair Bolsonaro Rogério Silva (PFL) Luiz Moreira Philemon Rodrigues Valdenor Guedes 1 vaga Roland Lavigne Ronivon Santiago PSOB Bloco (PMOB/PSO/PSLlPSC) Robério Araújo (PPB) João Maia (PFL) Aníbal Gomes Confúcio Moura Tuga Angerami Sebastião Madeira De Velasco Ivandro Cunha Lima PT Paulo Ritzel 1 vaga GilneyViana Ivan Valente Bloco (PPB/PL) 1 vaga Marta Suplicy Aylson Motta José Egydio POT Alceste Almeida Nilton Baiano Jofran Frejat Robério Araújo 1 vaga Giovanni Queiroz

PSOB Bloco (PUPSO/PSC)

. Ceci Cunha Antônio Feijão Elton Rohnelt Expedito Júnior (PPB) Bloco (PSB/PMN) Bloco (PSB/PMN) Raquel Capiberibe Gervásio Oliveira 1 vaga Adelson Salvador (PMDB) PCdoB Secretária: Edla Calheiros Local: Servo Especiais- Anexo 11- Sala 169-B Aldo Arantes Haroldo Lima Telefones: 318-7062617067 Secretária: Ângela Mancuso COMISSÃO ESPECIAL Local: Serv. Com. Especiais - Anexo li, Sala 169-B Telefones: 318-706317066 DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO COMISSÃO ESPECIAL Nl!.155, DE 1993, QUE "ALTERA A DESTINADA A PROFERIR PARECER À REDAÇÃO DO PARÁGRAFO 1º- DO PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO ARTIGO 53 DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL" Nº-169, DE 1993, QUE "ALTERA O INCISO IV (IMUNIDADE PARLAMENTAR) DO ARTIGO 167 EO ARTIGO 198 DA Proposição: PEe-155/93 Autora: Cidlnha Campos CONSTITUiÇÃO FEDERAL, E PREVê RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS EM N(VEL DA Presidente: Vicente Cascione (PTB) UNIÁQ, ESTADOS E MUNIClplOS PARA MANU­ 12. Vice-Presidente: Aloysio Nunes Ferreira (PMDB) 29. Vice-Presidente: ViceAte Arruda (PSDB) TENÇAO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE, COM 39. Vice-Presidel',lte: pn'sco Viana (PPB) O FINANCIAMENTO DAS REDES PÚBLICAS FI- Relator: Ibrahim Abi-Ackel (PPB) LANTRÓPICAS E CONVENIADAS" Titulares Suplentes Proposlçio: PEe-169193 Autores: Eduardo Jorge e W~ldlr Pires Bloco (PFUPTB) Presidente: Roberto Jefferson (PTB) Adauto Pereira Aroldo Cedraz 12. Vice-Presidente: Ursicino Queiroz (PFL) Antônio Geraldo Jaime Fernandes 2Jl. Vice-Presidente: JairoAzi Luiz Braga Relator: Darcfsio Perondi (PMDB) Vicente Cascione Philemon Rodrigues Titulares Suplentes Wilson Cunha Salomão Cruz (PSDB) 2 vagas Ursicino Queiroz Bloco (PFUPTB) 1 vaga Ayres da Cunha Claudio Chaves PMDB Carlos Magno Duflio Pisaneschi Fernando Gonçalves Fátima Pelaes (PSDB) Aloysio Nunes Ferreira Edinho Araújo Jair Soares Jaime Martins Gilvan Freire João Natal JairoAzi José Coimbra Ivandro Cunha Lima Jorge Wilson (PPB) , Roberto Jefferson Luiz Moreira José Luiz Clerot José Priante Ursicino Queiroz Maluly Netto Luiz Fernando (PSDB) Nicias Ribeiro (PSDB) '1. vaga ' Wagner Rossi' PMDB PPB Armando Abflio Anfbal Gomes Confúcio Moura ElcioneBarbalho Costa Ferreira (PFL) Adylson Motta Darcfsio Perondi Rita Camata Dolores Nunes Mário de Oliveira José Pinotti . ·3 vagas Gerson Peres Roberj:o Balestra. Saraiva Felipe Ibrahim Abi-Ackel Talvane Albuquerque. (PFL) , 1 vaga Prisco Viana Welson Gasparini (PSDB) PPB PSDB Adylson Motta Alcione Athayde Danilo de Castro Ezfdio Pinheiro Jofran Frejat· Fausto Martello Robério Araújo (PPB) João Leão José. Unhares Talvane Albuquerque (PFL) Vicente Arruda ' Saulo Queiroz (PFL) Moacyr Andrade 2 vagas 1 vaga .. . :. 1vaga, Sérgio Arouca (PPS) PT PSDB Hélio Bicudo Fernando Ferro Ceci Cunha B.Sá Marcelo Déda José Machado Jovair Arantes Pimentel Gomes '1 vaga Pedro Wilson Osmânio Pereira Robério Araújo (PPB) PDr 1 vaga Sebastião Madeira Cidinha Campos Magno Bacelar (PFL) PT Silvio Abreu Renan Kurtz Eduardo Jorge Arlindo Chinaglia Bloco (PUPSD/PSC) Humberto Costa Marta Suplicy Francisco Rodrigues (PPB) De Velasco José Augusto . 1 vaga PDT COMISSÃO ESPECIAL Serafim Venzon Giovanni Queiroz Vicente André Gomes Wilson Braga DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À Bloco (PUPSD/PSC) CONSTITUiÇÃO Nll173 DE 1995, QUE Luiz Buaiz Pedro Canedo MODIFICA O CAPiTULO DA ADMINISTRAÇÃO Bloco (PSB/PMN) PÚBLICA, ACRESCENTA NORMAS ÀS Alexandre Cardoso 1 vaga DISPOSIÇOES CONSTITUCIONAIS GERAIS PCdoB E ESTABELECE NORMAS DE TRANSiÇÃO Agnelo Queiroz Jandira Feghali Proposlçáo: PEC-173/95 Autor: Poder Executivo Secretária: Marlene Nassif Presidente: João Mellão Neto (PFL) Local: SeIV. Com. Especiais, Anexo 11, Sala 169-B 12. Vice-Presidente: Hugo Rodrigues da Cunha (PFL) Telefones: 318-706717066 22. Vice-Presidente: 3l!. Vice-Presidente: Vadão Gomes (PPB) COMISSÃO ESPECIAL Relator: Moreira Franco (PMDB) DESTINADA A PROFERIR PARECER À Titulares Suplentes PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO N!l169-A, DE 1995, QUE "DISPOE SOBRE A Bloco (PFUPTB)' REMUNERAÇÃO DE VEREADORES E Hugo Rodrigues da Cunha Jaime Fernandes PREFEITOS MUNICIPAIS" João Mellão Neto João Carlos Bacelar Paes Landim José Carlos Vieira Proposição: PEC-169/95 Autor: Fernando Gomes Paulo Gouvea José Mendonça Bezerra Presidente: Darcísio Perondi (PMDB) Philemon Rodrigues Mauro Fecury 12. Vice-Presidente: José l.uiz Clerot (PMDB) Vicente Cascione Rodrigues Palma 22. Vice-Presidente: José Teles (PPB) 1 vaga 1 vaga 32. Vice-Presidente: Antonio Carlos Pannuniio (PSDB) PMDB Relator: João Maia (PFL) Aloysio Nunes Ferreira Carlos Nelson Titulares Suplentes Elcione Barbalho Eliseu Padilha Nan Souza (PSL) Bloco (pFL/PTB) Geddel Vieira Lima Henrique Eduardo Alves Pinheiro Landim Célia Mendes Antônio Geraldo Moreira Franco Sandro Mabel Costa Ferreira JóãoMellão Neto 1 vaga 1 vaga João Maí'a Rubem M6dina PPB 1 vaga ' :1 vaga. . Flávio Derzi Alzira Ewerton (PSDB) Bloco (PMDB/PSD/PSL/PSC) . Gerson Peres I,.uciano Castro (PSDB) Darcfsio Perondi Orcino Gonçalves' JairBolsonaro Márcio Reinaldo Moreira José Luiz, Clerot . Plilulo Ritzel Roberto Campos Mário Cavallazzi Nestor. Dua.rte RobertÇ> Rocha (P.SDB) VadãoGomes Prisco Viana Bloco (PPB/PL) PSDB José Teles Valdomiro Meger 2 vagas 2 vagas . Alminó Affonso Alexandre Santos L~n~as Cristino Eduardo Mascarenhas Roberto Brant João Leão PSDB 1 vaga Marconi Perillo Antônio Carlos Pannunzio Arthur Virgflio 2 vagas Celso Rüssomanno PT '1 vaga Marcelo Deda Ivan Valente PT Maria Laura Waldomiro Fioravante Luiz Mainardi José Machado. TeIma de Souza 1 vaga Paulo Bernardo Tilden Santiago. PDT PDT Euripedes Miranda Fernando Zuppo José Maurício Matheus Schmidt Matheus Schimidt SflvioAbreu PSB Bloco (PUPSD/PSC) Nilson Gibson Bosco França (PMN) Eujácio Simões 1 vaga Secretário: Francisco da Silva Lopes Filho BI9CO (PSB/PMN) Local: SelV. Com. Especiais - Anexo 11, Sala 169-B Telefone: 318-706317055 Alexandre Cardoso Nilson Gibson PCdoB PCdoB Agnelo Queiroz Aldo Arantes Haroldo Lima Sérgio Miranda Secretária: Rejane S. Marques Secretária: Marlene Nassif Local: Servo Com. Esp. - Anexo 11, Salas 169-B Local: Servo Com. Especiais - Anexo 11, Sala 169-B Telefone: 318-687417067 Telefones: 318-706717066 COMISSÃO ESPECIAL COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PRO­ DESTINADA A PROFERIR PARECER À POSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO Nº-175, PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO DE 1995, QUE "ALTERA O CAPiTULO DO ~ 188-A, DE 1994, QUE "ACRESCENTA SISTEMA TRIBUTARIO NACIONAL" PARAGRAFOS 6º- E 72- AO ARTIGO ~ DO Proposição: PEC-0175/95 Autor: Poder Executivo ATO DAS DISPOSIÇOES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, DISPONDO SOBRE Presidente: Jurandyr Paixão (PMDB) ANISTIA QUANTO ÀS PUNIÇÓES APLICADAS, I II Vice-Presidente: ATRAVÉS DE ATOS DE EXCEÇÃO, ll 2 Vice-Presidente: A SERVIDORES MILITARES" 3ll Vice-Presidente: João Pizzolatti (PFL) Relator: Mussa Demes (PFL) Proposição: PEC-188194 Autor: Zaire Rezende Titulares Suplentes Presidente: Ary Kara (PMDB) I II Vice-Presidente: Roberto Valadão (PMDB) Bloco (PFLlPTB) 2ll. Vice-Presidente: Tuga Angerami (PSDB) Benito Gama Betinho Rosado' 3ll Vice-Presidente: Augusto Nardes (PPB) Eliseu Resende Júlio César Relator: ' Félix Mendonça Luiz Braga 'Titu!ares Suplentes Mussa Demes Osmir Lima Paulo Cordeiro Os6rio Adriano Bloco (PFLlPTB) Paulo Lima Osvaldo Biolchi Osmir Lima Jonival Lucas Rubem Medina {vaga Paes Landim José Mendonça Bezerra PMDB Paulo Heslander Ricardo Barros Alberto Goldman Antônio Brasil' 1 vaga 1 vaga José Luiz Clerot Edinho Bez PMDB José Priante Hélio Rosas K~ra, Jurandyr Paixão Lídia Quinan Ary Rita Camata 2 vagas Marcelo Teil'ei~a Elcione Barbalho 2 vagas ,Rubens Coi3'~c Roberto Valadão PPB PPB Enivaldo Ribeiro Felipe Mendes Augusto Nardes Anivaldo Vale João Pizzotatti ' 'FettérJúnior 'Jair Bolsonaro Arnaldo Faria de Sá Laprovita Vieira Flávio Derzi' 'l'vaga' Renato Johnsson Pauderney Avelino VadãoGomes PSDB Renato Johnsson .. 1 vaga PSDB ruga Angerami Feu Rosa 1 vaga Roberto Brant Firmo de Castro Fernando torres Luciano Castro Silvio Torres PT Luiz Carlos Hauly Veda Crusius, GilrieyViana Inácio Arruda (PCdoB) Roberto Brant 1 vaga ·José Pimentel Pedro Wilson PT Maria da Conceição Tavares José Machado PDT Vânia dos Santos Paulo B,emardo Eurípedes Miranda Silvio Abreu 1 vaga 1 vaga PDT Bloco (PUPSD/PSC) Airton Dipp Fernando LOPes Eujáció Simões Expedito Júnior (PPB) Matheus Schmidt Fernando Zuppo Bloco (PSB/PMN) Bloco (PUPSD/PSC) 1 vaga Raquel Capiberibe Francisco Horta Eujácio Simões Secretário: Sflvio Sousa da Silva Bloco (PSB/PMN) Local: SerV. COm. Especiais, Anexo 11, Salas 169-B Sérgio Guerra 1 vaga Telefones: 318-706117062 COMISSÃO ESPECIAL COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PEC DESTINADA A PROFERIR PARECER Nº- 338-A, DE 1996, QUE "DISPOE SOBRE O À PEC Nº- 37o-A, REGIME CONSTITUCIONAL DOS MILITARES" DE 1996, QUE "MODIFICA O ARTIGO 207 (REGIME DOS MILITARES) DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL" Proposição: PEC-33B196 Autor: Poder Executivo (AUTONOMIA DAS UNIVERSIDADES) Presidente: Silas Brasileiro (PMDB) Proposição: PEC-370/96 Autor: Poder Executivo 19. Vice-Presidente: Hélio Rosas (PMDB) 29. Vice-Presidente: Valdenor Guedes (PPB) Presidente: Marisa Serrano (PMDB) 3º- Vice-Presidente: Antônio Feijão (PSDB) 19. Vice-Presidente: Emerson Olavo Rires (PMDB) 2 Relator: Werner Wanderer (PFL) 2 Vice-Presidente: José Unhares (PPB) 3º- Vice-Presidente: Feu Rosa (PSDB) Titulares Suplent9S Relator: Paulo Bornhausen (PFL)

Bloco (PFLlPTB) "Titulares Suplentes Abelardo Lupion Jaime Fernandes Bloco (PFLlPTB) Maria Valadão José Borba Osório Adriano Luiz Braga José Coimbra Claudio Cajado Paes Landim Roberto Pessoa Mauricio Najar Costa Ferreira Sérgio Barcellos 3 vagas Osvaldo Biolchi Osvaldo Coelho Vicente Cascione Paes Landim Paulo Cordeiro Werner Wanderer Paulo Bornhausen Ronivon Santiago Paulo Lima 2 vagas Bloco (PMDB/PSD/PSL) Ricardo Barros Antônio do Valle De Velasco Bloco (PMDB/PSD/PSL) Ary Kara Fernando Diniz Hélio Rosas Marquinho Checlid Emerson Olavo Pires Eliseu Padilha Orcino Gonçalves Sandro Mabel José Luiz Clerot Marquinho Checlid Silas Brasileiro 2 vagas Maria ElVira 4 vagas Simara Ellery Marisa Serrano Maurício Requião Bloco (PPB/PL) Zé Gomes da Rocha Francisco Rodrigues Cunha Uma Jair Bolsonaro Hugo Biehl Bloco (PPB/PL) Jorge Wilson Jorge Tadeu Mudalen Alvaro Valle Luiz Buaiz José Lourenço (PFL) José Rezende Augusto Nardes 5 vagàs Valdenor Guedes Pedro Corrêa Bonifácio de Andrada 1 vaga 1 vaga José Linhares PSDB Roberto Campos Antônio Feijão Elias Murad Valdomiro Meger (PFL) Celso Russomanno Leônidas Cristino· PSDB Luciano Castro Nelson Marchezan Nicias Ribeiro Vicente Arruda Feu Rosa Alexandre San.tos Rommel Feijó 1 vaga Marconi Perillo Flávio Arns Nelson Marchezan Osmânio Pereira PT Roberto Santos Vicente Arruda Chico Vigilente Jaques Wagner 1 vaga Welson Gasparini Luiz Eduardo Greenhalgh João Coser Marcelo Déda José Genofno PT

PDT Ivan Valente Esther Grossi Pedro Wilson Miguel Rossetto Silvio Abreu Matheus Schmidt Valdebi Oliveira Walter Pinheiro

PSB PDT

Gonzaga Patriota Nilson Gibson Severiano Alves Sérgio Carneiro

PCdoB PSB

Haroldo Uma Aldo Rebelo Gervasio Oliveira 1 vaga Secretária: Maria Auxiliadora PCdGB Local: Servo Com. Especiais - Anexo li, Sala 169-B Telefones: 318-705617052 Undberg Farias Ricardo Gomyde Secretária: Ana Clara Serejo Titulares Suplentes Local: Servo Com. Especiais, Anexo 11, Sala 169-B Bloco (PFLlPTB) Telefones: 318-706317066 José Rocha Betinho Rosado COMISSÃO ESPECIAL Júlio César Cláudio Cajado DESTINADA A PROFERIR PARECER À PEC Nº­ Roberto Pessoa Luiz Braga 407/96, QUE ALTERA A REDAÇÃO DO ARTIGO 1 vaga 1 vaga 100 DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL PMDB (PRECATÓRIOS) Nicias Ribeiro (PSDB) Marcelo Teixeira Proposição: PEC-407/96 Autor: Luciano Castro 2 vagas Pinheiro Landim 1 vaga Presidente: Abelardo Lupion (PFL) PPB 1º- Vice-Presidente: José Rocha (PFL) 3º- Vice-Presidente: Flávio Derzi (PPB) Enivaldo Ribeiro José Unhares 3º- Vice-Presidente: Zulaiê Cobra (PSDB) Felipe Mendes Marconi Períllo (PSDB) Relator: José Luiz Clerot (PMDB) Sérgio Naya Moacyr Andrade Titulares Suplentes PSDB

Bloco (PFLlPTB) Arnon Bezerra Antônio Aureliano Ablardo Lupion Jair Soares João Leão Mário Negromonte Luciano Pizzatio Carlos Melles PT José Rocha Nelson Marquezelli Paulo Cordeiro i vaga Ivan Valente Alcides Modesto Bloco (PMDB/PSDfPSLlPSC) 1 vaga José Pimentel Eliseu Padilha Fernando Diniz PDT José Luiz Clerot Pinheiro Landim Luiz Durão 1 vaga Max Rosenmann Roberto Valadão Bloco (PPBIPL) Bloco (PUPSD/PSC) Flávio Derzi Basílio Víllani Eujácio Simões Elton Rohnelt João Ribeiro Francisco Rodrigues Nelson Meurer Roberto Campos Bloco (PSB/PMN) PSDB 1 vaga Bosco França Luciano Castro Danilo de Castro Secretária: Ana Clara Serejo Luiz Piauhylino José Thomaz Nonê Local: Serv. Com. Esp. - Anexo 11, Sala 169-8 Zulaiê Cobra Vicente Arruda Telefones: 318-755517063 PT COMISSÃO ESPECIAL Marcelo Deda Chico Vigilante Milton Mendes i vaga DESTINADA A ANALISAR A QUESTÃO PDT DO DESEMPREGO Fernando Ribas Caril Silvio Abreu Presidente: Miro Teixeira (PDT) PSB 1º- Vice-Presidente: Sandro Ma.bel (PMDB) 2º- Vice-Presidente: Miguel Rossetio (PT) João Colaço GelVasio Oliveira 3º- Vice-Presidente: Célia Mendes (PFL) Secretária: Angela Mancuso Relator: Carlos Alberto (PSDB)) Local: Servo Com. Especiais- Anexo 11, Sala 169-8 Titulares Suplentes Telefones: 318-7063/7066 COMISSÃO ESPECIAL Bloco (PFLlPTB) Benito Gama Álvaro Gaudêncio Neto DESTINADA A ESTUDAR OS PROJETOS Carlos Alberto (PSDB) Carlos Magno PÚBLICOS fEDERAIS DE IRRIGAÇÃO E Manoel Castro Félix Mendonça RECURSOS HIDRICOS E APRESENTAR PRO­ i vaga Júlio César POSTAS AO ORÇAMENTO DA UNIÃO, PMDB NO SENTIDO DE VIABILIZAR A Albérico Filho 3 vagas EXECUÇÃO DOS MESMOS Eliseu Padilha Presidente: José Rocha (PFL) Sandro Mabel 1Q. Vice-Presidente: Júlio César (PFL) PPB 2º- Vice-Presidente: João Leão (P8DB) 3Q. Vice-Presidente: Célia Mendes (PFL) Cleonâncio Fonseca Relator: Nicias Ribeiro (PSDB) Francisco Silva 2 vagas José Rezende Bloco (PPB/Pl) PSDB Edson Queiroz (PPB) José Egydio (PL) José An!bal Antônio Galhmann Flávio Derzi Laprovita Vieira 1 vaga Roberto Brant Ibrahim Abi-Ackel (PPB) Jorge Tadeu Mudalen PT Pedro Corrêa (PPB) Júlio Redecker Ricardo Izar (PPB) Roberto Campos Maria da Conceição Tavares Carlos Santana Welinton Fagundes (PL) 1 vaga Miguel Rossetto Jair Meneguellí PSDB PDT João Faustino Arnaldo Madeira Miro Teixeira Fernando Zuppo Luiz Piauhylino Marconi Períllo Bloco (PUPSD/PSC) Narcio Rodrigues Pedro Henry Nelson Marchezan Renato Johnsson Ronivon Santiago (PFL) Pedro Canedo Salvador Zimbaldi 1 vaga Bloco (PSB/PMN) PT Gonzaga Patriota 1 vaga Jaques Wagner Arlindo Chinaglia Secretária: Maria do Amparo Bezerra da Silva Milton Temer João Paulo Local: Servo Com. Esp. - Anexo 11, Sala 169-B Walter Pinheiro Miguel Rossetto Telefones: 318-755517063 PDT COMISSÃO ESPECIAL Airton Dipp Fernando Ribas Carli DESTINADA A APRECIAR E DAR PARECER SOBRE OS PROJETOS DE LEI Nº- 821/95 DO PSB SR. DEPUTADO RENATO JOHNSSON, Sérgio Guerra Ricardo Heráclio QUE "REGULAMENTA A EMENDA CONSTITUCIONAL Nº- 8195, E INSTITUI A PCdoB pOLíTICA DE EXPLORAÇÃO DOS SERViÇOS Sércio Miranda Inácio Arruda PÚBLICOS DE TELECOMUNICAÇOES", Secretãria: Maria do Amparo Bezerra da Silva W 2.648196 DO PODER EXECUTIVO, QUE Local: Servo Com. Especiais, Anexo li, Sala 169-B "DISPOE SOBRE A ORGANIZAÇÃO DOS Telefone: 318-755517063 SERViÇOS DE TELECOMUNICAÇOES, COMISSÃO ESPECIAL A CRIAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ÓRGÃO REGULADOR E OUTROS ASPECTOS DESTINADA A APRECIAR E PROFERIR INSTITUCIONAIS" E DEMAIS APENSADOS PARECER SOBRE O PROJETO DE LEI Nº-1.151, DE 1995, QUE "DISCIPLINA A Proposição: PL 821/95 Autor: Renato Johnsson UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO Presidente: Paulo Bornhausen (PFL) SEXO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS" 19. Vice-Presidente: Ibrahim Abi-Ackel (PPB) 2º- Vice-Presidente: Salvador Zimbaldi (PSDB) Proposição: PL 1.151/95 Autora: Marta Supllcy 3º- Vice-Presidente: Paulo Cordeiro (PTB) Presidente: Maria Elvira (PMDB) Relator: Alberto Goldman (PMDB) 1º- Vice-Presidente: Lindberg Farias (PCdoB) Titulares Suplentes 2º- Vice-Presidente: Jorge Wilson (PPB) 3º- Vice-Presidente: Salvador Zimbaldi (PSDB) Bloco (PFLlPTB) Relator: Roberto Jefferson (PTB)

Arolde de Oliveira Albérico Cordeiro Titulares Suplentes Fernando Gonçalves Antônio Joaquim Araújo José Carlos Aleluia Aroldo Cedraz Bloco (PFLlPTB) Luiz Moreira José Mendonça Bezerra Iberê Ferreira Fernando Gonçalves Maluly Netto Luciano Pizzatto Marilu Guimarães Magno Bacelar Paulo Bornhausen Marilu Guimarães Roberto Jefferson Ursicino Queiroz Paulo Cordeiro Philemon Rodrigues 1 vaga 1 vaga

Bloco (PMDB/PSD/PSL) Bloco (PMDB/PSD/PSL) Lindberg Farias (PCdoB) Fernando Gabeira (PV) Alberto Goldman Aloysio Nunes Ferreira Maria Elvira Udia Quinan Edinho Araujo Colbert Martins 1 vaga 1 vaga Edson Adrino Emerson Olavo Pires Germano Rigotto Henrique Eduardo Alves Bloco (PPB/PL) Pedro Irujo NanSouza Alzira Ewerton (PSDB) Arnaldo Faria de Sá Robson Tuma Ricardo Rique Jorge Wilson Herculano Anghinetti 1 vaga Wagner Salustiano Eujácio Simões Arnaldo Faria de Sá PSDB João Mendes Basílio Villani (PSDB) Jorge Tadeu Mudalen Cunha Bueno Celso Russomanno Osmânio Pereira Roberto Campos José Egydio Salvador Zimbaldi Philemon Rodrigues (PTB) Romel Anízio Ricardo Barros Tuga Angerami 1 vaga PT PSDB Jair Meneguelli José Genoíno Adroaldo Streck Antônio Feijão Nilmário Miranda Marta Suplicy Almino Affonso Luciano Castro Eduardo Mascarenhas Nelson Marchezan PDT Leônidas Cristino Paulo Feijó Sérgio Carneiro Vicente André Gomes Roberto Santos Sílvio Torres

PSB PT

Fernando Lyra Raquel Capiberibe Jaques Wagner Fernando Ferro Secretária: Maria Helena C. de Oliveira Luciano Zica Luiz Alberto Local: Servo Com. Esp. - Anexo li, Sala 169-B Miguel Rossetto Marcelo Deda Telefones: 318-68741706617067 PDT

COMISSÃO ESPECIAL Matheus Schmidt Serafim Venzon DESTINADA A APRECIAR E PROFERIR PSB PARECER SOBRE O PROJETO DE LEI N!!.1.210/95, QUE "ALTERA A REDAÇÃO DA Alexandre Cardoso Gonzaga Patriota LEI N!!.2.004, DE 3-10-53, QUE "DISPOE SOBRE PCdoB A pOLíTICA NACIONAL DO PETRÓLEO E DEFI­ NE AS ATRIBUIÇOES DO CONSELHO NACIO­ Haroldo Lima Jandira Feghali NAL DO PETRÓLEO, INSTITUI A SOCIEDADE Secretário: José Maria Aguiar de Castro POR AÇOES PETRÓLEO BRASILEIRO SOCIE- Local: Servo Com. Especiais- Anexo 11, Sala 169-B DADE ANÔNIMA, E DÁ OUTRAS Telefones: 318-706117062 PROVIDf:NCIAS, DE MODO A REGULAMEN­ COMISSÃO ESPECIAL TAR A EMENDA CONSTITUCIONAL 9, DE 1995" EA SEUS APENSADOS" DESTINADA A PROFERIR PARECER AO SUBSTITUTIVO DO SENADO AO PROJETO Proposição: PL-1.210/95 Autor: Luciano Zlca DE LEI N!!.3.710/93 QUE "INSTITUI Presidente: Alberto Goldman (PMDB) O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO" 19. Vice-Presidente: Oscar Goldoni (PMDB) Proposição: PL-3.710/93 Autor: Poder Executivo 29. Vice-Presidente: Romel Anízio (PPB) 39. Vice-Presidente: Leônidas Cristino (PSDB) Presidente: Paulo Gouvêa (PFL) Relator: Eliseu Resende (PFL) 1ll. Vice-Presidente: Gonzaga Patriota (PSB) 29. Vice-Presidente: Titulares Suplentes 3!l. Vice-Presidente: Pedro Henry (PSDB) Bloco (PFLlPTB) Relator: Ary Kara (PMDB)

Betinho Rosado Carlos Magno Titulares Suplentes Eliseu Resende Israel Pinheiro Bloco (PFL/PTB) Lima Netto Eliseu Moura Paulo Cordeiro Manoel Castro Aldir Cabral Albérico Cordeiro Rubem Medina Maurício Najar Carlos Alberto Campista Antônio dos Santos Valdomiro Meger Robêrio Araújo Claudio Chaves Arolde de Oliveira Vicente Cascione Sérgio Barcellos Chico da Princesa João Carlos Bacelar Paulo Gouvêa Luiz Braga Bloco (PMDB/PSD/PSL) Ricardo Barros Maria Valadão Alberto Goldman Armando Abflio Zila Bezerra Osório Adriano Barbosa Neto Darcísio Peronsi Bloco (PMDB/PSD/PSL) Edinho Bez Edinho Araújo Eliseu Padilha Alberto Silva Adelson Salvador Carlos Nelson Oscar Andrade Elton Rohnelt Ary Kara Fernando Gabeira (PV) Oscar Goldoni Simara Ellery Barbosa Neto João Thomé Mestrinho Marcelo Teixeira Bloco (PPB/PL) Nair Xavier Lobo Mário Martins Paulo Ritzel Cleonâncio Fonseca Alcione Athayde Max Rosenmann Rubens Cosac Bloco (PPB/PL) José Coimbra Luciano Pizzatto Lima Netto Osvaldo Biolchi Jarbas Uma Amaldo Faria de Sá Roberto Jefferson Rogério Silva João Ribeiro Cleonâncio Fonseca 1 vaga 2 vagas Roberto Balestra Cunha Bueno Salatiel Carvalho Cunha Lima Bloco (PMD,B/PSD/PSL) Welinton Fagundes José Rezende Darclsio Perondi José Aldemir Wigberto Tartuce Pedro Canedo Eliseu Padilha José Luiz Clerot PSDB Genésio Bernardino Marcelo Teixeira JoséPinotti 3 vagas Antônio Feijão AdemirLucas Pinheiro Landim JOlfair Arantes Celso Russomanno Saraiva Felipe Leônidas Cristino João Leão Mário Negromonte Paulo Feijó Bloco (PPB/PL) Pedro Henry Simão Sesslm Cunha Bueno Basilio Villani (PSDB) PT Herculano Anghinetti Jofran Frejat José Egydio Luiz Buaiz Carfos Santana Arlindo Chinaglia José Unhares 3 vagas GilneyViana Nilmário Miranda Pedro Correa Pedro Wilson Paulo Bernardo Talvane Albuquerque (PFL) PDT PSDB

Renan Kurtz Fernando Zuppo Ceci Cunha Márcia Marinho PSB Eduardo Mascarenhas Osmânio Pereira Jovalr Arantes Pimentel Gomes Gonzaga Patriota Nilson Gibson Zulaiê Cobra Rommel Feijó POdoB 1 vaga Vanessa Felippe PT Sérgio Miranda Aldo Rebelo Secretária: Edla Bispo Arlindo Chinaglia Humberto Costa Local: Servo Com. Especiais, Anexo 11, Sala 169-B Eduardo Jorge 2 vagas Telefones: 318-706217061 1 vaga COMISSÃO ESPECIAL PDT DESTINADA A APRECIAR E PROFERIR Vicente André Gomes Fernando Hibas Cadi PARECER SOBRE O PROJETO DE LEI PSB Nº- 4.425194, DO SENADO FEDERAL, QUE Sérgio Guerra JoãoCo!aço "PRofBE A EXCLUSÃO DE COBERTURA DE DESPESAS COM TRATAMENTO DE POdoB DETERMINADAS DOENÇAS EM CONTRATOS Agnelo Queiroz Jandira Feghali QUE ASSEGURAM ATENDIMENTO Secretário: Silvio Sousa da Silva MÉDICo-HOSPITALAR PELAS EMPRESAS Local: Servo Com. Espooiais- Anexo 11, Sala 169-8 PRIVADAS DE SEGURO-SAÚDE OU Telefones: 318-706117062 ASSEMELHADAS" E DEMAIS PROPOSTAS EM TRAMITAÇÃO NESTA COMISSÃO ESPECIAt CASA QUE VERSAM SOBRE DESTINADA A PROFERIR PARECER SOBRE O "PLANOS E SEGUROS DE SAÚDE" PROJETO DE lEI Nº- 4.376/93, DO PODER EXECUTIVO, QUE "REG~ U A A FAlÉNCiA, Proposição: PL-4.425/94 Autor: Senado Federal CONCORDATA PReVENTIVA E A Presidente: Euler Ribeiro (PFL) RECUPERAÇ~O DAS EMPRESAS QUE 1ll. Vice-Presidente: Talvane Albuquerque (PFL) EXERCEM A'TlVIDADE ECONOMICA 2ll. Vice-Presidente: Zulaiê Cobra (PSDB) REGIDA PELAS LEIS COMERCIAIS 3ll. Vice-Presidente: Relator: Pinheiro Landim (PMDB) E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS" Proposição: PL n!! 4.376193 Autor: Poder Executivo Titulares Suplentes Presidente: José Luiz Clarot (PMDB) Bloco (PFUPTB) 19. Vice-Presidente: Jorge Tadeu Mudalen (PPB) Ayres da Cunha Claudio Chaves 2J1. Vice-Presidente: Euler Ribeiro Fernando Gonçalves 1 Iberê Ferreira Jair Soares 3ll.Relator:Vice-p_re_S_id_en_t_e:_J_a_rb_as_u_m_a_(p_f_Osvaldo Biolchi (PTB) B_) _.__~~__~J~ Titulares Suplentes PMDB Bloco (PFL/PTB) João Almeida Barbosa Neto Marcelo Barbieri Chicão Brigido Augusto Viveiros Benito Gama Nicias Ribeiro (PSD8) Marisa Serrano Osvaldo Biolchi Hugo Rodrigues da Cunha Olavo Calheiros Mauricio Requião Raul Belém Paulo Cordeiro Roberto Valadão Tetê Bezerra 1 vaga Roberto Pessoa 1 vaga 1 vaga PMDB PPB Dilso Sperafico Fernando Diniz Alzira Ewerton Arnaldo Faria de Sá Jorge Tadeu Mudalen (PPB) Gilvan Freire Jarbas Lima Cunha Bueno José Luiz Clerot Oscar Goldoni José Janene José Linhares PPB Prisco Viana Ricardo Izar Ibrahim Abi-Ackel Adhemar de Barros Filho Romel Anízio 1 vaga Jarbas Lima Adylson Motta Valdomiro Meger (PFL) Raimundo Santos (PFL) PSDB PSDB Feu Rosa Aécio Neves Jayme Santana Cipriano Correia Danilo de Castro Herculano Anghinetti (PPB) Roberto Santos Paulo Feijó Jovair Arantes Nelson Otoch Silvio Torres 2 vagas PT

Milton Mendes Miguel Rossetto PT Sandra Starling Waldomiro Fioravante João Paulo José Genoino PDT Paulo Delgado Padre Roque Eurípedes Miranda Fernando Lopes Sandra Starling Waldomiro Fioravante Bloco (PUPSD/PSC) PDT De Velasco Francisco Rodrigues (PPB) Coriolano Sales Enio Bacci PCdoB Matheus Schmidt Eurípedes Miranda Aldo Arantes Aldo Rebelo Secretária: Rejane Marques Bloco (PUPSD/PSC) Local: Servo de Com. Esp. - Anexo 11, Sala 169-B Valdemar Costa Neto Marquinho Chedid Telefones: 318-6874/7067 COMISSÃO ESPECIAL Bloco (PSB/PMN) DESTINADA AO ESTUDO DAS REFORMAS Fernando Lyra 1 vaga pOLíTICAS, DEVENDO PROPOR, DENTRE ESTAS, A ATUALIZAÇÃO DO CÓDIGO ELEITO­ PCdoB RAL E MODIFICAÇOES NA LEGISLAÇÃO ELEITORAL-PARTIDÁRIA, INCLUSIVE AS Aldo Arantes Haroldo Lima NECESSÁRIAS A,!.TERAÇOES NA CONSTITUIÇAO FEDERAL Secretária: Brunilde Liviero Carvalho de Moraes Local: servo Com. Especiais- Anexo 11, Sala 169-B Presidente: Mendonça Filho (PFL) Telefones: 318-7067/6874 1º- Vice-Presidente: Aracely de Paula (PFL) 2º- Vice-Presidente: Jayme Santana (PSDB) 39. Vice-Presidente: Alzira Ewerton (PSD8) COMISSÃO ESPECIAL Relator: João Almeida (PMDB) DESTINADA A EXAMINAR OS PROJETOS DE LEI, EM TRÂMITE NESTA CASA, Titulares Suplentes QUE VERSAM SOBRE MATÉRIAS RELATIVAS Bloco (PFUPTB) AO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL, REGULAMENTADORAS DO ART. 192 DA Aracely de Paula Iberê Ferreira Bonifácio de Andrada (PPB) Paes Landim CONSTITUiÇÃO FEDERAL Corauci Sobrinho Pedrinho Abrão Presidente: Gonzaga Mota (PMDB) José Santana de Vasconcellos Ricardo Barros 19. Vice-Presidente: Edinho Bez (PMDB) Mendonça Filho Roberto Pessoa 29. Vice-Presidente: Marconi Perillo (PSDB) Paulo Gouvea Rodrigues Palma 39. Vice-Presidente: Vilmar Rocha (PFL) Vicente Cascione VilmarRocha Relator: Saulo Queiroz (PFL) Titulares Suplentes COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A FAZER LEVANTAMENTO DAS OBRAS INACABADAS DO GOVERNO FEDERAL Bloco (PFL/PTB) Coordenador: Deputado Carlos Alberto (PSDB) Félix Mendonça Augusto Viveiros Albérico Cordeiro (PTB) Cunha Bueno (PPB) José Carlos Aleluia Efraim Morais Aroldo Cedraz (PFL) Fernando Ferro (PT) Manoel Castro. José Coimbra Carlos Alberto (PSDB) Simara Ellery (PMDB) Ney Lopes Lima Netto Secretário: José Maria Aguiar de Castro Paes Landim Moisés Lipnik Serviço de Comissões Especiais - Anexo I, Sala 169-B Saulo Queiroz Osório Adriano Telefones: 318-7061/7062 Vilmar Rocha Roberto Pessoa COMISSÃO EXTERNA PMDB DESTINADA A ACOMPANHAR OS PROCEDI­ ,MENTOS RELATIVOS À DEMARCAÇÃO DAS Edinho Bez Antônio do Valle TERRAS INDfGENAS E ÀS QUESTOES Eliseu Padilha Marcos Lima Gonzaga Mota Paulo Ritzel DECORRENTES DESTE PROCESSO Jurandyr Paixão 3 vagas Coordenador: Sarney Filho (PFL) Silas Brasileiro Benedito Guimarães (PPB) Salomão Cruz (PSDB) 1 vaga Carlos Airton (PPB) Sarney Filho (PFL) Davi Alves Silva (PPB) Sebastião Madeira (PSDB) PPB Gilney Viana (PT) Silas Brasileiro (PMDB) Anivaldo Vale Cunha BlJeno Secretária: Edla Calheiros Bispo BasflioVillani Herculano Anghinetti Serviço de Comissões Especiais - Anexo li. Sala 169-B José Janene Laprovita Vieira Telefones: 318-706217061 Valdomiro Meger Márcio Reinaldo Moreira 1 vaga Roberto Campos COMISSÃO EXTERNA PARA AVERIGUAR, NO PERfoDO PSDB DE 17-10-96 A 30-6-97, A AQUISiÇÃO DE MADEIREIRAS, SERRARIAS E EXTENSAS Firmo de Castro Antônio Feijão PORÇOES DE TERRAS E!RASILEIRAS Luiz Carlos Hauly Fernando Torres POR GRUPOS ASIATICOS Marconi Perillo 2 vagas Yeda Crusius PT Coordenador: Gilney Viana (PT) Antônio Brasil (PMDB) Luiz Fernando (PSDB) PT Fernando Gabeira (PV) Osmir Lima (PFL) Gervásio Oliveira (PSB) Pauderney Avelino (PPB) José Pimentel João Coser Gilney Viana (PT) Socorro Gomes (PCdoB) Luiz Gushiken Maria Conceição Tavares Luciano Pizzatto (PFL) Vânio dos Santos Nedson Micheleti Secretário: Francisco da Silva Lopes Filho Local: Servo Com. Especlais- Anexo 11, Sala 169-B PDT Telefones: 318-7066/7067 Coriolano Sales Márcia Cibilis Viana COMISSÃO EXTERNA Fernando Lopes 1 vaga PARA, NO PERfoDO DE 17-12-96 A 17-1-97, Bloco (PUPSD/PSC) PROMOVER LEVANTAMENTO DO PROCESSO PRODUTIVO BÁSICO DA ZONA Francisco Horta Eujácio Simões FRANCA DE MANAUS

Bloco (PSB/PMN) Sérgio Guerra Ricardo Heráclio Proposição: Autor: Presidênt::ia Coordenador: Antônio Feijão (PSDB)

PCdoB Titulares Suplentes Ségio Miranda 1 vaga Alzira Ewerton (PSDB) José Priante (PMDB) Aníbal Gomes (PMDB) Luiz Fernando (PSDB) Secretário: Sílvio Sousa da Silva Antônio Feijão (PSDB) Pauderney Avelino (PPBl Local: Servo Com. Especiais - Anexo li. Sala 169-B Cunha Lima (PPB) Salomão Cruz (PSDBI Telefones: 318-7061/7052 Elton Rohnelt (PFL) ------~; COMISSÃO EXTERNA COMISSÃO EXTERNA SEM ONUS PARA CÂMARA DOS DEPUTADOS, DESTINADA A AVERIGUAR IN LOCO PARA EXAMINAR; POR 25 SESSOES, A SITUAÇÃO DE CONFLITOS DE TERRA A PARTIR DE 14-1-97, OS TERMOS E AS NA REGIÃO DO PONTAL DO CONDIÇOES GERAIS DO PROCESSO DE PARANAPANEMA, ESTADO DE SÃO PAULO DESESTATIZAÇÁO DA COMPANHIA VALE DO Coordenador: Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) RIO DOCE - CVRD, INCLUSIVE OS DADOS E DOCUMENTOS DISPON(VEIS NA CENT.RAL DE TRulares Sup~ntes INFORMAÇOES'SOBRE A EMPRESA, Aloysio Nunes Ferreira (PMOB) Aldo Rebelo (PCcloB) DESIGNADA OFICIALMENTE Benedito Guimarães (PPB) Antônio C. Pannunzio (PSOB) "SALA DE INFORMAÇOES" Fernando Gabeira (PV) Augusto Carvalho (PPS) Proposição: Autor: Presidência Fernando Zuppo (pOn Corauzi Sobrinho (PFL) Gervásio Oliveira (PSB) Fernando Ribas Carli (pOn Coordenador: Miro Teixeira (POT) Luiz Buaiz (PL) Geraldo Pastana (pn Nelson Marquezelli (PTB) Gonzaga Patriota (PSB) Titulares Suplentes Paulo Lirna (PFL) Hélio Rosas (PMOB) Antônio Brasil (PMOB) Belém (PFL) Sérgio Arouca (PPS) Hélio Bicudo (pn Jair Bolsonaro (PPB) Socorro Gomes (PCcloB) Socorro Gomes (PCcloB) Lamarline Posella (PPB) João Fassarella (pn Tuga Angerami (PSOB) Zulaiê Cobra (PSOB) Pedro Canedo (PL) Miro Teixeira (POT) Philemon Rodrigues Secretário: Mário Orausio Coutinho Secretária: Fátima Moreira Local: Servo Com. Especiais, Anexo li, Sala 169-B Local: Servo Com. Especiais, Anexo li, Sala 169-B Telefone: 318-706617067 Telefone: 318-7063

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