Universidade Do Estado Do Rio De Janeiro Centro De Ciências Sociais Instituto De Estudos Sociais E Políticos

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Universidade Do Estado Do Rio De Janeiro Centro De Ciências Sociais Instituto De Estudos Sociais E Políticos Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Ciências Sociais Instituto de Estudos Sociais e Políticos Vinicius Bogéa Câmara Prismas do exílio: trajetória intelectual e modelagem do self em Anatol Rosenfeld e Otto Maria Carpeaux Rio de Janeiro 2010 Vinicius Bogéa Câmara Prismas do exílio: trajetória intelectual e modelagem do self em Anatol Rosenfeld e Otto Maria Carpeaux Tese apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor, ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Orientador: Prof. Dr. Ricardo Benzaquen de Araújo Rio de Janeiro 2010 CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ/REDE SIRIUS/BIBLIOTECA IESP C172 Camara, Vinicius Bogéa. Prismas do exílio : trajetória intelectual e modelagem do self em Anatol Rosenfeld e Otto Maria Carpeaux / Vinicius Bogéa Camara. – 2010. 270 f. Orientador : Ricardo Benzaquen de Araujo. Tese (doutorado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Estudos Sociais e Políticos. 1. Exílio - Teses. 2. Intelectuais – Teses. 3. Sociologia – Teses. I. Araujo, Ricardo Benzaquen de. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Estudos Sociais e Políticos. III. Título. CDU 378.245 Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta tese, desde que citada a fonte. _____________________________________________ _____________________ Assinatura Data Vinicius Bogéa Câmara Prismas do exílio: trajetória intelectual e modelagem do self em Anatol Rosenfeld e Otto Maria Carpeaux Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Sociologia. Aprovada em 10 de dezembro de 2011 Banca Examinadora: _______________________________________________________ Prof. Dr. Ricardo Benzaquen de Araújo (Orientador) Insitituto de Estudos Sociais e Políticos – UERJ _______________________________________________________ Prof. Dr. Cesar Guimarães Insitituto de Estudos Sociais e Políticos – UERJ _______________________________________________________ Profª. Drª. Fernanda Arêas Peixoto Universidade de São Paulo _______________________________________________________ Prof. Dr. Luiz Werneck Vianna Insitituto de Estudos Sociais e Políticos – UERJ _______________________________________________________ Profª. Drª. Maria Alice Rezende de Carvalho Pontifícia Universidade Católica DEDICATÓRIA a Maria da Penha, minha mãe ao meu orientador, Ricardo Benzaquen de Araújo e à memória de Otto e Anatol AGRADECIMENTOS Todo agradecimento parece provir do dom, como uma contraprestação da dádiva oferecida. Agradecer, assim, funcionaria como a laçada no fio que nos obriga ao passado, às pessoas que nos ajudaram em nossa formação, às instituições que nos têm abrigado. Nesse sentido, passo a registrar aqueles que, de alguma forma, contribuíram para esta tese pudesse ser escrita, um presente que se oferta e que se quer repassar. Em primeiro lugar, gostaria de agradecer à minha família. Maria da Penha, minha mãe, presença a um só tempo doce e forte, a mãe que buscarei ser quando, um dia, eu for pai; Eduardo, o pai que se foi mais cedo do que devia, e cuja imagem vez por outra me assalta como um bom fantasma. Mais que gratidão filial, o sentimento incontornável da comunhão mais fina. À Carmem Lúcia, a mãe do sinhozinho. Sem ela, nada feito. Aos irmãos Dimitri, Tiago e Gabi, que sempre estiveram ao meu lado. Espero retribuir com este trabalho o orgulho que sinto por cada um deles. À Daniela, espectadora ao meu lado, a mulher certa. Com ela, o apoio afetivo se transformou na segurança de que precisava para seguir adiante. Dani, um beijo segue junto à tese. Devo registrar um agradecimento especial ao Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ-UCAM), lugar em que pude estar nos últimos oito anos, do mestrado ao doutorado. Considero-me um felizardo por ter podido conviver num ambiente de rara integridade intelectual. Celeiro de alguns dos mais brilhantes intelectuais do país, lugar extremamente rico em sua diversidade de pensamento, o IUPERJ, tenho certeza, permanecerá fornecendo a mim e aos da minha geração o diapasão de nossa caminhada. Portanto, gostaria de agradecer a todos os seus professores e funcionários pela excelência com que mantiveram a legenda e a todos os meus colegas, pela coragem com que enfrentaram as horas mais incertas e pelo estimulante estado de debate permanente. À Universidade do Estado do Rio de Janeiro, devo agradecer duplamente. Em primeiro lugar, por ter sido o lugar em que me formei, quando as ciências sociais eram para mim apenas uma promessa; em seguida, por me abrigar novamente, agora, com a tese pronta. É inevitável não me sentir um pouco como na parábola do filho pródigo. É com satisfação que torno à velha casa - ainda mais quando acompanhado pelos professores e colegas que o IUPERJ até bem pouco tempo guardou. Assim, gostaria de agradecer à UERJ, nas pessoas de seu Magnífico Reitor, Ricardo Vieiralves, e da sub-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, Mônica Heilbron, pelo empenho em tornar realidade aquilo que o gênio do Exmo. Governador do Estado, Sérgio Cabral Filho, lhe inspirou. Ainda no âmbito institucional, gostaria de registrar minha gratidão ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), onde há seis anos tenho a honra de servir, por ter me concedido a licença sem a qual esta tese dificilmente teria sido escrita. Ao seu presidente, Jorge Ávila, e à sua Diretora de Marcas, Terezinha de Jesus Guimarães, meus sinceros agradecimentos. Algumas instituições foram peças fundamentais para que minha pesquisa sobre Carpeaux e Rosenfeld pudesse ser realizada. Agradeço à Fundação Casa de Rui Barbosa, em especial ao pessoal do Arquivo-Museu da Literatura Brasileira, pelo acesso ao material de Carpeaux; ao Instituto Martius-Staden, pelo acesso a alguns raros documentos sobre Rosenfeld; ao Programa de Estudos e Documentação Educação e Sociedade (PROEDES) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por me permitir consultar os arquivos da Faculdade Nacional de Filosofia, em cuja biblioteca Carpeaux trabalhou no início dos anos 1940; e, finalmente, ao Centro de Documentação da Resistência Austríaca ( Dokumentationsarchiv des österreichischen Widerstandes - DÖW ), pela gentileza em me franquear a consulta ao setor de cartas de seu arquivo em Viena, onde pude recuperar algumas correspondências que Carpeaux enviara assim que chegou ao Brasil. Para tornar esta tese uma realidade, várias pessoas foram necessárias, em diversos níveis. Assumindo o risco de ser injusto ao esquecer-me de alguém, agradeço nomeadamente: à Dona Marina Baird, viúva de Aurélio Buarque de Holanda, pelos preciosos depoimentos sobre Carpeaux e sua esposa; ao Prof. Luiz Costa Lima, não apenas pelos relatos de quem conviveu com o intelectual austríaco, como também pelas idéias que pudemos trocar sobre o que representa a figura intelectual de Carpeaux; à Prof.ª Nanci Fernandes e ao Prof. Jacó Guinsburg, pela inestimável ajuda em recompor a trajetória de Anatol e pela enorme gentileza em ter permitido ao autor acessar o arquivo do crítico alemão que os dois guardam de maneira tão zelosa. Por fim, meu muito obrigado à Prof.ª Izabela Maria Kestler, pelos importantes conselhos dados ainda na fase em que essa tese era apenas um projeto. O presente estudo quer também homenagear sua memória. Por fim, gostaria de registrar meus agradecimentos aos membros da banca. Aos professores Cesar Guimarães, Fernanda Arêas Peixoto, Luiz Werneck Vianna e Maria Alice Rezende de Carvalho, pela gentileza de terem aceitado avaliar o presente trabalho, cujo eventual mérito eu divido com outro membro da banca examinadora, a quem dirijo meus últimos agradecimentos. Ao meu orientador, Professor Ricardo Benzaquen de Araújo, seguem minhas mais efusivas expressões de gratidão. A orientação de que dispus, tanto no mestrado quanto no doutoramento, foi a oportunidade em que me certifiquei sobre o que representam a sofisticação de idéias e a honestidade intelectual. Mais do que me guiar por um caminho “certo”, creio que ele tenha me alertado sobre os caminhos mais interessantes . Suas aulas significaram para mim – e para muitos de meus colegas – o mais convincente argumento de que a sociologia não precisa ser tão dura quanto parece. Aliás, ainda me lembro de quando, um pouco mais aflito do que hoje, procurei-o para lhe falar sobre minha insegurança em relação ao projeto desta tese. Disse-lhe: “acho que isso não é sociologia, Ricardo”; incontinenti, ele apenas riu. Fiquei sem entender. Semanas depois, com o texto já burilado após a defesa, ele me encontra e pergunta, irônico: “e agora, tá com cara de sociologia?” Todo intelectual na emigração, sem exceção alguma, está prejudicado. Theodor W. Adorno [...] o impulso de sentir-se em casa em toda parte. Novalis Pour sauver l’équilibre de sa personnalité, chacun doit élaborer, consciemment, mais aussi inconsciemment, une stratégie personnelle, psychologique et intellectuelle, pour parvenir à la reconstruction d’une identité. Jacques le Rider, sobre os vienenses do fin-de-siècle RESUMO CÂMARA, Vinicius Bogéa. Prismas do exílio: trajetória intelectual e modelagem do self em Anatol Rosenfeld e Otto Maria Carpeaux . 270 f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Insitituto de Estudos Sociais e Políticos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2010. Esta tese tem por objetivo investigar as trajetórias intelectuais de Anatol Rosenfeld e Otto Maria Carpeaux. Exilados no Brasil durante a década de
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