gramatical oposto ao masculino (Latim: feminae). Feminino (adj.): relativo às mulheres; diz-se do género Capa l Mafalda Matias e Sandra Leandro

Figura l Jorge Barradas, s./ tít., c. 1927. Col. particular a afirmaçãodaidentidadeecidadaniadasmulheres. de ficarem na memória porque concorreram, à sua maneira, para Foram cidadãs, mas acima de tudo foram pessoas. Todas dignas fizeram. como e fizeram que o tudo por homenagem uma de do res. Por isso, conhecê-las nas suas vidas vividas adquire conhecem-se o senti- imprevisíveis, mulhe- tantas e tantas dinâmicas de vida à sentido deram que iniciativas de conta dá-se das, desvendam ignora- ou esquecidas se figuras relevam-se inesperadas, onde facetas diversificada, e inclusiva plural, aberta, Brasil, do e de académicos, centros e saber do áreas profissões, diversas de provenientes autores e autoras de dezenas muitas Contando com mais de um milhar de entradas e a colaboração de Feminae é uma obra uma é Contemporâneo Dicionário – Zília

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Feminae Dicionário Contemporâneo Podem ser reproduzidos pequenos excertos desta publicação, sem necessidade de autorização, desde que se indique a respetiva fonte. Os conteúdos apresentados não exprimem necessariamente a opinião da Comissão para a Cida- dania e a Igualdade de Género.

Título Feminae Dicionário Contemporâneo

Direção João Esteves e Zília Osório de Castro

Coordenação Ilda Soares de Abreu e Maria Emília Stone

Preparação da edição Divisão de Documentação e Informação

1.a edição dezembro, 2013

COMISSÃO PARA A CIDADANIA E A IGUALDADE DE GÉNERO www.cig.gov.pt Avenida da República, 32, 1.o, 1050-193 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 217 983 000 Fax: (+351) 217 983 098 E-mail: [email protected] Delegação do Norte: Rua Ferreira Borges, 69, 2.o C, 4050-253 – Portugal Tel.: (+351) 222 074 370 Fax: (+ 351) 222 074 398 E-mail: [email protected]

Aplicação do acordo ortográfico, pré-impressão, impressão e acabamento Editorial do Ministério da Educação e Ciência

Tiragem 1000 exemplares

Depósito legal 368 238/13

ISBN 978-972-597-372-1 (impresso) 978-972-597-373-8 (pdf) João Esteves e Zília Osório de Castro (direção)

Ilda Soares de Abreu e Maria Emília Stone (coordenação)

Feminae Dicionário Contemporâneo

Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género 2013 123 AUG nando Peixoto, “O Século XX em Portugal”, História do foi em digressão pelas províncias com Gaiato Teatro Europeu, Lisboa, Edições Sílabo, 2006, pp. 346 e de Lisboa, comédia em 2 atos de Bayard, tra- ss.; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol. VII, Lisboa/, Editorial Enciclopédia, p. 665; Gus- dução de João Baptista Ferreira, e outras peças. tavo de Matos Sequeira, O Carmo e a Trindade, Vol. II, No Teatro da Trindade, fez benefício com O Ho- Lisboa, Publicações Culturais da Câmara Municipal de mem da Bomba (1888), vaudeville em 3 atos, tra- Lisboa, 1967, pp. 404 e 415; J. M. Teixeira de Carvalho, dução de Gervásio Lobato e Mendonça e Cos- Teatro e Artistas, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1925, pp. 67 e 214; J. Rodrigues Laranjeira, Mundo Tea- ta, música de Freitas Gazul, e entrou na revis- tral, Lisboa, 14/04/1923, p. 2; Joaquim Madureira (Braz ta Na Lua (1892), de Ludgero Viana. Burity), Impressões de Teatro, Lisboa, Ferreira & Oliveira, Bib.: António Pinheiro, Ossos do Ofício, Lisboa, Livra- Lda. Editores, 1905, p. 454; Luiz Francisco Rebello (dir.), ria Bordalo Editora, 1912, p. 20; António Sousa Bastos, Dicionário do Teatro Português, Lisboa, Prelo Editora, Dicionário do Teatro Português, Lisboa, Imprensa Libânio 1978, pp. 195-196; Mercedes Blasco, Memórias de uma da Silva, 1908, p. 290; O Século, 25/03/1888, p. 2. actriz, Lisboa, Ed. Viúva Tavares Cardoso, 1907, p. 124; [I. S. A.] Correio da Manhã, 20/01/1895; Gazeta Musical de Lis- boa, 3.a série, n.o 144, 16/07/1896, p. 3; A Scena, Lisboa, n.o 50, 17/04/1898; O Ocidente, Lisboa, 10/12/1912, p. Augusta Freire 272; O Teatro, Lisboa, n.o 4, março, 1918, p. 58; “Teatros Atriz. Fez carreira no Teatro Apolo. Notabilizou- – Foi neste dia...”, O Século, 06/01/1956, p. 7. se nos papéis de “Sol”, na revista Peço a Pala- [I. S. A.] vra (1911), de João Bastos e Álvaro Cabral, mú- sica de Tomás Del Negro e Alves Coelho; “Es- Augusta das Dores Ornelas perança”, em O Chico das Pegas (1912), opere- Mestra de costura, corte e bordados, desde a inau- ta de Eduardo Schwalbach, música de Filipe guração da oficina de lavores femininos da Es- Duarte; “Maria Ladina” em alternância com Je- cola Industrial António Augusto Aguiar, no Fun- suína Saraiva*, em A Feira do Diabo (1912), sá- chal. Augusta das Dores Ornelas foi proposta para tira em 1 ato, prólogo e 3 quadros de Eduardo o cargo em julho de 1893, por Luciano Cordei- Schwalbach; e entrou em O Pobre de Valbuena ro, inspetor das escolas industriais da circuns- crição do Sul, e a sua nomeação foi autorizada (1912), farsa lírica em 1 ato e 3 quadros de Car- em 1 de dezembro do mesmo ano, tendo-lhe sido los Arronches e Enrique Garcia Alvarez, tradu- atribuído um vencimento de 20$000 réis men- ção de Acácio Antunes, música de Valverde, fi- sais por acumular o ensino de costura e corte com lho, e Torregrosa. Mereceu figurar na galeria de o de bordados. Na sequência do Decreto de retratos de atores da companhia do empresário 14/12/1897, que reorganizou o ensino nas escolas Eduardo Schwalbach, no Teatro Apolo. industriais e de desenho industrial, passou a au- Bib.: Ilustração Portuguesa, Lisboa, Vol. II, 1911, p. 280; ferir, como mestra e em conformidade com a ta- O Palco, Lisboa, n.o 1, 08/01/1912, p. 6, e n.o 5, bela anexa ao referido decreto, um vencimento 05/03/1912, p. 71. [I. S. A.] de 300$000 réis anuais. Ainda exercia à data da implantação da República. Augusta Martins Fontes manuscritas: Arquivo Histórico do Ministério das Atriz. Era filha de Pedro Echavenio Martinez, na- Obras Públicas, Fundo do Ministério das Obras Públi- tural de Valladolid, província de Castela-a- cas, Comércio e Indústria, Inspeção das Escolas Indus- triais e de Desenho Industrial na Circunscrição do Sul, Velha, e de Dolores Rey, natural de Santiago de Copiadores de correspondência expedida (1891-1892; Compostela, que vieram para Portugal numa 1893; 1894). Fontes impressas: Decreto de 14/12/1897, companhia de saltimbancos que percorreu o país Diário do Governo, n.o 283, 15 de dezembro de 1897; e por aqui ficaram. Quando o pai abandonou a Anuário Comercial de Portugal, Ilhas e Ultramar (1896- família, deixando, sem recursos, Augusta, uma 1911), Lisboa, 1895-1910. Bib.: Teresa Pinto, “Ensino industrial feminino oito- irmã de nome Maria da Conceição Echavenio centista”, Dicionário no Feminino (séculos XIX-XX), Lis- Martinez, que viria a ser a notável atriz conhe- boa, Livros Horizonte, 2005, pp. 311-315; Idem, A for- cida por Palmira Bastos*, e um irmão, a mãe em- mação profissional das mulheres no ensino industrial pregou-se numa casa de costura e, à noite, tra- público (1884-1910). Realidades e representações, Dis- sertação de Doutoramento, Lisboa, Universidade Aber- balhava como corista nos Teatros da Trindade e ta, 2008. da Rua dos Condes, onde era conhecida por “Mu- [T. P.] chacha”. Incentivada pela mãe, Augusta in- gressou na carreira artística, de que pouco se sabe. Augusta de Melo Há notícia de ter representado os papéis de “Ma- Atriz. Em 1886, estava no Teatro do Ginásio e ria”, em O Padrinho (1898), comédia em 1 ato COLABORADORES 18

[P.P.] Palmira Parente. Licenciada em História tegrado do Instituto de História da Arte da UNL, pela Faculdade de Letras da Universidade de é colaboradora de Faces de Eva desde o ano 2000. Coimbra, em 1980, exerceu funções de docên- cia na Escola Secundária de Montemor-o- [S. M.] Susana Martins. Mestre e doutoranda em -Velho, é membro da Cooperativa Cultural Tea- História Contemporânea pela Faculdade de tro dos Castelos, da mesma vila, lecionando Ciências Sociais e Humanas da Universidade atualmente na Escola Secundária Infanta D. Ma- Nova de Lisboa (FCSH/UNL). Investigadora In- ria, em Coimbra. tegrada do Instituto de História Contemporânea – UNL. Professora da Escola Superior de Edu- [P. S-L.] Pedro Sena-Lino (n. 1977). Doutoran- cação de Lisboa. Ex-colaboradora do Museu da do em Literatura Feminina do Século XVII, com Presidência da República. uma tese sobre Feliciana de Milão, investigador do projeto “Portuguese Women Writers”. Edi- [S. P.] Susana Pinheiro. Licenciada em Histó- tou criticamente a poesia de Natércia Freire. Poe- ria e licenciada em Arqueologia pela Universi- ta e romancista, professor e autor de manuais dade de Lisboa. Mestre em História da Arte pela de escrita criativa. FCSH da Universidade Nova de Lisboa e dou- toranda na mesma Universidade, tendo con- [R. A. A. T.] Rui André Alves Trindade. Dou- cluído o Curso de Doutoramento. Investigado- torado em História da Arte Medieval pela ra, escritora e professora do Ensino Secundário. FCSH da Universidade Nova de Lisboa. A sua atividade como investigador tem sido pautada [T. A.] Teresa Alvarez. Maria Teresa Alvarez Nu- por diversas conferências proferidas em con- nes é licenciada em História e Mestre em Co- gressos e instituições universitárias e pela pu- municação Educacional Multimédia, tendo blicação de vários artigos científicos. defendido tese sobre as representações de gé- nero em materiais pedagógicos de História. In- [R. G.] Rita Garnel. Doutorada em História Con- vestigadora do CEMRI, da Universidade Aber- temporânea pela Universidade de Coimbra. ta, do Grupo de Investigação em Estudos sobre Membro do CESNOVA – Centro de Estudos de as Mulheres, Sociedades e Culturas. Autora da Sociologia da Universidade Nova de Lisboa. Au- obra Género e Cidadania nas Imagens de His- tora de mais de uma dezena de artigos disper- tória (CIDM, 2004) e de diversos artigos sobre sos por revistas de História, Direito e Filosofia, a problemática do género em educação. Coor- tem em curso uma investigação sobre políticas denou o projeto de produção dos guiões de de saúde pública no período da I República. educação Género e Cidadania, editados pela CIG entre 2010 e 2012, destinados ao Pré-escolar e [R. S.] Rui Santos. ao Ensino Básico. [S. A. T. S.] Sónia Armanda Teles e Silva. Nas- [T. P.] Teresa Pinto. Doutorada e Mestre em Es- ceu a 24 de abril de 1963, no Porto. Filha de Ma- tudos sobre as Mulheres (UAb), licenciada em ria Armanda Gonçalves Teles e de Hernâni Al- História (FL-UL) com uma pós-graduação em fredo Ramalho e Silva. Licenciada em Arquite- Economia e Sociologia Históricas (FCSH-UNL). tura pela Faculdade de Arquitetura da Univer- Investigadora do CEMRI-UAb e colaboradora no sidade do Porto, em 1988. Colabora, em regime Mestrado em Estudos sobre as Mulheres da UAb. de coautoria e de uma forma permanente, com Investiga sobre trabalho, educação e relações so- os arquitetos Sérgio Secca, João Paulo Fernan- ciais entre mulheres e homens numa perspeti- des e Gustavo Miguel Rebolho. Em dezembro de va histórica, tendo vasta obra publicada. Pro- 2002 constitui a sociedade SJGS Arquitectos Lda. fessora do Ensino Secundário e formadora de do- [S. C. S.] Sandra Costa Saldanha. Diretora do centes. Presidente da APEM, dirige a revista Secretariado Nacional para os Bens Culturais da científica ex aequo. Igreja. Doutorada em História da Arte pela Fa- [V. D.] Virgínia Dias. Licenciada em Línguas e culdade de Letras da Universidade de Coimbra. Literaturas Modernas, variante de Estudos Por- [S. L.] Sandra Leandro. Doutorada e Mestre em tugueses e Ingleses. Mestre em Estudos Anglo- História da Arte Contemporânea pela Univer- -Portugueses. Professora na Escola do Ensino Bá- sidade Nova de Lisboa. Professora Auxiliar na sico dos 2.o e3.o Ciclos Maria Veleda. Investi- Universidade de Évora, é, atualmente, diretora- gadora de Faces de Eva. Centro de Estudos so- -adjunta da Escola de Artes da UÉ. Membro in- bre a Mulher.