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R Pope, Nicholas (2020) Brokering an Urban Frontier: Milícias, Violence, and Rio de Janeiro’s West Zone. PhD thesis. SOAS, University of London. http://eprints.soas.ac.uk/34168 Copyright © and Moral Rights for this thesis are retained by the author and/or other copyright owners. A copy can be downloaded for personal non-commercial research or study, without prior permission or charge. This thesis cannot be reproduced or quoted extensively from without first obtaining permission in writing from the copyright holder/s. The content must not be changed in any way or sold commercially in any format or medium without the formal permission of the copyright holders. When referring to this thesis, full bibliographic details including the author, title, awarding institution and date of the thesis must be given e.g. AUTHOR (year of submission) "Full thesis title", name of the School or Department, PhD Thesis, pagination. Brokering an Urban Frontier: Milícias, Violence, and Rio de Janeiro’s West Zone Nicholas Pope Thesis submitted for the Degree of Doctor of Philosophy December 2019 Department of Development Studies SOAS, University of London Abstract This thesis examines the emergence and sustainment of milícias (militias) in the 1990s in the West Zone ‘margins’ of the city of Rio de Janeiro. It considers the rise of milícias as they coincide with urbanisation, economic liberalisation, democratisation, decentralisation and the rise of violent drug trafficking organisations. This thesis sets out to answer the following overarching research question: ‘How and why did milícias emerge in Rio de Janeiro’s West Zone since the 1990s and how and why were they sustained? What is their relationship to the management of (dis)order?’ The analytical approach developed to answer this question draws on an historically situated political settlements framework to understand milícias as power relations within coalition formations and as facilitators of rent extraction and distribution. The framework introduces urban and political geography literatures on frontiers to advance a thesis that milícias in Rio de Janeiro are coercive brokers that mediate urban frontier zones. This study draws on ethnographic fieldnotes from direct and participant observation, in-depth interviews and oral histories, and extensive archival research of parliamentary documents. It argues that milícias emerged to provide temporary ‘solutions’ to address the violent inequalities, structural insecurities, and the threats and insecurities posed by drug trafficking organisations in the urban frontiers. They emerged through ‘bottom-up’ processes but were also seen as convenient to political and economic elites in the central state who were unable (or unwilling) to provide formal security in the West Zone. However, this thesis makes the case that there was a trade-off for the central state as paramilitaries, as accrued power in the urban frontier, they also attempted to reshape state institutions. Because of their roots in local communities, this thesis also recognises the dependency of milícias on legitimacy, ideas, beliefs and norms, and the power imbued in community relations. This study contributes to the literatures on milícias by accounting for their role as co-producers of (dis)order in the urban margins, the literature on political settlements by intertwining questions of violence and conflict with spatiality, and finally the Latin American literatures on local political order and governance by advancing a conceptualisation of armed groups straddling state and society and challenging conventional state/-non-state binaries. Brokering an Urban Frontier 3 Resumo Esta tese examina o aparecimento e estabelecimento das “milícias” nas periferias da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro nos anos 90. Contemporâneo ao crescimento das “milícias”, como grupos paraestatais, considera-se a urbanização, a liberalização econômica, a democratização, a descentralização e o surgimento de organizações violentas de narcotráfico. A tese pretende responder á duas abrangentes questões de pesquisa: “Como e por que as milícias surgiram e se estabeleceram na Zona Oeste do Rio de Janeiro e qual é a sua relação com a gestão de (des)ordem?”. A abordagem analítica utilizada para responder a essa pergunta ancora-se no conceito de economia política de political settlements que, contextualizado historicamente, entende as forças paraestatais como relações de poder dentro das formações de coalizão, bem como facilitadores de extração e distribuição de rents. A partir de marcações teóricas provindas da geografia urbana e da questão de fronteira da geografia política, avança- se na tese o argumento de que os grupos paramilitares no Rio de Janeiro são intermediários coercitivos que mediam as zonas de fronteira urbana. O estudo utiliza notas etnográficas de trabalho de campo feito com observação direta e participante, entrevistas em profundidade, histórias orais e extensa pesquisa em acervos de documentos parlamentares. Argumenta-se que as “milícias” aparecem para oferecer “soluções” temporárias e combater as violentas desigualdades, as inseguranças estruturais e as ameaças impostas por organizações de narcotráfico nas fronteiras urbanas. Apesar de surgirem por processos bottom-up (de baixo para cima), essas forças foram convenientes para as elites políticas e econômicas do estado central, que não podiam (ou não queriam) fornecer segurança estatal na Zona Oeste. No entanto, esta tese defende que houve um trade-off (perde-e-ganha) para o estado central, pois os grupos paraestatais, na medida em que acumularam poder nas fronteiras urbanas, tentaram remodelar as instituições do estado. Por causa de suas raízes nas comunidades locais, esta tese também reconhece que esses grupos dependem de legitimação, ideias e normas, e que os poderes perpassam as relações comunitárias. Este estudo pretende contribuir assim para a ampliação da literatura sobre as “milícias”, explicando seu papel como coprodutores da (des)ordem nas margens urbanas, contribuindo também para a literatura sobre political settlements entrelaçando questões de violência e conflito com espaço relacional e, para as literaturas latino- americanas sobre a ordem política local e governança, promovendo assim uma conceptualização de grupos armados abrangendo o estado e a sociedade e desafiando os binários convencionais de estado/não-estado. Nicholas Pope 4 Resumen Esta tesis examina la emergencia y consolidación de las “milícias” (milicias), en las periferias de la Zona Oeste de la ciudad de Río de Janeiro en los años 90. Junto al crecimiento de estas “milícias” como grupos paraestatales, se considera la urbanización, la liberalización económica, la democratización, la descentralización y el surgimiento de organizaciones violentas de narcotráfico. La tesis pretende dar respuesta a una pregunta de investigación muy amplia: "¿Cómo y por qué surgieron las milícias en la Zona Oeste de Río de Janeiro en la década de 1990 y cómo y por qué se establecieron? ¿Cuál es su relación con la gestión de (des)orden?". El enfoque de análisis utilizado para responder esta pregunta está anclado en el concepto de economía política de political settlements que, históricamente contextualizado, entiende las fuerzas paraestatales como relaciones de poder dentro de las formaciones de coaliciones, así como facilitadores de la extracción y distribución de rentas. Partiendo de marcos teóricos originados en la geografía urbana y la geografía política, esta investigación postula que los grupos paramilitares en Río de Janeiro actúan como intermediarios coercitivos (coercive brokers) que median en las zonas fronterizas urbanas. La investigación también utiliza notas etnográficas del trabajo de campo realizado a través de observación directa y participante, entrevistas en profundidad, historias orales y una extensa investigación de archivo con documentos parlamentarios. Se argumenta que las “milícias” parecen ofrecer “soluciones” temporales y combatir desigualdades violentas, inseguridades estructurales y amenazas que plantean las organizaciones de narcotráfico en las fronteras urbanas. A pesar de surgir de procesos bottom up (procesos de organización de base popular), estas fuerzas resultaron convenientes para las élites políticas y económicas del estado central, que no podía (o no quería) brindar seguridad estatal en la Zona Oeste. Sin embargo, esta tesis sostiene que esto implicó una pérdida también para el estado central, ya que los grupos paraestatales, en la medida en que acumularon poder en las fronteras urbanas, intentaron remodelar las instituciones estatales. Debido a sus raíces en las comunidades locales, esta tesis también reconoce que estos grupos dependen de la legitimidad, las ideas y las normas de la población, y que los poderes impregnan las relaciones comunitarias. Este estudio tiene como objetivo contribuir a distintas literaturas que analizan estos fenómenos. En primer lugar, contribuye a la literatura sobre “milícias” al explicar su papel como coproductores del (des)orden en los márgenes urbanos. En segundo lugar, a la literatura sobre political settlements que entrelazan temas de violencia y conflicto con el espacio relacional y, finalmente, para las literaturas Latinoamericanas sobre el orden político local y la gobernanza, promoviendo una Brokering an Urban Frontier 5 conceptualización de los grupos armados que abarcan el estado y la sociedad y desafiando las visiones dicotómicas convencionales de estado y no estado. Nicholas Pope 6 Marielle Franco (27 July 1979 – 14 March