Navios, Marinheiros E Arte De Navegar
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HISTÓRIA ࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔ ࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔ DA MARINHA PORTUGUESA HISTÓRIA DA MARINHA PORTUGUESA NAVIOS, MARINHEIROS MARINHEIROS NAVIOS, E ARTE DE NAVEGAR E ARTE 1500-1668 NAVIOS, MARINHEIROS E ARTE DE NAVEGAR 1500-1668 ࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔ ࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔ ࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔ ࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔ Coordenador FRANCISCO CONTENTE DOMINGUES ACADEMIA DE MARINHA ACADEMIA LISBOA 2012 DE MARINHA LISBOA 2012 ࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔ ࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔࿔ HISTÓRIA DA MARINHA PORTUGUESA NAVIOS, MARINHEIROS E ARTE DE NAVEGAR 1500-1668 Coordenador Francisco Contente Domingues Autores Filipe Vieira de Castro Francisco Contente Domingues José Manuel Malhão Pereira José V. Pissarra Nuno Martins Ferreira Rui Landeiro Godinho ACADEMIA DE MARINHA 2012 Ficha Técnica Título: Navios, Marinheiros e Arte de Navegar, 1500-1668 Coordenador: Francisco Contente Domingues Autores: Filipe Vieira de Castro, Francisco Contente Domingues, José Manuel Malhão Pereira, José V. Pissarra, Nuno Martins Ferreira, Rui Landeiro Godinho Fotografias: cedidas pelo Arquivo Central da Marinha e Arquivo Histórico-Militar Editor: Academia de Marinha, Lisboa Execução gráfica: ACD | António Coelho Dias, S.A. Tiragem: 400 exemplares Data de edição: Dezembro 2012 ISBN: 978-972-781-114-4 Depósito legal: 338447/12 Conselho Académico Triénio 2010-2012 Presidente Almirante Nuno Gonçalo Vieira Matias Vice-presidentes Prof. Doutor Francisco Contente Domingues (História Marítima) Prof. Doutora Raquel Soeiro de Brito (Artes, Letras e Ciências) Secretário-geral Cte. Adriano Beça Gil Secretários Dr. João Abel da Fonseca (HM) Cte. José Manuel Malhão Pereira (ALC) Comissão Científica da História da Marinha Portuguesa Presidente Prof. Doutor Francisco Contente Domingues Vogais Prof. Doutor Adolfo da Silveira Martins Dr. Inácio José Guerreiro Cte. José António Rodrigues Pereira Cte. Luís Jorge Semedo de Matos Cor. Nuno Valdez dos Santos Doutor Vítor Gaspar Rodrigues Índice Prefácio ............................................................................................................... 7 Introdução ........................................................................................................ 11 Siglas e Abreviaturas .......................................................................................... 13 Parte I – NAVIOS Cap. I Os navios dos séculos XVI e XVII: linhas gerais de evolução; unidades de medida e arqueio ........................................................................... 17 Cap. II Navios de vela ................................................................................................... 47 Cap. III Navios de remo ................................................................................................. 71 Cap. IV Embarcações auxiliares .................................................................................... 111 Cap. V Navios orientais ............................................................................................... 125 Cap. VI Armamento naval ............................................................................................ 137 Cap.VII Teoria portuguesa de arquitectura naval ........................................................... 179 Parte II – MARINHEIROS E HOMENS DO MAR Cap. I Homens do mar: categorias, funções e formas de organização .......................... 223 Cap. II Vivência no mar: a vida a bordo ...................................................................... 257 Parte III – ARTE DE NAVEGAR Cap. I Métodos e Instrumentos de Navegação ............................................................ 297 Cap. II A Roteirística Portuguesa, 1500-1668 .............................................................. 441 Cap. III Cartografia náutica .......................................................................................... 499 Cap. IV Pilotos e Cosmógrafos: o ensino da náutica ..................................................... 525 Fontes e Bibliografia ........................................................................................ 551 Índice Antroponímico ..................................................................................... 601 Índice Toponímico .......................................................................................... 619 Índice Temático .............................................................................................. 625 Índice de Figuras e Estampas ........................................................................... 631 5 Prefácio A história marítima do nosso País, pela enorme riqueza, grande extensão e profunda complexidade que a caracterizam, necessita, para a sua investigação e divul- gação, do concurso de dedicados e competentes especialistas. Sem eles, perdurariam os vazios e as omissões, quando não os lapsos e as incertezas desnecessárias. É uma história que se sobrepõe à da Marinha de Guerra Portuguesa e, por isso, não se estra- nha que seja dos seus oficiais e de outros interessados e estudiosos uma antiga aspira- ção a de se poder contar com uma bem estruturada e rigorosa História da Marinha que constitua “ uma base de estudo e investigação frutuosa, donde se possam derivar e divulgar textos da História Marítima Portuguesa e assim contribuir para a cultura marítima do País”. Este anseio foi claramente expresso no projecto de elaboração da obra que lhe desse resposta, aprovado pela Assembleia dos Académicos da Academia de Marinha, em 5 de Julho de 1994. Tal projecto foi transformado num rigoroso planeamento pelo Senhor Comandante Saturnino Monteiro, nessa data Presidente da Comissão Científica da Academia de Marinha. De acordo com ele, a obra foi estruturada em cinco áreas temáticas a considerar em diversas épocas. Por isso, todos os volumes se inscrevem, num dado intervalo de tempo, nos temas, “Navios, Marinheiros e Arte de Navegar”, “Portos e Comércio Marítimo”, “Homens Doutrinas e Organização”, “Viagens e Operações Navais” e “Carreira da Índia”. Como facilmente se compreenderá, trata-se de um trabalho de grande dimen- são e de enorme exigência científica. Dela foram publicados seis volumes e agora, em simultâneo, aparecem os dois seguintes, demonstrando que, apesar do tempo já decorrido, a Academia de Marinha não desistiu do projecto. A sua prova de vida está neste riquíssimo volume “Navios, Marinheiros e Arte de Navegar – 1500-1658” e também no seu valioso “irmão gémeo” sobre o mesmo tema, mas referido ao período seguinte, de 1669 a 1823, ambos a serem lançados no mesmo dia. O volume aqui presente foi da responsabilidade coordenadora e também da autoria parcial do muito credenciado historiador e Vice- Presidente da Academia de Marinha, Professor Doutor Francisco Contente Domingues. Os outros autores for- mam uma riquíssima simbiose de historiadores marinheiros, onde o conhecimento académico e a experiência prática de mar se unem e completam, como é timbre da Academia de Marinha, fazendo jus às ideias que estiveram na sua génese. Esses mari- nheiros historiadores, também responsáveis por este excelente resultado e igualmente 7 merecedores de elogios, são Filipe Vieira de Castro, José Manuel Malhão Pereira, José V. Pissara, Nuno Martins Ferreira e Rui Landeiro Godinho. A obra produzida diz respeito à verdadeira época de ouro das navegações portu- guesas, realizadas com muito saber, acumulado por metódica investigação contínua, sob lideranças de elevada qualidade. O prestígio granjeado para sempre pelos nossos antepassados envolvidos nesta gesta, ainda contemporaneamente é relembrado com expressões de admiração, como, por exemplo, a do Prof. Daniel Boorstin quando se refere aos Portugueses como “os inventores da descoberta organizada”. É, de facto, de uma parte da fase mais produtiva da descoberta organizada, imediatamente a seguir à abertura da rota da Índia, que os textos deste volume tratam e fazem-no cobrindo as três áreas que o título indica, com rigor e com a profundidade compatível com os propósitos da obra. Começa por abordar a vasta evolução das plataformas usadas, os navios e as embarcações auxiliares, consequência do grande conjunto de influências recebidas, mas também em resultado da experiência própria. É uma época em que a construção naval começa a deixar a fase meramente empírica para entrar no rigor conferido pela orientação mais técnica, onde a sistematização dos resultados da experiência, bem como a aritmética e a geometria começam a ter o seu lugar de relevo, como o demons- tram, nomeadamente, as obras “Livro da Fábrica das Naus”, do Padre Fernando de Oliveira, “Livro Primeiro de Arquitectura Naval”, de João Baptista Lavenha e “Livro de Traças de Carpintaria” de Manoel Fernandez. À qualidade dos navios, os melhores da sua época, alia-se o valor do seu armamento, suportado por tecnologia metalúr- gica evoluída e também por conhecimentos de balística interna e externa capazes de conferirem supremacia militar às nossas plataformas navais. Certamente que o fabrico das armas e da pólvora negra de diferentes granulometrias e composições quantitativas, bem como as respectivas técnicas de utilização, contribuíram para a hegemonia portuguesa nos oceanos. Contudo, mais importantes do que o material disponibilizado eram os homens que o utilizavam. E aqui encontramos enormes factores positivos baseados na forma- ção, avaliação e liderança dos marinheiros, mas também a fragilidade decorrente de uma demografia insuficiente para o esforço em desenvolvimento. Foi clara, ao longo dos tempos, a desproporção entre as gigantescas exigências