A Batalha Pela Memória: Os Militares E O Golpe De 1964

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A Batalha Pela Memória: Os Militares E O Golpe De 1964 Universidade Federal de São Carlos Centro de Educação e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Departamento de Ciências Sociais A Batalha pela Memória: Os Militares e o Golpe de 1964 Aline Prado Atassio Orientador: Prof. Dr. Marco Antonio Villa Dissertação apresentada ao PPGCSo - DCSo da UFSCar para obtenção do título de mestre. São Carlos, 2007 Aline Prado Atassio A Batalha pela Memória: Os Militares e o Golpe de 1964 Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos para obtenção do título de mestre. 2 Ficha catalográfica elaborada pelo DePT da Biblioteca Comunitária da UFSCar Atassio, Aline Prado. A862bp A batalha pela memória : os militares e o golpe de 1964 / Aline Prado Atassio. -- São Carlos : UFSCar, 2009. 184 f. Dissertação (Mestrado) -- Universidade Federal de São Carlos, 2007. 1. Organização militar (Forças armadas). 2. Militares. 3. Brasil - história - revolução, 1964. 4. Memória. I. Título. CDD: 322.5 (20a) BANCA EXAMINADORA DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE Prof. Dr. Marco Antonio Villa Orientador e Presidente Universidade Federal de São CarlosIUFSCar Prof. Dr. Piero de Camargo Leirner Universidade Federal de São CarloslUFSCar Prof. Dr. Celso Corrêa Pinto de Castro Fundação Getúlio Vargas (FGV) Dedico ao meu avô Bernardo Prado (in memorian) 3 Agradecimentos: Muitas são as pessoas que contribuíram de alguma forma para que eu realizasse esse trabalho. Algumas estiveram presentes desde o principio, quando este projeto não passava de vaga idéia, outras vieram contribuir quando eu já escrevia a dissertação. Entretanto, todas desempenharam papel fundamental. Primeiramente agradeço meus pais, Lucia e Carlos e ao meu irmão Marcel, sem os quais esta empreitada seria impraticável. Carinho, compreensão, amor e muita paciência.... impossível definir tudo o que fizeram e me deram a fim de tornar minha jornada menos árdua. Dizer obrigada aos amigos é muito pouco; não existem palavras para expressar o quão grata e feliz sou pela contribuição: Alexandre (Delega), Amanda, Dani (Farah e Petrilli), Erika, Moacir, Nádia, tio Nelson, Netto, Reinaldo e Victor Hugo contribuíram de forma direta, seja dando suporte emocional – imprescindível, ou ainda desprendendo tempo para ler e sugerir alterações no trabalho. Sou grata ao meu orientador, Marco Antonio Villa, não apenas pela orientação formal - sempre solícito respondendo imediatamente meus e-mails e emprestando livros que de outra forma seriam inacessíveis, mas especialmente pelo estímulo e paciência; à banca agradeço a presença e também a contribuição em minha formação nas Ciências Sociais, onde Piero Leirner foi figura presente, pois meu professor desde o 1º ano de graduação, e Celso Castro, pelas obras que tanto influenciaram meus estudos. Ao PPGCSo agradeço por me acolher e permitir que um sonho se realizasse; a Larissa Granato agradeço pela correção gramatical. Por fim agradeço à Fapesp pelo apoio que possibilitou minha integral dedicação ao trabalho. São Carlos, fevereiro de 2007 4 “São conhecidas as artimanhas da memória. Imersa no presente, preocupada com o futuro, quando suscitada, a memória é sempre seletiva. Provocada, revela, mas também silencia. Não raro, é arbitrária, oculta evidências relevantes, e se compraz em alterar e modificar acontecimentos e fatos cruciais. Acuada, dissimula, manhosa, ou engana, traiçoeira. Não se trata de afirmar que há memórias autênticas ou mentirosas. Às vezes, é certo, é possível flagrar um propósito consciente de falsificar o passado, mas mesmo neste caso, o exercício não perde o valor porque a falsificação pode oferecer interessantes pistas de compreensão do narrador, de sua trajetória e do objeto recordado. Por outro lado, e mais freqüente, embora querendo ser sincera, a memória, de modo solerte, ou inconsciente, desliza, se faz e se refaz em virtude de novas interpelações, ou inquietações e vivências, novos achados e ângulos de abordagem”1 1 Reis, Daniel Aarão. Ditadura e Sociedade: As Reconstruções da Memória. In: 1964-2004. 40 anos do golpe. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2004, p.119. 5 Resumo Esta dissertação busca realizar uma análise da memória dos militares sobre o golpe de 1964, tendo como objeto a publicação editada pela Biblioteca do Exército Editora, em 2003, Coleção História Oral do Exército. 1964: 31 de Março – O Movimento Revolucionário e sua História. A relevância deste trabalho está no fato de conferir oportunidade aos vencidos na batalha pela memória de expor as motivações e os desejos que os levaram a participar do golpe militar. Através desta análise, concluímos que os militares, enquanto grupo social, procuraram, através das entrevistas, legitimar a intervenção da qual fizeram parte, além de garantir o lugar da memória institucional sobre o evento, em resposta às versões predominantes na literatura sobre o tema. 6 Sumário: Introdução................................................................................................................... 8 A Coleção História Oral do Exército – 1964: 31 de março – O Movimento Revolucionário e sua História...........................................................................11 A literatura........................................................................................................14 Metodologia: História Oral e Estudos da Memória..........................................17 Capítulo I Participação do Exército na Política Nacional: A Construção do Imaginário Militar..............................................................................................................................22 Ia-Guerra do Paraguai, Abolição e República......................................................23 Ib-Novos atores, novos cenários, novas reivindicações.......................................33 Capítulo II Memórias Sobre os Antecedentes do Golpe: O Governo João Goulart.....................47 Capítulo III Os Militares Avançam: O Golpe de 1964 ........................................................................89 IIIa - Apoio ao Golpe: EUA, Classe Média, Igreja e Mídia....................................120 Capítulo IV Olhares sobre o tempo: Avaliações Castrenses Sobre o Período Militar.................... 133 IVa- Governo Castello Branco......................................................................................135 IVb- Governo Costa e Silva..........................................................................................140 IVc- Governo Médici....................................................................................................146 IVd- Governo Geisel.....................................................................................................150 IVe-Governo Figueiredo...............................................................................................154 IVf- As Arbitrariedades do Período Militar: Memórias sobre a Repressão.................158 Conclusão.....................................................................................................................170 Bibliografia..................................................................................................................180 7 Introdução “A história não é um simples quadro de acontecimentos; é mais, é o verbo feito livro”. Machado de Assis Esta dissertação é produto de uma inquietação que surgiu com a leitura de memórias militares para um trabalho anterior, onde pude notar que os militares procuravam construir uma história própria da instituição militar, em especial do Exército, - Força na qual concentram-se meus estudos – negando ou desacreditando a literatura sobre diversos temas, em especial sobre as intervenções militares na vida pública nacional. Em 2003 a Bibliex (Biblioteca do Exército Editora), dando continuidade ao Projeto História Oral do Exército2, publicou uma Coleção denominada 1964: 31 de Março. O Movimento Revolucionário e sua História, onde os militares contavam sob suas óticas a história do golpe de Estado responsável por mergulhar o Brasil em mais de 20 anos de ditadura militar. Com a leitura do primeiro volume, pude constatar que as narrativas repetiam-se, apresentando uma singularidade incomum, se levarmos em conta que cada depoente ocupava uma patente distinta, da mesma forma que servia em região militar diferente dos colegas entrevistados, sugerindo que, mais do que mostrar a visão daqueles que de alguma forma participaram do movimento de 1964, a intenção da Coleção era responder às inúmeras publicações sobre o período militar escritas por civis, além de produzir a história oficial do Exército sobre os ocorridos, o que fica explícito na apresentação à Coleção, escrita pelo seu coordenador geral, general Aricildes de Moraes Motta. Desta forma, foi-me sugerida pelo prof. Dr. João Roberto Martins Filho a utilização desta Coleção como objeto de estudo para o mestrado, que iniciaria no ano de 2005, oportunidade que vislumbrei como única, dado que por ser muito recente, não havia ainda estudos sobre a referida publicação da Bibliex3. 2 A primeira coleção editada pela Bibliex é aquela em que o objeto é a rotina da FEB Segunda Guerra sob a ótica dos pracinhas. Intitulada Segunda Guerra Mundial, a coleção conta com 182 entrevistas distribuídas em 8 tomos. 3 Uma resenha sobre esta Coleção foi publicada em janeiro de 2005 por Amanda Pinheiro Mancuso na Revista Teoria & Pesquisa no 46, publicação do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFSCar. 8 O interesse fundamental deste estudo foi de captar, através de relatos individuais, o grupo, a sociedade
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