Nº 96 ABRIL • MAIO • JUNHO 2014 BOLETIM INFORMATIVO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE O CampaniçoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Património Protocolo para MARIA VITÓRIA NOBRE VITÓRIA MARIA valorização do património

A Câmara Municipal de Castro Verde celebrou um protocolo de colaboração com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lis- boa, que tem como objetivo o desenvolvimento de projetos e a partilha de experiências em diferentes áreas do património e da geografia. Pág. 5

Cultura Abril na Primavera

APrimavera no Campo Branco estreou um novo figurino de programação e cumpriu o pa- pel de afirmar a cultura como uma componente importante da nossa comunidade. A ini- ciativa associou-se ao I Ciclo O 1º DE TODOS OS MAIOS das Comemorações dos 40 anos do 25 de Abril reafirmando a importância do acesso à cul- tura e à educação para todos. EM CASTRO VERDE Pág. 9 e 12 O 25 de Abril de 1974 chegou de forma natural a Castro Verde. A festa da Revolução seria feita no 1º de Maio. Vinda de todas as localidades, a alegria das pessoas percorreu as ruas da vila. Uma exposição organizada pela Ambiente União de Freguesias de Castro Verde e Casével e pelo Museu da Ruralidade trouxe à memória um dia marcan- te para a construção do futuro coletivo dos habitantes do concelho. As fotografias de Maria Vitória Nobre e as Ações filmagens do Dr. Francisco Alegre testemunham o primeiro de todos os Maios. "O Campaniço" recordou esse dia com gente que o viveu na primeira pessoa. Pág. 10 e 11 preventivas A autarquia está a proceder a um conjunto de ações pre- EDUCAÇÃO DESENVOLVIMENTO ventivas que passam pelo con- trole de pragas e prevenção de Conselho Municipal Promover o artesanato e o incêndios. Pág. 14 de Educação turismo de observação de aves O Conselho Municipal de Edu- A autarquia reafirmou um con- Atividade física cação de Castro Verde emitiu junto de parcerias para reestru- parecer negativo contra o encer- turação do produto turístico bir- Bóccia Sénior ramento da Escola do 1º CEB de dwatching com o objetivo da sua Casével e manifestou, junto da operacionalização e promoção O Bóccia é uma atividade di- Direção Regional, a sua preocu- no exterior. Também no cam- namizada junto dos utentes dos pação perante o estado de de- po do artesanato Castro Verde lares e centros de dia do conce- gradação da Escola Secundária marca cada vez mais. A próxima lho com inúmeros benefícios reclamando a intervenção que atividade vai ser a Feira Inter- mentais e sociais. Pág. 19 este estabelecimento de ensino nacional de Artesanato. Pág. 7 necessita. Pág. 4 2 O Campaniço ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 AUTARQUIA

Assembleia Municipal FRANCISCO DUARTE aprovou Moções EDITORIAL maternidades do país, nomeada- CONTRA O A Assembleia Muni- mente a da Unidade Local de Saú- cipal de Castro Verde, de do Baixo Alentejo (Beja), e as ENCERRAMENTO das Unidades Locais de Saúde do DE ESCOLAS DO 0 anos depois do 25 de Abril, quando já pensáva- reunida em sessão Litoral Alentejano (Santiago do mos que vivíamos num regime democrático, num ordinária do dia 28 Cacém) e Norte Alentejo (Portale- 1º CICLO DO 4estado europeu com todas as liberdades individuais e co- de abril aprovou, por gre); a diminuição da capacidade ENSINO BÁSICO letivas consolidadas, constatamos pasmados e, em direto, de resposta global do SNS; e a cria- NO CONCELHO através dos órgãos de comunicação social, que não é as- unanimidade, duas ção de condições para uma rápida sim. O senhor Primeiro-Ministro, depois de chegar ao Po- Moções onde manifes- expansão das entidades privadas, contribuindo claramente para o A Assembleia Municipal de Cas- der através de artimanhas de linguagem e prometendo ta a sua posição contra acelerar da desertificação do in- tro Verde, reunida a 28 de Abril de tudo aquilo que sabia que não iria fazer, iludindo um país o encerramento das terior do país. 2014 e, tendo em conta o previs- farto de mentiras e incompetências do Governo de José Como consequência desta Por- to pelo Governo relativamente Sócrates, depois de vender o nosso país aos banqueiros, Escolas do 1º Ciclo do taria, o distrito de Beja irá ficar sem ao encerramento das Escolas do tem o desplante de desferir, no coração da democracia, um Ensino Básico e onde qualquer maternidade, tendo a 1º Ciclo do Ensino Básico com dos mais brutais golpes vistos no país do pós-Revolução grande maioria das parturientes menos de 21 alunos, aprovou uma dos Cravos: o entendimento de que o Governo deve, a seu defende a continuidade que se deslocar centenas de qui- Moção onde se assume contra tal belo prazer, escolher para o Tribunal Constitucional, os juí- do Serviço Nacional lómetros, representando, tal pos- situação, prevista para o conce- zes subservientes que obedeçam de forma cega à Voz do de Saúde. As moções sibilidade, um atentado à vida e à lho de Castro Verde, referindo Dono, mesmo que isso signifique inconstitucionalidade e segurança de muitos recém-nas- “não estar disponível para assu- desrespeito pela Lei fundamental do País. Embora este aprovadas podem ser cidos e respetivas mães. mir compromissos que envolvam Considerando a importância do eventuais alterações decididas tipo de atitudes, vindas de quem vem, nos pareça um ab- consultadas na íntegra Serviço Nacional de Saúde na ga- contra a vontade do Município surdo, importa salientar que aquela extraordinária afirma- na página oficial da rantia dos valores de acesso, de por parte do Governo” e “tudo ção mais não é do que o reflexo da forma abusiva como Câmara Municipal de equidade e solidariedade, a Assem- fazer para, em conjunto com os estes governantes estão no poder, atentando contra a De- bleia Municipal de Castro Verde restantes Municípios da região, mocracia pela ausência de ética na defesa da coisa pública Castro Verde, em www. reforçou ainda “a necessidade de lutar pela revogação destas me- e, sobretudo, na forma descarada e incólume como defen- cm-castroverde.pt. se efetuar uma verdadeira reforma didas, mostrando disponibilida- dem e protegem os mais fortes, (re)construindo um país hospitalar, realizada de forma ra- de para o diálogo”. que pensávamos ter desaparecido na madrugada do 25 de cional, participada e transparente O ensino público e a educação Abril: um país de emigrantes, de pessoas tristes; o país dos no que respeita à gestão, à melho- são essenciais para o desenvol- ordenados miseráveis, da ausência de educação e da cul- PELA DEFESA ria na qualidade assistencial e à vimento de qualquer criança e tura; o país onde o direito à saúde e à justiça está, cada vez organização dos cuidados, man- jovem, pelo que importa, numa DO SERVIÇO tendo uma lógica de cobertura em dimensão pedagógica e de esta- mais, reservado apenas a alguns. Mas como quem calça a NACIONAL DE redes de referenciação e não ape- bilidade, que “sejam asseguradas bota, descalça a perdigota, importa lembrar que os atuais nas o encerramento de camas e no seu ambiente natural de pro- juízes do Tribunal Constitucional foram escolhidos pelos SAÚDE (SNS) serviços” e exige “que a reforma ximidade”. partidos do atual Executivo, significando este constante hospitalar e a reforma do SNS se- A moção apresentada defende desconforto e irritação do Governo de Passos Coelho com A Assembleia Municipal de Cas- jam feitas ouvindo as autarquias a continuidade do funcionamen- os constantes chumbos do Tribunal Constitucional duas tro Verde, reunida em sessão or- que estão sempre disponíveis para to das escolas do ensino básico, de três coisas: temos um governo incompetente que não dinária do dia 28 de abril, aprovou juntar esforços e criar sinergias ao nomeadamente no interior do sabe ler; temos um bando de governantes que viola cons- uma moção onde defende e rea- serviço das populações que repre- País, por constituírem pilares de tantemente a Constituição da República; não temos um firma “a necessidade de manter o sentam e servem”. desenvolvimento, bem-estar e Presidente da República que exerça, como é o seu dever, a Serviço Nacional de Saúde (SNS) A Moção foi apresentada pelos qualidade de vida e serem parte defesa da Constituição da República, um texto que jurou e exige a revogação imediata da vogais do Partido Socialista e apro- integrante para uma política de Portaria n.º 82/2014, de 10 de abril, vada por unanimidade. Da mesma fixação, manutenção e, até, de cumprir e defender. Num cenário em que nada parece que- por constituir um ataque violento foi dado conhecimento aos Senho- aumento demográfico nas zonas rer alterar-se, mesmo quando se sofre diretamente os efei- ao SNS e ao direito constitucional res Presidente da República, Pri- rurais. tos desta política inconsciente e selvagem do Governo da à saúde, visando o desmantela- meiro-ministro, Ministro da Saú- A moção foi apresentada pela República, é importante que reforcemos o que vimos di- mento da rede hospitalar pública”. de, secretário de Estado Adjunto CDU e subscrita pelo vogal An- zendo há alguns anos a esta parte: as dificuldades vão au- Com esta portaria o Governo do ministério da Saúde, bem como tónio Jerónimo. mentar. E vão aumentar porque o dia-a-dia das nossas po- pretende, uma vez mais, o encer- a todos os Grupos Parlamentares pulações faz-se (muito) dos serviços e dos projetos das ramento arbitrário de serviços hos- com assento na Assembleia da Re- autarquias. Das preocupações, competências e atos das pitalares e, por conseguinte, o en- pública e à Administração Regio- câmaras e das juntas de freguesia. Contudo, estas assis- cerramento da maioria das nal de Saúde do Alentejo. tem, diariamente, a uma contínua retirada da sua autono- mia financeira, administrativa e política consagrada na Constituição; à perseguição feroz e inconsciente dos atos dos municípios (tantas vezes com o silêncio cúmplice da Associação Nacional de Municípios) e a um cada vez maior ALENTEJO PREOCUPADO COM FECHO DE MATERNIDADE sufoco do seu funcionamento provocado pela burocratiza- ção de procedimentos. É importante que os nossos muní- Os municípios que inte- “a concretizar-se, esta é uma encerrando assim a mater- cipes saibam que é esta a realidade e que compreendam gram a Comunidade Inter- situação que trará graves nidade de Beja. que as autarquias vão fazer cada vez menos até ao seu municipal do Baixo Alentejo problemas ao nível da saúde Na posição assumida pela desmantelamento total. Até à sua transformação naquilo (Aljustrel, Almodôvar, Alvito, pública, restringindo ainda luta na defesa da saúde pú- que eram antes do 25 de Abril: verbos de encher. Por isso, Barrancos, Beja, Castro Ver- mais o acesso a este bem es- blica e pelo desenvolvimen- exige-se indignação e revolta. Por isso, exige-se coragem de, Cuba, Ferreira do Alente- sencial por parte de quem to regional, a CIMBAL, para e atitude em não deixar que os municípios se deixem enre- jo, Mértola, Moura, Ourique, mais precisa”. No caso do além das posições já toma- Serpa e Vidigueira), reuni- Baixo Alentejo, está em cau- das, vai continuar a envidar dar na teia das lógicas populistas, substituindo o Estado dos em Conselho Intermu- sa o Hospital de Serpa, que todos os esforços junto das central na concretização dos direitos conquistados pelas nicipal do dia 12 de maio, poderá vir a desaparecer, e a entidades competentes, es- populações nos anos subsequentes ao 25 de Abril e que, manifestaram a sua posição redução de especialidades tando já a trabalhar junto do desde há cerca de vinte anos, vêm sendo cortadas, “em- face à Portaria nº 82/2014, no Hospital de Beja e Hospi- Conselho Distrital da Or- purradas” para as autarquias, sem o respetivo financia- de 10 de abril, emitida pelo tal do Litoral Alentejano. Em dem dos Médicos, que parti- mento. Pouco a pouco, todos irão perceber que caíram na Governo, e "que preconiza, risco estão áreas como oftal- lha das mesmas preocupa- ratoeira. Se não tivermos coragem, não serão as próximas até ao fim de 2015, a restri- mologia, cardiologia, otorri- ções, bem como com todos gerações aquelas que perderão qualidade de vida e que ção de valências existentes nolaringologia, pneumolo- os interessados em defender deixarão de ter nas autarquias locais o último baluarte na nos diversos hospitais, des- gia, oncologia médica, o Serviço Nacional de Saú- defesa do interesse coletivo e da coisa pública. Seremos classificando institui- radioterapia, reumatologia, de, populações e os profis- também nós. E muito em breve. ções". Na posição aprovada, hema­tologia, bem como a sionais. a CIMBAL afirma ainda que especialidade de obstetrícia, ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 O Campaniço 3 AUTARQUIA

Autarquia aprovou Moção em defesa do 25 de Abril

A Câmara Municipal de Castro Verde, reunida em sessão ordinária do dia 23 de abril, aprovou por unanimidade, a Moção “Todos seremos sempre poucos para honrar a força do 25 de Abril”. A Moção foi apre- sentada pelos vereadores do PS e foi subscrita e aprovada pelos eleitos da CDU.

MOÇÃO TODOS SEREMOS SEMPRE POUCOS PARA HONRAR A FORÇA DO 25 DE ABRIL

Neste ano em que celebramos os 40 anos do 25 de Abril, temos todas as razões para enaltecer ainda mais os valores e as conquistas que a coragem do Movimento dos Capitães ga- rantiu à sociedade portuguesa. Foi graças à ação decisiva des- tes nossos “heróis corajosos” que Portugal saiu de um longo Serviços Municipais da Câmara Municipal de Castro Verde período de desgraça e obscurantismo. Foi a sua determinação e valentia que acabou com aquele longo tempo de miséria e falta de esperança. Passadas estas quatro décadas, nem Portugal nem o nosso Horários de Verão entram em Baixo Alentejo são comparáveis, aos tempos da Ditadura. Fe- lizmente, quase todos souberam ter maturidade democrática para ajudar a construir um país melhor! Com dificuldades e vigor a partir de 30 de junho muitas escolhas, isso é certo! Mas este Portugal de agora, se comparado com aquele outro antes da Revolução, é um país muito diferente, onde além da liberdade tempos o direito à sua Considerando que na época es- 30 de junho a 31 de agosto de 2014, nos Paços do Município, no Gabi- saúde, à educação, à ação social, ao Poder Local democrático tival se justifica um ajuste dos ho- o horário de trabalho, referente aos nete de Educação e Ação Social e e à cidadania livre e participada. rários de trabalho de alguns seto- setores de produção de obras, ges- Fórum Municipal. Dadas as suas Seria muito errado desvalorizar o facto de Portugal ser um res da Câmara Municipal de tão ambiental e manutenção, seja caraterísticas de funcionamento, país muito diferente e muito melhor do que aquele que saiu da Castro Verde, pela natureza das contínuo nos dias úteis, com início a Biblioteca Municipal, Parques Ditadura. Embora isto, obviamente, não nos possa impedir de atividades exercidas no exterior as 7h00 e termo às 13h30, com uma Desportivos, Piscinas Municipais, reconhecer e dizer bem alto que os tempos estão muito com- aliada às caraterísticas climatéricas interrupção nunca superior a 30 Parque de Campismo Municipal e plicados. Ora é perante essas dificuldades muito exigentes nesta época do ano na região, o minutos. demais instalações desportivas e que precisamos de estar juntos para dar a resposta! Temos de Presidente da Câmara Municipal No entanto, manter-se-á o horá- culturais, Cemitério e Mercado Mu- agir no fortalecimento da liberdade e da luta democrática con- de Castro Verde, Francisco Duarte, rio das 9h00 às 12h30 e das 14h00 nicipal, Serviço de transportes, de tra quem parece empenhado em esmagar cada vez mais a vida emitiu um despacho que deter- às 17h30, atualmente em vigor, em águas, saneamento e higiene man- das pessoas mais pobres e desprotegidas, que parecem ser mina que, durante o período de todos os serviços que funcionam têm o seu horário habitual. cada vez mais a grande maioria. Nos últimos três anos, o Governo desferiu um duro ataque nunca visto na democracia portuguesa às famílias, aos refor- mados e aos jovens. Aos funcionários públicos, às empresas e ao Poder Local. Quase todos fomos atingidos por uma polí- tica cega, sem dignidade nem estratégia. Uma política neoli- Autarquia vai pagar salários e subsídios beral que é absurda e trata as pessoas como números! Nada podia estar mais errado. Por isso, neste momento em que ce- lebramos a força do 25 de Abril, não devemos nem podemos de férias já sem cortes baixar os braços! É urgente dizer não a esta estratégia de empobrecimento e A Câmara Municipal de Castro do Tribunal Constitucional, que a partir dos 675 euros e determi- de desgraça. Temos de ser firmes para travar o desgoverno da Verde decidiu pagar, já a partir des- os declarou inconstitucionais. nou que os efeitos do ‘chumbo’ se direita e para abrir um novo ciclo de confiança. Não podemos te mês de junho, os salários e sub- No passado dia 30 de maio, o produzem à data do acórdão, ou adiar mais o momento de usarmos a força que Abril nos dá e sídios de férias aos trabalhadores, Tribunal Constitucional conside- seja, não têm efeitos retroativos. fazermos a única escolha possível por um caminho de espe- sem os cortes impostos pelo Go- rou inconstitucionais os cortes dos rança e de futuro. verno, cumprindo assim a decisão salários dos funcionários públicos A resposta exige-se a cada um de nós. E todos seremos sempre poucos para honrar a força do 25 de Abril! A presente moção foi aprovada, por unanimidade, na reunião ordinária desta Câmara Municipal, realizada no dia 23 de Abril Relatório e Contas 2013 corrente.

Depois da sua aprovação pela são ordinária da Assembleia Mu- nicipal de Castro Verde, em www. Paços do Município de Castro Verde, 24 de Abril de 2014 Câmara Municipal de Castro Ver- nicipal do dia 28 de abril, com a cm-castroverde.pt, no menu Câ- de em reunião ordinária do dia 16 abstenção dos vogais do Partido mara Municipal » Docs. Previsio- O Presidente da Câmara, de abril, o Relatório e Contas 2013 Socialista. O documento pode ser nais e Outros » Relatório e Contas. - Francisco Duarte - foi aprovado por maioria, em ses- consultado no site da Câmara Mu-

Câmara atribui Medalhas de Bons Serviços Municipais

Dando cumprimento ao Regu- cumpriram com assiduidade, de- atribuída a insígnia são João Miguel lamento Municipal para a atribui- dicação e zelo, 15, 25 e 35 anos ao Benedito Branco, Luís José Raposo ção de Medalhas de Bons Serviços serviço da autarquia, numa sessão Rosa, Manuel José Assunção e Nuno Municipais, aprovado a 20 de junho solene que decorreu no Sala de Miguel Oliveira Rosa, com a Meda- de 2007, a Câmara Municipal de Sessões do Edifício dos Paços do lha de Prata; e Natália Dores Santos Castro Verde procedeu à entrega Concelho, no dia 27 de junho. Paixão Vargas, com a Medalha Ouro. das mesmas aos trabalhadores que Os trabalhadores aos quais foi 4 O Campaniço ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 EDUCAÇÃO Conselho Municipal de Educação

Após um período de inter- Parecer contra o Preocupação com regno, que se deveu ao encerramento da estado das início de um novo manda- escola de Casével instalações da to autárquico e ao proces- Escola Secundária so de instalação do novo Outro dos assuntos em desta- Agrupamento de Escolas que foi a rede escolar para o pró- de Castro Verde, o Conse- ximo ano letivo onde o Conselho Outras das questões que me- lho Municipal de Educação Municipal de Educação tomou receu especial atenção neste voltou a reunir no dia 4 de conhecimento da proposta for- Conselho Municipal de Educa- mulada pela Direção Regional ção foi o estado de degradação junho, dando assim conti- junto da autarquia, tendo por das instalações da Escola Secun- nuidade à missão de con- base a Resolução do Conselho dária de Castro Verde. Importa tribuir para a coordenação de Ministros nº44 / 210 de 14 de referir que as condições físicas Pré-escolar e 1º CEB da política educativa local, junho (que dita o encerramento do edifício, onde a resolução da articulando a intervenção de escolas com menos de 21 alu- questão relacionada com a re- nos), onde propõe o encerramen- moção das coberturas de amian- promoveram Semana dos agentes educativos to da escola do 1º Ciclo do Ensi- to é urgente, afectam a motivação e dos parceiros locais na no Básico de Casével e a da comunidade escolar e colocam Cultural construção de uma identi- manutenção do regime de ex- em causa a qualidade do ensino dade educativa local. cepção para a escola do 1º Ciclo lecionado, uma vez que, sobre- Entre os dias 9 e 12 de junho, o mente “Clube de Proteção Civil”, do Ensino Básico de Entradas tudo na época de inverno, o des- Anfiteatro Municipal de Castro “Empreendedorismo”, “Lanchei- Nesta reunião foi feito o ponto (com uma previsão de 17 alunos), conforto térmico é enorme e as Verde acolheu as atividades pro- ra, Sorriso em Movimento” e “Va- da situação do ano letivo tendo- de modo a assegurar o seu fun- infiltrações nas coberturas invia- gramadas no âmbito da V Semana mos Reciclar”. -se abordado alguns aspectos cionamento no próximo ano. bilizam a utilização de alguns Cultural do Pré-escolar e 1º Ciclo, A Semana Cultural do Pré-es- considerados relevantes, como a Após a discussão da proposta espaços. A degradação estende- promovidas pelo Agrupamento colar e 1º Ciclo do Ensino Básico oferta formativa, resultados es- de encerramento formulada, o -se também aos equipamentos de Escolas de Castro Verde. teve como objetivos dar a conhe- colares e atividades de reforço Conselho Municipal de Educa- existentes, como carteiras e ca- Marchas populares, coreogra- cer as diferentes dinâmicas tra- educativo e extracurriculares. ção de Castro Verde deliberou deiras, cujo estado de conserva- fias variadas, declamação de poe- balhadas ao longo do ano letivo No campo da oferta formativa por maioria emitir parecer con- ção também inviabiliza alguma sia em português e inglês, histó- pelos alunos do pré-escolar e 1º foi dado a conhecer o hipotético tra o encerramento da escola do operacionalidade letiva, etc. rias e dramatizações, teatro e ciclo, mas também o resultado cenário para o próximo ano leti- 1º Ciclo do Ensino Básico de Ca- Na sessão em causa, o Conse- apresentação das modas traba- do trabalho desenvolvido em par- vo, onde ao nível de prossegui- sével (com uma previsão de 5 lho Municipal de Educação foi lhadas no âmbito do projeto “Can- ceria com os professores das ati- mento de estudos no ensino se- alunos), uma vez que o mesmo informado pelo representante te Alentejano no 1º Ciclo do En- vidades de enriquecimento cur- cundário, o agrupamento contraria as orientações consa- da DGEstE-DSRAlentejo que a sino Básico” da Câmara ricular (AEC’s). manterá a oferta do curso de Ciên- gradas na Carta Educativa Con- Escola Secundária de Castro Ver- Municipal de Castro Verde, foram A iniciativa envolveu cerca de cias e Tecnologias e retomará o celhia, aprovada pelas entidades de se encontra identificada como algumas das ações desenvolvidas 300 crianças e registou grande curso de Línguas e Humanidades, competentes e homologada pelo prioritária nas intervenções a em paralelo com a exposição de adesão por parte da comunidade perdendo a oferta do curso de Ministério da Educação, no que efetuar pela administração cen- trabalhos realizada pelos alunos local, nomeadamente no decor- Ciências Socioeconómicas. Nos se refere ao encerramento de es- tral nos estabelecimentos de destes níveis de ensino. A expo- rer dos demais espetáculos orga- cursos profissionais, para além colas. Importa referir que esta ensino. No entanto, perante a sição pôde ser visitada durante nizados para estes dias. O pro- da continuidade de alguns dos mesma posição já tinha sido as- enorme preocupação comuni- os quatro dias desta iniciativa e grama culminou com a entrega cursos existentes, a oferta será no sumida pela Assembleia Muni- tária manifestada, o Conselho exibiu os trabalhos concebidos de certificados e diplomas aos campo da saúde através da aber- cipal, Câmara Municipal e Juntas formalizou, posteriormente, ao longo do ano, no contexto dos alunos finalistas. tura do Curso Técnico Auxiliar de de Freguesia, órgãos que consi- junto DGEstE-DSRAlentejo, diferentes projetos, nomeada- Saúde. O agrupamento vai ainda deram que o encerramento de através de comunicação escri- possibilitar, dentro das disponi- escolas é um processo delicado ta, um apelo para que esta si- bilidades que lhe vão ser conce- e com fortes implicações na vida tuação seja resolvida com ur- didas pela Direção Regional, a dos alunos, das famílias e de toda gência, desenvolvendo na frequência de ensino em regime a comunidade. Posição expressa Escola Secundária de Castro articulado com o Conservatório muitas vezes neste boletim pelos Verde a intervenção que este Regional do Baixo Alentejo, bem órgãos do poder local sempre que estabelecimento de ensino ne- como a existência de cursos vo- esta questão se colocou. cessita efetivamente. cacionais e outros percursos al- ternativos (PIEF, PCA, etc.).

Concurso Nacional de Leitura Castro Verde recebeu Fase Distrital diu-se em duas provas, escrita e oral, destinadas a apurar os Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento alunos concorrentes à fase na- cional, a realizar em Lisboa. A apresentação esteve a cargo Projeto “4+E” expôs de Jorge Serafim e contou com a presença do escritor Afonso Cruz, autor de duas das obras trabalhos elaborados ao selecionadas para esta fase dis- trital. longo do ano letivo O Concurso Nacional de Lei- tura é uma iniciativa da respon- Com o encerramento do ano com base no “fazer, experimen- sabilidade do Plano Nacional de letivo 2013/2014, o projeto “4+E tar e sentir”. Leitura, Direção-Geral do Livro, = 4º ano mais empreendedor”, No âmbito das dinâmicas de- dos Arquivos e das Bibliotecas dinamizado pelo Gabinete de senvolvidas na sala de aula, o (DGLAB) e da Rede de Bibliote- Apoio ao Desenvolvimento, da projeto apresentou, integrado na Fase Distrital do Concurso Nacional em Castro Verde cas Escolares (RBE), e tem como Câmara Municipal de Castro Ver- V Semana Cultural do Pré-esco- objetivos a promoção da leitu- de, chegou também ao fim. Ao lar e 1º Ciclo, organizada pelo Joana Piçarra, do ensino se- de Leitura, que decorreu em ra junto dos alunos do 3º ciclo longo deste ano letivo, o projeto Agrupamento de Escolas de Cas- cundário (Escola Secundária de Castro Verd, a 14 de maio. do Ensino Básico e Secundário, abrangeu cerca de 55 alunos do tro Verde, uma exposição dos tra- Castro Verde) e Helena Baltazar, Esta fase distrital, organizada o desenvolvimento de compe- 4º ano do Ensino Básico e teve balhos executados pelos alunos do 3º ciclo (Escola Básica de pela Rede de Bibliotecas do con- tências de expressão escrita e como objetivos promover a ca- deste nível de ensino. A exposição Mértola) foram as alunas apu- celho, reuniu em concurso em oral e a avaliação da leitura de pacidade de iniciativa, de gerar esteve patente ao público de 9 a radas durante a Fase Distrital da Castro Verde 72 alunos das es- obras literárias pelos estudantes e aplicar ideias de um modo cria- 13 de junho, na Sala Polivalente 8ª edição do Concurso Nacional colas do distrito de Beja e divi- desse grau de ensino. tivo através do desenvolvimento do Anfiteatro Municipal. de algumas competências-chave ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 O Campaniço 5 SOCIAL / SAÚDE

“Com a diferença fazer a diferença” Atividades lúdicoterapêuticas para crianças com Necessidades Educativas Especiais

Os alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) vão beneficiar de atividades lúdico- -terapêuticas e extraletivas no âmbito do projeto “Com a Dife- rença fazer a Diferença”. O pro- “15 Anos a Reeducar para Humanizar” jeto tem como parceiros a Câ- mara Municipal de Castro Verde, a CERCICOA (Cooperativa de ART assinala aniversário Educação e Reabilitação de Crian- ças Inadaptadas e Solidariedade Social dos concelhos de Castro com Congresso Verde, Ourique e Almodôvar) e No âmbito do seu 15º aniver- balanço do trabalho desenvol- a APADIJ (Associação para o sário, a ART – Associação de vido ao longo dos últimos 15 Acompanhamento Infantil e Ju- Respostas Terapêuticas promo- anos e promover novas apren- venil) com base no protocolo veu, nos dias 22 e 23 de maio, dizagens em torno de diferen- celebrado que estabelece as ba- no Cineteatro Municipal de tes temáticas, nomeadamen- ses de apoio para a articulação Castro Verde, a realização do te “Promoção e Proteção”, e partilha de recursos. promoção da integração social ção de algumas das atividades Congresso “15 anos a Reeducar “Prevenção de Caminhos para As atividades a dinamizar no e a não interrupção dos proces- do ATL de Verão com o projeto para Humanizar” que teve como Reinserção” e “Tratamentos âmbito do projeto “Com a Dife- sos terapêuticos durante o pe- “Fazer a diferença com a dife- objetivo promover a reflexão – Diferentes Intervenções rença fazer a Diferença” vão con- ríodo de férias. rença”, contribuindo, não só, conjunta acerca das práticas Psicoterapêuticas”, entre ou- templar áreas como a expressão A participação da autarquia para a resposta a esta necessi- desenvolvidas pela Associação. tras, reunindo para este efei- motora, musical, plástica, mo- neste projeto enquadra-se no dade social, como também para Durante o congresso foi pos- to um conjunto de oradores vimento e drama, atividades de protocolo celebrado entre a Câ- a promoção da importância da sível à Associação traçar um especializados. sociabilização e de caráter tera- mara Municipal e a APADIJ, pos- igualdade de oportunidades. pêutico, e têm como objetivo a sibilitando, por isso, a articula- APADIJ dinamiza ATL GIP de Castro Verde reforça apoio “Férias Grandes" A APADIJ – Associação para ma, passeios, música e ioga, o Acompanhamento do De- entre outras. ao desemprego senvolvimento Infantil e Juve- A funcionar entre as 07h45 nil de Castro Verde vai promo- e as 18h30, o ATL de Verão “Fé- O Gabinete de Inserção Profis- contribuindo assim para a inser- cada utente, tais como, candida- ver um programa de Atividades rias Grandes” permite inscrição sional de Castro Verde (GIP), si- ção ou reinserção profissional turas espontâneas a emprego, de Tempos Livres de Verão du- semanal, quinzenal ou até men- tuado na Av. General Humberto dos desempregados. currículos, cartas de apresenta- rante estas férias grandes. Di- sal. As inscrições são limitadas Delgado nº51, em Castro Verde, Apesar da percentagem de de- ção e de motivação ou até mesmo recionada a crianças entre os e já se encontram a decorrer mantém diariamente um papel semprego no concelho se situar a preparação personalizada de 6 e os 10 anos de idade, a ini- nas instalações da associação, fulcral de proximidade com a po- abaixo da média nacional e da entrevistas de emprego. Por ou- ciativa decorre entre 16 de ju- na Av. General Humberto Del- pulação que se encontra em si- registada nos concelhos vizinhos, tro lado, o apoio e encaminha- nho e 31 de julho, e vai incluir gado nº3, em Castro Verde. Para tuação de desemprego no con- esta não deixa de ser preocupan- mento para medidas de apoio ao um programa de atividades mais informações contacte a celho que, em estreita cooperação te e exigente. Desta forma, o GIP emprego do IEFP continuam a que contempla idas à piscina, associação através dos telefo- com o Centro de Emprego de reforçou o apoio aos desempre- ser preponderantes na imple- a participação em workshops nes 286 322 514 / 965 762 104. Ourique, contempla uma atua- gados através da realização de mentação de “Estágios Emprego” e atividades desportivas, cine- ção quer no âmbito do emprego documentos individualizados de e da “Medida Estímulo”. como da formação profissional, apoio à procura de emprego a Autarquia promove Alimentação Saudável continua a ser Atividades de Ocupação de Tempos Livres prioridade na escolas À semelhança de anos ante- da Atabueira. A iniciativa tem riores, a Câmara Municipal de como finalidade a ocupação Uma alimentação equilibrada é o seu Índice de Massa Corporal ricas, futebol de rua e ainda um Castro Verde, em parceria com dos tempos livres e pretende o princípio para uma vida ativa e (IMC), alertando e sensibilizando circuito de destrezas. as Juntas de Freguesia do con- sensibilizar para a importância uma prioridade para a autarquia e esta faixa etária para a necessi- Lancheira Sorriso em Movimen- celho, volta a promover mais da preservação do ambiente e escolas do concelho de Castro Verde dade de praticar uma alimenta- to tem como objetivo principal uma edição do ATL de Verão. A valorização do património, po- que, conscientes da sua impor- ção variada com base em escolhas contribuir para a promoção da iniciativa assenta na dinamiza- tenciar os laços de sociabilida- tância para a promoção da saúde saudáveis. No âmbito do projeto literacia em saúde nos domínios ção de um conjunto de ativida- de, desenvolver capacidades e desenvolvimento infantil, via- Lancheira Sorriso em Movimento, alimentar, nutricional e prática de des lúdicas e pedagógicas jun- de raciocínio e promover a for- bilizam e implementam projetos da responsabilidade da Unidade atividade física, capacitando as to das crianças com idades mação pessoal. de educação alimentar e desporti- Local de Saúde do Baixo Alente- crianças para escolhas saudáveis. compreendidas entre os 6 e os Atividades ligadas ao ar livre, va. Exemplo disso são os projetos jo (ULSBA) em parceria com um O projeto tem acompanhado os 12 anos de idade, residentes no como ateliers de educação am- “Pera Doce” e Lancheira Sorriso conjunto de entidades locais, foi alunos ao longo do seu percur- concelho. biental, de expressão plástica, em Movimento dinamizados ao promovido o Almoço “Lancheira so escolar, do 1º ao 4º ano, e vai O ATL vai decorrer em dois expressão motora, visitas cul- longo deste ano letivo. O primeiro, Saudável”, que reuniu cerca de prolongar-se até 2016, de modo turnos, com a duração de três turais, música e leituras são al- dinamizado pela Câmara Muni- 90 crianças do 1º ciclo do ensino a conhecer de perto os lanches semanas, cada. O primeiro tur- guns dos exemplos das inicia- cipal de Castro Verde em parceria básico do concelho (Castro Verde, escolares, as brincadeiras/jogos no, a decorrer entre 7 e 25 de tivas a promover e que com o Agrupamento de Escolas de Santa Bárbara de Padrões e Sete). de recreio, promover o consumo julho, é dirigido às crianças de perspetivam a utilização dos Castro Verde e o Centro de Saúde A par de um almoço equilibrado, de pão, leite, iogurte e fruta, des- Castro Verde, Entradas e Casé- diferentes equipamentos des- local, teve como objetivo a cara- a iniciativa incluiu a dinamiza- promover o consumo de salgados, vel; e o segundo, de 4 a 22 de portivos municipais, como as terização dos alunos do ensino ção de atividade física, nomeada- doces e refrigerantes e promover agosto, tem como destinatários Piscinas Municipais, Pavilhão pré-escolar e 1º Ciclo do Ensino mente, jogos tradicionais como brincadeiras de recreio que con- as crianças de Castro Verde, Sta. Desportivo Municipal ou o Es- Básico das Escolas do concelho o lencinho queimado e jogo da tribuam para o bem-estar cogni- Bárbara de Padrões e S. Marcos tádio Municipal 25 de Abril. de Castro Verde, de acordo com mosca, gincana, corrida de ca- tivo, afetivo e psicomotor. 6 O Campaniço ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 OBRAS

ETAR DE CASTRO VERDE PISCINAS MUNICIPAIS Obra em Tanque Exterior requalificado No âmbito da preparação da piscina. fase de época balnear 2014, que arran- A intervenção realizada teve cou a 14 de junho, a Câmara Mu- um custo total de 15. 626, 00 € conclusão nicipal de Castro Verde procedeu e envolveu ainda a regularização à requalificação do tanque exte- das zonas danificadas de mo- Encontra-se em fase de con- rior de 25 m das Piscinas Muni- saicos e azulejos, e a substitui- clusão a construção da Estação cipais com aplicação de tela ar- ção dos corpos dos ralos de fun- de Tratamento de Águas Resi- mada em toda a superfície da do e de entradas de água. duais (ETAR) de Castro Verde. Da responsabilidade da empresa “Águas Públicas do Alentejo” (na qual a Câmara Municipal de Castro Verde tem par­ticipação através da AMGAP – Associação de Mu- ainda uma linha dedicada ao 1.774.690,13 € e deverá entrar nicípios para a Gestão da Água tratamento complementar do em funcionamento no durante Pública), a nova infraestrutura, efluente tratado tendo em vista o mês de julho, garantindo a qua- erigida no local da ETAR exis- a sua reutilização para água de lidade, a continuidade e a efi- tente, permitirá tratar a totali- serviço (lavagens e rega de ciência do saneamento de águas dade das águas residuais da vila espaços verdes), constituída por residuais “em alta”. A construção de Castro Verde com base num desinfeção U.V., e uma unidade da ETAR representa o primeiro sistema de tratamento biológi- para receção de limpa fossas. investimento significativo rea- co em sistema SBR, antecedido A empreitada foi adjudicada lizado pela Águas Públicas do de pré-tratamento adequado. A ao Consórcio Socupol, S.A. e In- Alentejo, no concelho de Castro ETAR de Castro Verde incluirá teragua, Lda., pelo valor de Verde.

Campo de Jogos de Areia já está em Obras de Requalificação funcionamento no Centro Coordenador de

Novo equipamento desportivo Transportes está a funcionar desde o mês de maio e já recebeu atividades no A autarquia está a levar a cabo com vista à sua valorização e âmbito dos Jogos Concelhios. algumas obras de requalificação melhoria. Procedeu-se ainda à e beneficiação no Centro Coor- requalificação das rampas de Já estão concluídos os traba- denador de Transportes de Castro acesso a pessoas com deficiên- lhos de construção do Campo de Verde. A intervenção teve início cia, através do suavizar da incli- Jogos de Areia, junto às Piscinas com os trabalhos de reparação nação, possibilitando assim o Municipais de Castro Verde. do pavimento exterior em calçada acesso fácil ao edifício. O equipamento, que veio con- tribuir para a diversificação da oferta do Parque Desportivo Mu- nicipal, está a funcionar desde o mês de maio e já foi palco de al- gumas provas desportivas no âm- bito dos Jogos Concelhios 2014. O equipamento compreende uma área de 9 930 m2, permitin- do uma área de jogo de 36x42m, com a possibilidade de marcação também a vedação e iluminação recreio pelos utilizadores do Par- de um campo de futebol e, late- do recinto. que e no âmbito da oferta de ralmente, três campos de volei- De salientar que a localização animação dos utilizadores das bol, modalidades para as quais do Campo de Jogos de Areia, em Piscinas Municipais, com des- este espaço está particularmen- área contígua às Piscinas Mu- taque para as atividades de ani- te vocacionado. nicipais e ao Parque de Campis- mação desenvolvidas pelo Para além da caixa de areia mo Municipal, foi definida com gabinete de desporto da autar- base, com todos os requisitos o objetivo do mesmo poder quia, no âmbito do Programa exigidos, o projeto contemplou também ter uma utilização de Atividade Com’Vida. Recuperação Pontes do de Caminhos concelho Agrícolas estão a ser A recuperação de caminhos agrícolas do concelho inscreve- requalificadas -se numa política municipal de reparação e manutenção, no âmbito do Plano Municipal de As pontes, pontões e outras Defesa da Floresta contra Incên- passagens hidráulicas, nomea- dios, que tem como finalidade damente as guardas de segu- dar apoio às atividades desen- rança, são estruturas que sofrem volvidas pelo setor agrícola e pe- Rouça, entre outros, da freguesia constantes deteriorações, seja cuário. de S. Marcos da Atabueira. pelos agentes atmosféricos ou Recentemente foram repara- O caminho que liga Entradas pela ação dos seus usuários, dos os caminhos que dão acesso ao Monte da Nobre e que serve como veículos e peões. Neste a alguns montes na freguesia de um grupo de agricultores e pro- âmbito, dando cumprimento a tenção das guardas de seguran- deste modo, a sua visibilidade Entradas, sendo que um deles dutores pecuários, é outro dos uma política de beneficiação e ça de todas as pontes concelho. e condições de segurança ro- faz a ligação do IP2 ao Monte do caminhos recentemente repara- melhoria da segurança rodoviá- As intervenções consistem na doviária aos seus utentes. Salto, passando pelo Monte da dos, cuja intervenção consistiu ria, a Câmara Municipal de Castro pintura e reparação de fissuras Parreira, Monte Vale, Monte da no reperfilamento e abertura de Verde está a proceder à manu- e outras anomalias, garantindo, Azinheira, acessos ao Vale da valetas. ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 O Campaniço 7 DESENVOLVIMENTO

Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Autarquia adere a reestruturação Estagiários do produto Birdwatching frequentaram ações Parceria tem como objetivos pôr em prática plano de estruturação e de formação sobre comercialização do turismo de observação de aves no sul de Portugal. Empreendedorismo Castro Verde é um concelho damente pela necessidade de com inúmeras potencialidades rentabilizar as políticas e traba- ao nível do turismo ornitológico lhos desenvolvidos até à data Nos dias 14 e 15 de abril, no de Apoio ao Desenvolvimen- e, cada vez mais, uma referência nesta matéria, e pelas orientações âmbito do programa “Hábitos to, tiveram como público-al- no roteiro de turistas adeptos da da Carta Estratégica do Concelho de Empreendedorismo”, dese- vo os estagiários colocados na observação de aves ou birdwa- de Castro Verde que apontam a nhado pelo Gabinete de Apoio Câmara Municipal de Castro tching. A compatibilização das estruturação deste produto como ao Desenvolvimento da Câmara Verde ao abrigo das medidas práticas agrícolas com a conser- uma linha estratégica de inter- Municipal de Castro Verde, que de apoio ao emprego promo- vação da natureza através da im- venção para o desenvolvimento tem como objetivos “impulsionar vidas pelo IEFP. Segundo Luís plementação do Plano Zonal de económico sustentável. novas dinâmicas no concelho Soares, “a formação excedeu Castro Verde veio contribuir para Neste âmbito, a comercializa- que associem criatividade, au- as expectativas sendo mesmo uma melhoria ao nível dos habi- ção assumirá um papel fulcral dácia, persistência e abertura sugerido, pelo grupo dos téc- tats, aumento e conservação da Merturis – Empresa Municipal através da participação em feiras de novos horizontes (abertura nicos superiores, uma outra avifauna, o que possibilitou a de Turismo, Entidade Regional mundiais de relevo para a pro- ao exterior) em torno de de- sessão" a agendar brevemen- classificação do território como de Turismo de Lisboa e Vale do moção do birdwatching, enquan- sígnios coletivos, decorreram te. Aqui publicamos o depoi- Zona de Proteção Especial (ZPE), Tejo, Agência Regional de Pro- to que o campo da estruturação no Fórum Municipal de Castro mento de Frederico Sampaio afirmando o concelho como peça moção Turística do Alentejo e as contemplará a criação de um Verde duas ações de formação Pinto, estagiário da Biblioteca fundamental no que respeita à unidades de alojamento e ope- conjunto de canais de comuni- sobre empreendedorismo. Estas Municipal Manuel da Fonseca, preservação das espécies. radores turísticos. cação em língua inglesa, funda- ações de formação, ministradas um dos presentes nestas ações Assim, tendo por base a exis- Esta parceria assenta numa ló- mentais para a operacionalização por Luís Soares, do Gabinete de formação. tência de um conjunto de ofertas gica territorial que procura esta- do plano, como é o caso do guia e recursos relacionados com esta belecer um circuito de observa- “Where to Watch Birds in Sou- prática no Município de Castro ção de aves que concilie habitats thern Portugal”, o filme “Finding Verde, bem como a sua impor- de potencial elevado a partir das Birds” ou o website “Birdwatching No passado dia 15 de abril participei, na condição de es- tância para a afirmação e conso- reservas naturais de Lisboa e Vale Sul Portugal”. tagiário da Câmara Municipal de Castro Verde (CMCV), no lidação de ofertas turísticas com do Tejo até ao Parque Natural do A parceria entre as demais en- projeto/formação “Hábitos de Empreendedorismo”, promo- ela relacionadas, a Câmara Mu- Vale do Guadiana. A adesão da tidades envolvidas representa, vido pelo Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento. nicipal de Castro Verde formali- autarquia tem como objetivos por isso, um forte contributo na Nos dias que antecederam a formação, várias dúvidas zou a sua adesão à parceria para viabilizar o Plano de Estruturação promoção do birdwatching além- afrontaram o meu âmago… desenvolvimento do plano de e Comercialização do Produto -fronteiras, contribuindo para a Empreendedorismo? A primeira vez que ouvi falar neste con- estruturação e comercialização birdwatching o que implicará captação de novos públicos e di- ceito foi através de um Sr. Miguel que acabou por se tornar do produto birdwatching no sul uma ação concertada de diversos vulgação do território como des- viral nas redes sociais. Mais tarde julgo ter existido um certo de Portugal, que envolve a Turis- agentes, entre os quais a Liga para tino turístico de eleição para a aproveitamento por parte do atual governo, e a ideia acabou mo do Alentejo e Ribatejo ERT, a Proteção da Natureza, nomea- sua prática. quase por reverter numa responsabilização que foi atribuída aos jovens portugueses devido à eventual incapacidade “em- preendedora”. Criou-se mesmo a ideia na comunicação social de que caso os jovens fossem empreendedores não existiria crise. "Castro Verde marca" na Feira Ora, vivemos tempos tão difíceis e conturbados num país em que nos é cada vez mais penoso definir objetivos basi- lares como: ter filhos, sair definitivamente de casa dos pro- Internacional de Artesanato genitores, ter emprego para a vida, entre outros. O que mais faltaria seria acorrentarem-nos a uma responsabilidade da promoção da diversidade, repre- qual estamos completamente isentos. Eu pelo menos nun- sentando uma oportunidade de ca ouvi falar de empre­endedorismo, sublinho, durante todo negócio para os artesãos locais o meu percurso académico. através da venda direta ou atra- Deste modo, cheguei cético ao dia da formação. Pude, po- vés de lojas/exportadores pre- rém, expor de imediato as minhas dúvidas ao formador, fac- sentes no evento. to que serviu logo para criar alguma empatia e que me fez Durante o decorrer da FIA, o transitar de um estado nebuloso para um estado “zero”. atendimento no stand do Muni- Começámos, de imediato, por desmistificar alguns con- cípio vai ser assegurado pela Câ- ceitos chave que maioritariamente estavam erraticamente mara Municipal de Castro Verde, pré definidos nas nossas mentes. através do Centro de Promoção Abriu-se logo toda uma nova perspetiva sobre a noção de do Património e do Turismo (CPPT, “empreendedorismo” e as “pipocas” ganharam formas mais o qual assume um papel central consistentes. na promoção do artesanato e dos Mais tarde, houve alguns formandos que apresentaram produtos locais, seja através da propostas de criação de empresas. Saliento que existiam exposição e venda permanente diversas dúvidas, mas prontamente foram dissipadas, e mes- ao público, seja através do esta- mo aqueles que se apresentavam inicialmente mais conser- belecer de uma relação de pro- vadores, com o chegar da tarde acabaram por abraçar as Artesanato de Castro Verde ximidade com os artesãos e pro- ideias veiculadas pelo formador. De repente toda a sala pa- dutores que aqui exercem recia embebida de alguma poção motivadora e o contributo Tendo como objetivo afirmar -de-visita dos artesãos partici- atividade, tanto ao nível do arte- para a resolução dos exercícios finais foi total (criação de uma marca identificativa de Cas- pantes e ainda um folheto de sanato de autor como do artesa- um modelo de negócio). Partilhámos ideias para a formação tro Verde no campo do artesana- apresentação do trabalho desen- nato de cunho tradicional, con- de 3/4 empresas. to e dos produtos locais, a Câ- volvido ao nível do artesanato em tribuindo para a promoção de Em suma, foi uma formação interessante, sobretudo na des- mara Municipal de Castro Verde Castro Verde. Castro Verde enquanto terra di- mistificação de conceitos e ideias pré-estabelecidas. Creio desenvolveu o logotipo “Castro A participação do Município nâmica, criativa e de identidade que se lançaram os dados. Vi muitos colegas ficarem moti- Verde Marca”. A criação desta no certame inscreve-se na pro- forte. vados. Esclareceram-se bastantes dúvidas mas novas se le- imagem representa uma aposta moção do saber fazer local mas Mais do que o encontro de cul- vantaram, por isso julgo ser importante continuar este proje- forte na promoção dos trabalhos também do concelho enquanto turas, a Feira Internacional de to de formação. e da criatividade desenvolvidos destino turístico de eleição num Artesanato representa uma pla- Da minha parte cumpre-me agradecer aos formadores pela a este nível e irá associar-se aos evento direcionado à divulgação taforma de desenvolvimento re- empatia e pelo digno trabalho que realizaram ao tornarem produtos em exposição na Feira do artesanato, da gastronomia e gional, com origem no patrimó- séria a questão do empreendedorismo. Agradeço, também, Internacional de Artesanato (FIA), da cultura dos povos. Por outro nio material e imaterial, à CMCV por se constituir um oásis de oportunidades para que se realiza de 28 de junho a 6 lado, a Feira Internacional de Ar- aproveitamento de recursos na- os jovens num país que tanto nos tem desprezado. de julho, na FIL, em Lisboa, in- tesanato constitui-se como um turais, e agentes económicos as- tegrando as etiquetas das peças importante local de encontro en- sociados à criatividade, inovação, Frederico Sampaio Pinto presentes na mostra, os cartões- tre artesãos de todo o país e de capacidade e talento. 8 O Campaniço ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 ENTREVISTA COMUNIDADECRIATIVA Em Castro Verde reside gente que faz da criatividade uma ferramenta importante na construção dos seus dias. Gente que pinta, escreve, faz filmes, compõe música, reinventa a identidade… uns encontraram em Castro Verde o espaço para viver e desenvolver a sua actividade. Outros nasceram cá e aproveitaram as oportunidades locais, como o Conservatório Regional do Baixo Alentejo ou as dinâmicas no campo da tradição, para desenvolver a sua formação e seu talento. Todos eles contribuem para enriquecer criativamente Castro Verde. Nesta edição de "O Campaniço" damos continuidade à rubrica Comunidade Criativa. Diogo Ribeiro e Guilherme Duarte são os nomes em destaque neste número. SANDRA POLICARPO

Por volta dos 11 anos (1999), pou- linguagem deve ser um meio para música originalmente compos- de Sopros e Coro. co tempo antes de ingressar no atingir um fim. Eu sirvo-me de ta ao piano, e mais tarde orques- Que nomes tens como referên- Conservatório. O interesse na certa linguagem para obter uma trada para outros instrumentos, cias? música era mais ou menos ine- determinada reação no ouvinte se for caso disso. São muitas, mas talvez aquelas xistente até então. Esse interesse e para expressar uma determi- que poderia destacar seriam Bee- é despoletado essencialmente nada ideia. Se utilizarmos apenas O que privilegias nas tuas thoven dentro da música dita com a descoberta de uma banda uma linguagem fica limitada a composições? Que elementos “erudita”, música alternativa ja- japonesa chamada Pizzicato Five, reação que podemos obter e a gostas de explorar? ponesa como a banda Polysics e que junta a com a forma como nos podemos ex- O que todo o profissional deve música ligada à cultura pop/rock música Pop da altura. pressar. Por isso, quanto mais privilegiar no seu trabalho: qua- inglesa (Oásis). linguagens conhecermos, mais lidade. A música é um mundo O piano foi a tua primeira op- influências artísticas tivermos, vasto, com diferentes linguagens, Em Castro Verde, no âmbito da ção? melhor forma temos de nos ex- diferentes sensibilidades e, por XXIV Primavera no Campo Desde que ingressei no Conser- pressar na música. isso, é difícil delimitá-la em ele- Branco, estreaste uma das DIOGO RIBEIRO iniciou os seus vatório essa foi sempre a minha mentos. A minha função é pro- tuas composições originais. O estudos musicais na Secção opção. Cheguei a praticar violon- Como decorre todo o processo porcionar uma boa experiência que significou para ti esse mo- celo temporariamente durante de criação e em que te inspiras ao ouvinte, cheia de emoções mento? de Castro Verde do Conser- 2 anos, simultaneamente com as para compor? fortes sendo, contudo, fiel às mi- É uma alegria para mim poder vatório Regional do Baixo Alen- aulas de piano. A “inspiração” a que habitual- nhas ideias e aos meus ideais, estrear obras junto daqueles que tejo. Concluiu a licenciatura mente nos referimos é, nada mais, musicais e não só. me viram crescer enquanto mú- em Música – Ramo de Com- Quando desperta em ti esse que o ponto de partida. Esse pon- sico e enquanto pessoa. E é tam- teu lado criativo associado à to de partida poderá ser uma ideia Iniciaste a tua formação musi- bém um prazer e um dever poder posição pela Universidade de composição? técnica musical, um acorde, uma cal no Conservatório Regional agora, passados alguns anos, con- Évora. Estreou algumas com- Penso que o meu lado criativo linha melódica, ou algo extra mu- do Baixo Alentejo- Secção de tribuir para o enriquecimento posições originais suas du- sempre esteve presente ao longo sical, um som não musical, algo Castro Verde e enveredaste, cultural da nossa população, algo rante a frequência da Univer- da minha juventude. Lado cria- sobre o qual queira “falar” ou “de- posteriormente, pela área da que defendo veemente. tivo esse que viria a passar mais sabafar”, uma cor, uma ideia. Às composição na Universidade sidade de Évora e em alguns tarde para o âmbito da música, vezes pode até nascer do impro- de Évora. Quais são os teus Em que outros projetos estás concertos em Castro Verde. visto ter sido a área onde investi viso sentado ao piano. O começo objetivos futuros na música? presentemente envolvido? Frequenta atualmente o mes- e me desenvolvi mais. geralmente pouco importa. É o O meu objetivo é ser um músico Atualmente, encontro-me a es- trabalho dispendido na criação criativo algo independente, po- crever obras para concursos de trado em Ensino de Música Como te defines enquanto da obra que trás o produto final. dendo ser eu a interpretar as mi- composição e outras obras, para – Instrumento Piano, no ISEIT compositor? E quanto mais trabalho e mais nhas próprias obras dentro das orquestras nacionais que, mais (Viseu). Versátil. tempo “perdemos” na arte de várias formações musicais que tarde, serão estreadas numa data compor, mais a nossa técnica e podemos ter, inclusive a de Or- a anunciar. Além disso, estou a E em termos de linguagem? experiência aumenta, melhoran- questra. Por isso, paralelamente criar um sítio na internet onde Desde cedo que a música faz Diversificada. Toda a arte, e nes- do a qualidade de obra para obra. à minha prática de piano e com- irei colocar obras da minha au- parte da tua vida. Quando sur- te caso a música, suscita um efei- O piano é geralmente a minha posição, estudo também direção toria e a que o público dentro em ge esta paixão? to em nós próprios. Para mim a base para o trabalho, sendo cada musical, de Orquestra, Orquestra breve poderá aceder.

-a-dia. E tudo isto começou com ressem e de alguma forma encarem­ vras-chave neste projeto… “In- Que outros projetos têm na ga- a minha participação no Festival o dia-a-dia com mais criativida- teragir”, com os jovens com o veta? de Cinema e Multimédia “100 de, brincando com a multimédia mesmo gosto pelas artes e, Na gaveta temos vários projetos Cenas”, organizado pela Escola e assim criarmos obras de arte. “entreter”, o público-espeta- de diversas áreas, entre os quais Secundária, onde participei com E também entreter o público com dor. O que está a ser feito nes- atividades dirigidas a crianças no a curta-metragem “O Pedido”, pre- as nossas produções. te sentido? Têm conseguido sentido de desenvolver o seu ins- miada com o Prémio Aplauso. Este cumprir esta missão? tinto criativo, estimulando, des- prémio foi uma das motivações Que áreas artísticas abrange o Neste sentido já foram feitos, na de cedo, as capacidades criativas. para me lançar neste projeto. projeto e a que tipos de público área do cinema, alguns projetos Temos também em mente fazer se destina? onde temos tido a participação workshops, documentários e pe- Para além do Guilherme quem O projeto, por enquanto, envol- de vários jovens, quer a nível da ças de teatro, tanto pedagógicas integra este projeto? ve a área do cinema, mas mais música, da representação e da como de entretenimento e tam- O “Fora da Gaveta” é composto tarde irá envolver o teatro, a ilus- escrita. Destes projetos resulta- bém de interatividade. Brincan- por mim e pelo Afonso Góis, mas tração e outras mais que surjam, ram quatro filmes que foram apre- do sempre com a multimédia e GUILHERME DUARTE é estu- é um grupo que pretende envol- com a intenção de permitir que sentados ao público na apresen- assim "criar obras de arte". dante do 12º ano do Curso ver todos os que queiram parti- todos se possam exprimir na tação do “Fora da Gaveta” e cipar nos nossos projetos e tam- área em que se sintam mais à através da internet. E penso que Trabalhar em multimédia é Profissional de Multimédia, da bém que queiram dar luz aos seus vontade. Os projetos que nas- há ainda mais caminho a percor- algo que gostavas de fazer no Escola Secundária de Castro próprios projetos com a nossa cerem deste grupo são dirigidos rer nesta missão. futuro? Verde. colaboração. Qualquer pessoa que ao público em geral, pois pre- Decidi seguir um curso de mul- tenha alguma ideia que queira pôr tende-se elaborar atividades Que trabalhos já apresenta- timédia, porque desde criança em prática, pode juntar-se a nós. dirigidas a crianças, jovens e ram? que tenho uma paixão pela 7ªarte. “Fora da Gaveta” é um projeto adultos. Até ao momento apresentámos Fazer filmes fazia-me feliz e por inovador em Castro Verde na Quais os objetivos do “Fora da quatro filmes, sendo eles, “O Pe- isso decidi seguir multimédia com área da multimédia. No que se Gaveta”? Com qual destas áreas mais dido”, “A Sandes”, o “Pôr-do-Sol” a intenção de seguir cinema na baseia este projeto e qual a O objetivo do “Fora da Gaveta” te identificas? e, mais recentemente, "Obrigado universidade. Um dos motivos ideia base que esteve na sua é, numa interação com os jovens, A área em que estou mais à von- por Tudo". Organizámos a expo- da criação deste grupo foi tam- génese? levá-los ao mundo das artes. Jun- tade é a área da multimédia, sição "Uma Parte de Mim", da bém para que sirva como um O projeto “Fora da Gaveta” foi tar a experiência de “fazer” com sendo a que mais me agrada a autoria de Ana Silva, e a exposi- treino, passando pelos vários pro- idealizado para pôr em prática, a experiência de “perceber” a arte, vertente de cinema e também ção de BD de André Diniz e Lau- cessos de fazer filmes e assim de forma artística, as ideias que tal como eu gosto de dizer, en- de fotografia. do Ferreira, patente até ao final aprender, para que me vá prepa- possam surgir da interação com volvendo-os no processo, fazen- de Julho, na Biblioteca Municipal. rando para a universidade. jovens e com a realidade do dia- do deste modo com que se inte- Interagir e entreter são pala- ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 O Campaniço 9 COMEMORAÇÕES CASTRO VERDE CELEBRA ABRIL

Até ao final de 2014, AÇÕES de construção do Portugal demo- EQUIPAMENTO INSTITUCIONAIS crático e que tiveram uma im- CASTRENSE Castro Verde celebra portante intervenção política, 40 anos do 25 de Abril militar e cívica na oposição ao e a importância que regime do Estado Novo, abrindo este dia teve no des- portas à Revolução dos Cravos. moronar do Estado “Conversas, Poesia e Música”, outra das iniciativas programa- Novo, abrindo caminho das com o selo de Abril, juntou à instauração do na mesma noite o poeta e can- regime democrático em tautor Manuel Freire e os alunos todos os escalões etários, antigos Portugal. As comemo- da disciplina de Poesia Portugue- atletas e população em geral, su- sa da Universidade Sénior de Cas- blinhando a importância que o rações em torno desta tro Verde num serão em torno de A equipa sénior do Futebol do desporto tem na qualidade de data integram um pro- Ary dos Santos. Clube Castrense estreou um equi- vida das comunidades. grama de três ciclos pamento alusivo aos 40 anos do concebido no âmbito 25 de Abril durante a 2ª volta da época desportiva. No mês de Abril, do trabalho desenvol- ESPETÁCULO a equipa castrense disputou o EXPOSIÇÕES vido pela Comissão VIVA QUEM CANTA Campeonato Distrital da 1ª Di- Concelhia e, até de- A LIBERDADE visão envergando este equipa- zembro, vão abranger mento, numa iniciativa promo- vida no âmbito da Comissão todo o concelho. Concelhia para as Comemorações O primeiro dos três dos 40 Anos do 25 de Abril. ciclos de programação O I Ciclo de Programação apre- decorreu de abril a sentou um conjunto de ações institucionais com destaque para junho, em articulação a realização de uma Assembleia LEITURAS & com o Programa Cultu- Municipal Extraordinária que teve COMPANHIA... Sob a temática do 25 de abril ral XXIV Primavera no como ponto único da ordem de COM ABRIL estiveram patentes ao público Campo Branco, e teve trabalhos a evocação dos 40 anos as exposições “Os Olhos da Me- do 25 de Abril. As Assembleias Os agentes culturais de Castro mória: Portugal 1975 – 1980”, como base a valoriza- de Freguesia do concelho, à ex- Verde foram protagonistas do es- com estreia nacional em Castro ção e a reflexão em ceção da Assembleia de Fregue- petáculo de abertura da XXIV Verde, da autoria do fotógrafo torno dos ideais de sia de Entradas que reuniu em Primavera no Campo Branco, Armindo Cardoso, e “O 25 de Abril, incentivando à sessão extraordinária, realizaram “Viva quem Canta a Liberdade” Abril em Cartaz”, do Museu Na- sessões ordinárias que tiveram e que integrou o programa co- cional da Imprensa. Ambas as participação cívica e ao como um dos pontos da ordem memorativo dos 40 anos do 25 exposições integraram o progra- envolvimento da comu- de trabalhos, a evocação desta de Abril, dando corpo a um es- ma cultura Primavera no Cam- nidade no assinalar data histórica. No dia 25 de Abril, petáculo feito de cante, música po Branco em articulação com desta data. A plurali- a manhã iniciou com o hastear e poesia evocativo da importân- o I Ciclo de Programação. da bandeira numa cerimónia ofi- cia da cultura na conquista da Também o Agrupamento de dade de iniciativas pro- cial que contou com a participa- Liberdade. O espetáculo teve como Os alunos do Agrupamento de Escolas de Castro Verde produ- gramadas neste âmbito ção dos Bombeiros Voluntários referência o filme de Tiago Pe- Escolas de Castro Verde foram ziu, neste âmbito, duas exposi- abarcou diferentes de Castro Verde e da Banda Fi- reira “Com Memória na Rima: o protagonistas da iniciativa “Lei- ções que circularam pelas fre- áreas, da cultura ao larmónica 1º de Janeiro. 25 de Abril e a Cultura em Castro turas & Companhia com... Abril”, guesias do concelho abordando Verde", uma edição que é tam- que teve como público-alvo os temas como “Os acontecimentos desporto, exposições, bém parte deste I Ciclo, e juntou utentes da Unidade de Cuidados que abalaram o Estado Novo: em conversas, palestras, e CONVERSAS E em palco o Coro do Conservató- Continuados de Casével. A ini- busca da democracia” e “As Vi- apostou na realização rio Regional do Baixo Alentejo, ciativa, organizada pelo Agrupa- vências dos Jovens no Estado de ações institucionais PALESTRAS Coro Polifónico de Castro Verde, mento de Escolas de Castro Ver- Novo”. Grupo de Interpretação Musical de enquadrou-se no projeto associadas à temática Histórica do CRBA, Grupo Coral “Ideias com Mérito”, financiado e na promoção do con- “Os Ganhões” de Castro Verde, pela Rede de Bibliotecas Escola- MANHÃ curso “Jogos Florais”, os músicos André Dourado, An- res, e nas Comemorações dos 40 direcionado à comuni- tónio César e Diogo Ribeiro, Pe- anos do 25 de Abril. LIBERDADE dro Mestre e David Pereira, na A iniciativa foi dinamizada pe- dade escolar. Viola Campaniça, e o poeta José los alunos do 9º ano e apresentou A manhã do dia 25 de abril foi O 2º Ciclo decorrerá Fanha. O concerto terminou ao leituras e poesias sobre a temá- de festa em Castro Verde. O Par- de Julho a Setembro di- som de “Grândola Vila Morena” tica do 25 de abril, um documen- que da Liberdade, junto às Pis- namizando um pro- com todos os músicos em palco. tário realizado pelos alunos e cinas Municipais, convidou a As conversas e palestras em contou com a participação do uma manhã de lazer, animação grama que vai ao en- torno da temática do 25 de Abril Grupo de Violas Campaniças da e convívio com base num con- contro das pequenas foram uma das componentes JOGOS FLORAIS Escola Secundária de Castro Ver- junto de propostas para todos localidades do conce- deste programa evocativo. Até à de - "Moços duma Cana". os gostos e idades: insufláveis, lho, associando a data foram quatro os momentos 2014 ateliers de pintura, educação a assinalar neste âmbito, com ambiental, torneios, caminhada imagem do 40º aniver- destaque para a palestra “A resis- “Castro Verde – 40 Anos do 25 e passeio de bicicleta. sário do 25 de Abril às tência nos anos 60 - O Princípio de Abril” é o tema dos Jogos Flo- MARCHA E A iniciativa foi dinamizada no Comemorações Conce- do fim do Salazarismo”, que con- rais que a Câmara Municipal de CAMINHADA âmbito da XXIV Primavera no lhias que, por esta tou com a presença do Dr. José Castro Verde promoveu no âm- ABRIL: DESPORTO Campo Branco e integrou o ca- Zaluar, e para as Conversas 40| bito das comemorações dos 40 lendário de iniciativas comemo- altura, se propagam 25, nomeadamente, “O Alentejo anos do 25 de Abril. PARA TODOS rativas do 40º aniversário do 25 pelo concelho. O Pro- Clandestino – Histórias dos Anos A iniciativa teve como objetivos de Abril. grama deste II Ciclo de 50 e 60”, protagonizada por An- estimular a criatividade e o gos- Na manhã do dia 25 de Abril, programação comemo- tónio Gervásio, militante histó- to pelas artes em áreas como a o Parque da Liberdade foi o pon- rativo do 40º aniversá- rico do PCP, com moderação do liberdade, a democracia e/ou a to de partida para a marcha e ca- jornalista da Antena 1, Mário Ga- memória nas modalidades ex- minhada “Abril: Desporto para rio da Revolução de lego, e “Episódios que Abalaram pressão literária (prosa ou poe- Todos”, dinamizada no âmbito Abril estará disponível o Estado Novo”. Esta última reu- sia), fotografia, pintura e desenho, do 61º aniversário do Futebol para consulta no site da niu à mesa, com moderação da e desenvolver o sentido crítico Clube Castrense. A marcha reu- Câmara Municipal de jornalista Diana Andringa, Ca- de todos os cidadãos como forma niu cerca de 120 atletas das dife- milo Mortágua, Francisco Louçã, de valorizar a importância do 25 rentes modalidades (futebol, pa- Castro Verde, em www. Matos Coelho e Cláudio Torres, de Abril na vida das pessoas e no tinagem artística, hóquei em cm-castroverde.pt. atores privilegiados do processo desenvolvimento do país. patins, jiu-jitsu, atletismo) e de 10 O Campaniço ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 DESTAQUE

MARIA VITÓRIA NOBRE

O 1º DE TODOS OS MAIOS EM CASTRO VERDE

CARLOS JÚLIO 1º de Maio de 1974 tradição de oposição muito vin- mos de intervir. Nos dias que me- inventando coisas”, diz Manuel amanheceu claro em cada, com algumas ligações à CDE diaram entre o 25 de Abril e o 1º Marques. Castro Verde. Nos (Comissão Democrática Eleitoral) de Maio não tínhamos mãos a Carlos Leonor também parti- dias anteriores um de Beja – ainda antes de ser cons- medir. Levávamos horas a con- cipou ativamente na convocató- “grupo de morado- tituído o MDP, mas assente so- versar, a pensar no que podíamos ria da manifestação do 1º de Maio. A exposição de várias Ores” tinha convocado uma con- bretudo no companheirismo e fazer. Se o dia tivesse 48 horas Trabalhava no Grémio da Lavou- fotografias e de um fil- centração para a Praça da Repú- na solidariedade forjadas, sobre- mesmo assim não chegava. Jun- ra e pertencia ao chamado “gru- blica. Nas principais lojas, cafés, tudo, na Sociedade 1º de Janeiro. távamo-nos à hora do almoço po da Sociedade”. Também ele me sobre o 1º de Maio padarias tinham sido deixados “Nessa altura, falávamos muito para combinar o que fazíamos à recorda este dia como “espeta- de 1974 em Castro Ver- “papéis” a apelar à concentração uns com os outros e encontrá- tarde; depois do trabalho encon- cular. Eu nunca tinha visto tanta de, apresentada pela e, na tarde anterior, a roufenha vamo-nos na Sociedade, que fre- trávamos para discutir o que fa- gente aqui em Castro como na- aparelhagem da Sociedade 1º de quentávamos desde pequenos, zíamos à noite e as noites pro- quele dia, nem na Feira. Veio gen- União de Freguesias de Janeiro tinha percorrido as ruas onde havia livros que estavam longavam-se até às tantas”, te de todo o concelho, das aldeias, Castro Verde e Casével e da Vila, convidando a população proibidos ou que não se vendiam recorda. pessoas em galérias e tratores. pelo Museu da Rurali- a sair à rua. Mas ninguém nunca em nenhuma parte e onde tínha- Fomo-nos juntando e depois saí- esperara aquele mar de gente. mos uma grande camaradagem mos em manifestação pelas ruas dade, trouxe à memória Desde o princípio da manhã cen- e um grande companheirismo. da vila, quase de forma espon- recordações antigas de tenas de pessoas começaram a Era um ambiente que fazia com tânea”. concentrar-se na praça. Traziam que as pessoas se juntassem e Na Praça da República, uma um dia marcante para a cartazes e palavras de ordem. houvesse uma grande confiança roulotte dum trator fazia de pal- construção do futuro Auto-organizavam-se. Vinham entre todos. Chegávamos a ouvir co. Usava da palavra quem qui- coletivo dos habitantes também dos montes e das aldeias lá, uns quantos, a Rádio Portugal SAÍMOS EM sesse. “Carlinhos” Leonor (como em volta. Livre, que tinha o Manuel Alegre é conhecido em toda a vila) foi do concelho. Nesse dia Manuel Marques tinha 39 anos, como locutor, a partir de Argel. “MANIFESTAÇÃO um dos que falou, com um dis- centenas de castrenses trabalhava nos escritórios da Fá- E foi a partir daí, com o 25 de Abril, PELAS RUAS„ curso baseado sobretudo nos saíram à rua, empu- brica “Prazeres & Irmão” e estava que começámos a organizar-nos problemas da caça. “Eu lidava no grupo dos que convocaram a e a fazer uma comissão mais alar- muito com os caçadores e falei nhando cartazes e en- manifestação. Recorda assim esse gada que foi acompanhando o “Na véspera da manifestação das vedadas. Havia aí muitas toando palavras de or- momento: “foi um dia memorá- desenrolar da situação e a tomar reunimos na oficina do Manuel propriedades assim, da alta so- dem reprimidas vel, não só em Castro Verde, mas as primeiras medidas. Os parti- Vargas para prepararmos alguns ciedade e dessa malta rica, em em todo o país. Aqui foi um dia dos só apareceram mais tarde e cartazes e outras coisas para le- que a gente não podia ir lá caçar. durante décadas. Exi- extraordinário em que as pessoas, até isso acontecer funcionávamos varmos. Ele pôs a carpintaria à O que é certo é que, no final do giu-se o fim da guerra independentemente do caminho uns com os outros”, diz Manuel disposição e fizemos lá uma mão discurso, com os nervos e com que depois vieram a seguir a ní- Marques a “O Campaniço”. cheia de cartazes. Na altura não o entusiasmo, com aquela emo- colonial e deram-se vi- vel partidário, estavam todas vi- Desse grupo faziam parte pes- havia nada organizado. Cada qual ção e aquela coisa toda, com os vas à liberdade numa radas para a construção do 25 de soas como o próprio Manuel Mar- arranjava o que podia. Eu estava Viva isto e aquilo, saiu-me um manifestação multitu- Abril e não para o deixarmos cair, ques (que depois ocupou diver- na fábrica e usava a máquina de “Viva o Fascismo”… Toda a gen- porque também havia esse receio, sos cargos na Câmara e na escrever, outro estava no grémio te estava a bater palmas, sem se dinária que reuniu pes- porque nessa altura também não Assembleia Municipal), José Izi- e usava também a máquina de aperceber… E eu, também, só soas de todos os estratos se sabia bem para onde é que dro, José Paulino, João Colaço, escrever para isto e para aquilo. depois é que percebi o que tinha sociais, num grande es- aquilo podia cair”. Francisco Galrito, Manuel Mestre, O Caeiros estava na Escola e ti- dito….” Nesse dia, uma semana depois Mário de Freitas, e muitos mais. nha o stencil com que se faziam Manuel Marques também tem pírito de companheiris- do golpe militar de 25 de Abril, Depois começou a aparecer gen- os comunicados. Mas isso foi tudo algumas histórias para contar mo e camaradagem. São houve muita gente que saiu à rua te mais nova, como o Fernando já depois do 1º de Maio. Antes desse dia. Uma, que ainda lhe essencialmente esse dia pela primeira vez e que, pela pri- Caeiros que, mais tarde, seria era, sobretudo, conversa. Con- suscita gargalhadas, é a que se meira vez, manifestou o seu apoio eleito o mais jovem presidente versávamos muito sobre o que passou com o hastear da ban- e os que o precederam, ao movimento revolucionário de Câmara do país nas primeiras líamos nos jornais, ouvíamos na deira no posto dos Correios, mes- entre o 25 de Abril e o 1º que atravessava Portugal. eleições para o poder local, em rádio ou víamos na televisão e mo em frente da Praça da Repú- Em Castro Verde não se notava 1976. sobre as comissões de moradores blica. “Quando íamos começar de Maio, que aqui se re- ainda a atividade de quaisquer “Tínhamos um certo espírito e disto e daquilo que era preciso a concentração olhei para o edi- cordam. partidos políticos. Havia sim uma de missão, achávamos que tínha- constituir. A malta estava sempre fício dos Correios e vi que não ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 O Campaniço 11 DESTAQUE

MARIA VITÓRIA NOBRE Castro Verde nesse dia, porque apareço nas fotografias, mas não MARIA VITÓRIA NOBRE fiz nada para essa manifestação, porque estive esse período em Beja. Depois sim. Lembro-me de UMA outras manifestações também grandes, como a da eleição da Comissão Administrativa para a FOTÓGRAFA Câmara Municipal, algum tempo depois.” DOS “DIAS DA REVOLUÇÃO” DEPOIS Muitas das imagens que hoje existem sobre os mais diversos acontecimentos ocorridos nos anos SEGUIU-SE A 70 do século passado na nossa região devem-se DESTITUIÇÃO ao olhar de uma mulher, na altura uma jovem. DA CÂMARA Maria Vitória Silva Pereira Nobre da Conceição nasceu a 30 de dezembro de 1948, no Cercal do Alentejo. Já em Cas- Também Manuel Marques se tro Verde, aos 19 anos, começou a trabalhar numa casa de recorda dessa outra manifesta- fotografia (a Plurifoto), propriedade dum fotógrafo de Porti- ção, que aconteceu algumas se- mão, que revelava as fotos que a Maria Vitória lhe enviava manas mais tarde, e que trouxe regularmente. Durante 12 anos tirou milhares de fotografias. gente de todos os pontos do con- Fez trabalhos de estúdio e reportagens de inúmeros casa- celho. “A mudança da Câmara mentos e batizados, não apenas em Castro Verde, mas tam- começou assim: a gente foi as- bém nos concelhos à volta. sistir à mudança da Câmara em “Naquela altura era um bocado estranho verem num casa- Almodôvar, que foi uma das pri- mento uma rapariga a tirar fotografias, mas as noivas até meiras aqui à volta. Trocámos umas impressões e achámos que gostavam mais de ser uma rapariga do que um homem”, re- era preciso também fazer a mu- corda. dança aqui em Castro Verde. Com- Com o 25 de Abril, a reportagem política não lhe escapou. binámos as coisas e fui eu, o Caei- “Era muito novinha, tinha apenas 25 anos, mas essa era a ros, o Vaz Ramos e o sr. Vitor minha profissão e fotografava tudo o que acontecia. Nesses Soveral falar com o Álvaro Cola- primeiros anos após o 25 de Abril ia a tudo o que havia de ço, que era o presidente da Câ- comícios e de manifestações, gostava de registar o que lá se mara. Colocámos-lhe a questão passava, fotografava tudo e é por isso que andam aí essas e dissemos-lhe que no dia tal ía- fotografias que ainda existem. Ninguém me encomendou o mos fazer a destituição da Câ- serviço”, diz a “O Campaniço”. mara e escolher a nova Comissão “A imagem que tenho desse 1º de Maio, fora das fotogra- Administrativa. E assim foi. A Câ- fias, é a de haver tanta e tanta gente nestas ruas. Foi essa mara foi destituída e no dia mar- imagem que me ficou na memória. Foi muito bonito, aliás cado fez-se a eleição e o dr. Chi- como as fotografias mostram, foi lindo. Havia muita gente co Alegre ficou como presidente diferente, mas em que todos participavam. Não havia dife- e o Vaz Ramos, Vitor Soveral, a renças, as pessoas ainda estavam unidas politicamente, dra. Odília (mulher do dr. Cha- mais tarde é que se começaram a dividir. Naquele tempo era gas) e Zé Izidro como vogais. Esse tudo unido, toda a gente foi à manifestação”, sublinha. processo depois foi seguido em “Quando sabia que ia acontecer alguma coisa, que vinha aí todas as Juntas de Freguesia, ten- algum político ou que ia haver uma manifestação, não só em do a de Entradas sido a última a Castro Verde, mas também nas terras à volta, eu tentava ir lá mudar”, diz o antigo presidente fotografar. Por exemplo, para além das fotos do 1º de Maio Manuel Marques e Carlos Leonor da Assembleia Municipal de Cas- aqui em Castro Verde, fui depois fazer a reportagem da tras tro Verde. - tinha a bandeira içada. O chefe colónias. “Uma das questões fun- Olhando para 40 anos atrás, ladação do corpo da Catarina Eufémia, de Quintos para Ba- dos Correios, que era o Patrocí- damentais para as pessoas era “Carlinhos” Leonor considera leizão, e muitas outras, que me permitiram fazer um álbum nio, morava lá e eu digo para a acabar com a guerra no ultramar. que “as coisas andaram muito com fotografias políticas e que agora ofereci à Câmara Mu- malta que estava ali ao pé: ‘se De todos os concelhos ficou lá depressa ao princípio, mas re- nicipal de Castro Verde”, acrescenta a ex-fotógrafa. querem ver o que vai acontecer gente e quase todas as famílias trocederam muito, sobretudo No entanto, a coleção de fotos políticas de Maria Vitória olhem para os Correios.’ Fui a tinham lá uma pessoa, um ami- nestes últimos anos e com este era bem maior há uns anos. “Tinha muito mais fotos, mas casa do meu irmão, que morava go, um primo, um sobrinho, um Governo. Muito do que a gente depois começaram a pedi-las emprestadas e às vezes não ali ao lado – e onde tínhamos li- filho e a questão da guerra era queria nesse 1º de Maio ficou mas devolviam. Outras vezes eram os meus filhos que as le- gada a aparelhagem de som à uma coisa muito delicada”, refe- pelo caminho. Mas desde que vavam para a escola para fazerem trabalhos e eu ia vendo eletricidade – e liguei o telefone. re Manuel Marques, sublinhan- se começaram a formar os par- que aquilo ia ficando cada vez mais reduzido. Resolvi por Perguntei donde é que falava e do que “há 40 anos havia ainda tidos, e em que uns foram para isso, até por sugestão dos meus filhos, entregar as que res- disse-me que era dos Correios. muita gente a trabalhar no cam- um lado e outros para outro, tavam à Câmara, para serem mais valorizadas e mais cuida- ‘É o chefe?’. Disse-me que sim. po e muita gente nova aqui em nunca mais as coisas foram como das, porque me aborrecia emprestá-las às pessoas e depois Digo-lhe eu: ‘Você não sabe que Castro Verde. Nesse tempo havia nesse 1º de Maio. Nessa altura, elas não mas devolverem. Por isso, ofereci-as com muito hoje é o 1º de Maio, daqui fala do aqui muitas profissões que de- e mesmo depois, estava tudo gosto e elas aí andam a ser divulgadas e a fazerem trabalhos comando das Forças Armadas, pois acabaram, desde os alfaiates unido”. com elas”, enfatiza Maria Vitória. e você não pôs a bandeira no edi- aos sapateiros, aos ferreiros, cal- Por seu turno, Manuel Mar- Apesar de há muitos anos ter deixado a profissão de fotó- fício?’. Reposta pronta: ‘Ó sr. co- ceteiros. Pessoas que, na maior ques destaca que “existe uma grafa é uma amante desta atividade, que retomou agora por mandante vou já pô-la!’… Quan- parte dos casos, trabalhava por grande diferença entre esse tem- passatempo. “Fotografei durante aqueles 12 anos, até 1981, do cheguei à rua já estava ele a conta própria. E toda essa gente po e os dias que hoje se vivem depois parei, casei, tive filhos e não tirava fotografias. Reco- pô-la no mastro…” se manifestou nesse dia. Havia e que é o facto das coisas nesse mecei agora com o digital e voltei a entusiasmar-me de tal aí meia dúzia de casos mais de- tempo serem feitas com um gran- licados, de pessoas mais com- de voluntarismo. Criava-se isto, maneira que voltei a tirar fotografias em todos os sítios. Tiro prometidas com o fascismo, mas criava-se aquilo, a associação mesmo muitas. É uma paixão”, diz. a verdade é que alguns deles ti- disto e daquilo. Tudo se fazia e Quanto ao espólio de tantos anos de atividade, Maria Vitó- A GUERRA raram os fatinhos do armário e arranjava-se sempre gente. Eu ria diz que ficou com muito poucas fotografias. “Eu tinha um também foram à manifestação”. vejo as coisas naquela altura grande registo de tudo o que aconteceu nesses 12 anos, COLONIAL Quem poucas ou nenhumas como se houvesse uma panela mas fiquei com muito pouca coisa porque os originais eram memórias tem desta manifesta- de pressão que estivesse quase vendidos e os negativos ficavam no arquivo da casa que era Histórias à parte, no 1º de Maio ção é Fernando Caeiros. Uma a explodir, as pessoas queriam no Algarve, em Portimão. Fiz também muitas fotografias de 1974 eram muitas as preocu- operação à garganta, fez com que resolver logo os problemas e para postais, mas não fiquei com nada disso”. pações de quem saiu à rua. Por o 25 de Abril o encontrasse em mudar as coisas. Isso perdeu-se. É pena. Talvez um dia esse espólio possa ser recuperado um lado, ainda não era seguro recuperação ainda em Beja. Saiu Hoje está tudo mais acomodado, diretamente do arquivo algarvio. que o rumo traçado a seguir ao nesse dia à rua, mas teve que vol- há menos unidade. Agora há mais CJ 25 de Abril fosse irreversível, por tar ao hospital com uma hemor- dispersão. A vida é diferente”. outro continuava a guerra nas ragia. “Devo ter estado aqui em 12 O Campaniço ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 CULTURA

XXIV Primavera no Campo Branco Ganhões de Castro Verde, o Grupo de interpretando o mundo enigmático Interpretação Musical Histórica do das emoções numa trama rica em CRBA, os músicos André Dourado e simbolismos que o público aplaudiu António César, Diogo Ribeiro, Pedro de pé. PRIMAVERA Mestre, David Pereira e José Diogo, e Na música, ouvimos Miguel Araújo, o escritor e poeta José Fanha. um dos artistas mais completos da Os dias seguintes foram vividos ao nova geração da música portuguesa, ritmo da brisa alegre e festiva e brin- e Luísa Sobral que, ao seu jeito, CULTURAL daram-nos com iniciativas “para cantou e encantou em Castro Verde todos”. A rua foi privilegiada. As ativi- com “There’s a Flower in my astro Verde abraçou mais com a abertura ao público da expo- dades desportivas e de ar livre foram Bedroom”. uma Primavera no Campo sição de ilustrações assinadas por ponto forte e a prová-lo esteve o Já na reta final da Primavera no Branco! A XXIV edição Joaquim Rosa. O coletivo de artistas, público participante, cada vez mais Campo Branco, e com casa cheia, deste programa cultural, artesãos e afins “A Terra Mexe” ins- determinado na aquisição de hábitos António Zambujo, o artista que rein- construído com base na pirou-se na liberdade e instalou, em de vida saudáveis. Cicloturismo, ventou o e o cante alentejano, foi multiplicidade de lin- diferentes locais da vila, criações Passeio de Carrinhos de Bebé, Dia protagonista de um grande concerto Cguagens, públicos e sensibilidades artísticas evocando a maior das con- Equestre, Manhã Liberdade e Cãomi- onde apresentou temas do seu último artísticas esteve, nesta edição, inti- quistas da Revolução. A tarde foi nhada, novidade no programa deste álbum de originais, “Quinto”. Em palco mamente ligado às Comemorações animada pelos “Carretas de Per- ano, proporcionaram momentos mar- interpretou ainda modas do Cancio- dos 40 anos do 25 de Abril, data à qual cussão” e pela atuação da Orquestra cados pelo convívio e boa disposição. neiro Tradicional Alentejano, tendo sempre se associou, mas que este Júnior de Sopros da Sociedade Na noite em que se cumpriram 40 convidado a palco dois elementos do ano viu reforçadas as iniciativas pro- Recreativa e Filarmónica 1º de janeiro, anos do 25 de Abril, a Revolução foi projeto “Alentejo Cantado”. gramadas com o selo de Abril. Assim, e ficou completa com a Feira do Livro. relembrada. Depois do concerto evo- Por estes dias também os livros contextualizada pela necessidade de Estava oficialmente aberta a XXIV Pri- cativo com Janita Salomé, Galandum conquistaram o largo e espalharam as assinalar a Revolução dos Cravos e mavera no Campo Branco, numa ação Galundaina e “Os Ganhões”, a Banda letras, impulsionando a leitura e o reafirmar a sua importância no acesso conjunta que teve o contributo dos Filarmónica 1º de Janeiro conduziu a saber no XIX Aniversário da Biblioteca à cultura e à educação para todos, a diferentes intervenientes locais que, população até ao Largo da Feira para Municipal Manuel da Fonseca, dina- Primavera no Campo Branco articulou nesta tarde, se mobilizaram para fazer o espetáculo de fogo-de-artifício pre- mizando para o efeito um programa com as atividades desenvolvidas no do momento o intenso principiar de parado para a ocasião. de conversas com escritores e apre- âmbito do I Ciclo de Programação uma iniciativa fundamentada na plu- Ainda sob a temática da Revolução, sentação de livros. para as Comemorações dos 40 anos ralidade de públicos e na diversidade o fotógrafo Armindo Cardoso apre- Este programa cultural, que celebrou do 25 de Abril abrangendo neste cir- de experiências culturais. sentou em Castro Verde a estreia a Primavera no Campo Branco e toda a cuito um conjunto de iniciativas que Quando a noite se anunciou, o Cine- nacional da exposição “Os Olhos da intensidade a ela associada - a cele- apelaram ao debate e à reflexão e teatro Municipal encheu para ouvir Memória: Portugal 1975-1980” sobre bração da vida, de forma ativa e plural, incentivaram ao envolvimento da “Viva quem canta… a Liberdade”, um o pós 25 de abril no país. Em expo- a preservação das raízes e o estímulo comunidade no assinalar desta data. espetáculo que trouxe a palco o cante sição estiveram também os cartazes das demais sensibilidades – encerrou A 17 de abril, “o voo da borboleta” alentejano, a música e a palavra do Museu Nacional da Imprensa, exi- a 18 de maio confirmando a impor- anunciava o início de um mês de pro- poética feita de liberdade. O espe- bindo alguns dos ícones da tância deste instrumento chamado postas culturais em diferentes áreas táculo reuniu em palco o Coro do Revolução. "Cultura" e que apenas a Liberdade artísticas, fruto de um novo figurino Conservatório Regional do Baixo A Companhia de Dança Contempo- conquistada com Abril nos permitiu de programação. O Parque Infantil, no Alentejo – Secção de Castro Verde, o rânea de Évora dançou “Romeu e alcançar. centro da vila, foi o anfitrião da festa Coro Polifónico de Castro Verde e os Julieta – Encontro Desencontro” ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 O Campaniço 13 CULTURA

Livro “Episódios da Vida de Uma Professora Primária do Século XX” Antiga professora primária realiza sonho aos 89 anos

Ao sabor do tempo, Maria Vi- tória Cerejo foi registando em papel grande parte dos momentos que marcaram a sua vida. Aos 89 anos, a anti- ga professora primária reu- niu esses "episódios" num livro que deu a conhecer em abril passado. Coro Polifónico de Durante mais de duas décadas, Maria Vitória Cerejo, antiga re- Castro Verde atuou em gente e professora primária de Castro Verde, manteve fechado Lyon (França) numa gaveta um dos grandes so- nhos da sua vida. Já com 89 anos O Coro Polifónico de Castro munidade local, onde desem- completos, esse sonho tornou-se Verde deslocou-se, nos dias 14 penha um importante papel no realidade e tem nome. Chama-se Maria Vitória Cerejo e 15 de junho, a Lyon, França, campo da formação e da dinâ- “Episódios da Vida de Uma Pro- a convite da Chorale La Coda, mica cultural local, constituin- fessora Primária do Século XX”, isso, cada um dos episódios tem antigo. Tinha muita pena que o para participar na iniciativa do um encontro de gerações e livro editado com a chancela da uma parte de veracidade, mas livro ficasse guardado entre ga- “Concert d’Été”, que se realizou um espaço de partilha e conhe- Chiado Editora, que a antiga do- envolta em ficção”, recorda. Apesar vetas”. Mas talvez os sonhos de na Igreja de Verpellière, Isère. cimentos. cente deu a conhecer ao público de ter terminado o livro por volta Maria Vitória não fiquem por aqui. Para além do coro, também Pe- O resultado do trabalho de- a 4 de abril, numa apresentação de 1990, apenas decidiu publicá- Apesar da idade avançada con- dro Mestre, David Pereira e José senvolvido pelo Coro tem sido que decorreu no Café 7ª Arte, em -lo mais de vinte anos depois. tinua a transcrever para o papel Diogo Bento, tocadores de vio- demonstrado ao longo dos úl- Castro Verde. O facto de ter dedicado grande o que lhe vai na alma. “Continuo la campaniça, marcaram pre- timos anos, não só através das Neste livro, Maria Vitória Ce- parte da sua vida ao ensino foi, a escrever. Acordo de noite e é sença neste evento que, mais inúmeras atuações realizadas, rejo reuniu textos, redigidos em sem dúvida, uma das grandes quando me vem a inspiração. Já do que um momento musical, mas também pela forma como poesia e prosa, que foi escreven- motivações para a materialização tenho outro livro pronto. São con- se traduz numa iniciativa de tem integrado e dinamizado do ao longo de várias décadas da deste sonho: “Não publiquei o tos inventados e lengalengas mo- promoção do nosso território, projetos culturais, onde a coo- sua vida. “Episódios”, assim lhe livro para ganhar dinheiro. Quis dificadas. Mas vai levar uns de- através da apresentação de um peração com outros agentes chama a autora, que começou a publicá-lo para mostrar às outras senhos para completar os contos, produto cultural de qualidade. locais, como o Conservatório escrever desde muito nova: “A pessoas o que eu pensava. As mi- pois é um livro para crianças, e Dinamizado pela Associação Regional do Baixo Alentejo ou primeira vez que escrevi foi um nhas vivências. Tanto que quan- isso é que vai levar algum tempo. Sénior Castrense, o Coro Poli- os grupos corais do concelho, poema quando me apaixonei pelo do comecei a escrever a dedicató- Não sei se o vou conseguir pu- fónico de Castro Verde é um representam uma mais-valia meu marido, aos 17 anos. Desde ria para o meu livro pensei na blicar porque já tenho 89 anos…”. projeto que, desde a sua criação, para a valorização do trabalho aí, dediquei-me a escrever tudo minha filha e nos meus netos, mas Maria Vitória Cerejo é natural se encontra enraizado na co- cultural coletivo de Castro Verde. o que se passava na terra”. Foi este sobretudo nos homens e mulheres de Panóias, concelho de Ourique, o ponto de partida para o nasci- que estão espalhados pelo mundo e começou a trabalhar como Re- mento deste livro. “Quando acon- inteiro e que foram meus alunos gente com apenas 19 anos, per- tecia uma coisa na terra, fazia e cuja formação possa ter tido o to da sua terra natal. Como sem- como os jornalistas. Tirava apon- meu contributo”. pre teve vocação para o ensino, tamentos, levava para casa e como Quando fala destes “Episódios acabou por ingressar no Magis- tinha muita vocação para a es- da Vida de Uma Professora Pri- tério Público, anos mais tarde, crita, passava tudo para o papel. mária no Século XX”, os olhos ficando colocada em Castro Ver- Mas quando escrevia o que se enchem-se de orgulho e entu- de, onde leccionou até se refor- tinha passado, eu estava logo mo- siasmo: “Não tenho palavras para mar, por volta de 1992. “Episódios tivada para dar ênfase ao assun- descrever o que senti a primeira da Vida de Uma Professora Pri- to, e ficcionava a história. Dava- vez que tive o meu livro nas mãos. mária” é a sua primeira incursão -lhe sempre o meu cunho. Por Foi a concretização de um sonho ao mundo da escrita.

10º Terras sem Sombra – Festival de Música Sacra do Baixo Alentejo Basílica Real Campaniça e Caipira "ouviu" obras- promoveram espetáculo primas do Barroco no Brasil O trabalho desenvolvido na ticipar nas Comemorações do Napolitano área da preservação e salva- Dia de Portugal, de Camões e guarda da viola campaniça das Comunidades Portuguesas No quinto concerto do Festival os espeta- permitiu a criação e fortale- e do 80º Aniversário do CREA Terras sem Sombra, a Basílica dores a “Seguir (em) a Via Láctea”, Contando com um público fiel, cimento de laços que, em mui- Cultural em Belo Horizonte, Real de Castro Verde abriu as suas num percurso noturno para ob- o Festival constitui uma firme to, têm contribuído para a sua no âmbito das quais decorreu portas para a atuação do ensem- servação da fauna e das estrelas aposta na projeção da música expansão artística, não só em mais um Encontro de Violas ble I Turchini. Sob batuta do maes- do Campo Branco e no dia se- sacra mas também no enraiza- território português como tam- de Arame. tro Antonio Florio e com a pre- guinte, a 18 de maio, associou-se mento de hábitos culturais na bém a nível internacional, sen- Em palco, os tocadores Chi- sença da voz sublime da soprano à celebração do Ano Internacio- região do Baixo Alentejo e resul- do de realçar a presença des- co Lobo e Pedro Mestre pro- Valentina Varriale, soaram obras- nal da Agricultura Familiar e pro- ta de uma parceria entre o De- te instrumento de raiz tra­dicional porcionaram um encontro -primas do Barroco Napolitano, moveu uma visita às Hortas Co- partamento do Património His- em inúmeros espetáculos rea- entre a viola caipira e a viola num concerto de grande quali- munitárias de Castro Verde que tórico e Artístico da Diocese de lizados em diversas partes do campaniça que teve como fi- dade artística interpretado pelo teve como objetivo sensibilizar Beja (DPHA), Pedra Angular – As- mundo, como o Brasil ou o nalidade dar a conhecer a so- agrupamento italiano, uma das para a inventariação da biodiver- sociação dos Amigos do Patrimó- Canadá. Mais recentemente, noridade de ambos os instru- vanguardas da cena musical ita- sidade nestes espaços hortícolas, nio da Diocese de Beja, Turismo Pedro Mestre, tocador, cons- mentos e fortalecer a ligação liana e europeia que garantiu através da troca de sementes da do Alentejo, Teatro Nacional de trutor e um dos grandes dina- entre eles, tendo por base a “casa cheia” em Castro Verde. região, e dar a conhecer todo o São Carlos e dos Municípios onde mizadores da viola campani- cumplicidade, a amizade e a Após o término do concerto, a processo associado ao trabalho decorrem os concertos. ça, deslocou-se ao estado de parceria em prol da divulga- organização do Festival convidou quotidiano na horta. Minas Gerais, Brasil, para par- ção da música tradicional. 14 O Campaniço ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 AMBIENTE / PROTEÇÃO CIVIL

Fundação Joaquim António Franco e seus Pais Autarquia promove ações Simulacro testou preventivas: Plano de Emergência CONTROLO DE POMBOS A Câmara Municipal de Castro Ver- das instalações de vai iniciar um programa de con- trolo preventivo de pombos consti- tuído por ações de controlo da Decorreu, no passado mês de volveu meios dos Bombeiros Vo- reprodução das populações e captura março, nas instalações do Lar da luntários de Castro Verde, da De- de pombos abandonados. 3ª Idade, Centro de Dia e Unida- legação de Castro Verde da Cruz Os pombos são aves que se adaptam de de Cuidados Continuados da Vermelha, Guarda Nacional Re- facilmente às áreas urbanas e com as quais nos habituá- Fundação Joaquim António Fran- publicana e INEM, e contou com mos a conviver. Porém, esta convivência pode tornar-se co e seus pais de Casével, um si- a colaboração de cerca de uma problemática quando as populações de pombos se repro- mulacro de incêndio, que teve centena de participantes. duzem descontroladamente, transformando-se numa pra- como finalidade testar o Plano A iniciativa teve como objetivos ga urbana com consequências para a saúde pública, am- de Emergência da instituição. colocar em prática todos os pro- como a evacuação, rápida e or- biente e património. Monitorizado pela empresa Be cedimentos a desenvolver em deira, colocando a instituição Este aumento das populações de pombos nas áreas Safe, em articulação com o Ser- caso de emergência, de forma a num patamar de qualidade no urbanas deve-se, essencialmente, à existência em abun- viço Municipal de Proteção Civil aperfeiçoar uma atuação atem- que respeita ao desempenho em dância de alimento e água, de abrigos e locais propícios de Castro Verde, o exercício en- pada em caso de incêndio, assim situações reais. à nidificação, nomeadamente calhas e algerozes, terra- ços e varandas, e à inexistência de predadores naturais nas áreas urbanas, tais como répteis, aves de rapina e outros. O aumento das populações de pombos acarreta con- sequências ao nível da saúde pública por serem trans- Autarquia associou-se à missores de doenças e parasitas (Tuberculose, Salmo- nelose, Histoplasmose, Dermatites, Gastroenterites, Toxoplasmose, Carraças, Pulgas, etc.), tanto a animais “Hora do Planeta 2014” como ao Homem, e provocam danos nos espaços públi- cos e habitações, como o entupimento de calhas, algero- zes e a degradação de monumentos e habitações, devido Consciente de que as alterações importantes das localidades ade- ao elevado grau de acidez das suas fezes. climáticas são, nos dias de hoje, rentes, bem como em residências A convivência entre pombos e humanos nas áreas ur- uma questão incontornável e que particulares, com o objetivo de banas pode, no entanto, ser harmoniosa se conseguir- é importante adotar procedimen- sensibilizar a população para a mos manter o equilíbrio ecológico, sendo que para tal a tos que contribuam para a sua necessidade da diminuição do reprodução dos pombos terá de ser controlada. diminuição, a Câmara Municipal consumo de energia e de prote- Assim, solicita-se também aos munícipes que tomem de Castro Verde associou-se à ini- ção do planeta. Em Castro Verde medidas de prevenção, protegendo simultaneamente as ciativa “A Hora do Planeta - 2014”, foram desligadas nesta data as suas habitações, através da limpeza regular de algero- que se realizou a 29 de março, luzes do edifício dos Paços do zes, calhas, terraços, varandas, em especial nos meses entre as 20h30 e as 21h30. Concelho, do Monumento ao 25 de março a julho e em setembro, de forma a remover de- Uma ação de âmbito mundial, de Abril e da Rotunda evocativa jetos, restos de ninhos, penas e ovos, prevenindo entupi- organizada pela rede WWF – World do Poder Local Democrático, de mentos. Outras das medidas de prevenção passam por Wildlife Found, que consistiu em forma a alertar a população para não alimentar os pombos, uma vez que eles têm capaci- desligar todas as luzes interiores e exteriores dos edifícios mais esta problemática. dade para procurar o seu próprio alimento; ou colocando diversos tipos de redes, vedando o acesso dos pombos aos possíveis locais de poiso e nidificação. INCÊNDIOS FLORESTAIS PERÍODO CRÍTICO AÇÃO DE DESBARATIZAÇÃO E Decreto-Lei nº 124/2006, de creio ou lazer e para con- como a menos de 30 m de 28 de Junho, alterado pelo De- fecção de alimentos, bem quaisquer construções e a DESRATIZAÇÃO creto-Lei n.º 17/2009, de 14 de como utilizar equipamentos menos de 300 m de bosque, Janeiro. Portaria n.º 202/2013 de queima e de combustão matas, lenhas, searas, pa- À semelhança de anos anteriores, a de 14 de junho, do Secretário destinados à iluminação ou lhas, depósitos de substân- Câmara Municipal de Castro Verde de Estado das Florestas e do à confeção de alimentos cias susceptíveis de arder vai realizar, durante o mês de julho, Desenvolvimento Rural. (exceto nos locais expres- e, independentemente da uma ação de desbaratização e samente previstos para o distância, sempre que deva desratização em toda a vila de Durante o Período Crítico, não efeito, nomeadamente nos prever-se risco de incêndio; Castro Verde. Esta ação de caráter é permitido: parques de lazer e recreio e preventivo será efetuada por outros quando devidamen- O incumprimento do expos- empresa especializada, apoiada pelos • Realizar queimadas para te infraestruturados e iden- to, constituiu contra-orde- serviços camarários, e tem como objeti- renovação de pastagens; tificados como tal); nação punível, com coima vos travar possíveis pragas de baratas e ratos muito • Queimar matos cortados e • Nos espaços florestais, fu- de 140 Euros a 5000 Euros, comuns nesta altura do ano e cuja origem poderá estar amontoados e qualquer mar, lançar pontas de cigar- no caso de pessoa singular, associada ao aumento das temperaturas. tipo de sobrantes de explo- ro para o chão ou fazer e de 800 Euros a 60 000 Eu- ração (exceto se decorrente lume de qualquer tipo no ros, no caso de pessoas co- de exigências fitossanitá- seu interior ou nas vias que letivas, de acordo com o es- rias de cumprimento obri- os delimitam ou os atraves- tipulado no artigo 38º do FAIXAS DE GESTÃO DE gatório, a qual deverá ser sam; Decreto-Lei nº 124/2006 de realizada com a presença • Nos trabalhos e outras ati- 28 de Junho. COMBUSTÍVEIS de uma unidade de um cor- vidades que decorram nos po de bombeiros ou uma espaços rurais, a circulação A escolha é sua… a seguran- A Câmara Municipal de Castro Verde está a proceder à equipa de sapadores flores- de tratores, máquinas e veí- ça é de todos. gestão de faixas de combustíveis nos caminhos e estra- tais); culos de transporte pesa- das municipais do concelho, tendo procedido ao corte • Lançar balões com mecha dos que não possuam ex- dos pastos nos caminhos de Piçarras, Geraldos e do ca- acesa ou quaisquer tipos de tintores, sistema de minho municipal 508. Esta medida tem como objetivo foguetes; retenção de faúlhas ou faís- aumentar a resiliência do espaço florestal aos incêndios • Realizar ações de fumiga- cas e tapa chamas nos tu- e atenuar a sua propagação e consiste no corte e limpe- ção ou desinfestação em bos de escape ou chami- za de bermas e valetas. apiários, exceto se os fumi- nés. A manutenção das faixas de combustível é uma medi- gadores estiverem equipa- • Não é igualmente permitido da preventiva que, em caso de incêndio, facilita o acesso dos com dispositivos de re- acender fogueiras nas ruas, dos bombeiros ao local, dificulta a propagação do fogo, tenção de faúlhas; praças e mais lugares pú- diminui a inflamabilidade dos combustíveis, protege as • Realizar fogueiras para re- blicos das povoações, bem habitações, a fauna e a flora existentes. ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 O Campaniço 15 PATRIMÓNIO

Protocolo com Universidade Nova de Lisboa Cooperação visa Museu da valorização do Património Ruralidade nos 40 anos de Abril de conhecimento é fundamental para a valorização do património e para a tomada de decisões em qualquer processo de desenvol- vimento, a Câmara Municipal de Castro Verde deliberou celebrar, por um período de dois anos, um protocolo de cooperação com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde se estabelece uma cooperação estratégica em áreas como a etnomusicologia, através do Centro de Estudos em Músi- ca e Dança, coordenado pela Pro- fessora Doutora Salwa El-Shawan Castelo-Branco, e o Departamen- to de Geografia, coordenado pela professora Doutora Maria José Festa de fim de ano do pré-escolar e 1º CEB de Entradas Roxo. no Museu da Ruralidade Ensaio de Cante no Museu A celebração deste protocolo parte de uma experiência de par- A Câmara Municipal de Cas- marca importante do concelho tilha e cooperação que contem- os 40 anos da revolu- munidade uma premissa re- tro Verde deliberou celebrar de Castro Verde, nomeadamen- pla os domínios da investigação, ção de abril, o Museu ferência no trabalho aqui rea- um protocolo de cooperação te através do desenvolvimento e do conhecimento e da valoriza- da Ruralidade parti- lizado, o museu vai com a Faculdade de Ciências apoio a projetos em áreas tão dis- ção do património cultural, ma- cipou no programa desen­volvendo algumas ati- Sociais e Humanas da Uni- tintas como o património arqueo- terial e imaterial, nomeadamen- Nde comemorações com a cria- vidades que lhe dão uma di- versidade Nova de Lisboa lógico, natural e cultural (como te em Ciências Musicais, ção de um cravo “plantado” mensão territorial de âmbito com base numa experiência é o caso dos vários núcleos mu- Geografia, Antropologia, Arqueo- no exterior do museu, evo- concelhio, consolidando o de partilha que contempla os seológicos do concelho, ou ações logia e História de Arte, tendo por cando, desta forma, a flor que conceito de museu do terri- domínios da investigação, do de conservação das aves estepá- base os projetos que o Município substituiu as balas nos canos tório, que está na génese des- conhecimento e da valoriza- rias e combate à desertificação, se encontra a desenvolver na área das espingardas dos soldados te projeto. A abertura do Nú- ção do património natural, entre outros) e que, pelo seu va- da música de tradição, nomea- que, na madrugada do 25 de cleo “A minha Escola”, em cultural e arqueológico. lor e importância têm sido, por damente em torno da Viola Cam- abril de 1974, trouxeram as Almeirim, no início deste ano, várias vezes, reconhecidos por paniça e do Cante Alentejano. palavras democracia e espe- ou a exposição itinerante “Cas- A valorização do património agentes exteriores ao concelho, O protocolo contempla ainda rança ao vocabulário do nos- tro Verde recebe Abril: o 1º de cultural constitui, para a Câma- e têm constituído objeto impor- a divulgação do conhecimento so dia-a-dia. Maio de 1974”, que correrá a ra Municipal de Castro Verde, uma tante de estudo e investigação. adquirido à comunidade cientí- A peça batizada de “há cra- maioria das localidades do das componentes fundamentais Assim, dando continuidade a fica e público em geral, através vos sem ser abril”, e que foi o concelho durante este ano, para a afirmação, valorização e uma política cultural de educa- da organização de encontros de contributo direto do museu são dois exemplos de como o desenvolvimento do território. ção e formação, bem como à con- investigadores, académicos e não nestas comemorações, foi fei- papel do museu é aglutina- O trabalho que vem sido desen- solidação de práticas de coope- académicos. ta num trabalho de colabora- dor das mais diversas enti- volvido ao nível da sua salvaguar- ração com estabelecimentos de ção entre a equipa do museu, dades, com preocupações e da e dinamização é já hoje uma ensino superior, onde a produção funcionários da autarquia e objetivos diferentes, como é o “grupo da meia”, um punha- nestes casos o exemplo do do de mulheres de Entradas Agrupamento de Escolas e que, de vez em quando, se da União de Freguesias de Município associou-se ao Dia reúnem no espaço do museu. Castro Verde e Casével, par- Entre um projeto idealiza- ceiras nestes projetos. do no papel, a sua discussão, Num tempo de evocação Internacional de Monumentos e Sítios a sua execução e instalação dos 40 anos de Abril, o Museu está subjacente uma filosofia da Ruralidade junta-se às co- ponto de partida o S. Pedro das de funcionamento que assen- memorações trazendo a va- Cabeças, local mítico da Batalha ta numa interação profunda lorização da memória desta de Ourique. entre o museu e a comuni- região, mas também um con- Para esta iniciativa foram con- dade em que está inserido. A tributo importante na aglu- vidados vários técnicos para olhar cabana do pastor e todos os tinação de diversas comuni- a paisagem e interpretar o visível seus objetos, executada pelos dades na dignificação do seu e o invisível desta paisagem, en- senhores Manuel Silva e Fran- património. tre os quais, Maria José Roxo, cisco Martins, é um dos vários Coordenadora do Departamen- exemplos que gostamos de to de Geografia da Universidade dar e ao qual podemos agora Nova de Lisboa; João Matos, Geó- juntar outro momento im- logo do Laboratório Nacional de portante nestes três anos de Energia e Geologia; António Si- história do museu: a festa de mões, Engenheiro Civil da Câ- fim de ano dos alunos do jar- mara Municipal de Castro Verde; dim-de-infância e do 1º ciclo Miguel Rego, Arqueólogo, do Mu- de Entradas, um exemplo bem seu da Ruralidade e Sónia Fra- demonstrativo do grau de co- goso, Bióloga, da Liga para a Pro- laboração e de envolvimento teção da Natureza. do museu na vida da comu- Durante o percurso foi possível nidade e que, nesta situação observar os restos estruturais de concreta, levou a que a sala moinhos de vento e de água, hor- de exposições permanentes Paragem para observação e interpretação da paisagem tas abandonadas, montes em fosse desmontada para aco- ruínas e estruturas arqueológicas lher esse momento inesque- A Câmara Municipal de Castro desta edição e o mote para a rea- deste território repleto de ele- cível na vida das crianças des- Verde e o Museu da Ruralidade lização de uma caminhada com mentos de intervenção humana, ta comunidade escolar, associaram-se às comemorações cerca de 10 quilómetros com pa- mas onde é visível um processo algumas das quais acabavam do Dia Internacional dos Monu- ragens para leitura e interpretação irreversível de desertificação cujos aqui o seu ciclo escolar na mentos e Sítios 2014, assinalado de paisagem e de sítios. Cerca de danos se repercutem de forma freguesia de Entradas. a 12 de abril. três dezenas de participantes rea- dramática em toda esta região. Sendo o trabalho com a co- “Lugares de Memória” foi o tema lizaram o percurso que teve como 16 O Campaniço ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 LEITORES

Entradas és um encanto NÃO ESQUECER ABRIL

I Estamos tombados no chão. Atolados em miséria física e psicológica. Escravos do medo e da prepotência Entradas és um encanto VI desenfreada de alguns. Somos como moscas a que tiraram as asas e que se arrastam, temerosas, na espe- Estás mais bonita e mais bela Mas ainda bem que assim é rança de não serem pisadas. Gritamos silenciosos as nossas dores e humildamo-nos à fome que se avizinha. É o orgulho de quem Graças aos habitantes que aí tens Já percorremos montanhas de sol e hoje vivemos presos no sopé envoltos numa sombra fria e húmida sem Entra e sai dela Que lutam pensando em ti vontade de ir mais além. Sempre nos postámos curvados ao poder humilhante de quem se julga acima dos Orgulhosos e contentes outros, de quem nos olha como seres descartáveis, sem vontade própria e sem sentimentos. Sentimo-nos as- II sim, desgraçadinhos, chorões, almas passivas mendigando migalhas e agradecendo a Deus o milagre da vida. Quem te conheceu bem no passado VII Uma vida de instabilidades, sem futuro aparente, sem sorrisos, cheia de mágoas, desmotivante para quem E te revê no presente Pois estás muito mais bela ainda pense em sonhar. É para ficar deslumbrado Apesar de mais idade Mas ainda somos um povo que unidos formamos um todo, uma frente de batalha contra esta guerra que Mas feliz de contente Como vila és muito linda nos assola os sentidos, defrauda os nossos direitos e põe em causa a liberdade. E hás de vir a ser cidade Abril é um mês de meditação, de convergência de pensamentos, de análise politica e democrática. Um mês III que nos faz renovar a esperança, que nos faz sonhar com tempos melhores. Não me tomes por ingrata VIII José Bravo Rosa Pois foi aí que eu nasci Quem te viu e quem te vê Visito-te poucas vezes Não pode dar para esquecer Mas gosto muito de ti Cada vez mais elegante O Poeta E continuas a crescer. V O poeta é pensador É o que ri e ama É o que não sabe entender Lembro muito dos amigos Maria de Jesus Peres Lopes É o que é sonhador E é também o que reclama E o que sabe ler E também os meus queridos pais Lisboa É o que dá amor E o que sabe escrever Infelizmente partiram E o que dá calor O poeta é sentimental É o que sabe sofrer Para não voltarem nunca mais E o que à vida dá sabor É o que sente que todo o ser é igual É o que sabe morrer. E o que combate a dor É o que escreve no jornal V E o que ama com fervor É o que vai ao hospital Poetas podemos ser todos nós se Não fiques triste Entradas E o que aos amigos dá valor E o que se sente mal rimarmos as nossas boas palavras Pois nenhuma culpa tens É o que ama o animal acompanhadas de boas ações. A Antes sim muito orgulhosa O poeta é o que ama É o que vai ao funeral beleza que se encontra na poesia e Pois cada vez estás mais nova É o que quer sair da lama E o que é genial nos belos textos faz-nos ultrapassar É o que tem fama a mentira que se encontra em É o que nos chama O poeta é o que tem algo a dizer determinados tipos de leitura. É o que escreve na cama É o que sente a alma a arder NECROLOGIA É o que chora e clama É o que não saber esconder Mariana Palma – Barreiro

Alzira de Lurdes Guerreiro Clemente, 74 anos, Castro Verde Ao Francisco Galrito Ana de Assunção Francisca, 82 anos, Lombador António Joaquim Tomé, 103 anos, Castro Verde I III V Avelino de Almeida Ferreira, 56 anos, Castro Verde Morreu Francisco Galrito Compunha com sabedoria Que a sua alma suba ao céu Consolação Maria Faustino, 88 anos, Sete Homem muito inteligente E com muita naturalidade Com muita paz e amor Francisco José Medeiro Feio, 59 anos, Entradas Que rimava muito bem Ainda mais se o tema É o que aqui deixo escrito Francisco Pratas Varela, 83 anos, Santa Bárbara de Padrões Para agrado da nossa gente Era a palavra Liberdade Neste recado ao Senhor Ilda Maria, 91 anos, S. Marcos da Atabueira Isabel Colaço Medeiro, 85 anos, Castro Verde II IV D. Ana - Castro Verde Isabel Maria Romano Paulino, 89 anos, Sete Foi-se embora para sempre Essa palavra tão boa Jacinto Palma Afonso, 79 anos, Castro Verde Mas não o vamos esquecer Mas que antigamente era mal Joaquim Bento, 87 anos, Figueirinha Deixou-nos muita poesia Que afligiu muita gente Joaquim Reis Bengalita, 88 anos, Castro Verde Que vamos continuar a ler No tempo do Salazar José Luis Guerreiro Taborda, 66 anos, Castro Verde José Manuel Coelho, 88 anos, Entradas José Rodrigues Vargas Batista, 91 anos, Castro Verde NOTA DA REDACÇÃO AGRADECIMENTO AO LAR JACINTO Leonel Castanheira, 76 anos, Guerreiro Estas páginas são dedicadas a todos os leitores do bo- Lídia Assunção Amaro, 88 anos, S. Marcos da Atabueira FALEIRO letim “O Campaniço”. Envie-nos as suas poesias, cróni- Manuel Dores Faustino, 72 anos, A-do-Corvo cas e outros textos fruto da sua criatividade. Por vezes, o número de correspondência recebida não nos permi- Maria Emilia Carrilho Costa, 94 anos, Castro Verde Para todas as pessoas que colaboraram para que te publicar todos os textos, pelo que é feita uma selecção Maria Luisa Palminha G. Sardinha, 69 anos, Castro Verde a nossa querida mãe pudesse estar o melhor pos- do conjunto que nos chega às mãos. Na próxima edição sível nos últimos anos da sua vida, vai o nosso pro- continuaremos a sua publicação. Maria Teresa Lourenço, 81 anos, Lombador Os textos podem ser enviados por correio ou por email: fundo reconhecimento e um muito obrigado das fi- Campaniço. Câmara Municipal de Castro Verde. Praça lhas e filhos da utente Ilda Maria. do Município, 7780-217 Castro Verde / gab.comunica- [email protected]. JOSÉ GUERREIRO FRANCISCO Faleceu a 25-05-2014-Casével Sua esposa, filhas, filhos, netos e restantes familiares, na impossi- bilidade de o fazerem pessoalmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que os acarinharam nesta altura de profunda dor VOTO DE PESAR PELO e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos aqueles que acom- VOTO DE PESAR PELO FALECIMENTO DE panharam o seu querido familiar até à sua última morada. FALECIMENTO DE RAUL GOMES DA JOSÉ GUERREIRO ENCARNAÇÃO NEVES FRANCISCO RAUL GOMES DE ENCARNAÇÃO NEVES A Câmara Municipal de Castro Ver- Faleceu a 05/05/2014 - Castro Verde A Câmara Municipal de Castro Verde, reunida em de, reunida em sessão ordinária do dia 7 de Maio, A família participa o falecimento do seu ente querido, agrade- cendo a todos os que o acompanharam até à sua última mo- sessão ordinária do dia 4 de junho de 2014, aprovou aprovou por unanimidade um voto de pesar pelo fa- rada ou que, de qualquer outro modo, lhe manifestaram o seu por unanimidade um voto de pesar pelo falecimen- lecimento de Raul Gomes da Encarnação Neves, fa- pesar. to de José Guerreiro Francisco, a 25 de maio, cidadão lecido em Castro Verde, no dia 5 de Maio 2014. incontornável da vida social e democrática da fre- Raul Neves foi um homem disponível para a parti- guesia de Casével e do concelho de Castro Verde. cipação cívica, contribuiu para os primeiros passos JÚLIA DE JESUS G. PALMA RODRIGUES Com a sua partida, o concelho perdeu um Homem do Poder Local Democrático em Castro Verde, inte- Faleceu a 7/5/2014 – Macheira, Alte Natural de Castro Verde, há muitos anos a residir em Macheira, que dedicou grande parte da sua vida à causa pú- grou a comissão administrativa da Câmara Municipal Alte, faleceu no passado dia 7 de maio, com 80 anos de idade. blica e às pessoas, tendo sido o primeiro presiden- (1974 -1976) e presidiu aos três primeiros mandatos Sua filha, genro, neto e irmãos agradecem a todos os que a te democraticamente eleito na Junta de Freguesia da Assembleia Municipal de Castro Verde: 1976 -1979, acompanharam até à sua última morada. Foi durante muitos anos uma grande colaboradora do jornal “O Campaniço”, para o de Casével depois da Revolução de Abril. Durante 1980 – 1982 e 1983 – 1985, tendo sido eleito pelas qual estava sempre disponível, enviando as poesias que escrevia 14 anos desempenhou com espirito de missão um listas da FEPU E APU, anteriores denominações da cargo exigente entre 1976/86 e, mais tarde, no man- CDU, desempenhando com responsabilidade e con- dato 1993/1997. Eleito pelo Partido Socialista, foi fiança os cargos que lhe foram confiados em prol do ISABEL COLAÇO MEDEIROS também membro por inerência da Assembleia Mu- desenvolvimento e bem-estar da população do con- Faleceu a 18/3/2013 – Castro Verde nicipal de Castro Verde nesses períodos. celho, bem como da causa democrática. As filhas participam o falecimento do seu ente querido, agra- A Câmara Municipal de Castro Verde expressa aos A Câmara Municipal de Castro Verde expressa aos decendo a todos os que a acompanharam até à sua última familiares de José Guerreiro Francisco as mais sen- seus familiares e amigos de Raul Neves sentidas con- morada ou que, de qualquer outro modo, lhe manifestaram o seu pesar. tidas condolências pelo seu falecimento. dolências pelo seu falecimento. ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 O Campaniço 17 UTILIDADES

Receitas ALIMENTAÇÃO

& VERÃO ARROZ DE BORREGO

2 kg de borreguinho verão está à porta e com ele os dias 100g de banha quentes e longos. Para nos adaptar- 3 cebolas médias mos a esta estação devemos come- 6 dentes de alho çar pela alimentação e hidratação. 1 colher de colorau A ingestão de água nesta altura de- 1 raminho de salva Overá ser no mínimo de 2 litros por dia. Para 4 dentes de cravinho além da água, podemos consumir chás gelados azeite e águas aromatizas, das caseiras e não de com- vinagre pra, pois estes últimos contém um alto teor de arroz açúcar. Outra forma de promover o consumo sal de líquidos é através de batidos de fruta e de sopas, sendo o nosso gaspacho um bom exem- A carne a utilizar neste prato deverá ser a das costeletas, o plo (se não abusarmos do pão, da gordura e espinhaço e a espádua. Num tacho com a banha e o azeite do peixe frito). colocam-se os temperos e um pouco de vinagre, deitando a Para uma refeição nutricionalmente rica e carne partida aos bocados. Tapa-se o tacho e deixa-se cozer a equilibrada podemos compor uma salada, mis- carne só nos temperos, em lume muito brando. Quando a turando verduras frescas, fruta, hidratos de carne estiver cozida, retira-se do tacho e coloca-se no carbono e proteínas. Como por exemplo, uma tabuleiro de ir ao forno, com banha, para corar. Junta-se a salada colorida de frango constituída pelos água aos temperos que estão no tacho, em quantidade seguintes ingredientes: alface, beterraba, ce- suficiente para cozer o arroz. Passa-se pelo passador e noura, couve-roxa, milho, nozes, ananás, fran- retifica-se de sal e vinagre. Quando abrir fervura, deita-se o go desfiado, azeite e vinagre ou sumo de limão. arroz. Coloca-se o arroz numa travessa e decora-se com a Estes pratos são práticos e nutritivos, sendo e pedaços de fruta. Por outro lado, os gelados carne já corada. uma boa opção para um dia de piscina ou de são uma tentação difícil de resistir. Apesar de praia. Além disso apresentam várias vantagens serem refrescantes, estes são ricos em gordu- como uma fácil digestão, promovem a hidra- ras e açúcares, devendo ser consumidos com tação pois contêm um alto teor de água, pro- moderação. Saiba que os ingredientes mais tegem a pele por serem ricos em vitaminas e calóricos são as natas, o caramelo, o choco- minerais antioxidantes e ajudam a controlar o late, os frutos secos e a bolacha. Prefira, assim, LULAS À ALENTEJANA peso corporal, apresentando um baixo valor ingerir gelados durante o dia, pois ainda está calórico. ativo e pode gastar essas calorias extra. 1,5 kg de lulas Para proteger a pele e prolongar o bronzeado Por último, e não menos importante, faça 0,750 kg de batatas podemos incluir alimentos ricos em betacaro- atividade física! Esta deve ser praticada nas 1 kg de tomate teno como por exemplo: cenoura, tomate, abó- horas de menor calor, como pela manhã ou cebola e alhos q.b. bora, pêssego, alperce, laranja, papaia, manga, final de tarde. Sempre que optar por atividades 2 pimentos pequenos melão, pimento encarnado/amarelo/laranja, dentro de água deverá fazer refeições peque- 1,5 dl de azeite entre outros. nas e de fácil digestão, pelo menos 1 a 3 horas ½ molho de hortelã-da-ribeira Relativamente às sobremesas, as frias são antes de entrar na água. ½ molho de poejos as mais procuradas nesta estação. Uma boa 1 dl de vinho branco opção é a gelatina light que tem poucas calo- Votos de um verão nutritivo! sal rias e podemos utilizá-la para fazer sobreme- sas ou lanches, adicionando-lhe iogurte magro RITA MESTRE, DIETISTA ESTAGIÁRIA Limpam-se as lulas e partem-se às rodelas ou aos bocados. Num tacho faz-se um fundo com azeite, as cebolas, os alhos e os pimentos partidos grosseiramente aos bocados. Faz-se uma boneca com a hortelã e os poejos que também se juntam. Deixa-se alourar um pouco, colocando em seguida o tomate para refogar ligeiramente. Depois deitam-se as lulas e o sal. Está-se atento para não deixar refogar muito e acres- centa-se um pouco de água para cozerem. JUNHO AGRICULTURA, Quando as lulas estiverem no meio da cozedura, entram as JARDINAGEM E ANIMAIS batatas cortadas às rodelas e o vinho branco.

No Minguante, ceifa do trigo, centeio e cevada. Na Horta semear em viveiro alface, alho-porro, repolho, couves-flor e de Bruxelas, couve-nabo, couve-rábano e couve galega. Em local definitivo semear cenoura, chicória, nabo, rabanete, salsa, etc. Colher a batata de fevereiro. Cuidar de milha- SERICAIA rais, batatais e morangal. Continua a sementeira do feijão para consumo em verde. Plantar batata, pimento e tomate. Colher cebola, alho, alface e aipo, da sementeira de Janeiro. Apanhar as cerejas 12 ovos e as nêsperas. Extrair o mel e a cortiça. Na vinha continuar com os tratamentos e aplicar o enxofre 1 l de leite quando se manifestar o oídio. No Jardim semear begónias, calêndulas, gipsófilas, goivos e colher 0,5 kg de açúcar rosas, cravos, etc. Animais: o gado, bem bebido, sai dos estábulos na alba ou ao entardecer. 150 g de farinha 1 casca de limão Canela em pó e sal q.b.

Ferve-se o leite com a casca do limão e um pouco de sal. Em seguida dissolve-se a farinha. Batem-se muito bem as gemas 5 JUL. QUARTO CRESCENTE dos ovos com o açúcar, até ficarem em creme, e juntam-se ao 12 JUL. LUA CHEIA leite. Leva-se ao lume para engrossar. Deixa-se arrefecer e FASES juntam-se as claras, que foram batidas em castelo. 19 JUL. QUARTO MINGUANTE Num prato grande de barro, deita-se o preparado de forma desordenada com uma colher, polvilha-se com muita canela e DA L A 26 JUL. LUA NOVA leva-se a cozer em forno forte. 4 AGO. QUARTO CRESCENTE 10 AGO. LUA CHEIA in “Cozinha Regional do Alentejo” de Manuel Fialho 17 AGO. QUARTO MINGUANTE Informações BORDA-D’ÁGUA 25 AGO. LUA NOVA 18 O Campaniço ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 DESPORTO Jogos Concelhios encerraram 4 meses de atividade física no concelho Em junho, os Jogos Concelhios encerraram quatro meses de atividade física no concelho e deram por finda a época desportiva 2013/2014 do programa Atividade Com ‘Vida da Câmara Municipal de Castro Verde.

Nesta edição 2014, os Jogos sociativas do concelho. gundo o técnico “é Concelhios foram uma das ban- Em termos de participações para manter ao lon- deiras dos 40 anos do 25 de Abril, nos Jogos Concelhios, 2014 foi go da próxima edi- reforçando a importância que o um ano generoso para o projeto. ção de Jogos Con- desporto tem na qualidade de Nos quatro meses de atividade celhios” pois vida das comunidades e as por- registaram-se, aproximadamen- importa “dar conti- tas que Abril abriu no acesso ao te 2720 participações. Para André nuidade à dinâmica desporto como um direito dos Alves, técnico de desporto da au- alcançada nos últi- cidadãos e do seu processo de tarquia, concretizou-se um dos mos anos em prol formação. principais objetivos do projeto: da qualidade dos Durante quatro meses e com “abranger, de uma forma consi- serviços prestados uma abrangência territorial que derável, todas as faixas etárias do aos munícipes”, sen- se estendeu a todo o concelho, concelho, alcançando a meta a do de realçar o im- os Jogos Concelhios foram res- que nos propusemos desde o iní- portante papel as- ponsáveis pela dinamização de cio e que estabelece o princípio sumido por todos um conjunto alargado de moda- do desporto para todos. os parceiros do pro- lidades desportivas direcionadas A criação do Campo de Jogos jeto - escolas, asso- a diferentes públicos, sensibili- de Areia, junto às Piscinas Mu- ciações, coletivida- zando para a prática desportiva nicipais, veio permitir a reedição des e juntas de freguesia do e do Curso de Dança da Secção Para a próxima época fica o regular, potenciadora da saúde dos desportos de areia no âmbi- concelho. de Castro Verde do Conservatório convite para participar numa das e do bem-estar, mas também para to dos Jogos Concelhios, com um Os Jogos Concelhios encerra- Regional do Baixo Alentejo. Para muitas modalidades dinamiza- a ocupação saudável dos tempos total de 120 participações repar- ram a 18 de junho, no Anfiteatro além da habitual entrega de pré- das no âmbito dos Jogos Conce- livres e promoção do convívio tidas pelo voleibol de areia (40), Municipal de Castro Verde, com mios aos vencedores houve ain- lhios ou aderir a um dos projetos social, dinamizando os espaços futebol de areia (70) e ténis na uma festa bastante participada da espaço para algumas demons- dinamizados pela autarquia no ao ar livre e as infraestruturas areia (10). que contou com a presença da trações de zumba, aerodance, âmbito do programa Atividade desportivas, municipais ou as- Um balanço positivo que, se- Banda Filarmónica 1º de Janeiro danças de salão e jiu-jitsu. Com ‘Vida.

Equipa BTT Futebol Clube Castrense 100 Trilhos Equipa de futebol marca pontos feminina conquista na competição principais títulos distritais A época ainda não terminou Afonso, Nesta época 2013/2014, a equipa equipa do Futebol Clube de Ser- para a equipa de BTT da Asso- um bom feminina do Futebol Clube Castren- pa, em casa, por 8-2. ciação 100 Trilhos, mas os resul- exemplo se estreou-se da melhor forma. Orien- A 26 de abril, depois da golea- tados alcançados até à data per- de empe- tado por Gonçalo Nunes, o plantel da por 11-0, também frente à mitem já traçar um balanço nho e de- verde e preto disputou o Campeo- equipa de Serpa, a equipa femi- positivo para a modalidade, tan- dicação nato Distrital da 1ª Divisão da Asso- nina do Futebol Clube Castrense to a nível competitivo como re- no feminino, que tem conquis- gos Concelhios ou o ATL de Verão, ciação de Futebol de Beja, e deu trouxe para Castro Verde a Su- creativo. tado vários primeiros lugares, e dinamiza eventos próprios como provas que sabe o que faz dentro pertaça do distrito de Beja de Se- A equipa de competição da 100 “competindo muitas vezes com o Passeio de BTT Noturno. A equi- das quatro linhas, ao conquistar os niores Femininos, numa partida Trilhos é constituída por 5 atletas, atletas mais experientes nestas pa recreativa, por sua vez, desen- três principais títulos distritais. disputada no Campo de Jogos Dr. um deles feminino, e participa, corridas". volve a sua participação em ma- No início da época desportiva, a Augusto Amado Aguilar, em Cuba. ao longo do ano, em cerca de 20 Para António Freire, “o desafio ratonas ou passeios com extensões equipa castrense conquistou a Taça Já no início de junho, o plantel a 25 competições desenvolvendo deste desporto consiste em ultra- entre os 45 km e os 60 km, que do Distrito de Beja depois de dis- castrense disputou a 1ª edição da a sua atividade em provas des- passar certos medos, transfor- ocorrem de forma regular em di- putar a final com a equipa do Women Albufeira Cup, competição portivas de BTT, principalmente mando-os em prazer. A Eugénia versas zonas do país. O principal Odemirense e, a 22 de abril, fes- da qual também acabou por sair em Maratonas com extensões começou a pedalar entre amigos objetivo destas participações é tejou o título distrital, ao bater a vencedora. entre os 45 kms e os 70 kms, um e depressa ganhou o gosto pelo fomentar a prática da BTT entre pouco por todo o país. Para An- BTT”. Cada passeio ou treino é os elementos da associação e, tónio Freire, presidente da Asso- uma descoberta pela natureza que em simultâneo, marcar presen- ciação, “os atletas têm como prin- nos envolve e uma imensa satis- ça em eventos organizados por cipal objetivo a conquista dos fação mental e física que consi- outros clubes, promovendo as primeiros lugares do pódio, pro- dero ser o principal incentivo para atividades organizadas pela pró- movendo a cada participação o homens e mulheres praticarem pria 100 Trilhos, com destaque nome da 100 Trilhos, de Castro cada vez mais este desporto.” para a Maratona BTT de Castro Verde e, principalmente, dos pa- A vertente recreativa constitui Verde que, na sua última edição, trocinadores que contribuíram outra das dinâmicas da associa- em 2013, reuniu cerca de 320 para o desenvolvimento e ma- ção. Com sede nos Geraldos, co- participantes provenientes de nutenção da equipa”. labora frequentemente com a todo o país, figurando como a Entre os bons resultados obti- autarquia no desenvolvimento atividade mais importante e par- dos por esta equipa destacam-se de atividades relacionadas com ticipativa organizada pela Asso- os alcançados pela atleta Eugénia a modalidade, como sejam os Jo- ciação. ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 O Campaniço 19 DESPORTO Bóccia, desporto de igualdade

Desde 2010 que a Câmara Municipal de Castro Verde, através do progra- ma Atividade Com' Vida proporciona, aos utentes institucionalizados nos lares e centros de dia do concelho, a prática do Bóccia. Em maio, integra- do no projeto desenvolvido pela autarquia, realizou-se em Castro Verde o Torneio Municipal de Bóccia Sénior. O encontro teve a supervisão da Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência e dos técnicos de desporto da Câmara Municipal de Castro Verde.

erca de 63 idosos dos la- -se perfeitamente neste objetivo espirito competitivo que acaba res e centros de dia do de promover o desporto em qual- por se desenvolver nos partici- concelho participaram, quer idade e condição física, no- pantes. no passado dia 21 de maio, meadamente por ser uma mo- Com influências do jogo tra- Cno Torneio Municipal de Bóccia, dalidade que promove a dicional Petanca, o Bóccia con- evento desportivo direcionado integração social e o bem-estar siste no lançamento de bolas, para a população sénior, com físico e mental do idoso, condu- vermelhas e azuis, com o obje- idade acima dos 65 anos, que se zindo-o a um nível superior de tivo de as aproximar o mais pos- realizou no Pavilhão dos Bom- autonomia e eficiência na relação sível da bola branca ou bola alvo. beiros, em Castro Verde. A inicia- consigo próprio e com o meio Mariete Matias, da Federação Por- tiva integrou o projeto “Sempre que o rodeia”, sublinha o técnico tuguesa de Desporto para Pessoas Jovem” da Federação Portugue- da autarquia. com Deficiência, explica que “ape- sa de Desporto para Pessoas com Neste dia estiveram presentes sar de ser um jogo aparentemen- Deficiência e foi dinamizada em utentes das quatro instituições te fácil, é extremamente minucio- colaboração com os técnicos de do concelho - Lar Jacinto Faleiro, sos e exige muita concentração, Torneio Municipal e Ação de Formação de Bóccia Sénior desporto da Câmara Municipal Lar de Seara de Abril, Lar Frei Ma- agilidade, pontaria e astúcia”. Os de Castro Verde, no âmbito do noel das Entradas, Lar António elevados níveis de concentração os utentes das quatro instituições junto dos técnicos da autarquia projeto “Bóccia Sénior”. Franco e seus Pais e Unidade de que a modalidade assume tornam- do concelho. e das diferentes instituições uma O projeto Bóccia Sénior enqua- Cuidados Continuados de Casé- -na especialmente exigente a ní- Durante a manhã a Federação ação de formação que teve como dra-se no Programa Atividade vel. Em representação desta úl- vel psicológico e cognitivo, de- Portuguesa de Desporto para Pes- objetivo aprofundar o conheci- Com'Vida da autarquia e, neste tima, acompanhado por onze senvolvendo nos participantes soas com Deficiência promoveu mento sobre a modalidade. âmbito, dinamiza regularmente utentes, esteve Diogo Santos, um espírito competitivo que é, atividades de bóccia sénior nos Técnico de Reabilitação Psico- por si só, potenciador das rela- lares e centros de dia do conce- motora na instituição. As idades ções interpessoais e sociabiliza- lho. “O Bóccia é um jogo de pre- dos participantes vindos de Ca- ção. Desde o ano de 2010 que o projeto Bóccia Sénior se assume cisão”, refere André Alves, do Ga- sével variam entre os 55 e os 93 Cofinanciado pelo Instituto parte integrante do Programa Atividade Com’Vida da Câmara binete de Desporto da Câmara anos. Para Diogo Santos que Nacional para a Reabilitação e Municipal de Castro Verde, proporcionando aos utentes ins- Municipal de Castro Verde, “com acompanha estas pessoas no seu distinguido com o Prémio BPI titucionalizados nos lares e centros de dia do concelho, a pos- inúmeros benefícios físicos, men- dia-a-dia “tem sido notória uma Seniores 2013, o projeto “Sempre sibilidade de praticarem a modalidade em sessões monitori- tais e sociais e, apesar de ser uma evolução ao nível da coordena- Jovem” representa para a técnica zadas pelos técnicos de desporto da autarquia. Estas sessões modalidade originalmente con- ção locomotora e espirito de en- da Federação uma mais-valia na acontecem de março a junho, no âmbito dos Jogos Concelhios cebida para pessoas com paralisia treajuda, o que facilita em mui- promoção e divulgação da mo- e, para além da prática de atividade física, proporcionam ain- cerebral, tem a capacidade de se to as relações interpessoais dalidade. “Começámos por tra- da o encontro e o convívio entre utentes de diferentes insti- adaptar a outros públicos, como entre eles. É muito importante balhar apenas na área de Lisboa, tuições. Durante esta época desportiva, o Gabinete de Des- é o caso da população sénior”. que, a partir desta idade, os ido- porém, fruto deste prémio, foi- porto da Câmara Municipal de Castro Verde criou um Circuito O Bóccia é, por isso, uma mo- sos se mantenham ativos, den- -nos possível aumentar a nossa Municipal de Bóccia, constituído por seis etapas, que teve dalidade de cariz universal e que tro das suas limitações é claro, área de intervenção até ao Alen- como intenção reunir e promover o encontro entre as institui- pode ser praticada por pessoas que evitem o isolamento e, aci- tejo e Algarve. O projeto está no ções abrangidas pelo Projeto Bóccia Sénior. Participaram o com ou sem dificuldades físicas, ma de tudo, se sintam úteis”. O momento implementado em Lar Frei Manoel das Entradas, o Lar Joaquim António Franco motoras ou psicológicas. “O pro- Bóccia está implementado nes- cerca de 50 municípios pois “é e seus Pais, de Casével, e o Lar Seara de Abril, de Sta. Bárba- grama Atividade Com'Vida tem ta instituição há cerca de três cada vez maior a preocupação ra de Padrões. A iniciativa captou o interesse da Federação como principal objetivo promo- anos através dos técnicos de das autarquias em manter os seus Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência e re- ver a atividade física e o despor- desporto da autarquia e tem sido, idosos ativos e saudáveis”. gistou uma maior adesão por parte dos utentes instituciona- to junto de todos os munícipes, desde então, uma das atividades O Torneio contou com a pre- lizados, motivando a realização do Torneio Municipal que de- numa lógica de Desporto para mais solicitadas, seja pelo con- sença de seis técnicos da Fede- correu a 21 de maio, no Pavilhão dos Bombeiros. Todos. O Bóccia Sénior enquadra- vívio que proporciona, seja pelo ração que acompanharam in loco

DIA DO ATLETISMO FC CASTRENSE FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO Prova reuniu 250 2º Encontro de Setor de participantes Petizes eTraquinas lançamentos

No âmbito do protocolo estabelecido entre a Asso- O Futebol Clube Castrense organizou, no passado realizou estágio em ciação de Atletismo de Beja e a Câmara Municipal de dia 10 de maio, no Estádio Municipal 25 de Abril, em Castro Verde, cerca de 250 crianças das escolas do 1º Castro Verde, o 2º Encontro de Petizes e Traquinas, Castro Verde ciclo do Ensino Básico do concelho participaram, no que reuniu cerca de 130 crianças, com idades entre dia 3 de abril, no Dia do Atletismo, realizando provas os 5 e os 8 anos. Entre os dias 24 a 27 de abril, vinte e quatro atletas de resistência, lançamento do vortex, corrida de ve- Marcaram presença no encontro as equipas do Fu- do Setor de Lançamentos da Federação Portuguesa locidade e corrida 30m barreiras. tebol Clube Castrense, SC Mineiro Aljustrelense, Al- de Atletismo realizaram estágio na Pista Simplificada O Dia do Atletismo tem como objetivos divulgar o vorada Futebol Clube, CD Praia de Milfontes, Ourique de Atletismo do Estádio Municipal 25 de Abril, em atletismo junto da população infantil do concelho, Desportos Clube e do Sport Clube Odemirense. Castro Verde. Os atletas (a partir do escalão de Juve- identificar novos talentos e cativar novos praticantes A iniciativa inseriu-se nas Comemorações dos 40 nis) foram orientados por Paulo Reis, Diretor Técnico da modalidade. anos do 25 de Abril. Nacional para o Setor de Lançamentos. 20 O Campaniço ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 NOTÍCIAS

BREVES BREVES

EUROPEIAS 2014 Dia Internacional da Resultados do Criança Concelho de Castro Verde Foi no espaço verde das Piscinas Municipais que as crianças do 1º Ciclo e do Portugal elegeu a 25 de maio, Jardim-de-Infância de Cas- e para os próximos cinco anos, tro Verde comemoraram o os deputados portugueses para seu Dia. Do programa, dina- o Parlamento Europeu. Em mizado pela União de Fre- Castro Verde, no total do con- guesias de Castro Verde e celho, a CDU foi a força polí- Casével, constou todo um tica vencedora com 41,83% conjunto de atividades, desde dos votos, seguida do Partido pinturas faciais, insufláveis, Socialista com 30,65%. A co- jogos tradicionais, atividades ligação PPD/PSD.CDS-PP ar- desportivas, modelagem de recadou 8,62 % dos votos, se- balões e até uma máquina de guida do Bloco de Esquerda fazer pipocas. com 4,63%. Seguiram-se na Um dia em cheio para os votação os partidos PCTP/ mais pequenos que, ao sabor MRPP (2,79%), MPT (2,74%), da música, da amizade e da L (1,25%), PAN (1,11%), PTP alegria, brincaram e pularam, (0,47%), PPM (0,43%), PNR demonstrando que ser crian- (0,21%), PND (0,17%), PPV ça é, sem dúvida, o melhor (0,17%), MAS (0,13%), PDA Época Balnear já abriu nas do mundo. (0,09%), POUS (0,04%). Antigos alunos da Associação Sénior Piscinas Municipais Escola Primária de Castrense promoveu Entradas IV Encontro de Desde dia 14 de junho que as O Campo de Jogos de Areia, que aproveitar para passar pelo Quios- Piscinas Municipais de Castro entrou em funcionamento no que de Leitura da Biblioteca Mu- reencontraram-se Corais de Castro Verde estão à disposição dos uti- início do mês de junho, é a novi- nicipal onde podem pôr a leitu- em almoço-convívio Verde lizadores que queiram fazer fren- dade que as Piscinas Municipais ra em dia, recorrendo às demais te aos dias quentes de verão. de Castro Verde apresentam nes- propostas literárias que este ser- O Centro Recreativo de A Associação Sénior Cas- A funcionar de terça-feira a do- ta época balnear. Localizado em viço disponibiliza. Entradas acolheu, no passado trense promoveu no 31 de mingo, entre as 10h00 e as 19h45, espaço contíguo ao tanque de Até 14 de setembro, data em dia 3 de maio, um almoço de maio, o IV Encontro de Corais as Piscinas Municipais têm à dis- saltos, o equipamento veio com- que encerra a época balnear, apro- confraternização dos alunos de Castro Verde. O evento posição dos utilizadores dois tan- plementar a oferta ao nível da ani- veite da melhor forma a anima- da Escola Primária Masculina aconteceu na Basílica Real ques, um chapinheiro infantil, mação desportiva de verão pro- ção que as Piscinas Municipais de Entradas. A iniciativa foi de Nossa Senhora da Con- cafetaria com esplanada e uma movida pelo programa Atividade lhe oferecem e desfrute de bons organizada por Francisco ceição e reuniu em concerto extensa área verde com zona de Com’Vida, possibilitando a prá- momentos na companhia da fa- Pinto, em colaboração com o Coro Polifónico de Castro animação desportiva, que ofere- tica de novas modalidades, como mília e dos amigos. Informações outros antigos alunos, e veio Verde, o Grupo Coral “As Cam- ce a possibilidade de participar o futebol ou o voleibol na areia. sobre preços dos bilhetes e car- permitir o reencontro de mui- ponesas”, de Castro Verde e num vasto rol de atividades, pen- Para além destas atividades, os tões de desconto em www.cm- tos dos alunos que, no ano “Sine Nomine". sadas para diferentes públicos. utilizadores do espaço podem -castroverde.pt. letivo de 1966 / 1967, frequen- A iniciativa contou com a taram a 1ª e a 2ª classe neste colaboração da Câmara Mu- escola. Do programa fizeram nicipal de Castro Verde e da parte uma visita à Capela de Paróquia de Castro Verde. Nossa Sra. da Esperança, ao Museu da Ruralidade, à atual Escola Básica de Entradas e Cofre Social dos Festas da Vila 2014 à casa onde ficou hospedada Trabalhadores a primeira professora destes promoveu Batismo antigos alunos, Juvenália de De 27 a 29 de junho, Cas- e da música brasileira. Campos Dias, que também de Voo tro Verde celebra o seu Fe- Para além da música, o recinto fez questão em marcar pre- No fim-de-semana de 10 riado Municipal, numa das das Festas da Vila tem à disposi- sença. O encontro reuniu cerca e 11 de maio, o Cofre Social iniciativas mais aguardadas ção do público todo um conjun- de sessenta pessoas, entre dos Trabalhadores do Muni- pelos castrenses - as Festas to de propostas, desde insufláveis, antigos alunos e familiares cípio de Castro Verde pro- da Vila 2014. divertimentos de feira, bares e e contou com o apoio da Junta porcionou a quarenta sócios “The Gift”, “Rui Veloso” e restaurantes. de Freguesia de Entradas. e cinco crianças, um batismo “Leandro” são os cabeças- As associações locais, à seme- de voo, num trajeto que os -de-cartaz que, neste fim- lhança de anos anteriores, serão levou de Faro até à cidade -de-semana de festa, vão responsáveis pela promoção de Site “Alentejo a Pé” do Porto. Durante o fim-de- passar pelo palco principal dinâmicas que enriquecem o pro- já está disponível -semana, os estreantes tive- do Largo da Feira. grama das festas, através de ini- ram ainda a oportunidade Paralelamente aos concer- ciativas como o Passeio de Ciclo- Já está disponível para con- de conhecer alguns dos locais tos no palco principal, o Duo motores Antigos, promovido pelo sulta o site “Alentejo a Pé” mais emblemáticos da cida- Ritmo Certo, Rúben Baião, Motoclube de Castro Verde, ou o desenvolvido pela Comissão de invicta, como o centro Fábio Lagarto e Emanuel Torneio de Sueca, organizado pela de Coordenação e Desenvol- histórico, a Ribeira ou a Tor- Martins são os nomes que Associação de Cante "Os Ganhões", vimento Regional do Alentejo re dos Clérigos, e de realizar animam o palco arraial onde, ambas a decorrer durante o dia (CCDRA). Castro Verde inte- um Cruzeiro pelas seis pon- pela noite fora, se baila ao de domingo. gra a oferta de percursos dis- tes da cidade. som dos ritmos quentes do Saiba mais em www.cm-cas- poníveis neste site e sugere , da música popular troverde.pt. dois percursos pedestres pelo Campo Branco que integram a rede de percursos sinaliza- dos na ZPE de Castro Verde Saiba mais em http://webb. O Campaniço ccdr-a.gov.pt/ FICHA TÉCNICA PUBLICAÇÃO Propriedade da Câmara Municipal de Castro Verde DIRETOR Francisco Duarte COORDENAÇÃO Paulo Nascimento REDAÇÃO Sandra Policarpo, Alexandra Contreiras, Carlos Júlio, Miguel Rego DESIGN GRÁFICO E PAGI- NAÇÃO Pedro Pinheiro APOIO FOTOGRÁFICO Serviços Socioculturais REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Câmara Municipal de Castro Verde - Praça do Município, 7780 Castro Verde. 286 320 700 DEPÓSITO LEGAL 287879109 TIRAGEM 4200 exemplares IMPRESSÃO Gráfica Comercial Loulé.E-MAIL [email protected] * gab.comunicacao@cm-cas- troverde.pt * www.cm-castroverde.pt