Nº 96 ABRIL • MAIO • JUNHO 2014 BOLETIM INFORMATIVO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE O CampaniçoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA Património Protocolo para MARIA VITÓRIA NOBRE VITÓRIA MARIA valorização do património A Câmara Municipal de Castro Verde celebrou um protocolo de colaboração com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lis- boa, que tem como objetivo o desenvolvimento de projetos e a partilha de experiências em diferentes áreas do património e da geografia. Pág. 5 Cultura Abril na Primavera APrimavera no Campo Branco estreou um novo figurino de programação e cumpriu o pa- pel de afirmar a cultura como uma componente importante da nossa comunidade. A ini- ciativa associou-se ao I Ciclo O 1º DE TODOS OS MAIOS das Comemorações dos 40 anos do 25 de Abril reafirmando a importância do acesso à cul- tura e à educação para todos. EM CASTRO VERDE Pág. 9 e 12 O 25 de Abril de 1974 chegou de forma natural a Castro Verde. A festa da Revolução seria feita no 1º de Maio. Vinda de todas as localidades, a alegria das pessoas percorreu as ruas da vila. Uma exposição organizada pela Ambiente União de Freguesias de Castro Verde e Casével e pelo Museu da Ruralidade trouxe à memória um dia marcan- te para a construção do futuro coletivo dos habitantes do concelho. As fotografias de Maria Vitória Nobre e as Ações filmagens do Dr. Francisco Alegre testemunham o primeiro de todos os Maios. "O Campaniço" recordou esse dia com gente que o viveu na primeira pessoa. Pág. 10 e 11 preventivas A autarquia está a proceder a um conjunto de ações pre- EDUCAÇÃO DESENVOLVIMENTO ventivas que passam pelo con- trole de pragas e prevenção de Conselho Municipal Promover o artesanato e o incêndios. Pág. 14 de Educação turismo de observação de aves O Conselho Municipal de Edu- A autarquia reafirmou um con- Atividade física cação de Castro Verde emitiu junto de parcerias para reestru- parecer negativo contra o encer- turação do produto turístico bir- Bóccia Sénior ramento da Escola do 1º CEB de dwatching com o objetivo da sua Casével e manifestou, junto da operacionalização e promoção O Bóccia é uma atividade di- Direção Regional, a sua preocu- no exterior. Também no cam- namizada junto dos utentes dos pação perante o estado de de- po do artesanato Castro Verde lares e centros de dia do conce- gradação da Escola Secundária marca cada vez mais. A próxima lho com inúmeros benefícios reclamando a intervenção que atividade vai ser a Feira Inter- mentais e sociais. Pág. 19 este estabelecimento de ensino nacional de Artesanato. Pág. 7 necessita. Pág. 4 2 O Campaniço ABRIL•MAIO•JUNHO 2014 AUTARQUIA Assembleia Municipal FRANCISCO DUARTE aprovou Moções EDITORIAL maternidades do país, nomeada- CONTRA O A Assembleia Muni- mente a da Unidade Local de Saú- cipal de Castro Verde, de do Baixo Alentejo (Beja), e as ENCERRAMENTO das Unidades Locais de Saúde do DE ESCOLAS DO 0 anos depois do 25 de Abril, quando já pensáva- reunida em sessão Litoral Alentejano (Santiago do mos que vivíamos num regime democrático, num ordinária do dia 28 Cacém) e Norte Alentejo (Portale- 1º CICLO DO 4estado europeu com todas as liberdades individuais e co- de abril aprovou, por gre); a diminuição da capacidade ENSINO BÁSICO letivas consolidadas, constatamos pasmados e, em direto, de resposta global do SNS; e a cria- NO CONCELHO através dos órgãos de comunicação social, que não é as- unanimidade, duas ção de condições para uma rápida sim. O senhor Primeiro-Ministro, depois de chegar ao Po- Moções onde manifes- expansão das entidades privadas, contribuindo claramente para o A Assembleia Municipal de Cas- der através de artimanhas de linguagem e prometendo ta a sua posição contra acelerar da desertificação do in- tro Verde, reunida a 28 de Abril de tudo aquilo que sabia que não iria fazer, iludindo um país o encerramento das terior do país. 2014 e, tendo em conta o previs- farto de mentiras e incompetências do Governo de José Como consequência desta Por- to pelo Governo relativamente Sócrates, depois de vender o nosso país aos banqueiros, Escolas do 1º Ciclo do taria, o distrito de Beja irá ficar sem ao encerramento das Escolas do tem o desplante de desferir, no coração da democracia, um Ensino Básico e onde qualquer maternidade, tendo a 1º Ciclo do Ensino Básico com dos mais brutais golpes vistos no país do pós-Revolução grande maioria das parturientes menos de 21 alunos, aprovou uma dos Cravos: o entendimento de que o Governo deve, a seu defende a continuidade que se deslocar centenas de qui- Moção onde se assume contra tal belo prazer, escolher para o Tribunal Constitucional, os juí- do Serviço Nacional lómetros, representando, tal pos- situação, prevista para o conce- zes subservientes que obedeçam de forma cega à Voz do de Saúde. As moções sibilidade, um atentado à vida e à lho de Castro Verde, referindo Dono, mesmo que isso signifique inconstitucionalidade e segurança de muitos recém-nas- “não estar disponível para assu- desrespeito pela Lei fundamental do País. Embora este aprovadas podem ser cidos e respetivas mães. mir compromissos que envolvam Considerando a importância do eventuais alterações decididas tipo de atitudes, vindas de quem vem, nos pareça um ab- consultadas na íntegra Serviço Nacional de Saúde na ga- contra a vontade do Município surdo, importa salientar que aquela extraordinária afirma- na página oficial da rantia dos valores de acesso, de por parte do Governo” e “tudo ção mais não é do que o reflexo da forma abusiva como Câmara Municipal de equidade e solidariedade, a Assem- fazer para, em conjunto com os estes governantes estão no poder, atentando contra a De- bleia Municipal de Castro Verde restantes Municípios da região, mocracia pela ausência de ética na defesa da coisa pública Castro Verde, em www. reforçou ainda “a necessidade de lutar pela revogação destas me- e, sobretudo, na forma descarada e incólume como defen- cm-castroverde.pt. se efetuar uma verdadeira reforma didas, mostrando disponibilida- dem e protegem os mais fortes, (re)construindo um país hospitalar, realizada de forma ra- de para o diálogo”. que pensávamos ter desaparecido na madrugada do 25 de cional, participada e transparente O ensino público e a educação Abril: um país de emigrantes, de pessoas tristes; o país dos no que respeita à gestão, à melho- são essenciais para o desenvol- ordenados miseráveis, da ausência de educação e da cul- PELA DEFESA ria na qualidade assistencial e à vimento de qualquer criança e tura; o país onde o direito à saúde e à justiça está, cada vez organização dos cuidados, man- jovem, pelo que importa, numa DO SERVIÇO tendo uma lógica de cobertura em dimensão pedagógica e de esta- mais, reservado apenas a alguns. Mas como quem calça a NACIONAL DE redes de referenciação e não ape- bilidade, que “sejam asseguradas bota, descalça a perdigota, importa lembrar que os atuais nas o encerramento de camas e no seu ambiente natural de pro- juízes do Tribunal Constitucional foram escolhidos pelos SAÚDE (SNS) serviços” e exige “que a reforma ximidade”. partidos do atual Executivo, significando este constante hospitalar e a reforma do SNS se- A moção apresentada defende desconforto e irritação do Governo de Passos Coelho com A Assembleia Municipal de Cas- jam feitas ouvindo as autarquias a continuidade do funcionamen- os constantes chumbos do Tribunal Constitucional duas tro Verde, reunida em sessão or- que estão sempre disponíveis para to das escolas do ensino básico, de três coisas: temos um governo incompetente que não dinária do dia 28 de abril, aprovou juntar esforços e criar sinergias ao nomeadamente no interior do sabe ler; temos um bando de governantes que viola cons- uma moção onde defende e rea- serviço das populações que repre- País, por constituírem pilares de tantemente a Constituição da República; não temos um firma “a necessidade de manter o sentam e servem”. desenvolvimento, bem-estar e Presidente da República que exerça, como é o seu dever, a Serviço Nacional de Saúde (SNS) A Moção foi apresentada pelos qualidade de vida e serem parte defesa da Constituição da República, um texto que jurou e exige a revogação imediata da vogais do Partido Socialista e apro- integrante para uma política de Portaria n.º 82/2014, de 10 de abril, vada por unanimidade. Da mesma fixação, manutenção e, até, de cumprir e defender. Num cenário em que nada parece que- por constituir um ataque violento foi dado conhecimento aos Senho- aumento demográfico nas zonas rer alterar-se, mesmo quando se sofre diretamente os efei- ao SNS e ao direito constitucional res Presidente da República, Pri- rurais. tos desta política inconsciente e selvagem do Governo da à saúde, visando o desmantela- meiro-ministro, Ministro da Saú- A moção foi apresentada pela República, é importante que reforcemos o que vimos di- mento da rede hospitalar pública”. de, secretário de Estado Adjunto CDU e subscrita pelo vogal An- zendo há alguns anos a esta parte: as dificuldades vão au- Com esta portaria o Governo do ministério da Saúde, bem como tónio Jerónimo. mentar. E vão aumentar porque o dia-a-dia das nossas po- pretende, uma vez mais, o encer- a todos os Grupos Parlamentares pulações faz-se (muito) dos serviços e dos projetos das ramento arbitrário de serviços hos- com assento na Assembleia da Re- autarquias. Das preocupações, competências e atos das pitalares e, por conseguinte, o en- pública e à Administração Regio- câmaras e das juntas de freguesia. Contudo, estas assis- cerramento da maioria das nal de Saúde do Alentejo. tem, diariamente, a uma contínua retirada da sua autono- mia financeira, administrativa e política consagrada na Constituição; à perseguição feroz e inconsciente dos atos dos municípios (tantas vezes com o silêncio cúmplice da Associação Nacional de Municípios) e a um cada vez maior ALENTEJO PREOCUPADO COM FECHO DE MATERNIDADE sufoco do seu funcionamento provocado pela burocratiza- ção de procedimentos.
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