É a Metafísica Espelho Da Vida?
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(Orgs.) É a metafísica espelho da vida? Ela reflete o que é a vida? É Moraes Dax AUTORES QUE CONTRIBUIRAM capaz de ser a sua imagem? Será possível estabelecer o Amaral Gisele COM ESTA PUBLICAÇÃO: valor ontológico que possui uma e outra? O que é a metafísica respeito à vida, para que possa ser Ezequiel Ludueña Renato dos Santos Barbosa compreendida a partir da figura do espelho? A relação de Ivana Costa Oscar Federico Bauchwitz Federico Oscar Imagem e modelo não parece conservar, ao menos, uma É a Wesley Rennyer M. R. Porto diferença entre ambas, uma vez que a imagem é em Leonardo Bernardino Rodrigues Lopes função do modelo que ela mesma reflete? Tal diferença Klédson Tiago Alves de Souza não acarretaria no desmonte da relação questionada? metafísica Maria Simone Marinho Nogueira Não haveria uma diferença intransponível entre a Ana Carolina Aldeci Rogério Luiz Moreira Júnior metafísica e a vida, ou em outros termos, entre o Victor Hugo Melo de Medeiros pensamento e a realidade? Estas são algumas das espelho José González Ríos questões originadas pela questão que este livro procura Bruno Camilo de Oliveira enfrentar-se, evidenciando de que forma, desde o Antonio Edmilson Paschoal pensamento antigo até o contemporâneo, a filosofia nos da vida? Daniel Freire Costa Luana Alves de Oliveira faz pensar sobre a capacidade do ser humano de Thalles Azevedo de Araujo interpretar a própria vida. Oscar Federico Bauchwitz Laércio de Assis Lima Tito Marques Palmeiro É a metafísica espelho da vida? Oscar Federico Bauchwitz Dax Moraes Gisele Amaral (Organizadores) É A METAFÍSICA ESPELHO DA VIDA? Oscar Federico Bauchwitz Dax Moraes Gisele Amaral Organizadores É A METAFÍSICA ESPELHO DA VIDA? gráfica e editora Natal, 2018 gráfica e editora Editora Rejane Andréa Matias Alvares Bay Conselho Editorial Francisco Fransualdo de Azevedo Celso Donizete Locatel Evaneide Maria de Melo Márcia da Silva Alessandra Cardozo de Freitas Márcio Adriano de Azevedo José Evangelista Fagundes Helder Alexandre Medeiros de Macedo Júlio César Rosa de Araújo Samuel Lima Silvano Pereira de Araújo Dilma Felizardo Revisão Os autores Imagem da Capa Detalhe "A condição humana II" (René Magritte, 1935) Capa e Diagramação Eletrônica Caule de Papiro Divisão de Serviços Técnicos Catalogação da publicação na Fonte. Bibliotecária/Documentarista: Carla Beatriz Marques Felipe CRB-15/380 H765 É a metafísica espelho da vida? / Oscar Federico Bauchwitz, Dax Moraes e Gisele Amaral. (Organizadores). Natal: Editora Caule de Papiro, 2018. 316 p.; 15 x 22 cm. ISBN 978-85-92622-29-9 1. Metafísica. 2. Filosofia. I. Bauchwitz, Oscar Federico (Org.). II. Moraes, Dax (Org.). III. Amaral, Gisele (Org.). RN CDU 111 Sumário Apresentação, 7 Los enigmas y el origen de la filosofía en la antigua grecia, 9 Ezequiel Ludueña Os sentidos de par’hemâs na filosofia de Epicuro, 25 Renato dos Santos Barbosa Arte, naturaleza y el espejo de la vida en Platón, 39 Ivana Costa O método antinômico no pirrônismo: uma herança protagórica, 67 Wesley Rennyer M. R. Porto Elementos de uma metafísica negativa em Tomás de Aquino, 81 Leonardo Bernardino Rodrigues Lopes Liberdade, igualdade e amor: da metafísica à ética do amor em Nicolau de Cusa (1401-1464), 91 Klédson Tiago Alves de Souza Maria Simone Marinho Nogueira A árvore das sefirot como possibilidade para a ascensão cosmológica do homem em Pico della Mirandola, 109 Ana Carolina Aldeci As ideias da razão, 131 Rogério Luiz Moreira Júnior O homem possui uma necessidade metafísica?, 143 Victor Hugo Melo de Medeiros El cuerpo propio como espejo de la voluntad en la metafísica de Arthur Schopenhauer, 149 José González Ríos A crítica de Nietzsche à transcendência metafísica, 169 Bruno Camilo de Oliveira A metafísica como um espelho da vida em Nietzsche, 187 Antonio Edmilson Paschoal O caminho heideggeriano de questionamento em Der Satz vom Grund (1957), 205 Daniel Freire Costa A importância de se ouvir o inaudito no dito sobre o princípio do fundamento, 221 Luana Alves de Oliveira Martin Heidegger, Ernst Jünger e a confrontação sobre a metafísica da Gestalt do trabalhador, 241 Thalles Azevedo de Araujo A metafísica como plasticidade do espanto, 261 Oscar Federico Bauchwitz Montaigne/Derrida e o problema da animalidade, 279 Laércio de Assis Lima Metafísica hoje?, 295 Tito Marques Palmeiro Apresentação É a metafísica espelho da vida? Esta é a questão que orienta o presente livro, suscitando perspectivas de épocas e autores diversos que expõem, senão respostas definitivas – algo, em geral, estranho à natureza da filosofia – mas ao menos, reflexões que permitirão ao leitor visualizar o que está em jogo, quer dizer, o que está sendo verdadeiramente questionado. É a metafísica espelho da vida? A metafísica reflete o que é a vida? É capaz de ser a sua imagem? Será possível estabelecer o valor ontológico que possui uma e outra? O que é a metafísica respeito à vida, para que possa ser compreendida a partir da figura do espelho? A relação de imagem e modelo não parece conservar, ao menos, uma diferença entre ambas, uma vez que a imagem é em função do modelo que ela mesma reflete? Tal diferença não acarretaria no desmonte da relação questionada? Não haveria uma diferença intransponível entre a metafísica e a vida, ou em outros termos, entre o pensamento e a realidade? Estas são algumas das questões originadas pela questão que este livro procura enfrentar-se, evidenciando de que forma, desde o pensamento antigo até o contemporâneo, a filosofia nos faz pensar sobre a capacidade do ser humano de interpretar a própria vida. Gostaríamos, ainda, de agradecer ao Programa de Apoio a Eventos da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal Superior (PAEP/CAPES-MEC), à Pró-reitoria de Pós-Graduação (PPG- UFRN) e ao Pró-reitor Prof. Dr. Rubens Maribondo, pelo apoio recebido para a realização do V Colóquio Internacional de Metafísica, evento tradicional do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, bem como à participação de colegas do Brasil e do exterior que submeteram os trabalhos que ora vem à luz. Os organizadores. Los enigmas y el origen de la filosofía en la antigua Grecia1 Ezequiel Ludueña 2 The Sphinx must solve her own riddle. R. W. Emerson Hacia finales del siglo XIX el positivismo dejó de fun- cionar, y de nuevo apareció esa antigua sensación de que el universo es, en lo esencial, un misterio. Las reacciones fueron múltiples, tantas, al menos, como las doctrinas perpetradas por los positivistas. En el caso del estudio de la mitología, subido a los hombros de Hegel, el positivismo había llegado a una teoría que pareció muy novedosa (aunque Platón se hubiera burlado de ella unos 2500 años antes):3 Los mitos no son sino alegorías que pretenden simbolizar las distintas fuerzas de la naturaleza. Con esta doctrina, todavía hoy sostenida con orgullo en algunas aulas, no sólo se hacía de la mitología un fenómeno consciente y casi intelectual, sino que también se suprimía de su análisis ese otro elemento que interviene en toda mitología: la fascinación, difícilmente reconducible a un análisis racional y cuantificable. El orientalista Victor Henry (1850-1907) señaló 1 Esta es una versión reelaborada del trabajo presentado en el V Colóquio Internacional de Metafísica, que tuvo lugar en la ciudad de Natal del 7 al 10 de noviembre de 2017, organizado por el Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFIL) de la Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Agradezco al Profesor Oscar F. Bauchwitz por su generosa invitación y a los asistentes al coloquio por sus comentarios acerca de mi trabajo, en especial, al Profesor Alfonso Correa Motta. 2 (UBA-UNGS-UCALP). 3 Cf. Fedro 229b y ss. 9 Los enigmas y el origen de la filosofía en la antigua grecia que una de las dificultades de esa explicación es que exige de los primeros hombres una capacidad intelectual singularmente sutil y un desarrollado talento para la metáfora. Sólo así simples fenómenos atmosféricos como un amanecer o un diluvio pueden ser traducidos en esa larga serie de matrimonios, adulterios, incestos y asesinatos que es la mitología. En cambio, advertía Henry, todo sería más creíble si esa serie de sutiles metáforas fuera en realidad intencional y estuviera destinada a velar el pensamiento envolviéndolo en enigmas, es decir, a presentarlo con la forma de una adivinanza. Quizá el origen de la mitología, arriesgaba Henry, esté en el juego de las adivinanzas y todos los mitos hayan nacido de alguno de esos enigmas que circulan de a miles en los pueblos iletrados, diversiones infantiles en los que un hecho cotidiano y banal aparece disimulado con expresiones equívocas o metafóricas.4 El origen de la mitología, entonces, no habría sido un frío cálculo de la razón; sí habría sido un tipo de cálculo, pero no frío, sino lúdico. A mitad del siglo XX, otro orientalista, Vicente Fatone (1903-1962) recordó la tesis de Henry. Publicó, hacia 1944, un pequeño ensayo de seis o siete páginas al que llamó “El enigma de los días y las noches”,5 y jugó a aplicar la hipótesis de Henry a la filosofía. También la filosofía habría nacido del arte de proponer y descifrar adivinanzas. De hecho, la filosofía griega, según quiere cierta tradición, comenzó con aquellos siete sabios que Platón menciona en su Protágoras.6 Platón 4 Cf. Henry, V., “Quelques mythes naturalistes méconnus: Les supplices infernaux de l’Antiquité”, Revue des études gracques 5 (1892), pp. 281-305; en este caso: pp. 283-284; y “Cruelle énigme”, en Actes du dixième Congrès international des orientalistes: session de Genève, première partie, Leiden, Brill, 1897, pp. 45-50; en este caso: pp. 45-46. 5 En: Ínsula 6 (1944), pp. 94-99. 6 Cf. Protágoras 343a. 10 Ezequiel Ludueña habla de su lacónica sabiduría y recuerda esas dos primicias hechas de palabras que los siete sabios ofrecieron al dios Apolo en Delfos: “nada en demasía” y “conócete a ti mismo”.