Valencio Manoel.Pdf
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP VALÊNCIO MANOEL O COMPLEXO PATOGÊNICO DA MALÁRIA NAS CIDADES DE BENGUELA, LOBITO E COMUNA DA CATUMBELA: UM ESTUDO DE GEOGRAFIA MÉDICA MAXSOREANA APLICADA EM ANGOLA (1615 – 1940) DOUTORADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS SÃO PAULO 2007 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Valêncio Manoel O COMPLEXO PATOGÊNICO DA MALÁRIA NAS CIDADES DE BENGUELA, LOBITO E COMUNA DA CATUMBELA: UM ESTUDO DE GEOGRAFIA MÉDICA MAXSOREANA APLICADA EM ANGOLA (1615 – 1940) Tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de Doutor em Ciências Sociais-Antropologia, sob a orientação da Profª. Drª. Maria Helena Villas Bôas Concone e co-orientadora Profª. Drª. Cristiana Bastos, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. São Paulo 2007 Manoel, Valêncio O Complexo patogênico da malária nas cidades de Benguela, Lobito e Comuna da Catumbela: um estudo de geografia médica maxsoreana aplicada em Angola (1615 – 1940). 261p. Tese (Doutorado) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP. São Paulo, 2007. Área de Concentração: Antropologia Orientadora: Profª. Drª. Maria Helena Villas Bôas Concone Co-orientadora Profª. Drª. Cristiana Bastos, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. BANCA EXAMINADORA ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta tese por processos de fotocopiadora ou eletrônicos. Assinatura: ______________________ Local e Data: ____________ “In memoriam” ao valente casal: Paulo Manoel e Liberata Custódio Manoel. Nasceram, cresceram e morreram na dignidade, não deixaram heranças materiais, mas um exemplar de modelo de vida... “Vá filho e lute com todas as forças de sua negritude!” Aos meus filhos: Richele, Caroline, Richelieau, Caly, Paulo Vinícius, Danilo e Naara Minha Neta Lorenza Pela minha ausência. AGRADECIMENTOS: Felizmente, tenho muitas pessoas para agradecer, alguns não estão registrados, mas estão no meu subconsciente pela leal ajuda. Mais uma vez, agradeço a Doutora Helena Ribeiro, da Faculdade de Saúde Pública da USP/SP, pelo incentivo nestes 24 anos de superações, desde os tempos de graduação. Por sempre apontar–me os caminhos da ciência nos momentos de enclaves. Agradeço também a Doutora Maria Helena Villas Boas Concone, pelo desafio de aceitar dar continuidade à minha orientação no meio do caminho. À minha Co–Orientadora e Pesquisadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Professora Doutora Cristiane Bastos, pela sapiência e dicas formidáveis de pesquisa na bela e formosa Lisboa. A todos os funcionários do Arquivo Histórico Ultramarino, em especial ao Antônio. Ao Instituto de Doenças Tropicais do Hospital Egas Moniz de Lisboa. Aos amigos e colegas portugueses do Instituto de Ciências Sociais, de Lisboa. A Doutora Goretti, pela magnífica recepção aos brasileiros. Aos amigos da república “Bem Brasil”, lá no Bairro do Rato, pela amizade, pela acolhida: Gomes, Cláudio, Isaías, Nélio. Brasileiros que lutam pela sobrevivência em Portugal. Aos meus alunos do Curso de Geografia da Universidade Cruzeiro do Sul, pelas práxis e discussão do trabalho. A CAPES pela concessão da Bolsa de Doutorado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo do Programa de Pós Graduado em Ciências Sociais, além do Estágio de Doutorado no Exterior (PDEE), junto ao Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa - Portugal. Enfim: paciência, perseverança e muita dedicação fizeram deste trabalho uma homenagem ao povo angolano, que mesmo nas dificuldades não desistem da busca incessante pela equidade, paz e justiça social rumo á construção de uma nova Nação. Para Helena Lourenço Chimena: companheira nestes longos anos de luta no Brasil e sempre na expectativa de retorno para sua Angola. Claudete Sonia M. C. Manoel: ex-companheira de um início de vida difícil, mas, compensadora pelos filhos e filhas agora na continuidade da luta. Aos meus irmãos; José de Paula Costa, Roberto de Paula Costa, Maria Rosária Manoel, Isabel Manoel, Custódio Manoel, Valério Carvalho Manoel e “In memoriam” o Moisés Manoel (negro da canela fina), enfim todos da família Manoel pelo apoio e paciência nesta vida. Gratidão, a Roseli Margarete, entre um fado português nas madrugadas e um copo de vinho, um grande amor, pela leitura do texto com sapiência. RESUMO A presente tese tem como objetivo realizar estudos da Geografia Médica e da Saúde, em três cidades do continente africano, localizados em Angola: Benguela, Lobito e Comuna da Catumbela, no período de 1615 a 1940. Esta pesquisa promove uma discussão acerca da Teoria do Complexo Patogênico da Malária (elaborada pelo geógrafo Francês Max – Sorre), como também, através da re – leitura da Antropogeografia (de Friedrich Ratzel). Neste contexto, relato o olhar do colonizador europeu, que considerava a Malária nas colônias um problema regional – cultural. Exponho à aplicação de uma Geografia Médica imperialista ocidental, que remete a quase extinção da Medicina local. Há uma luta recorrente nestes reinos, para exterminar as grandes epidemias de Malária dentro da sua ocupação territorial. No século XX, apesar dos avanços bio-tecnológicos, ainda prevalece à receptividade e a vulnerabilidade da Malária. Há crise da Saúde Pública angolana para controlar epidemias, com a ausência de uma Geografia da Saúde. Numa retrospectiva do processo histórico – social, no período acima descrito, busco um ensaio de forma relativa, uma proposta de reconstrução das relações entre o homem, o meio ambiente, e a complexidade patológica da Malária na República de Angola. Palavras Chaves: Geografia Médica, Imperialismo, Saúde, Malária, Meio Ambiente Urbano, Gestão e Planejamento em Saúde Pública. ABSTRACT The present thesis has objective to carry through studies of Medical Geography of the Heath, in three cities of the African continent, located in Angola: Benguela, Lobito and Commune of the Catumbela, in the period of 1615 the 1940. This research about in such a way promotes quarrel of the Theory of the Pathogenic Complex of the Malaria ( elaborated for the French geographer Max – Sorre), as well as, through the re – reading of the European colonized, that considers the Malaria in the colonies a regional- cultural problem. I display the application of a Medical Geography imperialist occidental person, who almost sends the extinguishing of the local Medicine. It has a recurrent fight in these Kingdoms, to inside determiner the great epidemics of Malaria of its territorial occupation. In century XX, although the biotechnological advances, still take advantage the receptive and the vulnerability of the Malaria. It has crisis of the Angolan Public Health. In a retrospect of the description – social process, in the above described period, I search an assay of relative form, a proposal of reconstruction of the relations between the man, the environment, and the pathological complexity of the Malaria in the Republic of Angola Word–Key: Medical geography, Imperialism, Health, Malaria, Urban Environment, Management and Planning in Public Health. SUMÁRIO Introdução................................................................................................... 19 1. Objetivos e Hipóteses............................................................................ 24 1.1. O interesse da pesquisa........................................................................ 27 1.2. Elementos metodológicos da pesquisa ................................................. 32 1.2.1. Resultados do inquérito...................................................................... 34 1.3. Da antropogeografia de Ratzel a antítese francesa: caminhos Ideológicos da Geografia Médica de Max Sorre na contribuição dos “Serviços Médicos Imperiais” de Angola .................................................................................... 39 1.3.1. A Geografia da síntese de La Blache, o reforço da Antropologia Física–Evolucionista e a construção teórica da região................................. 51 1.3.2. A teoria do Complexo Patogênico de Max Sorre aplicado no plano regional das possessões coloniais ............................................................... 60 2. O Nascimento do Reino de Benguela e os Entraves Geopatológicos do Paludismo ................................................................................................... 71 2.1. O lócus geográfico da fundação da capital do Reino de Benguela: vulnerabilidade ou receptividade palúrica na complexidade patogênica ...... 78 2.2. A Geografia Médica das possessões ultramarinas portuguesas e as ações da Polícia Sanitária no reino de Benguela e Angola.......................... 91 2.3. A Comuna da Catumbela no contexto da Geografia Médica: o nascimento do Lobito na busca do sanitarismo para cidade de Benguela .................... 127 3. O Caminho de Ferro de Benguela e o Desenvolvimento do Porto na Catumbela das Ostras: o novo eldorado Sanitário-ambiental no Lobito? ...................................................................................................... 133 3.1. O início e a fundação da cidade de Huambo: um paraíso distante da insalubridade do litoral ou uma “Nova Lisboa”?....................... 146 3.2. O balanço sanitário de Angola (entre 1926 a 1928) e as tentativas de inclusão dos