Susana Luísa Mexia Lobo

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Susana Luísa Mexia Lobo Susana Luísa Mexia Lobo ARQUITECTURA E TURISMO: PLANOS E PROJECTOS AS CENOGRAFIAS DO LAZER NA COSTA PORTUGUESA, DA 1.ª REPÚBLICA À DEMOCRACIA PARTECRONOLOGIA III Dissertação'LVVHUWDomRGH'RXWRUDPHQWRQDiUHDFLHQWtÀFDGH$UTXLWHFWXUDHVSHFLDOLGDGHGH7HRULDH+LVWyULD de Doutoramento na área científica de Arquitectura, especialidade de Teoria e História, orientadaRULHQWDGDSHOR3URIHVVRU'RXWRU-RVp$QWyQLR%DQGHLULQKDHSHOD3URIHVVRUD'RXWRUD$QD7RVW}HVH pelo Professor Doutor José António Bandeirinha e pela Professora Doutora Ana Tostões e apresentadaDSUHVHQWDGDDR'HSDUWDPHQWRGH$UTXLWHFWXUDGD)DFXOGDGHGH&LrQFLDVH7HFQRORJLDGD ao Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra Agosto 2012 Susana Luísa Mexia Lobo ARQUITECTURA E TURISMO: PLANOS E PROJECTOS AS CENOGRAFIAS DO LAZER NA COSTA PORTUGUESA, DA 1.ª REPÚBLICA À DEMOCRACIA PARTE III Dissertação de Doutoramento na área científica de Arquitectura, especialidade de Teoria e História, orientada pelo Professor Doutor José António Bandeirinha e pela Professora Doutora Ana Tostões e apresentada ao Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra Agosto 2012 Parte III O avião e o turista: sun, sand, sea & bikini 987 988 “He did not think of himself as a tourist; he was a traveller. The difference is partly one of time, he would explain. Whereas the tourist generally hurries back home at the end of a few weeks or months, the traveller, belonging no more to one place than to the next, moves slowly, over periods of years, from one part of the earth to another. Indeed, he would have found it difficult to tell, among the many places he had lived, precisely where it was he had felt most at home.” Paul Bowles, The Sheltering Sky, 1949 989 990 Capítulo 4 991 992 4.1. Turismo de massas: planear o ócio O desenvolvimento económico alcançado no pós II Guerra Mundial, com as ajudas Marshall e a criação da OEEC, teria as suas repercussões na melhoria das condições de vida na Europa ocidental, assistindo-se à consolidação de benefícios sociais importantes e à democratização do acesso a meios de transporte particulares e colectivos, como o automóvel, a camioneta e o avião, surgindo, nesta altura, as primeiras companhias de voos charter internacionais. A liberdade associada a estas conquistas, na possibilidade de escolha de como e onde ocupar o tempo livre de cada um, iria desencadear um movimento de massas sem precedentes na história do Turismo. A atracção pela costa e o exotismo das culturas do sul, associados à apologia do Sol e da Praia, alimentam toda uma procura que fomenta a deslocação sazonal das populações do centro e norte da Europa rumo à bacia mediterrânica, na qual Portugal se inscreve, por extensão, como destino turístico apetecível. Necessariamente, às formas de sociabilidade associadas à moda da Praia correspondem novas condutas e códigos de expressão individual. O biquíni é o símbolo máximo desta nova maneira de estar. Ainda que apresentado pela primeira vez na Piscine Molitor de Paris, em 1946, criação polémica do engenheiro mecânico Louis Réard, é só com o impulso dado pela produção cinematográfica da época que o uso do biquíni se vulgariza. Quem não se lembra de Brigitte Bardot em Et Dieu... créa la femme, de 1956, realizado por Roger Vadim, ou de Ursula Andress no primeiro filme da série James Bond, Dr. No, de 1962? 993 Mas, às imagens sensuais que nos chegavam lá de fora no grande ecrã, o Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa contrapunha uma realidade bem menos “glamorosa”. “Uma Iniciativa Necessária”, lançada, em 1947, por Francisco Keil do Amaral nas páginas da revista Arquitectura, o Inquérito, iniciado em 1955 e publicado, em 1961, sob o título Arquitectura Popular em Portugal, revelava uma população predominantemente agrária, envelhecida e (sobre)vivendo em condições de quase miséria. Era o Portugal rural apadrinhado pelo regime salazarista e cristalizado, em 1938, no “Concurso da aldeia mais portuguesa de Portugal”. Esta situação vinha agravada pelo espoletar, em três frentes quase simultâneas, da Guerra Colonial, exigindo ao país um esforço financeiro extraordinário, que se iria prolongar ao longo de mais de uma década. Esforço financeiro que só é contrabalançado pela entrada de divisas provenientes, por um lado, da crescente massa de emigrantes que abandonam o país, essencialmente por motivos económicos, mas também políticos, e, por outro, do crescente número de entradas de turistas nas fronteiras portuguesas. Pelas estatísticas do INE, para uma população residente que ronda em média os 8 milhões de habitantes, no período de 1960 a 1970, assistimos a um pico de emigração em 1966, com 232 mil emigrantes estimados, e à afirmação de Portugal nos roteiros dos destinos turísticos internacionais, atingindo-se um milhão de turistas entrados nas fronteiras nacionais em 1964, os dois milhões em 1967 e, em 1970, os três milhões, representando as receitas conseguidas deste fluxo migratório uma importante fatia no saldo da dívida externa do país. É neste contexto que se percebe a abertura ao investimento exterior promovida pelo governo de Marcelo Caetano, no final da década de sessenta. Já não é de um Turismo idealista que se trata, mas de um Turismo de massas, “no sentido de multidão e também no sentido de dinheiro e de proveitos”, “cuja exploração pode trazer ao País apreciáveis rendimentos”. À Fonte de Riqueza e Poesia de António Ferro 994 sucediam-se as “Nuvens Negras” profetizadas por Keil do Amaral. Por uma indústria do Turismo: da “Utilidade” ao “Estatuto” A 22 de Julho de 1946, António Oliveira Salazar é capa da conceituada Time Newsmagazine. Com o título “Portugal’s Salazar, Dean of Dictators: The first woman, fruit-laden trees, serpentine policy - but no Eden”, a revista americana fixava uma imagem pouco lisonjeadora do nosso país, retratado, junto da fotografia do ditador, como uma apetitosa maçã cujo interior se encontrava completamente podre. Obviamente, este número da revista foi censurado em Portugal e a sua venda proibida nos seis anos seguintes. Mas, apesar da pressão externa, o Governo e Oliveira Salazar souberam assegurar a continuidade e a sobrevivência do Time Estado Novo no quadro da nova ordem internacional. Ao contrário The Weekly Newsmagazine Vol.XLVIII No.4 do que se previa, seriam as próprias democracias anglo-americanas Capa a legitimar a permanência do regime salazarista no pós-guerra, sendo 22 Julho 1946 (imagem www.time.com) Portugal integrado, em Setembro de 1948, no conjunto de países contemplados pelo programa de auxílio financeiro disponibilizado, pelos Estados Unidos, ao abrigo do Plano Marshall e, por essa via, na Organization for European Economic Cooperation (OEEC/OCEE), que tinha como principal objectivo promover o estabelecimento de uma economia livre de mercado na Europa. Em Abril de 1949, o nosso país seria, também, convidado a participar na criação da North Atlantic Treaty Organization (NATO/OTAN). Tal decisão surgia como contrapartida de uma “neutralidade colaborante”, negociada, ao longo do conflito, na cedência de facilidades militares aos Aliados nos Açores (à Inglaterra, em Agosto de 1943, e aos Estados Unidos, em Junho de 1944) e no embargo à exportação de volfrâmio para a Alemanha (também em Junho de 1944).1 1 A partir de 1943, Portugal vê-se obrigado a clarificar a sua posição face ao evoluir da II Guerra Mundial. Embora desempenhando um importante papel no contexto peninsular, garantindo o não envolvimento no conflito da Espanha franquista, claramente situada ao lado das potências do Eixo, com a celebração, em Março de 1939, de um Tratado de Amizade e Não Agressão, que obrigava os dois países a consultarem-se mutuamente sobre a tomada de posições que pudessem pôr em causa a neutralidade do Bloco Ibérico, Portugal adoptaria, nos primeiros anos da guerra, uma certa ambiguidade política nas suas relações externas, assegurando a defesa do seu império colonial através de uma reaproximação à Aliança Luso-Britânica e da manutenção estratégica de relações diplomáticas e comerciais com os países do Eixo, com os quais o Estado Novo se identificava ideologicamente. (Cf. ROSAS, Fernando (coordenação), Portugal e o Estado Novo (1930-1960), in SERRÃO, Joel, M ARQUES, A.H. de Oliveira (dir.), Nova História de Portugal, Volume XII, Lisboa, Editorial Presença, 1992, pp. 48-53) 995 Internamente, Salazar defendia-se da crescente agitação política e social, gerada em torno da derrota das ditaduras do Eixo, anunciando a revisão da Constituição de 1933 e a realização de eleições livres - “tão livres como na livre Inglaterra” - para a Assembleia Nacional, a ter lugar a 18 de Novembro de 1945. Esta inflexão no discurso oficial, a que correspondia uma aparente “abertura democrática” do Regime, seria aproveitada pelas forças da oposição para se reorganizarem e mobilizarem, em Outubro de 1945, em torno do Movimento de Unidade Democrática (MUD)2, que, no entanto, acabaria por desistir do acto eleitoral por não se encontrarem reunidas as condições de liberdade e de isenção necessárias para a sua realização. Pela influência activa que exerceu na vida pública nacional, Sem eleições livres Não Votes angariando grande adesão popular e expandindo o seu raio de Cartaz MUD, c. 1945 acção com a criação do MUD Juvenil, o Movimento viria a ser (imagem www.fmsoares.pt) neutralizado, sob forte repressão e perseguição policial dos seus dirigentes, e formalmente ilegalizado, em Janeiro de 1948. Mesmo assim, em Julho desse mesmo ano, muitos dos antigos membros do MUD viriam a integrar a comissão de apoio à candidatura do General Norton de Matos às eleições presidenciais de 1949, contra o candidato do Regime, o General Óscar Carmona. Quatro dias antes das eleições, agendadas para 18 de Fevereiro, Norton de Matos anunciava a sua retirada da corrida, alegando, uma vez mais, não estarem reunidas as condições mínimas para se avançar com um acto eleitoral verdadeiramente livre. Dez anos depois, a “derrota” do General Humberto Delgado nas eleições presidenciais de 8 de Junho de 1958 acabava com qualquer ilusão democrática que ainda pudesse subsistir.
Recommended publications
  • Autoritarismos, Totalitarismos E Respostas Democráticas
    Os textos apresentados correspondem às comunicações do seminário Autoritarismos, Totalitarismos internacional da Ribeira Grande “Autoritarismos, Totalitarismos e Respostas Democráticas: ideologias, programas e práticas”, numa organização do Cen- e Respostas Democráticas tro de Estudos Gaspar Frutuoso da Universidade dos Açores e do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra - CEIS20, com o inestimável apoio da Câmara Municipal da Ribeira Grande e da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Este Seminário Internacional surgiu na sequência dos já realizados em Bolonha (2005), S. Paulo (2006) e Coimbra (2007), integrando investigadores destas três universidades, bem como de outras instituições do ensino super ior e centros de investigação. As experiências históricas dos autoritarismos e dos totalitarismos têm vindo a suscitar o empenhamento de historiadores, filósofos e cientistas políticos no sentido de melhor se compreender, tanto os contextos políticos, económicos, sociais e culturais que a tais regimes con- duziram, como os respectivos fundamentos teóricos, linhas doutrinárias e a organização do “equipamento instrumental” para a concretização dos seus desígnios antiliberais e antidemocráticos. Considerando que a participação no Seminário Internacional da Ribeira Grande “Autoritarismos, Totalitarismos e Respostas Democráticas: ideolo- gias, programas e práticas” contribuiria para o aprofundamento da formação científica dos professores, no sentido de uma melhor compreensão da con- temporaneidade, quer na perspectiva da interculturalidade, quer da globaliza- ção, o secretário regional da Educação e Ciência do Governo Regional dos Açores determinou a creditação do Seminário como requisito de formação contínua dos professores de todos os grupos de docência. Coordenação Carlos Cordeiro Autoritarismos, Totalitarismos e Respostas Democráticas e Respostas Autoritarismos, Totalitarismos ISBN 9 789728 627249 Centro de Estudos Gaspar Furtuoso Coimbra | Ponta Delgada .
    [Show full text]
  • Tipología E Implantación Hotelera En El Proceso De Transformación Del Litoral Portugués En Los Años 50 Y 60 Del Siglo XX
    Tipología e implantación hotelera en el proceso de transformación del litoral portugués en los años 50 y 60 del siglo XX Madalena Cunha Matos, Faculdade de Arquitectura - Universidade de Lisboa Patrícia Santos Pedrosa, Dep. Arquitectura - Universidade Lusófona Marta Sequeira, Dep. Arquitectura - Universidade de Évora Abstract Stemming from the research project ‘Hotel Architecture in Portugal’ (2008), this essay focuses on the modernist seaside hotel of the 1950s and 1950s. The hotel is understood here not only as the essential foundation element of a string of urban centres along the Portuguese coast, but also as an important dissemination agent for Modern Movement architecture in Portugal. Mostly benefiting from prime locations and unique coastal settings, they appear as icons in the landscape. Their position, perched on the cliffs or at level with the beach, allowed for exceptional panoramas and easy access to leisure activities. They replicate the peculiarities of a rough shoreline and may be considered as quasi pre-urban acts. The hotels thus contribute to the dissemination of modern architecture in places – such as Ofir, Praia da Rocha, Armação de Pêra, Sesimbra and Praia dos Três Irmãos – that were then well removed from the tourists’ arrival points. Keywords: seaside, XX Century, Portugal, tourism, hotel, architecture Resumen Esta investigación – que resulta del Proyecto de Investigación Arquitectura Hotelera en Portugal, desarrollado en la Facultad de Arquitectura de la Universidad de Lisboa en 2008 – se centra en el hotel moderno del litoral de las décadas del 50 y 60 del siglo XX, entendido como fundador de un conjunto de asentamientos urbanos de la costa portuguesa y como un importante agente de la difusión del Movimiento Moderno en Portugal.
    [Show full text]
  • The First Moderns in Portugal. Hotels Overlooking the Sea
    The First Moderns in Portugal. Hotels overlooking the sea Madalena Cunha Matos, Patrícia Santos Pedrosa, Marta Sequeira and Raquel Costa Rega Faculty of Architecture – Technical University of Lisbon Rua Sá Nogueira Pólo Universitário - Alto da Ajuda 1349 – 055 Lisbon, Portugal Phone +351 213615046 / +351 213615823 [email protected] 1. Contextualizing In the beginning of the 20th century Portugal was in what concerns tourism, between two distant realities. On one hand, tourism was pointed out as a way of solving economical problems. “Tourism was not only joy, movement, beauty and life but it was also health and wealth”, wrote the eminent 1st Republic politician Magalhães Lima. On the other hand, the real condition of the country reflected the fact that Portugal had still a long way to go before becoming a well-known tourist destination. According to reports at that time, the quality of the hotels was poor, reflecting the incapacity of offering good lodging conditions as well as a total absence of a national touristic project (PINA, 1988:25). This flagrant incapacity acted as a restraint to the development of the Portuguese touristic activity in the three first decades of the 20th century. As a consequence, the introduction of the tourism industry in Portugal was, when compared to other European countries, considerably delayed. António de Oliveira Salazar (1889-1970) was the main figure of the political regime that since the 1920’s up to 1974, forced the country into a parallel world. According to Salazar «with tourism there’s a bit of the nation’s soul that is sold out» so he absolutely tried to avoid it (PINA, 1988:161).
    [Show full text]
  • Regionalism, Modernism and Vernacular Tradition in the Architecture of Algarve, Portugal, 1925-1965
    Regionalism, modernism and vernacular tradition in the architecture of Algarve, Portugal, 1925-1965 Ricardo Manuel Costa Agarez University College London Ph.D. Volume I 1 I, Ricardo Manuel Costa Agarez, confirm that the work presented in this thesis is my own. Where information has been derived from other sources, I confirm that this has been indicated in the thesis. 2 Ricardo Agarez | Abstract Abstract This thesis looks at the contribution of real and constructed local traditions to modern building practices and discourses in a specific region, focusing on the case of Algarve, southern Portugal, between 1925 and 1965. By shifting the main research focus from the centre to the region, and by placing a strong emphasis on fieldwork and previously overlooked sources (the archives of provincial bodies, municipalities and architects), the thesis scrutinises canonical accounts of the interaction of regionalism with modernism. It examines how architectural ‘regionalism’, often discussed at a central level through the work of acknowledged metropolitan architects, was interpreted by local practices in everyday building activity. Was there a real local concern with vernacular traditions, or was this essentially a construct of educated metropolitan circles, both at the time and retrospectively? Circuits and agents of influence and dissemination are traced, the careers of locally relevant designers come to light, and a more comprehensive view of architectural production is offered. Departing from conventional narratives that present pre-war regionalism in Portugal as a stereotype-driven, one-way central construct, the creation of a regional built identity for Algarve emerges here as the result of combined local, regional and central agencies, mediated both through concrete building practice and discourses outside architecture.
    [Show full text]
  • Jorge Ferreira Chaves (1920-1981) Cronologia
    MANUEL PEDRO FIALHO FERREIRA CHAVES Volume I VIDA E OBRA DO ARQUITECTO JORGE FERREIRA CHAVES (1920-1981) CRONOLOGIA DISSERTAÇÃO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM ARQUITECTURA Orientador Científico: Prof.ª Doutora MADALENA CUNHA MATOS Co-orientador: Prof.ª Doutora MARIETA DÁ MESQUITA Presidente do Júri: Prof. Doutor JOSÉ AGUIAR Arguente: Prof. Doutor MICHEL TOUSSAINT ALVES PEREIRA Arguente: Prof. Doutor FRANCISCO DA SILVA DIAS Lisboa, FAUTL, Fevereiro, 2012 CAPA: MAQUETE DO PROJECTO DO CASINO DE SAGRES. 1962. II Título da dissertação: Vida e Obra do Arquitecto Jorge Ferreira Chaves (1920-1981): Cronologia Autor: Manuel Pedro Fialho Ferreira Chaves Orientador científico: Prof.ª Doutora Madalena Cunha Matos Co-orientador: Prof.ª Doutora Marieta Dá Mesquita Mestrado Integrado em Arquitectura Lisboa, FAUTL, Fevereiro, 2012 Resumo Visa o presente trabalho documentar o percurso profissional de Jorge Ferreira Chaves, um arquitecto português, activo profissionalmente entre 1941 e 1981, cuja obra está escassamente publicada e estudada, tanto quanto, na opinião de alguns críticos e historiadores, o seu conhecimento é fundamental. Propõe-se investigar e expôr o seu percurso académico, o seu contexto familiar e as suas actividades de âmbito associativo e cívico a que esteve ligado, para que, numa aproximação ao seu modo de pensar e agir, se possa melhor analisar e enquadrar os resultados da sua actividade como projectista. Pode encontrar-se no conteúdo desta monografia uma revisão crítica da bibliografia existente sobre a sua vida e as suas obras.
    [Show full text]
  • Architectures of The
    ARCHITECTURES OF THE SUN International committee for documentation and conservation of buildings, sites and neighbourhoods of the modern movement Journal 60 — 2019/02 ARCHITECTURES OF THE SUN Journal 60 Editor Ana Tostões Guest editor Susana Lobo Editorial Board Hubert-Jan Henket Louise Noelle Gras Scott Robertson Advisory Board Anthony Vidler Barry Bergdoll Hilde Heynen Jean-Louis Cohen Michelangelo Sabatino Sarah Whiting Tom Avermaete Wilfried Wang Vittorio Lampugnani English editor Scott Robertson Collaborators Beatriz Agostinho Carolina Chaves João Lucas Domingos Mafalda Pacheco Sílvio Alves Design Ana Maria Braga Printing Maiadouro, Portugal All rights reserved. © of the edition, docomomo International, © of the images, their authors and © of the texts, their authors. docomomo Journal Published twice a year by the docomomo International secretariat. docomomo International Instituto Superior Técnico, Av. Rovisco Pais, 1, 1049-001 Lisboa Phone: 00351 21 8418101 / 02 / 03 • [email protected] · www.docomomo.com docomomo International is a registered trademark, issn: 1380/3204 · d.l.: 380259/14 The publisher has made all the efforts available in order to obtain the commitments relating to the reproduction of photographs presented in this work. In case of remained legitimate rights, please contact the publisher. On the cover: Benidorm, Alicante, Spain. © Garrod Kirkwood, 2017. Contribute to the next journal Authors who would like to contribute to the docomomo Journal are kindly invited to contact: [email protected]. Guideline to contributors • A copy on cd / usb flash drive or an e–mail version of the text. The cd should be clearly labeled with the author(s) name(s), the title, and the names of the files containing the text and illustrations.
    [Show full text]
  • Centro Comercial Amoreiras : Marco Arquitetónico E Ícone Da Cidade
    Universidades Lusíada Mafé, Luiene Indira Augusto, 1991- Centro Comercial Amoreiras : marco arquitetónico e ícone da cidade http://hdl.handle.net/11067/3803 Metadados Data de Publicação 2018-03-28 Palavras Chave Centros comerciais - Portugal - Lisboa, Centro Comercial das Amoreiras (Lisboa, Portugal), Taveira, Tomás, 1938- - Crítica e interpretação, Lisboa (Portugal) - Edifícios, estruturas, etc., Lisboa (Portugal) - História Tipo masterThesis Revisão de Pares Não Coleções [ULL-FAA] Dissertações Esta página foi gerada automaticamente em 2021-10-11T04:26:58Z com informação proveniente do Repositório http://repositorio.ulusiada.pt UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA Faculdade de Arquitetura e Artes Mestrado Integrado em Arquitetura Centro Comercial Amoreiras: marco arquitetónico e ícone da cidade Realizado por: Luiene Indira Augusto Mafé Orientado por: Prof. Doutor Arqt. Rui Manuel Reis Alves Constituição do Júri: Presidente: Prof. Doutor Horácio Manuel Pereira Bonifácio Orientador: Prof. Doutor Arqt. Rui Manuel Reis Alves Arguente: Prof.ª Doutora Arqt.ª Maria de Fátima Silva Freire e Veiga Dissertação aprovada em: 16 de Março de 2018 Lisboa 2017 U NIVERSIDADE L U S Í A D A D E L ISBOA Faculdade de Arquitetura e Artes Mestrado Integrado em Arquitetura Centro Comercial Amoreiras: marco arquitetónico e ícone da cidade Luiene Indira Augusto Mafé Lisboa novembro 2017 U NIVERSIDADE L U S Í A D A D E L ISBOA Faculdade de Arquitetura e Artes Mestrado Integrado em Arquitetura Centro Comercial Amoreiras: marco arquitetónico e ícone da cidade Luiene Indira Augusto Mafé Lisboa novembro 2017 Luiene Indira Augusto Mafé Centro Comercial Amoreiras: marco arquitetónico e ícone da cidade Dissertação apresentada à Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada de Lisboa para a obtenção do grau de Mestre em Arquitetura.
    [Show full text]
  • Territoris Del Turisme Touristic Territories
    Actes del Seminari Internacional TERRITORIS DEL TURISME L’IMAGINARI TURÍSTIC I LA CONSTRUCCIÓ DEL PAISATGE CONTEMPORANI Proceedings International Seminar TOURISTIC TERRITORIES TOURISTIC IMAGERY AND THE CONSTRUCTION OF CONTEMPORARY LANDSCAPE Actas del Seminario Internacional TERRITORIOS DEL TURISMO EL IMAGINARIO TURÍSTICO Y LA CONSTRUCCIÓN DEL PAISAJE CONTEMPORÁNEO ACTES DEL SEMINAR INTERNACIONAL TERRITORIS DEL TURISME: L’ IMAGINARI TURÍSTIC I LA CONSTRUCCIÓ DEL PAISATGE CONTEMPORANI Seminari celebrat a Girona els dies 23, 24 i 25 de gener de 2014 a la Universitat de Girona Direcció: Nadia Fava, Marisa García Vergara Comitè Científic Denis Bocquet (LATTS, França) José A. Donaire (UdG, Espanya) Roger Miralles (URV, Espanya) Antonio Pizza (UPC, Espanya) Heleni Porfyriou (CNR, Itàlia) Secretaria: Carles Gómez López, Melanie Valencia Martínez Disseny i maquetació: Meritxell Ministral Rosa, Paula Lambán Berenguer © dels textos: els autors © de les imatges: els autors Edita: Viguera Editores, Barcelona Girona, 2014 ISBN: 978-84-92931-37-8 *Aquesta activitat ha estat cofinançada pels Ajuts a la Promoció de l'Activitat Universitària 2013 - APAU 2013, concedits per el Patronat de l'Escola Politècnica Superior de la Universitat de Girona *Aquesta publicació ha rebut el suport del Consell Social de la Universitat de Girona a la convocatòria d’ajuts per a activitats de divulgació científica del 2014 Actes TERRITORIS DEL TURISME L’IMAGINARI TURÍSTIC I LA CONSTRUCCIÓ DEL PAISATGE CONTEMPORANI Proceedings TOURISTIC TERRITORIES TOURISTIC IMAGERY AND THE CONSTRUCTION OF CONTEMPORARY LANDSCAPE Actas TERRITORIOS DEL TURISMO EL IMAGINARIO TURÍSTICO Y LA CONSTRUCCIÓN DEL PAISAJE CONTEMPORÁNEO ÍNDICE Presentación / Introduction 1 7 Nadia Fava; Marisa García Vergara Conferencias / Lectures 9 Encuentros internacionales en el Mediterráneo: 3 Bernard Rudofsky y José Antonio Coderch Pizza, Antonio 1 Saegesser y Mestres, dos viviendas de Emilio Donato.
    [Show full text]
  • Jornal Arquitectos, 227, Abril-Junho 2007
    Jornal Arquitectos /// Publicação Trimestral da Ordem dos Arquitectos /// Portugal /// 227 /// Abril – Junho 2007 /// € 10,00 € /// 2007 Junho – Abril /// 227 /// Portugal /// Arquitectos dos Ordem da Trimestral Publicação /// Arquitectos Jornal Merit Award Magazine Layout www.ed-awards.com 6 0 0 0 5 1 0 7 8 0 7 7 9 227 JA 7 2 2 0 0 ISSN-0870-1504 ISSN-0870-1504 JA227 FÉRIAS COMA // CARLOS SANT’ ANA // EDGAR MARTINS // INÊS LEITE // JOÃO GOMES DA SILVA // JORGE MANGORRINHA // LUÍS MAIO // MIKE DAVIS // PAULO DAVID // PAULO MENDES DA ROCHA // PROMONTÓRIO // ELISABETE XAVIER GOMES / RUI MENDES // SAMI // SUSANA LOBO JORNAL ARQUITECTOS – PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA ORDEM DOS ARQUITECTOS. PORTUGAL Presidente da Ordem dos Arquitectos: Helena Roseta Director: Ricardo Carvalho Sub-Director: José Adrião Editor Principal: Pedro Cortesão Monteiro Editora de Projecto: Joana Vilhena Projecto gráfico: Pedro Falcão Edição de fotografia: Daniel Malhão Conselho Editorial: Ana Tostões, Inês Lobo, Francisco Aires Mateus, João Belo Rodeia, Jorge Carvalho, Manuel Aires Mateus, Nuno Grande, Ricardo Bak Gordon Secretário de Redacção: Tiago Lança Colaboraram neste número: ComA, Carlos Sant’ Ana, Edgar Martins, Inês Leite, João Gomes da Silva, Jorge Mangorrinha, Luís Maio, Mike Davis, Paulo David, Paulo Mendes da Rocha, Promontório, Elisabete Xavier Gomes / Rui Mendes, SAMI, Susana Lobo Traduções: Language at Work, Lda Marketing e Publicidade: Maria Miguel e Sofia Marques Revisões: José Sousa Tipo de letra: FTF Flama Impressão: Gráfica Maiadouro, SA. Rua Padre
    [Show full text]
  • Architecture for Leisure in Postwar Europe, 1945-1989
    Architecture for Leisure in Postwar Europe, 1945-1989 Janina Gosseye & Hilde Heynen, eds. Proceedings of the conference: ‘Architecture for Leisure in Postwar Europe, 1945-1989’ conference organisers: scientific committee: Hilde Heynen & Janina Gosseye Tom Avermaete Department of Architecture, Urbanism and Planning Department of Architecture K.U.Leuven (Belgium), 16 - 18 February 2012 Delft University of Technology, The Netherlands Maarten Delbeke Faculty of Architecture and Urbanism cover image: UGent, Belgium Dilkom swimming pool, Dilbeek design by Intercommunale Haviland s.v. Janina Gosseye courtesy of: municipal archives Dilbeek Department of Architecture, Urbanism and Planning K.U.Leuven, Belgium funded by: FWO - Fonds Wetenschappelijk Onderzoek/ Christoph Grafe Research Foundation - Flanders Department of Architecture www.fwo.be Delft University of Technology, The Netherlands ISBN: 978-94-6018-466-6 wettelijk depot: D/2012/7515/5 Hilde Heynen Dominique Rouillard Department of Architecture, Urbanism and Planning Department of Architecture K.U.Leuven, Belgium Ecole nationale supérieure d’architecture Paris-Malaquais, France Hannah Lewi Ruth Soenen Faculty of Architecture, Building and Planning Department of Architecture The University of Melbourne, Australia Sint-Lucas School of Architecture, Belgium André Loeckx Leen Van Molle Department of Architecture, Urbanism and Planning Faculty of Arts K.U.Leuven, Belgium K.U.Leuven, Belgium Barbara Penner Faculty of the Built Environment The Bartlett, United Kingdom Friday, 17 February 2012 The Performance of Leisure / chair: Maarten Delbeke 9.00 - 9.30 susana lobo Tracing the Edge: Portugese Coastal Tourism Planning and Architecture of the 1960s 9.30 - 10.00 robert lewis Postwar Leisure and its Discontents: The Reconstruction of the Parc des Princes in Paris, 1967- ‘72 10.00 - 10.30 discussion / respondent: bruno de meulder coffee break 11.00 - 11.30 yolanda ortega sanz Structures for Leisure: Arne Jacobsen Work 11.30 - 12.00 michelle standley Tourist Spaces in the Postwar Socialist City: East Berlin’s T.V.
    [Show full text]
  • Tipología E Implantación Hotelera En El Proceso De Transformación Del Litoral Portugués En Los Años 50 Y 60 Del Siglo XX
    View metadata, citation and similar papers at core.ac.uk brought to you by CORE provided by Repositório Científico da Universidade de Évora Tipología e implantación hotelera en el proceso de transformación del litoral portugués en los años 50 y 60 del siglo XX Madalena Cunha Matos, Faculdade de Arquitectura - Universidade de Lisboa Patrícia Santos Pedrosa, Dep. Arquitectura - Universidade Lusófona Marta Sequeira, Dep. Arquitectura - Universidade de Évora Abstract Stemming from the research project ‘Hotel Architecture in Portugal’ (2008), this essay focuses on the modernist seaside hotel of the 1950s and 1950s. The hotel is understood here not only as the essential foundation element of a string of urban centres along the Portuguese coast, but also as an important dissemination agent for Modern Movement architecture in Portugal. Mostly benefiting from prime locations and unique coastal settings, they appear as icons in the landscape. Their position, perched on the cliffs or at level with the beach, allowed for exceptional panoramas and easy access to leisure activities. They replicate the peculiarities of a rough shoreline and may be considered as quasi pre-urban acts. The hotels thus contribute to the dissemination of modern architecture in places – such as Ofir, Praia da Rocha, Armação de Pêra, Sesimbra and Praia dos Três Irmãos – that were then well removed from the tourists’ arrival points. Keywords: seaside, XX Century, Portugal, tourism, hotel, architecture Resumen Esta investigación – que resulta del Proyecto de Investigación Arquitectura Hotelera en Portugal, desarrollado en la Facultad de Arquitectura de la Universidad de Lisboa en 2008 – se centra en el hotel moderno del litoral de las décadas del 50 y 60 del siglo XX, entendido como fundador de un conjunto de asentamientos urbanos de la costa portuguesa y como un importante agente de la difusión del Movimiento Moderno en Portugal.
    [Show full text]
  • Architecture & Finance
    bulletin Architecture & Finance 2016 eabh (The European Association for Banking and Financial History e.V.) bulletin newsletter from the eabh 2016 WEBSITE www.bankinghistory.org ISSN 2219-0643 1 bulletin | 2016 CONTENTS contents Headquarters building of Norges Bank 89 Contents The Central Bank of Norway 89 From Florence to Foster. Historical quarters of Bank Handlowy w Warszawie SA 91 The financial services and their buildings 8 Polish central banks. An architectural overview 95 Bank Austria’s historic headquarters in Vienna 14 The headquarters of Banco de Portugal. Space adventure. Moving to new headquarters A long way 97 is a test for Erste Group’s corporate culture 16 Caixa Geral de Depósitos 101 Oesterreichische Nationalbank Sustainable architecture 101 200 years of architecture 18 The headquarters of the National Bank of Romania. 105 The architectural history of the National Bank of Belgium 22 History and architecture 105 The Croatian National Bank in the Zagreb Stock Exchange building 26 The Central Bank of the Russian Federation 12 Neglinnaya Street, Moscow 110 The Bank of Cyprus building within the medieval walls of Lefkosia 29 Edifice of the National Bank of Serbia 112 From the late sixties to the 21st century. The two central buildings of the Buildings of central banks in Slovakia in historical perspective 115 Limassol Co-operative Savings Bank 31 Architecture of BBVA. The unique buildings of San Nicolás and Gran Vía 12 The Živnostenská Banka building 34 in Bilbao 119 Bank of Finland head office 36 A history of the headquarters of Banco Santander 123 The three lives of Hôtel Gaillard 38 The Banco de España building.
    [Show full text]