Terra E Fortuna Nos Primórdios Da Ilha Terceira (1450-1550) Ii

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Terra E Fortuna Nos Primórdios Da Ilha Terceira (1450-1550) Ii RUTE DIAS GREGÓRIO TERRA E FORTUNA NOS PRIMÓRDIOS DA ILHA TERCEIRA (1450-1550) II Universidade dos Açores Ponta Delgada 2005 TERRA E FORTUNA NOS PRIMÓRDIOS DA ILHA TERCEIRA (1450-1550) II Dissertação apresentada à Universidade dos Açores para obtenção do grau de Doutor em História, especialidade de História Medieval, sob a orientação do Professor Doutor Humberto Baquero Moreno. Esta dissertação teve o apoio do PRODEP III 317.011/2001 - Doutoramentos. APÊNDICES I. QUADROS 406 QUADRO A Referências cronológicas para a história da ilha Terceira (1450-1550) DATA EVENTO FONTE 1439 02.VII. Licença régia de D. Afonso, para o Infante D. AA, I, p. 5 Henrique mandar povoar as 7 ilhas dos Açores, onde já mandara lançar ovelhas 1443 05.IV - Isenção do pagamento da dízima e portagem, por 5 AA, I, pp. 5- anos, a Gonçalo Velho e a todos os povoadores dos Açores, 6 de todas as mercadorias que das ilhas levassem ao Reino 1444 28.III - Isenção da dízima das mercadorias que forem das AA, V, p. 97 ilhas do Infante D. Henrique para o Reino 1449 10.III - Licença régia de D. Afonso, para o Infante D. AA, I, pp. 7- Henrique mandar povoar as 7 ilhas dos Açores, onde já 8 lançara ovelhas 1450 02.III - Doação da capitania da Terceira a Jácome de Bruges ST, 6º, p. 1460 .22.VIII - Doação das ilhas de Jesus Cristo e Graciosa a D. AA, X, pp. Fernando, o qual mostrara vontade em mandar povoá-las. 10-13 Doação com todo os direitos, excepção do meio dízimo para a Ordem de Cristo .02.IX - Confirmação régia da doação acima .03.XII - Doação régia, de D. Afonso V, das ilhas de S. AA, I, pp. Jorge, Jesus Cristo, Graciosa, S. Miguel, Santa Maria, 14-15 Madeira, Porto Santo e outras, a D. Fernando, seu irmão 1470 .Nesta década, terá sido fundado o convento de S. Francisco ap. FA, III, p. de Angra, que foi feito cabeça de custódia em 1480 189 e 230 30.III. - D. Fernando apresenta Frei Gonçalo ao vigário da AA, III, p. 9 Ordem de Cristo, para que sirva de cura e capelão da Ilha Terceira 407 1474 - Divisão da Terceira em duas capitanias, Angra e Praia, AA, IV, pp. dividindo a ilha a meio, pela Ribeira Seca, sita aquém da 213-215 Ribeira de S. João que ficou na parte de Angra, e até à outra costa, numa linha que ligava o noroeste ao sudeste da ilha: .17.II - Doação da capitania da Praia, onde fizera assento Jácome de Bruges, a Álvaro Martins Homem que, por sua idem vez, já tinha construído moinhos na parte de Angra .02.IV - Doação da capitania de Angra a João Vaz Corte Real, da Casa do Duque donatário, por serviços prestados AA, IV, pp. 158-160 1480 .Nesta década ter-se-á fundado o mosteiro da Luz da Praia, ap. FA, I, p. por Catarina de Ornelas, filha de Diogo de Teive Ferreira, 151 sendo padroeiro o 2º capitão da Praia, Antão Martins Homem EC, p. 282 (encartado a 26.III.1483) .VIII - Angra era vila, segundo documentos referidos por Frei Diogo das Chagas 1481 .Capítulo da Cortes de Évora, pelos quais se estipula que AA, III, p. aqueles que levam seus escravos de serviço, às ilhas, não 12 paguem por eles dízima quando regressam ao Reino 1482 .20.IV.1482. Era ouvidor do donatário, estando na ilha AA, XII, 431 Terceira, Afonso do Amaral, o qual recebe mandado para entregar a vara da justiça ao ouvidor então enviado, Garcia Álvares, este escudeiro e morador em Beja .18.VIII. Afonso do Amaral era ouvidor, "com carguo de EC, p. 654 capitão em a Ilha", dando e confirmando terra em sesmaria a João Leonardes, com o almoxarife Luís Casado e o tabelião Ambrósio Álvares .06.IX. - Tomada de terra a Duarte Paim, para fundação da EC, pp. 650- povoação da Praia e como medida de protecção / segurança 651 dos moradores da capitania, face às investidas dos navios de Castela 408 1483 .13.I - Angra consta como vila, em escritura de compra e MCMCC, venda vol. VIII, nº .13.I. João Afonso (das Cunhas) é dado por tabelião geral na 230 ilha Terceira, pelo Duque donatário1 .13.I. João Martins, escudeiro do Conde de Linhares, é dado idem por tabelião do público e do judicial, por ell Reij, na vila de Angra .04.V - Doação da capitania da ilha de S. Jorge a João Vaz AA, III, pp. Corte Real 13-15 .17.III - Sentença do Duque Donatário, D. Diogo, a favor de AA, I, pp. Antão Martins Homem, no âmbito da reinvindicação da 28-31 capitania da Praia feita por Pero Gonçalves, natural da Galiza (Ourense), que se dizia herdeiro legítimo do primeiro capitão Jácome de Bruges .26.III - Confirmação da carta da capitania da Praia a Antão AA, IV, p. Martins Homem, escudeiro da Casa do Duque Donatário, e 215 filho do primeiro capitão Álvaro Martins Homem, por falecimento deste .03.V - Confirmação da doação da capitania de Angra a João AA, IV, pp. Vaz Corte Real, 1º capitão 160-161 1486 .28.II - Documento desta data atesta, até pelo menos um AA, VIII, p. tempo próximo deste, não haver cadeea nem prysom na ilha 394 Terceira .03.III - Mercê de D. João II a Fernão Dulmo, pela qual este AA, IV, p. é dado por cavaleiro régio e capitão na ilha Terceira pelo 441 Duque D. Manuel .21.VI - O Duque donatário interdita aos capitães, de Angra e TPAC, doc. Praia, a concessão em sesmaria das terras das Quatro Ribeiras 68, p. 167 .28.IX. - Provimento e mantimento, a Frei Luís Eanes, AA, X, pp. capelão de D. Beatriz, na vigararia de S. Salvador, Angra 494-495 .28.IX - Provimento da vigararia de S. Salvador e instituição de capelas de missas dos Infantes D. Fernado e D. Henrique, FA, I, p. 117 pelo Duque D. Manuel, informação dada ao almoxarife e recebedor de Angra 1 Segundo a mesma fonte, sucedeu-lhe seu genro, André Dias, não como tabelião geral, mas do público e do judicial na vila de Angra. De referir que João Afonso das Cunhas é escrivão do almoxarifado em Maio de 1508. THSEA, fl. 410. 409 1487 . Visita à ilha do primeiro Bispo, D. João Aranha, Bispo de ap. FA, I, pp. anel, que crismou, deu ordens sacras e governou o mais do 117-118 espiritual 18.V. Era ouvidor das ilhas Vasco Afonso e capitão da Praia, AA, XII, pp. por Antão Martins, Pedro Álvares da Câmara, seu sogro 388-389 30.VI - Datação de capítulo feito em Santarém, do foral dos TPAC, doc. almoxarifados da Terceira2 e dirigido ao respectivo da Praia, 69, p. 169 pelo qual foi dado poder aos almoxarifes de ambas as capitanias para, conjuntamente e com os respectivos escrivães, distribuirem as terras das Quatro Ribeiras em sesmaria 02.VII3 - Foral dos almoxarifados da Terceira, dirigido ao FA, I, PP. respectivo de Angra 143-149 1488 09.VI - Os almoxarifes de Angra e da Praia, Fernão Vaz e TPAC, doc. Diogo Matela, com seus escrivães, João Afonso das Cunhas e 68, p. 167 Manuel Fernandes, em conjunto, usam do mandado ducal que lhes atribuía a concessão de terras em sesmaria nas Quatro Ribeiras, de Agualva para diante, interditada aos capitães desde 1486, e até Agosto de 1495 .06.V - Confirmação da carta da capitania de Angra a João AA, IV, p. Vaz Corte Real, 1º capitão 161 .19.VII - Praia referenciada como vila CPPAC, fl. .19.VII - João de Ornelas, escudeiro, é dado por capitão da 19vº Praia por Antão Martins idem .19.VII - Diogo Matela, escudeiro, é almoxarife da capitania da Praia idem .19.VII - Manuel Fernandes, escudeiro, é escrivão do idem almoxarifado da vila da Praia 2 Esta datação foi feita com base na atribuída, por Pero Anes do Canto, ao capitollo por que foe dado ho poder aos allmoxarifes para darem as terras das Quatro Ribeiras, em sesmaria, transcrito no seu tombo e coincidente com o capítulo 32 da transcrição de Maldonado. Para além das diferenças na linguagem de época, que se justificam porque Pero Anes do Canto fez o seu registo por volta de 1515 e o traslado de Maldonado tem por base uma cópia de 1611, a principal diferença é que o transcrito por Pero Anes teria provavelmente, como base, o foral enviado ao almoxarife da Praia: vos mando que vos e o almoxarife da parte d'angra, por oposição aVos mando que vos e o Almoxarife da Parte da Praja, constante do foral transcrito pelo dito cronista. Cfr. Pe Maldonado -Feníx…, vol. I, p. 149 e Rute Dias Gregório - O Tombo…, doc. 69, p. 169. 3 Tomámos como válida a leitura do dia e mês, feita pelo cronista e, quiça, a de quem trasladou o documento em 1611. Relembramos que o ano aí apresentado era o de mil quoatrocentos, e trinta e sete, manisfestamente impossível de considerar, até por o documento dar o Infante D. Fernando por morto e o governo das ilhas, por D. Beatriz, como terminado. Cfr. Pe. Maldonado -Feníx…, vol. I, p. 143 (cap. 1) e p. 148. Ver nota anterior. 410 1489 .01.VI - Doação régia das ilha de Jesus Cristo, que se ora AA, III, pp. chama a ilha Terceira, e Graciosa a D. Manuel, Duque de 16-17 Beja e Viseu, Senhor da Covilhã e Vila Viçosa, Condestável do Reino e governador da Ordem de Cristo, com todo os privilégios com que fora dada ao Infante D. Henrique 1490 . Nesta década de 90 ter-se-á fundado o convento de S.
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