Diagnóstico Do Glaucoma Congênito – Revisão Sistemática
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I UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA Fundada em 18 de fevereiro de 1808 Monografia Diagnóstico do Glaucoma Congênito – Revisão Sistemática Ingrid Monteiro Silva Salvador (Bahia) Maio, 2016 II FICHA CATALOGRÁFICA (elaborada pela Bibl. Tatiana Bonfim, da Bibliotheca Gonçalo Moniz : Memória da Saúde Brasileira/SIBI-UFBA/FMB-UFBA) S586 Silva, Ingrid Monteiro. Diagnóstico do Glaucoma Congênito - Revisão Sistemática/ Ingrid Monteiro Silva. (Salvador, Bahia): IM, Silva, 2016 45 fl. : il. Monografia, como exigência parcial e obrigatória para conclusão do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Bahia (FMB), da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Professor Orientador: Paulo Afonso Batista dos Santos 1. Glaucoma/congênito. 2. Glaucoma/diagnóstico. I. Santos, Paulo Afonso Batista. II. Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina da Bahia. III. Título. CDU: 617.7-007.681 III UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA Fundada em 18 de fevereiro de 1808 Monografia Diagnóstico do Glaucoma Congênito – Revisão Sistemática Ingrid Monteiro Silva Professor Orientador: Paulo Afonso Batista dos Santos Monografia de Conclusão do Componente Curricular MED- B60/2015.2, como pré-requisito obrigatório e parcial para conclusão do curso médico da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia, apresentada ao Colegiado do Curso de Graduação em Medicina. Salvador (Bahia) Maio, 2016 IV Monografia: Diagnóstico do Glaucoma Congênito – Revisão Sistemática, de Ingrid Monteiro Silva. Professor orientador: Paulo Afonso Batista dos Santos COMISSÃO REVISORA: Paulo Afonso Batista dos Santos (Presidente, Professor orientador), Professor do Departamento de Cirurgia Experimental e Especialidades Cirúrgicas da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia. José Valber Lima Meneses, Professor do Departamento de Anestesiologia e Cirurgia da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia. Lícia Maria Oliveira Moreira, Professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia. Membro suplente: Bruno Castelo Branco, Professor do Departamento de Cirurgia Experimental e Especialidades Cirúrgicas da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia. TERMO DE REGISTRO ACADÊMICO: Monografia avaliada pela Comissão Revisora, e julgada apta à apresentação pública no X Seminário Estudantil de Pesquisa da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia, com posterior homologação do conceito final pela coordenação do Núcleo de Formação Científica e de MED-B60 (Monografia IV). Salvador (Bahia), em ___ de _____________ de 2016. V Aos Meus Pais, Almir Pereira e Roseli Monteiro e Minha Irmã, Sandy Nicole VI EQUIPE Ingrid Monteiro Silva, Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA. Correio-e: [email protected]; e Paulo Afonso Batista dos Santos, Professor da Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Faculdade de Medicina da Bahia (FMB) FONTES DE FINANCIAMENTO 1. Recursos próprios. VII AGRADECIMENTOS Ao meu Professor orientador, Doutor Paulo Afonso Batista dos Santos, pela presença constante e orientações acadêmicas e pela influência na minha carreira de futura médica. Aos Doutores José Valber Lima Meneses e Lícia Maria Oliveira Moreira, membros da Comissão Revisora desta Monografia, pelas orientações e disponibilidade. 1 SUMÁRIO ÍNDICE DE FIGURAS, QUADROS E TABELAS 2 I. RESUMO 3 II. OBJETIVOS 4 III. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5 IV. METODOLOGIA 8 V. RESULTADOS 9 VI. DISCUSSÃO 17 VII. CONCLUSÕES 23 VIII. SUMMARY 24 IX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25 X. ANEXOS ANEXO I. Artigos excluídos por não abordarem o tema, após análise dos títulos e 27 resumos ANEXO II. Artigos excluídos após leitura do texto completo 37 ANEXO III. Relatos de Caso, Revisões Sistemáticas, Comentários e Editoriais 37 excluídos 2 ÍNDICE DE FIGURAS, QUADROS E TABELAS FIGURAS FIGURA 1. Etapas de seleção dos artigos 9 FIGURA 2. Fluxograma do manejo dos casos de glaucoma congênito 16 QUADROS QUADRO 1. Descrição dos estudos de coorte incluídos 10 QUADRO 2. Descrição dos estudos de caso-controle incluídos 11 QUADRO 3. Descrição dos estudos transversais incluídos 11 QUADRO 4. Descrição dos artigos utilizados na fundamentação teórica 12 TABELAS TABELA 1. Características clínicas relacionadas ao glaucoma 14 congênito TABELA 2. Resumo das informações demográficas 15 TABELA 3. Principais sinais clínicos e suspeitas na primeira 15 apresentação TABELA 4. Principais causas de glaucoma congênito secundário 16 3 I. RESUMO Diagnóstico do Glaucoma Congênito – Revisão Sistemática. O glaucoma congênito é uma doença potencialmente grave, que pode resultar em cegueira, caso não seja diagnosticada precocemente e não receba tratamento adequado. Aprimorar o conhecimento por parte dos médicos sobre o glaucoma congênito e instigar a construção de uma consciência para detecção precoce e maior controle do avanço da doença mostra- se necessário e urgente, de modo a assegurar uma postura de eficiência terapêutica. Objetivo: Investigar os dados disponíveis sobre o diagnóstico do glaucoma congênito. Metodologia: A pesquisa teve como fonte de informações as bases de dados eletrônicas Pubmed, Scielo e Lilacs. A estratégia de pesquisa utilizou os seguintes descritores e qualificadores devidamente combinados: “diagnosis AND congenital glaucoma”, com restrição dos resultados obtidos para a data de publicação desses estudos, restrita a um período de cinco anos (2010-2014), o emprego dos idiomas inglês e português e seleção criteriosa dos tipos de desenhos de estudo, devidamente publicados em revistas indexadas, sem restrições às populações humanas. Resultados: A revisão sistemática tem por referência uma base de informações variadas, com apuração dos principais tópicos sobre o glaucoma congênito, destacando o desafio que este acometimento impõe ao oftalmologista. As principais características clínicas, demográficas, sinais clínicos iniciais e de gestão estão inclusas. Discussão: Constitui um importante problema de saúde pública e pode implicar em danos irreversíveis e baixo prognóstico visual. Definido como a presença de neuropatia óptica ocasionada por PIO elevada, escavação do disco óptico, assimetria do disco, diâmetro da córnea alargado, buftalmo, estrias de Haab, opacificação da córnea e miopia progressiva. Conclusões: Sinais de alerta e reconhecimento pelos neonatologistas e pediatras constitui importante incentivo ao encaminhamento inicial a um serviço especializado de glaucoma. Novos estudos de ferramentas futuras para detecção precoce e tratamento imediatamente após o nascimento são indispensáveis. Palavras chave: 1. Glaucoma/congênito; 2. Glaucoma/diagnóstico. 4 II. OBJETIVOS PRIMÁRIO: Investigar os dados disponíveis sobre o diagnóstico do glaucoma congênito. SECUNDÁRIOS: 1. Delinear os critérios utilizados para o diagnóstico precoce do glaucoma congênito; 2. Sumarizar os principais sinais e sintomas clínicos a serem observados e o emprego dos métodos diagnósticos; 3. Indicar a faixa etária mais frequente do diagnóstico do glaucoma congênito; 4. Inferir a origem principal do encaminhamento inicial ao serviço especializado de glaucoma congênito; e 5. Considerar o estadiamento do glaucoma congênito na época da detecção. 5 III. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O glaucoma congênito é uma doença potencialmente grave, que pode resultar em cegueira, caso não seja diagnosticada precocemente e não receba tratamento adequado. A sua incidência apresenta uma ampla variação nas diferentes populações, no entanto, sua consequência pode ser impactante em todos os indivíduos afetados. “A cegueira infantil é um importante problema de saúde pública e doenças oculares congênitas são a principal causa de cegueira em crianças. Aproximadamente 1,5 milhões de crianças ao redor do mundo são cegas.”10 Tal desordem caracteriza-se por um anormal desenvolvimento isolado da malha trabecular, tecido especializado que se localiza no ângulo da câmara anterior, e um importante condutor na drenagem do humor aquoso. Ocorre tipicamente de modo bilateral, no entanto, em 25 a 30% dos casos, pode ser unilateral.12 Segundo Mandal et al. (2011), o termo glaucoma do desenvolvimento refere-se ao glaucoma associado a anomalias do desenvolvimento do olho presente no nascimento, sendo subdividido em glaucoma de desenvolvimento primário, correspondente ao desenvolvimento anormal do sistema de drenagem do humor aquoso e em glaucoma de desenvolvimento secundário, referido como resultante dos danos produzidos pelo desenvolvimento anômalo de alguma outra parte do olho, ao sistema de drenagem do humor aquoso. Ainda é possível inferir uma classificação definida através da idade de início da doença, onde se incluem o glaucoma congênito, existente no nascimento ou antes do nascimento; o glaucoma infantil, existente desde o nascimento até os 3 anos de vida e o glaucoma juvenil, a partir dos 3 anos até a adolescência.12 O glaucoma congênito apresenta um conjunto típico de manifestações clínicas, definidas como um aumento da pressão intraocular, buftalmo, caracterizado como um aumento do globo ocular, acarretando em miopia secundária, córnea opalescente e alargada, o que pode levar ao astigmatismo, lesões na membrana de Descemet, atrofia da íris e escavação do nervo óptico. Incluem-se ainda dentre os sinais e sintomas do glaucoma congênito uma tríade clássica, composta por epífora, caracterizada como um lacrimejamento excessivo crônico, devido à dificuldade de drenagem da