I

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA Fundada em 18 de fevereiro de 1808

Monografia

Diagnóstico do Glaucoma Congênito – Revisão Sistemática

Ingrid Monteiro Silva

Salvador (Bahia) Maio, 2016 II

FICHA CATALOGRÁFICA

(elaborada pela Bibl. Tatiana Bonfim, da Bibliotheca Gonçalo Moniz : Memória da Saúde Brasileira/SIBI-UFBA/FMB-UFBA)

S586 Silva, Ingrid Monteiro. Diagnóstico do Glaucoma Congênito - Revisão Sistemática/ Ingrid Monteiro Silva. (Salvador, Bahia): IM, Silva, 2016

45 fl. : il.

Monografia, como exigência parcial e obrigatória para conclusão do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Bahia (FMB), da Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Professor Orientador: Paulo Afonso Batista dos Santos

1. Glaucoma/congênito. 2. Glaucoma/diagnóstico. I. Santos, Paulo Afonso Batista. II. Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina da Bahia. III. Título.

CDU: 617.7-007.681

III

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA Fundada em 18 de fevereiro de 1808

Monografia

Diagnóstico do Glaucoma Congênito – Revisão Sistemática

Ingrid Monteiro Silva

Professor Orientador: Paulo Afonso Batista dos Santos

Monografia de Conclusão do Componente Curricular MED- B60/2015.2, como pré-requisito obrigatório e parcial para conclusão do curso médico da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia, apresentada ao Colegiado do Curso de Graduação em Medicina.

Salvador (Bahia) Maio, 2016 IV

Monografia: Diagnóstico do Glaucoma Congênito – Revisão Sistemática, de Ingrid Monteiro Silva.

Professor orientador: Paulo Afonso Batista dos Santos

COMISSÃO REVISORA:

 Paulo Afonso Batista dos Santos (Presidente, Professor orientador), Professor do Departamento de Cirurgia Experimental e Especialidades Cirúrgicas da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia.

 José Valber Lima Meneses, Professor do Departamento de Anestesiologia e Cirurgia da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia.

 Lícia Maria Oliveira Moreira, Professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia.

Membro suplente:

Bruno Castelo Branco, Professor do Departamento de Cirurgia Experimental e Especialidades Cirúrgicas da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia.

TERMO DE REGISTRO ACADÊMICO: Monografia avaliada pela Comissão Revisora, e julgada apta à apresentação pública no X Seminário Estudantil de Pesquisa da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia, com posterior homologação do conceito final pela coordenação do Núcleo de Formação Científica e de MED-B60 (Monografia IV). Salvador (Bahia), em ___ de ______de 2016. V

Aos Meus Pais, Almir Pereira e Roseli Monteiro e Minha Irmã, Sandy Nicole VI

EQUIPE

 Ingrid Monteiro Silva, Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA. Correio-e: [email protected]; e  Paulo Afonso Batista dos Santos, Professor da Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA.

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

 Faculdade de Medicina da Bahia (FMB)

FONTES DE FINANCIAMENTO

1. Recursos próprios. VII

AGRADECIMENTOS

 Ao meu Professor orientador, Doutor Paulo Afonso Batista dos Santos, pela presença constante e orientações acadêmicas e pela influência na minha carreira de futura médica.  Aos Doutores José Valber Lima Meneses e Lícia Maria Oliveira Moreira, membros da Comissão Revisora desta Monografia, pelas orientações e disponibilidade.

1

SUMÁRIO

ÍNDICE DE FIGURAS, QUADROS E TABELAS 2

I. RESUMO 3

II. OBJETIVOS 4

III. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5

IV. METODOLOGIA 8

V. RESULTADOS 9

VI. DISCUSSÃO 17

VII. CONCLUSÕES 23

VIII. SUMMARY 24

IX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25

X. ANEXOS

 ANEXO I. Artigos excluídos por não abordarem o tema, após análise dos títulos e 27 resumos  ANEXO II. Artigos excluídos após leitura do texto completo 37  ANEXO III. Relatos de Caso, Revisões Sistemáticas, Comentários e Editoriais 37 excluídos 2

ÍNDICE DE FIGURAS, QUADROS E TABELAS

FIGURAS

FIGURA 1. Etapas de seleção dos artigos 9

FIGURA 2. Fluxograma do manejo dos casos de glaucoma congênito 16

QUADROS

QUADRO 1. Descrição dos estudos de coorte incluídos 10 QUADRO 2. Descrição dos estudos de caso-controle incluídos 11

QUADRO 3. Descrição dos estudos transversais incluídos 11

QUADRO 4. Descrição dos artigos utilizados na fundamentação teórica 12

TABELAS

TABELA 1. Características clínicas relacionadas ao glaucoma 14 congênito

TABELA 2. Resumo das informações demográficas 15

TABELA 3. Principais sinais clínicos e suspeitas na primeira 15 apresentação

TABELA 4. Principais causas de glaucoma congênito secundário 16

3

I. RESUMO

Diagnóstico do Glaucoma Congênito – Revisão Sistemática. O glaucoma congênito é uma doença potencialmente grave, que pode resultar em cegueira, caso não seja diagnosticada precocemente e não receba tratamento adequado. Aprimorar o conhecimento por parte dos médicos sobre o glaucoma congênito e instigar a construção de uma consciência para detecção precoce e maior controle do avanço da doença mostra- se necessário e urgente, de modo a assegurar uma postura de eficiência terapêutica. Objetivo: Investigar os dados disponíveis sobre o diagnóstico do glaucoma congênito. Metodologia: A pesquisa teve como fonte de informações as bases de dados eletrônicas Pubmed, Scielo e Lilacs. A estratégia de pesquisa utilizou os seguintes descritores e qualificadores devidamente combinados: “diagnosis AND congenital glaucoma”, com restrição dos resultados obtidos para a data de publicação desses estudos, restrita a um período de cinco anos (2010-2014), o emprego dos idiomas inglês e português e seleção criteriosa dos tipos de desenhos de estudo, devidamente publicados em revistas indexadas, sem restrições às populações humanas. Resultados: A revisão sistemática tem por referência uma base de informações variadas, com apuração dos principais tópicos sobre o glaucoma congênito, destacando o desafio que este acometimento impõe ao oftalmologista. As principais características clínicas, demográficas, sinais clínicos iniciais e de gestão estão inclusas. Discussão: Constitui um importante problema de saúde pública e pode implicar em danos irreversíveis e baixo prognóstico visual. Definido como a presença de neuropatia óptica ocasionada por PIO elevada, escavação do disco óptico, assimetria do disco, diâmetro da córnea alargado, buftalmo, estrias de Haab, opacificação da córnea e miopia progressiva. Conclusões: Sinais de alerta e reconhecimento pelos neonatologistas e pediatras constitui importante incentivo ao encaminhamento inicial a um serviço especializado de glaucoma. Novos estudos de ferramentas futuras para detecção precoce e tratamento imediatamente após o nascimento são indispensáveis. Palavras chave: 1. Glaucoma/congênito; 2. Glaucoma/diagnóstico.

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II. OBJETIVOS

PRIMÁRIO:

Investigar os dados disponíveis sobre o diagnóstico do glaucoma congênito.

SECUNDÁRIOS:

1. Delinear os critérios utilizados para o diagnóstico precoce do glaucoma congênito; 2. Sumarizar os principais sinais e sintomas clínicos a serem observados e o emprego dos métodos diagnósticos; 3. Indicar a faixa etária mais frequente do diagnóstico do glaucoma congênito; 4. Inferir a origem principal do encaminhamento inicial ao serviço especializado de glaucoma congênito; e 5. Considerar o estadiamento do glaucoma congênito na época da detecção.

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III. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O glaucoma congênito é uma doença potencialmente grave, que pode resultar em cegueira, caso não seja diagnosticada precocemente e não receba tratamento adequado. A sua incidência apresenta uma ampla variação nas diferentes populações, no entanto, sua consequência pode ser impactante em todos os indivíduos afetados. “A cegueira infantil é um importante problema de saúde pública e doenças oculares congênitas são a principal causa de cegueira em crianças. Aproximadamente 1,5 milhões de crianças ao redor do mundo são cegas.”10

Tal desordem caracteriza-se por um anormal desenvolvimento isolado da malha trabecular, tecido especializado que se localiza no ângulo da câmara anterior, e um importante condutor na drenagem do humor aquoso. Ocorre tipicamente de modo bilateral, no entanto, em 25 a 30% dos casos, pode ser unilateral.12

Segundo Mandal et al. (2011), o termo glaucoma do desenvolvimento refere-se ao glaucoma associado a anomalias do desenvolvimento do olho presente no nascimento, sendo subdividido em glaucoma de desenvolvimento primário, correspondente ao desenvolvimento anormal do sistema de drenagem do humor aquoso e em glaucoma de desenvolvimento secundário, referido como resultante dos danos produzidos pelo desenvolvimento anômalo de alguma outra parte do olho, ao sistema de drenagem do humor aquoso. Ainda é possível inferir uma classificação definida através da idade de início da doença, onde se incluem o glaucoma congênito, existente no nascimento ou antes do nascimento; o glaucoma infantil, existente desde o nascimento até os 3 anos de vida e o glaucoma juvenil, a partir dos 3 anos até a adolescência.12

O glaucoma congênito apresenta um conjunto típico de manifestações clínicas, definidas como um aumento da pressão intraocular, buftalmo, caracterizado como um aumento do globo ocular, acarretando em miopia secundária, córnea opalescente e alargada, o que pode levar ao astigmatismo, lesões na membrana de Descemet, atrofia da íris e escavação do nervo óptico. Incluem-se ainda dentre os sinais e sintomas do glaucoma congênito uma tríade clássica, composta por epífora, caracterizada como um lacrimejamento excessivo crônico, devido à dificuldade de drenagem da secreção 6 lacrimal, fotofobia e blefaroespasmo, resultante do edema do epitélio da córnea gerado pela alta pressão intraocular. Vista a variedade de características inerentes à doença, é imprescindível o conhecimento apropriado por parte dos médicos, especialmente neonatologistas e pediatras, para o encaminhamento precoce e adequado ao tratamento.

Mutações genéticas são encontradas em pacientes portadores da doença, o que lhe atribui também um caráter genético. “A associação entre o glaucoma congênito primário e a mutação no gene CYP1B1 do citocromo P450 tem sido conhecida há mais de uma década. O produto do gene metaboliza uma molécula de sinalização envolvida no desenvolvimento ocular.”15 Mandal et al. (2011) ainda infere que um loci recessivo de glaucoma congênito primário (gene GLC3) foi identificado por análise da ligação genética e que a maioria dos genes para glaucoma congênito foram mapeados no locus GLC3A do cromossomo 2 (2p21).12 Desse modo, a perspectiva da investigação genética incrementa a necessidade de pesquisa, em busca de novas descobertas no âmbito do glaucoma congênito.

A suspeita clínica de glaucoma congênito deve ser confirmada através da avaliação do estado refrativo, das alterações presentes na córnea e de procedimentos como a tonometria, oftalmoscopia e gonioscopia. O tratamento deve ser eficiente, preciso e imediato, através de cirurgia, que é o procedimento terapêutico indicado. A conduta clínica é temporária e se restringe à tentativa de redução da pressão intraocular e preparação para o procedimento cirúrgico, que pode ser a goniotomia, com remoção do tecido de obstrução, a trabeculotomia, com abertura do canal de Schlemm e a trabeculectomia, com criação de uma fístula para a drenagem do humor aquoso. Em estudo, Silva et al. (2010), conclui que: “Chama a atenção dos oftalmologistas sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces dos pacientes com deficiência visual principalmente na infância.”18

Um acurado e efetivo processo diagnóstico mostra-se necessário e deve ser estabelecido como uma conduta presente e cotidiana para todos os pacientes da faixa etária de risco no ambiente hospitalar e ambulatorial, de modo a tentar conter a instalação de consequências prejudiciais. “Falha de preciso e bem sucedido diagnóstico e tratamento pode resultar em atrofia óptica e perda permanente da visão.”7

Os estudos disponíveis na literatura demarcam a importância que o glaucoma congênito exibe em toda a sociedade mundial. Estudo realizado com pacientes com visão 7 subnormal, em Salvador, Bahia (Brasil), demonstrou uma prevalência superior de glaucoma congênito (15,6%) em crianças e adolescentes.18 “Glaucoma congênito primário, embora raro, ainda é o glaucoma mais comum na infância e causa uma desproporcionalmente alta porcentagem de cegueira infantil em todo o mundo.”15

Aprimorar o conhecimento por parte dos médicos sobre o glaucoma congênito e instigar a construção de uma consciência para detecção precoce e maior controle do avanço da doença mostra-se necessário e urgente, de modo a assegurar uma postura de eficiência terapêutica em relação ao glaucoma congênito.

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IV. METODOLOGIA

Os principais dados disponíveis sobre o diagnóstico do glaucoma congênito estão sumarizados nesta revisão sistemática da literatura, sem realização de metanálise. A seleção dos estudos a serem definidos para a caracterização da pesquisa obedeceu rigorosamente aos seguintes critérios de inclusão: a data de publicação desses estudos, restrita a um período de cinco anos (2010-2014), o emprego dos idiomas inglês e português e seleção criteriosa dos tipos de desenhos de estudo (estudos de coorte, estudos de caso-controle e estudos transversais), devidamente publicados em revistas indexadas, sem restrições as populações humanas. Foram excluídos todos os estudos que não atenderam a tais critérios supracitados de elegibilidade.

A pesquisa teve como fonte de informações as bases de dados eletrônicas Pubmed, Scielo e Lilacs. A estratégia de pesquisa utilizou os seguintes descritores e qualificadores (catalogados no “Medical Subject Heading” - MeSH e “Descritores em Ciências da Saúde” - DeCS) devidamente combinados: “diagnosis AND congenital glaucoma”, com restrição dos resultados obtidos para o período, os idiomas e a população humana, conforme os critérios de inclusão. Foram excluídos os artigos idênticos, os que não atenderam aos critérios de elegibilidade, não abordaram o tema e não corresponderam aos tipos de desenhos de estudo elegidos, segundo a análise dos títulos e resumos ou do texto completo, conforme necessário.

Posteriormente a inclusão de todos os artigos relevantes, seguiu-se a análise qualitativa desses estudos, coleta, análise e interpretação dos dados, com seleção das principais informações sobre o tema em questão de modo a compor esta revisão sistemática da literatura.

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V. RESULTADOS

Na pesquisa realizada, utilizando o termo “diagnosis AND congenital glaucoma”, foram encontrados 1835 artigos no Pubmed, 18 artigos no Scielo e 43 artigos no Lilacs, em uma busca inicial. Após seleção criteriosa, com aplicação dos critérios de elegibilidade, exclusão das duplicatas e avaliação dos artigos selecionados, resultou em 15 artigos no Pubmed, e nenhum artigo no Scielo e Lilacs, conforme descrito na figura 1.

Artigos Disponíveis na Literatura (n=1835) Aplicação dos Critérios de Elegibilidade (na ordem):

1. Data de publicação diversa de 2010-2014 (n=1522) 2. Idiomas distintos do inglês e português (n=45) 3. Estudos em populações não humanas (n=31) Artigos Selecionados 4. Publicações em revistas não indexadas (n=1) (n=297)

Exclusão das Duplicatas (n=7)

Artigos Avaliados (n=290)

Não abordam o tema (n=248) Relatos de caso, revisões sistemáticas, comentários e editoriais restantes (n=27) Artigos Incluídos (n=15)

Figura 1. Etapas de seleção dos artigos* *Última pesquisa realizada em 14 de fevereiro de 2016.

Dentre os estudos incluídos, constam 8 estudos de coorte (Quadro 1), 3 estudos de caso-controle (Quadro 2), e 4 estudos transversais (Quadro 3). Além disso, 5 artigos não inclusos nesta revisão sistemática foram utilizados para compor a fundamentação teórica (Quadro 4).

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Quadro 1. Descrição dos oito estudos de coorte incluídos

Autor Ano Localidade Período Amostra Principais Informações Diagnósticas (es) Alanazi et 2013 Arábia 2001- 325 olhos de Análise demográfica e clínica. Média de idade na apresentação para a amostra al. Saudita 2003 180 pacientes total de 3,9 ± 10,3 meses, média para o glaucoma congênito primário (PCG – primary congenital glaucoma) de 3,8 ± 10,7 meses e para o glaucoma congênito secundário (SCG – secondary congenital glaucoma) de 4,3 ± 7,9 meses (diferença estatisticamente insignificante). Maior acometimento bilateral. Média da pressão intraocular (PIO) = 25,9 ± 7,5 mmHg. Correlações entre idade; diâmetro da córnea; comprimento axial; relação escavação/disco (E/D) e opacidade corneana. Aponte et 2010 EUA 1965- 30 crianças PCG é reconhecidamente o tipo mais comum de glaucoma visto na infância, al. 2004 com maior ocorrência deste quando comparado ao SCG. Pacientes com PCG mostram alargamento ocular, fotofobia, epífora, estrias de Haab, opacificação da córnea, escavação do nervo óptico, desde o nascimento à primeira infância. Bojikian et 2013 Brasil 2009- 71 olhos de Valores de referência para volume de olho fetal normal, que podem ser al. 2011 37 fetos (17 e utilizados na avaliação de ultrassom de rotina. Média do volume do olho fetal 40 semanas modo manual de 309,5 ± 80,1 mm3 em 17-18 semanas a 2.552,1 ± 384,9 mm3 de gestação) em 39-40 semanas e modo esfera de 394,8 ± 71,8 mm3 em 17-18 semanas a 2682,1 ± 343,4 mm3 em 39-40 semanas. De Silva et 2011 Reino Unido 2005- 30 olhos de Glaucoma congênito estável pode evoluir com complicações ameaçadoras da al. 2006 16 pacientes visão após longo tempo de estabilidade da PIO. Redução da acuidade visual ocorreu em 12 dos 30 olhos com PCG (40%), sendo 3 (10%) com PCG avançado, e 9 (30%) com progressão do PCG. 10 olhos (33%) apresentaram PCG estável sem progressão e 8 (27%) redução da acuidade visual secundária a comorbidade ocular. Monitorização contínua é indicada. Khitri et 2012 EUA 2000- 133 olhos de Pacientes com glaucoma no início da vida refletem acuidade visual de melhor al. 2010 88 pacientes prognóstico do que relatado previamente, com melhores resultados em pacientes com PCG do que em outros subtipos de glaucoma. Rushood et 2012 Arábia ______200 olhos de Estabelecimento de um padrão de espessura corneana central (ECC) normal al. Saudita 100 recém- em recém-nascidos normais a termo. Esses valores podem ser utilizados nascidos como referência para o diagnóstico precoce e controle do PCG. Paquimetria deve ser considerada no acompanhamento. Tamçelik 2014 Índia 2000 - 600 olhos de Distribuição de glaucoma congênito primário e secundário de 63,3% e 36,7%, et al. 2013 311 pacientes respectivamente. Doença bilateral foi mais comum. História familiar positiva mais frequente em pacientes com PCG, no entanto não foi estatisticamente significante. Média de idade na apresentação de 110,22 ± 160,35 dias. Walton et 2013 EUA ______49 olhos de Sinais de diagnóstico iniciais mais frequentes: alargamento da córnea, al. 31 pacientes fotofobia, e suspeita de déficit da acuidade visual. Estrias de Haab estavam presentes em 60%.

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Quadro 2. Descrição dos três estudos de caso-controle incluídos

Autor Ano Localidade Período Amostra Principais Informações Diagnósticas (es) Gatziou- 2013 Alemanha Maio - 80 olhos de Investigação das propriedades biomecânicas da córnea. Redução significativa fas et al. Setembro 46 na histerese corneana (CH) e no fator de resistência da córnea (CRF) no PCG. de pacientes Ambos foram correlacionados negativamente com diâmetro da córnea. Houve 2011 uma forte correlação entre CH e CRF com ECC. Em PCG, CH = 9,1 ± 1,6 mmHg e CRF = 7,9 ± 1,1 mmHg.

Mendes 2011 Brasil 2004 85 Pacientes com glaucoma congênito tiveram maior média de tamanho de et al. pacientes diâmetro axial e valores médios ceratométricos menores em comparação com os controles. Novak- 2011 Croácia Junho - 124 olhos Pacientes com glaucoma congênito apresentam ECC menor do que indivíduos Stroligo dezembro de 62 normais. et al. de 2010 pacientes

Quadro 3. Descrição dos quatro estudos transversais incluídos

Autor Ano Localidade Período Amostra Principais Informações Diagnósticas (es) Amini et 2012 Irã 2008-2009 44 Média da ECC no grupo de estudo foi 589,42 ± 53,44 µm. Os pacientes com al. pacientes PCG que controlavam a PIO tinham córneas significativamente mais espessas do que os que não possuíam glaucoma. Jordão 2013 Brasil ______31 olhos de Comparação das medidas da PIO obtidas com tonômetro de contorno dinâmico et al. 31 (TCD) e tonômetro de aplanação de Goldmann (TAG), e sua relação com a pacientes ECC em pacientes com PCG. Esses métodos não devem ser usados como sinônimos, e possivelmente podem dar nenhum valor significativo de PIO em PCG. Mahel- 2013 República ______10 Comparação das estruturas da córnea em olhos buftálmicos e olhos saudáveis ková et Tcheca pacientes em pacientes com glaucoma congênito unilateral através de um microscópio al. confocal de córnea. Expansão mecânica do tecido da córnea implica em menor densidade e hipertrofia compensatória das células endoteliais e resulta em alterações cicatriciais das áreas adjacentes. Ocorre diminuição da ECC de olhos buftálmicos em contraposição aos olhos saudáveis. Mendes 2013 Brasil ______46 olhos de As diferenças entre as PIOs geradas pelo TAG (padrão ouro) e tonômetro et al. 46 portátil de aplanação, TCD e Tono-Pen aparentemente não tem relação com a pacientes maioria das características biométricas. Ausência de diferenças significativas nos valores da tonometria entre o TCD e o TAG ou entre o Tono-Pen e TAG. Tais diferenças ocorreram, no entanto, entre as médias do TAG e do tonômetro portátil de aplanação.

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Quadro 4. Descrição dos artigos utilizados na fundamentação teórica

Autor Ano Localidade Título (es) Khan 2011 Arábia Condições que podem ser confundidas como glaucoma na primeira infância. Saudita Li et al. 2013 China Descrição da situação atual de triagem pré-natal e infantil para doenças oculares congênitas.

Mandal 2011 Índia Atualizações sobre o glaucoma congênito. et al. Moore et 2013 EUA PGC no mundo em desenvolvimento. al. Silva et 2010 Brasil Serviço de visão subnormal do Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da Cegueira (IBOPC): análise al. dos pacientes atendidos no 1º ano do departamento (2004).

Os estudos foram realizados em distintas localidades, como Alemanha, Arábia Saudita, Brasil, Croácia, EUA, Índia, Irã, Reino Unido e República Tcheca e publicados em um período recente de cinco anos (2010-2014). Destaca-se a quantidade superior de informações disponíveis nos estudos sobre o glaucoma congênito primário, em detrimento do glaucoma congênito secundário, vista a incidência superior de casos deste em relação ao último. Alanazi et al. (2013), constatou em seu estudo, de um total de 325 olhos de 180 pacientes, 80% diagnosticados com glaucoma congênito primário, em contrapartida a apenas 20% com glaucoma congênito secundário.1 As causas de glaucoma congênito secundário são diversas e encontram-se sumarizadas na tabela 4.

Os desenhos metodológicos abarcaram uma ampla variedade de tipos e as amostras das pesquisas realizadas foram compostas especialmente por recém-nascidos prematuros, recém-nascidos a termo e crianças. Outros estudos analisaram jovens e adultos e a implicação do glaucoma congênito em relação ao prognóstico visual desses pacientes.

A revisão sistemática tem por referência uma base de informações variadas fornecidas pelos artigos incluídos, com apuração dos principais tópicos sobre o glaucoma congênito, destacando o desafio que este acometimento impõe ao oftalmologista. Aspectos diagnósticos, epidemiológicos e terapêuticos podem ser inferidos, permitindo a 13 percepção da importância do diagnóstico precoce nos casos de glaucoma congênito. As principais características clínicas e demográficas dos estudos incluídos estão exibidas nas tabelas 1 e 2, respectivamente. Sinais clínicos iniciais devem ser amplamente compreendidos de modo a promover uma busca imediata por um serviço médico especializado (tabela 3).

Desse modo, diante de um caso suspeito de glaucoma congênito, com a presença dos principais sinais clínicos inferidos nesta revisão (resumidos na tabela 3), deve-se proceder o encaminhamento a um especialista para a realização de exame oftalmológico completo. O diagnóstico da doença, quando bem estabelecido, convém ser seguido de imediato pela instalação do tratamento, permitindo o melhor resultado visual para o paciente e redução dos possíveis prejuízos que possam o acometer futuramente (figura 2).

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Tabela 1. Características clínicas relacionadas ao glaucoma congênito

Autor Ano Idade Média na Pressão Espessura Diâmetro da Relação Comprimento (es) apresentação Intraocular Corneana Central córnea escavação/ axial Média (mmHg) Média (µm) (mm) disco (mm) Alanazi et 2013 3,9 ± 10,3 meses; 25,9 ± 7,5; 12,5 ± 1,6; 0,45 ± 0,38 21,2 ± 3,0; al. 3,8 ± 10,7 meses 25,9 ± 7,5 (PCG); 12,6 ± 1,3 (Horizontal); 22,6 ± 2,9 (PCG); (PCG); 26,5 ± 7,9 (SCG). (PCG); 0,61 ± 0,33 19,5 ± 2,2 (SCG). 4,3 ± 7,9 meses 12 ± 2,4 (Vertical). (SCG). (SCG). Amini et 2012 16,52 ± 4,61 589,42 ± 53,44 14,27 ± 1,44 al. (Horizontal) Aponte et 2010 15 dias (PCG). 32,5 (PCG). 0,45 (PCG). al. * De Silva et 2011 39,1 ± 8,9 (PCG) 0,5 ± 0,3 al. Gatziou- 2013 519 ± 34 (PCG) 14,1 ± 1,2 0,7 ± 0,1 fas et al. (PCG) (PCG) Jordão et 2013 15,1 ± 4,2 (TCD); 534,0 ± 72,3 al. 14,5 ± 5,6 (TAG).

Mahelko- 2013 495 ± 56 13,35 vá et al. (Horizontal) Mendes et 2013 12,95 ± 4,63 585,9 ± 87,89 12,81 ± 1,29 25,44 ± 2,01 al. (TAG); 12,49 ± 4,85 (TPA); 13,26 ± 4,28 (TCD) e 13,06 ± 4,9 (Tono-Pen). Mendes et 2011 539 ± 46; 571 ± 56 14,13 al. (com e sem estrias de Haab, respectivamente). Novak- 2011 513 ± 23; 512 ± 21 Stroligo et (cirurgia); 513 ± 19 al. (terapia tópica). Rushood et 2012 616 ± 61; 617 ± 62 al. (OD); 616 ± 60 (OE); 631 ± 66 (masculino); 600 ± 50 (feminino). Tamçelik 2014 110,22 ± 160,35 et al. dias; 119,47 ± 145,55 dias (PCG); 96,92 ± 179,63 dias (SCG). Walton et 2013 4,7 anos 38 (sem resolução al. ** espontânea).

* Único paciente. ** Glaucoma reconhecido tardiamente. PCG: glaucoma congênito primário; SCG: glaucoma congênito secundário; TCD: tonômetro de contorno dinâmico; TAG: tonômetro de aplanação de Goldmann; TPA: tonômetro portátil de aplanação; OD: olho direito; OE: olho esquerdo. 15

Tabela 2. Resumo das Informações Demográficas

Autor Ano Sexo Subtipo História Consaguinidade Lateralidade Prematuridade (es) mais Familiar comum Positiva Alanazi 2013 Feminino PCG (80%) 30% 60% (PCG: 59%; Bilateral et al. (51,1%); (PCG: SCG: 58,3%). (80,6%); Masculino 29,9%; PCG (82,6%); (48,9%) – SCG: SCG (72,2%). PCG; 30,6%). Masculino (61,1%); Feminino (36,9%) – SCG. Aponte 2010 Masculino 0 Bilateral et al.* (100%) (100%) Tamçe- 2014 Masculino 21,2% 45,3% Bilateral A termo (94,2%); lik et al. (57,2%); (PCG: (PCG: 53,2%; (92,3%); Prematuro (PCG: PCG: 58,9% 23,8%; SCG: 32,4%). PCG (94,4%); 5,8%; SCG: (masculino) e SCG: SCG (88,6%). 8,8%). 41,1% 16,6%). (feminino); SCG: 45,6% (sexo feminino). Walton 2013 Bilateral (57%) et al.** * Único paciente. ** Glaucoma reconhecido tardiamente. PCG: glaucoma congênito primário; SCG: glaucoma congênito secundário.

Tabela 3. Principais sinais clínicos e suspeitas na primeira apresentação

Tamçelik et al. Frequência (%) Walton et al. Frequência (%) (2014) (2013) Córnea opaca 47,2 Aumento de diâmetro da córnea 45 Bufalmo 44,4 Anormalidade visual 28 Fotofobia e blefarospasmo 7,5 Fotofobia 20 Preocupação do pediatra 3,7 Tonometria de rotina 7 Epífora 3,3 Córnea opaca 0 Ausência de contato com os olhos 1,9 Marca de nascença facial 2,3 Anisocoria 1,9 Nistagmo 1,6 Estrabismo 1,3

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Tabela 4. Principais causas de glaucoma congênito secundário

Alanazi et al. Tamçelik et al. (2013) (2014) Disgenesia do segmento anterior (16,7%) Iridotrabeculodisgenesia (35,2%) Anomalia de Peters (22,2%) Síndrome de Axenfeld-Rieger (20,2%) Síndrome de Rieger/Aniridia (13,9%) Facomatoses (10,5%) Microftalmia (8,3%) Iridotrabeculodisgenesia - aniridia (9,6%) Coloboma da íris/coriorretiniano (5,6%) Disgenesia do segmento anterior (9,6%) Síndrome de Down (2,8%) Anomalia de Peters (6,1%) Síndrome da rubéola (2,8%) Retinopatia da prematuridade (1,8%) Catarata (5,6%) Doença de armazenamento de glicogênio (1,8%) Síndrome de Klippel-Trenaunay-Weber (5,6%) Síndrome de Walker-Warburg (1,8%) Total de descolamento da /vítreo primário hiperplásico Síndrome Hallermann-Streiff (0,9%) persistente (2,8%) Retinopatia da prematuridade (2,8%) Síndrome de Down (0,9%) Anemia de Diamond-Blackfan (0,9%) Síndrome de Rubinstein-Taybi (0,9%)

• PIO ≥ 21 mmHg • Oftalmoscopia • Buftalmo • Tonometria • Diâmetro da córnea alargado • Biomicroscopia • Aumento do comprimento axial • Gonioscopia • Opacificação da córnea • Paquimetria • Estrias de Haab • Fotofobia Sinais Clínicos Exame • Epífora Oftalmológico • Edema • Miopia progressiva

Tratamento Diagnóstico Imediato Precoce

Figura 2. Fluxograma do manejo dos casos de glaucoma congênito

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VI. DISCUSSÃO

O glaucoma congênito é uma neuropatia óptica determinada por uma trabeculodisgenesia isolada associada a elevação da pressão intraocular (PIO). Constitui um importante problema de saúde pública e pode implicar em danos irreversíveis e baixo prognóstico visual, caso sua gestão não seja efetiva. “O diagnóstico oportuno e gestão adequada do glaucoma congênito é crucial para reduzir a morbidade inerente.”2

Glaucoma congênito primário (PCG) é caracterizado pelo desenvolvimento anormal da malha trabecular na ausência de outra doença ocular ou sistêmica, enquanto o glaucoma congênito secundário (SCG) é associado a outras doenças oculares e/ou sistêmicas.19 PCG é reconhecidamente o tipo mais comum de glaucoma visto na infância, com maior ocorrência deste quando comparado ao SCG.1,3,5 Dentre as etiologias de SCG infere-se uma maior prevalência de anomalia de Peters, disgenesia do segmento anterior, síndrome de Riegers/aniridia, e microftalmia.1 Outro estudo apresentou iridotrabeculodisgenesia, síndrome de Axenfeld-Rieger e facomatoses como as mais frequentes.19

Apresentação bilateral, história familiar positiva e consanguinidade são evidentes em ambos os tipos de glaucoma congênito.1,19 A distribuição por sexo em grupo de estudo difere entre PCG, sem predileção por sexo, e SCG, que é cerca de 1,5 vezes mais comum em pacientes do sexo masculino.1 Parto prematuro em determinada população apresentou-se em 5,8% dos pacientes com PCG, enquanto que 8,8% destinou-se ao SCG, visto que alguns pacientes eram acometidos com retinopatia da prematuridade. A maioria dos neonatos foram a termo (94,2%).19

O diagnóstico do glaucoma congênito envolve a constatação de sinais e sintomas característicos, que devem ser buscados de modo a avaliar a presença da doença, gravidade e definir o prognóstico, seguido por estabelecimento de tratamento imediato e resolutivo. Alanazi et al. (2013), definiu em seu estudo o diagnóstico contendo PIO de 21 mmHg ou mais, concomitante a outros sinais, tais como: buftalmo, diâmetro da córnea alargado (11 mm em recém-nascidos; 12 mm ou mais em crianças), opacificação da córnea, estrias de Haab e aumento do comprimento axial.1 Pode-se inferir ainda como 18 aspectos determinantes a presença de fotofobia, epífora, sinais de escavação do nervo

óptico, além de aumento do globo ocular e edema.3,7,19

A elevação da PIO determina o alargamento do olho, vista a plasticidade do globo ocular no decorrer do desenvolvimento, acarretando em modificações na córnea, tais como aumento progressivo no diâmetro e formação das estrias de Haab.11 Tamçelik et al. (2014) sumariza a definição de glaucoma congênito como presença de neuropatia óptica ocasionada por PIO elevada (> 20 mmHg) com escavação do disco (> 0,3), assimetria do disco (> 0,2), diâmetro da córnea alargado, edema da córnea, estrias de Haab e miopia progressiva.19

O diagnóstico de PCG foi determinado por Walton et al. (2013) pelo aumento da PIO e anormalidades do segmento anterior, sem outros componentes etiológicos associados.20 Gatzioufas et al. (2013), de forma simplificada, determinou os pacientes como tendo PCG com base na PIO elevada, aumento do diâmetro da córnea e razão escavação/disco anormal no primeiro ano de vida.6

Com base nas manifestações clínicas e estabelecida a suspeita de glaucoma congênito, deve-se prosseguir a investigação diagnóstica, através de exame oftalmológico completo, a realizar-se oftalmoscopia (exame do fundo de olho), tonometria (medida da pressão intraocular), biomicroscopia (exame das estruturas do segmento anterior e fundo de olho), gonioscopia (avaliação do ângulo formado entre a íris e a córnea) e paquimetria (avaliação da espessura da córnea). Desse modo, quando identificados pacientes com glaucoma suspeito, o início da conduta semiológica deve ser imediato.

Na propedêutica mandatória para avaliação do glaucoma congênito, a PIO representa um parâmetro essencial e a tonometria de aplanação de Goldmann (TAG) configura o padrão ouro para exame.7 Todavia, existem interferências nas medidas obtidas através deste método, tais como a biomecânica da córnea, sua curvatura e edema associado. Avaliando as leituras fornecidas pelo TAG e o tonômetro de contorno dinâmico (TCD), um estudo concluiu que não houveram diferenças significativas entre a PIO média medida por ambos, com medidas do último sendo 0,6 mmHg maiores do que o primeiro. Tais diferenças não foram influenciadas pela espessura corneana central (ECC). Contudo, as leituras desses tonômetros não devem ser utilizadas indiferentemente, por haver uma fraca concordância entre as medições nos casos de PCG. A maior 19 facilidade no manejo do TAG permite considerar o exame com esse dispositivo na rotina de avaliações.7

No entanto, em determinados casos, na presença de anomalias específicas ou dificuldade de cooperação no exame, o uso de outros tonômetros pode ser necessário. De modo similar, outro estudo avaliou as leituras do TAG e outros tonômetros, como tonômetro portátil de aplanação, TCD e Tono-Pen. Novamente não foram encontradas diferenças significativas nos valores da tonometria entre o TCD e o TAG ou entre Tono- Pen e TAG. Tais diferenças ocorreram entre as médias do TAG e tonômetro portátil de aplanação. Apontou que as propriedades biomecânicas têm mais influência sobre a PIO do que a ECC e a curvatura da córnea isolada. Neste estudo, as diferenças entre os valores da PIO fornecidos pelo TAG em contraste com os dos demais tonômetros não apresentou qualquer correlação com paquimetria, biometria e diâmetro corneano. Portanto, não há restrições para a utilização destes três outros tonômetros no que se refere as propriedades biométricas.13

O conhecimento das propriedades biomecânicas da córnea pode revelar aspectos importantes acerca do glaucoma congênito. Uma avaliação pode ser feita através do analisador de resposta ocular (ORA). Tal avaliação é efetuada pelo cálculo da histerese da córnea (CH), possível representante da capacidade de amortecimento viscoelástico e do fator de resistência da córnea (CRF), indicador da sua rigidez. A utilização desses fatores permite compor um perfil biomecânico da córnea. Análises realizadas apresentaram que CH e CRF são significativamente diminuídos em PCG e negativamente correlacionados com diâmetro da córnea e ECC, sendo o aumento e a redução desses últimos, respectivamente, os principais determinantes das alterações identificadas no perfil biomecânico da córnea. Isso é especialmente relevante nos estudos sobre a tonometria.6

A ECC atua como preditor diagnóstico e prognóstico. Seu efeito sobre a medida da PIO na tonometria de aplanação é reconhecido, visto que afeta a biomecânica ocular. Tal método é dependente da deformação da córnea, acarretando em uma subestimação da PIO em córneas mais finas, em oposição a superestimação decorrente de córneas mais espessas. Além disso, constitui fator de risco independente na progressão para o glaucoma.2 20

Um estudo apresentou em seus resultados que tais pacientes têm menor ECC e confirmou a necessidade de conciliar uma rotina de medições da espessura para ajuste da PIO e como parte do diagnóstico de glaucoma congênito. Além disso, não mostrou diferença significativa entre a ECC de pacientes previamente operados e aqueles tratados apenas com terapia tópica.16 Em concordância, análise histopatológica da córnea, por meio do uso de microscopia confocal de córnea em pacientes com buftalmo unilateral, comprovou a diminuição da ECC nesses pacientes buftálmicos.11

Uma comparação entre olhos glaucomatosos e normais em referência a espessura corneana média não apresentou diferenças estatisticamente significativas. Maiores valores médios de diâmetro axial e corneano no glaucoma congênito foram encontrados, mas não houve correlação entre o diâmetro axial e a ECC, constituindo uma variável independente de outros dados biométricos. Correlação negativa discreta ocorreu entre diâmetro corneano e ECC. Os olhos glaucomatosos tiveram média de diâmetro axial mais elevada em contraposição a uma menor ceratometria média. Isso condiz com a primordialidade de realização de biometria ocular para inferir medidas melhor aproximadas da PIO.14

Diversas correlações entre ECC e outras variáveis também foram estudadas. Não foi encontrada diferença estatisticamente significante da ECC entre os olhos direitos e esquerdos, ao contrário da diferença constatada da ECC entre recém-nascidos do sexo masculino e feminino, sendo maior nos meninos. Por conseguinte, não foi conferida correlação entre ECC e idade gestacional, peso ao nascer, comprimento ao nascer e perímetro cefálico. O trabalho destaca a paquimetria como exame a ser considerado no seguimento dos casos suspeitos ou confirmados de glaucoma congênito.17

Em contraposição, Amini et al. (2012) concluiu que ECC é maior nos casos de PCG que controlavam a PIO, com córneas consideravelmente mais espessas, do que os controles não glaucomatosos e finalizou ao apresentar uma correlação significativa entre ECC e PIO.2 Isso ratifica a presença de córneas mais finas ou mais espessas a depender do caso de glaucoma congênito. O espessamento da córnea poderia ser explicada pelas alterações estruturais decorrentes do quadro e a presença de cicatrizes ou edema. Por conseguinte, a recomendação do uso da paquimetria nos exames de rotina é reforçada, como um componente fundamental para diagnóstico e também seguimento do glaucoma.2 21

A média de idade na apresentação do glaucoma congênito revelou-se em estudo como sendo de 3,9 ± 10,3 meses. Pacientes com PCG apresentaram a doença mais precocemente do que no SCG. Todavia, essa diferença não foi estatisticamente significativa.1 Outro estudo definiu como sendo de 110,22 ± 160,35 dias. O mesmo demonstrou que 34,4% dos pacientes apresentaram-se ao oftalmologista ou especialista em glaucoma congênito dentro da primeira semana, enquanto 45,1% foram no primeiro mês e 96,4% no primeiro ano de vida. Em contradição ao estudo citado anteriormente, SCG ocorreu um pouco mais cedo do que o PCG, mas isto também não foi estatisticamente significante.19

O trabalho comparativo dos glaucomas da infância de Khitri et al. (2012) demonstrou que embora hajam divergências no curso do PCG neonatal, infantil, e tardiamente reconhecido, a idade do diagnóstico aparentemente não influiu no prognóstico visual final neste grupo. Mais de 75% dos pacientes diagnosticados antes dos 6 meses obtiveram acuidades visuais de ≥ 20/200 (perda moderada) em contrapartida a 86% dos diagnosticados com 6 meses ou mais. Cerca do dobro dos pacientes com PCG obtiveram excelente visão, quando comparados aos outros tipos de glaucoma. Pode–se inferir que isto está relacionado a melhor gestão do glaucoma, reforçando a importância do diagnóstico precoce, de modo a garantir o melhor resultado visual.9

Progressão glaucomatosa é possível mesmo após grande período de estabilidade, em qualquer ponto do seguimento, como identificado em estudo que encontrou casos de PCG progressivo durante seguimento de uma média de 33 ± 9,7 anos, ocorrendo em diversas idades (4 a 44 anos). PCG progressivo caracteriza-se por elevação da razão escavação/disco de > 0,2 secundária a persistência de PIO elevada. Somente um terço dos pacientes mantiveram boa acuidade visual e PIO estável e diagnóstico e tratamento tardios mostraram ser os únicos indicadores para um pior prognóstico visual, o que ressalta a importância de seguimento contínuo dos pacientes com PCG.5

Por outro lado, a resolução espontânea do PCG abrange pacientes que exibem PIO normal sem tratamento, após algum período de apresentação da doença sem ela ser reconhecida. A percepção de PCG nesses pacientes deveu-se principalmente aos sinais diagnósticos de alargamento da córnea, fotofobia e suspeita de baixa acuidade visual, em contraponto à tríade sintomática clássica. Nestes casos, tonometria de rotina e opacificação da córnea não foram indicativos importantes para o diagnóstico. O 22 reconhecimento pleno dos sinais e sintomas e a consciência da existência de casos de PCG reconhecido tardiamente se faz indispensável.20

Sinais de alerta mais recorrentes que incentivaram os pais a solicitar ajuda de um especialista foram córnea opaca e buftalmo. O reconhecimento desses sinais pelos pediatras se faz relevante e suas suspeitas não devem ser minimizadas, devendo referenciar o paciente de imediato. O estudo da genética relacionada as mutações vinculadas ao glaucoma congênito é imprescindível, pois permitirá o acesso a informações valiosas a serem usadas para aconselhamento genético e diagnóstico pré- natal do glaucoma congênito, de modo a assumir conduta imediata no período perinatal.19

Bojikian et al. (2013) estabeleceu valores de referência para o volume do olho fetal obtidos através de ultrassonografia tridimensional pelo método de análise de órgãos assistida por computador virtual (VOCAL). A definição de parâmetros nomais para medições oculares fetais no período gestacional permite sua utilização em avaliação cotidiana, principalmente nos casos de história familiar de risco para anomalias genéticas que implicam em alterações do crescimento ocular, como o glaucoma congênito. A média do volume do olho fetal no modo manual abrangeu de 309,5 ± 80,1 mm3 em 17-18 semanas a 2.552,1 ± 384,9 mm3 em 39-40 semanas. Já no modo esfera de 394,8 ± 71,8 mm3 em 17-18 semanas a 2682,1 ± 343,4 mm3 em 39-40 semanas. Além disso, encontrou- se forte correlação entre as medidas orbitais e a idade gestacional. Desse modo, a disponibilidade de imagem in útero do olho fetal, apesar da impossibilidade de tratamento no momento da gestação, permite a detecção precoce de anomalias oculares e seguimento imediato após o nascimento.4

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VII. CONCLUSÕES

1. PCG é reconhecidamente o tipo mais comum de glaucoma visto na infância, com maior ocorrência deste quando comparado ao SCG; 2. Apresentação bilateral, história familiar positiva e consanguinidade são evidentes; 3. O diagnóstico consiste na presença de neuropatia óptica ocasionada por PIO elevada (> 20 mmHg) com escavação do disco (> 0,3), assimetria do disco (> 0,2), diâmetro da córnea alargado, edema da córnea, estrias de Haab e miopia progressiva. 4. Exame oftalmológico completo deve incluir oftalmoscopia, tonometria, biomicroscopia, gonioscopia e paquimetria. 5. A espessura corneana central possui efeito sobre a medida da PIO na tonometria de aplanação. 6. Em geral, média de idade na apresentação do glaucoma congênito revelou-se como sendo cerca de 3,9 ± 10,3 meses. 7. Sinais de alerta e reconhecimento pelos neonatologistas e pediatras constitui importante incentivo ao encaminhamento inicial a um serviço especializado de glaucoma; e 8. Estudo dos componentes genéticos associados e metódos de avaliação in útero são importantes ferramentas futuras para detecção precoce do glaucoma congênito e tratamento imediatamente após o nascimento.

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VIII. SUMMARY

Diagnosis of Congenital Glaucoma - Systematic Review. Congenital glaucoma is a potentially serious disease that can result in blindness if not diagnosed early and does not receive proper treatment. Improve knowledge among physicians about congenital glaucoma and instigate the construction of an awareness for early detection and greater control of the advance of the disease is shown to be necessary and urgent in order to assure a posture of therapeutic efficiency. Objective: To investigate the available data on the diagnosis of congenital glaucoma. Methodology: The research had as a source of information the electronic databases Pubmed, Scielo and Lilacs. The research strategy uses the following descriptors and qualifiers properly matched "diagnosis AND congenital glaucoma", with restriction of the results obtained for the date of publication of these studies, restricted to a period of five years (2010-2014), the use of languages english and portuguese and judicious selection of the types of study designs, duly published in indexed journals, without restrictions on human populations. Results: A systematic review is to reference a base of various informations with investigation of the main topics of congenital glaucoma, highlighting the challenge that this involvement requires the ophthalmologist. The main clinical and demographic characteristics, initial clinical signs and management are included. Discussion: Constitutes an important public health problem and may imply in irreversible damage and low visual prognosis. Defined as the presence of optic neuropathy caused by elevated IOP, excavation of the optic disc, asymmetric disc, corneal diameter enlarged, buphthalmos, Haab striae, corneal opacification and progressive myopia. Conclusions: Warning signs and recognition by neonatologists and pediatricians constitutes an important incentive to the initial referral to a specialist service of glaucoma. New studies of future tools for early detection and treatment immediately after birth are indispensable. Keywords: 1. Glaucoma/congenital; 2. Glaucoma/diagnosis.

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IX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Alanazi FF, Song JC, Mousa A, Morales J, Al Shahwan S, Alodhayb S, Al Jadaan I, Al-Turkmani S, Edward DP. Primary and secondary congenital glaucoma: baseline features from a registry at King Khaled Eye Specialist Hospital, Riyadh, Saudi Arabia. Am J Ophthalmol. 2013 Mai;155(5):882-9. 2. Amini H, Fakhraie G, Abolmaali S, Amini N, Daneshvar R. Central corneal thickness in Iranian congenital glaucoma patients. Middle East Afr J Ophthalmol. 2012 Abr-Jun;19(2):194-8. 3. Aponte EP, Diehl N, Mohney BG. Incidence and clinical characteristics of childhood glaucoma: a population-based study. Arch Ophthalmol. 2010 Abr;128(4):478-82. 4. Bojikian KD, de Moura CR, Tavares IM, Leite MT, Moron AF. Fetal ocular measurements by three-dimensional ultrasound. J AAPOS. 2013 Jun;17(3):276- 81. 5. De Silva DJ, Khaw PT, Brookes JL. Long-term outcome of primary congenital glaucoma. J AAPOS. 2011 Abr;15(2):148-52. 6. Gatzioufas Z, Labiris G, Stachs O, Hovakimyan M, Schnaidt A, Viestenz A, Käsmann-Kellner B, Seitz B. Biomechanical profile of the in primary congenital glaucoma. Acta Ophthalmol. 2013 Fev;91(1):29-34. 7. Jordão ML, Costa VP, Rodrigues Mde L, Paula JS. Comparison of dynamic contour tonometry and Goldmann applanation tonometry in relation to central corneal thickness in primary congenital glaucoma. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2013 Jan;251(1):117-21. 8. Khan AO. Conditions that can be mistaken as early childhood glaucoma. Ophthalmic Genet. 2011 Set;32(3):129-37. 9. Khitri MR, Mills MD, Ying GS, Davidson SL, Quinn GE. Visual acuity outcomes in pediatric glaucomas. J AAPOS. 2012 Ago;16(4):376-81. 10. Li Y, Lin H. Progress in screening and treatment of common congenital eye diseases. Eye Sci. 2013 Set;28(3):157-62. 26

11. Mahelková G, Filous A, Odehnal M, Cendelín J. Corneal changes assessed using confocal microscopy in patients with unilateral buphthalmos. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2013 Jun 10;54(6):4048-53. 12. Mandal AK, Chakrabarti D. Update on congenital glaucoma. Indian J Ophthalmol. 2011 Jan;59:148-57. 13. Mendes MH, Betinjane AJ, Quiroga VA. Correlations between diferente tonometries and ocular biometric parameters in patients with primary congenital glaucoma. Arq Bras Oftalmol. 2013 Nov-Dez;76(6):354-6. 14. Mendes MH, Sakata L, Betinjane AJ. [Central corneal thickness and its correlations with other ocular biometric data in patients with congenital glaucoma]. Arq Bras Oftalmol. 2011 Mar-Abr;74(2):85-7. 15. Moore DB, Tomkins O, Ben-Zion I. A review of primary congenital glaucoma in the developing world. Surv Ophthalmol. 2013 Mar;58(3):278-85. 16. Novak-Stroligo M, Alpeza-Dunato Z, Kovacević D, Caljkusić-Mance T. Corneal thickness in congenital glaucoma. Coll Antropol. 2011 Set;35 Suppl 2:305-6. 17. Rushood AA, Zahrani MH, Khamis A, Rushood AA. Central corneal thickness in full-term Saudi newborns. Acta Ophthalmol. 2012 Ago;90(5):e355-8. 18. Silva AM, Matos MH, Lima HC. [Low vision service at the Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da Cegueira (IBOPC): analysis of the patients examined on the first year of the department (2004)]. Arq Bras Oftalmol. 2010 Mai-Jun;73(3):266-70. 19. Tamçelik N, Atalay E, Bolukbasi S, Çapar O, Ozkok A. Demographic features of subjects with congenital glaucoma. Indian J Ophthalmol. 2014 Mai;62(5):565-9. 20. Walton DS, Nagao K, Yeung HH, Kane SA. Late-recognized primary congenital glaucoma. J Pediatr Ophthalmol Strabismus. 2013 Jul-Ago;50(4):234-8.

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X. ANEXOS

ANEXO I. Artigos excluídos por não abordarem o tema, após análise dos títulos e resumos

1. Abu-Amero KK, Osman EA, Mousa A, Wheeler J, Whigham B, Allingham RR, Hauser MA, Al-Obeidan SA. Screening of CYP1B1 and LTBP2 genes in Saudi families with primary congenital glaucoma: genotype-phenotype correlation. Mol Vis. 2011;17:2911-9. 2. Ahonen SJ, Pietilä E, Mellersh CS, Tiira K, Hansen L, Johnson GS, Lohi H. Genome-wide association study identifies a novel canine glaucoma locus. PLoS One. 2013 Ago 7;8(8):e70903. 3. Aktas Z, Karaca EE, Dogan N, Çakmak T, Unlu M, Tok L, Hasanreisoglu M. Congenital glaucoma as an ophthalmic manifestation of Frank-Ter Haar syndrome. Int Ophthalmol. 2014 Abr;34(2):351-4. 4. Allen RJ, Speedwell L, Russell-Eggitt I. Long-term visual outcome after extraction of unilateral congenital cataracts. Eye (Lond). 2010 Jul;24(7):1263-7. 5. Al-Obeidan SA, Osman Eel-D, Dewedar AS, Kestelyn P, Mousa A. Efficacy and safety of deep sclerectomy in childhood glaucoma in Saudi Arabia. Acta Ophthalmol. 2014 Fev;92(1):65-70. 6. Ang GS, Crowston JG, Wells AP. Pediatric Ahmed valves. Ophthalmology. 2010 Jun;117(6):1277-8; 7. Anholt RR, Carbone MA. A molecular mechanism for glaucoma: endoplasmic reticulum stress and the unfolded protein response. Trends Mol Med. 2013 Out;19(10):586-93. 8. Aponte EP, Diehl N, Mohney BG. Medical and surgical outcomes in childhood glaucoma: a population-based study. J AAPOS. 2011 Jun;15(3):263-7. 9. Arikawa A, Yoshida S, Yoshikawa H, Ishikawa K, Yamaji Y, Arita RI, Ueno A, Ishibashi T. Case of novel PITX2 gene mutation associated with Peters' anomaly and persistent hyperplastic primary vitreous. Eye (Lond). 2010 Fev;24(2):391- 3. 10. Awadalla MS, Burdon KP, Souzeau E, Landers J, Hewitt AW, Sharma S, Craig JE. Mutation in TMEM98 in a large white kindred with autosomal dominant nanophthalmos linked to 17p12-q12. JAMA Ophthalmol. 2014 Ago;132(8):970-7. 11. Ayanniyi A, Mahmoud AO, Olatunji FO. Causes and prevalence of ocular morbidity among primary school children in Ilorin, Nigeria. Niger J Clin Pract. 2010 Set;13(3):248-53 12. Ayliffe W, Groth SL, Sponsel WE. Small-incision insertion of artificial prostheses. J Cataract Refract Surg. 2012 Fev;38(2):362-7. 13. Azad RV, Chandra P, Chandra A, Gupta A, Gupta V, Sihota R. Comparative evaluation of RetCam vs. gonioscopy images in congenital glaucoma. Indian J Ophthalmol. 2014 Fev;62(2):163-6. 14. Badeeb OM, Micheal S, Koenekoop RK, den Hollander AI, Hedrawi MT. CYP1B1 mutations in patients with primary congenital glaucoma from Saudi Arabia. BMC Med Genet. 2014 Set 28;15:109. 15. Balekudaru S, Vadalkar J, George R, Vijaya L. The use of Ahmed glaucoma valve in the management of pediatric glaucoma. J AAPOS. 2014 Ago;18(4):351-6. 16. Basdekidou C, Dureau P, Edelson C, De Laage De Meux P, Caputo G. Should unilateral congenital corneal opacities in Peters' anomaly be grafted? Eur J Ophthalmol. 2011 Nov-Dez;21(6):695-9 17. Basler L, Sowka J. Sturge-Weber syndrome and glaucoma. Optometry. 2011 Mai;82(5):306-9. 18. Bay MJ, Kossoff EH, Lehmann CU, Zabel TA, Comi AM. Survey of aspirin use in Sturge-Weber syndrome. J Child Neurol. 2011 Jun;26(6):692-702. 19. Bayat A, Kosinski RW. Methemoglobinemia in a newborn: a case report. Pediatr Dent. 2011 Mai-Jun;33(3):252-4. 20. Bayoumi NH. Deep sclerectomy in pediatric glaucoma filtering surgery. Eye (Lond). 2012 Dez;26(12):1548-53. 28

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ANEXO II. Artigos excluídos após leitura do texto completo

1. Fraser CL, White AJ, Plant GT, Martin KR. Optic nerve cupping and the neuro-ophthalmologist. J Neuroophthalmol. 2013 Dez;33(4):377-89. 2. Gatzioufas Z, Labiris G, Hafezi F, Schnaidt A, Pajic B, Langenbucher A, Seitz B. Corneal sensitivity and morphology of the corneal subbasal nerve plexus in primary congenital glaucoma. Eye (Lond). 2014 Abr;28(4):466-71. 3. Glass LR, Cioffi GA, Blumberg DM. Retinal nerve fiber layer analysis of cupping in children born prematurely. J Glaucoma. 2014 Jan;23(1):e1-5. 4. Hložánek M, Ošmera J, Ležatková P, Sedláčková P, Filouš A. The retinal nerve fibre layer thickness in glaucomatous hydrophthalmic eyes assessed by scanning laser polarimetry with variable corneal compensation in comparison with age- matched healthy children. Acta Ophthalmol. 2012 Dez;90(8):709-12. 5. Izzotti A, Longobardi M, Cartiglia C, Saccà SC. Mitochondrial damage in the trabecular meshwork occurs only in primary open-angle glaucoma and in pseudoexfoliative glaucoma. PLoS One. 2011 Jan 20;6(1):e14567. 6. Lai I, Mak H, Lai G, Yu M, Lam DS, Leung CK. Anterior chamber angle imaging with swept-source optical coherence tomography: measuring peripheral anterior synechia in glaucoma. Ophthalmology. 2013 Jun;120(6):1144-9. 7. Li Y, Tang L, Xiao M, Jia S, Liu P, Zhou Y, Chen H, Zeng J. Comparison of the Icare tonometer and the hand-held goldmann applanation tonometer in pediatric aphakia. J Glaucoma. 2013 Set;22(7):550-4. 8. Mahmoud AO, Ayanniyi AA, Oyedepo OO. Pediatric ophthalmic indications for examination under anesthesia in Ilorin, Nigeria. Ann Afr Med. 2010 Jul-Set;9(3):181-3. 9. Mark HH. Buphthalmos: early glaucoma history. Acta Ophthalmol. 2011 Set;89(6):591-4. 10. Silva AM, Matos MH, Lima HC. [Low vision service at the Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da Cegueira (IBOPC): analysis of the patients examined on the first year of the department (2004)]. Arq Bras Oftalmol. 2010 Mai- Jun;73(3):266-70. 11. Uva MG, Reibaldi M, Longo A, Avitabile T, Gagliano C, Scollo D, Lionetti E,Reibaldi A. Intraocular pressure and central corneal thickness in premature and full-term newborns. J AAPOS. 2011 Ago;15(4):367-9.

ANEXO III. Relatos de Caso, Revisões Sistemáticas, Comentários e Editoriais excluídos

1. AlHarkan DH, Khan AO. Markedly asymmetric buphthalmos but without anisometropia in a girl with primary congenital glaucoma. J AAPOS. 2013 Out;17(5):533-4. 2. Banitt MR, Romano A, Iragavarapu S, Budenz DL, Lee RK. Forme fruste anterior segment dysgenesis. Br J Ophthalmol. 2011 Dez;95(12):1756-7, 1763. 3. Ben-Zion I, Bogale A, Moore DB, Helveston EM. Bilateral primary congenital glaucoma in monozygotic twins. J Pediatr Ophthalmol Strabismus. 2010 Mar-Abr;47(2):124-6. 4. Chamney S, McLoone E. Images in paediatrics: congenital glaucoma presenting as faltering growth. Arch Dis Child. 2012 Out;97(10):899. 5. El-Dairi M. Optical coherence tomography in the management of congenital glaucoma. Br J Ophthalmol. 2014 Fev;98(2):149-50. 6. Floyd MS, Kwon YH, Shah S, Benson C, Longmuir SQ. Unilateral congenital glaucoma in a child with optic nerve aplasia. J AAPOS. 2011 Abr;15(2):200-2. 7. Khan AO, Aldahmesh MA, Mohamed JY, Alkuraya FS. Congenital glaucoma with acquired peripheral circumferential iris degeneration. J AAPOS. 2013 Fev;17(1):105-7. 38

8. Khan AO, Aldahmesh MA, Mohamed JY, Alkuraya FS. Corneal enlargement without optic disk cupping in children with recessive CYP1B1 mutations. J AAPOS. 2013 Dec;17(6):643-5. 9. Khan AO. Conditions that can be mistaken as early childhood glaucoma. Ophthalmic Genet. 2011 Set;32(3):129-37. 10. Kurji K, Damji K. Ophthaproblem. Can you identify this condition? Primary congenital glaucoma. Can Fam Physician. 2012 Abr;58(4):409, 412-3. 11. Laaks D, Freeman N. Congenital iris ectropion uveae presenting with glaucoma in infancy. J AAPOS. 2013 Abr;17(2):214- 6. 12. Li Y, Lin H. Progress in screening and treatment of common congenital eye diseases. Eye Sci. 2013 Set;28(3):157-62. 13. Long T, Xu Y, Wu X, Zhao J, Li Y, Xie L. IOL position [corrected] in pediatric eyes. Ophthalmology. 2013 Jan;120(1):212, 212.e1-3. 14. Mandal AK, Chakrabarti D. Update on congenital glaucoma. Indian J Ophthalmol. 2011 Jan;59:148-57. 15. Moore DB, Tomkins O, Ben-Zion I. A review of primary congenital glaucoma in the developing world. Surv Ophthalmol. 2013 Mar;58(3):278-85. 16. Panos GD, Hafezi F, Gatzioufas Z. Nonsensory effects of reduced corneal nerve density in congenital glaucoma. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2014 Abr;55(4):2114. 17. Perry LP, Jakobiec FA, Zakka FR, Walton DS. Newborn primary congenital glaucoma: histopathologic features of the anterior chamber filtration angle. J AAPOS. 2012 Dez;16(6):565-8. 18. Shaw M, Handley S, Porooshani H, Papadopoulos M. A case of arrested primary congenital glaucoma. Eye (Lond). 2013 Jan;27(1):100. 19. Sueke H, Newman W. A delayed presentation of congenital glaucoma. J Paediatr Child Health. 2012 Jun;48(6):541. 20. Tanitame K, Sone T, Kiuchi Y, Awai K. Clinical applications of high-resolution ocular magnetic resonance imaging. Jpn J Radiol. 2012 Nov;30(9):695-705. 21. Todorova MG, Parsa CF, Grieshaber MC. Ciliary body clefting accompanied by rupture of the trabecular meshwork in congenital glaucoma. Arch Ophthalmol. 2012 Abr;130(4):534. 22. Walton DS, Choi EY. White and large in the newborn nursery. J Pediatr Ophthalmol Strabismus. 2013 Nov- Dez;50(6):333-4. 23. Walton DS, Yeung HH. Failed school vision test...suspected myopia and corneal dystrophy. Late-recognized primary congenital glaucoma. J Pediatr Ophthalmol Strabismus. 2013 May-Jun;50(3):138, 160. 24. Yeung HH. Haab's striae with congenital glaucoma. J Pediatr Ophthalmol Strabismus. 2010 Mar-Abr;47(2):128. 25. Yeung HH. What's your diagnosis? Bilateral newborn primary congenital glaucoma with anisocoria and megalocoria. J Pediatr Ophthalmol Strabismus. 2011 Mar-Abr;48(2):74. 26. Yeung HH. What's your diagnosis? Spontaneous resolution of infantile primary congenital glaucoma. J Pediatr Ophthalmol Strabismus. 2011 Mai-Jun;48(3):138-162. 27. Yonekawa Y, Vanderveen DK, Shah AS. Congenital glaucoma. J Pediatr. 2013 Jul;163(1):301.