Fernando Manoel Athayde Reis
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1 FERNANDO MANOEL ATHAYDE REIS ABSORÇÃO DE TECNOLOGIA NO APARELHAMENTO DO PODER NAVAL BRASILEIRO. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Ciência Política. Área de Concentração: Estudos Estratégicos Orientador: Prof. Dr. JOSÉ CARLOS ALBANO DO AMARANTE Co-orientador: Prof. Dr. THIAGO MOREIRA DE SOUZA RODRIGUES Niterói, RJ 2015 2 FERNANDO MANOEL ATHAYDE REIS ABSORÇÃO DE TECNOLOGIA NO APARELHAMENTO DO PODER NAVAL BRASILEIRO. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial à obtenção do título de Doutor em Ciência Política. Área de Concentração: Estudos Estratégicos Aprovada em: Prof. Dr. José Carlos Albano do Amarante (UFF), Orientador Prof. Dr. Thiago Moreira de Souza Rodrigues (UFF), Co-orientador Prof. (Emérito) Dr. Eurico de Lima Figueiredo (UFF) Prof. Dr. Luiz Pedone (UFF) Prof. Dr. Sérgio Gilberto Taboada (CEFET) Prof. Dr. William Moreira (EGN) Niteroi, RJ 2015 3 DEDICATÓRIA A meus filhos e netas Fernanda, Ana Lúcia e Ricardo Luís, Luiza e Mariana, Com amor e carinho. 4 AGRADECIMENTOS Raros são os trabalhos escritos pelo homem que tenham sido executados apenas pelo seu autor. À sua volta, no passado e no presente, povoaram pessoas e instituições que o influenciaram, encorajaram, entusiasmaram, com ele discutiram, deram suas opiniões, facilitaram sua pesquisa, enfim, marcaram sua presença no todo do trabalho ou mesmo em um pequeno trecho, às vezes aquele crucial de um argumento. Agradeço profundamente a todos que, de alguma maneira, me auxiliaram a compor o que aqui é exposto, os quais seria impossível nominar. No entanto, há alguns que foram especiais, que eu gostaria de citar: - os meus pais que, me colocando nas mãos os livros desde pequeno, me ensinaram a amá- los; - a Marinha do Brasil, que me fez partilhar de tão brilhantes experiências ao longo de tantos anos; - a UFF que, em se tornando meu segundo lar durante este período de minha vida, me ensinou a trilhar, levado pela mão de brilhantes Mestres, os caminhos das Humanidades; - os meus orientadores, pela infinita paciência com as minhas adversidades; e - a minha família, que não parou de ajudar a soprar os panos de meu navio no rumo certo, através de tantas calmarias e intempéries. 5 RESUMO Este trabalho tem como objetivo o estudo da absorção de tecnologia pela Marinha do Brasil, por meio da observação de seus Planos recentes de Aparelhamento, compreendendo Fragatas, Corvetas e Submarinos. Observa inicialmente que, como Política Pública, um Plano de Aparelhamento da Defesa deveria nascer da sociedade e por ela ser apoiado e fiscalizado; constata que, no caso do Brasil, a sociedade pouco se interessa pela Defesa do imenso patrimônio do País. Tentando encontrar as razões deste problema, e como é influenciada a Marinha do Brasil, passa-se a estudar as origens da cultura naval brasileira, cujas raízes tecnológicas montam às origens portuguesas e à sua criativa saga dos descobrimentos, passando pela influência da Royal Navy durante o período Imperial, e chegando a um amadurecimento no período entre as duas guerras mundiais. Após a Segunda Guerra, começa a atuar o Programa de Assistência Militar (MAP), que seguramente contribuiu para frear o ímpeto do modesto desenvolvimento tecnológico existente. Com a denúncia posterior daquele acordo, surgiram os Planos de Reaparelhamento, que são estudados como casos, chegando-se à conclusão de que a razão primordial de seu insucesso em dar a independência tecnológica à Marinha do Brasil é a falta de continuidade, principalmente ocasionada pela apropriação inadequada e insuficiente de recursos financeiros, o que causa a dispersão dos meios humanos portadores da tecnologia adquirida, provocando uma volta ao começo a cada novo Plano. Palavras-chave: Política de Ciência e Tecnologia, Planos de Reaparelhamento de Meios Navais, Guerra Naval, Absorção de Tecnologia. 6 ABSTRACT The objective of this work is to study the technology absorption by the Brazilian Navy, regarding to its recent Material Updating Plans, englobing Frigates, Corvettes and Submarines. Initially it remarks that, as a Public Policy, a Defense Equipment Updating Plan should be born inside the society, who would give to it support and control; but in Brazilian case it is found that the society rarely has interest with Defense problems, even those regarding to the immense assets of the Country. Trying to find reasons for this problem, and how it influences the Brazilian Navy, it is started a study of the origins of the Brazilian naval culture, which technological roots have origins in Portugal, during its creative saga of the discoveries, and in the Royal Navy during the Brazilian Empire period, finally arriving to its maturity during the period between the two World Wars. After the World War II, the Military Assistance Program (MAP) agreement started, giving a strong contribution to stop the modest existing technological development. When the agreement was cancelled, the Material Updating Plans were born, and are here studied as cases. Finally the study arrives to the conclusion that the main reason of its failure in attaining its objective of giving technological independence to Brazilian Navy is the lack of continuity, provoked mainly by the inappropriate and insufficient amount of financial resources, thus causing the acquired expert manpower to spread or dismiss, this generating a new birth in the occasion of each new Plan. Keywords: Science and Technology Policy, Updating Plans of Naval Resources, Naval Warfare, Technology Absorption. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 15 Poderes Marítimo e Naval ...................................................................................................... 15 O problema subjacente: um Poder Naval inadequado ........................................................... 16 Propósito deste Trabalho ........................................................................................................ 20 Hipótese .................................................................................................................................. 22 Metodologia ........................................................................................................................... 22 Motivação ............................................................................................................................... 25 PRIMEIRO CAPÍTULO: FORMAÇÃO DA CULTURA NAVAL LUSO-BRASILEIRA . 26 1.1 O Reino de Portugal ......................................................................................................... 26 1.1.1 Origens Portuguesas .................................................................................................. 26 1.1.2 Uma mentalidade marítima ....................................................................................... 28 1.1.3 O Método Experimental e as Primeiras Navegações................................................. 30 1.1.4 O Fomento à Ciência ................................................................................................. 32 1.1.5 Avanços Tecnológicos ............................................................................................... 33 1.1.5.1 Instrumentos de navegação ................................................................................. 34 1.1.5.2 Cartografia e Pilotagem ...................................................................................... 34 1.1.5.3 Arquitetura e Construção Naval.......................................................................... 35 1.1.6 Evolução das Navegações ......................................................................................... 38 1.1.7 Apoio do Vaticano ..................................................................................................... 39 8 1.1.8 A Herança da Sociedade Portuguesa ......................................................................... 43 1.1.9 Conclusões parciais ................................................................................................... 45 1.2 O Brasil Colonial .............................................................................................................. 46 1.2.1 O Descobrimento ....................................................................................................... 46 1.2.2 Uma Sociedade Colonial Agrícola ............................................................................ 47 1.2.3 A Construção Naval e a Inovação ............................................................................. 49 1.2.4 Contenção Tecnológica na Construção Naval ........................................................... 52 1.2.5 O Legado Português ................................................................................................. 54 1.2.6 Conclusões Parciais ................................................................................................... 55 1.3 O Império ......................................................................................................................... 55 1.3.1 O Nascimento da Esquadra Brasileira ....................................................................... 55 1.3.2 A Evolução Inicial da Marinha .................................................................................. 58 1.3.3 O Arsenal de Marinha da Corte ................................................................................