A República E a Espada: a Primeira Década Republicana E O Florianismo

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A República E a Espada: a Primeira Década Republicana E O Florianismo 1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL A REPÚBLICA E A ESPADA: A PRIMEIRA DÉCADA REPUBLICANA E O FLORIANISMO Guillaume Azevedo Marques de Saes Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Mestre em História. Orientador: Prof. Dr. Ulysses Telles Guariba Netto São Paulo 2005 2 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE HISTÓRIA SOCIAL A REPÚBLICA E A ESPADA: A PRIMEIRA DÉCADA REPUBLICANA E O FLORIANISMO Guillaume Azevedo Marques de Saes São Paulo 2005 3 Dedico esta dissertação a meus pais Décio e Michèle e a meu irmão Laurent. 4 AGRADECIMENTOS Antes de mais nada, eu gostaria de agradecer ao meu orientador, Prof. Dr. Ulysses Telles Guariba Netto, sem quem nada disto teria sido possível, e à banca de qualificação, composta pelos Profs. Drs. Fernando Antonio Novais e Eduardo Kugelmas, pelas valiosas sugestões que contribuíram para melhorar o conteúdo do trabalho. Gostaria de agradecer aos Profs. Drs. Augustin Wernet, Brasilio João Sallum Júnior, Cecília Helena Lorenzini de Salles Oliveira e Emir Simão Sader, docentes responsáveis pelas disciplinas que cursei em 2002-2003, e aos Profs. Drs. Oliveiros S. Ferreira e Suely Robles Reis de Queiroz, que gentilmente me aceitaram como aluno ouvinte em seus respectivos cursos no ano de 2005. Gostaria de agradecer aos Profs. Drs. João Ricardo de Castro Caldeira e Fernando Tadeu de Miranda Borges pela oportunidade de participar de seus respectivos projetos acadêmicos, e aos Profs. José Batista de Carvalho e Renato Alencar Dotta pela oportunidade de participar de seu projeto de documentação histórica. Gostaria de agradecer ao Prof. Dr. Modesto Florenzano, que me orientou no período da Iniciação Científica em 1999-2000 e me introduziu no mundo da pesquisa histórica. Gostaria de agradecer a meus pais Décio e Michèle e a meu irmão Laurent pelo apoio moral assim como pela ajuda na correção dos originais. Gostaria de agradecer a meus colegas Marcelo Augusto Moraes Gomes, Antônio Éuler Lopes Camargo, Eliane Maria Brito e Walaci Henrique Machado pelo agradável convívio neste período de pós-graduação e pela importante troca de material e informações. Finalmente, gostaria de agradecer aos funcionários das bibliotecas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, do Instituto de Estudos Brasileiros e do Museu Paulista, aos funcionários da Biblioteca Mário de Andrade, cujo acervo bibliográfico foi muito útil para minha pesquisa, assim como aos 5 funcionários do Serviço de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e do Departamento de História da Universidade de São Paulo. 6 SUMÁRIO Resumo ------------------------------------------------------------- pág. 7 Abstract ------------------------------------------------------------ pág. 7 Índice ---------------------------------------------------------------- pág. 8 Introdução ------------------------------------------------------- pág. 10 Capítulo I – As diferentes dimensões do Florianismo: esboço de uma caracterização --------------------------- pág. 18 Capítulo II – O Deodorismo: papel político e significado histórico ---------------------------------------------------------- pág. 54 Capítulo III – O Florianismo e a luta pela hegemonia política (1891-1897) -------------------------------------------- pág. 78 Conclusão -------------------------------------------------------pág. 130 Bibliografia ----------------------------------------------------- pág. 134 7 RESUMO Esta dissertação aborda o tema do Florianismo, isto é o fenômeno político- militar brasileiro que girou em torno da figura do Marechal Floriano Peixoto. Este fenômeno durou de 1891 a 1897, e abarcou o governo presidencial de Floriano (1891-1894) e a ação política contemporânea e posterior de seus seguidores. Nosso objetivo é analisar o papel do Florianismo na implantação da ordem republicana que vigorou até 1930, ordem dominada pelos republicanos paulistas e seus aliados. ABSTRACT The present dissertation tackles the subject of Florianism , the brazilian political-military phenomenom which grew around the figure of Marshall Floriano Peixoto. This phenomenon took place between 1891 and 1897, and comprised Floriano’s presidential government (1891-1894) as well as the contemporary and subsequent political action of his followers. Our objective is to analyse the role of Florianism in the establishment of the republican order which lasted until 1930, an order ruled by São Paulo’s republicans and their allies. palavras-chave: florianismo, fenômeno, política, militares, república key words: florianism, phenomenon, politics, military, republic 8 ÍNDICE I. Introdução ----------------------------------------------------- pág. 10 II. Capítulo I – As diferentes dimensões do Florianismo: esboço de uma caracterização --------------------------- pág. 18 III. Capítulo II – O Deodorismo: papel político e significado histórico ----------------------------------------- pág. 54 IV. Capítulo III – O Florianismo e a luta pela hegemonia política (1891-1897) -------------------------------------------- pág. 78 V. Conclusão -------------------------------------------------- pág. 130 VI. Bibliografia ------------------------------------------------ pág. 134 9 Acredito que há certos homens que nascem para servir de meio à marcha do gênero humano. 1 Luís-Napoleão Bonaparte (1845). 1 Tirado do livro de Francis Choisel, Bonapartisme et Gaullisme (Paris: Editions Albatros, 1987), p. 16, e traduzido do francês por nós. 10 INTRODUÇÃO Euclides da Cunha, em seu monumental clássico Os Sertões 2, nos dá, em passagem da p. 389, uma boa idéia do fervor ideológico provocado pela figura do Marechal Floriano Peixoto em seus seguidores, ao descrever o entusiasmo florianista dos soldados que combatiam os jagunços de Antônio Conselheiro em Canudos: A luta pela República, e contra os seus imaginários inimigos, era uma cruzada. Os modernos templários, se não envergavam a armadura debaixo do hábito e não levavam a cruz aberta nos copos da espada, combatiam com a mesma fé inamolgável. Os que daquele modo se abatiam à entrada de Canudos tinham todos, sem excetuar um único, colgada ao peito esquerdo, em medalhas de bronze, a efígie do marechal Floriano Peixoto, e, morrendo, saudavam a sua memória – com o mesmo entusiasmo delirante, com a mesma dedicação incoercível e com a mesma aberração fanática, com que os jagunços bradavam pelo Bom Jesus misericordioso e milagreiro... Esta descrição, não desprovida de exageração literária, é, no entanto, importante por abordar a dimensão mítica, e até mesmo religiosa, do Florianismo. Encontramos aqui um endeusamento do líder nacionalista e militar, assim como um culto heróico da morte: Floriano, embora já morto, continuava a inspirar as tropas combatentes, prontas a morrer em seu nome. Euclides, mesmo assumindo postura bastante crítica em relação ao Florianismo, não deixa de revelar, ao contrário da crítica aberta e até mesmo desrespeitosa de um Lima Barreto ou de um Joaquim Nabuco 3, uma posição dúbia entre a admiração pelo Marechal de Ferro e o desprezo por seus seguidores 4. 2 Para todos os títulos e autores citados ao longo da dissertação, ver Bibliografia. 3 Lima Barreto, em seu romance abertamente anti-florianista Triste Fim de Policarpo Quaresma , apresenta, na Terceira Parte, o Marechal como indivíduo cínico, cruel e preguiçoso. Já Joaquim Nabuco, opositor convicto de Floriano, denigre este último, em seu livro panfletário A Intervenção Estrangeira Durante a Revolta de 1893 (p. 150), ao afirmar que raciocinava deficientemente em decorrência de sua decadência física, o que não deixa de ser para nós uma falta de respeito por um homem que teve a saúde desgastada nos insalubres campos de batalha do Paraguai. 4 Na p. 249 do mesmo Os Sertões , Euclides descreve de forma pejorativa, ao se basear nas idéias do italiano Scipio Sighele, estudioso dos crimes coletivos, o Florianismo enquanto movimento político conduzido por agitadores de massa de baixa índole moral: Surgiram, então, na tribuna, na 11 Olímpio de Souza Andrade, em sua excelente introdução ao livro Contrastes e Confrontos , de autoria do mesmo Euclides da Cunha e onde encontramos duas crônicas dedicadas a Floriano, explica, na p. 16, o fascínio exercido por este no grande escritor brasileiro: Na série brasileira de Contrastes e Confrontos um tema existe que foi quase obsessão em Euclides da Cunha (...). Referimo-nos ao assunto “Floriano Peixoto”, objeto de número enorme de estudos isolados ou em Histórias do Brasil, mas que só na pena de Euclides se colocou como um enigma em páginas de extraordinário poder de comunicação, “desenhando” o físico, os gestos, a psicologia difícil de um homem nada comunicativo, cioso dos seus segredos, dos mistérios que escondia nas palavras, que às vezes parecia revelar nas atitudes, de antemão baralhadas pelo que dissera antes, mais baralhadas pelo que passava a dizer depois (...). Euclides, um escancarado em suas convicções, teria sido atraído pelo seu contrário ao aproximar-se, como escritor, dessa figura fechada, dúbia, para defini-la magistralmente, a ponto de suas páginas sobre o assunto ficarem até hoje como a única perspectiva duradoura já traçada sobre aquela personificação da dúvida e do recuo, da confiança desconfiada... Fora o fato
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