Universidade Veiga De Almeida Pós-Graduação Lato Sensu Em Produção De Moda - Styling
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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PRODUÇÃO DE MODA - STYLING THELMA MENEZES CARVALHO PROJETO DE EXPOSIÇÃO COSPLAY Uma visão teatral sobre o hobby japonês RIO DE JANEIRO 2010 UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PRODUÇÃO DE MODA - STYLING THELMA MENEZES CARVALHO PROJETO DE EXPOSIÇÃO COSPLAY Uma visão teatral sobre o hobby japonês Trabalho apresentado à Universidade Veiga de Almeida (UVA) como pré-requisito para obtenção de Certificado de Conclusão de Curso de Pós-Graduação Lato Sensu, na área de Produção de Moda – Styling. Orientador: Professor Flávio Bragança RIO DE JANEIRO 2010 UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA THELMA MENEZES CARVALHO Pós Graduação Lato Sensu em Produção de Moda - Styling Resultado: ________________ Nota: ____________________ Conceito: _________________ Data: ____________________ Assinatura do orientador: ___________________________ Professor Orientador Flávio O. N. Bragança Mestre em Ciência da Arte - UFF Aos meus pais Agradeço imensamente a todos que colaboraram com esse trabalho: Professor Flávio Bragança, CIA de Atores Invisíveis, ETLA, Museu Histórico Nacional, Mayara Moura, Marcos Teixeira, Hugo Fernandes, Roberta Nunes e os cosplayers: Mariana Callado, Luciana Bathory, Raphael Toselli, Gabriel Paz, Fellipe Barroso e Felipe Magalhães. (...) Então perguntei-lhes se agora se sentiam mais próximos de suas roupas e eles disseram que sim. Stella Adler SUMÁRIO Resumo/ Summary I. INTRODUÇÃO___________________________________________________ 09 II. TEATRO _______________________________________________________ 10 2.1. Origem__________________________________________________ 10 2.2 Shakespeare______________________________________________ 11 2.3. Construção das personagens ________________________________ 14 2.3.1. Caracterização Física _______________________________ 14 2.3.2. Personagens e Tipos________________________________ 16 2.3.3. A expressão do corpo e a plasticidade dos movimentos _____ 18 2.3.4. O falar: voz, entonação, pausas e acentuação ____________ 21 2.4. Estrutura de um Roteiro_____________________________________ 23 2.5. Teatro Modenro no Brasil ___________________________________ 31 2.6 Entrevista com Márcio Moreira ________________________________ 33 III. COSPLAY______________________________________________________ 37 3.1. Origem__________________________________________________ 37 3.2. Construção das roupas e caracterização _______________________ 39 3.3 Estrutura de apresentação de uma competição ___________________ 43 3.3.1. As regras _________________________________________ 44 3.4 O fenômeno no Rio de Janeiro ________________________________ 46 3.5. World Cosplay Summit _____________________________________ 48 IV. TEATRO X COSPLAY: DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS _______________ 51 4.1. Repercussão na mídia______________________________________ 54 4.2. Dificuldades e preconceitos __________________________________ 55 4.3. Entrevista com Marcos Teixeira “Bardo Marcos” __________________ 58 V. PROJETO DE EXPOSIÇÃO________________________________________ 63 5.1. Cosplayers_______________________________________________ 68 VI. CONCLUSÃO___________________________________________________ 76 VII. REFERÊNCIAS_________________________________________________ 77 LISTA DE IMAGENS ________________________________________________ 80 TABELA __________________________________________________________ 83 ANEXO __________________________________________________________ 84 RESUMO/ SUMMARY Conhecer Cosplay como pessoas que se vestem como personagens de desenho japonês, é a forma mais resumida de tentar situar quem não conhece esse hobby, e também a mais limitada. Para fazer um e concorrer em suas competições, precisa-se muito mais que apenas vontade. O custo e a mão de obra, no Brasil, são limitadores, além do preconceito gerado por falta de conhecimento ou por ser considerada brincadeira de criança. Essa Monografia visa primordialmente responder questões, mostrar o processo de criação de um Cosplay, promover um projeto inovador e esclarecedor, além de estreitar o conhecimento de que ele é gerador de renda e uma arte, como o Teatro e as Artes Plásticas. Unitermos: conhecimento, Cosplay, cosplayer, hobby, preconceito, Teatro. * * * People who dress like japanese cartoon characters, is the way more succinct to know what Cosplay is, and even more limited. To make one of those clothes and compete, you’ll need more than just desire. The cost and the manpower, in Brazil, are such limiters as the preconception generated by lack of knowledge or just to be considered as child’s play. The primarily intent of this Monography is answer questions, show the process of creating a Cosplay, promoting an inovvative and enlightening project, and narrow the knowledge about it as income and art, like Theatre and Fine Arts. Keywords: Cosplay, cosplayer, hobby, knowledge, preconception, Theatre I. Introdução O tema “Cosplay: Uma visão teatral sobre o hobby japonês” surgiu da experiência pessoal, da autora, por ser uma praticante do hobby e conhecer muito bem esse meio. Entender suas semelhanças e diferenças com o teatro, o fato da literatura nacional sobre o assunto ser precária e a carência de informação do público em geral, impulsionou-a na criação do projeto de exposição aliado ao trabalho escrito, sendo essa, a melhor maneira de retratar o assunto. Cosplay (abreviação de costume play, costume do inglês fantasia e play do verbo brincar, atuar) é uma atividade em que a pessoa usa uma vestimenta e acessórios e atua como determinada personagem. As personagens podem ser tanto de livros e filmes quanto de séries de tv, vídeo-games, HQ’s e manga (quadrinho japonês) ou desenhos animados e anime – animação japonesa. Este trabalho é focado à comparação com o teatro clássico, de maneira que a preparação do ator ficou em evidência, juntamente com suas técnicas. Ao fim, é possível que o leitor tenha a capacidade de compreender as ligações, diferenças e semelhanças, das estruturas de um roteiro de ambos, tanto quanto a preparação para uma apresentação, roupas, custos e etc, a ponto de justificar a exposição, como link desse mundo virtual para o mundo real. Ao longo dos tempos, as tribos urbanas ditaram moda, tendências e comportamentos. O Cosplay, que é ainda é considerado um hobby, começa a ultrapassar essa barreira e a se transformar em fonte de renda, ainda pouco explorada pela indústria e comércio brasileiros. A partir de todo esse contexto, o projeto foi desenvolvido através de: pesquisa bibliográfica, compilação de arquivos da Internet, experiências pessoais e vivência com uma cia de teatro, além de entrevistas que ajudaram a direcionar o pensamento. II. Teatro É uma forma de arte em que um ator ou um grupo interpreta uma história ou atividades para o público num determinado lugar. Com o auxílio de dramaturgos, diretores, técnicos ou de situações improvisadas, o espetáculo tem como objetivo apresentar uma situação e despertar sentimentos em sua platéia. 2.1. A Origem Existem várias teorias sobre a origem do teatro. Segundo Brockett, nenhuma delas até então poderiam ser comprovadas, pois existem poucas evidências e mais especulações. Antropólogos do final do século XIX e início do XX elaboraram a hipótese de que teria surgido a partir dos rituais primitivos. Outra hipótese seria o surgimento a partir do “contar estórias”, ou se desenvolvido a partir de danças, jogos e imitações. O primeiro evento com diálogos registrados foi uma apresentação anual de peças sagradas no Antigo Egito do mito de Osíris e Ísis, por volta de 2500, que conta a história da morte e ressurreição de Osíris e a coroação de Horus. A palavra teatro e seu conceito como algo independente da religião, só surgiu na Grécia, com Psístrato (560-510AC) – tirano ateniense que estabeleceu uma dinâmica de produção para a tragédia que possibilitou o desenvolvimento das especificidades dessa modalidade. As representações mais conhecidas e a primeira teorização sobre teatro vieram dos antigos gregos, sendo a primeira obra escrita de que se tem notícia, a Poética de Aristóteles. Aristóteles afirmou que a tragédia surgiu de improvisações feitas pelos chefes dos ditirambos, um hino cantado e dançado em honra ao deus Dionísio. O ditirambo, como descreve Brockett, provavelmente consistia de uma história improvisada cantada pelo líder do coro e um refrão tradicional, cantado pelo coro. Este foi transformado em uma "composição literária" por Arion (625-585AC), o primeiro a registrar por escrito ditirambos e dar títulos para eles. As formas teatrais orientais foram registradas por volta do ano 1000 AC, com o drama sânscrito do antigo teatro Indu. O que poderíamos considerar como 'teatro chinês' também data da mesma época, enquanto as formas teatrais japonesas Kabuki, Nô e Kyogen têm registros apenas no século XVII DC. 2.2. Shakespeare Londres possuía três teatros públicos quando o Shakespeare, ainda jovem chegou à cidade em 1590. Nos subúrbios setentrionais, bem próximos um do outro, ficavam The Theater e The Curtain, e no bairro das diversões, ao sul do Tamisa, A Rosa. Sempre que uma bandeira tremulava, indicava que nesse dia uma peça seria apresentada – uma bandeira branca para comédia, uma preta para a tragédia. O teatro tornara-se uma instituição de vida na cidade. Ele captava as radiações literárias do Continente e as focalizava em cores viva, florescendo com a recém-despertada consciência nacional. O tema principal da Renascença, o indivíduo consciente de si mesmo, alcançou sua perfeição artística no teatro elisabetano. À força de seus