A Construção Da História Nacional Pelo Pintor Firmino Monteiro Entre 1879 E 1884

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

A Construção Da História Nacional Pelo Pintor Firmino Monteiro Entre 1879 E 1884 Universidade Federal de Juiz de Fora Programa de Pós-Graduação em História Mestrado em História GIOVANA LOOS MOREIRA A Construção da História Nacional pelo pintor Firmino Monteiro entre 1879 e 1884. Juiz de Fora 2016 GIOVANA LOOS MOREIRA A Construção da História Nacional pelo pintor Firmino Monteiro entre 1879 e 1884. DISSERTAÇÃO apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História, da Universidade Federal de Juiz de Fora, como requisito parcial para obtenção do título de MESTRE EM HISTÓRIA. Orientadora: Professora Doutora Maraliz de Castro Viera Christo. Juiz de Fora 201 GIOVANA LOOS MOREIRA A Construção da História Nacional pelo pintor Antônio Firmino Monteiro entre 1879 e 1884. DISSERTAÇÃO apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História, da Universidade Federal de Juiz de Fora, como requisito parcial para obtenção do título de MESTRE EM HISTÓRIA. Juiz de Fora, __/__/2016 Banca Examinadora ______________________________________________ Prof. Dra. Maraliz de Castro Vieira Christo (UFJF) – Orientadora ______________________________________________ Prof. Dr. Martinho Alves da Costa Junior (UFJF) ______________________________________________ Prof. Dra. Camila Carneiro Dazzi (CEFET) Resumo O estudo se deterá na compreensão da narrativa de História do Brasil produzida por Antônio Firmino Monteiro. Pintor do século XIX que se destacou, sobretudo, nas Exposições Gerais de Bellas Artes de 1879 e 1884. Recortaremos três telas, “Um episódio da Retirada da Laguna”, “O Vidigal” e “Capitão João Homem”, a fim de visualizarmos aspectos de contexto histórico e trajetória que formularam sua concepção crítica sobre a História do Brasil. Palavras-Chave: Arte Oitocentista - Exposição Geral de Bellas Artes - Antônio Firmino Monteiro- Abstract The study purpose is to provide an understanding of Brazil history writing as produced by Antônio Firmino Monteiro. Monteiro was a 19th century painter that stood out, above all, in the 1879 and 1884 General Exhibition of Fine Arts (Exposições Gerais de Bellas Artes). Three paintings are highlighted in order to expose aspects of historical context, as well the path that formulated his critical review about the history of Brazil. Keyword: Nineteenth-century art - General Exhibition of Fine Arts - Antônio Firmino Monteiro Sumário A Construção da História Nacional pelo pintor Firmino Monteiro entre 1879 e 1884. Introdução.......................................................................................................P.7 Capítulo 1 – A Exposição Geral de Bellas Artes e a trajetória de Antônio Firmino Monteiro. 1.1 AIBA, IHGB e a Pintura Histórica...................................................P. 10 1.2. Os anos de 1870 e o debate sobre a Pintura de história................P.13 1.3Trajetória de Antônio Firmino Monteiro............................................P.22 Capítulo 2 – A relação de Antônio Firmino Monteiro com as transformações artísticas ao final do século XIX. 2.1 Revisão historiográfica acerca da arte oitocentistas......................P.57 2.2 A Modernidade...............................................................................P.60 2.3 Vínculo de Monteiro com o movimento...........................................P.72 2.4 A Fundação da Cidade do Rio de Janeiro.......................................P.74 Capítulo 3 – Aproximações as telas “Um episódio da Retirada da Laguna”, “O Vidigal” e “O Capitão João Homem”. 3.1Um episódio da Retirada da Laguna..........................................P.92 3.2 O Vidigal..................................................................................P.108 3.3 O Capitão João Homem..........................................................P.128 Conclusão..................................................................................................P. 143 Introdução No primeiro capítulo, apresentaremos breve sistematização de dados biográficos de Monteiro, tendo em vista a ausência de informações sobre o pintor. Realizamos um intenso levantamento através de periódicos para conhecer melhor quem fora o personagem, quais caminhos percorrera, que meio artístico se envolveu, quais redes de relações foram construídas, enfim, visamos trazer luz a vida de Monteiro. A reflexão adota dois espaços de observação. O primeiro será a Exposição Geral de Bellas Artes de 1879, pois fora o ano que Monteiro estreio a carreira artística, sendo o evento relevante para expor as concepções de Pintura de História que estavam se transformando. Neste capítulo, realizaremos preâmbulo de “A Fundação da Cidade do Rio de Janeiro” que aborda um marco da História Nacional colonial e fora considerada a iconografia de maior reconhecimento artístico. Ao adentrarmos a tela, ensejamos perceber como Monteiro se introduziu na Pintura de História e como sua postura crítica foi recebida. O segundo local será a EGBA de 1884, onde ocorreu sua maior participação, com a exposição de mais de 20 telas, permitindo uma melhor visualização da postura de Monteiro perante a agitação artística, já constatada nas obras de outros pintores contemporâneos. Prosseguiremos a pesquisa com o recorte de três telas: “Um episódio da Retirada da Laguna”, “O Vidigal” e “Capitão João Homem”. A iconografia “Um episódio da Retirada da Laguna” tece crítica a Guerra do Paraguai, dando enfoque não ao herói, mas sim ao sujeito anônimo com as mazelas provocadas pelo conflito. Nas produções “O Vidigal” e “Capitão João Homem” temos a abordagem acerca da repressão a ociosidade ocorrida no período Joanino e Colonial. Nelas Monteiro se opõe ao uso da violência como forma de controle social, ou seja, adota como tema a representação de impasses sociais de sua época. As três pinturas se vinculam pela veemente crítica social, na qual sujeitos anônimos tornam-se protagonistas e seus problemas passam a figurar em espaços onde até então não tinham acesso, alterando assim as concepções acerca da História Nacional. Capítulo 1 A Exposição Geral de Bellas Artes e a atuação de Antônio Firmino Monteiro. O primeiro capítulo adota como ponto de partida a observação da primeira participação no cenário artístico de Antônio Firmino Monteiro, na agitada Exposição Geral de Bellas Artes de 1879. A Exposição era um evento organizado pela Academia Imperial de Belas Arte desde 1840, com a periodicidade irregular, tendo aumentado a distância entre uma e outra ao final do século. A exposição de 1879 foi a mais visitada e causou grande polêmica acerca de duas telas expostas; A “Batalha do Avaí”, de Pedro Américo, e “Batalha dos Guararapes”, de Victor Meirelles. Ao apresentar, o evento para análise, desejamos formar o arcabouço para compreensão da exposição que se dará em seguida, em 1884. O retorno à Exposição de 1879 é necessário para visualizar a formatação da Pintura de História que estava sendo paulatinamente revisada, e cuja expressão será melhor percebida em 1884. O segundo ponto almeja sistematizar as escassas informações biográficas de Firmino Monteiro. Procuramos levantar sua rede de relações de maneira a confirmar a identificação com o movimento de renovação da arte oitocentista. 9 1.1. AIBA, IHGB e a Pintura Histórica A compreensão da cultura visual oitocentista tem como espaço central a Academia Imperial de Bellas Artes, no entanto, antes de nos determos à Academia, é interessante demarcar o papel do Instituto Histórico e Geográfico brasileiro no contexto do século dezenove. Há uma íntima relação entre ambas, tendo muitos artistas utilizado os estudos do Instituto para a realização de obras, sobretudo no gênero Pintura de História, visto que necessitavam se basear em suportes textuais de maneira a conceder maior veracidade às representações. De acordo com Walter Luiz1, para realizar o empreendimento, o artista deveria ser capaz de dominar, controlar e transformar as experiências passadas em memória, suprimindo as inúmeras barreiras sociais, forjando uma única nação. Apesar da estreita vinculação entre o texto e imagem, não devemos apagar a autonomia artística na abordagem, não havendo relação de imposição perante ambas as instituições. Como Christo2 salienta, é necessário cuidado para não formular uma visão apressada desse processo, determinando a priore papeis onde o Imperador manda, o Instituto escreve e a Academia Ilustra. O IHGB foi criado doze anos após a fundação da AIBA, em 1838, e as duas instituições enfrentaram grandes dificuldades, sendo antecedidas por outras experiências como; “Academia dos Esquecidos” “Academia dos Renascidos” e “Escola Real das Ciências, Artes e Ofícios”3. O IHGB surgiu por iniciativa privada do Marechal Raimundo José da Cunha Matos e do cônego Januário da Cunha Barbosa com intermédio da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional. Ambas as entidades tinham a finalidade de incentivar o progresso e desenvolvimento brasileiro.4 O nome do instituto não deixa dúvida que o objetivo era o estudo da História e Geografia brasileira, sendo o responsável pela escrita da História do 1 PEREIRA. Walter Luiz. Óleo sobre tela, olhos para a História. Memória e pintura histórica nas Exposições Gerais de Belas artes do Brasil Império (1872 e 1879).Rio de Janeiro: Faperj, 2003, p. 24. 2 CHRISTO, Maraliz de Castro Vieira. A Pintura de História no Brasil do século XIX. 3 GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Historiografia e Nação no Brasil: 1838-1857. Tradução de Paulo Knauuss e Iná de Mendonça. Edições Anpuh- Rio de Janeiro: EdUERJ, 2011. P.58 4 GUIMARÃES, Manoel Luis Salgado. Nação e Civilização nos Trópicos: O instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o Projeto de uma História Nacional. Revista Estudos Históricos. V
Recommended publications
  • Histories of Nineteenth-Century Brazilian
    Perspective Actualité en histoire de l’art 2 | 2013 Le Brésil Histories of nineteenth-century Brazilian art: a critical review of bibliography, 2000-2012 Histoires de l’art brésilien du XIXe siècle : un bilan critique de la bibliographie, 2000-2012 Histórias da arte brasileira do século XIX: uma revisão critica da bibliografia Geschichten der brasilianischen Kunst des 19. Jahrhunderts : eine kritische Bilanz der Bibliographie, 2000-2012 Storie dell’arte brasiliana dell’Ottocento: un bilancio critico della bibliografia, 2000-2012 Historias del arte brasileño del siglo XIX: un balance crítico de la bibliografía, 2000-2012 Rafael Cardoso Electronic version URL: http://journals.openedition.org/perspective/3891 DOI: 10.4000/perspective.3891 ISSN: 2269-7721 Publisher Institut national d'histoire de l'art Printed version Date of publication: 31 December 2013 Number of pages: 308-324 ISSN: 1777-7852 Electronic reference Rafael Cardoso, « Histories of nineteenth-century Brazilian art: a critical review of bibliography, 2000-2012 », Perspective [Online], 2 | 2013, Online since 30 June 2015, connection on 01 October 2020. URL : http://journals.openedition.org/perspective/3891 ; DOI : https://doi.org/10.4000/ perspective.3891 Histories of nineteenth-century Brazilian art: a critical review of bibliography, 2000-2012 Rafael Cardoso The history of nineteenth-century Brazilian art has undergone major changes over the first years of the twenty-first century. It would be no exaggeration to say that more has been done in the past twelve years than in the entire preceding century, at least in terms of a scholarly approach to the subject. A statement so sweeping needs to be qualified, of course, and it is the aim of the present text to do just that.
    [Show full text]
  • Os Panoramas Perdidos De Victor Meirelles Aventuras De Um Pintor Acadêmico Nos Caminhos Da Modernidade
    OS PANORAMAS PERDIDOS DE VICTOR MEIRELLES AVENTURAS DE UM PINTOR ACADÊMICO NOS CAMINHOS DA MODERNIDADE MÁRIO CÉSAR COELHO FLORIANÓPOLIS – SC 2007 ii UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA OS PANORAMAS PERDIDOS DE VICTOR MEIRELLES AVENTURAS DE UM PINTOR ACADÊMICO NOS CAMINHOS DA MODERNIDADE Tese apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em História pela Universidade Federal de Santa Catarina. MÁRIO CÉSAR COELHO Orientadora: Profa Dra Maria Bernardete Ramos Flores (UFSC) Co-orientador: Prof. Dr. Jacques Leenhardt (EHESS/PARIS) FLORIANÓPOLIS – SC 2007 iii OS PANORAMAS PERDIDOS DE VICTOR MEIRELLES AVENTURAS DE UM PINTOR ACADÊMICO NOS CAMINHOS DA MODERNIDADE MÁRIO CÉSAR COELHO Tese apresentada e aprovada em sua forma final para a obtenção do título de DOUTOR EM HISTÓRIA CULTURAL Florianópolis, 29 de maio de 2007. iv A esposa Beatriz Shiozawa Aos filhos, Julia, Gabriel e Rodrigo. v AGRADECIMENTOS À Professora Maria Bernardete Ramos Flores, orientadora que acreditou nos rumos da pesquisa que me fizeram chegar aos Panoramas. Ao Professor Jacques Leenhardt, da École des Hautes Études en Sciences Sociales, que apontou direções aos caminhos da modernidade nos Panoramas. Aos professores da Qualificação, Paulo Knauss, pelas sugestões valiosas e Henrique Espada R. Lima Filho, pela leitura crítica. Aos integrantes da Banca Examinadora, professoras Sandra Jatahy Pesavento, Maria de Fátima Fontes Piazza e Sandra Makowiecky, pelas leituras atenciosas e ao Professor Henrique Pereira Oliveira. Aos colegas professores do Departamento de Expressão Gráfica da UFSC. À Professora Eliane Considera, que gentilmente disponibilizou material de pesquisa. Aos professores Raúl Antelo, Rosângela Cherem, Cynthia Machado Campos, pelas indicações de leituras e ao Professor Jorge Coli, que inspirou um pouco este trabalho por meio de seus textos.
    [Show full text]
  • Universidade Federal Do Rio De Janeiro Centro De Letras E Artes Escola De Belas Artes Departamento De História E Teoria Da Arte
    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE LETRAS E ARTES ESCOLA DE BELAS ARTES DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E TEORIA DA ARTE ANNA CAROLINA CARLOTA MIRES O ARTISTA NEGRO NA ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES: O Legado de Estevão da Silva Rio de Janeiro, 2019 ANNA CAROLINA CARLOTA MIRES O ARTISTA NEGRO NA ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES: O Legado de Estevão da Silva Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de bacharel em História da Arte. Orientadora: Patricia Leal Azevedo Corrêa Rio de Janeiro, 2019 MIRES, Anna Carolina Carlota. O artista negro na Academia Imperial de Belas Artes: O Legado de Estevão da Silva. Rio de Janeiro, 2019. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em História da Arte) – Escola de Belas Artes, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. RESUMO Estudo da presença e atividade de artistas negros no Brasil do século XIX, especialmente no contexto da Academia Imperial de Belas Artes, a partir da perspectiva racial que forjou este século e impactou diretamente na vida dos artistas negros. Busca-se ressaltar fatos que foram omitidos pelo olhar da história da arte e são relevantes para uma compreensão verossímel desse período. O caso do pintor Estevão da Silva (1844 - 1891) marcou a cena artística carioca no gênero natureza morta e na vanguarda dos pintores da época. Palavras-chave: Afroperspectivismo; AIBA; Artista Negro; Estevão da Silva; Racismo. AGRADECIMENTOS Laroyê Exu! Gratidão aos senhores e senhoras do caminho e da comunicação por me guiarem nessa caminhada! Tenho a convicção de que as palavras escritas aqui não darão conta da dimensão do sentimento de gratidão que tenho por cada pessoa que me ajudou a chegar nesse lugar.
    [Show full text]
  • Art's Complicity
    Papers on Social Representations Volume 26, Issue 1, pages 6.1-6.15 (2017) Peer Reviewed Online Journal ISSN 1021-5573 © 2017 The Authors [http://www.psych.lse.ac.uk/psr/] Art’s Complicity JORGE COLI University of Campinas ABSTRACT In the course of its history, the artistic culture fashioned in Brazil has rebuffed direct observation. In the country’s domain of the visual arts and literature, artists, intellectuals and writers tend to cloister in an imaginary world, without seeing their own surroundings. Some of the significant works in the history of Brazilian art and culture have been taken into account in this paper. The works described here in a synthetic and simplified manner reiterated myths, arranged hierarchies, established preconceptions and concealed perceptions for the benefit of imaginaries that were not all that innocent. One can easily see that, in the course of its history, the artistic culture fashioned in Brazil has rebuffed direct observation. In the country’s domain of the visual arts and literature, artists, intellectuals and writers tend to cloister in an imaginary world, with no eyes for their own surroundings. Correspondence should be addressed to: Jorge Coli, Email: [email protected] 6.1 J. Coli Art’s Complicity Although rather generic and simplified, this initial comment sheds light on certain fundamental characteristics that historically have been associated with Brazil’s art history and production. These characteristics are linked to ideological tenets involving national identity and original roots. They comprise fictions, constructs and fantasies that definitively affect not only individual and group perceptions and expectations, but also ways of thinking and conceiving the world.
    [Show full text]
  • Brasileiros Do Século XIX MASP E MNBA
    Brasileiros do século XIX MASP e MNBA Instituto de Artes da UNESP Prof. Dr. Percival Tirapeli Chegou ao Rio com 25 anos em 1849 vindo da Itália (Treviso). Pouco se sabe de sua formação, a não ser sobre o verismo da arte italiano dos oitocentos. Trabalha com o espaço grandioso produzindo pequenas paisagens de grandes amplidões. Sabe compor entre as tensões do infinitamente pequeno e infinitamente grande Praia do Botafogo Estudou em Roma, Milão e pintou A primeira missa em Paris, em 1861. No Rio pintou a Batalha de Guararapes em 1879, em contraposição à Batalha de Avaí de Pedro Américo. Faz um grande panorama do Rio de Janeiro para a exposição universal de Paris em 1889, ano em que D. Pedro II se exilou, e morreu em 1891. VÍTOR MEIRELES DE LIMA (Florianópolis, SC, 1832 - Rio de Janeiro, 1903) Dom Pedro II, 1864 óleo sobre tela, 252 x 165 cm D. Pedro II nasceu no Palácio de São Cristovão no Rio de Janeiro em 1825 e assumiu o trono em 1831 quando ocorreu a Regência, até sua posse em 1840. Casou-se com Dona Teresa Cristina, napolitana, em 1843 com a qual teve 4 filhos. Morreu no Porto, em Portugal, em 1889. Obra de corpo inteiro em traje de gala, chapéu bicórnio na mão esquerda e olhando para o espectador. O traje tem ombreira de marechal-de-campo, casaca rebordada de ouro, configurando uma armadura. A posição da mão direita dá-lhe altivez. O ambiente: gabinete com mesa de trabalho, livros, globo terrestre e obras de arte como Atena, deusa da sabedoria, busto de humanista e dois quadros.
    [Show full text]
  • TCC Katia Final.Pdf
    Katia Maria Widholzer Bordinhão AS EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS DO MUSEU VICTOR MEIRELLES Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Curso de Graduação em Museologia da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para a obtenção do Título de Bacharel em Museologia. Orientador: Prof. Dr. Jeremy Paul Jean Loup Deturche Florianópolis 2018 AGRADECIMENTOS Com carinho agradeço ao meu marido e toda a minha família pela paciência comigo, essa eterna estudante. Às minhas amigas de graduação, Lúcia, Roberta e Marina, pelo incentivo e disponibilidade de ajudar na revisão e correções. Ao professor orientador por sua atenção, dedicação e, aos integrantes da banca pelo tempo dedicado a essa leitura. Uma especial gratidão pela equipe do Museu Victor Meirelles pela disponibilidade e acolhida à minha pesquisa. RESUMO Reconhecendo a exposição como uma das principais ferramentas de comunicação museológica, neste Trabalho de Conclusão de Curso serão analisadas as Exposições Temporárias do Museu Victor Meirelles que são realizadas a partir do ano de 1994, e os impactos da introdução desta atividade para o processo de construção e significação tanto da figura do Victor Meirelles quanto do Museu. Através da análise dos dados trazidos pelo levantamento das Exposições Temporárias, pretende-se perceber mudanças ou rupturas nas condutas do Museu em relação à figura de Victor Meirelles e o acervo ali institucionalizado. Estão contemplados neste trabalho informações sobre o pintor, sobre o Museu e sobre o período posterior ao ano de 1994 quando o Museu, agora Museu Victor Meirelles é reinaugurado depois de reformas estruturais e conceituais com um projeto de revitalização, o “Projeto Victor Meirelles” que implantou as Exposições Temporárias.
    [Show full text]
  • Brazil at the Vienna Universal Exhibition of 1873Ï
    45 “The Pursuit of Human Perfection”: Brazil at the Vienna Universal Exhibition of 1873Ï Profesor de Historia en la Escuela de Ciencias Humanas de la Universidad del Rosario (Colombia). Doctor en Historia de América Latina de la Universidad Católica de Eichstätt-Ingolstadt (Alemania). Miembro del grupo de investi- gación Estudios sobre Identidad (Categoría B en Colciencias). Es coeditor, con Sven Stephan Scheuzger, del libro Los Centenarios de la Independencia. Representaciones Schuster de la historia patria entre continuidad y cambio (Eichstätt: Zentralinstitut für Latei- namerika-Studien, 2013); y autor de “História, nação e raça no contexto da Exposição do Centenário em 1922”, História, Ciências, Saúde-Manguinhos 21: 1 (2014): 121-133. [email protected] Artículo recibido: 22 de octubre de 2013 Aprobado: 06 de marzo de 2014 Modificado: 03 de abril de 2014 DOI: dx.doi.org/10.7440/histcrit55.2015.03 Ï Esta investigación es parte de un proyecto sobre la participación de Brasil en las exposiciones universales entre 1862 y 1889. El apoyo financiero fue concedido por la Fundación Fritz Thyssen (2009), como también por la Fundación Alemana para la Investigación (DFG, 2011-2013). Hist. Crit. No. 55, Bogotá, enero – marzo 2015, 288 pp. ISSN 0121-1617 pp 45-71 46 “The Pursuit of Human Perfection”: Brazil at the Vienna Universal Exhibition of 1873 “La búsqueda de la perfección humana”: Brasil en la Exposición Universal de Viena de 1873 Resumen: Entre 1862 y 1889, el gobierno brasileño del emperador D. Pedro II (1831-1889) concibió las exposiciones universales como una excelente oportunidad para promover y proyectar la imagen idealizada de una “nación moderna”.
    [Show full text]
  • Introduction to Chapter
    The Raw and the Manufactured Brazilian Modernity and National Identity as Projected in International Exhibitions (1862–1922) LIVIA LAZZARO REZENDE A thesis submitted in partial fulfilment of the requirements of the Royal College of Art for the degree of Doctor of Philosophy in History of Design October 2010 This text represents the submission for the degree of Doctor of Philosophy at the Royal College of Art. This copy has been supplied for the purpose of research for private study, on the understanding that it is copyright material, and that no quotation from the thesis may be published without proper acknowledgement. Abstract This thesis discusses nineteenth- and early twentieth-century representations of Brazil, with em- phasis on Brazilian national identity and the country’s engagement with modernity. It addresses these broad themes by focusing on the national participation in key international exhibitions, from Brazil’s first official appearance at the International Exhibition of 1862 in London to the Brazilian Centennial Exposition held in Rio de Janeiro in 1922. Using a multidisciplinary theoretical and methodological framework, this thesis examines ‘national objects’ – exhibits, exhibition displays, publications and pavilions – shown at home and abroad. It questions what sort of national identity these objects materialised and how they propelled Brazilian experience of modernity. Despite being a multicultural and diverse country, from 1862 to 1922 Brazil was frequently repre- sented by its exhibition commissioners as a homogeneous and cohesive nation. In less than a hun- dred years, Brazil turned from being a liberal but slavery-bound Empire to become an oligarchic Republic. Alongside manumission, urban expansion, and industrialisation, the nation underwent unprecedented political, economic, and cultural changes.
    [Show full text]
  • Como Citar Este Artigo Número Completo Mais Informações Do
    Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material ISSN: 0101-4714 ISSN: 1982-0267 Museu Paulista, Universidade de São Paulo MONTEIRO, MICHELLI CRISTINE SCAPOL Uma trajetória sinuosa: o Museu Paulista e as apropriações da Fundação de São Paulo, de Oscar Pereira da Silva1 Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, vol. 27, e16d2, 2019 Museu Paulista, Universidade de São Paulo DOI: 10.1590/1982-02672019v27e16d2 Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=27359688016 Como citar este artigo Número completo Sistema de Informação Científica Redalyc Mais informações do artigo Rede de Revistas Científicas da América Latina e do Caribe, Espanha e Portugal Site da revista em redalyc.org Sem fins lucrativos acadêmica projeto, desenvolvido no âmbito da iniciativa acesso aberto MUSEUMS/DOSSIER History Painting in the colletion of the Museu Paulista A sinuous path: Museu Paulista and the appropriations of Fundação de São Paulo, by Oscar Pereira da Silva1 http://dx.doi.org/10.1590/1982-02672019v27e16d2 MICHELLI CRISTINE SCAPOL MONTEIRO2 1. The article is the result of Master's research funded by https://orcid.org/0000-0003-2353-2520 the São Paulo Research Foundation (Fapesp), grant Universidade de São Paulo / São Paulo, SP, Brasil No. 2010 / 02865-0. 2. Bachelor in History from the University of São Paulo (USP), holder of Master’s and Doctoral degrees in History and Fundamentals of Architecture and ABSTRACT: The article analyzes the painting Fundação de São Paulo, did by Oscar Pereira Urbanism from USP, with a research internship in Italy da Silva in 1907, from the perspective of its relationship with the Museu Paulista, where it is at Università degli Studi on exhibition since 1929.
    [Show full text]
  • ÂNGELO AGOSTINI E OS SALÕES CARICATURAIS PUBLICADOS NA REVISTA ILUSTRADA (1876-1898) Benedita De Cássia Lima Sant'anna1
    ÂNGELO AGOSTINI E OS SALÕES CARICATURAIS PUBLICADOS NA REVISTA ILUSTRADA (1876-1898) Benedita de Cássia Lima Sant’Anna1 RESUMO: O italiano Ângelo Agostini, posteriormente naturalizado Brasileiro, chega ao Brasil em 1859 e aqui firma carreira como um dos nossos primeiros cartunistas e também se torna o mais importante artista gráfico do Segundo Reinado (1840-1889). Em São Paulo lança os periódicos Diabo Coxo (1864-1865) e Cabrião (1866-1867); no Rio de Janeiro publica Nhô-Quim, ou Impressões de uma Viagem à Corte (1869), considerada a primeira história em quadrinhos brasileira e uma das mais antigas do mundo, a qual foi impressa na revista Vida Fluminense (1868-1875), publicação em que sairia o primeiro Salão de Caricatura elaborado pelo artista ítalo-brasileiro. Os demais Salões Caricaturais criados por Agostini foram publicados na Revista Ilustrada, lançada por ele em janeiro de 1876. Nosso objetivo, neste texto, é refletir acerca de tais salões, particularmente, os impressos nesta última, procurando demonstrar ao leitor atual a proposta crítica de Ângelo Agostini, bem como apresentar artistas e obras, que se destacaram nas exposições realizadas no Brasil durante a segunda metade do século XIX. PALAVRAS-CHAVE: Ângelo Agostini. Salões Caricaturais. Revista Ilustrada. Em 1859, com dezesseis anos de idade, chega ao Brasil, acompanhado de sua mãe, a cantora lírica Raquel Agostini, o italiano, posteriormente naturalizado brasileiro (1888), Ângelo Agostini, que se instala em São Paulo. Nessa cidade, o jovem artista inicia seus trabalhos com o desenho, lança o Diabo Coxo (1864-1865): primeiro periódico ilustrado publicado naquela província, e o Cabrião (1866-1867), periódico cuja sede chegou a ser depredada devido às constantes manifestações de Agostini contra o clero, bem como contra as elites escravocratas paulistas.
    [Show full text]
  • Universidade Estadual De Campinas Sob Orientação Do Prof.Dr
    HELDER OLIVEIRA Olhar o Mar Um estudo sobre as obras ‘Marinha com Barco’(1895) e Paisagem com rio e barco ao seco em São Paulo “Ponte Grande” (1895) de Giovanni Castagneto Dissertação de Mestrado em História da Arte apresentada ao Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas sob orientação do Prof.dr. Luciano Migliaccio. Este exemplar corresponde à redação final da dissertação defendida e aprovada pela Comissão Julgadora em 28/02/2007. Comissão Julgadora: Prof. Dr. Luciano Migliaccio (orientador) Profa. Dra. Claudia Valladão de Mattos Prof. Dr. Jens Baumgarten Campinas, 2007 FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO IFCH – UNICAMP Oliveira, Helder Manuel da Silva OL41o Olhar o mar : um estudo sobre as obras “Marinha com barco” (1895) e “Paisagem com rio e barco ao seco em São Paulo ‘Ponte Grande’” (1895) de Giovanni Castagneto / Helder Manuel da Silva Oliveira. - - Campinas, SP: [s.n.], 2007. Orientador: Luciano Migliaccio. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. 1. Castagneto, Giovanni Battista, 1851-1900. 2. Arte – História – Séc. XIX. 3. Arte – Brasil – Séc. XIX. 4. Pintura paisagística. I. Migliaccio, Luciano. II. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. III. Título. Título em inglês: Looking at the Sea: a study about the paintings “Marinha com barco” (1895) and “Paisagem com rio e barco ao seco em São Paulo ‘Ponte Grande’” (1895) by Giovanni Castagneto. Palavras-chave em inglês Art – History –19th century (Keywords): Art – Brazil - 19th century Landscape painting Área de concentração: História da Arte Titulação: Mestre em História da Arte Banca examinadora: Prof.
    [Show full text]
  • Gad Rodolfo-Bernardelli-Moema.Pdf
    Sabemos, a partir do título, que Bernardelli está representando a personagem moribundo. E, por fim, o tremer irado das ondas, descrito no poema, surge na oriente os alunos a procurarem imagens de esculturas ou pinturas de corpos Leitura de imagem – Rodolfo Bernardelli do poema épico Caramuru, do frei José de Santa Rita Durão, escritor do arcadis- obra apaziguado e transformado em uma tremulação. femininos realizadas no século XIX. Moema, 1894-1895, bronze, 0,25 x 2,18 x 0,95 cm mo, mais conhecido como Santa Rita Durão. A obra, organizada em cantos, foi Explique que não se trata de buscar imagens de mulheres nuas. Pelo contrário, Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro - RJ) a primeira a introduzir o índio na literatura brasileira e se relaciona, do ponto de Propostas poéticas trata-se de localizar, mesmo em imagens de mulheres completamente vestidas vista estrutural, com a poesia de Luís de Camões. ou até escondidas, indícios de sensualidade. O que vemos nesta imagem? O protagonista da obra é o português Diogo Álvares Correia, que naufraga nas Poetizar Analise com os alunos essa coleção, apontando como é possível construir a Que formas conseguimos distinguir? costas baianas, convive com os índios e é por eles chamado de Caramuru, o sensação de sensualidade por meio de detalhes que, a princípio, podem parecer Que partes do corpo estão visíveis? filho do trovão. Essa denominação está relacionada à arma de fogo que possuía, Além da relação direta com as ideias indigenistas do período, a escultura revela insignificantes; explore, também, a sensualidade estereotipada das imagens É um corpo feminino ou masculino? objeto desconhecido pelos indígenas e representativo da colonização e de seu outra característica típica de obras do século XIX.
    [Show full text]