Grande Auditório Grande sexta, 20168 Abril quinta, 07 2016 Abril +08 Pizarro Artur Nesterowicz Michał GulbenkianOrquestra Solistas daOrquestra Gulbenkian 21:30h 21:00h 21:00h — Grande Auditório Grande / sexta, 19:00h

artur pizarro © sven arnstein MUSICA.GULBENKIAN.PT

mecenas mecenas mecenas mecenas mecenas mecenas rising stars música de câmara de domingo ciclo piano coro gulbenkian grandes intérpretes 07 quinta 7 Abril 2016 21:00h — Grande Auditório 08 sexta 8 Abril 2016 19:00h — Grande Auditório 04

Orquestra Gulbenkian Michał Nesterowicz maestro Artur Pizarro piano

Franz Liszt Modest Mussorgsky / Les Préludes, S. 97 Quadros de uma exposição Promenade José Júlio Lopes I. Gnomus Corpus * Promenade para orquestra e piano II. Il vecchio castello intervalo Promenade III. Tuileries IV. Bydlo Fryderyk Chopin Promenade Rondo à la Krakowiak, V. Ballet des petits poussins dans leurs coques em Fá maior, op. 14 VI. Samuel Goldenberg et Schmuÿle VII. Limoges. Le marché VIII. Catacombae. Sepulchrum Romanum Cum mortuis in lingua mortua IX. La cabane sur des pates de poule (Baba-Yaga) X. La Grande Porte de Kiev

Duração total prevista: c. 2h Intervalo de 20’

* Estreia mundial – Encomenda da Fundação Calouste Gulbenkian

03 08 sexta 8 Abril 2016 04 21:30h — Grande Auditório

Solistas da Orquestra Gulbenkian Jordi Rodriguez violino Pedro Pacheco violino Leonor Braga Santos viola Levon Mouradian violoncelo

Ludwig van Beethoven Quarteto para Cordas n.º 4, em Dó menor, op. 18 n.º 4 Allegro ma non tanto Scherzo: Andante scherzoso quasi allegretto Menuetto: Allegretto Allegro – Prestissimo Wolfgang Amadeus Mozart Quarteto para Cordas n.º 17, em Si bemol maior, K.458, A caça Allegro vivace assai Menuetto e Trio: Moderato Adagio Allegro assai

Duração total prevista: c. 50’ sem intervalo

04 Franz Liszt raiding, 22 de outubro de 1811 bayreuth, 31 de julho de 1886

Les Préludes, S. 97 composição: 1854 estreia: weimar, 23 de fevereiro de 1854 duração: c. 15’ franz liszt, por wilhelm von kaulbach, 1856 © dr

Franz Liszt foi uma das figuras mais préludes, o n.º 3 – cujo título se refere a uma proeminentes do romantismo musical, tendo Ode das Nouvelles méditations poétiques (1823), exercido uma influência notável enquanto de Alphonse de Lamartine –, foi trabalhado pianista e compositor tanto na sua época a partir de material de uma abertura que Liszt como sobre as gerações subsequentes. havia composto em 1848 para o seu ciclo coral Após a estrondosa carreira de virtuoso Les quatre éléments (1844-45). Nele o compositor itinerante que desenvolveu entre 1839 e faz uso da forma cíclica a que recorre amiúde 1847, dando um contributo sem precedentes nas obras da maturidade: um motivo básico para o alargamento das possibilidades de três notas passará por transformações técnicas do piano, o ano de 1848 marcou contínuas em termos melódicos, rítmicos, um ponto de viragem na sua carreira, com o harmónicos, tímbricos e dinâmicos, estabelecimento em Weimar e a concentração constituindo-se como o fator unificador da quase exclusiva no ensino e na composição. variedade de ambientes em presença – do Nos 12 anos que se seguiriam estabeleceu meditativo ao dramático, do pastoral ao assim a sua reputação enquanto compositor, triunfante. Dois acordes em pizzicato nas assumindo-se como um dos principais cordas abrem uma breve introdução, em que os representantes da Nova Escola Alemã. violinos enunciam o motivo primordial do qual Entre as inovações concebidas neste período o compositor faz derivar todos os temas da obra. conta-se a invenção do poema sinfónico, Numa primeira secção surge uma importante para além das técnicas associadas ao nível e fluente melodia nos segundos violinos e nos da transformação temática, bem como da violoncelos. A segunda secção inicia-se de experimentação formal e harmónica. Desses forma tempestuosa, mas acaba por desvanecer- anos datam 12 dos seus 13 poemas sinfónicos, se numa atmosfera pastoral. Por fim, a secção nos quais explora temas variados extraídos da culminante transforma os dois temas líricos literatura romântica, da história, da mitologia em toques de batalha, encerrando a obra de ou da imaginação. O poema sinfónico Les modo triunfante.

luís miguel santos

05 José Júlio Lopes lisboa, 9 de março de 1957

Corpus para orquestra e piano composição: 2016 estreia: lisboa, fundação calouste gulbenkian, 7 de abril de 2016 duração: c. 25’

Em memória de Berta Pizarro e de Júlio Alberto Lopes, para o Artur broken piano © dr

Tanto quanto se pode dizer de uma peça do discurso harmónico da orquestra, musical que ela tem um assunto ou um tema, para perfurar e transformar; outras vezes Corpus é sobre morte e vida, sobre existir – coexistindo ensimesmada, presa no gesto sem mistificações: são inquietações humanas. e na evocação de uma música interior. Neste sentido – e evitando sobre a criação Nesta peça, ideia de fragmento (o grande musical a tentação romântica da descrição fragmento) corresponde à ideia de ruína, figurativa –, a peça revela (um) pensamento, ou seja a sedimentação de material de uma antagonismos, revolta, tensão dramática. história sonora comum. Esse material surge Corpus tem como princípio criativo a ideia em camadas sobrepostas, em discursos que de movimento. É a ignição de um “motor se amontoam. A peça inicia-se, de resto, pela harmónico” que gera a sua construção. evocação de uma memória musical não muito É um movimento contínuo, através do qual longínqua que ecoa (o grande gesto pianístico), corpos harmónicos (entidades intervalares) num processo reiterado de reverberações são sucessivamente usados e desagregados e reconhecimentos partilhados, e desliza e, mais à frente, reagrupados noutro corpo por entre muitas das referências que ecoam harmónico. Sucessivamente. Compondo na memória – de que também fazem parte e descompondo. Até ao infinito. irreprimíveis ruínas do contemporâneo Não sendo um concerto para piano (na omnipresente –, num processo de designação convencional), o piano é o abstratização crescente e imparável. protagonista: é o piano o portador deste A esperança faz acreditar que este processo processo de contágio e de transformação. sucessivo seria infinito. A escrita do piano é por isso predominantemente Corpus é dedicada ao Artur Pizarro, em horizontal e “pontiaguda”, entrando umas memória de duas pessoas cuja existência vezes em choque com a resistência vertical é realmente infinita.

josé júlio lopes

06 Fryderyk Chopin zelazowa wola, 1 de março de 1810 paris, 17 de outubro de 1849

Rondo à la Krakowiak, em Fá maior, op. 14 composição: 1828 duração: c. 15’ broken piano © dr dança krakowiak © dr

Fryderyk Chopin alcançou uma posição polonaise e da mazurka. O papel da orquestra de destaque na história da música devido é aqui bastante diminuto, tendo o próprio à sensibilidade do seu estilo melódico e compositor elaborado também uma versão harmónico, bem como à sua exploração das a solo. Concebida em duas partes, a obra características técnicas e expressivas do inicia-se com um idílico Andantino, quasi piano, o seu instrumento de eleição. A sua allegretto, uma introdução pacífica e com produção concentra-se quase exclusivamente um certo toque exótico conferido pelo perfil na música para esse instrumento, tendo pentatónico da melodia com que o piano em vários géneros fornecido contributos solista se apresenta delicadamente sobre relevantes para o repertório. Ao nível da a trompa e as cordas. Uma passagem de um música para piano e orquestra, Chopin brilhantismo inesperado opera a transição foi autor de seis obras, todas anteriores a para o Rondó propriamente dito, Allegro non 1831, data do seu estabelecimento em Paris. troppo, cabendo à orquestra anunciar o ritmo Constituindo a sua terceira experiência neste da krakowiak. O piano apresenta o 1.º tema, domínio, o Rondo à la Krakowiak, em Fá maior, em Fá maior, marcado pelo seu caráter rítmico op. 14, foi composto ainda em Varsóvia, em e ebuliente. Na extensa passagem de bravura 1828, já depois das Variações sobre “Là ci darem que se segue, o sabor polaco desvanece-se por la mano”, op. 2 (1827) e da Fantasia sobre árias instantes, apesar de a música nunca perder polacas, op. 13 (1828). Trata-se de uma peça em vivacidade e brilhantismo, até que emerge de bravura, que coloca em evidência a sua um divertido tema de dança, em Ré menor, exigência técnica, baseada na krakowiak, novamente evocativo dos salões de baile de uma dança rápida e sincopada da região de Cracóvia. O pianismo virtuosístico impõe-se Cracóvia (tal como faria mais tarde no 3.º mais uma vez, conduzindo desta feita a uma andamento do Concerto n.º 1), dança que secção mais branda. A colorida música de por essa altura conquistava popularidade dança regressa e é elaborada com imaginação nos salões de baile de Viena e Paris, a par da até ao final.

07 Modest Mussorgsky karevo, 21 de março de 1839 são petersburgo, 28 de março de 1881

Maurice Ravel ciboure, 7 de março de 1875 paris, 28 de dezembro de 1937

Quadros de uma exposição composição: 1874 / 1922 (orq.) duração: c. 30’ modest mussorgsky, por ilya repine, 1881 © dr

Modest Mussorgsky foi um dos mais notáveis sugerem a figura bizarra desse ser. Um plácido compositores russos de finais do século XIX, interlúdio em Lá bemol maior retoma o tema cuja orientação inovadora, em particular da Promenade, introduzindo O Velho Castelo, no domínio da ópera e da canção, exerceria em Sol sustenido menor, que representa uma influência determinante no imaginário um trovador cantando diante de um castelo da geração modernista de Debussy e Ravel. medieval. Novo interlúdio em Si maior, um Integrado no chamado “Grupo dos Cinco”, pouco mais extrovertido, conduz a O Jardim revelou uma preocupação especial com a das Tulherias, na mesma tonalidade, música procura de uma identidade musical russa, caprichosa que descreve brincadeiras de inspirando-se para o efeito na história, no crianças. Em Bydlo (Sol sustenido menor), folclore e em outros temas nacionalistas. o crescendo inicial e o longo diminuendo É nesse âmbito que se inserem algumas das final sugerem a aproximação e afastamento do suas obras mais célebres, entre as quais os carro de bois. Um tranquilo interlúdio em Ré Quadros de uma exposição, uma suite para menor introduz O bailado dos pintainhos nas piano composta em 1874 em memória do suas cascas, um vivo Scherzino em Fá maior. falecido artista Victor Hartmann, procurando Em Samuel Goldenberg e Schmuÿle (Si bemol descrever a experiência da visita a uma menor) são descritos os retratos do judeu exposição. A obra viria a tornar-se popular rico e do judeu pobre, seguindo-se O mercado sobretudo na notável versão orquestral de de Limoges, em Mi bemol maior, com a sua Ravel, elaborada em 1922. vozearia. Em Catacombae (Si menor) é evocada A suite abre com uma decidida Promenade em a grandiosidade das catacumbas romanas Si bemol maior, que descreve a passagem pela e em Baba-Yaga (Dó menor) é descrita uma exposição com o seu compasso originalmente bruxa maléfica do folclore russo. Por fim, de 11/4 e as assimetrias rítmicas e métricas A Grande Porta de Kiev, em Mi bemol maior, que marcam a melodia. Segue-se O Gnomo, em retoma o tema da Promenade para encerrar Mi bemol menor, cujos tempos contrastantes a obra com um clímax magnificente.

08 modest mussorgsky, por ilya repine, 1881 © dr

viktor hartmann (1834-73), catacumbas de paris © dr 09

viktor hartmann (1834-73), estudo para uma grande porta em kiev, 1869, © dr viktor hartmann (1834-73), estudo para o ballet trilby de j. gerber, 1871 © dr Ludwig van Beethoven bona, 17 de dezembro de 1770 viena, 26 de março de 1827

Quarteto para cordas n.º 4, em Dó menor, op. 18 n.º 4 composição: 1798-1800

duração: c. 25’ 4. ed b.&h., 1862 © dr º quarteto para cordas 18 n op.

A obra de Ludwig van Beethoven tem sido normalmente reservava para as suas obras consensualmente dividida em três grandes mais dramáticas. O 1.º andamento, Allegro períodos criativos. Assim, depois da fase de ma non tanto, concebido numa forma-sonata, juventude passada em Bona, o compositor abre com um tema atormentado, sobre um viveu um primeiro período em Viena, entre acompanhamento agitado, conduzindo a uma c. 1793 e c. 1802, no qual demonstrou o série de acordes incisivos. Surge então um seu domínio da tradição clássica vienense 2.º tema em Mi bemol maior, derivado herdada de Mozart e Haydn, afirmando do precedente. A exposição encerra com uma a sua individualidade nesse contexto. De singular sequência de acordes. facto, as obras desta fase, que se destacam já O desenvolvimento tenso leva a ansiedade pela qualidade intelectual do seu material a um ponto culminante e a conclusão vem musical, demonstram como procurou enfatizar o ambiente trágico. Segue-se não adaptar-se aos padrões do gosto vienense, o habitual andamento lírico, mas antes um revelando igualmente, desde cedo, a sua Scherzo: Andante scherzoso quasi allegretto, propensão para a ambição ao nível da forma uma música despreocupada e caprichosa em e do discurso musical. Compostos entre Dó maior em que se destaca a pequena fuga 1798 e 1800, por encomenda do príncipe elaborada na exposição e o desenvolvimento Lobkowitz, os seis Quartetos para Cordas polifónico a que o material temático é sujeito op. 18 foram alvo de um trabalho meticuloso, na secção central. No Menuetto: Allegretto demonstrando o conhecimento que regressa Dó menor e a intensidade dramática, Beethoven possuía da rica tradição que abundando os cromatismos e as síncopas. o precedia nesse género. Por fim, o Allegro – Prestissimo é um apimentado O Quarteto para cordas n.º 4, em Dó rondó que constitui uma das raras incursões menor, op. 18 n.º 4, na realidade o último do compositor no estilo húngaro. O nervoso a ser composto, destaca-se por ser o único tema principal alterna com episódios mais nesse opus em tonalidade menor, ainda líricos, até que numa excitante coda, o drama para mais naquela que o compositor e a ferocidade acabam por ceder ao humor.

10 Wolfgang Amadeus Mozart salzburgo, 27 de janeiro de 1756 viena, 5 de dezembro de 1791

Quarteto para cordas n.º 17, em Si bemol maior, K. 458, A caça composição: 1784 4. ed b.&h., 1862 © dr

º duração: c. 28’ quarteto para cordas 18 n op. a caáada do visconde weymouth. de por john wootton, c. 1733. ©tate - london

Wolfgang Amadeus Mozart é considerado um seis quartetos op. 33 daquele compositor, dos representantes máximos do chamado publicados em 1781. Os chamados “Quartetos classicismo vienense, tendo desenvolvido Haydn” (n.os 14 a 19) constituem, de facto, um um estilo bastante pessoal, produto da marco, representando o ponto máximo da confluência entre o lirismo da ópera italiana escrita para quarteto de cordas no Classicismo e a tradição instrumental germânica, no e incluindo alguns dos mais refinados qual sobressai a sua beleza melódica, a sua momentos mozartianos. É nessa série que elegância formal, bem como a sua riqueza a se inclui o Quarteto para cordas n.º 17, em Si nível harmónico e textural. Autor de uma obra bemol maior, K. 458, A caça, concluído em vasta e variada, nela é possível constatar que 1784. O 1.º andamento, Allegro vivace assai, o compositor dominou todos os géneros sobre decorrendo num ambiente sempre otimista, os quais se debruçou. O seu estabelecimento abre com desenvoltura com um motivo que definitivo em Viena, em 1781, deu início à fase recorda o toque da trompa de caça (do qual mais produtiva do seu percurso, na ânsia de deriva o título do quarteto) e que fornece todo alcançar o reconhecimento público enquanto o material temático explorado. Segue-se um pianista e compositor. Estilisticamente, a Menuetto e Trio: Moderato, andamento breve extravagância dos últimos anos de Salzburgo de caráter delicado com um trio de uma dava agora lugar a um novo interesse pela elegância dançante. Já o Adagio, em Mi bemol clareza das texturas, pelo contraponto, pelo maior, emocionalmente bastante intenso, cromatismo, por detalhes ao nível do ritmo é dominado pela longa melodia do 1.º violino, e da articulação, bem como por uma nova bem como pela eloquência do diálogo entre exploração da relação entre os instrumentos. violino e violoncelo. Finalmente, o Allegro assai, Estes aspetos estão bem patentes, por recuperando a boa disposição do início, é um exemplo, nos seis quartetos dedicados a rápido e fogoso rondó que encerra o quarteto J. Haydn, que Mozart fez publicar em Viena ao estilo despreocupado da opera buffa. em 1785 e nos quais trabalhava desde 1782, estimulado pelo estudo que havia feito dos notas de luís miguel santos

11 Coleção de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian ( 17)

Jorge Varanda (Luanda, 1953 – Lisboa, 2008) Sem Título, 1990 Tinta acrílica sobre madeira 20 x 21 x 2,5 cm Inv. 12P1658

Jorge Varanda desenvolveu um percurso uma série de tabuinhas de madeira em marginal muito particular em que torno do quotidiano da casa, de espaços espaços e personagens se identificam em isolados, onde é visível uma ausência- ambientes crus, vazios, envolvendo a própria presença humana que reflete uma época matéria arquitetónica. Na exposição As que inesperadamente viu crescer estas Casas na Coleção do CAM são apresentadas personagens – os anos de 1980.

Esta obra pode ser vista na exposição “As Casas na Coleção do CAM” até 29 de agosto de 2016, no Centro de Arte Moderna

12 13 Notas Biográficas Michał Nesterowicz maestro michał nesterowicz © lukasz rajchert

O maestro polaco Michał Nesterowicz estudou da Orquestra Sinfónica de Tenerife inclui a com Marek Pijarowski na Academia de Música conclusão dos ciclos dedicados às Sinfonias de Wrocław, onde se diplomou em 1974. Dois de Brahms, Schumann e Mahler, para além anos mais tarde, figurou entre os vencedores de uma forte incidência no repertório do 6.º Concurso Internacional de Direção de sinfónico de Chostakovitch, Mussorgsky Orquestra Grzegorz Fitelborg, em Katowice. e Rachmaninov. Dirigiu então as principais orquestras Em 2016, para além da Orquestra Gulbenkian, polacas e em 2004 foi nomeado Diretor Michał Nesterowicz estreia-se também à Artístico da Orquestra Filarmónica Polaca frente da Deutsches Symphonie-Orchester do Báltico, em Gdansk,´ tendo partilhado o Berlin e dirige pela primeira vez no palco com solistas como Ewa Podles,´ Angela Concertgebouw de Amesterdão (Noord Marambio, Gwendolyn Bradley, Shlomo Nederlands Orkest). No seguimento dos Mintz, Rachel Barton Pine, Ivan Monighetti, sucessos obtidos nos últimos anos, os seus ou Javier Perianes. Em 2008, depois de compromissos na presente temporada vencer o Concurso Europeu da Orquestra de incluem ainda a direção da Filarmónica Cadaqués, a sua carreira internacionalizou-se de Buffalo, da Residentie Orkest (Haia), definitivamente. Dirigiu muitas da principais da Filarmónica de Copenhaga, da NDR orquestras europeias e, entre 2008 e 2011, foi Sinfonieorchester Hamburg, da Orquestra Maestro Principal da Orquestra Sinfónica Nacional de Lille, da Filarmónica de Nice, da Nacional do Chile. Orquesta Ciudad de Granada, da Sinfónica de A programação da quarta temporada de Barcelona (incluindo uma digressão a França) Michał Nesterowicz como Diretor Artístico e da Sinfónica de Basileia.

14 Artur Pizarro piano artur pizarro © tiago figueiredo

Artur Pizarro nasceu em Lisboa em 1968. Concurso Internacional de Piano de Leeds de michał nesterowicz © lukasz rajchert Foi a sua avó materna, a pianista Berta da 1990, o que marcou o início da sua carreira Nóbrega, quem primeiro lhe despertou o internacional. Apresenta-se regularmente gosto pelo piano, no que foi secundada pelo em recitais a solo e de música de câmara e seu companheiro de duo de piano, Campos com grandes orquestras e maestros como Coelho, aluno de Vianna da Mota, Ricardo , , Yan Pascal Viñes e Isidor Philipp. Entre 1974 e 1990, Tortelier, Andrew Davies, Esa-Pekka Salonen, estudou com , que fora também Yuri Temirkanov, Vladimir Fedoseyev, Ilan aluno de Vianna da Motta e de Mark Hamburg, Volkov, Franz Welser-Möst, Tugan Sokhiev, Edwin Fischer, Marguerite Long e Jacques Yakov Kreizberg, Yannick Nézet-Séguin, Libor Février. Esta distinta herança imergiu-o Pešek, , Ion Marin, John na Idade de Ouro do piano e forneceu-lhe Wilson e . um profundo conhecimento das escolas Artur Pizarro estreou-se com a Orquestra alemã e francesa e dos seus repertórios. Gulbenkian aos treze anos de idade e, desde Depois dos seus estudos iniciais em Lisboa, então, tem-se apresentado com regularidade mudou-se para Lawrence, Kansas (E.U.A), no Grande Auditório, em concertos e recitais. onde continuou a trabalhar com Sequeira Nas duas últimas temporadas apresentou Costa. Durante uma breve interrupção do seu um ciclo único de recitais dedicados à aperfeiçoamento artístico nos Estados Unidos interpretação integral das obras para piano da América, trabalhou também com Jorge solo de Rachmaninov. Ao longo da sua Moyano, em Lisboa, e com , brilhante carreira, gravou uma extensa Géry Moutier e Bruno Rigutto, em Paris. discografia para as editoras Collins Classics, Artur Pizarro venceu o Concurso Vianna da Hyperion Records, Linn Records, Brilliant Motta de 1987, a edição de 1988 do Greater Classics, Klara, Naxos, Danacord, Odradek Palm Beach Symphony Competition e o Records e Phoenix Edition.

15 José Júlio Lopes compositor josé júlio lopes © dr

José Júlio Lopes nasceu em 1957. Estudou conto de Jorge Luis Borges. Em 2000 compôs piano com Teresa Menéres e Nuno Vieira a ópera Nefertiti (Teatro da Trindade) e em de Almeida e composição com Fernando 2007 a ópera W (Culturgest). Entre as suas Lopes-Graça e Christopher Bochmann. obras mais relevantes incluem-se: Pyr, para Participou em master-classes e seminários orquestra de câmara (Centro Cultural de de composição de Emmanuel Nunes na Belém, 2003); Magma (Casa da Música, 2005); Fundação Calouste Gulbenkian e de Franco SpaceCtrl, para orquestra de câmara (Dresdner Donatoni na Royal Academy of Music, em Musik Festspiele, 2005); Dazibao, para Londres. Paralelamente, completou um percussão e ensemble (Culturgest, 2006); mestrado em Ciências da Comunicação na Verschwinden I, para quinteto, eletrónica ao Universidade Nova de Lisboa e concluiu um vivo, vídeo e guitarra eletrónica (CCB, 2009); doutoramento sobre o tema “nova música, Verschwinden II (Culturgest, 2009); X-Acto, novos dramas, novos media: a ópera do para orquestra e recitante (CCB, 2009). futuro”. É professor e investigador no CESEM Mais recentemente apresentou as seguintes (UNL). Foi cofundador e Diretor Artístico da obras: Undo (Teatro Talia, ensems - Festival OrchestrUtopica. José Júlio Lopes começou Internacional de Música Contemporânea de por compor música de cena e, desde 1979, Valencia, 2010); SpaceCtrl II (2010); Utos, para colaborou em inúmeras produções de orquestra (2011), Dark Times Quintet (Casa da teatro. Na sequência desse trabalho inicial, Música, 2013); Verbingung (Vilamoura, 2015). interessou-se pela ópera e por projetos de Os seus projetos futuros incluem a estreia da teatro musical. Em 1986 apresentou Averroes, ópera Sniper e da peça Lumen, para ensemble, teatro musical multimédia a partir de um eletrónica e coro misto.

16 Jordi Pedro Rodriguez Pacheco violino violino jordi rodriguez © dr pedro pacheco © dr

Jordi Rodriguez Cayuelas concluiu o Curso Pedro Pacheco dos Santos nasceu em Lisboa Superior de Violino no Conservatório de em 1966 e começou a estudar violino aos cinco Música de Múrcia. Estudou posteriormente anos de idade com o seu pai. Frequentou a na Escuela Superior de Música Reina Sofia, Academia de Música de Santa Cecília nas em Madrid, com Vicente Huerta Faubel e classes de violino de Vasco Barbosa e Alberto José Luis García Asensio, na Universität für Nunes, professores com quem continuaria a Musik und darstellende Kunst, em Graz, sua formação até ingressar no Conservatório e na Robert Schumann Hochschule de Nacional de Lisboa. Düsseldorf. Frequentou também os cursos de Foi membro fundador de duas orquestras aperfeiçoamento de Mikhail Kopelman, Yair de câmara e ainda membro da Orquestra Kless, Sergey Girshenko, Joseph Silverstein, Sinfónica Juvenil, com a qual realizou Walter Levin e Rainer Schmidt. Foi bolseiro numerosos concertos como solista. josé júlio lopes © dr da Fundação Yehudi Menuhin e da Fundação Frequentou durante esse período os cursos Carl Dörken. Jordi Rodriguez recebeu de aperfeiçoamento artístico de Tibor Varga, primeiros prémios no Concurso de Violino Alberto Lisy e Gerardo Ribeiro. do Festival Internacional de Orquestras Concluiu o Curso Superior de Violino no Juvenis de Múrcia, no Concurso Nacional de Conservatório Nacional em 1984, iniciando Jovens Intérpretes de Xàtiva (Valência), no nesse ano o Curso de Relações Internacionais Concurso de Interpretação Musical Villa de do Instituto Superior de Ciências Sociais e Cox (Alicante) e no Concurso de Música de Políticas de Lisboa. Bolseiro da Fundação Câmara Schmolz-Bickenbach, em Düsseldorf. Calouste Gulbenkian, estudou em Paris com Apresenta-se regularmente como solista ou Veda Reynolds durante quatro anos, tendo integrado em formações de música de câmara. sido também apoiado pela Secretaria de Como violinista de concerto, colaborou com Estado da Cultura. Durante esse período, deu várias orquestra e atuou em vários países da vários recitais na Bélgica, em Inglaterra e em Europa. No domínio da música de câmara, França. É membro da Orquestra Gulbenkian partilhou os palcos com artistas como Jürgen desde 1990 e atuou como solista em várias Kussmaul, Matthias Buchholz, Ida Bieler, ou ocasiões. Colabora com agrupamentos de Vicente Huerta. Atualmente, é 1.º solista no música de câmara e apresentou-se como naipe dos segundos violinos da Orquestra solista nos festivais de música do Algarve, Gulbenkian. de Sintra e de Leiria e deu vários recitais nos Açores. É professor de violino na Academia de Música de Santa Cecília.

17 Leonor Braga Levon Santos Mouradian viola violoncelo leonor braga santos © fcg - márcia lessa levon mouradian © dr

Leonor Braga Santos terminou o Curso Levon Mouradian nasceu em Yerevan, na Superior de Violino aos dezoito anos, com Arménia, e aos seis anos de idade ingressou Leonor Prado, no Conservatório Nacional de numa escola especial para crianças dotadas, Música. Obteve então uma bolsa da Fundação em Yerevan. Continuou os seus estudos no Calouste Gulbenkian para estudar em Gstaad, Conservatório Tchaikovsky de Moscovo, com Alberto Lysy. Dois anos mais tarde, na classe de M. Khomitser. Em 1985 recebeu optou pela viola de arco e regressou a Lisboa, a Medalha de Prata no Concurso preparando-se com François Bross para o Internacional de Violoncelo Pablo Casals concurso de admissão à Escola Superior de e em 1986 foi premiado no Concurso Música de Colónia, onde se diplomou com Internacional Tchaikovsky, em Moscovo. alta classificação em 1987, tendo sido aluna de Em 1997 foi 1.º Prémio de Violoncelo no Rainer Moog em viola e do Quarteto Amadeus Concurso de Instrumentos de Arco Júlio em música de câmara. Cardona, na Covilhã. Apresentou-se com No âmbito do Festival de Pommersfelden as mais importantes orquestras da Rússia apresentou, em primeira audição na e tocou também com a Filarmónica de Alemanha, a Aria a Tre com Variazioni, de Joly Budapeste, a Sinfónica de Timisoara, Braga Santos, peça que já estreara em Lisboa. a Filarmónica da Arménia, a Filarmónica Participou no Festival de Sion, sob a direção da Geórgia e a Orquestra Nacional do Porto. de Tibor Varga, e percorreu vários países da Gravou várias obras de J. S. Bach, Beethoven, Europa com o Ensemble Cologne, do qual fez Dvorák,ˇ Debussy e Chostakovitch, entre parte até ao seu regresso definitivo a . outros compositores, para a RDP-Antena 2 Na sua primeira apresentação como solista e para a editora Melody. Destaque para um com a Orquestra Gulbenkian interpretou recente CD que inclui um trio de o Concerto para Viola em Sol maior de A. Babadjanian e sete peças para trio de G. P. Telemann. É membro da Orquestra Komitas – Aslamazian, que foi dedicado Gulbenkian desde 1988. Gravou em CD o ao 1700.º aniversário da proclamação do Sexteto para Cordas e o Quarteto com Piano Cristianismo como religião oficial da de Joly Braga Santos. É frequentemente Arménia. Desde 1999, é titular da classe solicitada a integrar agrupamentos de música de violoncelo no Departamento de Artes da de câmara. Universidade de Évora. Integra o naipe de violoncelos da Orquestra Gulbenkian e toca um violoncelo veneziano do séc. XVIII.

18 Orquestra Gulbenkian orquestra gulbenkian © gulbenkian música - márcia lessa

Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian uma série regular de concertos no Grande decidiu estabelecer um agrupamento Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo orquestral permanente. No início constituído âmbito tem tido ocasião de colaborar com apenas por doze elementos, foi originalmente alguns dos maiores nomes do mundo da designado por Orquestra de Câmara música (maestros e solistas). Gulbenkian. Na temporada 2012-2013, Atuando igualmente em diversas localidades a Orquestra Gulbenkian (denominação do país, tem cumprido desta forma uma adotada desde 1971) celebrou 50 anos de significativa função descentralizadora. atividade, período ao longo do qual foi No plano internacional, por sua vez, sendo progressivamente alargada, contando a Orquestra Gulbenkian tem vindo a ampliar hoje com um efetivo de sessenta e seis gradualmente a sua atividade, tendo até agora instrumentistas que pode ser pontualmente efetuado digressões na Europa, Ásia, África expandido de acordo com as exigências dos e Américas. No plano discográfico, o nome programas executados. Esta constituição da Orquestra Gulbenkian encontra-se permite à Orquestra Gulbenkian a abordagem associado às editoras Philips, Deutsche interpretativa de um amplo repertório, Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, desde o Barroco até à música contemporânea. Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, Obras pertencentes ao repertório corrente entre outras, tendo esta sua atividade sido das grandes formações sinfónicas distinguida desde muito cedo com diversos tradicionais, nomeadamente a produção prémios internacionais de grande prestígio. orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Paul McCreesh é o atual Maestro Titular Schubert, Mendelssohn ou Schumann da Orquestra Gulbenkian, sendo Susanna podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian Mälkki a Maestrina Convidada Principal em versões mais próximas dos efetivos e Joana Carneiro e Pedro Neves os Maestros orquestrais para que foram originalmente Convidados. Claudio Scimone, titular concebidas, no que respeita ao equilíbrio entre 1979 e 1986, é Maestro Honorário, da respetiva arquitetura sonora interior. e Lawrence Foster, titular entre 2002 e 2013, Em cada temporada, a orquestra realiza foi nomeado Maestro Emérito.

19 Paul McCreesh maestro titular Susanna Mälkki maestrina convidada principal Joana Carneiro maestrina convidada Pedro Neves maestro convidado Lawrence Foster maestro emérito Claudio Scimone maestro honorário primeiros violinos violoncelos trompetes Cristian Chivu Concertino Varoujan Bartikian 1º Solista Stephen Mason 1º Solista principal * Marco Pereira 1º Solista Paulo Carmo 1º Solista * Bin Chao 2º Concertino Auxiliar Martin Henneken 2º Solista David Burt 2º Solista Paula Carneiro 2º Concertino Levon Mouradian Auxiliar * Jeremy Lake trombones Pedro Meireles 2º Concertino Raquel Reis Jordi Rico 1º Solista Auxiliar Fernando Costa * André Conde 1º Solista * António José Miranda Ana Carolina Ferreira * Rui Fernandes 2º Solista Pedro Canhoto 2º Solista António Veiga Lopes Pedro Pacheco contrabaixos Marc Ramirez 1º Solista tuba Alla Javoronkova Amilcar Gameiro 1º Solista David Wanhon Pedro Vares de Azevedo 1º Solista Ana Beatriz Manzanilla Manuel Rêgo 2º Solista timbales Elena Ryabova Marine Triolet Rui Sul Gomes 1º Solista Maria Balbi Maja Plüdemann Maria José Laginha Alexandre Santos * percussão Romeu Santos * Abel Cardoso 2º Solista Zofia Pajak * João Castro * Maria de Fátima Pinto 2º Solista * flautas Francisco Sequeira 2º Solista * segundos violinos Sophie Perrier 1º Solista Miguel Herrera Cota da Silva Alexandra Mendes 1º Solista Cristina Ánchel 1º Solista Auxiliar 2º Solista * Amália Tortajada 2º Solista Jordi Rodriguez 1º Solista Laura Ilardia de Miguel 2º Solista Cecília Branco 2º Solista * oboés Maria Leonor Moreira Pedro Ribeiro 1º Solista Stephanie Abson saxofone alto Nelson Alves 1º Solista Auxiliar José Massarrão 1º Solista * Jorge Teixeira Alice Caplow-Sparks 2º Solista Tera Shimizu Corne inglês celesta Stefan Schreiber Karina Aksenova 1º Solista * Otto Pereira clarinetes Catarina Silva Bastos * Esther Georgie 1º Solista harpa Miguel Simões * José María Mosqueda 2º Solista Coral Tinoco Rodriguez 1º Solista * Clarinete baixo violas Samuel Barsegian 1º Solista fagotes Lu Zheng 1º Solista Ricardo Ramos 1º Solista * Instrumentistas Convidados Isabel Pimentel 2º Solista Vera Dias 1º Solista Auxiliar André Cameron José Coronado 2º Solista Patrick Eisinger Contrafagote coordenação Leonor Braga Santos António Lopes Gonçalves Christopher Hooley trompas Gabriele Amarù 1º Solista Maia Kouznetsova produção Bárbara Pires * Kenneth Best 1º Solista Eric Murphy 2º Solista Américo Martins Augusta Romaskeviciute * Marta Andrade Nuno Soares * Darcy Edmundson-Andrade 2º Solista Inês Rosário Gabriel Correia 2º Solista * Francisco Tavares

20 21 Abril quinta, 21:00h — M/6 Patricia

Petibon patricia petibon © felix broede

Orquestra Gulbenkian Frédéric Chaslin

Fundação Calouste Gulbenkian

mecenas mecenas mecenas mecenas mecenas mecenas musica.gulbenkian.pt rising stars música de câmara concertos de domingo ciclo piano coro gulbenkian grandes intérpretes 6 Maio sexta, 21:00h — M/6 músicas do mundo 3milRIOS Ópera multimédia jaime kiriateke © dr

Victor Gama Orquestra Gulbenkian

Estreia Mundial

Fundação Calouste Gulbenkian

mecenas mecenas mecenas mecenas mecenas mecenas musica.gulbenkian.pt rising stars música de câmara concertos de domingo ciclo piano coro gulbenkian grandes intérpretes Pedimos que desliguem os telemóveis durante o espetáculo. A iluminação dos ecrãs pode igualmente perturbar a concentração dos artistas e do público.

Não é permitido tirar fotografias nem fazer gravações sonoras ou filmagens durante os espetáculos.

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direção criativa tiragem Ian Anderson 600 exemplares design e direção de arte The Designers Republic Lisboa, Abril 2016 design gráfico ah–ha MUSICA.GULBENKIAN.PT

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