o PROBLEMA DO DIAMANTE DO ALTO PARANAfBA,

ESTADO DE (1)

Por YOCITERU HASUI (2) e FAUSTINO PENALVA (2)

RESUl\IO mento os Rio da Prata, Santo Antonio, Abaete, Indaia, Borrachudo e outros. Os autor es r esumem 0 problema da origem do diamante do Alto Paranaiba, MG, e com bas e em Essa provincia produziu dezenas de gemas evldencias mineral6gicas, g eol6gicas e tectOnicas, apontam a possibilidade de ex istencia de intrusoes com mais de 100 quilates (ate 726 quilates) e quimberliticas neocretaceas. Discute-se resumida­ tern fornecido volume regular de pedras meno­ mente a aplicabilidade dos div ersos rnetodos de res, de excelente qualidade, tornando-se mere­ prospeccao de tais intrusces. cedora dos esrorcos atuais de prospeccao e lavra Um a nova abertura no problema da origem do diamante se encontra no Conglomerado Abaete, da sistematicas, em substituicao ao regime impro­ base do Grupe Areado, e e ela apres entad a. visado de garimpagem, Nesta nota, os Autores discutem a possibi­ ABSTRACT lidade de ocorrencia de intrusdes quimberliti­ cas no Alto Paranaiba e resumem os metodos In this paper, the Author s summarize the p ro­ de prospeccao aplicavets. bl em of diamond origin at Alto Paranaiba provin ce, in Minas Gerais State, and based on mineralogical, Agradecemos a Fundaeao de Arnparo a geologic and tectonic evidences they point out the Pesquisa do Estado de Sao Paulo pelo auxilio possibilities of existence of Neocretaceous ktm, concedido a urn dos autores (YH) para estudos berlitic intrusions. A short discussion dealing geol6gicos no oeste mineiro. with the aplicabiJity of some prospection methods for its research is presented. A new outlet on the diamond origin at Alto HISTORICO Paranaiba is discussed, in relation with the Abaete Conglomerate (Areado Group, of Eocretaceous age). o diamante tern sido encontrado em alu­ vioes modernas, em terraces e em depositos re­ INTRODUC}AO siduais (rnonchoes e grupiaras), remobilizado da Formacao . Em (Campos, Com a descoberta do diamante no Rio 1891; Hussak, 1891 ; Leonardos e Saldanha, Abaete em 1728 e os achados que se segutram, 1939; Hasui, 1967; Ferreira, 1968) e em Co­ delineou-se uma vasta provincia diamantifera romandel (Hasui, 1967 ; Maack, 1968), 0 dia ­ no Alto Paranaiba, de quase 100.000 kme, que mante ocorre na Formacao Uberaba, que e a abrange notadamente duas areas: sua matriz secundarla, Esta formacao, de idade neocretacea, e toda a regtao delimitada pelo Rio Paranaiba, constituida de uma sequencia, de ate 140 me­ a montante do Rio Bagagem, e pelo Rio tros de espessura, de rochas detriticas conglo­ Quebra-Anwl. Alern desses rios, ai se en­ meraticas, arenosas e de tipos Intermediaries, contram 0 Dourados, Douradinho, Santo com forte contribuicao de fragmentos de ro­ Inacio, Santo Antonio das Minas Verme­ chas igneas, principalmente de natureza basi- lhas, Santo Antonio do Bonito, Pedras, Perdizes, Misericordia e outros cursos me­ ( 1) Pesquisa realizada com auxllio da F undacao de nores; Arnparo a P esquisa do Esta do de Sao P au lo. (2) Do Departamento de Engenh aria de Minas dn os flancos setentrional e oriental da Serra Escola Politecnica da Universidade de Sao da Mata da Corda, onde tern desenvolvi- Paulo. 72 BOL. DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOLOGIA - V. 19, No I, 1970

ca ou ultrabasica, e de minerais delas prove­ dlamantes provsm da reglao de Tiros, aparen­ nientes (Hasui, 1968). l1J de origem fluvial e temente remobilizados da Formacao Uberaba, t~m arnpla distribulcao geografica, mas sob for­ No terce meridional da Serra, raros sao os ma de restos descontinuos e festonados, nas garimpos. A dificuldade que ai se salienta e regioes de Uberaba-Sacramento, Romaria-Es­ a inexistencia de abundante cascalho, isso trala do SuI, Chapadao do Ferro, Coromandel­ porque nem a Formacao Uberaba, nem os Gru­ Serra dos 6culos, Presidente Olegario, Campos pos Areado ou Bambui tern litologia para os Altos-Carmo do Paranaiba-Tiros, Serra do Ca­ gerar. pacete e, possivelmente, no alto do chapadao Na regiao de Coromandel, a sttuacao geo­ entre Patos de Minas e Silo Goncalo do Abaete. logica e analoga a de Patos de Minas (Hasui, Alem de dlamantifera, a rormacao contern, 1968). Os trabalhos de Boanova (op, cit.) nao ainda, platina (F. P. Boanova, in Relatorio encontraram quimberlitos e Guimaraes (1932) Annual do Director, Anno 1930 e Anno 1931). sugeriu como localtzacao provavel de antiga Essa forma de ocorrencia do diamante em charnine 0 Poco Verde, a norte da cidade, matrlz secundarla, desde longa data chamou a mas a magnetometria nao corrobora essa ideia atencao dos pesquisadores. Afora as Ideias de (,N. Ellert e Y. Hasui, dados ineditos). Derby (1898), Porcheron (1903) e Hussak Na regiao de Romaria, apenas Poreheron (1906), vinculando a origem do diamante a (1903) argumenta existirem evidencias de cha; chamines pr6ximas de Romaria (antlga Agua mine proximamente situada. Todavla, faltam Suja), as investiga~i5es se voltaram quase que estudos no chapadao de Rornaria-Irai-Celso s6 para a reglao de Patos de Minas. Bueno-. Em 1915, em dois trabalhos, Rimann apon­ Em 1956, Leonardos resumiu as ocorren­ tou a extstencla de quimberlitos na extremida­ cias de diamante no Alto Paranaiba e em 1959, de setentrional da Serra da Mata da Corda, analisando os esroreos desenvolvidos na Africa cortando arenitos (Grupo Areado) e cobertos e na Siberia, clamava por pesquisas sistema­ por derrames de perovskita-picrito porfiritico ticas de chamines quimberliticas tambem no (Forma~o Patos), Esses vulcanitos ja ha­ Brasil. viam side identificados por Hussak (1906 a) Em 1968, alguns resultados foram apresen­ dentre seixos coletados por Oliveira (1881) na tados no Slmposio sabre 0 Manto SuperIor. regiao de Chumbo. Em 1917, Rimann reafirma Barbosa, eonsiderando 0 tamanho das gemas a existencia de quimberlitos, no que foi seguido e os mlnerais satelttes, sugeriu como fontes por Maack (1926) e Freyberg (1932), que in­ prlmanas as chamlnes, tufos e basaltos alcall­ clusive supuseram ter localizado varias cha­ nos conhecidos no Alto Paranaiba, mas tats mines: ocorrencias nao forneceram ate hoje urn so aten~ao Todavia, Guimaraes, em 1927, reestudou 0 dlamante. Ferreira chama para os material de Rimann e analisou amostras da dlamantes octaedrlcos e para satelltes, suge­ regtao de Patos de Minas, mostrando que as rindo a exlstencia de chamlnes qulmberlltlcas, roehas ate entao deseritas e mapeadas nao posslvelmente de varias Idades e pelos menos eram quimberlitos, mas intermediarias, basicas uma eretaeea, relacionada com a Reativagao e ultrabaslcas de natureza alealina. 0 estudo Wealdeniana. desas roehas foi estendido por Barbosa (1936) Como se ve, a mantfestacao de Leonardos e Guimariles (1955), resultando numerosos ter­ em 1959 e ainda atuaI. Hoje, em 17 paises ou mos petrograficos daquelas familias de rochas, terrltorlos sao conheoldos enxames de eorpos interessando sobretudo aos componentes de ni­ qulmberltticos em boa parte dlamantiferos, en­ veis piroclasticos da Formacao Patos. Os der­ quanto no Brasil pesqulsas nesse sentido nao rames dessa formacao pareeem ser de ollvina­ foram ainda eneetadas eriteriosamente. basaltos porfiritieos e nlio de pierltos. Nenhum diamante fol eneontrado em tals rochas, em­ possmILlDADE DE EXIST£:CIA DE bora Oppenheim (1934) tenha a elas fillado INTRUSOES QUThmERLlTICAS nao s6 0 diamante como a platina das aluvoes A existencia de intrus5es quimberliticas e do Rio Abaete. Deseendo este rio da Serra da atualmente admitida no Alto Paranaiba a luz Mata da Corda, e possivel que a filia~iio do de elementos esparsos ou por intui«;§.o. Toda­ dlamante e da platina esteja relaeionada com Via, muitos dados geo16gicos, mineral6gicos e a Formagao Uberaba. tectonicos foram oonseguidos nos ultimos anos Sabre a parte media da Serra da Mata da no Alto Paranaiba e, permltem, ja, ponderar Corda, nenhuma referencia existe, mas alguns a possibilidade de existencia de tais intrus5es. Y. HASUI e F. PENALVA - 0 problema do diamante do Alto... 73

Lembramos que as Intrusoes quimberliticas po­ Magmatismo neocretaceo dem ser chamines, diatremas, sills, diques e veios. Equivalente extrusivo do quimberlito Na Africa e na Siberia, as intrusoes quim­ tern sido reconhecido na Uniao Sovietica berUticas aparecem em areas onde se deram (meimechito). outras manifestacoes eruptivas contemporaneas, ultrabasicas e basicas de natureza alcalina, com Tamanho e morfologia dos diamantes termos petrograficos que incluem carbonatito (Bardet, 1965). Alem da associaeao no espa­ Nao ha entre n6s registro de caracteris­ QO, no tempo e no mesmo ambiente tectonico, ticas fisicas, como forma e tamanho das pedras tambem evidencias petrol6gicas e experlmen­ garimpadas, naturalmente devido ao pr6prio tais tern constituido suporte para as modernas regime improvisado de exploracao, S6 as pedras ideias de relacao petrogenetica entre quimber­ maiores mereceram estudos descritivos, como as litos, carbonatitos e complexos baslco-ultraba­ de Leonardos e Saldanha (1939) e Reis (1959). sicos alcalinos (Dawson, 1967 e 1967 a; Ecker­ Leite (1969) realizou 0 primeiro estudo de mann, 1967; Davidson, 1967; Kennedy e Nord­ formas, valendo-se de mais de duas centenas lie, 1968; Wyllie, 1969). de amostras. Verificou que rombododeeaedros No oeste mineiro, desde longa data sao co­ sao mais comuns, seguindo-se octaedros, dos nhecidas as chamines de Tapira (Alves, 1960), quais exemplares perfeitos sao citados por Sal­ Araxa (Guimaraes, 1957), Serra Negra (Cam­ danha ('1941) e Ferreira (1968). Cubos sao pos, 1939; Guimaraes e Sad, 1966) e Salitre raros. Geralmente as faces sao curvas e irre­ (Guimaraes e Sad, op. cit .). Carbonatitos pa­ gulares, e form as combinadas e geminadas sao recem ocorrer em Tapira e Araxa, enquanto comuns. Tambem s6lidos de clivagem e formas em Serra Negra sao conhecidas ultramaficas e irregulares aparecem, em Salitre, rochas intermedlarias. As dtmensoes avantajadas de dezenas de Recentemente, nova chamine fol assinalada gemas e a forma poliedrica perfelta de algumas em Pantano pela equipe da Prospec, constitui­ sao sugestlvas de derlvacao em primeiro cicIo, da de basalto alcalino. Na regiao de Sao Go­ de fontes prlmarias nao multo afastadas. tardo, evidenclas seguras exlstem de uma intru­ sao com rochas alcalinas e carbonatito asso­ Inelusoes dos diamantes ciado (Hasui e Hassano, 1968: Ellert e Hasui, 1969). Derrames de olivina-basalto porfiritico, As Inclusoes contidas em diamantes do e quiQa outros termos petrograficos, constituem Alto Paranaiba foram estudadas por Camargo a Formacao Patos (Hasul, 1970). Alern de e Leite (1968) e Leite (1969), que encontra­ tais ocorrenctas, na Serra do Bueno existe urn ram olivina (forsterita), plropo , magnesio­ dique de basalto alcalino, exposto em corte da cromita e pentlandita. Rodovia -Araxa. Tais estudos nao fornecem indicacao sa­ Em conexao, podemos citar as lavas potas­ bre a localtzacao de tntrusoes no Alto Paranai­ sicas (olivina-Ieucititos ou uganditos) de Sa­ ba, mas apontam a assoctacao do diamante cramento, descritos por Murta (1966) e cuja com magmas ultrabasicos. posicao estratlgrafioa e ainda desconhecida, bern como as chamlnes goianas. Esta sao a de Condi90es geol6gicas Catalao, de natureza alcaUna, estudada recen­ Os satelttes piropo, ilmenita magnesiana e temente por Hasui, Ellert e Damasceno (1969), perovskita falam por uma derivacao de quim­ e as da regiao de Ipora, com rochas ultraba­ berlitos se lembrarmos os campos diamantife­ sicas a Intermediartas alcalinas, descritas por ros africanos e siberianos, e nao ha razoes para G. Guimaraes et. al, (1968). Na Serra de Cal­ supor que seja diferente no Brasil. AMm des­ das tem-se suposto uma nova chamlne, mas ses satelites, instavels mecanica e qutmicamen­ nenhum dado positivo foi ate agora apresen­ te frente as vicissitudes de transporte prolon­ tado nesse sentido. gada ou a retrabalhamento em sucessivos ciclos Amostras de Tapira, Araxa, Salitre, Pan­ sedimentares, estao tambern presentes na For­ tano, Patos de Minas, Sao Gotardo e Oatalao macae Uberaba fragmentos de rochas magma­ foram datadas pelo metodo K-Ar por Hasui e ticas alteradas, ao que parece de natureza ba­ Cordani (1968). Piroxenitos de Serra Negra e sica ou ultrabaslca, Essa assoclacao atesta uma amostras de POQos de Caldas foram analisadas derrvaeao em primeiro ciclo, com transporte por Amaral et al, (1967). Os resultados mos­ curto por agente de alta competencia, tram variaQao entre 60 e 96 m.a., com notavel 74 BOL. DA SOCIEDADE BRASILEffiA DEl GEOLOGIA - V. 19, N~ 1, 1970 concentraeao em tome de 80 m.a.. 0 ollvina­ flanco ocidental da Serra da Mata da Corda basalto da Serra do Bueno acusou tdade mi­ ele e descontinuo e quando emerge de sob for­ nima de 52 m.a, (Hasui, 1970) e 0 vulcanito macoes posteriores nao ultrapassa uma dezena de Sacramento forneceu dois resultados concor­ de metros de espessura, mostrando adelgaca­ dantes de 44 e 47 m .a, em leucita e rocha total mento e desapareclmento para W, SW e S. (essencialmente leucititica), materiais que di­ Essa sltuacao geologica sugere urn regime ficultam a interpretacao (U. G. Cordani, in­ ascensional do Corredor do Quebra-Anzol, isto formacao verbal). Em Ipora, uma idade de e, da area pre-cambriana entre as duas zonas 72 m.a. foi obtida (U. G. Cordani, inforrna­ de sedimentacao, ja em tempos juro-eocreta­ «ao verbal). ceos (Hasui, 1970). Nao e ainda sabido se vi­ Desses dados geocronologicos, podemos in­ gorou ai uma tectonica de falhamentos, como ferir uma rase de intenso vulcanismo no Creta­ queria Brajnikov (1953). ceo superior, bastante posterior aos derrarnes Na smecltse do Parana, ainda no Eocre­ basalticos da Bacia do Parana (Amaral et al., taceo, processou-se ativo vulcanismo de fissura, 1966), que se estendeu ate 0 Alto Paranaiba. de natureza basaltica (Formacao Serra Geral), Em t6das essas ocorrencias vulcanicas ne­ cujo advento foi vtnculado ao diastrofismo ger­ nhum diamante foi encontrado, 0 que leva a manottpo, denominado Reativacao Wealdeniana (Almeida, 1967). Aparentemente, 0 desenvol­ pensar que 0 mesmo deve derivar de mtrusoes quimberliticas. A descoberta da chamine de vimento desse vulcanismo imp6s um regime de Pantano e as evidencias de exlstencia da cha­ tensao as areas marginais da Bacia do Parana mine de Sao Gotardo sao bastante estimulan­ em subsidencia, Alguns campos de diques de tes para novos achados, quer estejam expostos diabasio no Brasil meridional e algumas charni­ ou cobertos por sedimentos neocretaceost For­ nes alcalinas se constituirarn penecontempora­ macoes Uberaba e Bauru). neamente aos derrames, como mostram as data­ «oes K-Ar (Amaral et al., 1966 e 1967; Cor­ dani e Hasui, 1968). Condi~oes tectontcas Um novo alivio substancial de tensao se Os estudos da tect6nica das regloes com deu no Neocretaceo, com 0 vulcanismo prlnci­ mtrusoes qulmberhticas tem mostrado que elas palmente alcalino, que afetou as arias da Sine­ 5e distribuem em faixas mais ou menos regu­ elise do Parana, desde 0 sui de Golas ate lares, parecendo que fraturas de tensao de pro­ Santa Catarina. Nota-se, na figura 1, que as fundidade constituem 0 primeiro fator a con­ chamlnes, diques e derrames eonhecldos em trolar tal distribuicao (Dawson, 1967). Alem Minas Gerais e Ooias se dispdem segundo dois disso, mostram que elas se situam em plata­ lineamentos marginais a Bacia do Parana. As formas estaveis ou em suas rnargens, podendo estruturas Araxaides, Brasilides e outras da pe­ aquela tensao relacionar-se com aconteclmen­ riferia da Bacia (Loczy, 1966; Almeida, 1967 a) tos circum-plataformais ou com zonas de tran­ parecem nao ter influido nos citados lineamen­ sl«ao de anteclise para slneclise ou outras cir­ tos. Loczy (op, cit.) sugere falhamentos pa­ cunstancias tect6nicas (Bardet, 1965; Dawson, ralelos ao lineamento SE-NW que teriam con­ 1964; Harris, 1968). dicionado a borda da sineclise naquela regiiio. Na figura 1, tem-se urn esquema tectontco­ S6 apos esse vulcanismo se constltuiu a geologico do Alto Paranaiba e sui de Golas , Formacao Uberaba no Triangulo Mineiro e Alto com extensao para sui ate a regiao de Pocos Paranaiba, culminando a hist6ria cretacea com de Caldas. a deposicao da Formacao Bauru na sineclise A Sineclise do Parana estabeleceu-se no superirnposta aos basaltos na regiiio do alto Rio Paleozoico, evoluindo entre 0 Devoniano e 0 Parana, ap6s a fase erosiva triassico-jurassica. Permiano. Dos tempos mesoz6icos constitui a As chamines do oeste mineiro, bern como prim eira unidade , a Formacao Botucatu (Ju­ os diques e derrames neocretaceos, nao foram ra ssico Su perior a Eocretliceo ). Ella se expoe ainda estudados petrograficarnente de modo no vale do Rio , com espessura que adequado e Isso se cornpreende em face da ra­ nao ultrapassa urna vintena de metros, rnos­ ridade de afloramentos. Todavia, 0 conheci­ trando que 0 limite nor-nordes tino da forma­ mento e suficiente para se presumir que exis­ «ao nao ultrapassou de muito 0 atual. tiram condieoes para intrusoes qulmberltticas, No Eocretaceo, constltulu-se 0 Grupo Area­ em conexao com 0 epis6dio magmatico neo­ do, no alto Rio Sao Francisco, achando-se ex­ cretaceo. 0 epis6dio eoeretaceo parece nao ter posto de Para N e NE. No gerado tais Intrusces, se atentarmos para as Y. HASUI e F. PENALVA - 0 problema do diamante do Alto. .. 75

o lBRASlLIA

Legendo

FAIXAS DAS OCORRENCIAS vULcANICAS NEoCRE.n(cEAs

CHAMINES CHAMINE PRESUMIDA DERRAMES DIQUE N 'i'.:':';!/i"' RESTOS DA FORMAl;AO UBERABA (NEOCRETACEOI •••••• •• LIMITE DOS DERRAMES BASALTICOS (EOCRETACEOI. ~ BORDA DA SINECLISE 00 PARANA LIMITE MiNIMO DA AREA DE SEDIMENTA(CAO _----EOCRETACEA DO ALTO RIO SAO FRANCISCO :

ERUPTIVAS NEOCRETACEAS I. Iporo' 7. Serra do Bueno 2. Coldas Novas 8. Pont-ano 3. Cataloo 9. Araxo 4. Serra Negra 10. Tapira 5. Salitre II. Sacramento 6. Sdo Gotarda 12. P~s de Caldas ESCAl-A "1.: 5 .000.000 Fig 1 - ESQUEMA TECTONICO - GEOLOGICO 76 BOL. DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOLOGIA - V. 19, NQ I, 1970 ideias vigentes de que os magmas basalticos sidio cromifero nos casealhos, mineral esse procedem de profundldade bern menores da muito pouco estavel, foi utilizado como Indice crosta. seguro de proximidade de intrusoes quimberli­ Lembramos que quatro Idades de qulmber­ ticas (Real, 1959). Platina foi inclusive pros­ lites sao reconhecidas no mundo, sendo a rnais pectada na Formacao Uberaba e sua origem j6vem de 80-100 m.a, (Dawson, (1967). Bar­ pode estar relacionada com ultrabasitos ainda det e Vachette (1966) relacionaram essas ida­ desconhecidos, e dos quais se originaram parte des com diferentes fases de intrusao quimber­ dos detritos presentes na formacao. litica. Seria de presumir que os provaveis Metodos geoIisicos foram tambem apllca­ quimberlitos do Alto Paranaiba pertenceriam a dos intensivamente. Reis (1966) relata a expe­ fase neocretacea. rimentaqao dessesmetodos em Angola. 0 me­ todo da resistividade eletrlea (Bchlumberger) METODOS DE PROSPEC\JAO pode ser usado para detalhamentos, mas e pouco eflcaz em reconhecimentos. A radiome­ o esforQo para a descoberta de chamlnes tria aerea ou no terreno e totalmente ineficaz. quimberliticas envolveu, na Africa e na Siberia, sobretudo se existirem coberturas sedimentares metodos diversos bern sucedidos. No oeste ml­ espessas, A aeromagnetometria mostrou-se 0 nelro praticamente nada se fez nesse sentido. melhor metodo para definiQao de linhas de fra­ Urn mapeamento regional sistematico foi tura de profundidade, que sao vias de acesso realizado por Hasui (1967). Estudos fotogeo­ para as intrusOes. Este metoda ja fol aplicado l6gicos, com controle de campo. foram realiza­ para delimitar algumas chamines alcalinas dos recentemente pela Prospec. Tais estudos, conhecidas, como na de Araxa (Leonardos, todavla, ainda estao restritos a reconhecimen­ 1956). Balakhshln et al. (1967) relata sua tos e semi-detalhamentos. Apesar disso, resul­ aplicaQiio em Yalmtla. A magnetometria no tados significativos foram obtidos, com relacao terreno mostrou-se tambem eflciente em An­ a descoberta de novas chamines, como ja foi gola, mas experlenclas realizadas no oeste mt­ dito. nelro (N. Ellert e Y. Hasul, dados lnedltos) o estado de alteraeao intempertca quase mostrani. que pode ser aplicada all restrita­ generalizada da Formacao Uberaba pareee-nos mente. Nos altos nivelados dos chapadoes serio obstaculo a prospeccao puramente geo­ obtem-se excelentes resultados (como a ano­ l6gica, como por exemplo 0 estudo de zonea­ malia de Sao Gotardo), mas nas encostas e mento granulometrico no conglomerado basal, areas mats baixas os valores sao incoerentes, de paleocorrentes fluviais, de composieao de influenciados que sao por magnetlta erratlca, seixos e fragmentos de roehas vulcanlcas, etc. Embora a Formacao Uberaba em geral sus­ Prospeccao geoquimica de Cr, Ni e Zn em tente chapadoes, a area dos tOpos aplainados, rochas e aguas foi realizada, entre outros, por que e prospectiva par magnetometrla no ter­ Correia (1965) em Angola e Kosolapova (1963) reno, e relativamente pequena, Finalmente, em Yakutia, com bons resultados. Outros ele­ Balakhshln (1964) relata a apllcacao local de mentos quimicos talvez possam ser prospecti­ gravimetria. Pode ela vir a ser interessante no vos. Dawson (1967 a) classifica os elementos­ Alto Paranalba, em vista da lltologla relati­ trace dos quimberlitos em duas categorias: vamente simples e com densidades varladas, mas apenas para detalhamentos. - aqueles que ocorrem em quantidades simi­ lares as das ultrabasicas em geral: Ni, Co, o CONGLOMERADO ABAET£ Cr e Ge; aqueles que ocorrem em quantidades maio­ Uma nova possibilidade para 0 dlamante res que nas ultrabasicas em geral: Li, B, Sc, do Alto Paranaiba e a associacao com 0 cha­ V, Cu, Ga, Rb, Y, cs, Ba, Ta, Pb, La, made Conglomerado Abaete. Alguns garimpos Zr e Nb (estes tres ultrmos ocorrem em nos Rios Santo Antonio, da Prata e Abaete quantidades similares as dos carbonatitos e parecem relactonar-se a ele. alcalinas associadas). Esse conglomerado foi descrito por Lisboa (1906) e depois por Freyberg (1932), sendo A prospeccao de minerais tipicos e metodo hoje colocado na base do Grupo Areado. So­ simples e que pode levar a excelentes resulta­ brepoe-se a ardoslas dobradas do Grupo Bam­ dos. Em Yakutia, 0 piropo foi pesquisado ex­ bui, nas regtoes oriental e setentrional da tensivamente. Em Angola, a presenca de diop- Serra da Mata da Corda, bern como nos sopes Y. HASUI e F. PENALVA - 0 problema do dlamante do Alto... 77

das Serras Grande, das Almas e das Qulnas. blematica, pols nao ha unldades litol6glcas pos­ Nao e ele continuo e sua espessura Ii multo Bambui e pre-Areado conhecidas. pequena, nao ultrapassando alguns metros. Essa nova abertura no problema da deri­ o Grupo Areado e consider ado cretaceo vacao do diamante esta ainda por ser investi­ (Santos, 1955). Sotopondo-se as Formacoes gada. 0 pr6prio Grupo Areado e ainda mal Uberaba e Patos, Ii anterior ao vulcanlsmo neo­ conhecido, sobretudo em sua extensao para 0 cretaceo, Nessas circunstanclas, Ii de se pre­ norte e relaeao com a Serie Urucula. Ate sumir uma geragao pre-cretacea de dlamantes, mesmo uma idade pre-cambriana para esse cuja localizacao no tempo e no espaco e pro- diamante nao pode, de momento, ser excIuida.

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, F. F. M. de (1967) - Origem e evolu­ CAMPOS, J. M. (1939) - 0 Chapadao de Ferro, l;aO da Plataforma Brasileira. Div. de Geo!. e em Minas Gerais, e suas possibilidades econo­ Min ., 241. D.N.P.M. - Rio de Janeiro. micas. Eng. Min. e Met., v . XVIII, pags, ALMEIDA, F. F . M. de (1967) - Evolul;/io tee­ 314-316. tonica do Centro-Oeste brasileiro no Protero­ CAMPOS, L. F. G. de (1891) - Jazidas diaman­ z6ico Superior. Acad. Bras. de Clencias. No tiferas de A.gua Suja (BagagemJ, Estado de prelo. Minas Gerais. TyP. da Cia . Edit. Fluminense ALVES, B. P. (1969) - Distrito ni6bio-titanifero - Rio de Janeiro. de Tapira. Div. de Fom. da Prod. Min., Bol. CORREIA, E. (1965) - Prospeccao geoquimica de 108. D.N.P.M. - Rio de Janeiro. quimberlitos na Luanda. Resumo in Chron. de . AMARAL, G. - CORDANI, U. G. - KAWASHITA, Mines et la Recher. Miniere, no 360, P. 79, K. e REYNOLDS, J. (1967) - Potassium-argon 1967 - Paris. dates of basaltic rocks from Southern . DAVIDSON, C. F. (1967) - The kimberlites of the Geoch. et Cosmo Acta, V. 30, pags, 159-189. USSR. In Ultramafic and related rocks, ed. P. AMARAL, G. - BUSHEE, J. - CORDANI, U. G. J . Wyllie, paga, 251-261. John Wiley & Sons. - KAWASHITA, K. e REYNOLDS, J. (1967) DAWSON, J. B. (1964) - An aid to prospecting - Potassium-argon ages of alkallne rocks from for kimberlltes. Econ. Geo!. 57 (7): 1.385-1.386. Southern Brazil. Gooch. et Cosmo Acta, v, 31, pags. 117-142. DAWSON, J. B. (1967) - A reviev of the geology of kimberlite. In Ultramafic and related rocks, BALAKHSHIN, G. D. (1964) - Prospection des diamants par des methodes geophysiques. Re­ ed, P . J . Wyl1le, pags. 241-251. John Wiley & sumo In Chron. des Mines e de la Rech. Mlniere E''Ons. no 343, P. 207, 1965 - Paris. DAWSON, J. B. (1967) - Geochemistry and origin BALAKHSHIN, G. D. - SAVRASOV, D . I. e FE­ of kimberlite. In Ultramafic and related rocks, DOROV, N. N. (1967) - Possibillt6 d'applica­ ed. P . J . Wyllie, pags. 269-278. John Wiley & tlon des Ieves aeromagnetiques a la recherche Sons. des venues de kimberlite et de carbonatites en DERBY, O. A. (1898) - Brazilian evidence on the Yakoutie. Resumo in Chron. de Mines et de la genesis of the diamond. J. of Geol., v, 6, pags, Rech. Miniere no 376, p. 260, 1968 - Paris. 121-146. BARBOSA, O. (1936) - Noticia de estudos geol6­ ECKERMANN, H. von (1967) - A comparison of gtco-econemtcos em Patos. Rev. da Esc. de Mi­ Swedish. African and Russian kimberlites. In nas de , Ano I, no 5 e 6, pags, 165­ Ultramafic and related rocks, ed. P. J. Wyllie, 169. pags. 302-312. John Wiley & Sons. BARBOSA, O. (1968) - The diamond In Western EDWARDS. C. B. e HAWKINS. A. S. (1966) ­ Minas Gerais, Brazil, and its origin. Anals Kimberlites in Tanganyka, with special referen­ Acad. Bras. de CiE!n., v, 40 (Suplemento), p, 79. ce to Mwadui occurrence. Econ. Geol., v. 61, BARDET, M. G. (1965) - Les gisements de diamant n. 3. d'URS'S - Chron. des Mines et de la Rech. ELLERT, N. e HASUI, Y. (1969) - Magnetometria Minlere no 345, pags, 246-258; no 346, pags. 275­ aplicada a regiao de Sao Gotardo, MG. Bol. Soc. 292; nO 347, pags. 315-324 - Paris. Bras. de Geo!. (no prelo) , BARDET, M. G. e VACHETTE, M. (1966) - De­ FERREIRA, J. P. Rache (1968) - 0 diamante tennlnatlons d'ages de kimberlite de I'Ouest mesoz6ico brasileiro. Anals Acad. Bras. CHin. Africain, et essai d'interpretation des diverses v. 40 (~plem ento), pags. 81-84. venues dtamantireres dans Ie monde. 3d. Sym­ FREYBERG, B. von (1932) - Ergebnisse geologis­ posium on African Geology, Abstracts - Brus­ her forschungen in Minas Gerais (Brasilien). sels-Tervuren. Neues Jahr. f. Min., Geo!. und Palaorit., S. II. BRAJNIKOV, B. (1953) - A geologia, a fisiografla GUIMARAES, D. (1927) - 0 dlamante no Estado e a hidrografia da Bacia do Paranalba. Div. de de Minas Gerais. Servo Geol. e Min ., Bo!. 24. A.guas. Bol. Pluviometrico no 12, pags. 65·102. GUIMARAES, D. (1932) - Sobre a rocha matriz do D.N.P.M. - Rio de Janeiro. dlamante de MinaS" Gerais. Anals Acad. Bras. CAMARGO, W. G. R. e LEITE, C. R. (1968) de Cienc, 4(4) : 173-176. Inclusoes em diamantes brasileiros : olivina. GUIMARAES, D. (1955) - Contrtbuicao ao estudo Anals Acad. Bras. de CHin., v, 40 (Suplemento), dos turos vutcanicos da Mata da Corda. Inst. pags, 89-92. de Tecn. Jnd., Bol. 18 - Belo Horizonte. 78 BOL. DA SOCIEDADE BRASILEIRA DID GEOLOGIA - V. 19, N9 1, 1970

GUIMARAES, D. (1957) Relat6rio s6bre a jazid a de LOCZY, L. de (1966) - Evolu~ao paleogeografica pirocloro de Barreiro, Araxa, MG. Div. Fom. e geotectonica do. bacia gonduilnica do Parana do. Prod. Min., Bol. 103. D .N.P.M. - Rio de e do seu embasamento. Div. Geol. Min., Bol. Janeiro. 234. D .N.P.M . - Rio de Janeiro. GUIMARAES, G. - GLASER, 1. e MARQUES. V. MAACK, R . (1926) - Eine forschungsreize libel' das J . (1968) - Sobre a ocorrencia de roches alca­ Hochland yon Minas Gerais zum Paranahyba . Hnas no. regiao de Ipora. Min. e Met. Zeitschr. d. Gesellsch. f. Erdk, pags. 310-32:1 XLVIII(283): 11-15. - Berlim. HARRIS, P. G. (1968) Genesis of kimberlites. MAACK. R. (1968) - Diamante no tufito de Co- In 12 tho Annual Report on E''Cientific Results rorr.andel, Minas Gerais. Anais Acad. Bras. (Session 1966-1967), Un iv. Leeds, Res. Inst. Afr. Cienc., \.. 40 (S-uplemento). p. 85. Geol., Dept. Earth Sci .. pags, 26-29. MURTA, R. L. L. (1966) - 0 vulcanito leucitico HASUI, Y. (1967) - Geologia das rormacoes ere­ d e Sa cramento, MG. Bol , Inst. Geocienc. I taceas do oeste de Minas Gerais. Tese de Dou­ (1) : 13-20. trntv. Fed. Minas Gerais. toramento, E scola Politricnloa, Univ. de Sao Paulo. OLIVEIRA, F. P . de (1881) - Exploracao das mi­ HASUI, Y. (1968) - A Formacao Uberabn, Annis nas de galena do Ribeirao do Chumbo, arnuen­ XXII Con gr. Bras. Geol . (Belo Horizonte). No te do Abaete. Estudo da zona percorrida de prelo. Ouro Prete ate esse lugar. Anais Esc. Minas HASUI, Y. (1970) - 0 Cretaceo no oeste mineiro. Ouro Pretc, v. 1, pags, 39-105. Bol. Soc. Bras. Geol. No prelo. OPPENHEIM, V. (1934) - Estudo da zona dtaman­ HASUI, Y. e CORDANI, U. G. (1968) - Idades 1'0­ tifera do Rio Abaete, Estado de Minas Gerais. tassto-argcnlo de rochas eruptivas mesoz6icas do Div. Fom. Prod. Min.. Bol. 3, pags, 65-74. oeste mineiro e sui d e Golas. Anais XXII PORCHERON. H. (1903) - Sur les mines de dia­ Con gr. Bras. Geol. (Belo Horizonte). No prelo. mants de Agua Suja dans I'Etat de Minas HASUI, Y. - ELLERT, N. e DAMASCENO, E. C. Gerais. Rapport. Imp. Lecoq et Mathorel ­ (1969) - Nota sobre a mtrusao de Cetalao, GO. Paris. Anais Acad. Bras. Cleri c. No prelo. REAL, F. (1959) - Intrusces quimberliticas da HASUI, Y. e HA~-SANO, S. - (1968) - Indicio de Luanda - coritrfbuicao para 0 conhecimento do um novo foco de rochas alcalinas em Sao Go­ Karroo de Angola. Sen'. Geol. de Portugal, tarde, Estado de Minas Gernis. Anais Acad. Mem . 5 (serie nova). Bras. Cienc. 41(2) : 149-154. REIS, B. (1966) - Consideracoes sobre a aplica­ HUSSAK, E. (1891) - Noticia dos minerais das ~1io areias diamantiferas da Bagagem de Agua Suja. de metodos de prospeccao de estruturas Typ. da Cia . Edit. Fluminense - Rio d e Janeiro. quimberliticas, no nordeste de Luanda (Angola). Sen'. de Geol. e Minas de Angola, Bo!. 14, p. HUSSAK, E. (1906) - Uber diamantlager in Wes­ tern des Staates Minas Gerais und del' angren­ 49·60. zenden Staaten Sao Paulo und Goyaz, Brasilien. REIS, E. (1959) - Os grandes diamantes brasi­ Zeitschr, f. Prak. Geol., pags, 318-333. leiros. Div, Geol. Min ., Bo!. 191. D.N.P.M. ­ HUSSAK, E. (1906) - Uber das vorkommen von Rio de Janeiro. Palladium und Platin in Brasilien . Zeitschr. r. RELAT6RIO ANNUAL DO DIRECTOR - Anno Prakt. Geo!. 14. pags. 284-293. 1930 - 1931, Serv, Geol. Min .. pags. 29-31. KENNEDY. G. C. e NORDLIE, B. E. (1968) - The RELAT6RIO ANNUAL DO DIRECTOR - Anno genesis of diamond d eposits. Econ. Geol 63(5) : 1931 - 1932, Servo Geol. Min., pags. 73-75. 495-503. RIMANN, E. (1915) - Uber kimberlit and alnoit in KOSOLAPOVA, M. I. e KOSOLAPOV, A. 1. (1963) Brasilien. T'scherrn. Min. under Petro Mitteil. Chemical prospecting for kimberlite bodies. 33, 2, 244 bls, 262. Mining Mag. 109(1) : 9-13. RIMANN, E . (1915) - Zur geologie del' diamanten- LEITE, C. R. (1969) - Mineralogia e Crtstalo­ ftihrenden gebiete Brasililiens. Zeitschr. f. g rafia do diamante do Triangulo Mineiro. Tese Prakt. Geol. 23. pags, 168-169. de Doutoramento, Fac. Fi!. Cleric. Letras, Univ. Sao Paulo. RIMANN, E . (1917) - A kimberlita no Brasil. Anais Esc. Minas de Ouro Preto, nv 15, pags, LEONARDOS, O. H. (1956) - Recursos minerals 27-32. do Triangulo Mineiro. Eng. Min. Met. 24(140) : 71-77; 24(141): 133-142; 24(142) : 219-226. SANTOS', R . S. (1955) - Descrlc;iio dos peixes fos­ LEONARDOS, O. H. (1956) - Carbonatitos com seis, In ocorreneta de folhelho fossilifero ere­ tacico, no Municipio de Presldente Olegarto, apatita e pirocloro. Div. Fom. Prod. Min., Av. 80. D.N.P.M - Rio de Janeiro. Minas Gerais. m«, Geot. Min., Bol. 155, pags, 17-27. D.N.P.M - Rio de Janeiro. LEONARDOS, O. H . (1959) - Diamante. Eng. Min. Met. XXX(175): 5-8. SALDANHA. R. (1941) - 0 diamante Coromandel. Bot. FFCL, XXI. Min. 4, pags, 15-23. univ. LEONARDOS, O. H. e SALDANHA, R. (1939) ­ Diamante Darcy Vargas e outros grandes dia­ Sao Paulo. mantes brasileiros. nor, FFCL, XVIII, Miner. 3, WYLLIE, P. J . (editor) - (1967) - Ultramafic and p. 3-27. Univ. Sao Paulo. related rocks. John Wiley & Sons. LISBOA, M. A. R. (1906) - Ocorrencia de seixos WYLLIE. P. J. (1969) - The origin of Ultramafic facetados no Planalto Central do Brasil. An. Esc. and ultrabasic rocks. Tectonophysics 7 (5 e de Minas de Ouro Preto, nv 8, pags. 23-74. 6): 437-455. Elsevier, Amsterdam.