Patos De Minas (MG), Um Olhar
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ANDRÉ VELLOSO MAGRINI Análise sobre a dinâmica das cidades médias: Patos de Minas (MG), um olhar. Uberlândia – MG 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA ANDRÉ VELLOSO MAGRINI Análise sobre a dinâmica das cidades médias: Patos de Minas (MG), um olhar. Monografia apresentada ao Curso de Bacharelado em Geografia do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia, como requisito parcial à obtenção do título de bacharel em Geografia. Orientadora: Profa. Dra. Beatriz Ribeiro Soares Uberlândia – MG 2008 André Velloso Magrini Análise sobre a dinâmica das cidades médias: Patos de Minas (MG), um olhar. Uberlândia, 18 de Dezembro de 2008. Banca Examinadora: _________________________________________ Prof. Dr. William Rodrigues Ferreira (IGUFU) _________________________________________ Prof. Dr. Nágela Aparecida de Melo (IGUFU) _________________________________________ Profª. Dra. Beatriz Ribeiro Soares (IGUFU) - Orientadora À minha família e, principalmente, aos meus pais, os verdadeiros responsáveis pelo meu crescimento pessoal e profissional. AGRADECIMENTOS Agradeço, primeiramente, à orientadora Profª. Beatriz Ribeiro Soares pela competência, paciência e apoio dispensados no desenvolvimento deste trabalho. À Mizmar, pelo o suporte dado a mim e a todos os alunos ao longo do curso de graduação em Geografia da UFU, bem como aos professores dessa instituição que tanto contribuíram para o meu crescimento pessoal e profissional. A todos os amigos que me acompanham e estão sempre na torcida pelo meu sucesso, participando comigo dos momentos felizes e também dos momentos difíceis. Em especial, à minha família: aos meus irmãos, Renato e Luiza, aos meus pais, Magrini e Laura, e à minha maior e incondicional companheira, Luana, por serem as pessoas mais importantes da minha vida. Por fim, agradeço a todos que de maneira direta ou indireta contribuíram para que essa pesquisa fosse realizada com sucesso. “Você deve ser a mudança que gostaria de ver no mundo .” Mahatma Gandhi RESUMO O presente estudo aborda a questão da dinâmica das cidades de médio porte dando destaque para a cidade de Patos de Minas/MG. Apresenta um contexto histórico que justifica a movimentação das cidades e seus acessos durante muitos anos, informando o quanto a industrialização foi significativa para que determinadas cidades se destacassem desde então. Menciona também a criação de políticas públicas que sustentaram interesses promovendo o progresso, mas que também comprometeram centros em seu desenvolvimento, atrasando sua economia e represando sua produção. Relata também a questão da urbanização já que a mesma é responsável pela organização da cidade, implicando, inclusive, em seu desenvolvimento social, condições de infra-estrutura, índices de violência dentre outros. A cidade de Patos de Minas se destaca hoje no cenário nacional como pólo detentor de índices importantes para o desenvolvimento da região do Alto Paranaíba sendo a 16° cidade do estado em população. O presente estudo constatou que as cidades médias têm a função de intermediação e articulação com as grandes cidades e demais regiões sendo de suma importância para que o progresso aconteça e permaneça, facilitando procedimentos na economia que sustenta empregos e garante qualidade de vida ao trabalhador. Patos de Minas é uma cidade com boa infra-estrutura, tem atrativos culturais e uma história que lhe garante referências politicamente importantes que a fazem também respeitada no cenário nacional. Palavras-chave: cidades médias, Patos de Minas/MG, pólo regional, centro regional, dinâmica sócio-espacial. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 01. Mapa de localização do Município de Patos de Minas – MG 14 Figura 02. Descoberta da Urna Funerária na Fazenda de Contendas, Distrito de Santana. 27 1999 Figura 03. Descoberta da Urna Funerária na Fazenda de Contendas, Distrito de Santana. 27 1999 Figura 04. Avenida Paracatu, em 1929 29 Figura 05. Avenida Getúlio Vargas, no final da década de 1940 30 Figura 06. Avenida Getúlio Vargas, na década de 1960 31 Figura 07. Foto aérea da Avenida Getúlio Vargas e entorno, na década de 1970 31 Figura 08. Gráfico da evolução da ocupação em Patos de Minas por período e situação 32 de domicílio Figura 09. Mapa da evolução da ocupação no Município de Patos de Minas – MG 33 Figura 10. Patos de Minas: Rua Major Gote 35 Figura 11. Vista panorâmica de Patos de Minas 37 Figura 12. Mapa da Mesorregião do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba e Microrregião 38 de Patos de Minas – MG Figura 13. Mapa da Bacia do Rio Paranaíba 39 Figura 14. Mapa da malha viária do Município de Patos de Minas – MG 42 Figura 15. Avenida Major Gote 43 Figura 16. Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM) 44 Figura 17. Sociedade de Ensino Superior de Patos de Minas (SESPA) 45 Figura 18. Faculdade de Patos de Minas (FPM) 46 Figura 19. Praça do Coreto 47 Figura 20. Vista aérea da Avenida Getúlio Vargas 48 Figura 21. Vista aérea do bairro Alto Caiçaras 48 Figura 22. Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba: hierarquia urbana, 2001 52 Figura 23. Mapa dos fluxos entre cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba 53 LISTA DE TABELAS Tabela 01. Hierarquia das cidades médias mineiras, 1999. 22 Tabela 02. População residente por situação de domicílio e período 32 Tabela 03. Relação da malha viária microrregional. 40 Tabela 04. Participação dos municípios por tamanho no PIB e na população nacional 48 (Em porcentagem) Tabela 05. Crescimento populacional e do Produto Interno Bruto (PIB) por faixa de 48 tamanho dos municípios (2002-2005) (Em porcentagem) SUMÁRIO INTRODUÇÃO 11 CAPÍTULO I - PATOS DE MINAS: CONTEXTO HISTÓRICO E PROCESSO DE 16 URBANIZAÇÃO 1.1 – O processo de urbanização e as transformações ocorridas nas cidades 16 brasileiras 1.2 – As cidades médias brasileiras de Minas Gerais 19 1.3 – O processo de ocupação de Minas Gerais e da Mesorregião do Triângulo 23 Mineiro e Alto Paranaíba (MTMAP) 1.4 – A evolução da ocupação no Município de Patos de Minas (MG) 26 1.5 – Transformações no espaço urbano de Patos de Minas (MG) 33 CAPÍTULO II - A CIDADE, SEU ESPAÇO E SUA INFRA-ESTRUTURA 35 2.1 – Patos de Minas 35 2.2 – Infra-Estrutura 40 2.3 – A situação das cidades médias 48 CAPÍTULO III - CONTEXTUALIZANDO A DINÂMICA DAS CIDADES DE 50 MÉDIO PORTE CONSIDERAÇÕES FINAIS 56 REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS 58 INTRODUÇÃO A passagem de uma sociedade fundamentada na vida e na produção agrária para o modelo urbano-industrial no Brasil ocorre no contexto das transformações internas e externas das primeiras décadas do século XX. Antes dos anos 30, a forte migração internacional já dava as primeiras contribuições para alterações mais profundas no mercado de trabalho e nas relações sociais que se darão durante o Estado Novo. Neste momento, as migrações internas começam a protagonizar os movimentos populacionais mais importantes do país, refletindo uma integração maior do mercado de trabalho nacional, pela oferta de oportunidades de trabalho nos crescentes centros urbanos. Na década de 1930, novas condições políticas e organizacionais permitem que a industrialização conheça, de um lado, uma nova impulsão, vinda do poder público e, de outro, comece a permitir que o mercado interno ganhe um papel de uma nova lógica econômica e territorial. A partir dos anos 1940-1950, é essa lógica da industrialização que prevalece. Santos (1996, p. 30) refere-se ao termo industrialização em sua mais ampla significação O termo industrialização não pode ser tomado, aqui, em seu sentido estrito, isto é, como criação de atividades industriais nos lugares, mas em sua mais ampla significação, como processo social complexo, que tanto inclui a formação de um mercado nacional, quanto os esforços de equipamento do território para torná-lo integrado. Daí em diante, como conseqüência dessa nova base econômica, tem-se o crescimento demográfico sustentado das cidades médias e maiores, incluídas as capitais de estados. Aliado a esse crescimento demográfico, o crescimento da industrialização e as alterações na economia do país, ocorridos a partir da década de 1950, resultaram em modificações na organização social, como o crescimento dos centros urbanos e a integração do território pelas redes de transportes e comunicações. De forma simplificada, pode-se dizer que as políticas de desenvolvimento regional, a partir dos meados da década de 1950, procuraram fortalecer a integração do mercado nacional e equilibrar, espacialmente, o desenvolvimento econômico. Apesar dos esforços, o eixo São Paulo-Rio e, posteriormente, a Região Econômica de São Paulo, transformaram-se, cada vez mais, em centro econômico e o resto do país em periferia, impulsionados pelo excedente de 12 produção do café no Estado de São Paulo. As políticas regionais conseguiram se traduzir na canalização de recursos federais para o Norte e Nordeste, embora seus impactos sobre a re- distribuição espacial de atividades econômicas tenham sido muito abaixo do esperado. Até 1970, o processo de desenvolvimento econômico do Brasil caminhou para uma concentração, principalmente, na Área Metropolitana de São Paulo (AMSP). Houve então um processo de concentração industrial na região da grande São Paulo que fez com que o estado atingisse o status de grande centro econômico do Brasil e, assim, recebesse os maiores fluxos migratórios. No início da década de 1970, o processo de reversão da polarização começa a se desenvolver. Em uma primeira etapa do processo, há uma relativa dispersão da produção industrial para o Brasil como um todo, como conseqüência das deseconomias dos custos de aglomeração na AMSP (transporte) e as políticas