Aplicação Dos Sistemas De Informação Geográfica Ao Turismo Na Natureza: Concepção De Percursos Pedestres Para O Concelho De Lamego
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UNIVERSIDADE DE LISBOA INSTITUTO DE GEOGRAFIA E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO APLICAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA AO TURISMO NA NATUREZA: CONCEPÇÃO DE PERCURSOS PEDESTRES PARA O CONCELHO DE LAMEGO Bruno Manuel da Silva Osório MESTRADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA E MODELAÇÃO TERRITORIAL APLICADOS AO ORDENAMENTO 2010 i UNIVERSIDADE DE LISBOA INSTITUTO DE GEOGRAFIA E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO APLICAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA AO TURISMO NA NATUREZA: CONCEPÇÃO DE PERCURSOS PEDESTRES PARA O CONCELHO DE LAMEGO Bruno Manuel da Silva Osório MESTRADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA E MODELAÇÃO TERRITORIAL APLICADOS AO ORDENAMENTO Dissertação orientada pelo Prof. Doutor Eusébio Joaquim Marques dos Reis 2010 ii Quem quis, sempre pôde. Luís de Camões (c. 1524-1580) iii APLICAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA AO TURISMO NA NATUREZA: CONCEPÇÃO DE PERCURSOS PEDESTRES PARA O CONCELHO DE LAMEGO Bruno Manuel da Silva Osório Resumo Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) favorecem claramente os estudos com carácter multidisciplinar. Neste contexto, o Turismo constitui uma das temáticas em que a aplicação dos SIG se encontra em franco crescimento, decorrente das vantagens de análise e de integração de informação diferenciada. O sector turístico tem conhecido recentemente uma forte diversificação de oferta de produtos, como consequência do novo paradigma de turista, que procura mais do que o repouso e a diversão; a emoção, a sensação e a adrenalina também suscitam novos interesses e motivações. Nesse âmbito, o pedestrianismo é uma das actividades com maior difusão no Turismo baseado na Natureza, pois não obriga a infra-estruturas complexas e/ou dispendiosas. Os percursos pedestres utilizam as vias de uma área geográfica e são, muitas vezes, criados somente com base na análise cartográfica e/ou trabalho de campo, abstraindo-se dos recursos turísticos disponíveis. O presente estudo procurou adicionar a componente turística na definição de percursos, fundamentada numa metodologia em SIG que identifica a valia turística de cada um dos troços da rede viária com base num conjunto de parâmetros. O concelho de Lamego constituiu o território de aplicação da metodologia pelo seu potencial turístico, consequência do importante património histórico-cultural e natural. A apresentação de resultados constou de duas formas: i) cálculo da distribuição do valor turístico acumulado das vias circunvizinhas das sedes de freguesia, de modo a compreender a disposição dos recursos turísticos; ii) definição dos vários percursos pedestres que incorporam o benefício da presença de relevantes recursos turísticos. Palavras-chave: SIG; Turismo na Natureza; Pedestrianismo; Valor turístico; Planeamento iv APPLICATION OF GEOGRAPHIC INFORMATION SYSTEMS TO NATURE-BASED TOURISM: CONCEIVING PEDESTRIAN PATHS FOR THE MUNICIPALITY OF LAMEGO Bruno Manuel da Silva Osório Abstract Geographic Information Systems (GIS) clearly favour multidisciplinary studies. In this context, tourism is one of the themes in which GIS‟ application is growing fast, due to the advantages of analysis and integration of differentiated data. The tourism sector has recently been experiencing a strong diversification of product offer as a result of the new paradigm of tourists, who seek more than just rest and recreation; emotion, sensations and adrenaline also raise new interests and motivations. In this perspective, hiking is one of the nature-based tourism activities with greater increase, as it does not require complex and/or expensive infrastructures. Pedestrian paths employ the road network of a given geographic area and are very often created only on the basis of cartographic analysis and/or field work, disregarding the availability of tourism resources. The present study has sought to add the tourism component in the definition of paths grounded on a GIS methodology that identifies the tourism value of each track of the road network based on a set of parameters. The municipality of Lamego was the area chosen for the application of the methodology due to its tourism potential, an outcome of its historical, cultural and natural heritage. The results were presented in two ways: i) calculation of the distribution of the accumulated tourism value of the municipality‟s districts surrounding roads, in order to understand the arrangement of tourism resources; ii) definition of the different hiking paths that incorporate the benefit of existing tourism resources. Keywords: GIS; Nature-based Tourism; Hiking; Tourism value; Spatial planning v Índice Geral Resumo ........................................................................................................................... iv Abstract ........................................................................................................................... v Índice Geral .................................................................................................................... vi Índice de Figuras ......................................................................................................... viii Índice de Quadros .......................................................................................................... ix Lista de Abreviaturas ..................................................................................................... x Agradecimentos ............................................................................................................. xi 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 1 2. NATUREZA DO TURISMO ..................................................................................... 4 2.1 – Conceito e importância ........................................................................................ 4 2.2 – Efeitos e planeamento .......................................................................................... 7 2.3 – Turismo na Natureza e Pedestrianismo ............................................................. 10 3. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA E TURISMO ........................ 16 3.1 – Conceitos essenciais dos SIG ............................................................................ 16 3.2 – Aplicação dos SIG ao Turismo. Exemplos da sua aplicação no Turismo na Natureza ...................................................................................................................... 21 4. CASO DE ESTUDO: CONCEPÇÃO DE PERCURSOS PEDESTRES NO CONCELHO DE LAMEGO ....................................................................................... 26 4.1 – Área de aplicação: o concelho de Lamego ........................................................ 26 4.1.1 – Caracterização histórica .............................................................................. 26 4.1.2 – Caracterização geográfica e demográfica ................................................... 27 4.1.3 – Caracterização económica, acessibilidades e potencialidade da actividade turística ................................................................................................................... 30 4.1.4 – Justificação da escolha ............................................................................... 34 4.2 – Metodologia ....................................................................................................... 35 4.2.1 – Conceptualização teórica ............................................................................ 35 4.2.2 – Aquisição e integração da informação em SIG .......................................... 36 4.2.2.1 – Recursos turísticos ............................................................................... 39 vi 4.2.2.2 – Rede viária ........................................................................................... 45 4.2.2.3 – Altimetria e localidades ....................................................................... 47 4.3 – Análise SIG dos temas cartográficos ................................................................. 50 4.3.1 – Critérios para a definição dos percursos ..................................................... 52 4.3.2 – Análise SIG propriamente dita ................................................................... 55 4.4 – Análise de redes e geração de resultados ........................................................... 65 4.4.1 – Distribuição do Valor Médio Unitário ponderado pelo Declive ................ 67 4.4.2 – Obtenção de percursos pedestres ................................................................ 72 4.5 – Contributo das bacias de visão na definição dos percursos pedestres ............... 77 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 81 Bibliografia .................................................................................................................... 84 vii Índice de Figuras Figura 1 – Sinalética dos Percursos Pedestres ................................................................ 14 Figura 2 – Relacionamento dos SIG com outros sistemas de informação ..................... 16 Figura 3 – Localização do município de Lamego no território continental ................... 28 Figura 4 – Taxa de variação da população para os anos 1991-2001, por freguesia ....... 30 Figura 5 – Principais vias de acesso ao concelho de Lamego ........................................ 32 Figura 6 – Lamego no Pólo de Desenvolvimento Turístico do Douro (PDTD) ............. 34 Figura 7 – Idealização do projecto ................................................................................