The Efficacy of Three Hand Asepsis Techniques Using Chlorhexidine Gluconate (Chg 2%)
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A RTIGO Eficácia de três métodos de degermação das mãos utilizando gluconato de clorexidina O degermante (GCH 2%) RIGINAL THE EFFICACY OF THREE HAND ASEPSIS TECHNIQUES USING CHLORHEXIDINE GLUCONATE (CHG 2%) EFICACIA DE TRES MÉTODOS DE DESINFECCIÓN DE LAS MANOS UTILIZANDO GLUCONATO DE CLORHEXIDINA ANTISÉPTICA (GHC 2%) Érika Rossetto da Cunha1, Fabiana Gonçalves de Oliveira Azevedo Matos2, Adriana Maria da Silva3, Eutália Aparecida Cândido de Araújo4, Karine Azevedo São Leão Ferreira5, Kazuko Uchikawa Graziano6 RESUMO ABSTRACT RESUMEN A degermação cirúrgica das mãos e dos The scrubbing of hands and forearms using La desinfección quirúrgica de manos y an- antebraços é um procedimento que inte- anti septi c agents has been the standard pre- tebrazos es un procedimiento que integra gra as ati vidades de paramentação cirúr- operati ve procedure to prevent surgical site las acti vidades prequirúrgicas como me- gica como uma medida de prevenção de infecti on. With the introducti on of anti sep- dida de prevención contra infección del infecção do síti o cirúrgico. Com o advento ti c agents, the need to use brushes for pre- siti o quirúrgico. Con el advenimiento de la dos princípios anti ssépti cos degermantes, operati ve disinfecti on has been questi oned anti sepsia desinfectante, se cuesti ona y se a necessidade do uso de escovas para a and it has been recommended that the pro- recomienda dejar de lado el uso de cepillos degermação cirúrgica tem sido questi ona- cedure be abandoned due to the injuries it debido a lesiones provocadas en piel. Para da e recomendado o abandono deste uso may cause to the skin. With the purpose to fundamentar la efi cacia de la técnica de devido às lesões provocadas na pele. Com provide the foundati ons for the effi cacy of desinfección quirúrgica sin uso de cepillos a fi nalidade de fundamentar a efi cácia da pre-operati ve asepsis without using brushes ni esponjas, se objeti va evaluar tres mé- técnica da degermação cirúrgica sem o uso or sponges, the objecti ve of this study was todos de desinfección quirúrgica, usando de escovas ou esponjas, o objeti vo deste to evaluate three methods of pre-operati ve la fórmula desinfectante de gluconato de estudo foi avaliar três métodos para deger- asepsis using an anti microbial agent contain- clorhexidina-GHC 2% con cepillo, con es- mação cirúrgica uti lizando a formulação ing chlorhexidine gluconate – CHG 2%; hand- ponja y sin adminículos. Fueron evaluados degermante de gluconato de clorexidina – scrubbing with brush (HSB), hand-scrubbing 29 profesionales de salud, usándose el mé- GCH 2%: com escova, com esponja e sem with sponge (HSS), and hand-rubbing with todo de caldo de guante para recolección artefato. Foram avaliados 29 profi ssionais the anti septi c agent (HRA) only. A compara- de microorganismos antes y después de da saúde, uti lizando o método de caldo de ti ve crossover study was carried with 29 cada método probado. El análisis estadís- luva para coleta de micro-organismos an- healthcare providers. Anti microbial effi cacy ti co no comprobó diferencias signifi cati vas tes e depois de cada método testado. As was measured using the glove-juice method en la reducción microbiana entre los tres análises estatí sti cas comprovaram não ha- before and aft er each tested method. Sta- métodos (p=0,148), lo que teóricamente ver diferenças estatí sti cas signifi cantes na ti sti cal analyses showed there were no sig- descarta la necesidad del uso de cepillos y redução microbiana entre os três métodos nifi cant diff erences regarding the number of esponjas para desinfección de manos. analisados (p=0,148), o que teoricamente colony-forming units when comparing HRA, descarta a necessidade da conti nuidade do HSB, and HSS techniques (p=0.148), which uso de escovas e esponjas para a realização theoreti cally disregards the need to conti nue da degermação das mãos. using brushes or sponges for hand asepsis. DESCRITORES DESCRIPTORS DESCRIPTORES Lavagem de mãos Handwashing Lavado de manos Clorexidina Chlorhexidine Clorhexidina Controle de infecções Infecti on control Control de infecciones Infecção da ferida operatória Surgical wound infecti on Infección de herida operatória Enfermagem perioperatória Perioperati ve nursing Enfermería perioperatoria 1 Enfermeira. Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. [email protected] 2 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Membro do Grupo de Pesquisas “Controle de Infecção Relacionada com Procedimentos da Assistência”. Professora Assistente da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Cascavel, PR, Brasil. [email protected] 3 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Membro do Grupo de Pesquisas “Controle de Infecção Relacionada com Procedimentos da Assistência”. Ribeirão Preto, SP, Brasil. [email protected] 4 Bolsista ProDoc/ CAPES do Programa de Pós-Graduação Enfermagem na Saúde do Adulto da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (In Memorian). 5 Enfermeira. Doutora em Enfermagem na Saúde do Adulto pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Professora do Mestrado em Enfermagem da Universidade Guarulhos. Pesquisadora do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo da Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. [email protected] 6 Professor Titular do Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. [email protected] Rev Esc Enferm USP Recebido: 25/05/2010 Efi cácia de três métodos de degermaçãoPortuguês das mãos / Inglês 2011; 45(6):1440-5 Aprovado: 15/03/2011 utilizando gluconato de clorexidina degermantewww.scielo.br/reeusp (GCH 2%) 1440 www.ee.usp.br/reeusp/ Cunha ER, Matos FGOA, Silva AM, Araújo EAC, Ferreira KASL, Graziano KU INTRODUÇÃO ra o procedimento da degermação cirúrgica das mãos e antebraços, optamos pelo desenvolvimento do presente As infecções hospitalares representam um problema estudo, que visa comparar a efi cácia de três técnicas de tanto no Brasil quanto no mundo e consti tuem um risco degermação das mãos na redução da carga microbiana à saúde dos usuários dos serviços hospitalares. As infec- usando formulação degermante de gluconato de clorexi- ções pós-operatórias, denominadas atualmente como dina – GCH 2%: fricção com escovas descartáveis, fricção infecções do síti o cirúrgico (ISC), consti tuem uma parcela com esponja e fricção sem artefato. signifi cati va no total de todas essas infecções, sendo con- siderada a segunda principal causa dessas infecções(1). Sua MÉTODO prevenção e controle dependem da adesão dos profi ssio- nais da área da saúde às medidas preventi vas. População de estudo Dentre as práti cas para a prevenção das ISC, a deger- Inicialmente foram recrutados 32 profi ssionais da área mação das mãos e antebraços da equipe cirúrgica, como da saúde, voluntários, que atendiam os seguintes critérios preparo pré-operatório, teve sua origem quando Ignaz de inclusão: não fazer uso habitual de anti ssépti cos de- Semmelweis, em 1847, preconizou o uso de germicida pa- germantes na sua ati vidade diária para não haver efeitos ra a lavagem das mãos antes de examinar as parturientes. cumulati vos ou residuais de qualquer princípio ati vo anti s- Por volta de 1860, Joseph Lister introduziu os princípios sépti co e parti cipar do treinamento prévio da técnica de da assepsia na práti ca dos procedimentos cirúrgicos, dimi- degermação das mãos e antebraços por meio de ensino nuindo substancialmente a morbidade nos formal teórico-práti co usando um fi lme ela- pacientes em período pós-operatório(2-3). Apesar de haver borado pelas autoras (TV e vídeo). O cuidado com a degermação cirúrgica inúmeros estudos Foram excluídos os voluntários que esti - das mãos e antebraços é justi fi cado pela taxa internacionais que vessem fazendo uso de anti bióti cos ou fárma- de perfuração das luvas ao fi nal da cirurgia de cos similares (tópico ou sistêmico) duas sema- 18%, sendo que em mais de 35% dos casos contra-indicam a utilização de artefatos nas antes ou durante o período da coleta dos essas perfurações não são percebidas pelos dados; os que referiram sensibilidade previa- cirurgiões, além do fato de algumas luvas se- para a realização (4-5) mente conhecida ao GCH; os que apresenta- rem permeáveis a bactérias . Inicialmente da degermação das ram lesões de pele das mãos e/ou antebraços; e por muito tempo, na técnica da degerma- mãos, os estudos os que não conseguiram reproduzir a técnica ção das mãos e antebraços preconizou-se a encontrados avaliaram dentro do procedimento padronizado e os escovação com água morna e sabão neutro, que não conseguiram completar o estudo. seguida de sua imersão em solução anti ssép- a efi cácia de métodos ti ca de álcool iodado e depois em álcool(6). mecânicos e químicos Protocolo de degermação das mãos Todavia, o desconforto e o risco de lesões da degermação das cutâneas provocados pela escovação podem mãos com a solução de A técnica padronizada de degermação foi a levar o profi ssional a reduzir o tempo de es- gluconato de clorexidina mesma para os três métodos em teste. Ela foi covação, diminuindo o tempo de contato en- a 4% e não a 2%. aplicada na mão dominante devido à crença tre o anti ssépti co e a área a ser degermada, de que a habilidade motora da mão não-do- podendo comprometer o processo de redu- minante é diminuída e, portanto, desenvolve ção da carga microbiana. Com o advento das a investi gação dentro do pior cenário. Cada soluções degermantes anti -sépti cas, os efeitos adversos da voluntário realizou os três métodos de degermação, sendo o escovação puderam ser minimizados por meio da abolição primeiro método defi nido por sorteio no momento do início do procedimento de escovação, optando-se pela fricção de da coleta de dados.