Faraon De Jerzy Kawalerowicz: O Drama Do Poder. Quando O Presente E O Passado Se Cruzam
1 Faraon de Jerzy Kawalerowicz: o drama do poder. Quando o presente e o passado se cruzam. José das Candeias Sales Universidade Aberta; CHUL «O filme possui um movimento que lhe é próprio e cabe ao estudioso identificar o seu fluxo e refluxo. É importante, portanto, para que possamos apreender o sentido produzido pela obra, refazer o caminho trilhado pela narrativa e reconhecer a área a ser percorrida a fim de compreender as opções que foram feitas e as que foram deixadas de lado no decorrer de seu trajeto.» Morettin, 2003, 38, 39. «No mi interessa definire la vita, preferisco una riflessione sulla vita. Questa è la base della mía produzione artística, ogni film debe essere una proposta per meditare.» «Intervista com Jerzy Kawalerowicz» in Filmcritica Illustrata, nº 165, 1966, 179. «Me interesaba mostrar el drama del poder en el contexto del drama de la vida.» «Conversaciones con Jerzy Kawalerowicz» in Pérez Millán, Zawislinski, Dipont, 2005, 68. O tratamento cinematográfico do passado é, simultaneamente, um trabalho de uniformização e simplificação desse passado e uma leitura do presente ditada pelas condicionantes ideológicas, políticas, históricas, estéticas, económicas, etc., próprias do momento da sua elaboração. No cinema histórico como na História, a reflexão sobre o passado faz-se sempre a partir do presente, com a informação, as teorias, as metodologias e as problemáticas disponíveis. A «matéria-prima» do passado proporciona-se, assim, a uma popularização dos seus cenários, personagens e tramas, com maior ou menor obediência aos critérios da factualidade histórica, e permite, de forma mais assumida ou mais subliminar, transmitir mensagens, esboçar percepções, consolidar perspectivas.
[Show full text]