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FACULTAD DE FILOSOFÍA Y LETRAS DEPARTAMENTO DE LINGÜÍSTICA GENERAL, LENGUAS MODERNAS, LÓGICA Y FILOSOFÍA DE LA CIENCIA, TEORÍA DE LA LITERATURA Y LITERATURA COMPARADA PROGRAMA DE DOCTORADO “LITERATURA EUROPEA: PERSPECTIVAS TEÓRICO-CRÍTICAS EN EL ESTUDIO COMPARADO DE UN SISTEMA TRANSCULTURAL” MATERIA “LITERATURA COMPARADA, LITERATURA EUROPEA” TESIS DOCTORAL “Definição do «eu» nos romances Alegria Breve, Para Sempre, Até ao Fim e Cartas a Sandra de Vergílio Ferreira” Presentada por: Ana Catarina Coimbra de Matos Dirigida por: Dra. Filipa Maria Valido Viegas de Paula Soares Dr. Tomás Albaladejo Mayordomo Madrid, noviembre de 2015. 0 1 Tesis para la obtención del título de Doctor por la Universidad Autónoma de Madrid presentada por la Licenciada Dª. Ana Catarina Coimbra de Matos bajo la dirección de la Doctora Dª. Filipa Maria Valido Viegas de Paula Soares, Contratada Doctora del área de Filología Portuguesa de la Universidad Autónoma de Madrid y del Doctor D. Tomás Albaladejo Mayordomo, Catedrático de Teoría de la Literatura y Literatura Comparada de la Universidad Autónoma de Madrid. Madrid, noviembre de 2015. 2 3 AGRADECIMENTOS 9 RESUMO 11 RESUMEN 15 INTRODUÇÃO 20 CAPÍTULO I: O ROMANCE 1. A evolução do romance 38 2. O romance do século XX 40 3. O romance do século XX em Portugal 46 4. O romance de Vergílio Ferreira 51 4.1. A evolução do romance vergiliano 54 4.2. Narrativa lírica e de reflexão 63 4.3. O leitor – criador de sentido 70 4.4. Tema da vida 77 CAPÍTULO II: TEMPO, ESPAÇO, AÇÃO E NARRAÇÃO 1. Significação dos títulos na totalidade da vida e na obra 84 2. Tempo eterno 91 2.1. Entardecer e o recomeço no novo dia 98 2.2. Noite até ao recomeço da manhã 105 2.3. A tarde, a noite, não se instala, não arrefece 109 2.4. O duro recomeço do amanhecer 114 3. Espaço da solidão 122 3.1. A neve na terra das origens 127 3.2. A capela dos horizontes do sentir 131 3.3. A casa da memória 144 3.4. Renovação cíclica da paisagem 146 4. Ação lenta de presente vs Ação frenética da mente 152 4.1. O enterro e a Alegria Breve 154 4.2. O velório Até ao Fim 161 4.3. O regresso Para Sempre 163 4.4. A escrita de Cartas a Sandra 167 4 5. Narração da memória transfigurada 177 5.1. O divino na narrativa: real ou imaginário? 178 5.2. A escrita - fragmentos de uma totalidade 183 5.3. Desordem a ordenar 186 5.4. Presença do real, irreal ou divino 190 5.5. Memória, imaginação ou divino 198 CAPÍTULO III: O “EU” NO MUNDO EXTERIOR E NO MUNDO INTERIOR O protagonista 205 1. O “EU” COMO FILHO 1.1. Ausência de mãe e passividade do pai 216 1.2. Infância infeliz 217 1.3. A mãe substituída 226 Tia Felismina 226 Tina 226 Tia Joana e tia Luísa 229 2. O “EU” NA SUA RELAÇÃO HOMEM – MULHER a. Dificuldade de relacionamento com o feminino 230 b. Desenvoltura sexual 233 c. Mistério da fé através do amor 236 2.1. Relação intelectual – EMA (AB) 237 2.2. Relação de conceção - VANDA (AB) 240 2.3. Relação de companhia – ÁGUEDA (AB) 253 2.4. Relação idealizada – ORIANA (AAF) 263 2.5. Relação de desunião – FLORA (AAF) 269 2.6. União serena – CLARA (AAF) 275 2.7. Ato sexual – ADELAIDE (PS) 277 2.8. Relação de conveniência – DEOLINDA (PS) 278 2.9. Relação amorosa – SANDRA (PS) 280 2.10. Relação imaginária – DEOLINDA (CS) 285 2.11. Relação de comunhão – SANDRA (CS) 286 2.11.1. Perspetiva externa (da filha) 286 2.11.2. Perspetiva interna (do protagonista) 291 5 3. O “EU” COMO PAI 3.1. A conceção de um filho 321 3.2. Gravidez procurada 322 3.3. Ausência da paternidade 324 3.4. Filho não desejado 329 3.5. Mãe fria, distante 332 3.6. Paternidade imposta 335 3.7. Rejeição por parte do filho 344 3.8. Gravidez aceite 347 3.9. Rejeição por parte da filha 348 3.10. Nascimento desejado 349 3.11. Ainda ausência de pai, papel (in)ativo 350 4. O “EU” COMO INDIVÍDUO 4.1. Sofredor, triste 4.1.1. Sofro tanto, cansaço profundo 353 4.1.2. Estou fatigado, minha melancolia não cessa 361 4.1.3. Sofri, vivi; uma vaga de saudade 363 4.1.4. Fica a mágoa que se aceita; a tristeza apaziguada no cansaço 366 4.2. Sozinho, só 373 4.2.1. Difícil estar só 374 4.2.2. A sós contigo 378 4.2.3. Estás só - inteireza da tua solidão 379 4.2.4. Aprender a estar só 381 4.3. Pensativo, calado 385 4.3.1. Ouço o silêncio – a vida vai largando mil questões pelo caminho 387 4.3.2. De novo o silêncio e a interrogação 402 4.3.3. O silêncio dentro de mim - interrogação do silêncio 405 4.3.4. Pensar em ti 410 4.4. Crente A representação do divino na ficção de Vergílio Ferreira 419 4.4.1. Dificuldade em aceitar a morte 421 4.4.2. Mortos dormem 423 4.4.3. Inevitabilidade da vida: corpo e mente 426 Quem estou? 435 6 Milagre de eu ser 436 Penso e sinto 438 Eu sou eterno 439 4.4.4. Após a morte, o recomeço 440 4.4.5. Crê na vida 441 4.4.6. Espaço aberto ao sem fim 449 4.4.7. Relação direta ao céu 452 4.4.8. Voz interior 453 4.4.9. Voz dos que partiram 456 4.4.10. Crença religiosa ou mística 462 4.4.11. Vida antes e depois 466 4.4.12. Presença / Aparição 468 4.4.13. Existência 471 4.4.14. Milagre da vida 476 4.4.15. “Eu” morto ou vivo 477 4.4.16. Ser mortal e eterno 481 CONCLUSÃO 483 CONCLUSIÓN 502 BIBLIOGRAFIA 521 7 Dedico aos meus pais, 8 AGRADECIMENTOS Agradeço à minha orientadora e amiga, Exmª Senhora Professora Doutora Filipa Maria Valido Viegas de Paula Soares, por quem eu tenho grande estima e admiração, por todos os conselhos pessoais e profissionais, pela confiança que sempre depositou em mim, pelo apoio incondicional e pela atenção extrema que dedicou a esta tese. Ao meu orientador Exmº Senhor Professor Doutor Tomás Albaladejo Mayordomo, Catedrático de Teoria Literária, as aulas de Literatura Europeia que cimentaram a perspetiva teórica da tese, a confiança que depositou no meu trabalho ao longo do doutoramento, a atenção sempre que necessitei e os sábios conselhos. Ao Exmº Senhor Professor Doutor Francisco Javier Rodríguez Pequeño pela ajuda, disponibilizando bibliografia. Ao diretor de Departamento, Exmº Senhor Professor Doutor Théophile Ambandiang, pela preocupação e pelo apoio nesta fase final. À Paloma Sánchez pelo incentivo e palavra amiga. À minha Exmª Senhora Professora Isabel Marques que sempre me apoiou nos estudos e pessoalmente, me motivou para a literatura, e que, conhecendo-me tão bem, me deu ideias certeiras na escolha do tema da tese, por me recomendar e disponibilizar bibliografia, pelas suas palavras amigas e ajuda preciosa. Ao meu querido marido pela paciência, ajuda, compreensão e amor, por ter sempre “colo” para mim nos momentos de mais exaustão, não me deixando ficar para trás, seguindo o caminho da vida unidos. Aos meus filhos lindos, Bruno, Catarina e Beatriz, e sobrinho companheiro, André, pelo cuidado e carinho, e a todos e ao pequenino António pela paciência de uma espera longa. Aos meus pais, Maria Ana e António, agradeço, profundamente, o apoio sempre incondicional e respeito pelas minhas decisões, dando uma ajuda preciosa para a organização de uma vida pessoal e profissional cheia de frentes e sem a qual seria impossível a minha realização pessoal. Aos meus irmãos, Margarida, Bruno e Raquel, cunhados e sogros, Lourdes e Santiago, cuja ajuda com os meus filhos me permitiu dispor de um tempo valioso para a redação da minha tese. 9 Às minhas amigas, Margarida, Mafalda, Mónica e Isabel pelas palavras de confiança, incentivo e carinho, pela ajuda que me deram nesta fase final. Um especial obrigado à minha amiga Alba que esteve sempre presente e que foi incansável. E um muito obrigado à minha ex-aluna Marta Cubero que me ajudou nas traduções. E, especialmente, àqueles seres tão queridos que já partiram, mas que continuam tão presentes, cuja memória me acompanhou durante a leitura vergiliana e na redação da minha tese. A todos aqueles que não mencionei, mas sabem que estão presentes no meu coração. 10 RESUMO O romance de Vergílio Ferreira reflete as preocupações do século XX: o ser. Tenta encontrar o significado da sua existência. Tudo se questiona. Há uma interrogação constante do protagonista. É um narrar recordações e um fazer de reflexões, no pensamento do protagonista, sobre a sua própria vida. O ser humano relaciona-se com os outros e é nesta relação “eu/tu” que o “eu” pode definir-se num diálogo onde o protagonista se coloca na relação “eu/eu”, ao qual o leitor tem acesso, podendo penetrar profundamente na consciência da personagem principal. Há uma permanente tentativa de compreensão do “eu” do protagonista, que pode levar o “eu” leitor a compreender-se também a si próprio. Há a mesma procura, a mesma interrogação sobre quem é o seu ser, que se vai evidenciando cada vez mais de forma existencial e lírica ao longo da obra vergiliana. A obra trata o tema da vida. Há a esperança numa vida após a morte, que se prolonga num diálogo do “eu” consigo próprio. O protagonista procura dar sentido à vida, mas não há razões que justifiquem tudo, tem apenas que aceitar a vida sem motivos, ter fé.