KRISTINA NEVES AUGUSTIN Os Castrati E a Prática Vocal No Espaço Luso
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Universidade de Aveiro Departamento de Comunicação e Arte 2013 KRISTINA NEVES Os castrati e a prática vocal no espaço luso- AUGUSTIN brasileiro (1752-1822) Universidade de Aveiro Departamento de Comunicação e Arte 2013 KRISTINA NEVES Os castrati e a prática vocal no espaço luso- AUGUSTIN brasileiro (1752-1822) Tese apresentada à Universidade de Aveiro para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Música, realizada sob a orientação científica do Doutor David Cranmer, Professor auxiliar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e Doutora Edite Maria Oliveira da Rocha, Investigadora Integrada do Instituto de Etnomusicologia-Centro de Estudos em Música e Dança do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro. A Luíz Claudio e Breno pelo carinho, apoio e paciência nos vários meses roubados de nossa convivência familiar. agradecimentos A direção do Colégio Miraflores A Letícia Bertelli que gentilmente copiou e enviou artigos da Biblioteca da Basiléia, material importante para a primeira fase da pesquisa. Aos amigos do CEIM/UFF que pacientemente acompanharam a realização deste trabalho. A Marcos Caldas, desde o início envolvido nesta pesquisa, agradeço o constante interesse e sugestões valiosas. A Robson Leitão, ouvinte constante e leitor atento do texto. Aos Doutores Cristina Fernandes e Clóvis Marques pelas gentis sugestões. Aos funcionários da Divisão de Música da Biblioteca Nacional de Lisboa, que sempre se mostraram solícitos e atenciosos. Agradecimento especial à Doutora Silvia Sequeira. A Alberto Pacheco pela generosidade em compartilhar informações, partituras e pelo auxílio com os gráficos estatísticos. A Mário Trilha, inestimável incentivador dessa pesquisa em Portugal. Com sua generosa amizade, foi companheiro e amigo, fazendo sugestões em momentos fundamentais e decisivos nas várias etapas da pesquisa. Trouxe também alegria e música durante os três anos de doutoramento. A Edite Rocha, coorientadora desta tese, sou grata pela orientação segura e pela gentileza e atenção que tornou a estadia em Aveiro ainda mais agradável. A David Cranmer, orientador desta tese, um agradecimento muito especial pelos seus sábios conselhos e amizade. A meus pais e familiares próximos, sempre presentes e incentivadores. o júri presidente Prof. Doutor Manuel João Senos Matias, Professor Catedrático do Instituto de Geociências da Universidade de Aveiro; Prof. Doutor Manuel Carlos de Brito, Professor associado da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; Prof. Doutor Jorge Manuel Salgado de Castro Correia, Professor associado da Universidade de Aveiro; Prof. Doutor David John Cranmer, Professor auxiliar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (orientador); Prof. Doutor Alberto José Vieira Pacheco, Investigador auxiliar do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical; Profª. Doutora Edite Maria Oliveira da Rocha, Investigadora Integrada do Instituto de Etnomusicologia, Centro de Estudos em Música e Dança do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro (coorientadora); palavras-chave ópera, prática vocal, música luso-brasileira,castração resumo A presente tese tem como objeto de estudo os castrati em Portugal e no Brasil, visando principalmente às atividades musicais realizadas nos teatros da corte portuguesa entre 1752 e 1822. A partir de documentação histórica inédita, como livros de despesa do governo, os relatos fornecidos por viajantes estrangeiros da época, libretos, partituras originais e correspôndencias, a tese aborda o percurso histórico dos castrati italianos ampliando o entendimento sobre as práticas musicais que esses cantores protagonizaram tanto em Lisboa como no Rio de Janeiro. keywords opera, vocal practice, luso-brazilian music, castration abstract This thesis has as its object of study castrati in Portugal and in Brazil, mainly targeting the activities performed in musical theaters of the Portuguese court between 1752 and 1822. From historical documentation unpublished, books as government spending, the reports provided by foreign travelers of the time, librettos, original scores and correspondence, the thesis discusses the historical background of the Italian castrati expanding the understanding of the musical practices that these singers staged both in Lisbon and in Rio de Janeiro. ÍNDICE Introdução 01 Capítulo I Os castrati e a implementação de um “gosto” 11 1.1 Início da prática vocal dos caponados na Espanha 17 1.2 Fluxo migratório entre Espanha e Itália 30 1.3 Itália: trajetória dos meninos castrados 39 1.4 Os castrati nas cortes europeias: uma visão holística 47 1.4.1- Austria e Alemanha 51 1.4.2 - Inglaterra (Londres) 56 1.4.3 - França 64 1.5 A Igreja e os castrati 73 1.6 O declínio dos castrati 78 1.7 Os castrati hoje: reconstrução de uma imagem 81 Capítulo II Os castrati em Lisboa (século XVIII) 88 2.1 A introdução dos castrati e sua arte vocal no processo de 93 italianização da prática musical em Portugal 2.2 O silêncio das mulheres 120 2.3 Embaixadores portugueses na Itália: principais agentes dos 128 castrati italianos. 2.4 Os castrati no Real Theatro de São Carlos de Lisboa 145 Capítulo III Os castrati no Rio de Janeiro, séc. XIX 155 Capítulo IV Aspectos da prática vocal 186 Conclusão 207 Bibliografia 1. Fontes Primárias 213 1.1 Fontes Manuscritas 213 1.2 Fontes Impressas 215 2. Fontes secundárias 218 3. Filmes e documentários 227 Apêndices 1. Cronologia das Óperas, Serenatas e Cantatas encenadas nos teatros 230 de corte de Lisboa. 2. Análise estatística gráfica das árias e duetos selecionados 293 Anexos Contrato Francesco Reali Angelo Tinelli 311 Contrato Pasquale Tani 314 Contrato Angelo Tinelli 317 Certidão de Nascimento Carlo Contucci (11/11/1761) 320 321 Índice remissivo Indice de abreviaturas BR-Ran Brasil, Rio de Janeiro – Arquivo Nacional BR-Rn Brasil, Rio de Janeiro – Fundação Biblioteca Nacional E-BUa Archivo Histórico de la Catedral de Burgos E-Mp Real Biblioteca do Palácio Real de Madrid P-La Portugal, Lisboa – Biblioteca da Ajuda P- Lac Portugal, Lisboa – Biblioteca da Acadêmia das Ciências de Lisboa P-Lant Portugal, Lisboa – Arquivo Nacional da Torre do Tombo P-Ln Portugal, Lisboa – Biblioteca Nacional de Portugal Índice das figuras Figura 01: Girolamo Rosini 36 Figura 02: Três castrati. Pintor Antonio Domenico Gabbiani (1652-1726) 38 Figura 03: Castrato Filippo Balatri sentado ao cravo 50 Figura 04: Giovanni Manzuoli [Succianoccioli] (1720-1782) 52 Figura 05: Peça composta para Senesino 62 Figura 06: Castrato Antonio Paccini, desenho de Jean-Antoine Watteau 65 Figura 07: Pasquale Potenza (ca.1730-?). Pintura a óleo, pintor desconhecido 71 Figura 08: Domenico Mustafá (1829-1912) 77 Figura 09: Alessandro Moreschi (1854-1922) 77 Figura 10: Gioacchino Conti (1714-1761). Gravura de Alexander Van Haecken 103 Figura 11: Possível alegoria aos castrati em Lisboa (Primavera) 143 Figura 12: Possível alegoria aos castrati em Lisboa (Verão) 144 Figura 13: Giovanni Battista Logarini, castrato e compositor 147 Figura 14: Imagem do castrato Crescentini 150 Figura 15: Paço Imperial/Rio de Janeiro c. 1830 156 Figura 16: Augurio di felicita, capa do libreto 181 Figura 17: Gravura retratando Fasciotti, cerca 1808 184 Figura 18: Página inicial da ária Mentre vendo a te da ópera L’Angelica (1778) 199 Índice das Tabelas Tabela 01: Jornada diária dos ninõs de coro 22 Tabela 02: Cantores espanhóis (sopranos e altos) na Capela Papal, 1456-1590 33 Tabela 03: Pessoal da Igreja Patriarcal – 1720 95 Tabela 04: Relação dos instrumentistas da Capela Real Portuguesa em 1728 96 Tabela 05: Nomes dos castrati portugueses listados no Livro de Admissões 99 Tabela 06: Elenco que atuou na inauguração da Ópera do Tejo 104 Tabela 07: Elenco que atuou na inauguração da Ópera do Tejo segundo o libreto 105 Tabela 08: Óperas que Jomelli se comprometeu a enviar para a corte em Lisboa 107 Tabela 09: Transcrição das despesas com as gratificações aos cantores 109 Tabela 10: Relação dos castrati contratados durante o reinado de D. José I 111 Tabela 11: Despesas com os cantores da Ópera Testoride Argonauta 1780 113 Tabela 12: Prestação parcial dos custos da Serenata Amore e Psiche 115 Tabela 13: Musici, Che stanno nella Cappella Reale di N. Sra. dell’ Ajuda 116 Tabela 14: Musici, Che stanno nella Reale, e Patriarcal Cappella di S. M. F. or situata 116 in S. Vicenzo fuor delle Mura Tabela 15: Levantamento das óperas encenadas nos teatros de corte de Lisboa 118 Tabela 16: Castrati que foram audicionados entre os anos de 1778 e 1791 141 Tabela 17: Castrati da Companhia do Real Theatro de São Carlos 154 Tabela 18: Castrati italianos que trabalharam na Capela Real do Rio de Janeiro 178 Tabela 19: Relação dos castrati italianos segundo consta nos libretos 187 Tabela 20: Seleção de árias e duetos para análise 193 Tabela 21: Resultado da análise estatística das árias cantadas por Giziello 195 Tabela22: Resultado da análise estatística das árias cantadas por Domenico Luciani 196 Tabela 23: Seleção de árias e duetos para análise 200 Tabela 24: Análise dos gráficos das árias cantadas por Carlo Reyna 201 Tabela 25: Análise dos gráficos das árias cantadas por Giovanni Ripa 201 Tabela 26: Seleção de árias e duetos para análise 203 Tabela 27: Análise dos gráficos das árias cantadas por Giovanni Ripa 204 Tabela 28: Análise dos gráficos das árias cantadas por Fedele Venturi 204 Índice dos Gráficos Gráfico 1: Gráfico demonstrativo da voz de Giovacchino Conti [Giziello] na ópera 194 Il Demofoonte, 1752, de David Perez Gráfico 2: “In te spero” (Atto II, Cena II). Domenico Luciani (Dirceia) 293 Gráfico 3: “Si tutti mali miei” (Atto II, CenaVI). Domenico Luciani (Dirceia) 293 Gráfico 4: “Padre perdona” (AttoI, Cena XII). Domenico Luciani (Dirceia) 294 Gráfico 5: “Sperai vicino il lido”(AttoI,Cena IV[V]). Giziello (Timante) 294 Gráfico 6: “Misero pargoletto” (AttoIII,Cena V). Giziello (Timante) 295 Gráfico 7: “Fra cento affani” (Atto I, Cena II). Giziello (Arbace) 295 Gráfico 8: “Vo sol cando um mar crudele” (Atto I, Cena XV).