A OBRA LITERÁRIA DE JAVIER CERCAS Dimensão Romanesca À Campus Histórica E À Jornalística

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A OBRA LITERÁRIA DE JAVIER CERCAS Dimensão Romanesca À Campus Histórica E À Jornalística 2016 Tese de Doutorado A composição da obra Universidade literária de Javier Cercas Federal de Santa pode ser compreendida Catarina como romances que participam do gênero Programa de Pós- autoficção, isto é certo, Graduação em mas não dá conta da Literatura problemática que o autor suscita com seus textos. literatura.ufsc.br O autor funde a A OBRA LITERÁRIA DE JAVIER CERCAS dimensão romanesca à Campus histórica e à jornalística. Universitário MARCOS ROBERTO DA SILVA Para acomodar essa Florianópolis - SC promiscuidade genérica, Cercas desenvolve o conceito de “relato real”, que tem como ponto de Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação partida o real e como A OBRA LITERÁRIA DE JAVIER CERCAS princípio a verdade em Literatura da Universidade Federal de Santa fatual, no entanto o Catarina como requisito para obtenção do Título de “relato real” não está isento de ficção. Como Doutor em Literatura. MARCOS ROBERTO DA SILVA um autor de autoficção, Cercas é personagem de si mesmo e assim Orientadora: Profª Drª Alai Garcia Diniz performa suas criações fora do espaço ficcional dando uma dimensão literária à sua vida. Orientadora: Profª Drª Alai Garcia Diniz Florianópolis, 2016 Universidade Federal de Santa Catarina Programa de Pós-Graduação em Literatura A OBRA LITERÁRIA DE JAVIER CERCAS MARCOS ROBERTO DA SILVA Florianópolis, dezembro de 2016 SILVA, Marcos Roberto da A obra literária de Javier Cercas / Marcos Roberto da Silva; orientadora, Alai Garcia Diniz - Florianópolis, SC, 2016. 244 p. Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós Graduação em Literatura. 1. Literatura. 2. literatura espanhola . 3. crítica literária. 4. Javier Cercas. 5. autoficção. I. Diniz, Alai Garcia. II. Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Literatura. III. Título. A OBRA LITERÁRIA DE JAVIER CERCAS Tese apresentada, sob a orientação da professora Drª Alai Garcia Diniz, ao Programa de Pós-graduação em Literatura da Universidade de Santa Catarina para a obtenção do título de doutor em Literatura. "A obra literária de Javier Cercas". Marcos Roberto da Silva Esta tese foi julgada adequada para a obten<;ao do título DOUTOR EM LITERATURA Área de concentra9ao em Literaturas e aprovada na sua forma final pelo Curso de Pós-Gradua9ao em Literatura da Universidade F: deraí de Santa Catarina. Pr . Dra. Maria Lúcia de Barros Camargo COORDENADORA DO CURSO BANCA EXAMINADORA: t, 1 Prof. Dr. Valdir Prigol (Unive dade Federal da Fronteira Sul G��� r I Profa. Dra. Carmen Luna Sélles (Universidad de Vigo, Espanha - Via Videoconferencia) À Ada (que é Anali (escrita), que é Ana (lida), que é um de dois), que é leitura e escrita em mim. Agradeço à Ana Carolina Teixeira Pinto o “don”; à Ada Mattar a ficção nossa de cada dia; à Alai a orientação e a crente espera pela escrita; à Terezinha (repito-me: o diminutivo lhe pertence), o cuidado simples: a mesa posta e compartilhada, o cuidado originário: de mãe; à s minhas irmãs Denise e Ana e aos hermanados Sid e Carlos, o cuidado, independente do diagnóstico; al hermano Sergio Gandez porque a música também salva “y la sangre es nada”; ao amigo Francisco porque a música também salva “e a verdade não está escrita nos jornais”; ao amigo Aquino Espíndola, a luz, a velocidade; aos professores Ana Luiza Andrade, Cláudio Cruz, Carmen Luna, Henrique Finco, Pedro de Souza e Valdir Prigol a rica contribuição de suas leituras. à Universidade Federal da Fronteira Sul a concessão do afastamento de minhas atividades para a conclusão desta tese; ao Programa de Pós-graduação em Literatura da UFSC o acolhimento de meu projeto de pesquisa de doutorado. ¿Tu verdad? No, la verdad, y ven conmigo a buscarla. La tuya, guárdatela. A. M. RESUMO A composição da obra literária de Javier Cercas pode ser compreendida como romances que participam do gênero autoficção, isto é certo, mas não dá conta da problemática que o autor suscita com seus textos. Pois em Cercas, mesmo o que aparentemente não se adequa ao gênero ficcional pode, em certa medida, ser atribuído à sua obra literária. Exemplo disso são suas crônicas e ensaios, que reclamam a participação em mais de um gênero. É nesse movimento que o autor funde a dimensão romanesca à histórica e à jornalística. Para acomodar essa promiscuidade genérica, mas já desacomodando com isso seu leitor, Cercas desenvolve o conceito de “relato real”, que tem como ponto de partida o real e como princípio a verdade fatual, no entanto o “relato real” não está isento de ficção. E é essa ambiguidade que perpassa a obra de Javier Cercas permitindo que outros gêneros, tidos como não literários, conformem sua obra literária. Como um autor de autoficção, Cercas é personagem de si mesmo e assim performa suas criações fora do espaço ficcional dando uma dimensão literária à sua vida. Nesta tese problematizo a diluição das fronteiras, que nunca desaparecem por completo, entre os gêneros literários e procuro estabelecer a ideia de gênio à função autor-escritor, que oferece subsídios para que determinado texto seja lido com vistas à dissolução dos gêneros, buscando, assim, sustentar a ideia de que o gênero depende de como se lê e de como se escreve. Na mesma proporção está a fundição entre vida e literatura e entre vida e crítica. Palavras-chave: Javier Cercas, autoficção, gênero literário, realidade fatual, realidade ficcional. RESUMEN La composición de la obra literaria Javier Cercas puede ser comprendida como novelas que participan del género autoficción, esto es cierto pero no da cuenta de la problemática que el autor pone en relieve con sus textos. Pues en Cercas, incluso lo que no es aparentemente del género ficcional puede en algún grado ser atribuido a su obra literaria. Ejemplo de eso son sus crónicas y ensayos, que reclaman la participación en más de un género. Es en ese movimiento que el autor funde la dimensión romanesca a la histórica y a la periodística. Para acomodar esa promiscuidad genérica, pero ya desacomodándole a su lector, Cercas desarrolla el concepto de “relato real”, que tiene como punto de partida lo real y como principio la verdad factual, sin embargo el “relato real” no está libre de ficción. Y es esa ambigüedad que recorre la obra literaria de Javier Cercas y permite que otros géneros conformen su obra literaria. Como autor de autoficção, Cercas es personaje de sí mismo y así performa sus creaciones fuera del espacio ficcional y luego le da una dimensión literaria a su vida. En esta tesis problematizo la dilución de las fronteras, que nunca desaparecen por completo, entre los géneros literarios e intento establecer la idea de genio literario a la función autor- escritor, que ofrece subsidios para que determinado texto sea leído con la mirada de la disolución de géneros, buscando así sostener la idea de que el género depende de cómo se lee y de cómo de escribe. En la misma proporción está la fundición entre vida y literatura y entre vida y crítica. Palabras-clave: Javier Cercas, género literario, realidad factual, realidad ficcional SUMÁRIO Introdução 15 PRIMEIRA PARTE 23 AS FERIDAS: primeiro diagnóstico 25 A CONSTRUÇÃO DO RELATO REAL 39 A verdade: ficção à flor da pele 39 “A carta roubada” e o limite das verdades 59 “La carta hallada” / O documento escrito 64 As provas: entre o oral, o escrito e o “regalo” 79 SEGUNDA PARTE 87 AS FERIDAS: segundo diagnóstico 89 OS GÊNEROS E O GÊNIO 97 Como leio? 97 A degeneração 110 Ele, ela e a traição 117 O gênio 123 TERCEIRA PARTE 129 AS FERIDAS: terceiro diagnóstico 131 ESCREVENDO-SE: A LITERATURA E AMBAS AS VIDAS 137 Os pactos 137 O outro lado 149 Os lugares do eu (“Yo soy tú”) 151 A vida simulada 159 CONSIDERAÇÕES FINAIS 217 O penúltimo grão de areia (a modo de epílogo) 219 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 221 ANEXO: 12 de dezembro de 2016 237 Introdução É dito que o discurso científico, e, de modo geral, o discurso acadêmico, para “ser levado a sério” deve obedecer a certos protocolos institucionais. Comento, brevemente, dois deles a partir do estudo de Fausto Senzat (2001): comprovação da argumentação com base em fontes fidedignas e marca de impessoalidade do discurso. A impessoalidade da referência com que comecei este texto dá lugar ao questionamento: quem disse? Trata-se de um conhecimento popular? Caso não seja, as vozes que formam o discurso, das quais nos apropriamos a fim de desenvolver e sustentar um raciocínio, devem levar seu endereço de origem, ainda que a origem primeira da ideia não esteja ali, afinal de contas, é, também, uma questão de honestidade intelectual. (SENZAT, 2001, p. 22). O pronome oculto, flexionando o verbo “comentar”, no primeiro parágrafo, é o “eu” interdito do discurso da ciência. No entanto, nem sempre foi assim. Até metade da Idade Média, o emprego da primeira pessoa do singular era comum. A interdição veio após a “luta contra os falsos e os falsários” (LE GOFF, 1990, p. 544; SENZAT, 2001, p. 25). Isto é, a partir do momento que a veracidade dos textos (documentos) passou a ser minimamente autentificáveis, entendeu-se que a responsabilidade intelectual deveria ser tomada como coletiva. Porém, como informa Christopher Turk e John Kirkman (2005, p. 97), a interdição do emprego do “eu” no discurso científico inglês só de fato ocorre após o século XIX, a partir do qual se estabeleceu o estilo vitoriano de impessoalidade 1. Uma das áreas mais flexíveis ao uso do “eu” é a de humanas, principalmente, a da crítica literária (SENZAT, 2001, p. 32). Data dos anos setenta as primeiras ocorrências com marca de pessoalidade no discurso em teses e dissertações nas universidades brasileiras. Segundo Senzat (2001, p. 33), a crítica literária teve, e tem, maior abertura à 1 Senzat (2001, p.
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