Glauber Queiroz Tabosa Tiburtino

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Glauber Queiroz Tabosa Tiburtino INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA EM SÁUDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM SAÚDE CORRA, MAS NÃO MORRA: Discursos sobre a corrida de rua como prática de saúde na imprensa carioca (1970-1985) GLAUBER QUEIROZ TABOSA TIBURTINO Rio de Janeiro 2020 GLAUBER QUEIROZ TABOSA TIBURTINO CORRA, MAS NÃO MORRA: discursos sobre a corrida de rua como prática de saúde na imprensa carioca (1970-1985) Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (ICICT) para obtenção do grau de mestre em Ciências. Orientador: Prof. Dr. Igor Pinto Sacramento. Rio de Janeiro 2020 GLAUBER QUEIROZ TABOSA TIBURTINO CORRA, MAS NÃO MORRA: discursos sobre a corrida de rua como prática de saúde na imprensa carioca (1970-1985) Aprovado em 11 de fevereiro de 2020. Banca Examinadora: ____________________________________________________________ Prof. Dr. Igor Pinto Sacramento - Orientador (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) ____________________________________________________________ Prof. Dr. Wilson Couto Borges – Titular interno (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) ____________________________________________________________ Prof. Dr. Victor Andrade de Melo – Titular externo (PPGHC/UFRJ) ____________________________________________________________ Profª. Drª. Janine Miranda Cardoso – Suplente interna (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) ____________________________________________________________ Prof. Dr. Rafael Fortes Soares – Suplente externo (PPGIEL/UFMG) Estão os que continuam correndo quando as pernas tremem. Os que continuam jogando quando o ar se acaba [...] sofrem, mas não se queixam, porque sabem que a dor passa, o suor seca, o cansaço termina. Mas há algo que nunca vai desaparecer: a satisfação de ter conseguido [...] (Mensagem publicitária da Nike / Autor desconhecido) DEDICATÓRIA Dedico este trabalho à Davi e Giovanna – as ‘obras’ das quais me orgulho mais – e também à Adriane, pela parceria de sucesso. ** Dedico, ainda, a todos aqueles que se aventuram a estudar a corrida de rua em seu aspecto sociocultural e comportamental, portanto, no âmbito das Ciências Sociais. Aos que foram à frente, obrigado pelo aporte teórico. Aos que vierem depois, sucesso! Espero poder contribuir. AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, sem Ele nada seria possível. Até aqui sua boa mão me sustentou. À minha família. Aqueles com quem convivo diariamente e, portanto, foram os mais subtraídos no dia a dia nesses últimos dois anos: meus filhos – Davi e Giovanna - e minha esposa, Adriane. Muito obrigado pela compreensão, pela cobertura, pelo estímulo, pela preocupação e confiança. Desculpem a ausência ao longo desse período. Pelas partidas de UNO não jogadas, pelos vídeos de Minecraft não assistidos, pelas faxinas de sábado escapadas, pelas madrugadas de luzes acesas pela casa... se cheguei até aqui, foi especialmente com a ajuda de vocês. De todo o meu coração, obrigado. Amo vocês! E espero que todos nós possamos usufruir do fruto desse esforço. Aos meus pais, José Luiz e Girlene, meu alicerce nos estudos, sempre me incentivando, me dando condições e acreditando em mim, por vezes mais do que eu próprio. Tem muito de vocês em mim. Aos sobrinhos, Pamella, Lucas, Caio, Maria Luiza e Antônio, por poder exercer o título de tio. Ao meu irmão, Gleydson e cunhada, Vânia. Sempre presentes e solícitos. Aos meus sogros, Plínio e Lourdes, por cuidarem tão bem do que temos de mais precioso e por todo auxílio e suporte diários. Aos cunhados Aline e Junior, pela torcida e amizade ofertada. Aos amigos do trabalho. Uma verdadeira família, essencial para que eu pudesse cumprir a carga horária das aulas. Eduardo e Lara foram incríveis e imprescindíveis na cobertura dos compromissos inevitáveis e no suporte para eu me ausentar na certeza de que tudo estaria perfeito. Juliano, pela força, aval e confiança; Lucina, pela cumplicidade, conselhos, torcida e apoio; Andréa pelo carinho e compreensão; Manuel, pelo companheirismo, Henrique, Mônica, Mayara, Rômulo, Juliana, Marcelo... a todos vocês que passaram ou estão na Ascom/Cogepe – e na sala 214 –, obrigado pela parceria e aprendizados diários. Agradeço também a mais uma infinidade de amigos e colegas da Cogepe e de outras unidades da Fiocruz que sei que torceram – e torcem – por mim. Não caberia listar todos aqui! Ao meu orientador, e posso dizer com alegria e orgulho, amigo, Igor Pinto Sacramento. Um nome que me abriu portas e semblantes todas as vezes em que o mencionava, ao longo desses dois anos de pesquisa e de salas de aula – seja na Fiocruz, na UFF ou na Uerj – onde cursei disciplinas. É uma honra ser seu orientando e fazer parte do “Time Igor”. Obrigado de verdade por toda generosidade, genialidade e afeto no compartilhamento de saberes, nas indicações precisas de leituras, no direcionamento metodológico, na mente incrível que sabe exatamente a obra, o volume, o capítulo, a página e a linha que está a citação que indica (risos). Por tudo isso e pela leveza com que essa relação de confiança foi construída e conduzida, meu especial obrigado. Um parágrafo é pouco para você. Nos reencontramos adiante! Aos colegas e amigos da especialização em Comunicação e Saúde – 2016, que tanto me ensinaram e me despertaram a curiosidade investigativa da pesquisa, me motivando a hoje estar aqui. Posso afirmar sem erro que meu mestrado começou ali, ao lado daquelas pessoas brilhantes e incríveis. Dentre esses, destaco nominalmente Alice Gatto, que também trilhou comigo essa jornada do mestrado e agora seguirá solitária – por ora – ao doutorado (todo sucesso para você!); Mônica Braga, Bruno Dias e Roberto Abib. Esses três também passaram no mesmo processo seletivo para nossa turma de 2018, contudo, seguiram outros rumos de sucesso. Em vocês deixo representada nossa eterna turma de CeS2016. Falando em turma, agradeço especialmente àqueles que me deram todo o suporte emocional, afetivo e também intelectual nesses dois anos para chegarmos aqui. À “Turma do Amô”/ PPGICS 2018, composta pelos mestrandos e doutorandos mais incríveis que esse programa já teve em uma década! Obrigado pelas trocas, pelo aprendizado, pelo acolhimento, pela torcida, pelos churrascos e almoços – os do décimo andar e os da Cadeg –. Foi ótimo compartilhar essa experiência com vocês: Alice (de novo), Ana Beatriz, Camila, Davi, Helen, Mônica, Nicole, Vanessa, Ana Carolina, Isabel, Jefferson, Lucas, Luiz, Rejane, Rogério, Tatiana e Letícia – que não pôde concluir essa jornada nesse momento, mas a iniciou conosco e faz parte da turma –. Obrigado, meus amigos! Aos professores do PPGICS e pesquisadores do Laboratório de Comunicação e Saúde (Laces) do Icict, em especial àqueles que conviveram mais conosco e que marcam individualmente minha trajetória – destaco aqui nominalmente: Inesita Soares Araújo, Janine Miranda Cardoso, Wilson Couto Borges, Izamara Bastos, Márcia Lisboa, Katia Lerner, José Noronha, Maria Cristina Guimarães e Paulo Borges, com os quais tive mais contato nessa jornada no Icict e até mesmo fora dele. À Gestão Acadêmica, Secretaria e Coordenação do PPGICS: profissionais sempre solícitos e dispostos a ajudar nossas demandas e socorrer nossos desesperos, caminhando lado a lado sempre que precisávamos. E como precisamos... obrigado a todas e todos! Aos professores doutores da banca, pela leitura atenciosa, pelas contribuições que foram e certamente serão acolhidas, pela presteza com que aceitaram o convite e pela alegria de poder contar com vocês – um time de primeira – na minha defesa. Igor Sacramento, Victor Melo, Wilson Borges, Janine Cardoso e Rafael Fortes, tê-los chancelando minha pesquisa e dialogando comigo é motivo real de orgulho e gratidão. Aos colegas do NECHS (Núcleo de Estudos em Comunicação, História e Saúde – ECO/UFRJ e Icict/Fiocruz) – a vocês meu imenso obrigado pelo aprendizado, pelas trocas, pelo afeto e acolhida. Em especial: Pati; Júlio; Beto; Xuewu; Amílcar; Allan; Alexandre; Érika e Gáudio, com quem convivi por mais tempo. Vocês e todos os demais pesquisadores do Núcleo também fazem parte da minha formação. Às agências de fomento – Capes, CNPq, Faperj...– mesmo não sendo bolsista no período do mestrado, tive amigos cujas pesquisas foram financiadas por essas instâncias e também fui beneficiado com ajuda para participação em congressos e indiretamente com o aporte ao próprio Programa. O investimento na Ciência e na pesquisa é essencial para o presente e para o futuro de uma nação. Resistam! À minha amiga capixaba, da Fiocruz Brasília, e incentivadora desde a especialização, Aline Cavaca. Sua amizade é um presente que a academia me deu. Aos demais amigos da vida, da infância, de outras fases da vida, que muitas vezes nem sabem, mas são fundamentais quando a barra pesa. A todos que tive o prazer de conhecer e conviver ao longo desses dois anos e àqueles que direta ou indiretamente me ajudaram a chegar até aqui e por descuido (imperdoável) posso ter deixado de citar nominalmente, meu sincero e afetuoso obrigado! RESUMO Este trabalho tem como objetivo central traçar uma história cultural da corrida de rua no Brasil, refletindo acerca das disputas e variações discursivas expressas pela imprensa carioca no início de sua trajetória. Descrita como um fenômeno sociocultural contemporâneo, a corrida de rua emerge no país a partir da segunda metade do século XX como prática de saúde, a partir de desdobramentos da adoção do método de Cooper. Disseminado no país a partir de 1970, especialmente por conta do sucesso da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo do México daquele ano, o programa de testes e metodologia
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