Modernidade Em Pelotas Na Primeira Metade Do Século XX

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Modernidade Em Pelotas Na Primeira Metade Do Século XX UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO TEORIA, HISTÓRIA, PATRIMÔNIO E CRÍTICA DA ARQUITETURA E URBANISMO DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Da cidade tradicional à cidade-jardim: modernidade em Pelotas na primeira metade do século XX Danielle Souza da Silva Pelotas, 2017. Danielle Souza da Silva Da cidade tradicional à cidade-jardim: modernidade em Pelotas na primeira metade do século XX Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas, como requisito à obtenção do título de Mestre em Arquitetura e Urbanismo. Orientadora Profª. Drª. Célia Helena Castro Gonsales. Pelotas, 2017. 1 2 Danielle Souza da Silva Da cidade tradicional à cidade-jardim: modernidade em Pelotas na primeira metade do século XX Dissertação aprovada, como requisito parcial, para obtenção do grau de Mestra em Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Pelotas. Data da Defesa: 29 de setembro de 2017. Banca examinadora: ............................................................................................................................................ Prof. Drª. Célia Helena Castro Gonsales (Orientadora) Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidad Politecnica de Cataluña, UPC, Espanha. ............................................................................................................................................ Profª. Drª. Aline Montagna da Silveira Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo, USP, Brasil. ............................................................................................................................................ Profª. Drª. Ana Lúcia Costa de Oliveira Doutora em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Brasil. ............................................................................................................................................ Profª. Drª. Nirce Saffer Medvedovski Doutora em Estruturas Ambientais Urbanas pela Universidade de São Paulo, USP, Brasil. 3 À minha maravilhosa mãe, Reoni. Ao meu noivo, Sergio. 4 AGRADECIMENTOS A decisão da realização de uma dissertação é uma escolha que se faz sozinha. No entanto, talvez eu não tivesse conhecido o ambiente científico se não fosse a maravilhosa experiência que tive de trabalhar com pesquisa durante um período da graduação. Portanto, não posso deixar de agradecer primeiramente a duas colegas, Luiza Baggio e Valentina Machado, que me apresentaram e colaboraram para que eu entrasse no Núcleo de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo – NAURB – da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas. Dito isso, também devo agradecer a coordenadora Profª. Drª. Nirce Saffer Medvedovski pela amizade e todos os ensinamentos que levarei para sempre comigo. Apesar do processo solitário que envolve uma investigação científica, no andamento da pesquisa e da elaboração do trabalho, o envolvimento de outras pessoas e suas contribuições em diversos âmbitos e momentos tornou a empreitada mais fácil. Assim, agradeço a todos que me auxiliaram neste trabalho. Entretanto, cabe uma menção especial a Deus, pela vida, por me dar força, coragem e sentido a tudo. Agradeço à minha orientadora Célia Gonsales, por acreditar e confiar no trabalho, por suas orientações, conselhos, sugestões e paciência diante as minhas dificuldades, na busca de sempre melhorar a dissertação. Agradeço aos professores e funcionários do Programa de Pós-Graduação de Arquitetura e Urbanismo – PROGRAU – da Universidade Federal de Pelotas, em especial à Cristiane Miritz, assim como aos integrantes da banca examinadora do Exame de Qualificação, Profª. Drª. Nirce Saffer Medvedovski e Profª. Drª. Aline Montagna da Silveira pelas contribuições na dissertação. Agradeço a CAPES pela bolsa concedida, que contribuiu, além dos estudos, a me sustentar, e também à Biblioteca Municipal de Pelotas, pela disponibilização de documentos e materiais para o desenvolvimento da pesquisa. Por fim, sou muito grata à minha mãe Reoni Sebastiana Maciel de Souza e meu noivo Sergio Ferraz Fonseca, por entenderem as minhas ausências e preocupações e pelo incentivo dado desde a graduação e muito antes disso. 5 “A vida urbana pressupõe encontros, confrontos das diferenças, conhecimentos e reconhecimentos recíprocos (inclusive no confronto ideológico e político) dos modos de viver, dos ‘padrões’ que coexistem a cidade”. Henri Lefebvre 6 RESUMO As teorias urbanas são importantes e devem ser estudadas e analisadas pelo valor propositivo que tiveram ao longo da história como instrumento de configuração da cidade em prol da melhoria da vida urbana. No início do século XX, os conceitos inovadores da teoria da cidade-jardim, como instrumento de política urbana no controle do desenvolvimento físico-espacial e como organizador do espaço ao tentar unir características do campo e da cidade e melhorar a qualidade de moradia das pessoas, refletiram-se em diversos planos urbanos de vários países. Em Pelotas, como em outras cidades do Brasil, devido ao rápido crescimento urbano foram necessárias transformações no seu tecido. Se as primeiras concepções urbanísticas adotavam o traçado ortogonal como elemento estruturante da cidade, as novas ideias urbanas que surgiram na Europa durante o século XIX e XX, em resposta aos problemas gerados pela Revolução Industrial, chegaram até o sul do Brasil trazendo novos traçados que geraram novas configurações no espaço urbano. Assim, o objetivo desse trabalho é analisar como a teoria da cidade-jardim repercutiu no Plano Geral de Pelotas de 1922, idealizado pelo arquiteto Fernando Rullmann, e no Plano de Expansão de 1927, elaborado pelo engenheiro Saturnino de Brito. No que diz respeito à metodologia de desenvolvimento do trabalho, o estudo das teorias urbanísticas, assim como o da teoria da cidade-jardim, que estava sendo muito disseminada na época, são fundamentais para a análise dos planos de Pelotas, visto que a cidade foi uma das pioneiras na aplicação desses princípios nos seus planos urbanísticos. Palavras-chave: Teoria cidade-jardim; Plano Geral de Pelotas; Plano de Expansão de Pelotas; Fernando Rullmann; Saturnino de Brito. 7 ABSTRACT The urban theories are important and must be studied and analyzed by the propositional value they had throughout history as an instrument of the city’s configuration for the improvement of the urban life. In the beginning of the twentieth century, the innovative concepts of the garden-city theory, as an instrument of urban policy in the control of physical-spatial development and as a space organizer by trying to bond country areas and city’s characteristics and improve people housing quality, have been reflected in several urban plans in many countries. In Pelotas, as in other Brazilian cities, due to the the urban growth it was necessary to transform its fabric. If the firsts urbanistic conceptions adopted the orthogonal route as structuring element of the city, the new urban ideas that emerged in Europe during the nineteenth and twentieth centuries, in response to the problems generated by the Industrial Revolution, arrived in the south of Brazil bringing new traces that generated new forms of urban space. Therefore, the aim of this work is to analyze how the garden-city theory has influenced Pelotas’ General Plan of 1922, idealized by the architect Fernando Rullmann, and in the Expansion Plan of 1927, made by the Engineer Saturnino de Brito. Regarding the development methodology of this work, the study of the urban theories, as well as the garden-city theory, which was being very widespread at the time, are essential for the analysis of Pelotas’ plans, since the city was one of the pioneers in the application of these principles in its urbanistic plans. Keywords: Garden-city Theory; Pelotas’ General Plan; Pelotas’ Extension Plan; Fernando Rullmann; Saturnino de Brito. 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Esquema ilustrativo da evolução da quadra de Ernst May ......................... 17 Figura 2 – Gravuras de Gustave Doré retratando Londres ......................................... 23 Figura 3 – Interpretação dos diagramas de Howard .................................................... 27 Figura 4 – Imagens retratando os planos e a cidade de Letchtworth .......................... 28 Figura 5 – Imagens retratando o projeto e o bairro-jardim de Hampstead .................. 30 Figura 6 – Imagens retratando o projeto e as residências de Welwyn ........................ 31 Figura 7 – Plano do bairro Jardim América ................................................................. 37 Figura 8 – Residência localizada no bairro Jardim América ........................................ 38 Figura 9 – Anúncios da Companhia City no O Estado de S. Paulo ............................. 39 Figura 10 – Mapas do crescimento urbano de Londres ............................................. 41 Figura 11 – Centro urbano da cidade do Cairo ............................................................ 42 Figura 12 – Exemplos de crescimentos espaciais ....................................................... 44 Figura 13 – Crescimento linear do Rio de Janeiro ....................................................... 44 Figura 14 – Exemplo de um polo de crescimento ........................................................ 45 Figura 15 – Mapa de Porto Alegre em 1840 ...............................................................
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