Equilíbrio Entre Formalismo Britânico E Coloquialidade
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Rio de Janeiro, de 22 a 28 de novembro de 2019 - Nº 23.447 Frank, o irmão cantor Casamento impecável: Maurício Baia celebra de Stallone, faz sucesso missa no São Bento e 25 anos de carreira em em documentário festa no Copacabana show no Circo Voador Página 2 LILIANA RODRIGUEZ - Página 5 Página 5 Um dos coadjuvantes de ‘Um dia de chuva em Nova York’, de As múltiplas frentes Woody Allen, o galã inglês leva polêmica à TV, em ‘The New de JUDE LAW Fotos Divulgação Pope’, e pode vir ao Brasil filmar ‘Animais Fantásticos’ Por Rodrigo Fonseca Especial para o Correio da Manhã Ao ter assumido a varinha do mago Al- bus Dumbledore, o mestre de Harry Potter, na franquia “Animais fantásticos”, David Jude Heyworth Law pode estar com o Rio de Janeiro assegurado em sua rota de viagens, uma vez que o terceiro filme da saga criada por J.K. Rowling almeja ter o Brasil como um canteiro de feitiça- ria. Falou-se até numa possível escalação de Fer- nanda Montenegro para o longa, estimulado pelos fãs do reino mágico onde Law, hoje com 46 anos, é um jovem herói e futuro professor das artes mágicas. A maior proximidade atual do galã inglês – que filmou “360”, de 2011, com o paulista Fernando Meirelles – com o Brasil vai se dar nas telas: ele integra o elenco de “Um dia de chuva em Nova York”, a nova comédia romântica de Woody Allen, em cartaz por aqui. - Venho de um país que produziu atores como sir John Gielgud, que estava atuando, em pleno vapor, aos 80 anos. Por isso, a ideia de me manter trabalhando, fazendo trabalhos va- riados, é algo essencial à maneira como encaro o ofício de atuar. Preciso estar em cena. É bom - disse Law ao CORREIO DA MANHÃ no Festival de Veneza, em setembro, onde partici- pou da coletiva de imprensa da série “The New Pope”, da HBO. PROJETOS ALTERNADOS Em ‘Animais fantásticos’, trama que antecede a saga de Harry Potter, Jude Law encarna Albus Dombledore, o futuro diretor da escola mágica criada por J. K. Rowling Como gosta de muitas frentes da batalha que é ganhar a vida como ator, ele alterna proje- tos como “Um dia de chuva em Nova York”, de Allen, com a nova temporada do seriado criado por Paolo Sorrentino em 2016, sobre o Sumo Pontífice do Vaticano. No filme do diretor de “Manhattan” (1979), ele vive o ciumento rotei- rista Ted, ligado a um projeto longa-metragem cercado de expectativas. Cheio de problemas com sua mulher (Rebecca Hall), Ted acaba cruzando o caminho da aspirante a jornalista Ashleigh, vivida por Elle Fanning nesta produ- ção que o Amazon Studios desistiu de lançar nos EUA. A desistência se deve aos ataques a Al- len por conta da suspeita (alimentada pelas re- des sociais) de que possa ter molestado sua filha adotiva com Mia Farrow. Apesar da polêmica, o trabalho mais recente do cronista cinematográ- fico do amor não correspondido alcança espaço À esquerda, com o polêmico Woody Allen, no set de filmagem de ‘Um dia de chuva em Nova York’, no qual contracena e faz par romântico com a jovem Ellen Flenning em tela em solo brasileiro, apoiado no carisma de astros como Law. - Nosso desafio maior era dar verossimi- lhança à angústia de um artista - disse o ator em Equilíbrio entre formalismo Berlim, em 2016, quando o projeto de “Um dia de chuva em Nova York” começou a ser gestado, britânico e coloquialidade em meio a uma agenda cheia, que incluiu uma participação no universo das HQs, em “Capi- Mesmo sendo um britânico clássico, capitais Lenny Belardo em “The New tão Marvel”, ao lado de Brie Larson. Jude Law tem a consciência de que preci- Pope”, que Paolo Sorrentino (ganhador do Indicado ao Oscar duas vezes, como coad- sa passar ao largo dos regionalismos para Oscar por “A grande beleza”) lança em ja- juvante por “O talentoso Ripley”, há 20 anos, e exercer sua função. neiro na HBO. Uma prévia dos episódios como melhor ator, em 2004, por “Cold Mou- - A questão de construir novos papéis é foi projetada no Festival de Veneza, mos- ntain”, Law tem pela frente o que pode ser o sempre saber dosar meu sotaque londrino trando a relação de Belardo com o con- papel de sua vida: viver um arquiteto obcecado e usar minha coloquialidade na hora cer- troverso John Brannox, poço de mistérios em construir a cidade perfeita em “Megalópo- ta - diz Law, que estrou na TV, em 1988, vivido por John Malkovich. Cenas em que lis”, que o poderoso chefão autoral Francis Ford e chamou a atenção do cinema em 1997, o papa pega sol na praia, só de sunga, causa- Coppola quer filmar em 2020. Como esse lon- ao lado de Stephen Fry em “Wilde - O pri- ram rebuliço entra as fãs de Jude: ga é um sonho antigo do diretor de “Apocalypse meiro homem moderno”. - Fico lisonjeado de despertar o inte- Now” (1979), astros como Paul Newman e Ke- Em paralelo às filmagens com Coppo- resse, mas a questão toda tem a ver com vin Spacey já foram associados a ele. Mas Jude é la, previstas para o ano que vem, Law estará não querer se aposentar nunca. Ainda te- a escolha da vez. Em ‘The New Pope’, Law vive um papa jovem, que desafia tradições do catolicismo na TV como o sacerdote cheio de pecados nho energia a oferecer à arte - avisa. 2 2.º CADERNO De 22 a 28 de novembro de 2019 Fotos Divulgação CINEMA Caçula de Rambo em alta Documentário sobre cantor e músico pop Frank Stallone acumula prêmios Por Rodrigo Fonseca no Festival de Burbank à força Especial para o Correio de sua bem-humorada narrativa. Sua realização é assinada pelo Escalado para uma partici- ator, diretor e produtor texano pação no thriller “Veteran’s day”, Derek Wayne Johnson. Seu tra- em paralelo a seu trabalho como balho de pesquisa explora a arte dublador de desenhos animados de resistir a partir das peripécias nos EUA, onde cede o vozeirão afetivas de um artista que tem, O maior hit da carreira de Frank Stallone é a canção ‘Far From Over’, de 1983. O cantor ainda enche as casas de espetáculo onde se apresenta de crooner aos desenhos dos em sua família, um dos maiores Transformers, Frank Stallone astros que o cinema de ação já chegou aos 69 anos escolado nos revelou. Derek tem ainda um prazeres e nos dissabores que filme sobre a história de “Ro- um sobrenome famoso pode ter. cky” para lançar (até dezembro) Apesar de uma carreira prolífica e dirigiu, em 2016, um filme me- Frank em dois Diretor destaca talento como músico, que teve pico nos morável sobre o diretor John G. momentos: na anos 1980, o irmão mais moço Avildsen (1935-2017), chama- capa do álbum e resiliência dos irmãos de Seu Sylvester, o eterno Rocky do “King of Underdogs”. de estreia, nos Balboa, amargou muito precon- anos 80 (ao lado), Ainda menino, Wayne que conheceram seus estilos ceito por ter parentesco com um VISÃO GENEROSA e com o irmão Johnson viu “Rocky, um luta- no malfadado “Os Embalos de dos astros de maior populari- - Frank talvez seja uma das Sylvester (abaixo) dor” (1976) e teve sua vida ilu- Sábado Continuam” (“Staying dade de Hollywood. Mas o re- figuras mais iluminadas que tive minada pelas lições de resiliên- Alive”), com John Travolta de conhecimento costuma chegar o prazer de conhecer, pois sua cia do Garanhão Italiano. volta ao icônico papel de Tony para quem trabalha duro, pelo visão de mundo é generosa. Sua - O talento é o maior lega- Manero. Foi seu mano Sly menos no caso dele, que entra trajetória é prova de que ter um do dos irmãos Stallone - diz o (apelido do intérprete de Ram- para o clube dos septuagená- sobrenome famoso nem sempre cineasta, que, em triagem sobre bo) quem dirigiu o longa. Ali, rios em julho de 2020, o sucesso torna as coisas mais fáceis para os feitos de Sylvester, deparou- Frank ensaiou um estrelato que acabou de chegar... e bateu em um artista que está num movi- -se com a trajetória de Frank. acabou limitado a alguns LPs e sua parte em forma de um do- mento para ser levado a sério Com show marcado para a um círculo restrito, mas fiel cumentário. Aliás, um doc que - diz Wayne Johnson ao COR- 11 de dezembro no Herb Al- de ouvintes. anda colecionando prêmios em REIO DA MANHÃ, por email. pert’s Vibrato Grill Jazz, em A paixão de tietes, que co- solo americano. - É tocante ver como ele soube Los Angeles, Frank costuma lo- lecionam os discos do cantor Lançado em mostras estran- se preservar apesar dos muitos tar as casas noturnas onde solta e compartilham links de suas geiras em paralelo à estreia mun- altos e baixos por que passou. E seu suingue ao som de baladas, aparições na internet (a tocar dial de “Rambo: Até o fim”, com segue na ativa. Frank tornou-se de rocks e de standards da mú- instrumentos de corda varia- Sylvester aos 73 aninhos, o lon- um mestre no seu estilo, por ser sica popular made in USA. dos), é um dos focos do docu- ga-metragem “Stallone (Frank um guitarrista que domina seu “Far from over”, de 1983, é sua mentário de Wayne Johnson, that is)” abocanhou o prêmio ritmo. A voz dele encontrou um canção mais pedida pelos fãs, ainda inédito no Brasil. de Melhor Filme de Não Ficção tom muito singular. TELONA Fotos Divulgação Barra da Tijuca - RJ ‘O Irlandês’ 23 NOV Frank Sheeran (Robert grandes apostas da Netflix no 21 NOV RENATO E SEUS De Niro) – conhecido como Oscar do ano que vem, con- “O Irlandês” – é um ex-solda- ciliando tudo que o diretor ELVIS THE CONCERT BLUE CAPS do e veterano de guerra que tem de melhor: uma história anos depois faz a vida como épica (com 3h29min) e atu- caminhoneiro e assassino ações antológicas (al Pacino, de aluguel da máfia.