CLIPPING DEPUTADOS 30/11/2016

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Chapecoense: o símbolo da unidade

A tragédia aérea que vitimou a equipe da Chapecoense, quase toda sua diretoria e duas dezenas de profissionais de imprensa enlutou Santa Catarina e comoveu o mundo inteiro. O sentimento de grande pesar e profunda consternação que motivou milhares de mensagens no Brasil e no exterior representa uma tocante reação humana pela dimensão da tragédia. Mas há um diferencial a envolver este pesadelo que se abateu sobre o esporte catarinense.

A Chapecoense não é apenas mais um clube de futebol que, embora jovem, vem numa trajetória extraordinária de conquistas históricas, todas elas dentro do campo, cujo maior feito seria a disputa e tão sonhada conquista da Taça Sul-americana, em Medellín.

O clube é a representação real da pujança econômica e política de Chapecó e do Oeste catarinense. Conseguia unir a um só tempo os empresários, os políticos, os jovens, adultos, trabalhadores, homens e mulheres, sobretudo as crianças, numa torcida empolgada que animava o verde e branco para os grandes desafios. Conquistou o coração do Oeste e depois, nos campeonatos sul-americanos, de toda Santa Catarina, pela jornada espetacular. Um clube de pequeno município enfrentando e derrotando, um a um, grandes times do continente.

A história do futebol em Chapecó se vincula ao processo de colonização da região promovido por migrantes gaúchos. Os novos moradores e seus descendentes, principalmente no século passado, usavam bombacha, tomavam chimarrão como hoje, tinham no Correio do Povo o jornal mais lido da região e torciam pelo Grêmio e pelo Internacional. Nos dias de GreNal, a cidade parava nos postos de combustíveis, bares e restaurantes e nas residências, em empolgados grupos de torcedores. O futebol catarinense estava sempre em plano secundário. Nos últimos anos, a Chapecoense conquistou as preferências dos torcedores. E, na medida em que avançava no campeonato estadual, na Copa do Brasil e na Sul-americana, a paixão pelo clube consolidava de forma definitiva.

A Chapecoense se distingue dos concorrentes estaduais e nacionais. É bem administrada, tem uma gestão moderna comandada por dedicados empresários, paga salários em dia, tem até dinheiro aplicado. Seus dirigentes praticam e projetam a imagem de honestidade e de caráter, formando com os jogadores uma grande família.

Os jogos da Chapecoense se transformaram nos momentos de maior alegria, de entusiásticas comemorações de amplos segmentos da sociedade oestina. Tudo com espírito desportivo, ordem e disciplina, exemplos maiúsculos para as torcidas do Rio e de São Paulo, frequentemente envolvidas em atos de violência e confrontos criminosos.

Por tudo isso e muito mais, virou o símbolo da unidade e da força de Chapecó.

2 Solidariedade Para um mundo envolvido em guerras irracionais, com milhares de mortes estúpidas, outro contingente de refugiados buscando desesperados um porto seguro para viver, atos de corrupção provocando desânimo geral, o futuro cada vez mais imprevisível, a tragédia com a Chapecoense provoca uma reflexão sobre o valor da vida humana.

Têm sido realmente tocantes as manifestações de solidariedade de todas as partes do mundo. Em cada mensagem, o remetente fala como se tivesse perdido um ente querido na tragédia da Colômbia.

Esta catástrofe cancelou eventos, suspendeu atividades em várias cidades catarinenses, alterou agendas e mexeu com todo mundo. A notícia se referia a um acidente no exterior, distante dos centros de Santa Catarina e do Brasil. E, no entanto, repercutiu intensamente no Brasil e no mundo, como se entre as vítimas estivesse um amigo querido.

Reflexão O sentimento de vazio, o gosto amargo da notícia e a tristeza das mortes soam na mente como perdas irreparáveis, interrompendo de forma brusca sonhos acalentados durante anos, jovens que viam em Medellín novas perspectivas profissionais e dirigentes que ali encontrariam gratificantes gestos de reconhecimento pelo esforço do longo voluntariado.

No meio de tanta dor e sofrimento para milhares de familiares e amigos das vítimas e de torcedores, sobressai-se a indispensável reflexão sobre o viver o dia a dia, a importância da convivência fraterna, do respeito aos semelhantes e da conscientização de que disputas mesquinhas e conflitos de qualquer natureza de nada valem diante do inesperado da morte.

PARA SEMPRE

Do choque inicial vindo sem aviso pelas redes sociais aos detalhes da tragédia ao longo do dia (como cada vida sempre tem sua grandeza!), foi uma terça na qual só deveria ser permitido chorar. A comoção mundial é pouco perto da dor de familiares e amigos de quem perdeu a vida no desastre na montanha. Mas solidariedade e lágrimas são também homenagens. Força, Chape, sempre.

Centro para idosos deficientes Fabio Dalonso está estudando na Câmara de Joinville uma forma de tentar a instalação na cidade de um centro para atendimento de idosos com deficiências físicas. O vereador do PSD acredita em grande demanda pelo atendimento (será feita pesquisa sobre isso), e o modelo de funcionamento será debatido com especialistas no tema.

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Silêncio Por enquanto, o PSDB de Joinville não se manifestou sobre as disputas de bastidores entre o vereador eleito Natanael Jordão e o vereador Maycon César. A assessoria jurídica de Natanael diz que assessores de Maycon estão por trás de parte das denúncias contra o vereador eleito.

Suplência Natanael é alvo de ação de investigação eleitoral e Maycon será o primeiro suplente do PSDB na Câmara de Joinville a partir de 2017. Ou seja, em caso de impedimento do titular, Maycon assume. A audiência de instrução e julgamento da ação foi marcada para o dia 14 de dezembro.

SAIU

Preocupados com as condições da ponte ao lado de Estrada Rio da Prata, no interior de Joinville, moradores conseguiram que a Prefeitura removesse a estrutura. A ponte será substituída.

Ottokar Uma mudança no cruzamento das ruas Otto Parucker (continuação da Marquês de Olinda) e Marajó pode ser uma intervenção do Ippuj em 2017 para tentar reduzir o trânsito na Ottokar Doerffel, um dos acessos a Joinville pela BR-101 cada vez mais congestionado. O instituto quer ver como resolve o fato de a Marajó ser rua estreita para tamanho tráfego.

Duplicar No plano de governo de Udo de 2012, havia previsão de construção de elevado na esquina da Ottokar com a continuação da Marquês. A obra nem chegou a ser examinada e sumiu do plano de 2016. Desta vez, a promessa é de duplicação da Ottokar, em parceria com o governo do Estado.

Ainda a LOT A Câmara de Joinville ainda tenta encontrar uma possibilidade legal de votar o projeto da LOT sem as emendas que necessitam de mapeamento. Tais emendas já passaram em primeira votação e agora o Legislativo quer ver se pode excluí-las.

Sem mapas Se a proposta for adiante, as emendas a serem cortadas envolvem a criação de áreas de expansão urbana, na maioria dos casos. O impasse surgiu porque a comissão de Urbanismo não conseguiu definir quem fará os mapas dessas emendas.

4 As posses No encontro de ontem com o colegiado, Udo Döhler confirmou a exoneração dos quase 500 ocupantes de cargos comissionados no final do depois. No início de janeiro, recomeçam as nomeações. Mas no caso de parte dos secretários, será em 2 de janeiro, dia seguinte à posse marcada para as 17 horas do dia 1º.

O motivo Mais do que a dificuldade das estruturas para conseguir recursos, as fundações de Joinville se encaminham para a extinção principalmente como forma de economia de custos e corte de cargos comissionados. Por enquanto, as reações ainda são tímidas. Devem aparecer com mais intensidade quando o projeto for apresentado.

UM TÚNEL NA SANTOS DUMONT

Ainda nesta semana, começa a construção do túnel do kartódromo de Joinville na zona Norte. As estruturas estão sendo bancadas pela empresa como forma de melhorar o acesso devido à duplicação da avenida Santos Dumont.

De volta Por conta própria, a Prefeitura de Joinville vai retomar a obra da segunda etapa do corredor de ônibus da Nove de Março, na área central da cidade. A revisão do projeto, cobrada pelo Ippuj, levou a instalação da via exclusiva para o transporte coletivo ser suspensa no final do ano passado. A obra foi contratada pelo governo do Estado.

Numa só via Agora em janeiro, será feita uma adaptação pelo município, considerada suficiente para jogar na Nove de Março todo o trânsito de ônibus de acesso ao terminal central. Assim, os veículos coletivos deixam os trechos no entorno da Quinze, a rua do Príncipe, Dona Francisca e Princesa Isabel. Mais adiante, será cobrada do Estado a melhoria nos passeios.

Ajuda da Fatma ao helicóptero Um repasse de recursos pela Fatma deverá garantir a plena operação do helicóptero da PM durante a temporada de veraneio. Neste momento, devido à limitação de cota de combustível, o Águia só atende a ocorrências graves, sem participar de ações preventivas. O dinheiro vindo da Fatma será usado no contrato de manutenção e compra de combustível.

Contas eleitorais Em tese, aponta especialista, ainda que os recursos junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não sejam suficientes, a rejeição de contas eleitorais de vereadores eleitos em outubro em Joinville não deverá impedir a diplomação. Maurício Peixer (PR), Richard

5 Harrison (PMDB) e Roque Mattei (PMDB) vão recorrer da decisão de desaprovação em primeira instância.

A cartilha Em cartilha para as eleições de 2016, o TSE aponta que a Justiça Eleitoral enviará os processos de rejeição de contas ao Ministério Público para apuração sobre eventual abuso de poder econômico. No caso das vereadores de Joinville, a reprovação ocorreu por “inconsistências” na documentação.

Proibição não é aprovada

Com gritos de “vergonha”, foi rejeitado o projeto que proíbe vereador de ser secretário caso não renuncie em Jaraguá do Sul. A sessão teve presença da comunidade, do presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (Acijs), Giuliano Donini, e de vereadores eleitos. Depois de a votação ser adiada duas vezes por pedidos de vista, nesta terça-feira foram a favor apenas os autores da proposta de emenda à Lei Orgânica: Arlindo Rincos (PSD), Jeferson de Oliveira (PSD), Jocimar de Lima (PSDC) e o suplente de Jair Pedri (PSD), Celso Hille (PSDB). Votaram contra Ademar Winter (PSDB), Amarildo Sarti (PSDB), Eugênio Juraszek (PP), João Fiamoncini (PSD), Natália Petry (PMDB) e Hideraldo Colle (PMDB). Zé da Farmácia (PSC) se absteve. Natália deve ser a secretária de Esporte, Cultura e Turismo, e o vereador eleito Rogério Jung (PMDB) foi indicado como Secretário da Educação.

Discussão Antes da votação, Arlindo Rincos e Jeferson de Oliveira defenderam a proposta na tribuna. Oliveira se opôs à prática de secretários que voltam ao Legislativo apenas em ano eleitoral. “Aí ele fica seis meses de campanha recebendo salário de R$ 11 mil em função que não exerceu por três anos e meio. O que vai resolver na cidade nesses meses, se o foco é a campanha eleitoral?”, questionou. Winter reagiu. “Se o seu candidato tivesse sido eleito, você seria secretário de Esportes. É um direito que o prefeito tem de escolher uma pessoa de confiança”, declarou o vereador, que provocou certa aclamação. Mas a discussão continuou. “Eu não vejo problemas, mas que renuncie ao mandato.” Com a rejeição do projeto, ele será arquivado.

Transmissão do cargo Hoje à noite, o prefeito de Corupá, Luiz Carlos Tamanini, transmite o cargo ao vice, Loriano Rogério Costa. Tamanini já havia anunciado que esta era uma promessa feita no início do mandato a Kutcha.

Flagrante audiovisual Já está em uso em Jaraguá a sala para flagrante audiovisual da Polícia Civil. O ambiente possui programa que capta som e imagem de depoimentos nas delegacias. O sistema já é usado em Florianópolis, Palhoça, Balneário Camboriú e Joinville. A ferramenta traz

6 mais agilidade e transparência nos procedimentos policiais. Estava prevista uma inauguração ontem, mas por causa do luto oficial, a cerimônia foi cancelada.

TRAGÉDIA NO FUTEBOL Presidente da Alesc e prefeito da cidade viajariam com delegação

O presidente da Assembleia Legislativa (Alesc), Gelson Merisio, e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, estavam na lista de convidados do voo da Chapecoense para Medellín, mas nenhum dos dois embarcou com a delegação.

Merisio desistiu de ir na última hora, em função de compromissos na Assembleia nesta terça-feira. Buligon chegou a ir a São Paulo na segunda-feira pela manhã, mas permaneceu na cidade para fazer um curso e embarcaria hoje à tarde, em voo da TAM, para acompanhar o jogo na Colômbia. Com ele, permaneceu o dirigente Plinio De Nes Filho, conhecido como Maninho, que também aparece na lista de passageiros.

O prefeito de Chapecó esteve com a delegação antes do embarque, em Guarulhos. Em conversa com o presidente do clube, Sandro Pallaoro, o prefeito disse que se empenharia para que o voo de volta da delegação seguisse direto para Chapecó. O avião fretado para levar o time, da companhia Lamia, não havia sido autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para partir do Brasil rumo à Colômbia. Segundo o entendimento da Anac, o voo deveria ser feito por uma empresa brasileira ou colombiana, e a empresa contratada pela Chapecoense era boliviana. – Tive que ficar aqui em São Paulo para um curso, mas fui até a delegação desejar boa sorte e me despedir de todos. Falei com o presidente a respeito do voo de volta. Era um desejo do time voltar direto para Chapecó – afirmou Buligon, que ainda não sabia se embarcaria à tarde para a Colômbia ou retornaria para Chapecó.

FÉ Unir-se em pontos da cidade foi uma forma de amenizar a dor

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O encanto da Chape

A Chapecoense representa o sonho romântico de todo aficionado por futebol: ver um time de recursos limitados driblar a lógica e vencer equipes mais poderosas. É um sentimento natural para quem gosta do esporte torcer pelo David diante do Golias. Ao derrubar gigantes, a Chape ganhou a admiração do país. E tinha a torcida dos brasileiros na final da Copa Sul-Americana. As façanhas da Chape são admiradas. Para flamenguistas, atleticanos, gremistas, colorados e torcedores de tantas outras equipes, visitar a Arena Condá se tornou sinônimo de pedreira. Chapecó entrou no mapa do futebol nacional. Cresci em cidades do interior e sempre reconheci nos feitos da Chape a prova de que o futebol não precisa ser feito apenas nas capitais. A Chape contempla o desejo de ver o time da uma comunidade pequena escalando divisões, abrindo caminho na Série A e desafiando, sem medo, clubes de camisas pesadas. É rotineiro termos equipes de primeira divisão em grandes centros. É raro termos uma equipe de um município com pouco mais de 200 mil habitantes na Série A. É ainda mais difícil que essa equipe dispute títulos internacionais. Pois a Chape conseguiu tudo isso. Por isso, dói a tragédia da Colômbia. Em Brasília, vi comoção entre políticos. Por trás das notas oficiais de solidariedade, o reconhecimento das vitórias dos catarinenses ficou expresso nos olhos marejados de parlamentares. Da tribuna da Câmara, Celso Maldaner (PMDB- SC) leu o nome das vítimas para um plenário de semblante pesado. Deputados do Pará, Rio de Janeiro, São Paulo e de outros Estados lamentavam. No Senado, Paulo Bauer (PSDB-SC) fazia um pronunciamento quando foi interrompido por Zezé Perrella (PTB- MG). Ex-presidente do Cruzeiro, o mineiro reforçou o coro para que clubes da 1ª divisão emprestem, sem custos, jogadores à Chape. No ambiente matreiro e engravatado da política, houve emoção real. Espero que essa comoção se materialize em verdadeira ajuda nos próximos meses. O sonho da Chape não pode terminar em Medellín.

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Tristeza sem fim (1)

Para sempre, familiares e amigos dos que morreram no voo que levava o time da Chapecoense para a Colômbia carregarão a dor que surgiu como um punhal no peito ontem de madrugada. Perdemos vidas que estavam no auge, prestes a escrever página importante das histórias delas e também da de um clube adorado no Oeste e no Estado, de uma modalidade esportiva e do próprio país. São dramas familiares, mas também dramas de uma cidade e de uma região.

É como se a própria Chapecoense, a instituição, tivesse desaparecido de uma hora para outra. De uma hora cheia de glórias e conquistas para outra de luto e vazio. Se aqui no Vale do Itajaí a tristeza não deu trégua, no Oeste ela se agarrou a todos, sem dó nem piedade.

O Verdão era, até segunda-feira, o retrato da boa fase pela qual passa Chapecó, cidade com padrões invejáveis de desenvolvimento. Era a representação da felicidade e do sucesso de um povo que trabalha e supera obstáculos. O coração e a emoção dos chapecoenses e moradores de cidades vizinhas.

Quando o preto der novamente lugar ao verde, uma nova Chapecoense surgirá para dar a esse povo a alegria que se perdeu no caminho para a Colômbia. #ForçaChape.

Tristeza sem fim (2)

Igualmente impactante é a notícia de que nós jornalistas perdemos mais de 20 colegas que, como a Chape, estavam em momento de extrema alegria e sucesso profissional. Coberturas internacionais costumam dar visibilidade aos talentos que muitas vezes se escondem atrás de um computador, uma câmera, microfone ou gravador. Acompanhar de perto momento tão importante para o Estado e para o país era, de certa forma, uma espécie de reconhecimento pelo trabalho bem desenvolvido ao longo de anos.

Fica aqui meu pesar e carinho a todos os familiares e colegas de trabalho daqueles que nos deixaram fazendo o que mais gostam.

Vila em 360 graus

A estrutura do Empório Vila Germânica já está disponível para os usuários da ferramenta Google Street View. As fotos em 360 graus foram bancadas pelos lojistas do espaço, parte importante do Parque Vila Germânica de Blumenau. Com as imagens, ele esperam atrair ainda mais visitantes para a cidade e para a atração.

14 Yamandu em Blumenau

Quem passou rapidamente e sem alarde por Blumenau nesta terça-feira foi o violonista Yamandu Costa. Considerando um dos principais nomes da música instrumental brasileira, ele ensaiou à noite com a Orquestra de Câmara de Blumenau no Teatro Carlos Gomes. O som do violão de Yamandu vai enriquecer a apresentação que o grupo blumenauense fará nesta noite em Curitiba. O espetáculo faz parte da turnê Grandes Intérpretes, que também teve cinco apresentações em Santa Catarina.

Rede de Vizinhos

Desde setembro as ruas Caramuru e Roland Riediger, entre os bairros Escola Agrícola e Salto, fazem parte do programa Rede de Vizinhos. De acordo com a Polícia Militar, que coordena o programa em parceria com os conselhos de segurança da cidade, cerca de cem ruas de Blumenau já aderiram ao sistema em que o cidadão monitora a vizinhança de olho em qualquer movimentação estranha.

Para isso, eles participam de reuniões de conscientização e de treinamento. Aprendem sobre conceitos de segurança pública e de como lidar com as mais diversas situações de perigo.

Em tempo de escassez nos batalhões e delegacias, eis uma parceria mais do que necessária.

Acesso a Bombinhas

Até sexta-feira devemos saber qual empresa fará a recuperação de uma das pistas da rodovia que liga Porto Belo a Bombinhas. Hoje a Agência Regional de Desenvolvimento de Itajaí julga os recursos encaminhados pelas concorrentes e define quais das cinco empresas que participam da licitação serão aceitas. Inicialmente, todas foram questionadas por supostas irregularidades na documentação. Os envelopes com as propostas devem ser abertos até sexta-feira.

Metade da pista da rodovia cedeu no início do ano e deixou o trecho parcialmente interditado. A expectativa é de uma obra rápida, menos de duas semanas. Antes, portanto, da início da temporada. O custo estimado é de R$ 149 mil.

Prevenção a desastres

Alunos da Escola Básica Municipal Patricia Helena Finardi Pegorim, no bairro Fortaleza, participam hoje de um simulado de incêndio e de deslizamento na unidade de ensino. A atividade terá o acompanhamento do Corpo de Bombeiros e das secretarias de

15 Educação e de Defesa do Cidadão. Eles colocarão em prática o plano de abandono da escola.

Como bem disse o secretário de Defesa do Cidadão, Marcelo Schrubbe, em entrevista à coluna no fim de semana, “o segredo em catástrofes rápidas é ser treinado”.

Serviços públicos

Itajaí está em segundo lugar no ranking de qualidade dos serviços públicos elaborado pela Fecomércio/SC com avaliação de eleitores das sete principais cidades do Estado. Com média 3,02, em escala de zero a cinco, a cidade litorânea só perde para Chapecó, que obteve média 3,24.

De nove áreas avaliadas, Itajaí recebeu a melhor nota do Estado em três: limpeza urbana (3,85), água e esgoto (3,19) e preservação ambiental (3,14). Em outras cinco áreas a nota foi maior que a média estadual: cultura e lazer (3,3), habitação (3,17), educação (3,1), saúde (2,71) e segurança (2,29). Para os serviços de mobilidade urbana o eleitor deu nota 2,44.

Vale lembrar que o ranking tem como base a percepção do eleitor. Os dados obtidos pela Fecomércio serão encaminhados aos prefeitos das sete cidades.

Banco do Brasil

A Associação Empresarial de Itajaí (ACII) pediu ao Banco do Brasil que reverta a decisão de fechar a agência da Avenida Marcos Konder, em frente ao Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen. Para o presidente da entidade, Eclésio da Silva, a agência é estratégica, já que atende até familiares de pacientes internados no Marieta.

@umrostopordia

Faz 27 anos que Renato Dittrich trabalha no Teatro Carlos Gomes. Chegou lá pelas mãos de um compadre depois de ser gerente de uma distribuidora de alimentos, trabalhar no Ataliba e habitar o hostil ambiente do empreendedorismo. Nasceu em Blumenau perto de onde a cidade surgiu, no Ribeirão Fresco. Frequentou as escolas Luiz Delfino, Machado de Assis e Pedro II antes de fazer o técnico em Contabilidade no Franciscano Santo Antônio. Aos 74 anos de idade, Renato tem três filhos, quatro netos e uma casa em Penha, para onde vai nos dias de folga.

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Fez história

A tragédia da Chapecoense é de tal dimensão que se fica sem palavras. De tudo o que o time deixa ressalta-se o fato de ter feito história e orgulhar SC e o Brasil por chegar onde chegou. Eram atletas e dirigentes que voavam para defender o futebol brasileiro e sonhavam voltar vitoriosos para casa. Jamais se vai apagar da memória tão brilhante conquista e tão triste fato.

Adeus, Delfim Na tragédia de Medelín, este espaço perdeu um de seus mais fiéis leitores e críticos, o presidente da Federação Catarinense de Futebol e vice-presidente da Confederação Brasileiro de Futebol, Delfim de Pádua. Em sua última manifestação, que não foi publicada, admitiu que a CBF estava fazendo de tudo para que o Palmeiras fosse campeão brasileiro deste ano, por méritos não totalmente seus.

Pedágio Naturalmente que sob autorização de alguém de cima, o secretário estadual de Infraestrutura, João Carlos Ecker, adiantou em evento na Fiesc que o governo estadual tem estudos para cobrar pedágio em suas rodovias (as mais movimentadas, naturalmente) a partir do próximo ano. A Fiesc foi quem sugeriu concessionar rodovias estaduais e rever as taxas das federais já concessionadas e que, está mais que claro, não tem o devido retorno daquilo que o usuário desembolsa.

19 Investimento zero Em alentada análise em que acompanha o andamento de 58 obras estaduais e federais nas áreas aeroviária, aquaviária, ferroviária e rodoviária em SC, em que 60,4 % delas estão atrasadas, a Fiesc faz uma observação que merece reflexão: as obras ferroviárias tiveram zero % de investimento nos últimos 10 anos.

Infraestrutura Os dados da Fiesc batem com uma pesquisa do Instituto Locomotiva, publicada ontem, em que 98% dos brasileiros consideram que o Brasil precisa investir em infraestrutura para voltar a crescer. E mais da metade (52%) acredita que as instalações atuais atrapalham o país.

Voltando Libertado da cadeia em junho, mas ainda respondendo acusações de desvio de recursos destinados a organizações não-governamentais para realização de eventos esportivos e investigado em 200 processos no Tribunal de Contas de SC, o ex-deputado e ex- secretario estadual do Turismo, Cultura e Esporte, Gilmar Knaesel, está retornando à cena pública. Participou, anteontem, em Florianópolis, de reunião do PSDB estadual, que fez um balanço das eleições e definiu prioridades para 2018, entre elas a determinação de que terá candidato próprio ao governo do Estado.

Fidel Lido, alhures, a propósito da morte do tirano Fidel Castro: “Comunismo e socialismo não avançam porque só sobrevivem num sistema de autoritarismo. Suprimem pela força o que há de essencial na natureza humana: a liberdade. Monitoram a mente e as ações humanas, impedindo que o homem seja o principal agente de sua história”.

Horror De causar pavor o que o diário “A Tribuna”, de Criciúma, publicou ontem: um adolescente de 15 anos, apreendido pela PM segunda-feira, por estar com mandado de busca e apreensão, foi liberado da delegacia por falta de vagas no sistema socioeducativo. Dentre outros delitos, há ao menos três procedimentos contra o menor por envolvimento em homicídios. Há dias, uma adolescente de 15 anos, envolvida no latrocínio de um jovem caminhoneiro, também foi liberada pelo mesmo motivo.

Nova opção Sem jamais admitir que o transporte marítimo de passageiros está descartado, embora discutido há décadas, a opção do momento na Capital é o Bus Rapid Transit (BRT), apresentado segunda-feira pelo superintendente da região metropolitana, Cássio Taniguchi. Enquanto isso, não se vê ações concretas contra um pesadelo de 20 anos, que é o saturamento da Via Expressa, que liga as pontes à BR 101, por onde passam 140 mil veículos por dia.

20 Dinheiro na mão Governo baseado na desconfiança dá nisso. Na definição das regras para a primeira rodada de privatização do Programa de Parceria em Investimentos (PPI), em que serão vendidos os aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre, o vencedor da disputa terá de pagar à vista 25% do valor da outorga (espécie de aluguel para poder assumir o aeroporto) pela vitória no leilão, no primeiro trimestre de 2017. Pode render R$ 2,9 bilhões aos cofres públicos.

Deputados podem contratar auditoria para esclarecer dívida

A reunião de ontem, na Assembleia Legislativa, sobre a dívida com o Hospital São José não foi conclusiva. Nova reunião foi marcada para amanhã, em Criciúma. E pode ser a última.

Se não sair acordo, os deputados estaduais da região devem contratar uma auditoria independente para estudar todas as contas, avaliar os contratos, e dar um parecer técnico final. Será uma boa atitude.

Não é possível que prevaleça este jogo de empurra.

O Hospital São José não está pedindo empréstimo, nem favor. Está cobrando uma conta por serviço autorizado, liberado, feito e não pago.

Se os responsáveis (que pagam a conta) não controlam, problema deles.

Ontem, meio caminho foi vencido quando retiraram da discussão a "parte da conta" que está judicializada. Porque o que já está na justiça, é a justiça quem vai definir.

A discussão ficou restrita à uma parte menor, de pouco mais de um ano. Deve ficar mais fácil de identificar o "furo".

Na discussão de ontem, o hospital mostrou documentos de um repasse do Governo Federal para a prefeitura, que deveria ser entregue ao hospital, e não foi. A prefeitura reagiu.

Foi um momento tenso da reunião.

A reunião de amanhã deve recomeçar por este ponto. O Governo do Estado fez circular, ontem à noite, nos bastidores, que vai apresentar documentos, amanhã, para mostrar que pagou tudo o que era a sua obrigação.

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A prefeitura se diz "segura".

Mas todos não podem estar com a razão. Alguém está devendo.

Por isso, é boa a ideia dos deputados. Um auditor externo independente pode colocar os pingos nos is.

Vidas em risco

A reunião de ontem quase não saiu. Chegou a estar suspensa por alguns minutos, porque tudo que estava marcado na Assembleia foi cancelado depois da tragédia com a delegação da Chapecoense. Mesmo compreendendo a importância do gesto em solidariedade a todos de Chapecó, os deputados do Sul decidiram manter a reunião porque a continuidade da paralisação no Hospital São José também pode matar pessoas.

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Brasil de luto!

Todo o país sofre muito com as perdas deste trágico acidente ocorrido na Colômbia. Homenagens, de fato, não trarão a vida das vítimas de volta, mas certamente ajudam a confortar os corações de seus familiares e amigos e, também, de todos os chapecoenses. Uma das principais homenagens foi prestada pelos principais clubes do Brasil. Todos eles trocaram seus escudos oficiais nas redes sociais pelo emblema da Chapecoense. A alteração da imagem foi seguida da frase: “Hoje, todos os clubes do Brasil são um só. #ForçaChape”.

Verde O Corinthians fez uma homenagem que ninguém esperava que um dia ocorreria. Vestiu seu site oficial todo de verde, em homenagem à Chapecoense. O verde é a cor do arquirrival corintiano, o Palmeiras, e é proibido nas vestimentas e produtos do clube do Parque São Jorge.

Rachaduras O vereador Alexandre Moraes (PSD) solicitou ao prefeito Olavio cópia do contrato de execução da construção da pista de skate. O edil justificou que necessita ter conhecimento do prazo de garantia da obra e de informações sobre responsabilidade pela sua recuperação, já que a obra apresenta diversas rachaduras.

Abastecimento Na sessão da última segunda-feira, o progressista Gelson Bento solicitou à empresa Tubarão Saneamento que seja garantido o abastecimento de água em toda a extensão da rua Selfio Dandolini, localizada na Guarda ME. De acordo com o edil, hoje, apenas metade da rua é contemplada com água.

Orçamento A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Tubarão pediu a prorrogação do prazo para emissão de parecer sobre o projeto de Lei Ordinária nº 153/2016, que estima a receita e fixa a despesa do município de Tubarão para o exercício de 2017. A comissão precisa de mais 15 dias para melhor análise da proposta vinda do Executivo.

23 Executivo É claro que é improvável que algum dos vereadores da bancada governista, ao ser convidado pelo prefeito Joares Ponticelli a ocupar uma secretaria municipal, recuse o convite, mas é evidente que “se foi” o tempo em que os vereadores brigavam com bastante afinco pelas indicações.

Executivo (2) Determinadas secretarias realmente permitem ao vereador uma maior projeção, mas a atual situação da prefeitura, com previsão de poucos recursos para investimentos em obras e melhorias, ao menos neste primeiro ano de mandato, faz com que os vereadores pensem duas vezes antes de deixar a Câmara para atuar no Executivo.

Prefeitos eleitos A Amurel recebe hoje, pela segunda vez, os prefeitos eleitos da região para um café da manhã e um bate-papo. Propostas e projetos que foram discutidos no primeiro encontro serão apresentados hoje. O encontro acontece da sede da entidade, das 9h às 12h.

DIZEM MAS EU NÃO AFIRMO Que até São Jorge estava vestido de verde...

A mensagem do bispo

Em pronunciamento realizado ontem à tarde, o bispo da Diocese de Tubarão, dom João Francisco Salm, declarou que a notícia da tragédia com a delegação da Associação Chapecoense e membros da imprensa, que viajavam para Medellín, na Colômbia, causou grande consternação e dor. Dom João Francisco, que também é presidente da Regional Sul 4 da CNBB em Santa Catarina, disse que, na hora de tanta dor e sofrimento, lamenta o que ocorreu e manifesta solidariedade, em especial aos familiares e amigos mais próximos das vítimas, dos dirigentes e atletas, dos profissionais da comunicação, dos convidados e tripulantes. Solidarizou-se também com todos os demais dirigentes e torcedores da Chapecoense, que vinha representando tão bem o Estado de Santa Catarina e até mesmo o futebol brasileiro. Encerrando, disse que firmados na fé e que a vida continua para além da morte, pediu paz e esperança aos familiares.

Entrelinhas

Diretor do Colégio Dehon, José Antonio Matiolla, foi convidado para assumir o cargo de presidente da Fundação Municipal de Educação de Tubarão. Após conversas com

24 diversas pessoas, disse estar honrado pelo convite, agradeceu ao prefeito eleito, Joares Ponticelli pela lembrança e comunicou que não poderá aceitar a missão, já que o Colégio Dehon tem um grande projeto pela frente.

Caberá ao presidente estadual do PSDB, deputado Marcos Vieira, a condução da participação do partido no governo de Raimundo Colombo e Eduardo Moreira. Os tucanos já mandaram avisar que terão candidato a governador em 2018 e que a presença do partido no governo não implicará em compromisso para 2018.

Vereador Gelson Bento, presidente da Cergal, solicitou que sejam encaminhados à Casa Legislativa informações sobre o estágio em que se encontra o projeto de dragagem do rio Tubarão. Gelson pediu também a previsão para o início dos trabalhos, que são aguardados há anos pela população de Tubarão e região.

Caso o prefeito Castilho seja de fato impugnado pela Justiça, ocorrerá nova eleição em Sangão. Alguns nomes começam a aparecer, como o vice da chapa vencedora do pleito de outubro, Dalmir Carara Cândido, o popular Pinto, e de Antônio Mauro, ex-prefeito. O candidato da oposição derrotado nas urnas, Jaison Teonaz Goulart, já mandou dizer que estará fora do novo pleito.

Presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merisio (PSD), só não viajou com a delegação da Chapecoense para a Colômbia devido à votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) estar na pauta de ontem, com uma emenda que mudava o duodécimo da Alesc e redistribuía os recursos entre o Tribunal de Justiça e Ministério Público.

A Amurel reúne hoje, pela segunda vez após as eleições de outubro, os prefeitos eleitos dos municípios associados. Das 9h às 12h, a pauta terá apresentação de parceria com a Udesc, apresentação dos produtos e serviços da Caixa Econômica Federal e participações da Fecam, Aris, Ciga e Egem. Só Braço do Norte e São Ludgero não confirmaram presenças.

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Documento comprova que há articulação conjunta da maioria dos vereadores para eleger Daniel Viriato presidente da Câmara de Araranguá.

Termo comprova acordo para eleger Daniel

Um Termo de Acordo, assinado pelos vereadores eleitos, ou reeleitos, de Araranguá: João Abílio Pereira (PRB), José Paulo Roldão (PSDB), Luciano Zeferino Pires (PSB), Diego Rosa Pires (PDT), Jair Arcenego Anastácio (PT), Paulinho Souza (PSD), Neno Fontoura (PPS), Márcio Tubinho (PP), Jacinto Dassoler (PP), Igor Batista Gomes (PV), Ronaldo Soares (PMDB), Cabo Loro (PSD) e Daniel Viriato Afonso (PP), confirma a existência oficial de um acordo para eleger o comando da próxima Mesa Diretora da Câmara Municipal da Cidade das Avenidas. O documento, publicado neste artigo de forma exclusiva, será entregue somente hoje a Daniel Viriato.

Pelo acordo, todos os vereadores supracitados se comprometem em votar pela eleição de Daniel Viriato à presidência da Câmara. Os únicos vereadores que não assinaram o documento foram Alexandre Pereira (PPS) e Tano Costa (PP), que foi o mais votado no pleito proporcional deste ano no município. De acordo com três vereadores que foram consultados, Alexandre e Tano ainda nutrem a expectativa de que uma reviravolta possa mudar os destinos na eleição para a composição da Mesa Diretora. Em Araranguá, aliás, este fato não é nem um pouco incomum. Em várias ocasiões acordos simplesmente foram deixados de lado, em benefício de situações inesperadas.

O cenário atual, no entanto, sugere que Daniel Viriato seja mesmo eleito. O maior indicativo disto é o fato do PP e os demais partidos aliados a sigla, no pleito deste ano, terem eleito dez, dos 15 vereadores. Afora isto, os futuros vereadores Jair Anastácio (PT) e Diego Pires (PDT), aliados do atual prefeito Sandro Maciel (PT), não têm interesse em conflitar com o futuro governo do prefeito Mariano Mazzuco Neto (PP). Nenhum prefeito quer que seu sucessor, ainda mais da oposição, fique vasculhando sua gestão.

Por conta disto, as indisposições manifestadas por Alexandre e Tano têm sido observadas com incredulidade pela grande maioria dos que assinaram o Termo de Acordo. Interessante observar que boa parte dos que assinaram o Termo estão torcendo

26 para que os dois fiquem de fato de fora do acordo. “Sobrará mais vagas na prefeitura e na Câmara para os demais”, me disse um dos articuladores da composição.

Anjo da Guarda Nome forte do PSD estadual para a disputa pelo governo em 2018, presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merísio, só não embarcou no voo fretado que levava os jogadores da Chapecoense para a Colômbia por um detalhe. De última hora surgiu um compromisso inadiável no parlamento catarinense, o que fez com que Merísio desistisse da viagem. A exemplo dele, o prefeito eleito de Chapecó, Luciano Buligon (PSB), e o dirigente esportivo Plínio de Nês Filho, que em princípio iriam no mesmo voo, acabaram ficando em São Paulo para outro compromisso, e seguiriam viagem depois, em um voo comercial. Por ironia do destino, Merísio disse que fez de tudo para cancelar a atividade em que precisaria estar presente na Assembleia Legislativa, com o objetivo de seguir viagem com a Chapecoense, mas não conseguiu. Como os três haviam feito reserva no voo que caiu, seus nomes apareceram entre as vítimas do acidente.

Ainda ambulância E a história da destinação de uma ambulância da Secretaria de Estado da Saúde para Sombrio continua dando pano pra manga. Na sexta-feira passada o deputado José Milton Scheffer (PP) comemorou o fato de ter conquistado o veículo para o município, a ser entregue ao prefeito Zênio Cardoso (PMDB) no próximo dia 7. Tão logo fez isto, foi contestado pelo PR de Sombrio, que reivindicou a paternidade da conquista, através do deputado Maurício Escudlark (PR). Zé Milton, então, apresentou ofício datado de 31 de março, em que solicitava a ambulância à Secretaria da Saúde, em Florianópolis. Em princípio este documento liquidava com os argumentos do PR sombriense, já que o ofício de Escudlark, onde fazia solicitação análoga, era datado de 11 de julho, mais de três meses depois. Depois dos argumentos de Zé Milton, repercutidos amplamente na imprensa, o PR novamente se manifestou. Conforme Dangelo da Silva Santos, um dos articuladores da sigla em nível municipal, “Zé Milton pode até ter pedido antes, mas quem trabalhou pela vinda efetiva da ambulância foi o Maurício Escudlark. Pedir qualquer um pede. Trabalhar pela conquista é outra coisa”, alfinetou.

Fechamento Saúde pública de nossa região, que já anda aos trancos e barrancos, deve ficar pior ainda com a caótica situação vivenciada pelo Hospital São José, de Criciúma. Ainda que esteja sediado na região carbonífera, o São José atende muita gente aqui no Extremo Sul. O problema é que, com uma dívida de R$ 25 milhões junto a funcionários e fornecedores, o hospital passou a atender apenas os casos de urgência e emergência. A diretoria do hospital alega que a Prefeitura de Criciúma e o Governo do Estado estão devendo, em conjunto, este montante. O governo diz que não deve nada, mas já admite a possibilidade de ter que aportar R$ 7 milhões. Já a prefeitura diz que só tem condições de repassar R$ 2 milhões de qualquer dívida existente. Afora isto, também já disse que não renovará o contrato para a manutenção do São José em 2017. Pelo andar da carruagem, o hospital irá fechar de forma irremediável.

27 Julgamento Está marcado para o próximo dia 8 de dezembro o julgamento do recurso impetrado no Tribunal Regional Eleitoral pelos advogados do vereador reeleito de Araranguá, Cabo Loro (PSD), que teve sua candidatura cassada em primeira instância por suposta compra de votos. À época da eleição, Cabo Loro foi visto dando dinheiro para que uma senhora fizesse um exame médico. Por conta disto ele foi denunciado. De acordo com Cabo Loro, a prática de ajudar a quem precisa sempre foi comum em sua vida pessoal. “A pessoa que ajudei disse em juízo que nem sabia que eu era candidato. Falou até mesmo que ia votar em outra pessoa, mesmo assim fui cassado”, comentou. Ainda que esperançoso em relação a seu recurso, Cabo Loro admitiu que sua situação é “difícil”, por conta do clima de caça das bruxas instaurado no país. Se for absolvido no TRE, Cabo Loro deverá ser diplomado no dia 16 de dezembro. Feito isto, mesmo que o Ministério Público Eleitoral recorra ao Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, dificilmente ele perderá o mandato. No entanto, se for confirmada a cassação no TRE, é muito provável que ele não reverta seu quadro.

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Na Assembleia, deputados lamentam tragédia com avião da Chapecoense

A queda do avião que transportava a delegação da Chapecoense, ocorrida na madrugada de terça-feira (29), nas proximidades de Medellín, na Colômbia, causou profundo pesar entre os parlamentares na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. O time disputaria, na quarta-feira (30), o primeiro jogo da final da Copa Sul- Americana contra o Atlético Nacional.

Confira abaixo as manifestações dos deputados.

46 Luciane Carminatti (PT)

Externo solidariedade aos amigos e familiares, a toda essa grande família chapecoense, aos torcedores, a todos que independentemente do lugar onde residiam, torciam por esse time que trouxe tantas alegrias. Eu sou conselheira da Chapecoense e na última reunião do conselho falamos sobre os planos, as metas da Chapecoense, que planejava a construção do centro de treinamento, já pensando o futuro, com orgulho dos atletas de base. Enfim, um time que era completo. Hoje, eu como chapecoense me sinto como se tivessem tirado o coração de dentro da gente. Porque esse time deu muita alegria, trouxe muitas conquistas para nós, levou o nome da cidade, levou o nome do estado para o Brasil afora. E foi com o trabalho de todos, sempre muito comprometidos. Eu tinha amigos que se foram, que eram da direção e estavam no avião. Estamos muito tristes, mas neste momento a solidariedade tem que prevalecer, o conforto às famílias, aos amigos, a todos os torcedores. Vamos ter que continuar a vida. Continuar em nome de todos que fizeram essa bonita campanha.

Mauro de Nadal (PMDB)

É um momento de muita tristeza, muito pesar. A Chapecoense partiu ontem de São Paulo em busca de um sonho, levar o estado de Santa Catarina, pela vez primeira, a disputar uma competição internacional. Os próprios jogadores em depoimentos falavam “estamos indo transformar um sonho em realidade”. E este sonho acabou num grande pesadelo, que entristece não somente nós, que somos do Oeste, que vivemos a Chapecoense desde o acesso à série A, que acompanhamos o clube dos tempos em que a dificuldade financeira era enorme. E os dirigentes que estavam juntos nessa competição foram os que conseguiram fazer ressurgir a Chapecoense no momento de maior dificuldade financeira enfrentada pelo clube. E, hoje, dá para se dizer, que é um dos mais sólidos do país, é uma equipe tida como uma das mais carismáticas na competição brasileira. Simplesmente, num piscar de olhos, esse sonho basicamente se transforma em cinzas. O que dizer num momento desses? É muito difícil. O que se busca agora colocar em evidência é a paz dessas famílias que perdem seus entes queridos, dos torcedores, dos dirigentes, de seus familiares. Tivemos uma figura de grande expressão aqui em Santa Catarina, Delfim de Pádua Peixoto Filho, que também estava no voo. Também ex-presidentes da Chapecoense, como um prêmio pela história junto ao clube. A esses familiares tentamos levar o conforto. Que o nosso Grande Arquiteto do Universo consiga levar a eles um momento de paz, de conforto para conseguirem enfrentar essa dificuldade. Perda dessa natureza, como a partida de qualquer ser humano, é algo que machuca o coração, o sentimento, frustra muitos sonhos.

Neodi Saretta (PT)

É lamentável. Nós todos, como catarinenses, nos sentimos entristecidos, especialmente, do Oeste de Santa Catarina, vivenciando ali lado a lado com a comunidade da cidade de Chapecó. Transmitimos nossa solidariedade e nossos sentimentos aos familiares e amigos, tanto dos jornalistas quanto da delegação, dos dirigentes e da comunidade. Uma verdadeira tragédia para Santa Catarina. Vamos prestar nossa solidariedade e torcer para que as pessoas possam encontrar conforto.

47 Valdir Cobalchini (PMDB)

Nos faltam palavras, estamos todos muito chocados desde a madrugada. Essa tragédia se abate não apenas sobre Chapecó, sobre o Oeste de Santa Catarina, mas o estado inteiro, o país, que vem noticiando em todas as redes de televisão e rádio, e também o mundo, que repercute esse acontecimento lamentável. Traz um clima de comoção, pela alegria que vivíamos até ontem a um clima de absoluta tristeza. Nossa solidariedade às famílias. É um momento difícil, a ficha ainda não caiu, isso não volta mais. Agora, enfim, é pedir forças para que a gente possa passar por esse momento. Além de oestino, morei em Chapecó, tenho um envolvimento muito grande com a Chapecoense. Quantas e quantas vezes fomos ao estádio... Ontem mesmo estávamos reservando ingressos para a partida do dia 7, em Curitiba, no último jogo. Manifesto solidariedade ao nosso estado. Chapecó representava o país e todos nós vivíamos intensamente esse momento que a Chapecoense nos permitiu. Com a consternação desse momento, é difícil expressarmos o que estamos sentindo. Como representante daquela região, quero me associar, compartilhar a tristeza, comoção, emoção pelo acontecido. Ainda é muito difícil acreditar no que está acontecendo, nem imaginar o que vai ser do futuro. É viver o hoje, acompanhar os acontecimentos daqui em diante. Tentar estarmos presentes em espírito, mas fisicamente também, para transmitir, além da nossa solidariedade, nossa força para a cidade de Chapecó e o Oeste de Santa Catarina, que vive o dia mais triste de sua história.

Padre Pedro Baldissera (PT)

Lamentamos profundamente o acontecido com a delegação da Chapecoense. Era um time que estava se destacando no contexto estadual, nacional e até mesmo da América Latina. Lamentamos e queremos estar solidários a todos os familiares. Era um time que demonstrou muita competência, dedicação, humildade, e por isso chegou aonde se encontra, vitorioso nesse processo todo. Esperamos que a nossa solidariedade, além de levar conforto, possa transmitir um momento de esperança a cada um que fez parte da família Chapecoense.

Romildo Titon (PMDB)

É um momento muito triste para Santa Catarina, principalmente para a região de Chapecó, para os familiares todos. São crianças e jovens que perdem seus ídolos num momento importante em que a Chapecoense estava dando uma oportunidade a Santa Catarina de participar internacionalmente. Isso levava o nome de Santa Catarina, de Chapecó, do Meio Oeste. Neste momento, temos que dar a solidariedade a todos os familiares, que são os que mais estão sofrendo no dia de hoje, e a todos os catarinenses também.

Natalino Lázare (PR)

É difícil até falar numa circunstância como essa. A Chapecoense era um clube, uma instituição de superação de desafios, de sucesso, um empreendimento vitorioso, agora no topo do futebol da América Latina. Sou do Oeste de Santa Catarina e lamento profundamente essa tragédia que entristece a todos. Inegavelmente baixa a autoestima não só dos catarinenses, mas dos brasileiros. O que importa mesmo são os pais que perderam seus filhos, as esposas que perderam seus maridos, os filhos que perderam

48 seus pais, e todos nós, que perdemos nossos ídolos, que estavam lutando para superar desafios, conquistar títulos para o Brasil e Santa Catarina. Certamente, essa tragédia vai marcar a história de maneira triste, mas nunca vai apagar das nossas lembranças o brioso time da Chapecoense e os valorosos dirigentes que construíram essa importante equipe de futebol.

Silvio Dreveck (PP)

Lamentavelmente, um acidente trágico que levou atletas, dirigentes. A Chapecoense era o único clube catarinense que estava disputando um título internacional. Chocou o mundo esportivo, em especial os catarinenses, muito mais os chapecoenses. É um momento de muita tristeza para todos nós. Queremos ser solidários com os familiares, os dirigentes, todos aqueles que perderam alguém estimado, todos os chapecoenses, a torcida. Nossa solidariedade ao clube também, que sempre nos orgulhou, e passa por esse dia triste. É um dia de luto para nós. O que podemos é lamentar e sermos solidários.

Darci de Matos (PSD)

É uma tragédia sem precedentes. O Parlamento catarinense suspendeu as atividades por três dias, o estado e o Brasil estão de luto. É uma tragédia com repercussão internacional. A nossa preocupação é com os familiares das vítimas, que sofrem neste momento. Estamos consternados. Lamento pela cidade de Chapecó, com um time tão querido, tão competente, que estava indo tão bem nas competições nacionais e internacionais. São coisas da vida, algo difícil de entender, mas temos que tentar superar. Neste momento, só há uma forma de buscar forças para superar isso. A mensagem que deixo para os familiares é se apegar em Deus, só Ele pode ajudar.

Antonio Aguiar (PMDB)

Estamos consternados com essa tragédia do esporte mundial. Uma fatalidade para qual nunca estamos preparados. Mostra que nossa vida é um sopro. O momento é de emoção, de solidariedade com todos os envolvidos nessa tragédia.

Leonel Pavan (PSDB)

A Chapecoense não só representava Santa Catarina e o Brasil na América do Sul, ela orgulhava todos os desportistas, todos os que amam o esporte. O sonho da Chapecoense virou o sonho dos catarinenses e do Brasil. Esse sonho virou uma tragédia lamentável. Mas a Chapecoense continua sendo o nosso orgulho, porque representa o sentimento que está no coração de cada brasileiro neste momento. Vamos pedir a Deus que conforte a todos os familiares, a todos os chapecoenses.

Luiz Fernando Vampiro (PMDB)

O futebol catarinense teve um grande crescimento nos últimos anos e a Chapecoense tem muita participação nisso. Estávamos todos entusiasmados com essa fase da Chapecoense na Copa Sul-americana. Mas hoje amanhecemos perplexos com essa tragédia, que não é só de Santa Catarina, é mundial. Estamos de luto e o que desejo é

49 muita força para as famílias por causa dessa perda irreparável para Santa Catarina e para o país.

João Amin (PP)

Receber essa notícia dessa tragédia mundial é algo que nos entristece demais. Nossa solidariedade às famílias das vítimas. A Chapecoense despertou um sentimento que estava contagiando o Brasil, afetando positivamente aqueles que acompanham o futebol brasileiro. Mesmo quem não é de Chapecó torcia muito para o sucesso da equipe. Meu pesar a todas as vítimas dessa tragédia.

Gean Loureiro (PMDB)

É lamentável e inacreditável o que aconteceu. Muito mais que o time da Chapecoense, é o estado que fica de luto, com dirigentes, profissionais de imprensa, atletas, empresários, num momento de auge em que o time representava todo o estado e o país. Uma notícia que surpreende e entristece. Nosso apoio a todas as famílias dos envolvidos.

Ismael dos Santos (PSD)

Nós nunca estamos preparados para uma notícia dessas. A morte é como uma ave de rapina que rasgou os seus da Colômbia e levou nossos amigos da Chapecoense. É um momento de solidariedade, extremamente emotivo. Quero deixar nossa mensagem especial para esses determinados chapecoenses, que agora precisam superar essa tragédia. Deixar nossa palavra e nossa oração para que Deus ilumine e console as famílias e os amigos das vítimas.

Ricardo Guidi (PSD)

Um episódio lamentável com a Chapecoense, que tão bem representava nosso país na competição sul-americana. Acordamos com essa notícia triste, com a qual só podemos lamentar e orar pelas vítimas que estão sofrendo tanto neste momento.

Cleiton Salvaro (PSB)

Aos familiares e amigos de todos os envolvidos nessa tragédia, nossos sentimentos. Muita força e confiança em Deus. O caminho dos que se foram vai ficar marcado para sempre na nossa história, infelizmente de forma trágica. Nossas condolências a todos envolvidos nessa fatalidade.

Vicente Caropreso (PSDB)

Uma tragédia para todos nós, diante de uma conquista que se aproximava e a superação do um povo de uma cidade do interior do estado que construiu um time de futebol querido por todos. Vai o meu abraço por essa perda irreparável para o esporte e para a comunidade catarinense.

50 Manoel Mota (PMDB)

É uma situação em que as palavras faltam. Estamos todos de luto. Santa Catarina perde um dos melhores times que teve em sua história, que hoje representa o país. Uma história linda, que orgulha Santa Catarina. Um time que poderia disputar qualquer competição. É lamentável, com profundo pesar que encaramos essa perda. A Chapecoense passa a ter um lugar no coração de todos nós.

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A livre manifestação está sujeita a parâmetros da legalidade e o que se viu na Esplanada dos Ministérios e em frente ao Congresso Nacional, nesta terça, foram cenas de vandalismo por parte de quem protestava contra o teto de gastos públicos pelos próximos 20 anos e a reforma no ensino médio, que sequer estava em pauta. O ajuste proposto pelo Palácio do Planalto acabou aprovado por 61 votos dos senadores contra 14.

A destruição focou veículos, um deles da TV Record, e prédios públicos, atacados com pedras e coquetel Molotov. Os ditos manifestantes, minoria entre os 10 mil que ocuparam a região próxima ao Congresso, tinham os rostos cobertos por camisas e máscaras, certamente não para se proteger das bombas de gás lacrimogênio, mas para manter a identidade sob sigilo. Nenhum ato que visa a destruição de patrimônio público e a vida humana merece o mínimo de consideração.

Mais tarde

A Câmara aprovou o relatório da comissão especial com as medidas contra a corrupção. Uma lavada, de 450 a favor, um contra e três abstenções.

A TRISTEZA QUE UNE O ESTADO, O PAÍS E O MUNDO

Em todo o pequeno gesto ou grande manifestação, do depósito de flores, velas e mensagens na Arena Condá à decretação do luto oficial no município de Chapecó, em Santa Catarina e no Brasil, a classe política e os torcedores se uniram a uma corrente de pesar pela perda coletiva e, ao mesmo tempo, de conforto aos familiares dos atletas, dirigentes e profissionais da imprensa que perderam a vida na tragédia da Colômbia. A Chapecoense viveria, nesta quarta, um dia para fazer história e a fez na véspera, onde dor e empatia se misturaram para mostrar que a aventura da Associação, como a conhecemos desde a década de 1970, havia consolidado um laço de respeito e admiração com o mundo do futebol.

52 IMAGENS/ ARTE/REPRODUÇÃO/INTERNET

TONS DE VERDE

Esporte é fato para proporcionar alegria, uma profusão de emoções que une pessoas diferentes em torno de uma conquista ou na busca dela. A grande perda só fundamenta isso. O respeito demonstrado mundo afora consola, mas não trará de volta amigos, colegas e ídolos, fruto da nossa desventura humana: somos eternizados na lembrança quando perdemos a vida. Que nunca sejam esquecidos. No sentido horário, algumas homenagens pelo mundo: o Cristo Redentor iluminado de verde, um pedido da Embratur aceito pela Diocese do Rio de Janeiro; o Estádio de Wembley, na Inglaterra, com o arco na cor da Chape; a Torre Colpatria, em Bogotá, na Colômbia; o Estádio Beira Rio do Internacional de Porto Alegre; e Arena do Grêmio, também na Capital gaúcha.

Até na NBA

A Associação de Basquete Profissional dos Estados Unidos, a multimilionária NBA, teve a rodada da noite desta terça-feira marcada por homenagens à Chapecoense. No início dos jogos, os clubes fizeram reverência ao clube catarinense e brasileiro com o escudo nos telões, antes da execução do hino norte-americano.

A síntese da dor

Antes de embarcar para a Colômbia, o prefeito Luciano Buligon (PSB) foi a figura mais procurada pela mídia para comentar os fatos que se sucederam à tragédia nos arredores de Medellín. Desistiu de ir com a delegação, no mesmo voo, no final de semana, para um compromisso em São Paulo e pediu a Plínio David de Nes Filho, o Maninho, presidente do Conselho da Chapecoense, que ficasse com ele para seguir viagem na terça-feira à tarde. Salvou a ambos.

53 Comoção

A proposta do Atlético Nacional de Medelín de que a Comenbol dê o título de campeão da Copa Sulamericana à Chapecoense é a tradução perfeita do cavalheirismo, que sobrevive à rivalidade do futebol. A repercussão do acidente na Colômbia e a solidariedade revela um espírito elevado de consideração pelo próximo. Assista ao vídeo com a homenagem do Atlético de Medellín ao clube catarinense em http://www.portalmakingof.com.br/roberto_azevedo/.

Era ex

A morte de Delfim de Pádua Peixoto Filho, presidente da Federação Catarinense de Futebol, que viajou como convidado da direção da Chapecoense, também tem reflexos políticos. O advogado Delfim foi vereador e deputado estadual, na década de 1970, e um dos fundadores do MDB no Estado.

Importante

Na lista de possíveis passageiros do voo fretado para a Colômbia, o presidente da Assembleia Gelson Merisio (PSD) virou o maior embaixador para agilizar medidas de apoio aos familiares dos que perderam a vida no acidente aéreo ao lado do deputado federal João Rodrigues (PSD). As atividades em plenário e nas comissões no Legislativo foram suspensas esta semana.

Acertado

O cancelamento de diversos eventos do governo do Estado. Não há clima para comemorações.

Sem susto

A revelação dos conteúdos das gravações que o ex-ministro Marcelo Calero (Cultura) fez aliviaram a tensão no Palácio do Planalto, principalmente do presidente Michel Temer. Porém, não o suficiente para evitar que o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) tivesse um pico de pressão. Não sem motivo, pois está gravado também no episódio que envolveu questões pessoais do ex-ministro Geddel Vieira Lima (Governo).

54 JAKSSON ZANCO/PREFEITURA DE JOINVILLE

UDO NO TRE

O prefeito reeleito Udo Döhler (PMDB) prestigiou a posse do advogado Wilson Pereira Júnior como juiz titular do Tribunal Regional Eleitoral, na categoria jurista. Pereira Júnior é advogado em Joinville e terá mandato de dois anos na corte eleitoral.

A proposta

Para o deputado Padre Pedro Baldissera (PT), os R$ 4 milhões previstos no orçamento do Estado para o pagamento dos salários vitalícios dos ex-governadores do Estado devem ser transferidos para investimentos nas áreas de agricultura e meio ambiente. Em batalha desde 2006, quando entrou com ações na Justiça para retirar o pagamento, o parlamentar apresentou duas emendas à LOA deste ano com base na Constituição federal que considera ilegal o benefício, que paga o valor de R$ 28 mil a oito ex- governadores.

55 REPRODUÇÃO/INTERNET

NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO

Faltam palavras. Nós da imprensa tivemos severas baixas na tragédia na Colômbia, como mostra esta arte com as fotos dos nossos colegas. Trabalhei com alguns, conhecia outros, os admiro ainda mais. No jornalismo estamos acostumados a ter que cobrir de tudo, nem sempre são notícias de alegria. Mas ser notícia cria uma dificuldade. Hoje, tenham certeza, montamos uma boa redação lá no céu. Aliás, quem se emocionou com o encerramento do Jornal Nacional, desta terça, e viu um primoroso trabalho de apuração, pauta e edição, além da salva de palmas de uma redação lotada, saiba que este sempre foi o maior patrimônio da TV Globo: a “cozinha” com talento, que investe em material humano, algo em extinção na maior parte das empresas de comunicação.

Roberto Azevedo Jornalista e-mail: [email protected]

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Quatro passageiros não embarcaram para Medellin

Entre eles, o presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, deputado Gelson Merísio

Quatro passageiros que estavam na lista de embarque do voo que levava a delegação da Chapecoense para Medellin, na Colômbia, acabaram não embarcando: Luciano Buligon, prefeito de Chapecó; Plínio David de Nes Filho, presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense; Gelson Merisio (PSD), presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc); e Ivan Carlos Agnoletto, jornalista da rádio Super Condá, de Chapecó. Estes quatro passageiros, a princípio, não foram substituídos no voo. Mesmo assim, as autoridades de aviação civil da Colômbia divulgaram, com base na lista oficial fornecida pela Lamin, que havia 81 pessoas a bordo. Porém, o mais provável é que 77 pessoas viajam no voo para Medellin, sendo 68 passageiros e nove tripulantes. O avião tem capacidade para 95 passageiros.

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Mais um sobrevivente foi confirmado no final da manhã. Trata-se do técnico em aviação Eerwin Tumiri, que trabalha para a empresa boliviana Lamia. Com ele, sobe para seis o número de pessoas resgatadas com vida da tragédia que matou, extraoficialmente, 71 pessoas na madrugada desta terça-feira (29). Três dos sobreviventes são jogadores da Chapecoense: (lateral), (goleiro) e Hélio Zampier Neto (zagueiro). Este último localizado por volta das 9h30min da manhã, ou seja, quase oito horas após a queda do avião. Além dos três jogadores, permanecem hospitalizados o radialista , que passou por cirurgia, a aeromoça Ximena Suarez e o técnico Eerwin Tumiri. O goleiro reserva da Chapecoense, Jackson, teve uma das pernas amputadas, informou o hospital de Medellin.

O time da Chapecoense jogaria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, na noite desta quarta-feira (30). A viagem para a cidade colombiana começou às 15h de segunda-feira (28), com embarque no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A delegação, jornalistas e convidados embarcaram em voo comercial da companhia boliviana BOA até a cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. De lá, seguiram em voo fretado de outra empresa boliviana, a Lamia. Logo após a decolagem, o piloto da aeronave informou à torre de controle na Bolívia que havia uma pane elétrica na aeronave. Ele ainda teria despejado o combustível do avião para tentar realizar um pouso forçado há cerca de 30 km da cabeceira da pista do aeroporto Internacional José María Córdova, em Medellin. A manobra não foi bem sucedida e o avião caiu por volta da 1h15min da madrugada - horário de Brasília - e 22h15min horário da Colômbia. Chovia bastante no momento do acidente e a visibilidade no local era muito ruim. A região é cercada de montanhas, o que dificultou o acesso das equipes de resgate que somente chegaram à área do acidente duas horas depois. Por volta das 10 horas da manhã, as equipes encerraram as buscas por sobreviventes. As causas do acidente ainda serão investigadas.

Imprensa

O avião levava, além da delegação da Chapecoense, profissionais de imprensa que iriam trabalhar na cobertura do primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana. Dos 21 jornalistas, 20 morreram na tragédia. Cinco eram do Grupo RBS TV de Santa Catarina: repórter André Podiacki (repórter do Diário Catarinense), Giovane Klein (repórter da RBS TV), Bruno Silva (técnico de externa da RBS TV) e o cinegrafista Djalma Neto, também da RBS. Do Globo Esporte, embarcou o repórter Laion Espíndula. Outros seis eram radialistas de emissoras da cidade de Chapecó.Também morreu no acidente, o comentarista da Fox Sport e ex-jogador de futebol, Mário Sérgio Pontes de Paiva, além de outros cinco profissionais da mesma empresa. Da Rede Globo, três profissionais estavam a bordo do avião, e também morreram no acidente. O único jornalista sobrevivente é o radialista Rafael Henzel, da rádio Oeste Capital, de Chapecó. Quatro aviões da Força Aérea Brasileira partiram do Brasil no início da tarde para a Colômbia levando familiares das vítimas. Os aviões vão retornar trazendo os 75 corpos.

Convidados

Havia ainda convidados a bordo do avião. Um deles era o presidente da Federação Catarinense de Futebol e vice-presidente da CBF, Delfim de Pádua Peixoto Filho, 75

58 anos. Delfim era um dos principais opositores ao atual presidente da CBF Marco Polo Del Nero. Na Federação Catarinense de Futebol, ele estava desde 1983, quando formou chapa com Pedro Lopes. Em 1985, Delfim assumiu interinamente o futebol catarinense e nunca mais se afastou, sendo um dos presidentes de federação estadual de futebol há mais tempo no cargo: 31 anos.

Atividades suspensas

Em nota oficial, a Conmebol suspendeu todas as atividades envolvendo a Confederação, inclusive a partida de ida pela final da Sul-Americana, que estava marcada para a quarta-feira, às 21h45min (de Brasília) em Medellín. "A Confederação Sul-Americana de Futebol confirma ter sido notificada por autoridades colombianas que o avião em que viajava a delegação do Atlético Chapecoense do Brasil sofreu um acidente em sua chegada à Colômbia. Estamos em contato com as autoridades e à espera de informações oficiais. A família Conmebol lamenta enormemente o ocorrido. Todas as atividades da Confederação ficam suspensas até novo aviso."

CBF se manifesta

"A CBF manifesta a sua consternação com as notícias que chegam da Colômbia, dando conta de um acidente com o avião que transportava a delegação da Chapecoense, jornalistas e convidados, a caminho do primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana. Estamos em contato com a Conmebol, autoridades locais e representantes do clubes em busca de mais informações, antes de quaisquer possíveis medidas quanto ao andamento do futebol brasileiro. Desde já, manifestamos a nossa solidariedade e direcionamos nossas orações aos passageiros e tripulantes do voo".

A CBF também anunciou o adiamento da segunda partida da final da Copa do Brasil, que seria disputada entre Grêmio e Altético MG, em Porto Alegre-RS, nesta quarta-feira (30). Uma reunião, na sede da entidade no final da manhã, também adiou para o dia 10 de dezembro a última e decisiva rodada da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol, que seria disouta no próximo final de semana. A Chapecoense receberia o Atlético-MG.

Luto

Devido à tragédia, o presidente Michel Temer decretou luto oficial no país por três dias.

Chapecoense campeã

Em nota oficial em seu site, a direção e jogadores do Atlético Nacional, adversário da Chapecoense na final, lamentaram a tragédia. O clube também anunciou que está abrindo mão do título da Copa Sul-Americana em favor da Chapecoense. Essa informação, no entanto, ainda não foi confirmada pela Conmebol.

Lista atualizada de mortos e sobreviventes

SOBREVIVENTES

Alan Ruschel (lateral da Chapecoense)

59 Jakson Follmann (goleiro) Hélio Zampier Neto (zagueiro) Rafael Henzel (jornalista) Ximena Suarez (comissária) Erwin Tumiri (técnico de aviação)

MORTOS

JORNALISTAS

Victorino Chermont - FOX Rodrigo Santana Gonçalves - FOX Deva Pascovicci - FOX Lilacio Pereira Jr. - FOX Paulo Clement - FOX Mário Sérgio - FOX Guilherme Marques - Globo Ari de Araújo Jr. - Globo Guilherme Laars - Globo Giovane Klein Victória - RBS (repórter da RBS TV de Chapecó) Bruno Mauri da Silva - RBS (técnico da RBS TV de Florianópolis) Djalma Araújo Neto - RBS (cinegrafista da RBS TV de Florianópolis) André Podiacki - RBS (repórter do Diário Catarinense) Laion Espindula - Globo Esporte (repórter de Chapecó) Renan Agnolin (Rádio Super Condá) Gelson Galiotto (Rádio Super Condá) Fernando Schardong (Rádio Chapecó) Edson Ebeliny (Rádio Chapecó) Douglas Dorneles (Rádio Chapecó) Jacir Biavatti (Rádio Chapecó)

JOGADORES DA CHAPECOENSE

Danilo (goleiro) (zagueiro) William (zagueiro) Marcelo Augusto (zagueiro) Dener Assunção (lateral) (lateral) (lateral) Monteiro (meia) (meia) Cleber Santana (meia) Gil (volante) Matheus Biteco (volante) Sérgio Manoel (volante) Josimar (volante) (atacante) Aílton Canela (atacante) Everton Kempes (atacante)

60 Lucas Gomes (atacante) Tiaguinho (atacante)

COMISSÃO TÉCNICA E ACOMPANHANTES

Caio Júnior (técnico) Eduardo Filho Anderson Araújo Anderson Martins Marcio Koury Rafael Gobbato Luiz Cunha Luiz Grohs Sérgio de Jesus Anderson Donizette Andriano Bitencourt Cleberson Fernando da Silva Emersson Domenico Eduardo Preuss Mauro Stumpf Sandro Pallaoro Nilson Jr. Decio Filho Jandir Bordignon Gilberto Thomaz Mauro Bello Edir De Marco Daví Barela Dávi Ricardo Porto Delfim Pádua Peixoto Filho (presidente da FCF)

TRIPULAÇÃO

Miguel Quiroga Ovar Goytia Sisy Arias Romel Vacaflores Alex Quispe Gustavo Encina Angel Lugo

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Diretoria de Comunicação Social

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Rossani Thomas Cordenadora de Imprensa

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