6.7 Aves O Parque Nacional Do Viruá É Uma Das Unidades De Conservação Com a Maior Diversidade De Aves Da Amazônia (Figura 6.7.1)

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

6.7 Aves O Parque Nacional Do Viruá É Uma Das Unidades De Conservação Com a Maior Diversidade De Aves Da Amazônia (Figura 6.7.1) 6.7 Aves O Parque Nacional do Viruá é uma das unidades de conservação com a maior diversidade de aves da Amazônia (Figura 6.7.1). São 531 espécies registradas, e mais de 550 estimadas, pertencentes a 71 famílias de aves. As ordens com maior número de espécies são Passeriformes (282), Apodiformes (28), Accipitriformes (25), Piciformes (24), Psittaciformes (21) e Charadriiformes (17). As famílias com maior riqueza são Tyrannidae (48), Thamnophilidae (44), Thraupidae (41), Accipitridae (24), Trochilidae (22), Psittacidae (21), Dendrocolaptidae (18), Rhynchocyclidae (18) e Picidae (16) (Anexo 6.7.1, Apêndice 6.7.1). Das espécies de aves do PNV, 27 encontram-se sob diferentes graus de ameaça segundo critérios da BirdLife International 2012 (IUCN 2013), incluindo 01 espécie criticamente ameaçada de extinção, 08 espécies vulneráveis e 18 espécies quase ameaçadas (Anexo 6.7.2). Destas, 41% (11) são especialistas de florestas de várzea, duas delas com distribuição geográfica restrita: o chororó-do-rio-branco Cercomacra carbonaria (Criticamente Ameaçado), endêmico das florestas aluviais do rio Branco, e a choquinha-do-tapajós Myrmotherula klagesi (Quase Ameaçada), com ocorrência em áreas restritas dos Estados de Roraima, Amazonas e Pará. A perda de hábitats florestais representa a principal ameaça para estas e outras 23 espécies consideradas. A caça é a maior causa de risco para o pato-corredor Neochen jubata e o uiraçu-falso Morphnus guianensis (Quase ameaçadas), afetando também outras 11 espécies. A sensibilidade à fragmentação é mais um fator, relevante para 07 destas aves. Figura 6.7.1 Unidades de conservação com maior riqueza de aves na Amazônia Brasileira. Fontes: WHITTAKER et al. 2002 - Resex Alto Juruá, ALEIXO et al. 2012 - Flona Carajás, ARROLLO 2009 - PE Cristalino, SCHULZ-NETO et al. 2007 - Rebio Trombetas, BORGES & ALMEIDA 2011 - PN Jaú, POLETTO e ALEIXO 2006 - PN Serra do Divisor, OREN E PARKER III 1997 - PN da Amazônia, SILVA 1988 - Esec Maracá, BUZZETTI 2006 - Rebio S. do Cachimbo, COHN-HAFT et al. 1997 - Arie PDBFF, COLTRO-JR. 2006 - PN M. Tumucumaque, SOUZA et al. 2008 - PN Cabo Orange. 6.7-1 AVES SOB DIFERENTES GRAUS DE AMEAA COM OCORRNCIA NO PNV Anselmo d’Affonseca Anselmo Robson Czaban Robson João Quental João Thiago Laranjeiras Thiago Figura 6.7.2 Espécies de aves sob diferentes graus de ameaça registradas no Parque Nacional do Viruá: uiraçu-falso Morphnus guianensis (acima à esquerda), choquinha-do-tapajós Myrmotherula klagesi ♀ (acima à direita, outra localidade), chororó-do-rio-branco Cercomacra carbonaria (abaixo à esquerda), pato-corredor Neochen jubata (abaixo à direita). Além das 27 espécies sob ameaça, são consideradas de interesse especial para a conservação outras 23 aves endêmicas e/ou de distribuição restrita consideradas na designação da IBA-RR04 Campinas e Várzeas do rio Branco1 (Quadro 6.7.1), as aves migratórias e espécies vulneráveis à caça e ao tráfico de animais silvestres. Pelo menos 45 espécies de aves migratórias buscam abrigo e recursos alimentares sazonalmente no PN Viruá, 12 das quais dependentes de áreas úmidas (Anexo 6.7.3). Durante a vazante (outubro a março), são avistadas na região 27 espécies migratórias do norte (boreais), com destaque para maçaricos (Scolopacidae, 8 espécies), mariquitas (Parulidae, 5 espécies) e andorinhas (Hirundinidae, 3 espécies). Espécies migratórias austrais e de outras regiões da Amazônia fazem uso do PNV no período das chuvas (abril a agosto) ou outras épocas (Naka et al. 2006). 1 Iniciativa da BirdLife International e SAVE Brasil para a identificação de áreas importantes para a conservação das aves em todo o mundo. Para detalhes ver Capítulo 3 - Contexto legal e Capítulo 4 - Representatividade. 6.7-2 Aves sujeitas à pressão de caça incluem os inhambus (Tinamidae), patos (Anatidae), mutuns e jacutingas (Cracidae), totalizando 17 espécies. As mais vulneráveis ao tráfico de animais silvestres são os papagaios e periquitos (Psittacidae), tucanos e araçaris (Ramphastidae), as aves canoras (curió) e sanhaços (Thraupidae) (WWF-Brasil 1995). QUADRO 6.7.1 ESPÉCIES RARAS DE CAMPINARANAS Registros de espécies raras e de distribuição restrita realizados no Parque Nacional do Viruá contribuíram para o reconhecimento das Campinaranas e Várzeas do Baixo rio Branco como sítio de importância internacional para a conservação das aves (De Luca et al. 2009). Espécies de destaque, especialistas de Campinaranas, incluem o formigueiro-de-yapacana Aprositornis disjuncta - Thamnophilidae, registrado no Brasil apenas em duas localidades: PN Jaú e PN Viruá (Cohn-Haft et al. 2001, Naka et al. 2006), o papa-capim-de-coleira Dolospingus fringilloides - Thraupidae e a maria-da-campina Hemitriccus inornatus - Rhynchocyclidae (Czaban 2005, Cohn-Haft et al. 2009). Renato Rizzaro Renato Anselmo d’Affonseca Anselmo Endrigo Edson Rizzaro Renato Aves raras de campinaranas registradas no Parque Nacional do Viruá*: Dolospingus fringilloides (acima à esquerda), Hemitriccus inornatus (acima à direita, outra localidade), Aprositornis disjuncta ♀ (abaixo à esquerda), Aprositornis disjuncta ♂ (abaixo à direita). * Nomenclatura e classificação de espécies conforme CBRO (2014), disponível em http://www.cbro.org.br. 6.7-3 O conhecimento sobre as espécies de aves do PN Viruá é proveniente principalmente de levantamentos realizados por equipes do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia sob a coordenação de Mario Cohn-Haft, iniciados em 2001 e ampliados em 2006 e 2008 para o Plano de Manejo, os quais possibilitaram o registro de 501 espécies e 442 (83%) novos registros para a UC. Nas duas expedições para o Plano de Manejo, foram visitadas áreas representativas da diversidade de ambientes do PNV, incluindo as várzeas e igapós dos rios Branco, Baruana, Anauá e Iruá, as Campinaranas do megaleque Viruá, a savana de Vista Alegre e as florestas de terra firme da Serra do Viruá (Anexo 6.7.4). Os métodos utilizados consistiram de registros visuais e auditivos, capturas com redes de neblina e armas de fogo. O registro das espécies foi sempre que possível documentado através de fotografias e gravações, coleta de exemplares e material genético depositados em coleções científicas do INPA. Outras pesquisas ornitológicas (MPEG, INPA, USP, ICMBio, UFPE) e observações feitas por especialistas (IBAMA, Estación Biológica Doñana-ES) contribuíram com 17% (67 e 22 respectivamente) de novos registros para o Parque (Figura 6.7.3). Figura 6.7.3 Evolução dos registros de aves para o PN Viruá: Cohn-Haft et al. 2001 (104), Naka e M.Barnett 2001 (187), Santos 2003 (30), Czaban 2005 (20), Laranjeiras et al. 2006 (09), Silveira et al. 2007 (08), Cohn-Haft et al. 2009 (151), Gutierrez et al. 2009 (02), Laranjeiras et al. in press (20). O gráfico considera a disponibilização de registros por meio de relatórios. An ise biogeogrfica regiona O Parque Nacional do Viruá está inserido em uma região com características biogeográficas especiais na Amazônia, onde estão situadas barreiras físicas e condições ecológicas de importância chave na diversificação de aves do Escudo das Guianas (Naka et al. 2012, Quadro 6.7.2). Sua localização a leste do rio Branco, em área de contato entre espécies com padrões distintos de distribuição, resulta em uma condição privilegiada para a composição de aves, com a ocorrência de elementos típicos das Guianas, Imeri, como também do sistema Solimões-Amazonas, em uma das regiões de maior diversidade do planeta (Naka et al. 2012). A variedade de hábitats e o contato abrupto entre fitofisionomias florestais e de campinaranas permitem que uma grande diversidade de espécies coexistam, fazendo do Viruá um Parque Nacional megadiverso na Amazônia (Figura 6.7.1). 6.7-4 QUADRO 6.7.2 *REAS DE ENDEMISMO NO ESCUDO DAS GUIANAS No Escudo das Guianas (linha amarela) estão delimitadas cinco áreas de endemismo para aves: Pantepui, Guianas, Imeri, Jaú e Napo (Naka et al. 2012). Situado a leste do rio Branco, o PN Viruá (seta laranja) conta com uma grande contribuição de espécies da área de endemismo das Guianas, incluindo 77% (69) das 89 espécies/ subespécies endêmicas de florestas de terra firme da região (Naka 2011, Áreas de endemismo para aves em terras baixas do Escudo Naka et al. 2012, Anexo 6.7.5). das Guianas. Retirada de Naka et al. 2012. Para espécies não-florestais, análises filogeográficas demonstram uma alta afinidade entre populações do PN Viruá e PN Jaú, sugerindo a existência no Médio rio Negro de uma unidade biogeográfica para aves de Campinaranas (Capurucho et al. 2013). A ocorrência nestes Parques de espécies endêmicas do Imeri, típicas de Campinaranas (A. disjuncta, M. cherriei, H. flavivertex e D. fringilloides), sugere limites possivelmente mais amplos para esta área de endemismo, da porção oeste do Escudo das Guianas (Borges 2007). ZONA DE SUTURA Com sua bacia inserida em uma zona de sutura* para aves (avian suture zone), o rio Branco e suas várzeas, assim como as savanas, serras e outros rios da região fucionam como barreiras que condicionam a distribuição de espécies/ subespécies endêmicas de florestas de terra firme das Guianas. Estas apresentam três padrões principais de distribuição, cujos limites são definidos Padrões de distribuição de aves endêmicas de florestas de pelo curso do rio Branco e suas terra firme das Guianas. Retirada de Naka 2011. fisionomias de savana (>51%, marrom escuro), por áreas no interflúvio rio *Zona de sutura: região com alta incidência de Branco-rio Negro (26-50%, marrom contatos e substituição entre espécies/ subespécies claro), e pelos cursos do rio Negro-rio com diferentes padrões de distribuição e endemismo. Orinoco (8-25%, amarelo) (Naka 2011, Naka et al. 2012). No PN Viruá, 42% (29) das 69 espécies/ subespécies endêmicas de florestas de terra firme das Guianas têm sua distribuição limitada pelo rio Branco. Outras 22 (32%) têm ocorrência registrada até o interflúvio rio Negro-rio Branco e 18 (26%) têm distribuição limitada pelo rio Negro (Anexo 6.7.5). 6.7-5 Uso de hbitats As florestas aluviais (de várzea e igapó) abrigam a maior diversidade de aves no PNV, fornecendo hábitats para 85% (450) das espécies registradas (Figura 6.7.4).
Recommended publications
  • Faculdade De Biociências
    FACULDADE DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOLOGIA ANÁLISE FILOGENÉTICA DE DORADIDAE (PISCES, SILURIFORMES) Maria Angeles Arce Hernández TESE DE DOUTORADO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Av. Ipiranga 6681 - Caixa Postal 1429 Fone: (51) 3320-3500 - Fax: (51) 3339-1564 90619-900 Porto Alegre - RS Brasil 2012 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOLOGIA ANÁLISE FILOGENÉTICA DE DORADIDAE (PISCES, SILURIFORMES) Maria Angeles Arce Hernández Orientador: Dr. Roberto E. Reis TESE DE DOUTORADO PORTO ALEGRE - RS - BRASIL 2012 Aviso A presente tese é parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Doutor em Zoologia, e como tal, não deve ser vista como uma publicação no senso do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica, apesar de disponível publicamente sem restrições. Dessa forma, quaisquer informações inéditas, opiniões, hipóteses e conceitos novos apresentados aqui não estão disponíveis na literatura zoológica. Pessoas interessadas devem estar cientes de que referências públicas ao conteúdo deste estudo somente devem ser feitas com aprovação prévia do autor. Notice This thesis is presented as partial fulfillment of the dissertation requirement for the Ph.D. degree in Zoology and, as such, is not intended as a publication in the sense of the International Code of Zoological Nomenclature, although available without restrictions. Therefore, any new data, opinions, hypothesis and new concepts expressed hererin are not available
    [Show full text]
  • Phylogenetic Relationships of the South American Doradoidea (Ostariophysi: Siluriformes)
    Neotropical Ichthyology, 12(3): 451-564, 2014 Copyright © 2014 Sociedade Brasileira de Ictiologia DOI: 10.1590/1982-0224-20120027 Phylogenetic relationships of the South American Doradoidea (Ostariophysi: Siluriformes) José L. O. Birindelli A phylogenetic analysis based on 311 morphological characters is presented for most species of the Doradidae, all genera of the Auchenipteridae, and representatives of 16 other catfish families. The hypothesis that was derived from the six most parsimonious trees support the monophyly of the South American Doradoidea (Doradidae plus Auchenipteridae), as well as the monophyly of the clade Doradoidea plus the African Mochokidae. In addition, the clade with Sisoroidea plus Aspredinidae was considered sister to Doradoidea plus Mochokidae. Within the Auchenipteridae, the results support the monophyly of the Centromochlinae and Auchenipterinae. The latter is composed of Tocantinsia, and four monophyletic units, two small with Asterophysus and Liosomadoras, and Pseudotatia and Pseudauchenipterus, respectively, and two large ones with the remaining genera. Within the Doradidae, parsimony analysis recovered Wertheimeria as sister to Kalyptodoras, composing a clade sister to all remaining doradids, which include Franciscodoras and two monophyletic groups: Astrodoradinae (plus Acanthodoras and Agamyxis) and Doradinae (new arrangement). Wertheimerinae, new subfamily, is described for Kalyptodoras and Wertheimeria. Doradinae is corroborated as monophyletic and composed of four groups, one including Centrochir and Platydoras, the other with the large-size species of doradids (except Oxydoras), another with Orinocodoras, Rhinodoras, and Rhynchodoras, and another with Oxydoras plus all the fimbriate-barbel doradids. Based on the results, the species of Opsodoras are included in Hemidoras; and Tenellus, new genus, is described to include Nemadoras trimaculatus, N.
    [Show full text]
  • Teleostei: Characiformes: Characidae)
    Vertebrate Zoology 60 (2) 2010 107 107 – 122 © Museum für Tierkunde Dresden, ISSN 1864-5755, 15.09.2010 Phylogenetic and biogeographic study of the Andean genus Grundulus (Teleostei: Characiformes: Characidae) CÉSAR ROMÁN-VALENCIA 1, JAMES A. VANEGAS-RÍOS & RAQUEL I. RUIZ-C. 1 Universidad del Quindío, Laboratorio de Ictiología, A. A. 2639, Armenia, Quindío, Colombia ceroman(at)uniquindio.edu.co, ceroman(at)uniquindio.edu.co, zutana_1(at)yahoo.com Received on April 30, 2009, accepted on July 30, 2010. Published online at www.vertebrate-zoology.de on September 02, 2010. > Abstract We analyzed a matrix of 55 characters to study the phylogenetic relationships and historical biogeography of the three species of the genus Grundulus. The most parsimonious hypothesis explaining phylogenetic relationships of Grundulus species is expressed in a tree with a length of 84 steps, (consistency index 0.80, retention index 0.88, rescaled consistency index 0.70). The monophyly of a clade containing the Cheirodontinae and Grundulus is supported by fi ve synapomorphies; within this clade Grundulus is found to be the sister-group of Spintherobolus, as supported by nine synapomorphies. In the proposed hypothesis, the monophyly of Grundulus is supported by eleven synapomorphies and G. quitoensis is sister to a clade including G. cochae and G. bogotensis. The biogeographical analysis suggests that Grundulus is a genus endemic to coldwater lakes of glacial origin in the Andes of northern South America. The taxon-area cladogram shows a high congruence between the areas and phylogeny of the taxa, where each area harbors a particular species. The most closely related areas are La Cocha, a coldwater lake from the Amazon basin (A), and the Bogotá plateau from the Magdalena basin (B).
    [Show full text]
  • Chirping and Asymmetric Jamming Avoidance Responses in the Electric Fish Distocyclus Conirostris Jacquelyn M
    © 2018. Published by The Company of Biologists Ltd | Journal of Experimental Biology (2018) 221, jeb178913. doi:10.1242/jeb.178913 SHORT COMMUNICATION Chirping and asymmetric jamming avoidance responses in the electric fish Distocyclus conirostris Jacquelyn M. Petzold1,2, JoséA. Alves-Gomes3 and G. Troy Smith1,2,* ABSTRACT of two of more EODs creates a periodic amplitude modulation Electrosensory systems of weakly electric fish must accommodate (beat). Beat frequency is equal to the difference between the EOD competing demands of sensing the environment (electrolocation) frequencies (EODfs) of the two interacting fish. Fish use the beat and receiving social information (electrocommunication). The and the relative geometry of the interacting signals to estimate jamming avoidance response (JAR) is a behavioral strategy thought conspecific EODfs, which convey important social information to reduce electrosensory interference from conspecific signals close (Smith, 2013; Dunlap, et al., 2017). However, slow beats (<10 Hz) in frequency. We used playback experiments to characterize electric created by interactions between fish with similar EODfs can impair organ discharge frequency (EODf), chirping behavior and the JAR of the electrolocation function of the EOD by masking localized EOD Distocyclus conirostris, a gregarious electric fish species. EODs of D. distortions (Heiligenberg, 1973; Matsubara and Heiligenberg, conirostris had low frequencies (∼80–200 Hz) that shifted in response 1978). The JAR is a stereotyped response in which an electric to playback stimuli. Fish consistently lowered EODf in response to fish increases or decreases its EODf to increase beat frequency and higher-frequency stimuli but inconsistently raised or lowered EODf in thereby reduce or eliminate the interference caused by slow beats response to lower-frequency stimuli.
    [Show full text]
  • Information Sheet on Ramsar Wetlands (RIS) – 2009-2012 Version Available for Download From
    Information Sheet on Ramsar Wetlands (RIS) – 2009-2012 version Available for download from http://www.ramsar.org/ris/key_ris_index.htm. Categories approved by Recommendation 4.7 (1990), as amended by Resolution VIII.13 of the 8th Conference of the Contracting Parties (2002) and Resolutions IX.1 Annex B, IX.6, IX.21 and IX. 22 of the 9th Conference of the Contracting Parties (2005). Notes for compilers: 1. The RIS should be completed in accordance with the attached Explanatory Notes and Guidelines for completing the Information Sheet on Ramsar Wetlands. Compilers are strongly advised to read this guidance before filling in the RIS. 2. Further information and guidance in support of Ramsar site designations are provided in the Strategic Framework and guidelines for the future development of the List of Wetlands of International Importance (Ramsar Wise Use Handbook 14, 3rd edition). A 4th edition of the Handbook is in preparation and will be available in 2009. 3. Once completed, the RIS (and accompanying map(s)) should be submitted to the Ramsar Secretariat. Compilers should provide an electronic (MS Word) copy of the RIS and, where possible, digital copies of all maps. 1. Name and address of the compiler of this form: FOR OFFICE USE ONLY. DD MM YY Beatriz de Aquino Ribeiro - Bióloga - Analista Ambiental / [email protected], (95) Designation date Site Reference Number 99136-0940. Antonio Lisboa - Geógrafo - MSc. Biogeografia - Analista Ambiental / [email protected], (95) 99137-1192. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio Rua Alfredo Cruz, 283, Centro, Boa Vista -RR. CEP: 69.301-140 2.
    [Show full text]
  • Sun Parakeet Birding Tour
    Leon Moore Nature Experience – Sun Parakeet Birding Tour Guyana is a small English-speaking country located on the Atlantic Coast of South America, east of Venezuela and west of Suriname. Deserving of its reputation as one of the top birding and wildlife destinations in South America, Guyana’s pristine habitats stretch from the protected shell beach and mangrove forest along the northern coast, across the vast untouched rainforest of the interior, to the wide open savannah of the Rupununi in the south. Guyana hosts more than 850 different species of birds covering over 70 families. Perhaps the biggest attraction is the 45+ Guianan Shield endemic species that are more easily seen here than any other country in South America. These sought-after near-endemic species include everything from the ridiculous to the sublime - from the outrageous Capuchinbird with a bizarre voice unlike any other avian species to the unbelievably stunning Guianan Cock-of-the-Rock. While the majestic Harpy Eagle is on everyone’s “must-see” list, other species are not to be overlooked, such as Rufous-throated, White-plumed and Wing-barred Antbirds, Gray-winged Trumpeter, Rufous-winged Ground Cuckoo, Blood-colored Woodpecker, Rufous Crab-Hawk, Guianan Red-Cotinga, White-winged Potoo, Black Curassow, Sun Parakeet, Red Siskin, Rio-Branco Antbird, and the Dusky Purpletuft. These are just a few of the many spectacular birding highlights that can be seen in this amazing country. Not only is Guyana a remarkable birding destination, but it also offers tourists the opportunity to observe many other unique fauna. The elusive Jaguar can sometimes be seen along trails and roadways.
    [Show full text]
  • Curriculum Vitae 21 May 2012 Christopher B
    Curriculum Vitae 21 May 2012 Christopher B. Braun Department of Psychology Hunter College Biopsychology Program City University of New York 695 Park Avenue New York, NY 10021 Phone: (212) 772-5554; Fax: (212) 772-5620 [email protected] www.urban.hunter.cuny.edu/~cbraun Education: Postdoctoral (Neuroethology) Parmly Hearing Institute, Loyola University Chicago 2001 Ph.D. (Neurosciences) University of California at San Diego 1997 M.S. (Neurosciences) University of California at San Diego 1993 B.A. (Evolutionary Biology) Hampshire College. 1991 Positions Held: 2008- Research Associate, Vertebrate Zoology, American Museum of Natural History. 2007- Associate Professor, Department of Psychology, Hunter College, and Biopsychology and Ecology Evolution and Behavior programs, City University of New York. 2001-2006 Assistant Professor, Department of Psychology, Hunter College, and Biopsychology and Ecology Evolution and Behavior programs, City University of New York. 1997-2001 Postdoctoral Research Associate, Parmly Hearing Institute, Loyola University Chicago. 1999 Lecturer in Psychology, Department of Psychology, Loyola University Chicago. 1998-2000 Postdoctoral Fellow, Neuroscience and Aging Institute, Stritch School of Medicine, Loyola University Chicago. 1991-1997 Graduate Research Assistant, University of California at San Diego. 1991 Research Assistant to Dr. W. Wheeler, Curator, American Museum of Natural History. Grants and Research Support: 2012-2013 PSC-CUNY #65638-00 43 2008-2013 RUI: Collaborative Research: The Origin and Diversification of Hearing in Malagasy-South Asian Cichlids. NSF # 0749984. 2007 Endocrine disruptors and fin-ray morphology in teleost fish: Organizational and activational effects, PSC-CUNY Equipment Grant, Co-investigator. 2007-2008 Enhanced Audition and Temporal Resolution. C. Braun Principal Investigator. PSC-CUNY #69494-00 38 2005-2006 Evolution of Hearing Specializations.
    [Show full text]
  • (Hymenoptera: Chalcidoidea) De La Región Neotropical
    Biota Colombiana 4 (2) 123 - 145, 2003 Lista de los géneros y especies de la familia Chalcididae (Hymenoptera: Chalcidoidea) de la región Neotropical Diana C. Arias1 y Gerard Delvare2 1 Instituto de Investigación de Recursos Biológicos “Alexander von Humboldt”, AA 8693, Bogotá, D.C., Colombia. [email protected], [email protected] 2 Departamento de Faunística y Taxonomía del CIRAD, Montpellier, Francia. [email protected] Palabras Clave: Insecta, Hymenoptera, Chalcidoidea, Chalcididae, Parasitoide, Avispas Patonas, Neotrópico El orden Hymenoptera se ha dividido tradicional- La superfamilia Chalcidoidea se caracteriza por presentar mente en dos subórdenes “Symphyta” y Apocrita, este úl- en el ala anterior una venación reducida, tan solo están timo a su vez dividido en dos grupos con categoría de sec- presentes la vena submarginal, la vena marginal, la vena ción o infraorden dependiendo de los autores, denomina- estigmal y la vena postmarginal. Adicionalmente el pronoto dos “Parasitica” o también conocidos como Terebrantes y no se extiende hasta la tégula debido a que el prepecto Aculeata (Gauld & Bolton 1988). Gauld & Hanson (1995) (esclerito, en forma de sillín o herradura) se extiende hasta abandonan esta clasificación reconociendo únicamente la tégula y separa el mesopleurón del pronoto. Otra caracte- superfamilias dentro del orden. Sin embargo muchos auto- rística de este superfamilia es la presencia de un espiráculo res siguen utilizando la división tradicional porque consi- mesotorácico visible, además algunos especimenes presen- deran que es un medio práctico para separar grandes gru- tan estructuras sensoriales en uno o más de los pos de Hymenoptera en el aspecto biológico. flagelómeros. Finalmente algunas familias exhiben coloraciones metálicas (Gibson 1993).
    [Show full text]
  • Stream Ichthyofauna of the Tapajós National Forest, Pará, Brazil
    A peer-reviewed open-access journal ZooKeys 580: 125–144 (2016)Stream ichthyofauna of the Tapajós National Forest, Pará, Brazil 125 doi: 10.3897/zookeys.580.6659 RESEARCH ARTICLE http://zookeys.pensoft.net Launched to accelerate biodiversity research Stream ichthyofauna of the Tapajós National Forest, Pará, Brazil Cárlison Silva-Oliveira1, André Luiz Colares Canto2, Frank Raynner Vasconcelos Ribeiro1.2 1 Programa de Pós-Graduação em Recursos Aquáticos Continentais Amazônicos, Instituto de Ciências e Tecno- logia das Águas, Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Vera Paz, s/n 68035-110 Santarém, Pará, Brazil 2 Universidade Federal do Oeste do Pará, Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas. Campus Amazônia, sala 232. Avenida Mendonça Furtado, 2946, 68040-470 Santarém, Pará, Brazil Corresponding author: Cárlison Silva-Oliveira ([email protected]) Academic editor: N. Bogutskaya | Received 23 September 2015 | Accepted 7 March 2016 | Published 12 April 2016 http://zoobank.org/D03C4745-036A-4ED9-8BA3-C8D58F9563D9 Citation: Silva-Oliveira C, Canto ALC, Ribeiro FRV (2016) Stream ichthyofauna of the Tapajós National Forest, Pará, Brazil. ZooKeys 580: 125–144. doi: 10.3897/zookeys.580.6659 Abstract The fish fauna of freshwater streams in the Tapajos National Forest was surveyed and a list of species is presented. The sampling was conducted from 2012 to 2013 during the dry season. Fish were collected with dip nets and seine nets in 22 streams of 1st to 3rd order. Sampling resulted in 3035 specimens belong- ing to 117 species, 27 families and six orders. The most abundant species were Bryconops aff. melanurus, Hemigrammus belottii, and Hemigrammus analis. Four undescribed species were recognized, one of which is known only from the area of this study.
    [Show full text]
  • Vocalizations, Behavior and Distribution of the Rio Branco Antbird
    Wilson Bull., 109(4), 1997, pp. 663-678 VOCALIZATIONS, BEHAVIOR AND DISTRIBUTION OF THE RIO BRANCO ANTBIRD KEVIN J. ZIMMER, ’ ANDREW WHITTAKER, ’ AND DOUGLAS E STOTZ ’ ABSTRACT.-We here present the first detailed analysis and sonagrams of the vocalizations of the Rio Branco Antbird (Cercomacra carbonaria) and augment the scant literature con- cerning its abundance, habitat preferences, and behavior. Based on vocal similarities, we examine the possible relationships of the Rio Branco Antbird to other species in the genus. Received 15 Aug. 1996, accepted 20 Feb. 1996. As currently recognized, the genus Cercomacra consists of 12 species (Sibley and Monroe 1993, Bierregaard et al. 1997, Graves 1997) of me- dium-sized antbirds. The genus is poorly known, as evidenced by the discovery of two new species of Cercomacra and the elevation of another subspecies to species in the last decade (Fitzpatrick and Willard 1990, Bierregaard et al 1997, Graves 1997). Fitzpatrick and Willard (1990) pro- posed that the genus contains two distinct species groups, with one spe- cies (C. cineruscens) intermediate. They labelled these two groups the “nigricans-group” (consisting of the species C. nigricans, manu, melan- aria, ferdinandi, and carbonaria) and the “tyrunnina-group” (then con- sisting of the species C. tyrannina, serva, nigrescens, and brasiliana) (Fitzpatrick and Willard 1990). A subsequent cladistic analysis of plum- age and vocal characters of the “nigricuns-group” by Silva (1992) sup- ported the hypothesis that the group is monophyletic and that C. ciner- ascens is the sister taxon of all five included species but reached different conclusions from Fitzpatrick and Willard concerning the phylogenetic re- lationships of species within the complex.
    [Show full text]
  • Fernanda Antunes Alves Da Costa
    FERNANDA ANTUNES ALVES DA COSTA Isolamento e caracterização de DETs ( Differentially Expressed Transcripts ) em espécies de peixes: Leporinus macrocephalus (Characiformes) e Danio rerio (Cypriniformes) Tese apresentada ao Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu, para obtenção do título de Doutor em Ciências Biológicas - Genética Orientadora: Adriane Pinto Wasko Botucatu - SP 2008 Livros Grátis http://www.livrosgratis.com.br Milhares de livros grátis para download. 2 FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO DE AQUIS. E TRAT. DA INFORMAÇÃO DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CAMPUS DE BOTUCATU - UNESP BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: ROSEMEIRE APARECIDA VICENTE Costa, Fernanda Antunes Alves da. Isolamento e caracterização de DETs (Differentially Expressed Transcripts) em espécies de peixes: Leporinus macrocephalus (Characiformes) e Danio rerio (Cypriniformes) / Fernanda Antunes Alves da Costa. – Botucatu : [s.n.], 2008 Tese (doutorado) – Instituto de Biociências de Botucatu, Universidade Estadual Paulista, 2008. Orientador: Profª. Drª Adriane Pinto Wasko Assunto CAPES: 20200005 1. Genética. 2. Peixes. 3. Actina. CDD 597.55 Palavras-chave: Actina; Danio rerio ; DETs; Fabp6; Leporinus macrocephalus. 3 ... Quando paramos de aprender e de progredir, começamos a morrer realmente... C. Torres Pastorino Aos meus pais, José Maria e Cecília e ao meu esposo, Rogério, que me amam e me compreendem, sempre me apoiando em todos os grandes e pequenos passos do nosso caminho. À minha querida orientadora, Adriane, exemplo de pessoa e profissional. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço a todos que contribuíram direta ou indiretamente à realização deste trabalho, em especial: À minha orientadora, Profa. Dra. Adriane Pinto Wasko, pela confiança, orientação e dedicação oferecidas para elaboração e conclusão deste trabalho e para minha formação profissional; À FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, pelo apoio financeiro concedido; Aos Profs.
    [Show full text]
  • Advances in Fish Biology Symposium,” We Are Including 48 Oral and Poster Papers on a Diverse Range of Species, Covering a Number of Topics
    Advances in Fish Biology SYMPOSIUM PROCEEDINGS Adalberto Val Don MacKinlay International Congress on the Biology of Fish Tropical Hotel Resort, Manaus Brazil, August 1-5, 2004 Copyright © 2004 Physiology Section, American Fisheries Society All rights reserved International Standard Book Number(ISBN) 1-894337-44-1 Notice This publication is made up of a combination of extended abstracts and full papers, submitted by the authors without peer review. The formatting has been edited but the content is the responsibility of the authors. The papers in this volume should not be cited as primary literature. The Physiology Section of the American Fisheries Society offers this compilation of papers in the interests of information exchange only, and makes no claim as to the validity of the conclusions or recommendations presented in the papers. For copies of these Symposium Proceedings, or the other 20 Proceedings in the Congress series, contact: Don MacKinlay, SEP DFO, 401 Burrard St Vancouver BC V6C 3S4 Canada Phone: 604-666-3520 Fax 604-666-0417 E-mail: [email protected] Website: www.fishbiologycongress.org ii PREFACE Fish are so important in our lives that they have been used in thousands of different laboratories worldwide to understand and protect our environment; to understand and ascertain the foundation of vertebrate evolution; to understand and recount the history of vertebrate colonization of isolated pristine environments; and to understand the adaptive mechanisms to extreme environmental conditions. More importantly, fish are one of the most important sources of protein for the human kind. Efforts at all levels have been made to increase fish production and, undoubtedly, the biology of fish, especially the biology of unknown species, has much to contribute.
    [Show full text]