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Sem Título-2 Copiar nta C Sa atarina N ital Cristina Santos eção ossa Cap Col Florianópolis a capital em uma ilha Alexandre Viana ilustrações anta C S atarina o No ital Cristina Santos leçã ssa Cap Co Florianópolis a capital em uma ilha Alexandre Viana ilustrações 1a edição 2011 2 Todos os que me conhecem se encantam com a beleza das minhas paisagens. Estou localizada no sul do Brasil, em uma ilha que guarda muitas histórias de um passado cheio de mistérios, conquistas e aventuras. Quanta coisa já aconteceu aqui! É um pouco dessa história que eu quero contar a vocês... Ela começa muito antes da chegada dos europeus, que vieram me colonizar. Naquela época, eu era totalmente coberta pela exuberante mata atlântica e cercada por restingas, dunas e manguezais. Os arqueólogos estimam que meus primeiros habitantes já estavam aqui desde quatro mil e quinhentos anos atrás e, por meio de suas pesquisas, tentam desvendar as pistas deixadas por esses povos. Entre elas, estão as enigmáticas inscrições rupestres presentes nas ilhas do Campeche e do Arvoredo e nas praias do Santinho e da Galheta. Outra pista são os artefatos feitos com pequenos pedaços de pedra. Os habitantes pré-coloniais iam até as grandes rochas localizadas nas praias e friccionavam e poliam pedaços de pedra, dando-lhes o formato que desejavam. Pacientemente esculpiam instrumentos cortantes e pontas de lança, úteis à sobrevivência, e até mesmo bonitos adornos com formas de animais. Nas praias dos Ingleses, Joaquina, Santinho e Matadeiro, há diversas concavidades nas grandes rochas perto do mar. Esses locais são chamados de oficinas líticas e, juntas, guardam um inestimável registro dessa atividade. Posteriormente, por volta do ano 1100, um novo povo começou a se estabelecer aqui, os índios Guarani. Eles me chamavam de Meiembipe, o que significa ‘ montanha ao longo do mar’, porque esse é o meu formato, quando observada do con- tinente. O povo Guarani estava por toda parte. Oficina lítica no costão sul da Praia dos Ingleses. 3 As aldeias dos Guarani ficavam próximas das restingas e dos manguezais; perto delas, desenvolviam-se plantações de abóbora, milho, algodão, amendoim, inhame e mandioca. Com a mandioca, os índios faziam a farinha, que já existia desde aquela época. Com a argila, confeccionavam tigelas de cerâmica, em que cozinhavam o alimento. Os índios utilizavam o garapuvu, uma árvore de madeira leve e macia, para fabricar canoas, com as quais navegavam até outras partes da ilha. Também atravessavam o estreito canal de mar, que eles chamavam de Jureremirim, e iam até o continente. Se não me engano, foi em um desses passeios que eles avistaram ao longe o primeiro navio europeu. Eram os primeiros anos após o descobrimento do Brasil. Naquela época, de tempos em tempos, navios europeus navegavam pela costa catarinense, em direção sul, para explorar as riquezas na região do Rio da Prata. Até que, em 1514, os comerciantes portugueses d. Nuno Manoel e Cristóvão de Haro entraram em uma das baías e chamaram-me de Ilha dos Patos. Talvez bandos de gaivotas e de biguás, que ainda são facilmente observados nadando nas águas das baías, tenham sido o motivo da escolha do nome. 4 Canoas de garapuvu, que ainda são utilizadas na Lagoa da Conceição. 5 6 Poucos anos depois, em 1516, o espanhol João Dias Solis teve seu navio naufragado, ao entrar pela Baía Sul. Esse episódio fez que eu recebesse um novo nome, Baía de los Perdidos, e me tornasse conhecida pelos navegadores. Não demorou muito para que outros viajantes fizessem aqui breves paradas, reabastecendo-se, antes de navegar para novas desco- bertas em direção sul ou para as grandes circum-navegações. Com várias enseadas, eu me tornei um porto mais que seguro! Os índios começaram, então, a conviver com os via- jantes europeus, que passaram a chamar os Guarani de carijós. Estes tratavam o homem branco com amabilidade e tra- ziam di versos víveres para abastecimento dos navios, como cabaças cheias de mel, palmito, milho e farinha de mandioca. Também caçavam animais silvestres que não são mais encon- trados aqui, como o bugio, o porco-queixada e o veado- mateiro. Pescavam peixes em abundância e mostravam onde encontrar água cristalina para beber. Em troca, ganhavam anzóis e outros artefatos que não conheciam. Árvores de madeiras nobres começaram a ser retiradas das florestas para recompor os navios maltratados pelo mar. Então, em 1526, um fato importante aconteceu. Quando tentava entrar com sua frota de navios pela Baía Sul, o italiano Sebastião Caboto perdeu um deles em um naufrágio. Com o auxílio dos carijós, ele e sua tripulação construíram outro barco. Caboto acabou ficando por quatro meses e deu-me um novo nome: Ilha de Santa Catarina. Não se sabe ao certo se este nome foi dado em homenagem a Santa Catarina de Alexandria ou a Catarina, esposa de Caboto. 7 Continuei a presenciar a chegada e a partida dos mais diferentes navios que navegavam em direção sul ou retornavam de lá. E acabei me tornando um excelente ponto estratégico para abastecimento e recuperação das embarcações de diversas nacio- nalidades. Muitas vezes, náufragos e alguns tripulantes ficavam aqui. Depois iam embora, com a tripulação de outras embarcações, retornando a seus países. No fim do século XVI, eu já não sentia a presença das grandes aldeias do povo Guarani. Os viajantes, com suas necessidades de abastecimento, começaram a alterar os costumes e a ameaçar a tranquilidade dos índios. Além disso, havia a notícia de que bandeirantes vicentistas, vindos da capitania de São Vicente, percorriam longas distâncias em busca de índios para o trabalho escravo nos engenhos na Região Sudeste. Muitos fugiram para o interior do continente; outros foram capturados. Fiquei praticamente desabitada e quem passava pela costa avistava apenas poucas choupanas. Os pouquíssimos habitantes sobreviviam do escambo feito com os viajantes vindos de regiões distantes. 9 10 Décadas haviam se passado e nenhum vilarejo se formara. Estávamos em uma época em que os bandeirantes vicentistas passaram a ter outra forma de participação na história de nosso país: percorrer longas distâncias para a fundação de povoados. Francisco Dias Velho foi um deles. Em 1662, ele veio para cá com a família e um grande número de pessoas, entre as quais estavam padres e índios catequizados. Na parte mais próxima do continente, formava-se finalmente um pequeno povoado, que em 1673 passou a se chamar Nossa Senhora do Desterro. No alto de uma colina desmatada, construíram-se choupanas e, em 1678, foi erguida uma igrejinha de pedra também dedicada a Nossa Senhora do Desterro. Feche os olhos e tente imaginar como era esse lugar... Pois esse local é justamente onde está hoje a Catedral Metropolitana de Florianópolis. Tudo ia caminhando bem, mas, como em um filme, em 1689, um navio com piratas aportou em uma das praias; eles incendiaram casas e causaram pânico nos habitantes. Era uma vingança, pois, poucos anos antes, Dias Velho havia capturado um pequeno grupo de flibusteiros que naufragara perto da costa. No confronto com os piratas, o bandeirante foi morto. Depois do ataque, muitos dos sobre- viventes resolveram ir embora para locais mais seguros. Então, novamente, fiquei praticamente despovoada. Catedral Metropolitana, em frente à arborizada Praça XV de Novembro. 11 Portugal e Espanha defendiam suas colônias localizadas mais ao sul do País, e o seguro porto, que eu oferecia, deveria ser bem protegido. Portugal agiu rápido e, então, em 23 de março de 1726, o pequeno povoado passou a se chamar Vila Nossa Senhora do Desterro. Perto da igreja, em uma casa já existente, foi instalada a Câmara, e um conselho formado por um pequeno número de homens passou a exercer o Poder Executivo. Próximo dali, ergueu-se o Pelourinho, que simbolizava a Justiça. Com o crescente interesse por minha posição estratégica, Portugal facilitou o crescimento e a ocupação da vila. A Fortaleza de Santa Cruz do Anhatomirim faz parte do conjunto mais bem conservado da arquitetura militar do período colonial. 12 Vindo do Rio de Janeiro, o engenheiro português José da Silva Paes foi nomeado governador. Ele mandou erguer uma construção simples, onde passou a funcionar a Casa do Governo; para garantir a defesa, projetou diversas fortalezas. Juntas, a Fortaleza de Santa Cruz, na Ilha de Anhatomirim, construída em 1739, a Fortaleza de São José da Ponta Grossa, erguida na Praia do Forte, e a Fortaleza de Santo Antônio, na Ilha de Ratones Grande, ambas construídas em 1740, fariam a defesa contra navios inimigos que entrassem pela Baía Norte. Na estreita entrada da Baía Sul, na Ilha de Araçatuba, foi erguida, em 1742, a Fortaleza Nossa Senhora da Conceição da Barra do Sul. Nos governos seguintes, foram construídos outros fortes, como o de Sant’Anna e o de Santa Bárbara da Vila. Também ocorreu a formação de um regimento militar, com soldados vindos de outras capitanias. 13 Rua do Imperador Rua do Ouvidor Rua do Príncipe , de Eliane Veiga. Fonte do Forte do Rio da Campo do Bulha Manejo memória urbana – Florianópolis Baseado em mapa publicado em: 14 Finalmente uma paisagem urbana começava a se formar. Eu possuía 150 casas e minha população era em torno de 900 habitantes. Então, para efetivamente aumentar a população, em 1742, Silva Paes enviou uma carta a d. João V, rei de Portugal, solicitando a vinda de famílias do arquipélago de Açores. Com o pedido aceito, em 1748, aportou o primeiro navio com 60 famílias açorianas. Os navios continuaram a chegar até 1756, trazendo ao longo desse período cerca de seis mil imigrantes. A metade esta- beleceu-se aqui, e a outra metade fixou-se na parte continental, o que propiciou a fundação de diversas freguesias açorianas no litoral catarinense. As primeiras ruas começaram a ser planejadas ao redor da colina, onde o povoado teve início, e hoje fazem parte do Centro Histórico da cidade.
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