Benguela (Angola)
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FLUC FACULDADE DE LETRAS U C UNIVERSIDADE DE COIMBRA DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA CLÁUDIA MARIA FURTADO PAULO GEOGRAFIA FÍSICA E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO NO MUNICÍPIO DA BAÍA FARTA - BENGUELA (ANGOLA) UNIVERSIDADE DE COIMBRA FACULDADE DE LETRAS COIMBRA 2011 CLÁUDIA MARIA FURTADO PAULO GEOGRAFIA FÍSICA E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO NO MUNICÍPIO DA BAÍA FARTA - BENGUELA (ANGOLA) DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM GEOGRAFIA FÍSICA, AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO, APRESENTADA À FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA, SOB A ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR DOUTOR LÚCIO CUNHA. UNIVERSIDADE DE COIMBRA FACULDADE DE LETRAS COIMBRA 2011 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho primeiramente à Deus, Pai Todo-Poderoso, pelo dom da vida concedido. À minha querida família e amigos, por todo o contributo, compreensão e carinho demonstrados durante o período em que estive envolvida tão profundamente com a investigação. Com o contributo à memória de meu pai Daniel Paulo, meu irmão Hipólito Paulo e minha avó Cecília Tavares Freire. AGRADECIMENTOS Uma dissertação, apesar do processo solitário à que qualquer investigador está destinado, reúne contributos de várias pessoas. Esta afirmação, reside no facto da plena convicção de mais uma vez ter vivenciado esta experiencia. Assim, tomo a liberdade de endereçar os meus profundos e eternos agradecimentos: Ao Professor Doutor Lúcio José Sobral da Cunha orientador da dissertação pelo apoio prestado, a partilha do saber e as valiosas contribuições para o trabalho e pela nobreza da pessoa que é, como ser humano e por compreender as dificuldades do ser humano tendo em conta diversos factores. Acima de tudo, muito obrigada por me acompanhar sempre nesta difícil jornada e por motivar o meu interesse pelo conhecimento; pela força e coragem nos momentos mais difíceis em que a esperança parecia não ser vista ao fundo do túnel. Desde o início do Mestrado, a concessão da Bolsa de Estudos de instituições como o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) e Instituto Nacional de Bolsas de Estudos de Angola (INABE), jogou um papel fundamental para o alcance dos objectivos preconizados, sem os quais esta investigação não teria sido possível. Aos Directores Geral e Adjunto do Instituto Nacional de Bolsa de Estudos de Angola (INABE), Jesus Baptista e Mateus Ferreira de Almeida, pela concessão da bolsa no sentido da aquisição de conhecimentos e posterior aplicação para a contribuição e engrandecimento de Angola e por todo o auxílio prestado. Aos Doutores Cipriano Sousa, Gabriel Martinho e António Chissingui, pelo apoio e partilha dos conhecimentos. Ao meu grupo da Licenciatura, Dr. Borges Job e Dra. Urânia Neves, pelo incentivo e perseverança para continuar a falar sobre o Município da Baía Farta. Aos meus amores e queridos filhos Dilman Ribeiro e Lumena Ribeiro por toda a ausência e perdão pelos momentos em que não os pude acarinhar, compreender e ajudar... À minha querida e inesquecível mãe Josefa Furtado, cujo esforço é imensurável, para que este feito fosse um êxito, bem como a transmissão dos seus conhecimentos desde tenra idade para ultrapassar todos os obstáculos independentemente, das circunstâncias em qualquer lugar do planeta, enaltecendo desta forma, o papel abrangente da Geografia para a vida do ser humano. Aos meus irmãos Matilde Paulo Quinta, Hélia Paulo, Lia Paulo, Emanuel Paulo, Jamba Massanga, Laura Zombo, pelo carinho, compreensão, força e coragem transmitidos. Às minhas primas em especial à Ana Maria Furtado, Lúcia Furtado, Maria do Carmo Furtado, Lídia Furtado, Paula Furtado e Clarete Moreno, por todo o apoio moral e material para a estabilidade da minha saúde mental e física. Aos meus tios António Furtado e Martinha Mendes, Domingos Martins e Júlia Furtado e à minha madrinha Matilde Furtado pelos conselhos e solidariedade. Aos meus sobrinhos em especial a Nádia Furtado pela recepção e todo o apoio para a nova realidade que se me apresentava, fora da terra natal e da família. Aos meus amigos Berta Mateus, Carla Will, Clotilde Luís, Esperança Tuamoneni, Ilda Coimbra Duarte, Gildo, Coimbra, Mateus Santana e Toni Barros, pela irmandade, amizade e solidariedade demonstradas em todos os momentos; ...A todos no momento não mencionados por inerência da pressão psicológica, mas que cujo contributo foi relevante, para que eu pudesse escalar a montanha até atingir o cume e desta forma alcançar a victória, “MINHA GRATIDÃO PROFUNDA” RESUMO A experiência acumulada nos últimos anos a nível internacional e nacional produziu uma nova consciência global acerca das implicações ambientais do desenvolvimento humano, traduzida por maior responsabilidade da sociedade como um todo. Os Estados devem definir políticas ambientais que correspondam a essa nova consciência global, com o objectivo não só de renovar ou utilizar correctamente os recursos naturais disponíveis, garantindo assim o desenvolvimento sustentado de toda a humanidade, como também de assegurar permanentemente a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. A identificação dos principais recursos naturais e principais condicionantes para o desenvolvimento do Município da Baía Farta, deve ser vista de diversas formas e circunscreve-se em análises para avaliar se as políticas governamentais postas em prática têm sido suficientes em função do Ordenamento do Território, já que tudo depende da forma como se organiza o espaço em prol dos objectivos que se pretendem alcançar. O problema da litoralização da população e actividades económicas não é novo, já que ligada aos antecedentes históricos da guerra a que Angola esteve sujeita, foi-se observando uma progressiva concentração da população ao longo da Faixa Litoral. Assim o estudo sobre o Município da Baía Farta representa, um percurso reflexivo e analítico dos constrangimentos e potencialidades de desenvolvimento em torno das diferentes teorias e práticas no concernente à problemática do Planeamento e Ordenamento do Território. O Ordenamento do Território afigura-se como a chave para a solução eficaz de muitos problemas que actualmente assolam Angola em geral, bem como a Província de Benguela e Município da Baía Farta em particular, nomeadamente em relação a ignorância aos riscos naturais na localização de actividades, mistura e sobreposição desordenadas de uso, acessibilidade da população aos lugares de trabalho, dificuldades territoriais no fornecimento de serviços públicos e equipamentos a população, aos conflitos entre actividades e sectores, ao desequilíbrio territorial, degradação ecológica, desperdício de recursos naturais, descoordenação entre organismos públicos da mesma categoria e entre níveis administrativos distintos. O tema é bastante relevante, visto que tem a ver com o diagnóstico do território, objecto de planeamento tendo em consideração a caracterização física, social e económica permitindo um estudo pormenorizado da região, através da observação directa, análise de mapas de diversos tipos, inquéritos, entrevistas, consultas de fontes bibliográficas, bem como a elaboração e análise de dados de natureza muito variada. Da análise dos inquéritos, depreendeu-se a percepção da população em função do sexo, idade, naturalidade, ocupação profissional, morada, grau de instrução e tempo de vivência ou de trabalho para as respostas mais significativas relativas a qualidade do ambiente, transformações recentes e impactes no turismo, ambiente, paisagem e emprego. Do estudo feito verificou-se que existe uma disparidade acentuada entre as Comunas Sede da Baía Farta, Dombe Grande e as Comunas da Equimina, Kalohanga e Orla Marítima Sul que se encontram num estado precário no domínio das infra- estruturas sociais, carecendo de uma intervenção urgente em matéria de ordenamento do território; não obstante, a paralisação do parque industrial, o turismo deficiente, a ineficácia de fiscalização no ramo pesqueiro, a falta de técnicos qualificados, os riscos naturais com maior incidência para os riscos de inundação, seca e desertificação e a não implementação dos planos e programas por falta de verbas, constituem os principais problemas no Município da Baía Farta. Para se ultrapassar o quadro existente torna-se imprescindível, elaborar planos directores que visem recuperar e desenvolver todas as infra-estruturas de apoio ao desenvolvimento do Município da Baía Farta em geral, uma vez que em toda a sua extensão terrestre e marítima observam-se recursos naturais com grande potencial económico, bastando para o efeito promover o desenvolvimento dos sectores económicos e financeiros e a competitividade, bem como traçar estratégias para o desenvolvimento rural no concernente ao comércio rural revitalizado, repovoamento florestal, agricultura camponesa dinamizada e apoiada, apoiar o desenvolvimento do sector privado, pesca artesanal e o fomento das micro unidades industriais e investir mais nos recursos humanos, para o desempenho da função da gestão local e da prestação de serviços. Palavras-chave: Ambiente, Ordenamento do Território, Recursos Naturais, Riscos Naturais, Angola, Benguela, Baía Farta. ABSTRACT The experience accumulated in recent years both internationally and domestically produced a new global consciousness about the environmental implications of human development, reflected in greater responsibility of society as a whole. States should establish environmental policies that correspond to this new global consciousness, with the aim not only to renew or make good use of available natural resources, ensuring sustainable development of all mankind, but also to ensure continuously improving the quality of life citizens.