Do Império Ao Reino
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DO IMPÉRIO AO REINO Textos selecionados do congresso Do Viseu e o território Império ao Reino. Viseu e o território entre os séculos IV a XII entre os séculos IV a XII, organizado DO IMPÉRIO — pela Câmara Municipal de Viseu e pelo Catarina Tente Instituto de Estudos Medievais e realizado AO REINO Editora em Viseu entre 12 e 14 de abril de 2016. Viseu e o território entre os séculos IV a XII COMISSÃO DE HONRA COMISSÃO CIENTÍFICA ARBITRAGEM CIENTÍFICA D. Ilídio Iñaki Martín Viso Iñaki Martín Viso Bispo de Viseu Universidad de Salamanca Universidad de Salamanca Almeida Henriques Juan António Quirós Castillo Juan António Quirós Castillo Presidente da C.M. Viseu Universidad del País Vasco Universidad del País Vasco Alexandre Vaz Julio Escalona Monge Julio Escalona Monge Presidente C.M. Sátão CSIC-Madrid CSIC-Madrid Rui Ladeira Mário Jorge Barroca Mário Jorge Barroca Presidente da C. M. Vouzela CEAACP | Universidade do Porto CEAACP | Universidade do Porto José Mattoso Manuel Luís Real Manuel Luís Real IEM | NOVA FCSH IEM | NOVA FCSH /CITCEM IEM | NOVA FCSH /CITCEM Francisco Caramelo Maria João Branco Maria João Branco Diretor da FCSH IEM | NOVA FCSH IEM | NOVA FCSH Amélia Aguiar Andrade Stuart Brookes Tomas Cordero-Ruiz IEM | NOVA FCSH University College of London IEM | NOVA FCSH DO IMPÉRIO AO REINO AO IMPÉRIO DO Título Iniciativa ISBN Do Império ao Reino. Pelouro da Cultura 978-972-8215-55-2 Viseu e o território entre e Património Depósito legal Viseu e o os séculos IV a XII Paginação e execução 446826/18 território Edição DPX Design entre os Câmara Municipal Impressão séculos de Viseu Tipografia Beira Alta IV a XII DO IMPÉRIO AO REINO Viseu e o território entre os séculos IV a XII ÍNDICE Abertura P. 07 Raízes de Viseu — Presidente da Câmara Municipal de Viseu P. 10 P. 14 Seguir a viagem Viseu do Império ao Reino – — um projeto, um congresso, um livro Vereador da Cultura, Património, Turismo — e Marketing Territorial de Viseu Catarina Tente Conferências 1 2 P. 23 P. 45 Ser y parecer. Integración política y geografías Arqueología del poder en el del poder en el Noroeste de la noroeste peninsular península ibérica (siglos IX-X) — — Juan Antonio Quirós Castillo Iñaki Martín Viso I II A cidade O Território COMUNICAÇÕES PÓSTERES COMUNICAÇÕES PÓSTERES 3 7 9 14 P. 65 P. 151 P. 179 P. 345 Testemunhos de uma Identidade. Vasos com estampilhas da Sé, Viseu A Configuração Territorial da Diocese A Estalagem Romana da Intervenções Arqueológicas — de Viseu no período Suevo-Visigodo Raposeira (Mangualde) em Viseu (1997-2016) Catarina Meira — — — Catarina Tente, Tomás Cordero Ruiz e Rita Castro Carla Santos, Nádia Figueira e Sónia Cravo Carla Santos, Nádia Figueira e Sónia Cravo 8 10 15 P. 4 163 O Couto da Regueira, Viseu P. 197 P. 355 P. 81 — Povoamento e modos de vida no limite Inventariação das sepulturas escavadas A igreja de S. Miguel de Fetal. Carlos Alves e Pedro Sobral de Carvalho oriental do território viseense durante na rocha da região de Viseu Resultados das escavações o século X. O Povoado de São Gens — e a sua interpretação — Sofia Pereira — Catarina Tente, Sara Prata, Fabián Cuesta-Gómez, Catarina Tente, Oscar Jímenez, Stuart Brookes, Marta Moreno-García, Gabriel Souza, 16 Francisca Alves-Cardoso, Sílvia Casimiro João Pedro Tereso, Cláudia Oliveira e Ana Jesus e Carlos Alves P. 369 11 O povoado do Penedo dos 5 Mouros (Arcozelo, Gouveia) no P. 231 contexto do século X no sector P. 101 Povoamento e organização defensiva noroeste da Serra da Estrela A Cava de Viriato – novos do território da área setentrional — dados e interpretações de Viseu (Séculos VI a XI) Catarina Tente, António Faustino Carvalho e Vera Pereira — — Manuel Luís Real e Catarina Tente António Lima e Marina Vieira 17 6 12 P. 389 O complexo arqueológico de São P. 131 P. 263 Pedro de Matos (Forninhos, Aguiar Evolução da Catedral de Viseu - da O sítio da Senhora do Barrocal da Beira): primeiros dados para o seu época medieval à época moderna (Sátão) na viragem do milénio — — conhecimento em época medieval — Carlos Alves Catarina Tente, Hugo Baptista, João Pedro Tereso, António Faustino Carvalho, Catarina Tente Margarida Cércio, João Luís Veloso, Cláudia Oliveira, e Fátima Beja e Costa Luís Seabra, Catarina Meira, Gabriel de Souza, Tomás Cordero Ruiz e Manuel Luís Real 18 13 P. 403 P. 297 Torre de Vilharigues O papel das elites na definição do (Paço de Vilharigues, Vouzela) — território. A sua presença no processo Carla Santos, Nádia Figueira e Sónia Cravo de senhorialização da "fronteira beirã" — Manuel Luís Real 6 7 Raízes de Viseu Almeida Henriques Presidente da Câmara Municipal de Viseu Nem sempre nos lembramos que debaixo dos nossos pés existe um mundo tantas vezes invisível, que o tempo consumiu, mas que está nas ruas que calcorreamos ou nas fundações dos edifícios que habitamos. DO IMPÉRIO AO REINO 8 9 Viseu é cidade Antiqua et Nobilissima, como nos recorda a legenda do brasão Para além das diversas intervenções arqueológicas em Viseu, desde a Cava municipal. de Viriato à envolvente da Igreja de São Miguel do Fetal, organizou-se em Abril Com mais de 2500 anos de história, atravessando civilizações e culturas dis- de 2016, o Congresso “Do Império ao Reino – Viseu e o Território (Séculos tintas, as marcas do tempo e de diferentes comunidades configuraram a cidade IV a XII)”, coorganizado pelo Município de Viseu e pelo Instituto de Estudos e a sua riquíssima identidade. Medievais. Nem sempre nos lembramos que debaixo dos nossos pés existe um mundo Publicam-se agora em livro os resultados desse congresso, disponibilizando tantas vezes invisível, que o tempo consumiu, mas que está nas ruas que calcor- à comunidade científica e a toda a população interessada as teses e conclusões reamos ou nas fundações dos edifícios que habitamos. defendidas. Estou certo que esta obra ampliará o nosso conhecimento sobre O conjunto de vestígios materiais de outros tempos, o património arqueoló- Viseu e o seu território, consolidando a nossa perceção sobre a enorme relevân- gico, conta-nos mais do percurso ancestral de Viseu, da sua evolução e dos seus cia geopolítica de Viseu à época. protagonistas. Ao procurar responder a velhas interrogações, a obra levanta novas questões, Surge assim, muito naturalmente, no âmbito de uma política de valorização convoca novos olhares sobre Viseu. do património e da história de Viseu, o apoio por parte do Município de Viseu Finalmente, um livro que nos fala da Cava de Viriato, esse ícone viseense, e ao projeto de investigação “Viseu do Império ao Reino – A cidade e o território do tempo de Ramiro II de Leão, que ainda hoje habita o brasão da cidade, é uma entre os séculos IV a XII”, conduzido pelo Instituto de Estudos Medievais da obra que não nos pode deixar indiferentes. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e Convido a todos a ler. Nas suas páginas palpita a história marcante de Viseu! coordenado pela Prof. Doutora Catarina Tente. DO IMPÉRIO AO REINO 10 11 Seguir a viagem Jorge Sobrado Vereador da Cultura, Património, Turismo e Marketing Territorial de Viseu Pese embora o fascínio romântico que um grande enigma possa suscitar, é nosso dever prosseguir o curso do conhecimento, salvaguardando-o e valorizando-o no desenvolvimento da cidade, e convertendo-o em atributo cultural e ativo turístico. DO IMPÉRIO AO REINO 12 13 Esta obra representa um avanço e uma conquista para a historiografia e o Infeliz e tristemente, os fundos públicos nacionais e comunitários secaram património de Viseu – e por diversas razões. praticamente as fontes de financiamento a projetos de investigação e valoriza- Desde logo, por que torna acessível ao público em geral os resultados do mais ção arqueológicas de iniciativa municipal, confinando as intervenções a uma recente projeto de investigação sobre Viseu no período anterior à fundação da escassa lista de bens já reconhecidos e classificados pelo Estado Central… nacionalidade: “Viseu, do Império ao Reino – A cidade e o território entre os séculos Pese embora o fascínio romântico que um grande enigma possa suscitar, é IV a XII”, coordenado de modo notável pela Prof.ª Doutora Catarina Tente, e nosso dever prosseguir o curso do conhecimento, salvaguardando-o e valori- materializado em intervenções arqueológicas e na realização do congresso “Do zando-o no desenvolvimento da cidade, e convertendo-o em atributo cultural e Império ao Reino – Viseu e o Território”. ativo turístico. Se é verdade que o conhecimento não pode, nem deve ser um exclusivo dos Alguns quebra-cabeças foram ainda recentemente superados, por mérito de seus autores e instituições, esta publicação, promovida pelo Município de Viseu, intervenções arqueológicas que ajudaram a desvendar o passado pré-romano é um importante contributo nesse sentido e na desejável apropriação coletiva de Viseu, definiram melhor o traçado da muralha romana e o urbanismo, e atra- de factos, perspetivas, teses e explicações sobre a evolução e configuração da vés de um magnífico altar, dedicado aos deuses locais, deram a conhecer o nome cidade à época, e a sua influência regional no contexto dos reinos da Península primitivo da urbe – Vissaium! Mas há tanto ainda para descobrir, por exemplo Ibérica. por debaixo do Adro da Sé de Viseu… Em segundo lugar, a felicidade desta iniciativa acha-se na inauguração da Do recente esforço de valorização social dessas aquisições destacam-se, coleção editorial “Viseu Património”, que dará lugar à publicação de traba- desde logo, o 1.º polo do Museu de História da Cidade (“Ícones de Viseu – o lhos científicos subordinados à história e ao património de Viseu, ainda não Despertar do Viseu”, situado na rua Direita), e a futura Reserva Arqueológica publicados. Municipal, em organização na Casa do Miradouro, com vocação não só de ges- É que se “Viseu continua a ser um enigma”, como afirmou o arqueólogo Jorge tão de depósitos arqueológicos, mas também de apoio à investigação científica Alarcão no seu livro “A Cidade Romana de Viseu” (1989), e se a Cava de Viriato (já em curso) e à produção de novos conteúdos culturais e serviços educativos.