AVATARES DA MEMÓRIA. História, Paisagem E Património Do Concelho De Moimenta Da Beira. Jaime Ricardo Gouveia
AVATARES DA MEMÓRIA História, Paisagem e Património do concelho de Moimenta da Beira Jaime Ricardo Gouveia Jaime Ricardo Gouveia AVATARES DA MEMÓRIA História, Paisagem e Património do concelho de Moimenta da Beira 2013 Ficha Técnica: Autor: Jaime Ricardo Gouveia Título: Avatares da Memória. História, Paisagem e Património. Capa: Segões (foto da Junta de Freguesia de Segões) Prefácio: Alberto Correia Edição: Pangeia editores Tiragem: 500 ex. http://avataresdamemoria.blogspot.pt/ ÁLBUM DE RETRATOS Página a página desdobrei as crónicas deste livro como se fosse um álbum de retratos. Povos inteiros, aldeia ou vila, desenhados sobre o fundo de um tempo antigo, imagens recuperadas desde as orcas, desde os castros, até aos dias de hoje, esfumadas as mais longínquas, límpidas as outras, e depois essa sábia montagem que nos é oferecida, ilustração e deleite, o álbum folheado sobre a mesa ou no regaço, talvez preso da mão, talvez roteiro para quem de mais perto quiser ver o documento original. Jaime Gouveia traz-nos o mapa dessa pequena pátria onde pertence, das palavras faz rio e monte e com elas tece a colorida manta de retalhos desses povos, às vezes milenares, cujo rasto permanece nas pedras queimadas de uma arquitectura primeva, nas cruzes dos caminhos assinaladas com Alminhas, num esquisito linguajar de iniciados, no impressivo desenho dos campos cultivados, na herança cumprida de uma procissão de votos, nos cantares do linho, nas místicos ritos de exorcizar maleitas ou arramar as trovoadas. É sempre uma mágica viagem. Leva-nos ao cerros, subindo caminhos de gados ou romeiros, às vezes de madrugada, um “ventinho levantisco” gostoso de sentir, e o nascer do sol como se fosse a primeira vez, e o despertar da aldeia, na alva, águas de rega cantando em córregos, se for Inverno passos quebrando a geada, orvalho de solstício de Verão, rosmaninho queimado, neblinas de Outono com os centeios semeados, o mosto recolhido e as castanhas quase caindo.
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