STEPHEN KING LIBRARY: He Was Handsome and Alive and Almost
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Produção Apoio Realização Distribuição gratuita. Venda proibida. ISBN 978-65-86448-00-9 CCBB BH 18 de fevereiro a 15 de março “(...) monstros existem e fantasmas também. Vivem dentro de nós e, às vezes, eles vencem.“ O iluminado “(...) monsters are real, and ghosts are real, too. They live inside us, and sometimes they win.” The Shinning Stephen King — O medo é seu melhor companheiro Lira Gomes, Breno; Ribeiro, Rita (orgs.) 2ª edição ISBN 978-65-86448-00-9 Fevereiro de 2021 Produção editorial Baltazar Produção e Conteúdo Revisão de textos André Gordirro, Antero Leivas e Carlos Primati Projeto gráfico Folha Verde Design Ilustração capa Délcio Almeida Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução deste livro com fins comerciais sem prévia autorização dos organizadores. Banco do Brasil apresenta e patrocina CCBB BH 25 de fevereiro a 22 de março de 2021 Banco do Brasil apresenta e patrocina Stephen King: O medo é seu melhor companheiro, mostra com produções baseadas nas obras do mestre do ter- ror, além dos filmes que serviram de inspiração para o seu trabalho. Stephen King é um dos mais influentes escritores dos últimos tempos, que conquistou os principais diretores de Hollywood e teve muitas de suas obras adaptadas para o cinema e a televisão. Stanley Kubrick, Brian De Palma e John Carpenter são alguns nomes que le- varam livros do escritor às telas e os transformaram em clássicos da sétima arte com O ilu- minado (1980), Carrie, a estranha (1973) e Christine, o carro assassino (1983). Com a realização desta mostra, o CCBB oferece ao público contato com a obra de um dos mais notáveis autores de terror e ficção da sua geração e estimula o debate sobre o seu pro- cesso de criação e suas adaptações, além de promover o diálogo entre a literatura e o cinema. Centro Cultural Banco do Brasil O medo é uma das condições inerentes à sobrevivência. Desde a mais tenra idade ele nos acompanha. Do monstro embaixo da cama, aos terroristas, psicopatas, fantasmas... Na verdade, ao crescermos, tentamos empurrar o medo primordial para o fundo de nossas mentes. Então nos esquecemos daquele monstro que ficava à esprei- ta no fundo do armário à noite, ou daqueles que nos aguardavam no corredor escuro quan- do tínhamos aquela sede de madrugada. Mas isso não quer dizer que eles deixam de existir. Apenas nos esquecemos. Mas, como quase tudo em nossa vida, ele sempre volta. Ou nos acompanha. Crescemos convivendo com o medo nas preguiçosas sessões da tarde, ou da meia noite, com as infinitas reprises de Christine, de Bala de prata, entre outras obras do mestre Stephen King. Nossa ge- ração cresceu assistindo essas obras, primeiro na TV, quando não tínhamos idade e, depois de crescidos, no cinema. Até aí tudo bem, porque eram medos compartilhados, ainda que no escuro da sala, sozinhos à noite, sabíamos que era só correr para o quarto dos pais ou para a cama do irmão mais velho, que não estaríamos mais sozinhos. No entanto, a grande experiência do medo vem quando estamos sozinhos, quando apenas uma luz incide sobre as páginas do livro que estamos lendo. É aí que Stephen King produz a sua mágica. Nas páginas de suas obras nos tornamos reféns do medo. Um medo que nos faz retornar aos nossos temores primários. Só que dessa vez não é o monstro dentro do armário ou debaixo da cama. Os monstros de King saem sorrateiramente e entram em nossa mente. E depois de nos invadir, não existe mais escapatória. O gênero terror foi durante muito tempo considerado menor. Na contramão dos autores clássicos como Oscar Wilde, Bram Stoker, Mary Shelley, Robert Louis Stevenson, que consa- graram com suas obras o gênero, surgiram os penny-dreadfuls ou os penny-bloods, folhetins publicados no século XIX que traziam histórias de terror, cheias de sangue e personagens macabros, vendidos a preços populares e que faziam grande sucesso. Da mesma forma, des- de o início do cinema os filmes de terror eram vistos com desconfiança, como se causassem descrédito aos diretores e atores. Curiosamente, se olharmos nas listas de produção por gê- nero, esse é o gênero que jamais deixou de ser produzido. Assim como a literatura de terror. Somente nos primeiros anos do século XXI foi que a ex- tensa obra de Stephen King começou a deixar de ser vista como algo menor. Prova disso é a quantidade de filmes e minisséries produzidas a partir de seus livros. Mas, o que mudou ao longo desses anos? Talvez estejamos ficando menos preconceituosos. Pode ser. Talvez, finalmente, reconheçamos que King moldou à sua maneira peculiar o medo do ser huma- no contemporâneo. Por que seus livros são tão bons?, nos pegamos pensando. Porque, mui- to antes de conhecer os demônios, King conhece como ninguém, o ser humano. E, aí sim, é onde habitam os piores monstros. Transitando pelo universo cotidiano o autor transforma com seus dedos, coisas simples em algo a se temer: máquinas de lavanderia, carros, conver- tem-se em entidades assassinas. Criancinhas e velhinhas em psicopatas. E nem nos falem em hotéis. Esses nunca mais serão os mesmos. Que atire a primeira pedra aquele que não olha com desconfiança para o longo corredor do hotel... Lovecraft, Machen, Poe moldaram o terror no século XX. Stephen King é o grande mestre do século XXI que continua a criar fãs e a influenciar novos autores. A retrospectiva Stephen King: o medo é seu melhor companheiro, que agora chega à Belo Horizonte, teve nas suas exibições no Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo, a participa- ção de mais de 11 mil pessoas. É a primeira vez que se reúne no país, de forma presencial e, nessa edição, também on-line, 47 produções adaptadas das obras daquele que é o Mestre do Terror, além de 5 obras originais para a televisão (algumas desenvolvidas pelo próprio King) ou continuações de suas histórias e 5 filmes que são citados por King como referências para sua formação como escritor. As sessões presenciais respeitarão todos os protocolos de com- bate à pandemia de Covid-19. E as exibições on-line terão acesso gratuito na plataforma Darkflix durante todo o período da retrospectiva. Paralelo às exibições, a mostra promove também lives, palestra e mesas de debates com críticos de cinema, pesquisadores, escritores brasileiros, leitores fãs da obra de King. Uma masterclass também será programada durante as 4 semanas de realização da retrospecti- va. Da mesma forma que as exibições, as atividades serão um misto de presencial e on-line. Ao longo do catálogo, além das contribuições de autores, diretores, críticos e pesquisado- res também contamos com a participação de designers e ilustradores que revelam, por meio de seus traços, a visão peculiar de King e de suas obras. Agradecemos ao Centro Cultural Banco do Brasil a oportunidade de apresentar pela pri- meira vez para você, como diria o Mestre, fiel leitor, as adaptações das principais obras de Stephen King. E esperamos que ainda venham muitas mais. Pois, por mais que neguemos, o medo sempre será nossa melhor companhia! Rita Ribeiro & Breno Lira Gomes Curadores SUMÁRIO 16 · APRESENTAÇÃO · Mick Garris Parte I 20 · Longa vida ao Rei · Edilton Nunes 24 · O autor e o cinema · Rita Ribeiro 28 · Maine, Bangor e Osasco · André Vianco 32 · Os gangsters do mundo animal: Um breve dossiê dos gatos de Stephen King · Carlos Primati 36 · O medo do ordinário · Rodolfo Stancki 40 · Filmes e livros como inspiração · Breno Lira Gomes 48 · De fã a tradutora – quando sonhos se realizam · Regiane Winarski 52 · Começando pequeno: os inestimáveis bebês de um dólar · Carlos Primati 56 · Galeria do medo Parte II 64 · A Jean Gray do terror · Rodrigo Fonseca 68 · A hora e a vez dos vampiros (E das casas mal assombradas também) · Breno Lira Gomes 72 · Uma assombração cinematográfica · Marcelo Janot 74 · Creepshow ou o monstruoso poder masculino · Délcio Almeida 76 · Elogio do homem comum · Marcelo Miranda 78 · Biblioteca Stephen King: Ele era bonito e vivo e quase… crocante – Breves notas sobre o desejo feminino no romance Carrie, a estranha · Gabriela Amaral Almeida 82 · Natureza selvagem · Lucas Salgado 84 · Christine, um hit das locadoras na década de 80 · Laura Loguercio Cánepa 88 · For you daddy! · Giselle Safar 91 · Não crescerás · Luiz Baez 92 · A eficiência do medo em partes · Cecília Barroso 94 · Cuidado com a lua! Stephen King e sua lenda para o lobisomem · Fernando Tibúrcio 98 · Biblioteca Stephen King: Inferno de gelo · Sérgio Gomes 102 · O desafio de assistir Comboio do terror · Paulo Fontenelle 107 · Conta comigo — Nós sempre teremos Castle Rock · Flávia Guerra 110 · Correndo pela vida · Tom Leão 112 · O terror da perda em Cemitério maldito · Beatriz Saldanha 114 · Onde se esconde o monstro? · Francisco Carbone 116 · O horror em situações cotidianas · Mario Abbade 118 · Terror, em dois tempos · Tom Leão 120 · O macabro, o drama e a sensibilidade humana · Frini Georgakopoulos 122 · Biblioteca Stephen King: A hora do vampiro e o poder recorrente do mal · Jessica Reinaldo 126 · Sugadores de almas virgens · Luciana Costa 128 · Civilização em ruínas · Thiago Stivaletti 132 · Quando o mal se alastra pelas faíscas do desejo · Juarez Guimarães Dias 134 · Os pardais voam de novo: reencontrar Stephen King e George A. Romero · Diego Benevides 136 · Todos são inocentes e têm o mesmo sonho: liberdade · Angélica Coutinho 140 · O lado certo da batalha · Antero Leivas 144 · Uma história do horror fora do sobrenatural · Ana Rodrigues 146 · Mais uma sobre o tempo · Antero Leivas 148 · Máquina mortífera · Wallace Andriolli Guedes 150 · Biblioteca Stephen King: A dança da morte: o folhetim sombrio do Maine para o mundo · André Vianco 154