Érica Ribeiro Magi
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Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Filosofia e Ciências – Campus de Marília Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Érica Ribeiro Magi ROCK AND ROLL É O NOSSO TRABALHO: A LEGIÃO URBANA DO UNDERGROUND AO MAINSTREAM Marília-SP 2011 1 Érica Ribeiro Magi ROCK AND ROLL É O NOSSO TRABALHO: A LEGIÃO URBANA DO UNDERGROUND AO MAINSTREAM Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista, Campus de Marília, como requisito para obtenção do Título de Mestre. Orientador: Dr. Alexandre Bergamo Idargo Financiamento: FAPESP Marília-SP 2011 2 Magi, Érica Ribeiro. M194r Rock and roll é o nosso trabalho: a Legião Urbana do underground ao mainstream / Érica Ribeiro Magi. – Marília, 2011. 147 f.; 30 cm. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, 2011. Bibliografia: f. 137-140. Orientador: Alexandre Bergamo Idargo. 1. Sociologia da cultura. 2. Rock brasileiro, anos 80. 3. Grupos de rock - Brasil. 4. Música popular brasileira. 5. Indústria cultural. 6. Redes de sociabilidade. I. Autor. II. Título. CDD 306.4842 3 Érica Ribeiro Magi ROCK AND ROLL É O NOSSO TRABALHO: A LEGIÃO URBANA DO UNDERGROUND AO MAINSTREAM Comissão Examinadora ___________________________________________ Dr. Alexandre Bergamo Idargo (orientador) Departamento de Sociologia e Ciência Política – UFSC Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais – FFC/UNESP ___________________________________________ Dr. José Adriano Fenerick Departamento de História – UNESP / Franca ____________________________________________ Dr. Dmitri Cerboncini Fernandes Departamento de História Social – USP Suplentes ______________________________________________ Dr. Luis Antonio Francisco de Souza Departamento de Sociologia e Antropologia – UNESP/Marília ______________________________________________ Dra Ana Paula Cavalcanti Simioni Instituto de Estudos Brasileiros - USP 4 Agradecimentos Agradeço imensamente à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pela concessão da bolsa de mestrado, sem ela este trabalho não seria o mesmo, e ao meu parecerista pelas certeiras avaliações sobre o andamento da pesquisa e orientações. Um agradecimento especial ao Arthur Dapieve, Alex Antunes e à Bia Abramo pela generosidade e atenção com que me receberam. Nunca imaginei que um dia eu pudesse “entrevistar” os jornalistas de cultura que sempre li com tanta admiração. Ao produtor musical e professor universitário Mayrton Bahia, agradeço também pela generosa entrevista. E, não estranhem, agradeço pela gentileza com que me apresentou uma surpreendente sala de aula, da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. Ela foi particularmente determinante para que eu compreendesse melhor o trabalho do produtor musical. Dedico também um agradecimento especial aos professores José Adriano Fenerick e Ana Paula Cavalcanti Simioni pelas valiosas sugestões e críticas durante o exame de qualificação. Devo reconhecer também a disposição ímpar e a paciência do Zé Adriano em contribuir para a conclusão deste trabalho. Ao Dmitri Cerboncini Fernandes pelas provocantes questões e dicas colocadas durante a defesa desta dissertação. Muito obrigada a todos! Ao professor Luis Antonio Francisco de Souza por gentilmente ter aceitado o convite da suplência do exame de qualificação e da defesa e pelo forte incentivo e apoio recebidos desde a minha graduação. À professora Célia Tolentino que me deu a oportunidade de participar do “Grupo de Estudos e Pesquisas em Literatura e Cinema” desde o seu ano de fundação (2002), onde comecei a escrever artigos e pude contar com as críticas, o pulso firme e as palavras carinhosas da Célia. Agradeço a oportunidade de participar como estudante das ricas reuniões do Projeto Temático financiado pela FAPESP, “Formação do Campo Intelectual e da Indústria Cultural no Brasil Contemporâneo", sob coordenação do Prof. Sergio Miceli. Aos meus amigos que acompanharam de muito perto os sofrimentos e as alegrias advindas da vida na universidade: ao Lucas Souza, companheiro de pesquisa, sempre perspicaz em nossos diálogos que me ajudaram muito a entender o meu próprio 5 trabalho; à Carla Cordeiro pelo carinho nesses anos todos de amizade; à Juliana Nicolau pelas conversas e “toques” em tantos anos de universidade; à Viviane Cristina Barbosa Lopes pelo bom humor, pelas cervejas e pelo apoio incondicional nos momentos mais complicados; à Lilian Basso pela amizade que estabelecemos apenas no fim da graduação e que o tornaram menos penoso. Ao Alexandre Bergamo, meu orientador de muitos anos, pelas palavras de incentivo e de crítica e por acreditar em mim e no meu trabalho, sobretudo nos momentos mais incertos. Aos meus pais, Maria e Odival, pela compreensão incondicional e pelas centenas de noites que eles perderam por irem me buscar na rodoviária durante a pesquisa de campo e realização dos créditos e ao meu irmão, Éder, pelas reflexões inteligentes e risadas. 6 Resumo É consenso nos trabalhos acadêmicos e jornalísticos que o rock brasileiro conquistou seus espaços nos meios de comunicação e reconhecimento da música brasileira apenas com a emergência das bandas dos anos 1980. Sendo assim, esta pesquisa se propôs a compreender, por meio da trajetória da Legião Urbana, as interferências dos múltiplos agentes sociais envolvidos e mobilizados na consolidação de um campo específico de música no Brasil: o campo do rock. A partir da análise de matérias publicadas em jornais, na revista Bizz e das entrevistas que fiz com alguns jornalistas e com o ex- produtor da Legião, pode-se concluir que as tomadas de posição e as disposições desses agentes construíram os critérios de avaliação do gênero, dos artistas e de produção dos discos, consolidando um espaço e definindo as marcas expressivas para o rock brasileiro e de uma geração de profissionais. Palavras-chave: sociologia da cultura; trabalho, campo do rock brasileiro nos anos 80; música popular brasileira; indústria cultural; redes de sociabilidade 7 Abstract There is consensus in the academic and journalistic works that rock and roll earned their places in the media and recognition of Brazilian music only with the emergence of national bands of the 80s. Thus, this research aims to understand the interference of multiple social agents involved and mobilized in the consolidation of a specific field of music in Brazil, the field of rock: music producers, journalists and bands, in this case “Legião Urbana”. From the analysis of articles published in newspapers, on magazine Bizz and interviews I did with some journalists and the former producer of the Legion, I learned that the positions and the provisions of these agents have built the evaluation judgement of the genre, the artists and production of discs, consolidating spaces for Brazilian rock in the majors and the press. Keywords: sociology of culture, work, the field of Brazilian in the 80’s, cultural industry, brazilian popular music, social networks 8 Os especialistas em música podem entender muito de música e pouco de seres humanos, e fabricam então uma marionete de um artista autônomo, um “gênio” que se desenvolve imanentemente. Mas, fazendo isto, eles meramente contribuem para uma falsa compreensão da própria música. (Norbert Elias, 1995, p.121) Music makes the people come together (Music, Madonna) 9 Sumário Introdução ............................................................................................................................... 12 Pesquisar rock deve ser muito legal, não é? ....................................................................... 12 Roqueiro brasileiro sempre teve cara de bandido .............................................................. 19 Rock and roll é a minha vida, o meu trabalho..................................................................... 29 Anos 80: imprensa e efervescência cultural ........................................................................... 36 Novos atores na indústria cultural brasileira ...................................................................... 36 London Calling ..................................................................................................................... 37 Brasília e a Música Urbana ...................................................................................................... 50 A influência punk ................................................................................................................. 50 Trajetórias Cruzadas ............................................................................................................ 52 Música e Sociabilidade ........................................................................................................ 60 A Saída para o Eixo Rio – São Paulo ........................................................................................ 70 A Legião Urbana no circuito underground paulistano: os jornalistas e suas bandas independentes .................................................................................................................... 73 O Pop Nativo: os darks e a new wave ................................................................................. 77 A Legião Urbana e os “ex-alternativos” do Rio de Janeiro .................................................. 89 A Imprensa Especializada ........................................................................................................ 95 Eu recomendo o que vocês