PAULO CESAR FERNANDES LIMA

COMPORTAMENTO OE (laiil) de Wit COMPARADO COM Prosopis juliiloia (SW) DC E Eucalyptus alba Reisiw ex Uns

Dissertação submetida à consideração da Comissão Examinadora, como requi- sito parcial na obtenção de Título de "Mestre em Ciências - M.Sc.", no Curso de.Pós-Graduação em Engenharia Flores- tal, do Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná.

CURITIBA 19 8 2 MINISTERIO DA EDUCAÇAO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAI DO PARANÁ i SETOR DE CIÍNCIAS A O R A B I A t COORDENAÇÃO DO CURSO DE PÔS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL

P A R E CE R

Os membros da Comissão Examinadora designada pelo Colegiado do Curso de Pós-Graduação em Engenharia Flores^ tal para realizar a arguição da Dissertação de Mestrado apre sentada pelo candidato PAULO CESAR FERNANDES LIMA, sob o títu lo "COMPORTAMENTO DE Le.uc.azna Le.uaacephala (Lam) de Wit COMPA RADO COM Pio¿op¿¿ juli^loia (SW) DC E Eucalyptus alba Reinw ex Blume EM PETROLINA (PE), REGIÃO SEMI-ÃRIDA DO BRASIL" para obtenção do grau de Mestre em Ciências Florestais - Curso de Pos-Graduação em Engenharia Florestal do Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná, área de concentra ção SILVICULTURA» apôs haver analisado o referido trabalho e argüido o candidato, são de parecer pela "APROVAÇÃO" da Disser^ taçao, completando assim os requisitos necessários para rece ber o grau e o Diploma de Mestre em Ciências Florestais. Observação: 0 critério de avaliação da Dissertação e defesa da mesma a partir de novembro de 1980 é apenas APROVA DA ou NÃO APROVADA. Curitiba, 11 de junho de 1982.

Professor Renato Mauro Brandi, DR. Primeiro Examinador

Professor alho, M.Sc QömiT^/^r* "P "V o m -í mrlnr Ä memoria de minha mãe, Nelyta

A Walter, meu pai

DEDICO i i i AGRADECIMENTOS

Ä Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA

por possibilitar a realização do Curso de PÕs-Graduação em En- genharia Florestal na Universidade Federal do Paraná, bem co- mo, pela concessão dos recursos financeiros utilizados.

Aos Engenheiros Renival Alves de Souza, chefe do Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semi-Ärido -CPATSA/EMBRAPA e Antonio Paulo Mendes Galvão, coordenador do Programa Nacio- nal de Pesquisa Florestal - PNPF/EMBRAPA, pela confiança, apoio

e estimulo dedicado.

Aos professores Rudi Arno Seitz, Ronaldo Viana Soares e

Sergio Ahrens pela constante dedicação e orientação no desen - volvimento do presente trabalho.

Aos colegas de equipe do CPATSA, em especial aos Eng9s

Florestais Ismael E. Pires, Marcos Antonio Drumond e Sonia Ma-

ria de Souza pelo auxilio na coleta dos dados de campo.

Aos Engenheiros Luciano Lisbão Júnior e Antonio Rioyei

Higa da Unidade Regional de Pesquisa Florestal Centro-Sul - UR-

PFCS, pela receptividade e auxílio, colocando ã disposição pes-

soal e material necessário para a realização do trabalho.

Äs bibliotecárias Maria Cira Padilha da Luz, do CPATSA,

Carmen Lucia Cassilha, da URPFCS e Lea Terezinha Belzak, do Se-

tor de Ciências Agrárias da UFPR, e demais funcionários, pelo

auxilio do fornecimento de material dati1ográfico e correções

i V devidas.

A minha esposa leda e filhos, pela paciência, confian-

ça e incentivos.

Aos demais professores, funcionários e colegas de cur- so, e todos aqueles que direta ou indiretamente colaboraram.

V SUMÁRIO

Pãgi na

Lista de Figuras viii

Li sta de Quadros ix

1. INTRODUÇÃO 1

2. REVISÃO DE LITERATURA 4

2.1. Le.ucae.na lzucoce.phala (LAM) DE WIT 5

2.1.1. Caracterîsti cas Botânicas 5

2.1.2. Variabi 1 idade Dentro da Espécie 6

2.1.3. Exigências Eda f o-c 1 i mât i ca s 8

2.1.4. Silvicultura e Manejo 9

2.1.4.1. Dormência de sementes 9

2.1.4.2. Fitopatologia das sementes 10

2.1.4.3. Estabelecimento do povoamento 10

2.1.4.4. Uti 1 ização 13

2.1.4.4 .1. Forragem 13

2.1 .4.4.2. Ref 1 orestamento e usos industriais.... 17

2.1 .4.4.3. Agro-si 1 vi cul tura 20

2.2. Ptio¿opi¿ jul¿¿lo*.a (SW) DC 21

2.2.1. Características Botânicas e Ecologia da Espé- cie 22

2.2.2. Util ização 24

2.3. Eucalypti alba REINW. EX BLUME 26

2.3.1, Características Botânicas e Ecológica da Espé- cie 26

2.3.2. Ref 1 orestamento 28

vi Pagi na

3. MATERIAL E METODOS 29

3.1. CLIMA 29

3.2. VEGETAÇÃO : 34

3.3. SOLO . 36

3.4. ESCOLHA DAS ESPÉCIES PARA ANÄLISE COMPARATIVA.. 39

3.5. PRODUÇÃO DE MUDAS E PLANTIO 39

3.6. PLANO EXPERIMENTAL. 41

3.7. PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DAS ESPECIES 43

3.7.1. Morfologia da Leucena 43

3.7.2. Qualidade Fisiológica da Semente de Leucena.... 44

3.7.3. Estado Sanitário dos Povoamentos 44

3.7.4. Crescimento 45

3.7.5. Valor Forrageiro da Leucena 47

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 48

4.1. SOBREVIVENCIA 48

4.2. ASPECTOS MORFOLÓGICOS DA LEUCENA 50

4.3. ASPECTO SANITARIO DAS PLANTAS NO EXPERIMENTO... 54

4.4. CRESCIMENTO EM ALTURA 56

4.5. CRESCIMENTO EM DIÂMETRO (DAP) 59

4.6. VOLUME EM MADEIRA 60

4.7. VALOR FORRAGEIRO (TEOR DE MINERAIS) EM LEUCENA. 63

5. CONCLUSÕES 70

6. RESUMO. . 72

SUMMARY . 73

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 74

APENDICE 84

BIOGRAFIA 95

V i i LISTA DE FIGURAS

FIGURA Página

1 Localização de Petrolina no Nordeste e regiões

bioclimáticas, segundo classificação de HAR-

GREAVES74 30

2 Balanço hídrico da região de Petrolina pelo mé-

todo de Thornthwaite e Mather 31

vi i i LISTA DE QUADROS

QUADRO Pagina

1 Altura e DAP medios em plantios de L. Izucoce.-

phala (Lam) de Wit, em Linhares, aos 22 meses

de idade 18

2 Média dos dados meteorológicos da área experi-

mental, no período de janeiro de 1979 a dezem-

bro de 1 981 33

3 Balanço hídrico mensal segundo Thornthwaite

Mather (MOTA101) no período de janeiro 1979 a

dez embro 1981

4 Dados referentes âs análises química do solo,

do local do experimento 3 8

5 Dados referentes a origem e procedências de

E. alba 40

6 Descrição dos tratamentos 4 2

7 Sobrevivência das espécies até os 33 meses de

idade 49

8 Classificação dos fustes das espécies e proce-

dências em estudo, na Região de Petrol i na - PE,

de acordo com FERREIRA & ARAOJO59, aos 33 me-

ses de idade ^ 2

9 Dados relativos as dimensões de folha, frutos

e sementes de L. Zzu.coce.ph.ala na região de Pe-

i X QUADRO Página

trolina, PE 53

10 Características de germinação, testes físicos e

de vigor em sementes de L. lo.ucoczphala, na re -

gião de Pernambuco, PE, aos 29 meses de idade... 55

11 Incidência de Oncido.fiQ.6 sp. em L. . lo.ucoczphala,

P. jult^loia e E. alba na região de Petrolina,

PE 57

12 Midia de altura de L. lnucoczphala, P. jailli oía

e E. alba aos 6, 12, 24 e 33 meses de idade, em

Petrolina, PE 58

13 Valores médios observados para o DAP aos 33 me-

ses de idade de L. leacoczphala, P. jult^loia e

diferentes origens de P. alba em Petrolina, PE.. 50

14 Fator de forma encontrado para L. le.ucoczphala,

P. jult^loAa e diversas origens de E. alba, aos

33 meses de idade, em Petrolina, PE.... 61

15 Volume estimado para L. lo.ucoco.phala e procedên-

cias de E. alba, em Petrolina, PE, aos 33 meses

de idade

16 Concentrações de minerais em diferentes partes

da planta de L. laucoczphala na região de Petro-

lina, PE 64

17 Necessidades diárias em elementos minerais, na

matéria seca para alguns animais, segundo ANDRI-

guetto et allV 66

18 Teores de minerais e Proteína Bruta de L. le.uco-

caphala da região de Petrolina, PE, com outras

espécies e locais de estudo 68

X 1. INTRODUÇÃO

O Nordeste Brasileiro com área de 1.548.672 km2 repre- senta 18,2% da superfície do Pais. Nesta região, com caracte - rísticas e potenciais diversos, marcada por crises climáticas, encontra-se o semi-árido brasileiro, que ocupa grande parte do

"Polígono das Secas".

A região denominada "Caatinga", com aproximadamente

602.460 km2 perfaz 39,9% do Nordeste, sem considerar outras ã- reas com problemas de seca denominadas "SeridÕ","Sertão", "Car- rasco", "Cariris Velhos" e "Curimataú", apresentados por DU-

QUE51 no mapeamento das regiões naturais do Nordeste. A vege - tação natural destas regiões é a caatinga.

Para o cultivo nas regiões áridas e semi-áridas do Nor- deste tem-se utilizado a irrigação e o plantio de algumas plan- tas de características xerofiticas, tais como: algodão moco, maniçoba, cajueiro, agave, palma forrageira, carnaubeira e pe- quizeiro. A vegetação natural tem sido utilizada como pastos, e as práticas de ref1 orestamento ainda são desconhecidas.

A caatinga, submetida durante muito tempo ã exploração empírica, encontra-se numa fase de regressão com o gradual de- saparecimento de algumas espécies vegetais, utilizadas tanto para o pastejo como para a produção de madeira. Com o decor- rer dos anos, essa vegetação não terá mais condições de supor- tar as atividades que nela se desenvolvem, não se constituindo 2 mais em um fator de fixação do homem (ALBUQUERQUE1).

Para melhor aproveitamento dessa região, necessário se faz o desenvolvimento de estudos sobre manejo e introdução de e s p 8 c i es florestais de uso múltiplo, de crescimento rápido, a- dequadas ãs condições locais, a fim de contribuirem para o au- mentoda produção de madeira e de alimento. Esses propósitos vão de encontro ao III Plano Nacional de Desenvolvimento-PNDm,

que para o setor de agricultura e abastecimento, enfatiza na

área de atividades florestais os programas de agro-si 1vi cul tu-

ra , para que contribuam mais na oferta de alimentos e na gera-

ção de energia.

A agro-si 1vicultura é definida por BENE et allí12 como

um sistema de manejo sustentado que visa o aumento do aprovei-

tamento da capacidade produtiva do solo ao se combinar siste-

maticamente ou de maneira seqüencial os cultivos agrícolas,

florestais e/ou pecuária, e aplicação de práticas compatíveis

com modelos culturais da população local. A silvicultura é

definida por COMBE & BUDOWSKI1*1 como um conjunto" de princí-

pios e práticas que regem a condução dos povoamentos flores-

tais com intenção de chegar a vários objetivos tais como,

produção de madeira, forragem, conservação da fauna silvestre

e recreação. -

Independente de sistemas a adotar no manejo de terras

onde o ref 1 orestamento e uma das alternativas a Le.ucae.na le.u-

coczphala (Lam) de Wit tem, recentemente, despertado interes-

se, tanto no que se refere ã produção de lenha e carvão, como

para trabalhos agropecuários, face a sua múltipla utilização.

No Brasil, algumas empresas florestais e de pesquisas

introduziram essa espécie com finalidade de produção de bio- 3 massa, matéria prima para papel e atividades pastoris. Para o

Nordeste, na região semi-árida, onde existem limitações para a

agricultura dependente de chuva, a Superintendência do Desen- volvimento do Nordeste-SUDENE (BRASIL-SUDENE19 ) indica a Le.u- catna le.ucoczph.ala, dentre outras espécies, a ser utilizada no

ref1 ores tamento .

0 objetivo deste trabalho é analisar o comportamento

s i 1vi cultural dessa espécie em Petrolina, Estado de Pernambu-

co, até a idade de 33 meses, comparando seu desenvolvimento

com Eucalyptuò alba e ?h.obopi¿> jullfalofia, espécie já estabe-

lecida na região, para avaliar sua potencialidade em sistemas

agro-si 1 vi culturais no semi-ãrido bras i 1 eiro. 2. REVISÃO DE LITERATURA

O Nordeste Brasileiro, situado no Trópico Semi-árido, caracterizadopor baixa e irregular pluviosidade e potencial madeireiro em torno de 7 a 12 m3/ha (TAVARES zt alll121, LIMA zt a£¿¿90) pode ser melhor aproveitado quanto ao setor flores- tal. 0 plantio de espécies florestais de rápido crescimento é uma das alternativas com alta potencialidade para o forneci- mento de lenha e carvão, e produção de alimentos.

As precárias condições de regeneração e produtividade em madeira das florestas naturais da região semi-árida do Sa- hara, faz com que o International Development Research Centre-

IDRC concentre a maioria de suas pesqui sas ,. na formação de florestas, visto as necessidades crescentes de lenha, fibras e alimentação para o povo. Estimativas dessa região indicam que

2 ha de floresta natural suprem as necessidades de uma pessoa, e o plantio de 1 ha com espécies do gênero Eucalyptus, sob ir- rigação, pode suprir a necessidade de 50 pessoas. 0 mesmo o- corre com os gêneros Acacia e PAOS optó, leguminosas resisten- tes ã seca, onde 1 ha pode suprir as necessidades de 25 pes- soas em região de precipitação inferior a 500 mm por ano (SAN-

GER zt alll 117).

DELWAULLE1*8, no estudo de técnicas e especies a serem utilizadas em ref 1 orestamento na Africa tropical seca, recomen- da o uso de Pfiosopis j ult^loAa, Eucalyptus alba è Lzucazna Izu- 5 coce.pha¿a, dentre outras espécies. GOLFARI & CASER63 em seu zoneamento ecológico para experimentação florestal no nordeste brasileiro, para a região árida, citam essas mesmas espécies como potencialmente aptas ao ref1orestamento.

2.1. Leucae.na leucocephala (Lam) DE WIT

Arvore ou arbusto, variando de 5 a 18 m de altura, DAP até 30 cm, perene, de crescimento rápido, de regiões secas e dos trópicos, a leucena é originária da América, ocorrendo na- turalmente desde o Texas (USA) ao Equador, concentrando-se no

México e América Central (BREWBAKER26). Sua expansão para a região do Pacifico deu-se a partir da costa ocidental do Méxi- co, quando os espanhóis a introduziram em diversos países, principalmente Fi 1 i pi nas , onde se estabeleceu com muita faci- lidade (CARDOSO33). Hoje, sendo uma espécie pantropical, é conhecida como Ipil-ipil, Lepila, Bayani ou Santa Helena nas

Filipinas; Guaje, Yaje e Huaxim no México e América Central;

Koa Hoola no Haiti; Jumbio beam nas Bahamas; Koa Babool na Ín- dia; Lantoro na Indonésia; Tagavai no Ceilão; Aroma blanca em

Cuba; Hediondilla em Porto Rico (OAKES10 7, NATIONAL ACEDEMY OF

SCIENCES101*'106, KOSTERMANS8 2 ) . No Brasil é conhecida simples- mente como leucena.

2.1.1. Características Botânicas

0 gênero L&ucacna tem sido classificado na família Le.- giunlno&ae., sub-família M-¿mo¿oldac, tribo Eumlmobae. (CARDOSO33, NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES104, BOGDAN16) embora BREWBAKER26 tenha sugerido a sua classificação na tribo M¿mo¿ae. família 6

M tmoòaczaz. As especies conhecidas do gênero são: L.coZZinòii

Britton & Rose, L. dlvzKòl^oZla (Schlecht) Benth., L. z6cu.Ze.ntcL

(Moc. & Sesse) Benth,, L. ¿anceolata S. Watson, L. le.ucoce.ph.aia

(Lam) de Wit, L. mactiophyZZa Benth., L. pulvzH.ule.nta (Schlecht)

Benth.. L. fiztu&a Benth. ex Gray, L. ihannont Donn. Smith e L. tnlchodzò Benth. (BREWBAKER26'2 8 ).

A Lzucazna ZzucoczphaZa (Lam) de Wit ê a mais difundi- da, sendo que em alguns trabalhos ê citada com alguns nomes incorretos, como L. gZauca (Wild) Benth., L. ZatiòiZtqua (L.)

W.T. Gill is, L. bZanctt Goyena, L. gabtiata Rose, L. QHZQÍI

Watson e L. ¿aZv ado fizni, Standley (NATIONAL ACADEMY OF SCIEN-

CES101*, BREWBAKER 28).

Possue folhas bipinadas de 15 a 20 cm de comprimento, com 4-10 pares de pinas, cada qual com 5-20 pares de folíolos; folíolos de 7-15 mm de comprimento e 3-4 mm de largura. Nume- rosas flores brancas são agrupadas em um capitulo globular de

1,5-3 cm de diâmetro, sendo a 1 tamente autopo!inizantes. Os frutos são.compridos, chatos, 12-18 cm de comprimento e 1,5-2 cm de largura, contendo 15-30 sementes. Sementes elípticas, achatadas, brilhantes, de coloração marrom, 6-8 mm de compri- mento e 3-4 mm de largura (BOGDAN16, MACHADO zt aZllS2). A va- riedade "glauca", caracterizada pela forma arbustiva, atingin- do até 8 m de altura, apresenta frutos variando de 12-18 cm de comprimento e sementes de 5-7 mm, e a variedade "glabrata",

árvores altas, frutos de 18-26 cm e sementes de 8-11 mm de

comprimento (BREWBAKER26).

2.1.2. Variabi1 idade Dentro da Especie

De um modo geral, são diferenciados três tipos de leu- 7 cenas. O tipo "Havaiano" é originario da costa do México, ex- pandindo-se largamente pelos trópicos devido a sua facilidade de regeneração. E usado para lenha e carvão, e sombreamento de culturas agrícolas. 0 tipo "Salvador" são árvores altas, nativas das florestas do interior da América Central. Elas produzem mais que duas vezes a biomassa que as árvores do tipo havaiano. 0 tipo "Peru", produz pouco fuste, mas alta qualida- de de folhagem, sendo testado na Austrália, Havaí e México na produção de forragem (NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES10*4). 0 tipo

"Salvador" é também conhecido como "Guatemala" ou "Gigante Ha- vaiano" (CUNHA43).

Através de cruzamentos entre os tipos "Peru" e "Guate- mala", HUTTON76 chegou ã Linhagem 3, registrada como cultivar

Cunningham, que apresenta alta produção de forragem. As linha- gens são mais conhecidas por números precedidos da letra "K" do termo Koa, diferindo entre si em altura, hábito de cresci- mento e teor de mimosina (BREWBAKER25).

A linhagem K8 utilizada para carvão e lenha, foi obtida por BREWBAKER24 através de autopolinização de plantas introdu- zidas na Universidade do Havaí, oriundas de sementes (regis- tro PI 263695) provenientes de Zacatecas, Querrero-México.

A leucena possue em sua composição em sua composição química a mimosina, um aminoácido tóxico para a maioria dos a- nimais. Em sua coleção de 72 linhagens de leucena, BREWBAKER

& H Y LIN2 7 observaram concentrações de mimosina variáveis de 2 a 5%. CASTILL037confirma esta porcentagem entre variedades/li- nhagens. Todas as espécies do gênero Le.ucae.na contêm mimosina embora a L. pulverulenta e L. d-ivefibt^olia geralmente possuam menores teores que a L. leucocephala (BRAY21). 0 nivel de mi- mosina apresentado pela espécie tem sido fator limitante para

trabalhos de alimentação , em função da sua toxidez.

HUTTON & BEATTIE77 verificaram que não houve diferenças entre os teores de mimosina obtidos nos cruzamentos Guatemala

X Peru (Linhagem 3) e Peru x Havaí (Linhagens 5 e27 A) compa-

paradas com o tipo Peru, mas foi altamente significante a quar^

tidade de matéria seca comestível, sendo que a Linhagem 3 foi maior que a 27 A, esta maior que a 5, e esta maior que o tipo

Peru.

BRAY22 evidencia diferenças significativas de vigor,bi-

furcações, altura e área foliar em mudas de leucenas de dife-

rentes cultivares e linhagens.

2.1.3. Exigências Edafo-climãticas

A leucena se desenvolve em regiões com precipitações

entre 600 a 1.700 mm/anuais de chuva, porém, também tem sido

encontrada em regiões de precipitações em torno de 250 mm/ano

(BREWBAKER25, OA KES10 7, CARDOSO33) e de 5 . 000 mm/ano (BOG-

DAN16). Em função desta capacidade de se desenvolver em re-

giões de precipitações variáveis, sugere a utilização da leu-

cena em áreas degradadas, para conservação do solo ( DIJ KMAN 50).

Em relação ã temperatura, a leucena ê restrita a re-

gião dos trópicos e sub-trõpicos , sendo seu desenvolvimento

provocado por temperaturas mais elevadas e não apresenta re-

sistência a ação de geadas (NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES106).

Alguns autores afirmam que a altitude influencia o de-

senvolvimento da espécie, e a recomendam para terras cuja al-

titude seja inferior a 500 metros (NATIONAL ACADEMY OF SCIEN- CES104'106). Nas Filipinas,a altitude máxima em que se observa bom crescimento das leucenas e de 450 metros. No Hawai a al- titude máxima ê de 152 m (BENGE & CURRAN13). Em duas regiões da India, LOHANI91 observou o rápido crescimento das linhagens

K8, K29 e K62 em regiões baixas, sendo que em regiões elevadas

(1.200 m) e considerando solo pouco profundo e clima frio, es- se autor observou bom desenvolvimento da K8.

No Brasil, em Sete Lagoas, em altitude de 740 m e 1.200 mm de chuva anual , COSTA43 mantém uma coleção de 32 procedên- cias de leucena, com desenvolvimento satisfatório. SILVA et alll 118 relatam a sobrevivência da leucena em diversas locali- dades da região semi-árida do nordeste brasileiro, em regiões de baixa precipitação. A leucena apresentou indices de sobre- vivência superior a 90% na maioria dos locais em que fora plantada.

2.1.4. Silvicultura e Manejo

0 estabelecimento e condução de um povoamento de leuce- na, para chegar aos diversos fins a que se destina, tais como cultivo agrícola entre árvores, pastos arbóreos, refloresta- mento para a produção de lenha ou conservação do solo, aduba-

ção verde ou fenação, requer o desenvolvimento de práticas silviculturais especificas.

2 .1.4.1. Dormência de sementes

As sementes necessitam de pré-tratamento a fim de te- rem boa germinação pois apresentam tegumento duro. Somente 12% de germinação são esperados em sementes sem tratamento (BOG- 10

DAN16, COOKSLEY14 2 ). Diversos métodos para a quebrade dormên- ci a são descritos por WH ITESELL127, BENGE & CURRAN13, DALMA-

CIO"6, KLUTHCOVSKI83, OLIVEIRA zt allí109, GRAY69, BOGDAN16 e

SOUZA zt allí120.

2.1.4.2. Fitopatologia das sementes

Segundo BREWBAKER26, quando velhas, as sementes são atacadas por larvas de knazcznuò ¿zv¿pznn¿¿ Jordan. SHERMAN &

TAMASHIRO* citados por WHITESELL127, afirmam que as sementes podem ser tratadas com brometo de metila.

Ithomz laò&ata Hodges ( Lepi doptera : Cosmopterygi dae ) tem atacado floração de Lzu.ca.zna Izucoczphala na Austrália, prejudicando a produção comercial de sementes (BEATTIE11).

MENDES zt a¿¿

ATUM e outros obtiveram melhores resultados com a aplicação de

"Rhodiarum 70% PS" e "Captram 75 PS", mas também não observa- ram interferência dos fungos na germinação das sementes sem tratamento.

2.1.4.3. Estabelecimento do povoamento

A leucena se reproduz por semente, e possue um siste- ma radicular bastante desenvolvido, com capacidade de fixar o

* SHERMAN, M & TAMASHIRO, M. Biology and control of kAXZCZAUS IzvlpziuvtS Jordan (Coleóptera: Anthr i b i dae) . Pròc. Hawa i an Entornó!Sòc., 16: 138-148, I960. 11 nitrogênio atmosférico através da simbiose com bactéria do gê- nero Rhizobium, e sol ubi 1 i zação do fósforo através de Mí/coa-

Khizae., em função da associação de fungos às raízes mais fi- nas (KLUTHCOUSKI8 3, CARDOSO33).

Calcula-se que o completo Lzu.cae.na/Rhlzobium fixa 500 kg por ha de nitrogênio anualmente, o que equivale ã aplicação de

2.500 kg de sulfato de amõnia por ha (NATIONAL ACADEMY OF

SCIENCES104, LEUCAENA89). Estudos realizados por GUEVARRA71 confirmam a fixação de 600 e de 500 kg N/ha/ano para as varie- dades K341 e K8, respectivamente.

Se o solo nunca foi cultivado com leucena é necessário a inoculação das sementes com Rhizobium específico e, dentre eles, as estirpes CB81 , NGR-8 e NGR-35, avaliados de acordo com as condições de solo, são as mais eficientes (NATIONAL A-

CADEMY OF SCIENCES104, KLUTHCOUSKI83).

MACHADO e.t alii92 consideram como papel fundamental, tanto para o estabelecimento como para o posterior comporta- mento da espécie, o uso de peletização com calcário e a inocu- lação com Rhizobium específico.

No entanto, CAMPÊLO & CAMPÊLO32 estudando a eficiência de inoculação de Rhizobium em essências florestais legumino- sas , concl ui ram que a leucena não é tão específica como men- cionam alguns autores. Apresentou simbiose mais eficiente com

Rhizobium de algaroba (Vtio&opiò iulifalofia (SW) DC.) do que com a própria espécie. Também apresentou nodulação com o Rhizo- bium de M¿mo¿a caz¿atpiniaz^otia Benth. (sabiã) , Piptadcnia pe.Ae.gA.ina (L) Benth. (angico) e Lonchocatipuò di&coloK (timbo- rana).

0 preparo do solo, a densidade e profundidade de semea- 12 dura também são fatores importantes no estabelecimento da leu-

cena. Requer solos de pH neutro e alcalinos, ou aqueles que

tenham recebido calagem e fertilizantes contendo fósforo, po-

tássio, cálcio, enxofre, cobre, zinco e molibdênio (BREWBA-

KER25, NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES10*4, LEUCAENA89).

CARDOSO33 sugere uma leve adubação nitrogenada, cerca

de 10-20 kg de N/ha para estimular seu crescimento inicial. No

entanto, VILELA & PEDREIRA125 não acham justificável a utili-

zação do nitrogênio na aceleração do desenvolvimento inicial

da espécie. WILDIN130 recomenda ferti1 ização com fósforo para

acelerar o desenvolvimento inicial.

ESQUIVEL52 ao comparar o efeito das aplicações de boro

e molibdênio em leucena, observou que de uma maneira geral o

molibdênio influencia no aumento do peso dos nodulos.

0 estabelecimento de leucena no campo pode ser feito

tanto por meio de semeadura direta ou pelo plantio de mudas

formadas em viveiro.

VILELA & PEDREIRA125 constataram que o aumento da den-

sidade de semeadura direta no campo não afetou significativa-

mente a altura media das plantas, porém, a porcentagem de es-

tabelecimento decresceu linearmente. Recomendam a utilização

de 40 a 60 sementes por metro -linear, com valor cultural pró-

ximo a 70%, na formação de cultivos de leucena em linha, dis-

tanciados de 2 m.

MACHADO zt at

2ma3mx3m, numa densidade de 1.200 - 3.000 plantas por

ha. No Havaí, a linhagem K8 quando espaçada de 1,30 m atingiu

altura de 17 m e DAP de 24 cm aos seis anos de idade (BREWBA-

KER23). 13

WILDIN130, COOKSLEY"2 e SOUZA zt a¿U120 constataram que de um modo geral, com uma semeadura na profundidade de 1 a

4 cm, as sementes de leucena podem germinar e se estabelecer, desde que haja condições favoráveis para tal.

Quanto a ataques de pragas ã plantas jovens e adul- tas, MORAES zt a¿¿¿SB observaram na região semi-árida do Bra- sil a preferência de Stlpkfia bltaznlata Leitão por esta espé- cie. Em Malawi (Africa), tem sido ãs vezes necessário prote- ger as mudas contra cupins, com inseticidas, ou semear em quantidades excessivas para compensar as mudas perdidas ( L EU-

CAENA8 9, NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES10").

2.1.4.4. Utilização

A importância econômica desta espécie foi primeira- mente reconhecida "pelo seu valor como árvore de sombreamento e adubo verde em plantios de café, chã e seringueira no Sudeste da Asia. Foi largamente usada em ref1orestamento e controle de erosão, sendo atualmente usada para forragens nos trópicos, especialmente em trópicos secos, cujas áreas de pastagem são escassas (OAKES107). A descoberta de variedades de leucenas produtoras de madeira é oportuna e importante; tanto a madeira como o papel são essenciais ã civilização moderna (NATIONAL

ACADEMY OF SCIENCES10").

2.1.4.4.1. Forragem

Jovem ou madura, verde, seca, ou ensilada, a folhagem é apreciada tanto pelo gado, quanto por animais selvagens (NA- TIONAL ACADEMY OF SCIENCES10"'105), sendo que, somente os ga- 14 lhos com diâmetro inferiores a 5 mm é que são pastados (COOKS-

LEY42).

HUTTON & BONNER78 informam que os tipos Peru e Salvador são os mais testados na Austrália, e destas, a Peru é a mais preferida por causa da quantidade de matéria seca comestível encontrada.

Em Malawi, folhas secas de leucena tem sido usadas para suplementar a pastagem durante o período de seca. Nas Filipi- nas, folhas e brotos provenientes dos bosques de leucena, mis- turados com farelo de arroz são usados para dar acabamento ao gado de corte. Do mesmo modo, em algumas partes da Indonésia e do Timor, o gado é engordado com leucena, porém misturadas com rizomas de bananeira (JONES80).

A folha de leucena é também uma excelente fonte de be- tacaroneto, característica valiosa particularmente durante as estações secas, quando é capaz de conservar as folhas verdes

(JONES80). Uma das limitações como planta forrageira é a pre- sença de mimosina, um aminoácido que, se ingerido em excesso pelos animais não ruminantes, em dosagens superior a 10% da dieta do animal, faz com que o mesmo reduza a produção normal de tiroxina, um hormônio tiroidal, que ocasiona a queda dos

pelos e, em casos extremos, a completa debilidade do animal

(NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES104).

JONES & HUTTON82, estudando o aumento da glándula ti-

roide devido ã pastagem intensiva de leucena, observaram que

os teores de mimosina nas variedades Peru e Havaí foram simi-

lares, enquanto que cerca de metade foi verificado em uma li-

nhagem que estão desenvolvendo.

ALVES3, em ensaio de competição de leguminosas na Pa- 15 ralba, na região semi-árida do Brasil, afirma que, embora a leucena obtivesse bom desenvolvimento nos dois primeiros anos de plantio, atingindo 4 m de altura e sendo resistente ã seca. ela não seria recomendada para pastagens, devido a alta por- centagem de mimosina encontrada nas folhas.

BENGE & CURRAN13 afirmam que alguns tratamentos nas fo- lhas podem reduzir o conteúdo de mimosina. Os métodos mais ci- tados são a secagem das folhas ã alta temperatura; imersão das folhas em solução de sulfato ferroso, que causa a precipitação da maioria da mimosina, e o cozimento que pode reduzir o teor em 80%.

A qualidade das folhas de leucena é similar, ãs de al- fafa no que se refere ã composição (KINCH & RIP PERTON*, cita- dos por BENGE & CURRAN13). 0 seu volume em massa está em fun-

ção do clima, solo e manejo. No cerrado brasileiro, em culti- vos densos, a produção de matéria seca está em torno de 13 t/ ha.ano, e em plantios mais espaçados que permitam cultivos si- multâneos com outras culturas, é de 5,5 t/ha.ano, aproximada- mente (KLUTHCOUSKI83). Em regiões úmidas, gira em torno de

20 t/ha.ano, e em regiões secas, 8 t/ha.ano (NATIONAL ACADEMY

OS SCIENCES10").

Trabalhos sobre freqüência de corte em leucena estão sendo realizados em Petrolina-PE, e a produção de matéria seca por hectare foi de 6,6 a 7,1 t/ha.ano após o corte de unifor- mização feito com um ano de idade. 0 espaçamento utilizado

* KINCH, D.M. & RIPPERTON, J.C. Koa Hole, production and processings. Bulletin, Hawaii Agricultural Experiment Station, University of Hawaii, n. 129, 1962. 58p. 16 foi de 0,5 m X 0,5 m (LIMA & DRUMOND*).

Em condições favoráveis, 1 hectare de leucena pode pro- duzir 10 a 20 toneladas de matéria seca comestível comparada

com 8 a 9 toneladas de alfafa (NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES105).

0 manejo para forragem pode ser feito em pastoreio di-

reto, puro ou consorciado, ou permitindo o acesso do gado a

pequenas áreas isoladas, puras, perfazendo 5 a 10% da área to-

tal (CARDOSO33). 0 acesso do gado a pequenas áreas isolado foi

testado por WILDIN130 - os resultados comprovam bom desenvol-

vimento da leucena e, paralelamente, a engorda do gado. Os

custos de estabelecimento de uma população de leucena no ter-

ritório Norte da Austrália são similares àqueles de pastagem

de leguminosas convencionais melhoradas. Entretanto, o po-

tencial que esta espécie oferece quanto ao suplemento protei-

co, barato e continuamente disponível, não tem sido devidamen-

te explorado na região (FALVEY & ROSS5*4).

FLORES et al¿¿60 concluíram que as gramíneas tropicais

contém 18% de proteína bruta, o que é insuficiente para as va-

cas lactantes. Uma pequena quantidade de leucena fresca, 2 a

4 kg/dia, pode aldviar esta insuficiência com os mesmos efei-

tos.do uso de formol-casei na.

As rações para a avicultura podem conter até 5% de leu-

cena, aumentando o seu valor nutritivo em proteínas, minerais,

vitaminas e caroteno. 0 teor de riboflavina e vitamina K é

duas vezes superior ao da alfafa; Também é rica em vitamina A

e em xantofila (CUNHA1"'). CHEN & LAI1*"0 estudando o efeito da

* LIMA, P.C.F. S DRUMOND, M.A. FreqUência de cortes em Lzuc&na •¿eucoce.phaZa em região semi-árida. Petrolina, CPATSA, 1981. (Trabalho em andamento). 17 da leucena na dieta de frangos de engorda constataram que a espécie, ao ser usada em mistura para rações, não deve ultra- passar a 3% do peso da ração.

Usando sementes de leucenas como suplemento de pro- teína, após cozimento e lavagens, LEE85 conseguiu resultados satisfatórios na engorda de porcos.

2.1.4.4.2. Ref 1 orestamento e usos industriais

Sua habilidade em desenvolver-se em encostas íngre- mes, solos marginais e regiões com grandes períodos de seca, torna-a promissora para a restauração dessas áreas (NATIONAL

ACADEMY OF SC IENCES104). Na China, extensas áreas de baixa fertilidade, pastagens cobertas por diversas espécies de Im- pe.fia.ta, foram recuperadas pelo plantio de L. Ie.ucoce.phaia

(Lam) de Wit, produzindo material barato para lenha e propor- cionando melhor crescimento de espécies de valor econômico para construção (PENDLETON110).

GOLFARI & CASER63, em seu zoneamento ecológico para a região nordeste do Brasil, recomendam-na para o refloresta- mento. 0 relatõrio -do' GRUPO DE ESTUDOS DE PESQUISA PARA 0

DESENVOLVIMENTO DA AGRONOMIA TROPICAL-GERDAT70 , baseado nos

ensaios observados em Sobral e Quixadã, no Ceará, sugere a

leucena como opção para experimentação.

Medições realizadas nos povoamentos de leucena na

Estação Florestal Experimental (EFLEX) do Instituto Brasileiro

de Desenvolvimento Fl o resta 1 - IBDF, em Sobral constataram para

a idade de 76 meses e espaçamento de 2 x 2 m, altura média de

10,4 m e DAP medio de 9,3 cm. Para a idade de 88 meses e es- 18 paçamento de 3 x 3 m, a altura média foi de 6,3 meo DAP mé- dio foi de 6,4 cm. Na Fazenda Experimental de Area Seca de

Quixadã, do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca-

DNOCS, para a idade de 75 meses e espaçamento de 3 x 3 m, ob- servaram-se altura média de 7,1 m e DAP médio de 6,0 cm.

Em Linhares-ES, a Floresta Rio Doce vem desenvolvendo trabalhos de pesquisa com leucena cujas sementes foram impor- tadas do Havaí. Medições realizadas em plantios com 22 meses de idade, em espaçamento 2,5 x 3 m, proporcionaram resultados que são mostrados no Quadro 1.

QUADRO 1. Altura e DAP médios em plantios de L. le.ucoce.pha.la (Lam) de Wit, em Linhares, aos 22 meses de idade.

Al tura DAP Li nhagens m cm

K6 4 ,25 3,71

K8 6 ,88 5 ,92

K6 2 6 ,34 5,30

K67 5,05 4 ,66

K72 6,14 5 ,87

Nesses experimentos da Floresta Rio Doce utilizaram-se

calagem e inoculação com Rh-lzobZum especifico.

Em Teixeira de Freitas-BA, na área de Empreendimentos

Florestais Nipo-Bras i 1 eiro/FLONI BRA, os valores para altura e

DAP na idade de 34 meses foram: K8 (3,1 m e 1,24 cm) e K72

(2,67 m x 1,28 cm). As plantas, em espaçamentos 3 x 1,5 m,

não receberam calagem ou inoculação. 19

Nas Filipinas, a espécie tem sido utilizada para a pro- dução de lenha e carvão, sendo que a madeira possui poder calo- rífico em torno de 4.200 a 4.600 Kcal/kg (NATIONAL ACADEMY OF

SCIENCES106) e peso especifico de 0,55 a 0,70 g/cm3 (CURRAN

Jr.4 4, NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES106, BAWAGAN & SEMANA10). As variedades K8> K28, K29, K67 e K72 são recomendadas tanto para a produção de forragens como para lenha (NATIONAL ACADEMY OF

SCIENCES106, BREWBAKER25).

Experimentos realizados em Tipanoy e Linangkavan (Min- danao-HavaT ) , mostraram que os melhores resultados foram obti- dos com plantações espaçadas de 1 x 3 m. Esses estudos sugerem que o espaçamento de 1 x 1 m é inadequado (MINNS97). No manejo de leucena em espaçamento de 1 x 1 m, CUNHA1*4 prescreve o des- baste de 50% das árvores no segundo ano, e mais 50% das restan- tes no quarto ano. Os troncos se desenvolvem bem, podendo ser empregados para mourões de cerca, postes, celulose, etc... 0 autor cita que a espécie chega a atingir 18 m de altura e DAP em torno de 21 cm, entre 6 e 8 anos de idade.

BURLEY30 relata o uso de leucena entre outras espécies e cita os rendimentos previstos para lenha em projetos subsi- diados pelo Banco Mundial. Para um sistema de talhadia aos 5 anos, nas Filipinas, é de 27 m3/ha.ano, e 15 m3/ha.ano, em ou- tras regiões ainda em fase de estudo, aos 4 anos.

Segundo CURRAN Jr.45 e BREWBAKER25, para uma rotação de quatro anos, obtém-se 160 metros cúbicos por hectare (40 m3/ ha.ano) de madeira para lenha ou carvão. A produtividade de carvão varia de acordo com o local, e está entre 12 a 24 t/ha. ano. Diferenças no número de árvores por hectare, linhagens ou espécies envolvidas, bem como a idade das árvores podem in- fluenciar a variação do crescimento (BAWAGAN & SEMANA10).

A madeira de leucena também pode ser transformada em

celulose e compensado. 0 tipo "Salvador" é o mais apropriado

para este fim. As fibras são menores que as de Ptnus spp.,

estando a relação entre comprimento e diâmetro, na faixa a-

ceitãvel para a produção de polpa e papel. 0 rendimento de

polpa ê alta, cerca de 50 a 52% (NATIONAL ACADEMY OF SCIEN-

CES10").

Testes preliminares nas Filipinas relatam a produtivi-

dade da leucena com incremento médio anual em torno de 30 a

40 m3/ha.ano, comparado com outras espécies de crescimento

rápido nesse Pais, tais como Alblzla {¡alcata, Gmzltna atibo-

fiza, Eucalyptus dzgtupta e AnthoczphaZus ck¿nznstst com in-

crementos médios anuais de 28 a 43 m3/ha.ano (NATIONAL ACA-

DEMY OF SCIENCES10").

2.1.4.4.3. Agro-s i 1 vi cul tura

CHAVELAS38 em modelo de uso múltiplo do solo, inclue a

leucena como planta forrageira para as regiões tropicais.

COMBE & BUDOWSKI"1 relatam experiencias em agro-si 1 vicultura,

onde a leucena é uma das espécies utilizadas. Segundo MALM-

GREN93, Lzucazna é uma especie que adapta-se bem ao conceito

de agro-silvicultura, pois a madeira e a forragem para produ-

ção animal são combinados, e ainda preserva os solos tropi-

cais.

Segundo DIJKMAN50 a produção de Tzctona gsiandts (teca)

dobrou após o plantio em ref1orestamento utilizando a leucena

para sombreamento inicial, em trabalhos de consorcio na Indo-

nesia. 21

Estudos conduzidos por KLUTHCOUSKI03, em solos de cer- rado, demonstraram que com a incorporação de leucena, na ordem de 5 t/ha, proporcionou aumento no rendimento de Pkaòzoiuò vaigariò L (feijão), somente superado pela combinação de leu- cena com fertilizante químico.

LETOUZAY88 utilizou a leucena no sombreamento do Co¿-

I$ea camphotia (café), e WILKEN131 consorciou-a com lua may¿

(milho), sendo que ambos conseguiram resultados satisfatórios na produção final quando comparadas com as produções isolada- mente.

DEB ROY zt alllhl relatam experiências na índia com o sistema si 1 vopastori 1 , consorciando Ce.nchiuA aillan.2.i> com leu- cena. Houve aumento de matéria seca de 31,1 kg/ha a 53,4 kg/ ha em relação a gramínea sozinha.

JONES & EGARA81, no estudo do efeito do consórcio de leucena com E¿e.u¿¿ne. indica, constataram após 90 dias de de- senvolvimento das espécies, um aumento' na produção de matéria seca de Elzuòim quando a proporção de leucena no consórcio era de 75%.

2.2. Pio¿opi¿ juli^loia (SW) DC

Arvore perene, de regiões secas, com altura máxima em torno de 12 metros, e diâmetro de até 80 cm, distribuída nos três continentes: Asia, Africa e América. Na América, sua á- rea natural compreende desde o sul dos Estados Unidos (Arizo- na, Texas e Novo México) até a Argentina (AZEVEDO9, HUECK75).

E conhecida por Mesquite nos Estados Unidos, Cashaw na Jamai- ca, Algarrobo na América do Sul , e Algaroba no Brasil (DU- 22

QUE51). Sua expansão para o nordeste brasileiro se deu por vol-

ta de 1942, em Serra Talhada-PE, e posteriormente para os de-

mais estados. A procedência introduzida era originaria do Pe-

ru (AZEVEDO9, GOMES61).

2.2.1. Características Botânicas e Ecologia da Espécie

Classificado na familia das Leguminosas, sub-famïlia

MImoòoldzaz, o gênero PAo¿op¿¿ divide-se em seis seções: Ade.-

nopl-ò DC., Anonycklum Benth., LomzntaAla Speg, Stn.ombac.aApa

Benth., CavznlcaApa Burkart, e AIgaAoba DC (AZEVEDO9). Den-

tre as quarenta e quatro espécies capazes de produzir for ra -

gem e madeira em condições adversas, detacam-se: P. alba, P.

nlgAa, P. glanduloòa, P. Aa¿c¿{¡olla, P. a^lnlé, P. chllnn-

&JL&, P. pallida, P. tamaAugo, P. clmAaAla, P. atacam

P. buLAkaAtll, P. llme.n¿l¿ e P. jull^loAa (AZEVEDO9, NATIONAL

ACADEMY OF SCIENCES105, HUECK75, FAO56).

P. jull^loAa ê cultivada no nordeste do Brasil, Peru,

Sudão, na região do Sahel , Africa do Sul e India (NATIONAL A-

CADEMY OF SCIENCES105). Caracteriza-se por possuir caule tor-

tuoso, casca rugosa, presença de espinhos, folhas bipinadas,

folíolos numerosos, subcoriãceos, com estomatos em ambas as

faces; inf1orescências axiliares, pedunculadas em espigas;

flores amareio-verdes; floração protõgina, primaveril a esti-

. val (BRAGA17).

Reproduz-se por sementes e estaquia. Pelo fato de as

sementes de algaroba possui rem tegumento duro, AZEVEDO9 e GO-

MES66 aconselham o prë-tratamento, sendo os melhores a imersão 23 em água e/ou escarifi cação mecânica com areia, Somente 50 a

60% de sementes não tratadas conseguem germinar (FERLIN57). 0 número de sementes por quilo está em torno de 28.400, e o po- der germinativo em condições naturais mantem-se por até 300 dias (CARVALHO35). A extração de sementes dos frutos pode ser feita com ácido sulfúrico (FERLIN57) ou manualmente, cortándo- se o fruto no sentido longitudinal e pela parte estreitada (A-

ZEVED09 ). VASAVADA & LAKHAN 112 ** demonstraram a eficiencia e os baixos custos no benefi ci amento de algaroba com 0,1 N de

HC£. De cem quilos de frutos obtem-se 12,5 kg de sementes limpas, com 65% de germinação em 12 dias. A semeadura de al- garoba com o endocarpo se processa demorada e irregularmente, além de provocar baixa porcentagem de germinação, em torno de

20% (AZEVEDO9).

A algaroba vegeta desde o nível do mar até altitudes de 1.500 m, em regiões com precipitação anual de 150 a 740 mm

( G 0 0 R & BARNEY68, HUECK7", NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES105'106).

Cresce em solos rochosos e arenosos (MAYDELL94). Sendo planta eminentemente xerofila, ádapta-se ãs regiões quentes e secas dos sertões, caatinga e seridÕ do nordeste brasileiro (MELO95).

Quando os frutos são consumidos, nem todas as sementes são digeridas pelos animais podendo, por meio das fezes, serem propagadas nos pastos (DUQUE51). As espécies P. glanduloAa, P. fLuòci^oZ-La e P. ju£¿jj£oAa são relatadas como de agressividade exagerada, podendo expandir-se com rapidez, devido a sua faci- lidade de propagação e capacidade de superar condições adver- sas. Nessas condições torna-se problema, uma vez que a sua er- radicação é onerosa (NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES105'106).

AZEVEDO9 é de opinião contrária com relação ao fato da 24 algaroba se tornar invasora no nordeste, como vem ocorrendo nos Estados Unidos, pois a espécie que vegeta nos Estados Uni- dos e de porte mais baixo e espinhosa que a do nordeste brasi- leiro.

Quanto ãs pragas e doenças, no Peru e Chile foram ob- servados ataques de Bruchidae em sementes de PioÁopti sp., du- rante a estocagem. Recomenda-se aplicação de inseticidas na base de lindane (FAO56). MORAIS zt alll100 constataram pre- sença de Bruchidae, identificados como MXmoòzta mlmo&az{F.) em sementes de algaroba, em Petrolina. CARVALHO zt a.lll3h rela- tam ataque do serrador Onc.¿dzAz¿ Itmptda Bates (Coleoptera:

Cerambycidae), em algarobeiras nos municípios de Gravata, Be- zerros e São Caetano, no interior de Pernambuco.

2.2.2. Utilização

As vagens de algaroba estão entre os primeiros alimen- tos utilizados pelo homem pré-histórico da América. Se cons- tituem em importante fonte de carboidratos e proteínas para populações de regiões semi-desérticas. As vagens tem valor a- limenticio comparável a cevada ou milho. A polpa doce e as sementes ricas em proteínas (34 a 39%) e Óleo (7 a 8%) são nu- tritivas e benéficas ao gado, quando na estação seca (ALVES2'",

AZEVEDO8'9, GOMES66'67).

A alta produtividade da algaroba, acima de 20 toneladas de frutos por ha/ano, constitui uma fonte de contribuição im- portante para produção de b i om'as sa sob condições semi-áridas

(MAYDELL9"). Produção de 30 kg/ãrvore/ano é relatada por AN-

DRADE6. Segundo FERLIN58, nas Ilhas de Cabo Verde, devido as 25 extremas irregularidades de precipitação e clima adverso, o gênero ?fio&opi& tem grande importância para a população lo- cal, visto a sua produção de forragem e madeira.

A algaroba começa a frutificar entre 2 a 4 anos de i- dade (FERLIN57, BENE zt alii12 , GOMES66, MELO95).

A madeira é muito durável e utilizada para mourões, portas, dormentes, postes, estacas, lenha e carvão. 0 lenho e a casca contem tanino. As flores são altamente melíferas

(GOMES66, BRAGA17, HUECK75, CARVALHO35'36, NATIONAL ACADEMY

OF SCIENCES105'106).

DIAZ"9 descreve a importância da vegetação arbores como forragem em diversas regiões de pecuária, na província de Tu- cumãn, no norte da Argentina. Dentre as 20 espécies relata- das, estão P. alba e P. nigra que são apreciadas por bovi- nos, ovinos, caprinos, equinos e muarés. As folhas e frutos verdes são de menor preferência que os frutos maduros. VALDI-

VIA E ARAGÖN12 3 realizaram ref1 orestamento na costa norte do Peru com algarobas com objetivos de produção de mel, cera, põlen, através de instalação de apiário nas áreas refloresta- das, bem como produção de carne, através da grande quantidade de folhas que caem das algarobas. Entre as árvores, tem res-

üzado cultivos de feijão e curcubitaceas.

No Texas, devido aos problemas causados pela prolife- ração de P. juli^lora, WILEY128 estudou a possibilidade de u- tilização da madeira como fonte de energia. Foram considera- das quatro alternativas: a eletricidade comercial, metano, me- tanol e combustível para a indústria. Economicamente, somente a transformação em combustível para a indústria foi considera- da viável. 0 valor comercial da algaroba, no Texaá, é calcula- 26 do em torno de 390 dólares por acre (WILEY & MANWILLER129) .

Na utilização de pastos arbóreos, AZEVEDO® aconselha o plantio da algaroba de 2 x 2 m como essência florestal produ- tora de madeira e forragem, e 5 x 5 m somente para pastos ar- bóreos de pastejo. 0 espaçamento deve estar de acordo com o clima, o solo, as especies herbáceas da pastagem, e a própria espécie escolhida (GOMES66).

Segundo WEBB126, o rendimento em volume de madeira ob- tido para a algaroba, nas regiões de baixa precipitação, é de

3 a 5 m3/ha.ano.

2.3. Eucalyptus alba REINW. EX BLUME

Arvore de porte médio, casca lisa, rõseo-pãli da, es- branquiçada a esverdeada, mais ou menos provida de manchas, deciduas. Ocorre naturalmente na parte norte do oeste da Aus- trália, nas Ilhas de Timor, Flores e Papua Nova Guiné, em re- giões de baixa altitude, com clima tropical sub-úmido ou semi-

árido (BLAKELY15, TH IRAWAT12 2, RIZZINI115, GOLFARI zt alllB\

HALL zt alll73).

2.3.1. Características Botánicas e Ecológica da Espécie

0 gênero Eucalyptus L'Her, classificado na sub-tribo

Eucalyptlnaz da tribo Lzptospzimzaz, süb-famTlia LzptospzAmol- dzaz, família Myitaczaz, conta com aproximadamente 500 espé- cies, 150 variedades e alguns híbridos (ANDRADE5, RIZZINI115,

BLAKELY15).

0 Eucalyptus alba Reinw faz parte do grupo dos "Red

Gums", que são espécies de madeira vermelha e casca dura (RIZ- 27

ZIN1115 ). Tem como sinonimias o Eucalyptus platyphylla F.V.M.

(THIRAWAT12 2), o Eucalyptus alba var. "aus trai as ica" Blakely and Jacobs, e o E. platyphylla var. "tintinnans" Blakely and

Jacobs, embora BLAKLEY15 as descrevam como especie separada.

As folhas quando jovens são opostas, 3 a 4 pares, ovais a ovais-lanceoladas , pecioladas. Na fase intermediãria as fo- las são alternadas, pecioladas, ovais e deltroides, até 7 x

5 cm. As folhas maduras são alternadas, pecioladas, largas de

10-13 x 3-4 cm. Flores em umbelas, 3-7 floras; pedúnculos a- chatados ou angulosos 10-20 cm de comprimento. Frutos pedice-

1 ados, ovoides, 9-10 x 5-6 cm (BLAKELY15).

Um quilo de sementes pode encerrar cerca de 41.500 se- mentes capazes de germinar em 5 dias e conservar o poder ger- minativo durante 10 anos (RIZZINI115). Quando cortado, o toco remanescente emite brotos com facilidade (ANDRADE5).

Estudos anatômicos da madeira de espécies de Eucalyptus, sugerem variações estruturais entre as diversas espécies, e a- té mesmo entre plantas individuais. As fibras não são muito longas, variando entre 0,7 e 14 mm (FAO55). 0 Eucalyptus alba não se presta para a produção de celulose (GOLFARI61). Sua ma- deira de cor pardo avermelhada-clara, moderadamente dura, es- tilizada para lenha, aglomerados, chapas, dormentes, carvão

(RIZZINI115, GOLFARI zt alll&li). A casca contém cerca de 30 a

32% de tanino (BLAKELY15, THIRAWAT122, RIZZINI115).

GOLFARI61 chama a atenção para não confundir o Euca- lyptus alba Reinw com o E. alba de "Rio Claro", difundido lar- gamente nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Espirito San- to, pois este corresponde a um grupo de híbridos de Eucalyptus ufLophylla. 28 0 E. unophylla foi introduzido em 1919 em Rio Claro,

SP, por Navarro de Andrade com o nome de E. alba, em virtude de um erro de identificação da firma vendedora das. 0 material

introduzido é provavelmente da Indonésia, e não das Ilhas do

Timor (PRYOR112 ) .

2.3.2. Ref1orestamento

Por ser originário de regiões tropicais com baixo índi-

ce pluviométrico e déficit hídrico prolongado e intenso, o E. alba é indicado para ref1 orestamento em regiões áridas, semi-

áridas e sub-úmido seco do nordeste do Brasil e norte de Minas

Gerais, representando uma espécie valiosa para a caatinga (GOL-

FARI61, GOLFARI & PINHEIRO NETO62, GOLFARI & CASER63, GOLFARI

zt al¿¿s4).

Na Indonésia tem sido indicada para ref1orestamento de

regiões secas, solos pobres e de baixa altitude (THIRAWAT122).

Em Açu, Rio Grande do Norte, a procedência 10569 (Manning Cre-

eb, WA 16°41 ' - 125° 55') vem se desenvolvendo satisfatoriamen-

te. Esta procedência é um provável híbrido de Eucalyptus ca-

maldulzn&lò x E. alba (GOLFARI & CASER63).

MOURA et alil102 relatam o desenvolvimento de eucalip-

tos com 3,5 anos nos municípios de Paraopeba, Bom Despacho e

Pedra Corrida, em Minas Gerais, com precipitação variando en-

tre 1.100 e 1.800 mm. As procedências 10141 (NE SAME, Timor

09°001 - 125°411), 10634 (MELVILLE ISL. NT 11°48' - 130°52'),

e 10569 (KIMBERLEY AREA WA 16°41' - 125°55') de Eucalyptus al-

ba foram testadas. Os resultados de E. alba, abaixo dos 50X

obtidos para as melhores procedências testadas, não a recomen-

dam para essas regiões. 3. MATERIAL E METODOS

Este trabalho foi realizado em área de caatinga, perten- cente ao Centro de Pesquisa do Trópico Semi-Arido-CPATSA/EMBRA-

PA, no município de Petrol i na - PE, a 09°09' de latitude sul e

40°22' de longitude oeste, altitude de 365 metros.

3.1. CLIMA

Vários autores escudaram o clima da região nordeste.

GUERRA72 elaborou um mapa climático segundo a classificação de

Köppen, estando o-município de Petrolina enquadrado no tipo

Bstiw, semi-árido que-vle, regime de chuvas no verão. HARGREA-

VES7* baseado em Trun- de Umidade Disponível (IUD) propôs a classificação de Muito Árido, Arido, Semi-Arido, Sub-Ümido, numa tentativa de zoneamento para fins agrícolas, GOLFARI &

CASER63, por meio de balanços hídricos também propuseram, para fins florestais, uma classificação climática do. nordeste em:

Omido, Sub-Omido, Sub-Ümido Seco, Semi-Arido e Arido. Petroli- na enquadra-se em Muito Arido e Arido nestas classificações, respectivamente.

Na Figura 1 encontra-se a localização de.Petrolina na região nordeste do Brasil, dentro do zoneamento"climatico pro- posto por HARGREAVES7* , e na Figura 2, vê-se o gráfico do ba-

lanço hídrico da região, segundo GOLFARI & CASER63. 30

1 SUB ÚMIDO

SEMI - ARIDO

ARIDO

MUITO ARIDO

FIGURA 1. Localização de Petrolina no Nordeste e regiões bioclimáticas, segundo classi- ficação de HARGREAV ES 7 4 . 31

EVAPOTRANSPI RAÇÃO POTENCIAL

PRECIPITAÇÃO

»»DEFICIENCIA HÍDRICA

J F M A M J J A S O N O J

FIGURA 2. Balanço hídrico da região de Petrolina pelo método de Thornthwaite & Mather, (capacidade de campo de 300 mm)

Fonte: GOLFARI & CASER63 Com informações do posto meteorológico localizado a 3 km da área de plantio, foi elaborado o Quadro 2 com as medias referentes a precipitação, umidade relativa e temperatura no periodo correspondente ãs observações deste ensaio. Com estes dados, estimou-se a evapotranspiração potencial utilizando a fórmula de THORNTHWAITE (MOTA101).

ETP = 1,6 (10 T/I )' onde ETP = evaporaçao potencial nao ajustada, em cm (deve ser corrigida de acordo com a latitude)

T = temperatura média mensal em °C

a = constante que varia com o lugar

I = índice térmico anual definido como soma dos índi- ces mensa i s

12 , .. , i = E (T/5)1 i =1

Para avaliar £ utiliza-se a expr-f-ssão

a = 0 ,000000675 I3 - 0,^0071 I2 + 0 ,01 792 1 + 0 ,49239

0 balanço hídrico pelo sistema de THORNTHWAITE-MATHER foi elaborado segundo roteiro descrito por MOTA101. Conside- rou-se a capacidade de armazenamento da água pelo solo, em

100 mm, até uma profundidade de 90 cm, de acordo com dados a-

presentados por CHOUDHURY & MILLAR39 no estudo das caracterís-

ticas físico-hidricas do solo da região do presente estudo.

Os dados de precipitação apresentados, no Quadro 2 fo-

ram arredondados para o cálculo do balanço hídrico. QUADRO 2. Média dos dados meteorológicos da área experimental, no período de janeiro de 1979

a dezembro de 19 81.

Temperatura ©C Precipitação UMIDADE MESES OBSERVAÇÕES Quant. N' de RELATIVA Máxima Mínima Media mm dias

1 31,5 20,6 26 ,1 111, 3 9 64 , 3

2 31,6 20,3 26,0 105,6 11 68 , 2

3 31,6 20 ,3 26 ,0 185,9 9 66 ,0

4 31, 3 19,7 25,5 60 , 8 6 64 , 5

5 30 ,9 24, 7 18,6 7,5 2 59 ,5 14,2° mês + frio (1981) 6 29 , 7 17,6 23,7 7,2 4 60 ,8

7 29, 7 16 , 7 23,2 0.3 1 57,7 14,2Õ mês + frio (1980) 8 31 , 3 18,3 24 ,8 1, 3 1 53,6

9 33,0 19,4 26,2 1,1 1 50,3 43,5° mês + quente (1979) 10 34, 5 27, 7 20 , 8 0,7 1 48 , 3

11 33,8 27,8 21, 8 38,0 4 55 ,0

12 33,9 21 ,6 27,8 52 , 5 6 57,0

Total - - - 572,2 55 -

Media 31,9 21, 2 24, 2 - - 58 ,8 34

Nesta região as chuvas ocorrem no verão, e dos 572,5 mm médio anual ocorrido durante o acompanhamento do ensaio, 70% cairam nos três primeiros meses do ano. A análise dos dados originais das precipitações indica que as médias mensais não estão bem distribuídas no mês, e que as chuvas ocorrem em pou- cos dias (Quadro 2 ).

A estação seca, com ausência quase total de chuva, co- meça em maio e se estende até outubro. Contudo, somente os dados pluviométricos não são um bom índice para avaliar as condições de umidade do solo, para o desenvolvimento de uma cultura. Assim, elaborou-se o Quadro 3 que mostra o balanço hídrico de água no solo.

Apenas um excesso de 18 mm de água no solo foi observa- do nos 3 anos de condução do ensaio, durante o mês de março.

Nos demais meses houve uma deficiência de 877 mm, ou seja, a altura de água que faltou ãs plantas para terem seu crescimen- to e desenvolvimento em condições ideais.

A situação crítica começa a partir de abril quando o

"Negativo Acumulado" começa a crescer. Quanto maior o número constante na coluna "Negativo Acumulado" maior deverá ser o potencial osmótico da planta a fim de que ela obtenha água junto ao solo.

3.2. VEGETAÇÃO

A formação vegetal natural é típica da região semi-árida denominada Caatinga, que, segundo DUQUE51 é uma associação de plantas com aspecto seco, com árvores e arbustos densos, bai- xos, retorcidos, dotados de espinhos, folhas pequenas e cadu- ca s na época seca. QUADRO 3. Balanço hídrico mensal segundo Thornthwaite-Mater (MOTA101) no período de janeiro

1979 a dezembro 1981.

Neg. EP P-EP Arm. Alt. ER DEF EXC MESES P Ac. mm mm mm mm mm m m mm mm . mm

1 138 111 -27 27 76 -24 135 3 0

2 122 106 -16 43 64 -12 118 4 0

3 132 186 + 54 0 100 + 36 186 0 18

4 116 61 -55 55 57 -43 104 12 0

5 106 8 -98 153 21 -36 44 62 0

6 87 7 -80 233 9 -12 19 68 0

7 84 0 -84 317 4 -5 5 79 0

8 108 1 -107 424 • 1 -3 4 104 0

9 129 1 -128 552 0 -1 2 127 0

10 166 1 -165 717 0 0 1 167 0

11 167 38 -129 846 0 0 38 129 0

12 175 53 -122 968 0 0 53 122 0

Total 1350 573 -956 - - - 709 877 18 36

SILVA et alii11'3 em levantamento botânico da área do

Projeto Manejo da Caatinga/CPATSA, onde se encontra instalado o ensaio, constataram que, para o tipo arbóreo a vegetação era constituída em sua maioria de Schinopsis brasiliensis Engl,

(braúna), Astronium urundeuva Engl, (aroeira), Spondias tube- rosa Arg. Ca, (umbuzeiro), Bursera leptophloeos Mart (imbura- na de cambão), Pseudobombax s implícito Hum (imbiruçu), Tabe- buia spongiosa Rizzini (sete cascas) e Cnidosculos phyllacan- tus (Muel. Arg.) Pax & Hoffm (favela de cachorro). Por apre- sentar uma flora rica em cactáceas e bromeliãceas no estrato rasteiro, a área é classificada como Caatinga Hiperxerófi 1 a, segundo JACOMINE et alii19.

3.3. SOLO

Segundo REIS & SANTOS112, os solos que caracterizam a região de Petrolina são Areias Quartzosas e Podzol Hidromõrfi- cos. Apresentam fertilidade muito baixa, e baixa retenção de umidade, porém, podem ser aproveitados com certas culturas permanentes, de acordo com o clima. 0 Podzol Hidromõrfico a- lém de baixa fertilidade e retenção de umidade, apresenta dre- nagem deficiente.

A área de estudo foi classificada por PEREIRA & SOUZA111 como latossol vermelho amarelo. Estes solos tiveram origem de materiais transportados, que se depositaram sobre um manto ferralTtico, predominando o xisto com intrusões de veio de quartzo e gnaisses.

Para a determinação dos indices de fertilidade da área deste estudo, amostras de solo-foram coletadas a uma profundi- 37 dade de aproximadamente 20 cm, conforme metodologia descrita por LEMOS zt atii*1, e analisadas pelo Setor de Laboratório do

CPATSA.

A interpretação dos resultados da análise química do solo coletado na área do ensaio (Quadro 4), indica um pH de a- cidez média, e baixa disponibilidade de alguns dos principais nutrientes. ^ 3 A quantidade de A£+ é baixa, não inibindo ou interfe- rindo no crescimento radicular das plantas e na assimilação de r\ outros nutrientes. 0 nível de Ca+ e P são baixos, estando os de Mg+ e K+ na faixa média. 0 cálcio e o magnésio são impor- tantes na neutralização da acidez do solo. 0 teor de Carbono apresentou-se baixo, conseqüência da pouca Matéria Orgânica do solo.

A adubação realizada na época do plantio, na formula-

ção 5:14:3 veio suprir a falta de fósforo no solo, na fase do estabelecimento das mudas de leucena, pois, teores de fósforo abaixo de 5 ppm são considerados baixos e os valores encontra- dos na análise em torno de 1,23 ppm. Segundo DIJKMAN50 e BREW-

BAKER25 e outros autores o fósforo e potássio são elementos im-

portantes para o desenvolvimento da leucena.

Quanto ao pH, a leucena exige solos neutros e alcali-

nos. Os resultados encontrados na faixa de 5,0 a 5,6 corres-

pondendo a uma acidez média. Ensaios usando calagem devem ser

realizados a fim de reduzir a acidez e aumentar a concentração de Ca A , elemento importante ao desenvolvimento da leucena.- QUADRO 4 . Dados referentes as análises químicas do solo, do local do experimento.

Complexo Sortivo (m.e/100 m. e % AMOSTRAS pH R solo) % M. 0. ppm COMPOSTAS CH20) Ca+2. M g +2 Na+ K Al + 3 C N P

1 5,0 1,9 0,8 0,01 0,15 0,10 0,45 0 ,063 0 , 78 1,92

2 5,6 1,6 0,4 0 ,06 0,16 0,25 0,55 0 ,06 3 0 ,96 1,15

3 5,0 1,4 0,5 0 ,06 0,18 0 , 30 0 ,40 0 ,063 0 ,70 0 ,96

4 5,1 1,5 0,4 0 ,06 0 ,20 0 ,25 0 ,56 0,063 0,97 0 ,96

5 5,6 1,9 0,7 0,06 0 ,16 0 ,10 0,43 0 ,063 0,75 0 ,96 6 5 , 3 3,0 2,2 0,02 0 ,20 0 ,15 0,52 0 ,063 0 ,90 1 ,44

Média 5,3 1,9 0,8 0,05 0,18 0 ,19 0 ,49 0 ,063 0 ,84 1,23 39 3.4. ESCOLHA DAS ESPECIES PARA ANÄLISE COMPARATIVA

As especies escolhidas para analise comparativa de de-

senvolvimento em altura, diâmetro e sobrevivência com a L.

Izucoczphala, foram a P. juli^lora e o E. alba de diversas

procedências, escolhidas em função de sua aptidão a reflores-

tamento em regiões semi-áridas.

As sementes de leucena foram provenientes do Banco Ati-

vo de Germoplasma do CPATSA, sob nQ BAG-CAA 7632, procedência

Fazenda Pendência-Paraíba, origem e variedade desconhecida. As

sementes de algaroba foram coletadas em povoamentos puro, no

município de Petrol i na-PE. A origem e procedência do E. alba

encontra-se no Quadro 5.

3.5. PRODUÇÃO DE MUDAS E PLANTIO

As mudas foram produzidas no viveiro da Estação Experi-

mental de Bebedouro/CPATSA. As leucenas e algarobas foram se-

meadas em outubro de 1978, em sementeiras, cujo substrato era

composto de 50% de terra e o restante de esterco de cabra e

terriço de um algarobal. As mudas foram repicadas para saco

de polietileno transparente, de 8 cm de diâmetro e 20 cm de

altura, tendo como substrato, terra de subsolo fertilizado com

NPK na formulação 5:14:3 de sulfato de amõnia, superfosfato

simples e cloreto de potássio, na dosagem de 2 gramas por re-

cipiente. Esta formulação e dosagem foram baseadas no estudo

de BRASIL & SIMÕES20.

As sementes de L. le.ucoce.ph.ala utilizadas no plantio

não foram inoculadas, mas no entanto constatou-se nodulação

das raízes das mudas, demonstrando associação bactêria-planta.

Não se determinou a estirpe de Rhizobium associado. Provável- QUADRO 5 . Dados referentes a origem e procedências de E. alba.

CÖD. AUSTRALIANO* ALTITUDE LATITUDE LONGITUDE PRODECENCIA m

11060 25 12°22' 133°00 ' E.OFE.ALLIGATOR - NT

11957 610 18°40' 144°30 ' MT. GARNET - QLD

10569 460 16°41 ' 12 5°5 5.' KIMBERLEY AREA - WA

10142 140 8°48 ' 12 5° 33' N. MAUBISSE - PT. TIMOR

11669 30 15°40' 145°15 ' S.COOKTOWN - QLD

10147 480 8°34 ' 125°29 » E.DILI - PT. TIMOR

11113 70 1 2°38 ' 134°17 ' S. MANINGRIDA - NT

* Forestry and Timber Bureau, Canberra, Ac.T. Australia mente no terriço utilizado na sementeira, durante a formação

das mudas, havia presença de bactéria em simbiose com pedaços

de raízes de algaroba. Esses resultados confirmam os estudos

de CAMPÊLO & CAMPÊLO32 em relação ã não especificidade de

Rhlzobium para a leucena.

Os eucaliptos foram semeados diretamente nos recipien-

tes de polietileno, em fins de novembro de 1978, com auxílio

de seringa de semear da "PROFLORAL". Após a germinação, foi

realizado raleamento, deixando apenas uma muda, a mais cen-

tralizada, por recipiente. Uma camada de areia fina foi uti-

lizada como cobertura.

No preparo do solo para plantio, o desmatamento foi e-

xecutado com trator de esteiras munido de lâmina frontal. Os

resíduos foram arrastados para outro local. No terreno foram

feitas aração e gradagem.

As covas, espaçadas de 3 x 2 m foram adubadas com 120

gramas de NPK (5:14:3). 0 plantio foi realizado em meados de

março de 1979 com irrigação, usando-se em média 2 litros de

ãguaporcova.

3.6. PLANO EXPERIMENTAL

Procedeu-se a instalação de dois experimentos: o pri-

meiro ensaio envolvendo competição de leucena e algaroba, o

segundo, ao lado, em mesma qualidade geral de sítio, e data

de plantio, o teste de procedência de E. alba. Considerando-

se a homogeneidade'de sítio, a análise de comportamento das

espécies foi feita como um único experimento, sendo o delinea-

mento completamente ao acaso, com nove tratamentos e três re-

petições (Quadro 6). Cada parcela foi constituída de 36

plantas, espaçadas 3 x 2 m, em um total de 226 m2 por parce- QUADRO 6.. Descrição dos tratamentos.

TRATAMENTO ESPECIFICAÇÃO

A Leucaena leucooephala

B Prosopis juliflora

C Eucalyptus alba (.H°60)

D Eucalyptus alba (11957)

E Eucalyptus alba (.10569)

F Eucalyptus alba (.10142)

G Euca lyptus alba (.11669)

H Eucalyptus alba (10147)

I Eucalyptus alba (11113) 43 la.

Para os cálculos de altura, DAP e sobrevivencia, somen- te as 16 mudas centrais foram consideradas. As comparações entre médias foram feitas pelo teste de DUNCAN.

3.7. PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DAS ESPÉCIES

Segundo FERREIRA & ARAÜJO59, as características básicas de avaliação nos experimentos de amostragem ampla são a sobre- vivência e a altura. 0 diâmetro, por ser influenciado pela competição entre árvores tem uma importância menor que a altu- ra. Alguns passos da análise do presente trabalho, foram de acordo com as sugestões de procedimento e recomendações para testes de procedência, sugeridos por estes autores.

3.7.1. Morfologia da Leucena

Para a determinação do comprimento das folhas, tamanho do fruto (comprimento e largura), número de sementes por fru- to, e tamanho das sementes (comprimento, largura e espessu- ra), foram coletadas è analisadas cinco amostras de 20 árvo- res. As medições das folhas e frutos foram feitas com auxilio de uma régua graduada em milímetros. As sementes foram medi- das com paquímetro MECANIC 6901.

A avaliação da forma dos fustes das árvores aos 33 me- ses foi segundo o sistema de notas apresentado por FERREIRA &

ARAÜJO59. Cada ramo de bifurcação abaixo de 1,30 m foi consi- derado como um fuste individual para o cálculo do número de

árvores por hectare. 44

3.7.2. Qualidade Fisiológica da Semente de Leucena

Com a finalidade de fornecer suportes para futuros trabalhos da área de tecnologia de sementes, foram realizados testes de germinação, teor de umidade e peso de mil sementes segundo as Regras para Análise de Sementes (BRASIL18).

Para superar a impermeabi 1 idade do tegumento das se- mentes, foi usado o método preconizado por SOUZA zt ali-í120 que consiste na imersão em água a 98°C e deixando até ao es-

friamento por 12 horas. Foram utilizadas caixas de plástico com tampa contendo 50 sementes e papel filtro com substrato, em germinador CASP funcionando a 25°C com luz e ventilação.

0 indice de velocidade de germinador (IVG) foi calcu-

lado peló somatório dos valores resultantes da divisão do nú- mero de plantas emergi das a cada dia, pelo número de dias a-

põs inicio do teste. A contagem das sementes germinadas fo-

ram realizadas diariamente durante 15 dias.

Para os dados de emergência, o teste foi realizado em

viveiro, em saco de polietileno transparente, disposto em

quatro parcelas de 36, sendo que para efeito de contagem, so-

mente os 16 recipientes centrais foram computados. As semen-

tes foram semeadas a uma profundidade de aproximadamente 2 cm.

A velocidade de emergência foi calculada de modo similar ao

IVG, sendo que a contagem foi realizada a cada dois dias, e

concluída no final de quinze dias após a semeadura.

3.7.3. Estado Sanitário dos Povoamentos

Foram observados de uma maneira generalizada, a pre-

sença e ocorrência de pragas e doenças nos povoamentos, e

calculada a porcentagem de árvores atacadas. 3.7.4. Crescimento

Os dados referentes a sobrevivência e crescimento em altura foram observados aos 6, 12, 24 e 33 meses após o plan- tio. 0 DAP foi medido somente aos 33 meses.

A altura e o DAP foram avaliados pela medição das ár- vores com auxilio de uma rêgua graduada de 5 em 5 cm e fita diamêtrica. Para o cálculo do volume foi determinado o fator de forma para cada tratamento.

0 fator de forma, índice capaz de traduzir a forma média da árvore, ê a razão entre dois volumes: o da árvore sobre o volume de um cilindro ideal com altura e um diâmetro de bases iguais, respectivamente ã altura total e ao diâmetro da árvore considerada. Dois fatores de forma são conhecidos

(BURGER29): o fator de forma artificial

f1.3 VC1,3 e o de HOHENADL

f0,9 Vc0,9 onde :

V = Volume da árvore Vc-j 2 = Volume de um cilindro cujo diâmetro corresponde ao da árvore, tomado a 1,30 m do solo.

VCq g = Volume de um ci 1indro cujo diâmetro corresponde a um décimo da altura total da árvore.

Segundo BURGER29, o fator de forma pelo método de HO-

HENADL (fg g) descreve melhor a forma das árvores, pois duas

árvores com a mesma conicidade e alturas diferentes tem fato- res de forma f-j g diferentes, enquanto que o fy g para as 46 duas árvores é igual. Baseado nisto, e de que a altura das plantas é relativamente baixa, para o estudo da conicidade foi utilizado o Íq g. Para o cálculo do volume utilizou-se o f-j 3 pois o diâmetro das árvores das parcelas foi medido a 1,30 m do solo. Como existe relação funcional entre f-j 3 e fg g> sendo f - f0,9 1 > 3 dl,32

d0,9 demonstrada através da equação

2 2 29 V = d 0 g x h x fQ 9 = d .J 3 x h x f] 3 (BURGER ) os dados obtidos de Íq g foram transformados em f^

A determinação de estimativas do volume real das árvo- res foi através da cubagem rigorosa em 12 indivíduos por tra- tamento, sendo quatro por parcela. Por tratar-se de material genético valioso e em franco desenvolvimento, esta cubagem se processou com árvore em pé, com medições diamétricas a cada 20 cm ao longo do tronco iniciando-se 5 cm do solo.

A determinação das estimativas dos volumes foi obtida pela aplicação sucessiva da fórmula de Smalian, descrita por

GOMES65, onde o volume das pequenas toras é obtido pela multi- plicação do comprimento da tora (L) pela semi-soma das áreas transversais das seções extremas (A-| e A^).

A, + A, V = ! — x L 2

Para o cálculo do volume total de madeira de cada tra- tamento, fez-se o somatório do volume individual de todas as

árvores contidas nas parcelas, incluindo os fustes de bifurca-

ção, corrigidos pelo fator de forma (f-j 3), e posteriormente 47 transformados em volume por hectare.

A algaroba não foi incluída na análise e cálculo do vo- lume, em função do elevado número de ramificações e tortuosida- de do fuste. Estes fatos poderiam ter s ignifi ca ti va inf 1 uenci a nas estimativas de volume.

3.7.5. Valor Forrageiro da Leucena

Para a determinação dos elementos químicos que compõem as diferentes partes das plantas de leucena, foram coletadas folhas (tenras e maduras), talos novos e herbáceos com diâme- tro inferior a 6 mm e frutos verdes das árvores centrais, até uma altura máxima de 1,80 m, nos quatro cantos cardeais da 10 8 planta. Segundo OLIVEIRA tt all¿ pressupoe-se que o mate- rial até esta altura estaria ao alcance dos animais em pa s te- jo. A coleta deste material foi feita em agosto de 1981, no período de seca, tendo sido anal isado pel o Setor de Laborató- rio do CPATSA. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para melhor conhecimento do comportamento da L. le.uco- ce.pha.la na região de Petrolina, resolveu-se apresentar as a- nãli ses em tõpi cos .

4.1. SOBREVIVENCIA

Não houve diferenças significativas nas analises esta- tísticas realizadas nestes períodos de observações, entre a sobrevivência de leucena, algaroba e as procedências 11957 e

11113 de E. alba, conforme dados apresentados no Quadro 7„.

Nas condições de nordeste, com períodos de estiagem prolonga- dos, o índice de sobrevivência e um fator muito importante a ser considerado na avaliação do comportamento de espécies florestais.

0 baixo índice de sobrevivência ê uma das conseqüên- cias mais freqüentes da introdução de espécies em locais ina- dequados. Na falta de bases experimentais, o estudo das ho- mologias ecológicas e um dos meios para avaliar o potencial ecológico da área. As sementes de algaroba e leucena foram

provenientes da região nordeste. Entre os E. alba observou-

se nítidas variações entre origens. As de número 10142 e

10147 foram as que apresentaram menor porcentagem de sobrevi-

vência, estando em torno de 75 e 86% respectivamente aos 33 meses de idade. QUADRO -7 . Sobrevivência das espécies até os 33 meses de idade.

Sobrevivencia (I) ESPÉCIES Idade (meses 12 24 33

Leucena 100 a 100 a 100 a 100 a

Algaroba 100 a 100 a 100 a 100 a

E. alba 11060 100 a 9 8 ab 94 bed 94 be

11957 100 a 100 a 100 a 100 a

10569 9 8 ab 9 6 ah 96 abe 94 be

10142 88 b 88 b 75 d 75 d

11669 100 a 100 a 94 bed 94 be

10147 100 a 100 a 86 cd 86 cd

11113 9 8 ab 9 8 ab 9 8 ab 9 8 ab Valor de F 5,13** 4 , 72** 6 , 70** 8,08** Coeficiente de Variação S ,66% 6-,42% 8,62% 7,97%

As médias seguidas por letras idénticas em uma mesma coluna nao diferem estatisticamente pe- lo teste de Duncan (P <0,05) * Os valores em porcentagem foram transformados em arc.sen VT para efeito de analise estatis tica. 50

Observando a distribuição geográfica dos locais de ori- gem dos E. alba e considerando as quatro avaliações realizadas neste estudo, nota-se uma tendência de maior sobrevivência da- quelas procedentes de latitude maior que a de Petrolina. As sementes provenientes dos Estados de Queensland e Northern

Territory, no geral, resultaram em parcelas com maior sobrevi- vência. As procedências de Timor mostraram-se inferiores nas condições deste ensaio.

Os indices de sobrevivência para a leucena em Petroli- na, confirmam os resultados encontrados por SILVA zt altt118 na avaliação do comportamento de essências florestais nas regiões

áridas e semi-árida do nordeste. Leucena, algaroba e as pro- cedências 11957 e 11113 de E. alba, quanto a sobrevivência, em relação ãs fortes condições de déficit hídrico, verificado em

Petrolina, são potencialmente indicadas para ref1 o res tarnen to em regiões similares.

No período de seca, existe redução do potencial forra- geiro na caatinga, bem como limitações para instalação de cul- turas anuais, a leucena manteve-se relativamente com folhas sempre verdes e alto índice de sobrevivência. Naturalmente sempre existe a possibilidade técnica de produzir forragem em

áreas irrigadas, entretanto isto nem sempre é econômico.

Esses dados confirmam as descrições de NATIONAL ACADE-

MY OF SCIENCES101* segundo as quais a leucena é capaz de sobre- viver em regiões de até seis meses de seca.

4.2. ASPECTOS MORFOLÓGICOS DA LEUCENA

Aos 33 meses de idade a leucena apresentou-se de um mo- do geral como uma planta com bifurcações desde a base. Consi- 51 derando cada bifurcação abaixo de 1,30 m como um fuste indivi- dual, a leucena apresentou em média por parcela dois fustes por planta, não diferindo de algumas procedências de eucalipto alba. A algaroba apresentou maior número de bifurcações, ten- do em média seis fustes por indivíduo.

As notas de avaliação da forma do fuste encontram-se no Quadro 8. Embora estes dados poderão mudar com o passar dos anos, até as árvores atingirem a altura máxima na fase a- dulta, os mesmos permitem visualizar a forma adquirida pelos fustes das referidas espécies nesta fase juvenil. FERREIRA &

ARAÜJO59 recomendam esta avaliação quando as árvores atingirem

7 metros de altura, entretanto os valores observados para a média das alturas dos tratamentos ainda são inferiores a este valor guia.

Independentemente das estações do ano, mesmo nos perío- dos de maior seca, a leucena manteve-se com folhas, de colora-

ção verde. As dimensões encontradas para comprimento, largu- ra, espessura das folhas, frutos e sementes encontram-se no

Quadro 9. 0 comprimento médio de 15,9 cm para o fruto e 7,8 cm para as sementes sugere que ao se comparar estes dados com os apresentados por BREWBAKER26 em seu guia para sistemática do gênero Le.uca.cna, a leucena estabelecida em Petrolina pode ser classificada na variedade "glauca", atingindo em média 8 metros de altura na fase adulta.

Por outro lado, uma característica que indica ser do tipo Havaiano, é a abundância com que frutifica durante o ano inteiro. As árvores começaram a florescer e frutificar por volta dos 12 meses de idade, em 60% do povoamento.

Os resultados dos testes de laboratório com sementes de leucena colhidos em Petrolina, são apresentados no Quadro QUADRO 8 . Classificação dos fustes das especies e procedencias em estudo, na Região de Pe

trolina-PE, de acordo com FERREIRA & ARAÚJO59, aos 33 meses de idade.

N9 de bifurcaçoes planta Nota Classe de forma DISCRIMINAÇÃO P/ Máx. Min. Media

Leucena 6 1 2 3 Levemente tortuoso em um só pia no, adequado para a maioria das utilizações Algaroba 11 3 6 S Tortuoso - sem valor para poste

E.alba (11060) 3 1 2 4 Levemente tortuoso em dois pla- nos, algum valor como poste

(11957) 3 1 1 3

(10569) 4 1 2 3

(10142) 6 1 2 5

(11669) 3 1 1 . 5

(10147) 4 1 2 7 Malformado - indicado somente pa- ra lenha (11113) 4 1 2 4 QUADRO 9 . Dados relativos às dimensões de folha, fruto e sementes de L. le.ucoce.pha.ia

na região de Petrolina, PE.

DISCRIMINAÇÃO : DIMENSÕES- (mm) Comprimento , Largura Espessura

Folha 156,5 ± 28 , 2 - - 2,. 5 GY 5/4

2 ., 5 yR 4/6 e Fruto 159 ,4 ± 14, 2 18,1 ± 1,10 - 2 ., 5 yR 3/6

2 ,, 5 yR 3/4 e Sementes 7 , 76 ± 0,57 . 4,70 ± 0 ,35 2,27 ± 0,15 2 ., 5 yR 3/6

» 1 f) 3 * Cor observada a luz do dia, em exsicatas de Leucena, de acordo com o Sistema de MUNSELL 54

10. Estes valores, que definem sua qualidade fisiológica, po- dem ser comparados a resultados de lotes de sementes provenien- tes de outras. -1 ocal idades, por terem sido padronizados pelas

Regras para Análise de Sementes (BRASIL18). Entretanto, esses números podem sofrer ligeiras alterações, em função dos testes de quebra de dormência das sementes a serem aplicados.

A redução de 10% da emergência verificada no viveiro, em relação aos dados encontrados no laboratório ê normal, visto que nos testes de germinação as sementes estão sob condições i- deais e controladas. Os 18% de germ inação obtida em sementes 16 sem tratamento estão acima dos 2 a 12% obtidos por BOGDAN ,

C00KSLEY"2 e OLIVEIRA at a£¿¿109. A época de colheita, grau de maturação, idade das plantas e as próprias condições locais do sitio podem ter influenciado as características físicas do tegumento das sementes de leucena, tornando-as permeáveis.

Um menor índice de velocidade de emergência quando com- parado ao índice de velocidade de germinação também é normal.

Para as condições de nordeste, em que as chuvas são escassas, e que o período de umidade do solo é relativamente curto, um ín- dice de velocidade de emergência alto, indica uma maior proba- bilidade das sementes germinarem e se estabelecerem antes de um novo período de estiagem.

Nos períodos de chuva observou-se regeneração natural abundante. Mas, na medida que o período de seca se prolonga, a quantidade de mudas estabelecidas diminui rapidamente desapare- cendo por completo.

4.3. ASPECTO SANITARIO DAS PLANTAS NO EXPERIMENTO

Observou-se ataque de gafanhotos {Stiphsia nobuòta Mel- QUADRO 10. Características de germinação, testes físicos e de vigor em sementes de L.

leuaoaephala, na região de Petrolina, aos 29 meses de idade.

DISCRIMINAÇÃO NÍVEL

Germinação sem tratamento (%) 18,0

Germinação com tratamento *($) 92,0

Velocidade de germinação (índice) 9,28

Emergência* (°0 82,0

Velocidade de emergência (índice) 3,97

Peso 1.000 sementes (g) 52,038

Número de sementes por quilo (unid.) 19.217

Teor de umidade (1) 10,80

* 0 tratamento foi imersao em água a 96°C, deixando até o resfriamento por 12 horas. 56 lo-Leitão) no periodo de janeiro a março de 1981 na área do experimento. 0 dano causado pelo gafanhoto foi a diminuição da área foliar das especies em estudo, reduzindo a área fo-

tossintética, influenciando conseqüentemente, o crescimento das plantas.

Este ataque foi de relevancia, pois nesta época do ano

é que ocorre a maior precipitação piuviométri ca , proporcio-

nando melhores condições ãs plantas da caatinga quanto ao seu

desenvolvimento devido ao fator água.

De um modo geral, todas as espécies foram atacadas,

sendo a algaroba em proporções mínimas. A importância do a-

taque deste inseto em leucena, consiste no fato desta legu-

minosa ser forrageira, reduzindo o volume de matéria seca co-

mestível dos rebanhos que dela fazem uso.

Observando este surto e a resistência dos Eucalyptus

aos gafanhotos, MORAES at allí33 concluíram que existem dife-

renças significativas de susceptibi1 idade entre as procedên-

cias de E. alba. As plantas obtidas de sementes procedentes

de Mount Garnet, Queensland (Proc. 11956) foram significati-

vamente menos atacadas que as de Dilli Timor (Proc. 10147).

Nas parcelas de algaroba e leucena também foram obser-

vados ataques do serrador (Oncldaias sp.), a partir de março

de 1981. 0 ataque ocorreu em 66,7% da população de algaroba

e 6,5% em leucena, conforme dados apresentados no Quadro 11.

O maior ataque foi observado em galhos laterais de diâmetro

inferior a 8 mm, sendo que, nos fustes cortados, houve rebro-

ta tanto na algaroba como leucena.

4.4. CRESCIMENTO EM ALTURA

Os dados apresentados no Quadro 12 representam o eres- QUADRO 11. Incidência de Onc.ldz>it& sp. em 1. Izucoczphala, P. jul¿¿loia e

E. alba na região de Petrolina, PE.

9 ESp£CIE N ÁRVORES GALHOS FUSTES Amostradas Atacadas % N^ 0 cm N? Média 0 cm

Leucena 108 7 6,5 11 inferior 0,80 1 3,0

Algaroba' .108 72 66,7 225 inferior 0,80 9 2,9

E. alba 108 0 0 0 0 0 0 QUADRO 12. Média de altura de L. leucoce.pha.la, P. jull^loAa e E. alba aos 6, 12, 24 e 33

meses de idade em Petrolina, PE.

Média das alturas (metros) ESPECIES Idade (meses) 6 12 24 33

Leucena 1, 54 a 3, 39 a 3,80 a 4,12 ab

Algaroba 1 , 26 a 2,15 bed 2,69 abc 3, 21 ede

E. alba 11060 1,11 a 2 ,04 cd 2,62 c 2 ,79 de 11957 1 ,50 a 2 ,85 ab 3,78 ab 4,18 a

10569 1 ,32 a 2,42 ab cd 2,98 abc 3, 37 abcd

10142 0,98 a 1 ,99 d 2,63 bc 2,65 e

11669 1, 29 a 2,42 abed 3,08 abc 3,33 abede

10147 1 , 21 a 2,42 abed 2 ,94 abc 3 ,23 bede

11113 1 ,37 a 2,48 ab c 3,07 abc 3,41 abc

Valores de F 1 , 80 ns 9 , 50* * 8,57* * 8,89* * Coeficientes de Variação 17, 38 9 ,95 a0 8,63% 8,911

As medias seguidas por letras idénticas em uma mesma coluna nao diferem estatisticamente pe^ lo teste de Duncan (P <0,5). 59 cimento em altura das especies testadas. Aos 6 meses de idade a leucena, atingiu 1,54 m de altura não diferindo estatistica- mente da algaroba e das demais procedências de E. alba, espé- cies estas, consideradas de rápido crescimento e aptas para a regi ão semi-ãri da.

Aos 12 meses, a leucena atingiu 3,39 m, mas não dife- rindo estatisticamente das procedências 11957, 10569, 11669,

10147 e 11113 de E. alba. 0 valor médio em altura encontrado para a algaroba caiu, sobressaindo apenas em relação as proce- dências 1 1 062 e 10142 de E. alba, ¡nas não diferindo estatisti- camente das mesmas.

Aos 24 meses de idade, a altura média da maioria das espécies e procedências voltam a se igualar estatisticamente.

A leucena apresenta a maior altura, estando em média de 3,80 metros. Porém aos 33 meses atingiu 4,12 m de altura média, sendo superada pela procedência 11957 de E. alba que chegou ao valor médio de 4,18 m. Estas médias não diferem estatistica- mente entre si. 0 valor médio encontrado para a altura de al- garoba é de 3,21 m, bastante inferior ao encontrado para a

1eucena.

Na avaliação realizada aos 33 meses entre os E. alba nota-se de um modo geral, maior desenvolvimento nas procedên- cias da região de Queensland, em relação aos outros estados da Austrália e do Timor.

4.5. CRESCIMENTO EM DIÂMETRO (DAP)

Os valores encontrados na leucena para o DAP aos 33 me-

ses de idade não diferiram estatisticamente das demais espé-

cies em estudo. Apresentou diâmetro de 2,65 cm, sendo que a 60

algaroba, 2,03 o menor diâmetro observado, conforme Quadro 13.

Em relação aos Eucalyptus, a procedência 11957 originá-

ria de Mount Garnet foi a que apresentou o maior diâmetro aos

33 meses de idade, diferindo estatisticamente da algaroba e

procedências 10142 e 10147 de E. alba procedentes do Timor. A

procedência 10147 foi a que apresentou menor valor médio para

diâmetro entre os Eucalyptus.

QUADRO 13. Valores médios observados para o DAP aos 33 meses

de idade, de E. lzucoce.ph.ala, P. jullfcloKa e dife-

rentes origens de E. alba, em Petrolina, PE.

DAP MÉDIO* ESPÉCIES (PROCEDÊNCIAS) (cm)

Leucena 2,65 a bed Algaroba 2,03 d E. alba (11060) 2 ,40 abed (11957) 3,29 a (10569) 2,74 abe (10142) 2 ,38 bed (11669) 2,62 abed (10147) 2,12 cd (11113) 2,78 ab

Valor de F - 3,91 Coeficiente de Variação - 12,98% * As médias seguidas por letras idênticas em uma mesma coluna não diferem estatisticamente pelo teste de DUNCAN (P<0,05)

4.6. VOLUME EM MADEIRA

Embora os plantios sejam ainda jovens, com 33 meses de

idade, os dados encontrados para volume sugerem que a leucena

i uma espécie promissora para a região, quando comparados aos

volumes encontrados por TAVARES zt alll121 e LIMA zt alii*3 , 61 em inventários de caatinga considerando indivíduos com DAP

superior a 5 cm.

Para o cálculo das estimativas de volume determinou-se

o fator de forma artificial (f-j 3q)- 0s fustes apresentaram

fatores de forma variados, conforme dados apresentados no

Quadro 14, para os doze indivíduos cubados, por tratamento. As

formas variaram entre espécies e entre procedências.

QUADRO 14. Fator de forma encontrado para a L. lzu.coce.ph.ala,

P. Jul¿¿loA,a e diversas origens de E. alba, aos 33

meses de idade, em Petrolina, PE (Médias de doze

indivíduos por tratamento).

ESPÉCIES (PROCEDÊNCIAS) d0,9 f0 ,9 dl,3 fl,3 (cm) (cm)

Leucena 4,09 0,52 3 ,39 0,72 Algaroba 4,53 0,48 2 ,80 1 ,26 Eucalipto (11060) 4,61 0 ,44 3,16 0,94 (11957) 4 ,56 0 ,49 3 ,66 0,77 (10569) 4 ,88 0 ,44 3 ,42 0 ,90 (10142) 4 ,36 0 ,45 2 ,99 0 ,96 (11669) 4 ,41 0 ,44 3,01 0 ,94 (10147) 4,16 0,43 2,79 0 ,96 (11113) 4 ,66 0 ,45 3,34 0 ,88

A leucena apresentou um fator de forma fg g médio de

0,52, evidência de que o fuste desta espécie apresentou forma

geométrica entre as parábolas ordinária e cúbica. Ou seja,

seu valor está entre os fatores absoluto 1/2 e 3/5. As demais

espécies e procedências de EuLcalyptu.6 apresentaram a forma de

fuste entre as parábolas ordinária e a semi-cúbica, com fato-

res de forma absoluto entre 1/2 e 3/7. 62

No Quadro 15 encontram-se os volumes obtidos por hecta- re para a leucena e as procedências de E. alba. Ao se compa- rar esses dados, verifica-se que a procedência 11957 de Euca- lyptus alba apresenta o maior volume, 6,92 m3/ha. 0 incremen- to médio observado está aquém aos citados por alguns autores, porém, para regiões de pluviosidade superior a Petrolina.

WEBB126, em seu guia e chave para selecionar espécies em en- saios florestais de regiões tropicais e subtropicais, cita que o incremento médio da P. jull^loAa para regiões com pluviosi- dade entre 400-650 mm é 3 a 5 m3/ha.ano. Neste caso, os valo- res encontrados para a leucena e a procedência 11957 de E. al- ba estão próximos.

QUADRO 15. Volume estimado para a L. laucoce.ph.ala e procedên-

cias de E. alba, em Petrolina, PE, aos 33 meses de

idade.

VOLUME I.M.A. ESPÉCIES (PROCEDÊNCIAS) m3/ ha m3/ha.ano

Leucena 6,65 2 ,42

Eucalipto (11060) 3,28 1 ,19 (11957) 6 ,92 2,52 (10569) 5,18 1 ,88 (10142) 3,63 1 ,32 (11669) 4 ,46 1 ,62 (10147) 4 ,43 1 ,61 (11113) 6,01 2,19

Para uma rotação de sete anos, e considerando que os

incrementos mantenham este ritmo, o volume médio naquela idade será de 17,64 m3/ha superando desta forma, os valores normal- mente associados com a caatinga en condições naturais. 6 3

4.7. VALOR FORRAGEIRO (TEOR DOS MINERAIS) EM LEUCENA

As plantas forrageiras variam em seu valor nutritivo mineral de acordo com a fertilidade do solo, espécie e/ou va- riedade, idade ou estado vegetativo da planta, estação do ano, sistema de manejo e condições climáticas. Devido a isto, é bem difícil estabelecer um padrão geral de conteúdo mineral das gramíneas e leguminosas que constituem nossas pastagens naturais e artificiais (ELLIS NETO52).

As folhas, vagens verdes, talos novos, sementes verdes e maduras de leucena amostradas em Petrolina, em período de seca, são excelentes fontes de proteínas e de minerais (Qua- dro 16). As diferentes concentrações de elementos analisados nas diversas partes da planta permitem avaliar e escolher a parte desejada para complementação de ração ou engorda dos a- ni ma i s.

Em relação ã Proteina Bruta - PB (N x 6,25), observada neste período de seca, encontrou-se nas folhas 15,6%, nas va- gens verdes sem as sementes 8,1%,nas sementes verdes 31,8%, nas sementes maduras 26,8% e nos galhos com diâmetro inferior a 6 mm 6,3%. Os maiores teores de PB foram encontrados nas

sementes verdes e maduras. ROSAS <¿t al,¿X116 no estudo da PB foliar para diferentes alturas de plantas de leucena no Pana- má, encontraram 17,8% para indivíduos de 2,5 metros. 2 + 0 valor encontrado para Ca na parte foliar é bastan- te elevado. Segundo ELLIS NETTO52, geralmente as leguminosas contém alto teor de cálcio, mesmo quando cultivadas em solos

pobres. Na fase inicial do desenvolvimento das leguminosas elas contêm em sua matéria seca maior quantidade de cálcio que

em qualquer outra fase de seu desenvolvimento. Outro fator a QUADRO 16. Concentração de elementos minerais em diferentes partes da planta de

L. ¿taco C2.pha.ta na região de Petrolina, PE.

"ÜOflCENTRAÇAO DE ELEMENTOS PARTES DA PLANTA N K Ca Mg Na Q % 0 PPm

Folha 2 ,49 0,40 0 ,82 3,83 0 ,14 75

Vagem sem sementes 1, 30 0 ,19 2 ,82 1,03 0,12 116

Sementes verdes 5,09 1,52 1,57 0,40 0,10 35

Sementes.maduras 4 , 29 0 , 56 0 ,80 0 ,33 0,13

Galhos 1 ,01 0,13 0,68 0,63 0,25 65 considerar é o pH. Quanto mais alto for o índice de pH do so- lo, maior será o conteúdo de cálcio nas leguminosas. Embora 2 "4" sejam ricas em Ca , são pobres em fósforo, e a pobreza em P nos solos onde vegetam reduz enormemente sua presença nas forragens. Em Petrolina, no local onde foi realizado o expe- rimento, os teores de fósforo são baixos, estando em torno de

1,23 ppm.

As sementes das leguminosas são ricas em proteínas, e contém porcentagens satisfatórias de fósforo, o que foi com- provado nos resultados alcançados.

Sabendo que a digestibilidade da-leucena é variável, dependendo do estágio de desenvolvimento da planta entre 50 e

70% (CARDOSO33), e conhecendo as necessidades nutricionais dos animais, de acordo com os dados fornecidos pelas Normas e

Padrões de Nutrição e Alimentação Animal apresentados no Qua- dro 17 (ANDRIGUETTO zt a¿¿¿7), concluiu-se a importância des- ta leguminosa como forrageira, em relação aos teores de mine- rais.

A dosagem de cálcio nas folhas está ideal para forra- gem e alimentação de frangas poedeiras (Quadros 16 e 17), to- davia, deve-se observar as recomendações de CHEN zt at¿¿h0 e

CUNHA44, de que a adubação de feno de folhas não deve ultra- passar 3 a 5% do peso da ração.

Para a engorda de ovinos e bovinos com forragens das folhas os valores encontrados para Ca e P são satisfatórios.

Segundo BERGNER14 na alimentação bovina, a relação ideal en- tre Ca:P é de 1:1 a 2:1, embora se encontre com freqüência grande excesso de Ca nas leguminosas. A proporção encontrada no presente trabalho foi de 10:1. No trabalho realizado por

ROSAS zt al-Li11* a proporção encontrada foi de 22:1. QUADRO 17. Necessidades diárias em elementos minerais, na matéria seca para alguns animais,

segundo ANDRIGUETTO &t alll1.

MINERAIS Cálcio Fos foro Sodio Potass io Manganês 0 % 0 ANIMAIS 0 0 «o mg

Frangos de corte 0,90 0 , 50 0,15 0 ,40 550

Frangas poedeiras 3,7 0 ,£5 ' 0,13"- • 0 ,40 550

Suínos 0,90-0,60 0 ,55-0 ,45 y -J %J - -

Bovinos de corte 0 ,25 0 , 2 5 0,15 0 ,60 0 ,10%

Ovinos em crescimento ' 0,90 0 ,60 0,15 - 0,10%

Ovinos - adulto 0 , 50 0 , 35 0 ,10 - 0 ,15 67

Os valores de Ca encontrados nos ramos inferiores a 6 mm são bons, mas, os encontrados para P estão abaixo do reco- mendado.

A alimentação de porcos com sementes de leucena (que apresentou altos teores de PB) é viável, desde que as mesmas sejam fervidas e lavadas. Por este método LEE85 obteve resul- tados satisfatórios na engorda de porcos.

No Quadro 18 os teores de minerais encontrados na folha de leucena, em Petrolina, são comparados com os de algaroba e algumas gramíneas, na região sudeste do Brasil, e leucenas cultivadas na Austrália, Malawi, Thailand e Taiwan. Observa- se que a concentração de cálcio em leucena pode variar consi- deravelmente em função do local, como havia descrito JONES80.

Em relação ã algaroba, os teores de PB da folha estão bem próximo da leucena, mas as vagens é que são freqüentemente utilizadas pelos agricultores da região. Embora alguns auto- res afirmem que a algaroba comece a frutificar entre os 2 e 4 anos, não se observou floração e frutificação dos indivíduos em competição.

A porcentagem de PB verificada na leucena de Petrolina em relação ãs demais espécies e locais utilizados para compa- ração foi menor (Quadro 18). Aquele teor de PB é metade do valor identificado por JONES80 na rebrota de ramos com apro- ximadamente 1 m de comprimento, amostrados durante o outono, em Sanford, sudeste de Queensland. Em Petrolina, as folhas

foram coletadas em árvores com altura aproximada de 3,8 m

(29 meses de idade), em agosto, período de seca. Estas condi-

ções do estado vegetativo das plantas podem ter causado as di- ferenças discrepantes nos teores de PB, entre esses locais. Na

época seca os níveis de produção mineral são decrescentes em QUADRO 18. Teores de Elementos Minerais e Proteína Bruta de L. ¿zucocephala na re-

gião de Petrolina, com outras especies e locais de estudo.

PROTEÍNA Minerais LOCAL ESPËCIE BRUTA Ca P% Mg Zn Cu FONTE CN x 6 , 25) % % ppm ppm leucena 15 ,6 3 ,83 0 ,40 0 ,14 19 12 Presente trabalho Petrolina Algaroba 14 ,9 0 , 79 . 0 , 5 2 0,40 52 23 Presente trabalho

Colonião 11,6 0 , 26 0 ,22 0 , 26 18 15 CAIELLI31 Araraquara Pangóla 8,6 0,58 0,18. 0,27 20 23 CAIELLI31

Colonião 9,7 0 , 36 0 ,18 0 ,15 20 19 CAIELLI31 Araçatuba Pangóla 6 , 8 0 , 37 0,12 0,11 14 26 CAIELLI31

Austrália leucena 30 ,0 1,18 0 , 38 0 ,41 44 9 JONES80

TAIWAN leucena Tipo Peru 21,0 1 ,51 0,17 1,23 18 10 LEE86

leucena Tipo Salvador 20 ,6 i,ir 0 , 23 0 , 31 43 15 LEE86 69

relação aos períodos em que existe disponibilidade de água.

Deve-se sempre levar em consideração o fator água como elemen-

to fundamental e indispensável ã mineralização natural e nor- mal dos animais, pois estes elementos só podem ser transporta-

dos da terra para a planta e desta para o organismo dos ani- mais, com o seu auxilio.

Em relação as gramíneas utilizadas em alguns locais na

região sudeste do Brasil, os teores de PB e minerais encontra- dos na leucena são superiores. Todavia, a presença de mimosi-

na constitue um fator limitante ao uso desta leguminosa como forrageira, em uso indiscriminado, sem devido controle e mane-

jo. 5. CONCLUSÕES

O cultivo de Leucena le.ucoceph.ala (Lam.) de Wit é viá- vel na região de Petrolina, ao se comparar seu desenvolvimento com Prosopts jult^lora (Sw) DC e Eucalyptus alba Reinw ex Blu- me, espécies recomendáveis para regiões s em i-áridas.

Esta conclusão baseia-se no fato de que aos 33 meses de idade a leucena foi capaz de sobreviver e desenvolver em condições de déficit hídrico de até 877 mm, com 100% de sobre- vivência, mesmo sem a prática de inoculação das sementes com

Rhtzoblum especifico, e ataques do gafanhoto (Stlphra robusta

Mel 1 o-Lei tão ) e Onc-ldcrcs sp.

Com relação a morfologia, apresentou fuste levemente tortuoso, numa forma geométrica entre a parábola ordinária e a cúbica. 0 volume encontrado para a leucena foi superado so- mente pela procedência 11957 de Eucalyptus alba,, sendo que pa- ra esta análise, não levou-se em consideração a Vrosopis jull- llora por apresentar excessivas ramificações. A altura média das árvores de leucena, não diferiu das alturas médias das me- lhores procedências de E. alba. Os valores encontrados para a algaroba foram inferiores.

Para a utilização de leucena como forragem, encon- trou-se maiores teores de Proteína Bruta em sementes verdes e maduras. As dosagens de cálcio encontradas nas folhas são ideais para a fenação e alimentação de frangas poedeiras. A relação Ca:P foi de 10:1, sendo satisfatória para engorda de ovinos e bovinos. Todavia, a presença do aminoácido mimosina vem se constituir em fator limitante ao uso indiscriminado desta leguminosa como forrageira. 6. RESUMO

Este trabalho analisa o comportamento da Leucaena leu- cocephala (Lam.) de Wit em comparaçao com PAosopls jul¿¿loAa (SW) DC e sete origens_de Eucalyptus alba Reinw ex Blume em Petrolina, PE, na região semi-árida, até a idade de 33 meses. As mudas foram produzidas p.elo Centro de Pesquisa Agropecuá- ria do Trópico Semi-Arido - CPATSA/EMBRAPA e plantadas em terreno desmatado, arado e gradeado, espaçadas de 3 x 2 m, recebendo_l20 gramas de adubaçao na formulaçao 5:14:3 de NPK, e irrigaçao de aproximadamente 2 litros de água por cova. 0 ensaio constituiu-se de parcelas inteiramente casualizadas com nove tratamentos e três repetições. Foram observados a- taques do gafanhoto [Stlpkn.a nobusta Mel 1 o-Lei tão) e do ser- rador (OncldeA.es sp.) em plantas de leucena e algaroba. A so- brevivência e altura das plantas foram analisadas aos 6, 12, 24 e 33 meses de idade. 0 DAP só foi analisado aos 33 meses após o plantio. 0 volume de madeira foi estimado somente pa- ra a leucena e as origens de E. alba. Para a leucena foram descritos os aspectos morfológicos das folhas, frutos e se- mentes. Para as sementes foram realizados testes de germina- ção, físicos e de vigor. Os teores de minerais encontrados nas partes comestíveis da planta de leucena (folhas, sementes verdes e maduras, galhos com diâmetro inferior a 6 mm) foram analisados para alimentação animal, no período de seca. Com- parados a algaroba e E. alba os resultados revelam para a leucena altos indices de sobrevivência e resistencia em re- giões de déficit hídrico de 877 mm. Seu crescimento em altu- ra e forma de fuste são comparáveis às melhores procedências testadas de E. alba. Quanto ao valor forrageiro, os teores de minerais encontrados na planta de leucena sao satisfató- rios, embora a presença do aminoácido mimosina se constitua em fator limitante. SUMMARY

The present study analysis the behavior of Le.ucae.na. le.ucoczph.ala (Lam.) de Wit in comparison with Pioòoplò ju¿¿- filoia (SW) DC and EucaZyptuò alba Reinw. ex Blume the latter represented by materials fron seven (7) Australian provenances. The study was conducted in Petrolina, State of Pernambuco, a semi- arid region in northeastern Brazil. Comparisons were made 6, 12, 24 and 33 months after planting. Seedlings were produced in the "Centro de Pesquisas Agropecuária do Trópico Semi-Ãrido" (CPATSA/EMBRAPA) and planted in a plowed and harrowed area. Seedlings were spaced 3 x 2 m and were initially fertilized with 120 g of 5:14:3 NPK. Approximately 2 liters of water per plant were applied as an initial irrigation treatment. The experiment was a completely randomized design with nine (9) treatments and three (3) replications per treatment. Average height and survival rates were analyzed at 6, 12, 24 and 33 months of age. DBH and wood volume estimates were calculated at 33 months following initial planting. Wood volume estimates were calculated only for Lzucazna and E.^alba. Attacks by the species Stlphna fiobuòta Mello-Leitao (Orthopters: Proscopi i dae ) and Onc<¿dziz¿ sp. (Coleoptera: Cerambyci dae ) was observed on Lzucazna and Psio¿op¿¿ plants. Leaf, fruit, and seed morphological aspects of Lzucazna were described. Physical, germination and vigor tests were perfomed. Mineral levels found in the edible parts of Lzucazna (leaves, green and mature seeds, branches with diameters less than 6 mm)were analysed for animal nutrition sources during the dry season. Comparisons among Lzucazna izucoczphala, Phobop-Lb jullfalofia and Eucatyptuò alba revealed a high survival rate and resistance to water deficit (877 mm) for Lzucazna. Its growth height and stem-form were comparable to the best results observed in E. a£ba..With respect to fodder value, mineral levels found in Leucaena plants were satisfactory; howewer, the presence of the amino-acid mimosine constituted a restricting factor. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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85

APÊNDICE 1. Porcentagem de sobrevivência entre as espécies

estudo, aos 6 meses de idade, em Petrolina-PE.

REPETIÇÕES TRATAMENTO Média I II III

A 100 100 100 100

B 100 100 , 100 100

C 100 100 100 100

D 100 100 100 100

E 100 94 100 98

F 94 94 75 88

G 100 100 100 100

H 100 100 100 100

I 94 100 100 98

APÊNDICE 2. Análise de variância da sobrevivência aos 6 me-

ses de idade Cos valores de % foram transforma-

dos em are . sen/T)

C.V. G.L. S.Q. Q. M.. F

Tratamento 8 - 990 ,81 123,85 5,13**

Resíduo 18 434,94 24 ,16

Total 26 1. 425 , 75

Coef. Variação = 5,66%

** significativo o ao nível de 1%. 86

APÊNDICE 3. Porcentagem de sobrevivência entre as espécies

• em estudo aos 12 meses idade, em Petrolina-PE.

REPETIÇÕES TRATAMENTO Média I II III A 100 100 100 100

B 100 100 100 1 100

C 100 100 94 98

D 100 100 100 ' 100

E 94 94 100 96

F 94 94 75 88

G 100 100 100 3)00

H 100 100 100 100

I 94 100 100 98

APÊNDICE 4. Análise de variância da sobrevivência aos 12 rae-

ses de idade Cos valores de % foram transforma-

dos em arc.senA) .

C.V. G.L S.Q • Q.M. F

Tratamento 8 1.140 ,76 142,60 4,72**

Resíduo 18 54 3,34 30 ,19

Total 26 1.684,10

Coeficiente de Variação = 6,421

** significativo ao nível de 1%. 87

APÊNDICE 5. Porcentagem de sobrevivência entre as espécies

em estudo, aos 24 anos de idade, em Petrolina-PE

REPETIÇÕES TRATAMENTO Média 'I II III

A 100 100 100 100

B 100 100 100 100

C 88 100 94 94

D 100 100 100 100

E 94 94 100 96

F 81 88 56 75

G 94 94 94 94

H 88 75 94 86

I 94 100 100 98

APÊNDICE 6. Análise da variância da sobrevivência aos 24 me-

ses de idade (os valores de % foram transforma-

dos era are . sen/%)

C.V. G.L. S.OV. Q.M., F

Tratamento 8 2.547,06 318,38 " 6 , 70**

Resíduo 18 855,32 47,32

Total 26 3.402,38

Coeficiente de variação = 8,62%

9 ** significativo ao nível de 1 0. 88

APÊNDICE 7. Porcentagem de sobrevivência entre as espécies

em estudo, aos 33 meses de idade, em Petrolina -

PE.

REPETIÇÕES TRATAMENTO Média I II III

A 100 100 100 100

B 100 100 100 100

C 88 100 94 94

D 100 100 100 100

E 94 94 94 94

F 81 88 56 75

G 94 94 94 94

H 88 75 94 86

I 94 100 100 98

APÊNDICE 8. Análise de variância da sobrevivência aos 33 me-

ses de idade (os valores de % foram tr ans forma-

dos em are. senA%y

C.V. G.L. S.Q. Q.M. F

Tratamento 8 2.589,41 323,68 S 8,08**

Resíduo

Total

Coeficiente de variaçao = 7,97%

9 ** signO i cricativO o ao nível de 1 0 89

APÉNDICE 9. Dados de altura das especies em estudo, aos 6 me-

ses de idade, em Petrolina-PE.

REPETIÇÕES TRATAMENTO Média I II III

A 1,33 1,41 1,8.7 1,54

B 1,29 1,13 1, 36 1,26

C 1,19 1,34 0 ,81 1,11

D 1,37 1,69 1,44 1,50

E 1,67 1,10 1, 20 1,32

F 0,87 1,14 0,9 3 0,98

G 1,39 1,50 0,98 1,29

H 1,54 1,10 0,98 1,21

I 1,36 1,30 1,-44 1,37

APÊNDICE 10 Análise da variância das alturas totais das

plantas aos 6 meses de idade.

C.V.

Tratamento 8 0,74 0 ,09 1,80 n'S'

Resíduo - 18 0,98 0,05

Total 26 1,72

Coeficiente de Variação = 17,38% n.s. - não significativo a 1 e 5%. 90

APÊNDICE 11. Dados de altura das espécies em estudo, aos 12

anos de idade, em Petrolina-PE.

Repetições TRATAMENTO Média I II III A 3,48 3,42 3,28 3, 39

B 2 , 38 1,83 2,24 ! 2,15

C 1, 88 2 ,.2 7 1,98 2,04

D 2, 38 3,13 3,04 2,85

E 2,76 2,20 2,31 2,42

F 1, 89 2, 21 1,87 1 ,99

G 2 , 34 2,63 2 , 29 2,42

H 2,51 2,52 2 ,22 2,42

I 2,38 2,47 2,58 2,48

APÊNDICE 12. Análise de variância das alturas totais das

plantas aos 24 meses de idade.

C.V. G.L. S.Q. Q. M. F

Tratamento 8 4,55 0 ,57 9 ,50**

Resíduo 18 1,-00 0 ,06

Total 26 5,55

Coeficiente de Variaçao = 9,951

** significativo ao nível de 1%. 91

APÊNDICE 13. Dados de altura das especies em estudo, aos 24

meses de idade, em Petrolina-PE.

REPETIÇÕES TRATAMENTO Média I II III

A 3,65 3,65 4,11 3, 80

B 2,77 2,28 3,02 2 ,69

C 2,44 2,88 2,54 2,62

D 3,36 3,99 3,99 3, 78

E 3, 35 2 , 72 2,88 2,98

F 2,62 2,68 2,60 2,63

G 2,91 3,41 2,93 3,08

H 3,02 3,03 2 ,78 2 ,94

I 3,03 3,16 3,02 3,07

APÊNDICE 14. Análise de variância das alturas totais das

plantas aos 2 4 meses de idade.

C.V. G.L. S.Q. Q. M. F

Tratamento 8 4,81 0,60 8,57**

Resíduo ! 8 1,20 0,07

Total 26 6,01

Coeficiente de Variaçao = 8,63%

** significativo ao nível de 1%. 92

APÊNDICE 15. Dados de altura das espécies em estudo, aos 33

meses de idade, em Petrolina.

TRATAMENTO REPETIÇÕES Média I II III A 4 ,00 4 ,01 4,34 4,12

B 3,32 2,68 3,63 3,21

C 2,69 3,08 2,60 2,79

D 4 ,06 4,31 4,18 4,18

E 3,91 2,94 3,27 3,37

F 2,91 2 , 76 2,28 2,65

G 3, 24 3,64 3,11 3, 33

H 3,41 3, 26 3,01 3, 23

I 3,43 3,51 3, 30 3,41

APÊNDICE 16. Análise de variância das alturas totais das

plantas aos 35 meses de idade .

C.V.

Tratamento 8 6,36 0 , 80 8,89=9*

Resíduo 18 1,6 8 0,90

Total 26 8,04

Coeficiente de Variaçao = 8,911

** significativo ao nível de 1%. 93

APÊNDICE 17. Dados de diâmetro das espécies em estudo, aos

33 meses de idade, em Petrolina.

TRATAMENTO REPETIÇÕES Média I II III

A 2,57 2,55 2,82 2,65

B 2,15 1,52 2,41 2,03

C 2,41 2,70 2,08 2,40

D 3,17 3, 38 3, 31 3,29

E 3,35 2 ,43 2 ,44 2,74

F 2,31 2,27 2 ,56 2 , 38

G 2 , 52 3,15 2,18 2,62

H 2,43 2,08 1,86 2,12

I 2,93 2,80 2 ,61 2,78

APÊNDICE 18. Análise de variância dos diâmetros totais das

plantas aos 33 meses de idade.

C.V. G.L. S.Q. Q.M. F

Tratamento 8 3,47 0,43 3,91**

Resíduo 18 1,95 0,11 -

Total 26 5,42

Coeficiente de Variaçao = 12,981

** significativo ao nível de 1%. APÊNDICE 19. Dimensões médias verificadas em folhas, frutos e sementes de L. leucocephala em Pe trolina.

FRUTO SEMENTES ÁRVORE FOLHA comp, larg. larg. espessura (çm)

1 14,66 ± 0,79 15,80 ± 1 ,14 1,78 ± 0,08 8,04 ± 0 ,34 5,06 1 0 ,61 2 .30 t 0 ,21

2 16,56 ± 3,14 16,76 ± 0,80 , 1,86 ± 0,11 8,08 ± 3,36 4,78 i 0 ,22 2 .36 t 0,1S

•3 19,62 ± 3,62 16,78 ± 0,73 1,84 ± 0,05 8,34 ± 0,44 4,90 ± 0 ,17 2 .28 i 0,11

4 16,72 ± 3,30 16,36 ± 1,22 1,82 ± 0 ,04 8,36 ± 0,56 4,86 i 0 ,30 2 .38 ± 0,13

5 13,66 ± 1,36 16,72 ± 0,51 '1,74 ± 0,05 7,24 ± 0,67 0,48 t 0 .27 2 .26 t 0,09

6 19,78 ± 2,36 16,30 ± 1,04 1,80 + 0,07 7,90 ± 0 ,64 4 ,70 ± 0 .16 2 .24 ± 0,09

7 14,42 ± 2,74 14,30 ± 0,48 1, 82 ± 0,08 7,60 ± 0 ,50 . 4,70 i 4 .41 2 .22 ± 0,18

8 . 13,02 ± 1,74 14,92 ± 0,90 1,72 ± 0,08 7,44 0,31 4 ,80 ± 0 .25 2,.1 4 ± 0,11

9 14,92 ± 1,43 18,10 ± 0,43 1,90 ± 0,07 7,62 ± 0,74 4 ,56 ± 0 .13 2,.3 4 ± 0,11

10 18,66 + 1,18 14,68 ± 0,85 1,84 ± 0 ,09 7,96 ± 0,31 4,70 ± 0,.1 2 2,,2 2 i 0,18

11 15,60 ± 1,82 17,52 ± 1,03 1,78 t 0,04. 7,10 ± 0,83 4,32 ± 0 .45 2 .24 ± 0,21

14,04 ± 2,00 16,10 ± 2,01 1,76 ± 7,96 i 0,46 4 ,27 ± 0 .22 2 .28 ± 0,08 12 0,11 )

13 13,22 ± 1,84 15,94 ± 0,71 1,76 ± 0 ,05 7,46 ± 0,38 4 ,90 i 0,,5 1 2,,3 2 t 0,08

14 15,98 ± 1,44 16,62 ± 0,74 2,04 ± 0,15 7,34 ± 0,44 4,54 ± 0.,3 0 2,,1 4 i 0,21

15 14,54 ± 2,02 15,88 ± 0,83 1,96 ± 0,05 7,56 £ 0,61 4 ,56 + 0,.5 0 2,,3 2 ± 0,19

16 13,52 ± 1,58 16,10 ± 0,46 1,82 ± 0,08 8,10 i 0 ,32 4,60 ± 0,,1 7 2,,3 2 t 0,13

17 15,14 ± 1,45 14,02 ± 1,27 1,76 1 0 ,05 7,84 ± 0,42 4,70 t 0 ,12 2 .20 ± 0,12

, 18 18,56 + .2,68 14 , 34 ± 1,41 1,66 ± 0 ,05 7,50 + 0 ,46 • 4,58 ± 0,,4 4 2,,3 8 ± 0.19

19 13,48 ± 1,44 14 ,94 ± 0,51 1, 74 ± 0 ,05 7,82 + 0,36 4,58 ± 0,,2 8 2, 24 ± 0.13

20 17,02 ± ' 1,88 15,62 ± 0,89 1,78 ± 0,11 8,02 ± 0,32 4,90 ± 0,,4 8 2,,2 2 t 0,08 IO Média 15,65 15,94 1,81 7,76 4 ,70 2,,2 7

Desvio* 2,82 + 1,42 ± 0,11 + 0,57 ± 0,,3 5 iO ,15

* Foi calculado em função da medida daa 100 amostras, e não da média dos 20 indivíduos. BIOGRAFIA

PAULO CESAR FERNANDES LIMA, filho de Walter Fernandes de

Lima e Nelyta Loyola de Lima, nasceu no dia 04 de julho de 1946,

na cidade de Castelo, Espirito Santo.

Concluiu o curso primário em 1956 no Grupo Escolar "Ber-

nardino Monteiro", e o ginasial em 1961, no Ginásio "Pedro Pa-

lácios", ambos em Cachoeiro do Itapemirim, ES. 0 segundo grau

freqüentou os cursos cientifico no Colégio Estadual "Muniz Frei-

re" e contabilidade, na Escola Técnica de Comércio de Cachoeiro

do Itapemirim, concluindo em 1964.

Em 1966 iniciou o Curso de Engenharia Florestal na Uni-

versidade Federal de Viçosa, Viçosa-Minas Gerais, graduando - se

-em 1969.

Trabalhou na Associação de Crédito e Assisténcia Rural do

Espirito Santo-ACARES, no período de janeiro de 1 970 a 1 973 ,co-

mo Assessor Técnico em Silvicultura. Depois, transferiu-se pa-

ra a Floresta Rio Doce S/A trabalhando em ref1orestamento na

região norte do Espirito Santo, onde ocupou cargos de Chefe da

Seção do Controle Técnico e Chefe de Pesquisa e Administração

da Reserva Florestal da Companhia Vale do Rio Doce - CVRD. A-

tualmente é Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-

pecuária - EMBRAPA, lotado no Centro de Pesquisa Agropecuária do

Trópico Semi-Srido - CPATSA, em Petrolina-PE, tendo iniciado es-

ta atividade em maio de 1978. 96

Em março de 1980 iniciou na Universidade Federal do Pa- raná, o Curso de Mestrado em Engenharia Florestal com especia- lização na Area de Silvicultura, concluindo os requisitos para o grau de M.Sc. em novembro de 1981.