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Read Ebook {PDF EPUB} Farda Fardão Camisola de dormir by O Ramalhete. Bem-vindos ao blogue do Clube de leitura em português da Biblioteca provincial e o Centro Cultural Lusófono de Sevilha. Boas leituras! Farda, fardão, camisola de dormir : fábula para acender uma esperança, de Jorge Amado. Reunião: 13 fevereiro 2018. Em 1940, o exército alemão soma vitórias pela Europa. Entre elas, a tomada da cidade de Paris. No Brasil, repressão e tortura são práticas correntes do Estado Novo, regime instituído por Getúlio Vargas em 1937, então ainda simpático ao projeto nazista de Hitler. É neste panorama geopolítico internacional e brasileiro que morre, na capital francesa, o poeta romântico e boêmio Antônio Bruno. Com isso, abre-se uma vaga na Academia Brasileira de Letras, fato que vai desencadear uma verdadeira guerra nos meios intelectuais do . Estruturado em capítulos breves, como um espirituoso folhetim, Farda, fardão, camisola de dormir faz uso de um humor ferino e do ritmo caudaloso da escrita do autor para, a partir de um caso localizado e particular, abordar assuntos universais e mais abrangentes. A acirrada disputa entre os literatos pode ser comparada, com certa licença poética, à guerra travada em terras européias. De um lado, está o coronel Agnaldo Sampaio Pereira, simpatizante do nazismo. Do outro, o general reformado Waldomiro Moreira. A querela prolonga-se por longos quatro meses. Mas os dois candidatos não se equiparam ao estilo e à verve do poeta morto. Tampouco aos princípios humanistas de Bruno. Muito menos ao sucesso que este fazia com as mulheres, como a comunista Maria Manuela. Como indica o subtítulo original, Fábula para acender a esperança , a narrativa é uma sátira leve e divertida do conservadorismo político da elite, da hipocrisia das tradições familiares e da vaidade intelectual dos literatos. Passagens da biografia de Jorge Amado estão presentes no romance. A trama da narrativa, sobre a disputa por uma vaga de imortal na Academia Brasileira de Letras, remete à eleição do próprio Jorge Amado para a ABL, ocorrida em 1961. Além disso, a época em que viveu o personagem Antônio Bruno, poeta autor de “A camisola de dormir”, foi das mais importantes e conturbadas da carreira do autor. Jorge Amado situa a trama do livro em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial e a ascensão do nazismo. No país, vivia-se o regime ditatorial do Estado Novo (1937-45), quando o escritor foi vítima de censura e perseguição por sua filiação ao Partido Comunista Brasileiro. Jorge Amado escreveu Farda, fardão, camisola de dormir em sua casa de Itapuã, em Salvador, entre janeiro e junho de 1979. O fato de o livro ter sido publicado ainda durante a ditadura militar faz dele, ao abordar tais temas, uma alegoria contra o autoritarismo do passado e também daquele momento histórico. Tendo esse cenário político de fundo, o livro procura exaltar a liberdade que ainda se vislumbrava possível. O autor busca despertar no leitor a crença na possibilidade de mudança do status quo . Não à toa essa mensagem está expressa na moral desta fábula, como o próprio autor define a narrativa: “A moral? Veja: em toda parte, pelo mundo afora, são as trevas novamente, a guerra contra o povo, a prepotência. Mas, como se comprova nesta fábula, é sempre possível plantar, acender uma esperança”. The Modern Novel. The world-wide literary novel from early 20th Century onwards. Amado: Pen, Sword, Camisole. Home » » Jorge Amado » Farda, fardão, camisola de dormir: fábula para acender uma esperança: romance (Pen, Sword, Camisole : a Fable to Kindle a Hope) Jorge Amado: Farda, fardão, camisola de dormir: fábula para acender uma esperança: romance (Pen, Sword, Camisole: a Fable to Kindle a Hope) Amado’s novels are always fun, with his heroes/heroines enjoying a liberal amount of sex, booze, food and the other good things of life. Many of them do have, however, a serious side, even if it is buried under the sex’n’booze and the serious side is about how the ordinary person can prevail against the authorities. In this one, the serious side is even more serious than usual – the fight against Nazism and militarism. At the time of writing this novel – 1980 – the Nazi threat was well past but Brazil was under military rule and would be for another five years, so Amado was clearly making a strong point. The story concerns the Brazilian Academy of Letters, a literary academy modeled on its more famous French counterpart, not least in limiting membership to forty – the Immortals. At the start of the story, António Bruno, a poet and member of the Academy, dies of a heart attack. Though Brazilian, he lives in and loves Paris, and dies when his beloved Paris is occupied by the Germans, leaving his seat vacant. There are three requirements to be elected to the Academy. The candidate must have published one book. He must be male. And he must be elected by a majority of the living academicians. Lisandro Leite, one of the academicians wants to be nominated to the Supreme Court and feels that his best chance is to nominate Colonel Sampaio Pereira, head of the security forces, a torturer and Nazi sympathizer, to the Academy of Letters. Knowing that no civilian will dare run against him, the other academicians seek out a cashiered general – Waldomiro Moreira – a bore who has written a few boring books and who has the advantage of outranking the colonel. The book has two parallel themes. Firstly, there is the election. Secondly there is the story of António Bruno, which seems mainly to consist of his various love affairs and the poems he writes about them. But the election is the most fun, as there are various manoeuvres (frequently involving, of course, sex). There is a nice twist as, half way through the book, Sampaio Pereira, rebuffed by the oldest academician, dies of a heart attack. Now, the other members realize that they are left with Moreira, who changes from being an obsequious bore to a pompous and imperious general, with ideas on changing the Academy. Now they have to scheme to vote him down (the date for registering another candidate has passed), by getting enough people to abstain or vote with a blank ballot. Of course, everything turns out right in the end, though with another nice twist. Publishing history. First published 1979 by Editora Record First published in English 1985 by Avon Books Translated by Helen R. Lane. Copyright © The Modern Novel 2015-2021 | WordPress website design by Applegreen. Livro Farda Fardão Camisola de Dormir. Brochura bom estado de conservação, possui bordas laterais e páginas levemente amareladas com pequenas manchinhas. A capa possui leves desgastes, devido ao manuseio, texto totalmente preservado. *enviamos fotos por e-mail* Quando o Estado Novo de Getúlio Vargas ainda flerta com o eixo nazifascista, a morte súbita e prematura do poeta Antônio Bruno abre uma vaga na Academia Brasileira de Letras. Quem prontamente se candidata é o coronel Sampaio Pereira, chefe da repressão política do regime e simpatizante do nazismo. Alarmados com a possibilidade de ver um inimigo da . Ler mais Fechar. Novos (73) Seminovos/usados (1.066) Ano de publicação. relevância menor preço do livro menor preço com frete maior preço do livro últimos cadastrados edições mais antigas edições mais recentes ordem alfabética nome do autor. Farda Fardão, Camisola de Dormir. Frete grátis. Brochura bom estado de conservação, possui bordas laterais e páginas levemente amareladas com pequenas manchinhas. A capa possui leves desgastes, devido ao manuseio, texto totalmente preservado. *enviamos fotos por e-mail* Farda Fardão Camisola de Dormir. Frete grátis. Livro em bom estado, nome de antigo dono anotado na primeira página, lombada um pouco amarelada pela ação do tempo, texto não apresenta anotações ou marcações. Farda Fardão Camisola de Dormir. Frete grátis. Livro em bom estado de conservação, com leves marcas de manuseio. Páginas amareladas pelo tempo. Com dedicatória na ultima folha. Farda Fardão Camisola de Dormir. Frete grátis. Livro em bom estado, leves sinais de uso, lombada amareladas pela ação do tempo, não apresenta anotações ou marcações, todos os livros são limpos com álcool antes do envio. Farda Fardão Camisola de Dormir. Frete grátis. Livro em bom estado, lombada amarelada pela ação do tempo, não apresenta anotações ou marcações. Farda Fardão Camisola de Dormir. Frete grátis. 239 págs.; Carimbo do Sebo na folha de rosto; Livro usado em bom estado. Farda, Fardão, Camisola de Dormir. Frete grátis. ID 864523 Livro já lido. Encadernação comum. Editoração normal. Papel comum. Livro adquirido de particular. Corte um pouco escurecido. Poucas marcas do tempo na capa. Livro em bom estado de conservação. Farda, Fardão, Camisola de Dormir. Frete grátis. ID 1359036 Lombada e capas desgastadas, páginas amareladas e/ou com manchas de oxidação, sem comprometer o conteúdo impresso. Está assinado. Livro refilado. Farda, Fardão, Camisola de Dormir. Frete grátis. ID 922452 Livro já lido. Encadernação comum. Editoração normal. Papel comum. Livro adquirido de particular. Livro em bom estado de conservação. Corte escurecido. Marcas do tempo nas páginas. Muitas marcas do tempo na capa. Farda, Fardão, Camisola de Dormir. Frete grátis. ID 1003290 Livro já lido. Encadernação comum. Editoração normal. Papel comum. Livro adquirido de particular. Poucas marcas do tempo na capa. Poucas marcas de tempo nas páginas. Livro em bom estado de conservação. Farda Fardão Camisola de Dormir. Frete grátis. ID 809023 Livro já lido. Encadernação comum. Editoração normal. Papel comum. Livro adquirido de particular. Corte escurecido. Poucas marcas de tempo nas páginas. Poucas marcas do tempo na capa. Livro em bom estado de conservação. Farda, Fardão, Camisola de Dormir. Frete grátis. ID 1152917 Livro já lido. Encadernação comum. Editoração normal. Papel comum. Livro adquirido de particular. Poucas marcas do tempo na capa. Poucas marcas de tempo nas páginas. Livro em bom estado de conservação Livro refilado. Farda, Fardão, Camisola de Dormir. Frete grátis. ID 826350 Livro já lido. Encadernação comum. Editoração normal. Papel comum. Livro adquirido de particular. Livro em bom estado de conservação. Poucas marcas de tempo nas páginas. Poucas marcas do tempo na capa. Corte um pouco escurecido. Etiqueta de Identificação na Contracapa. Farda, Fardão, Camisola de Dormir. Frete grátis. ID 1031118 Livro já lido. Encadernação comum. Editoração normal. Papel comum. Livro adquirido de particular. Capa com poucos danos. Poucas marcas do tempo na capa. Corte um pouco escurecido. Poucas marcas de tempo nas páginas. Livro em bom estado de conservação. Farda, Fardão, Camisola de Dormir. Frete grátis. ID 849150 Livro já lido. Encadernação comum. Editoração normal. Papel comum. Livro adquirido de particular. Livro em bom estado de conservação. Corte escurecido. Marcas do tempo nas páginas. Farda, Fardão, Camisola de Dormir. Frete grátis. ID 984734 Livro já lido. Encadernação comum. Editoração normal. Papel comum. Livro adquirido de particular. Livro com assinatura. Poucas marcas de tempo nas páginas. Poucas marcas do tempo na capa. Capa com poucos danos. Corte um pouco escurecido. Livro em bom estado de conservação. Farda, Fardão, Camisola de Dormir. Frete grátis. ID 754546 Livro já lido. Encadernação comum. Editoração normal. Papel comum. Livro adquirido de particular. Livro em bom estado de conservação. Corte um pouco escurecido. Poucas marcas do tempo. Poucas marcas de tempo nas páginas. Farda Fardão Camisola de Dormir. Frete grátis. ID 734550 Livro já lido. Encadernação comum. Editoração normal. Papel comum. Livro adquirido de particular. Livro em bom estado de conservação. Livro com assinatura. Corte escurecido. Farda, Fardão, Camisola de Dormir. Frete grátis. ID 989465 Livro já lido. Encadernação comum. Editoração normal. Papel comum. Livro adquirido de particular. Livro em bom estado de conservação. Poucas marcas de tempo nas páginas. Poucas marcas do tempo na capa. Farda, Fardão, Camisola de Dormir. Frete grátis. ID 944861 Livro já lido. Encadernação comum. Editoração normal. Papel comum. Livro adquirido de particular. Muitas marcas do tempo na capa. Corte um pouco escurecido. Marcas do tempo nas páginas. Livro não está muito bem conservado Lombada desbotada Manchas de umidade. Primera página solta. Farda, Fardão, Camisola de Dormir. Frete grátis. ID 691438 . Livro já lido. Encadernação comum. Editoração normal. Papel comum. Livro adquirido de particular. Corte escurecido. Poucas marcas de tempo nas páginas. Algumas páginas com furo de traça. Livro em bom estado de conservação. Farda, Fardão, Camisola de Dormir. Frete grátis. ID 732568 Livro já lido. Encadernação comum. Editoração normal. Papel comum. Livro adquirido de particular. Poucas marcas do tempo. Lombada pouco manchada. Corte escurecido. Poucas marcas de tempo nas páginas. Livro com carimbo. Livro em bom estado de conservação. Farda Fardão Camisola de Dormir. Frete grátis. Brochura em bom estado com 239 páginas. Farda Fardão Camisola de Dormir. Frete grátis. Livro brochura, com manchas na lateral, mas miolo em perfeitas condições. Farda Fardão Camisola de Dormir. Frete grátis. Livro em bom estado - 201616534. Farda Fardão Camisola de Dormir. Frete grátis. Capa bem conservada com poucos sinais de uso. Folhas sem grifos, carimbos, rasuras ou anotações. Em ótimo estado para leitura. Capa ilustrativa. Farda Fardão Camisola de Dormir. Frete grátis. idioma: português, capa : brochura, estado do livro: bom estado, total de páginas: 239, estado das páginas: bom estado, amareladas pelo tempo, tamanho do livro : 14 x 20, 5 cm. Sinopse: Ao reconstituir um momento crucial da história brasileira, Jorge Amado expõe as entranhas das elites. Esta edição apresenta o posfácio de Alberto da Costa e Silva, cronologia histórico-biográfca e caderno de fotos. Misturando personagens fictícios a figuras históricas, Jorge Amado reconstitui neste romance o ambiente político e cultural dos tempos do Estado Novo, em especial no Rio de Janeiro. De vetustos eruditos a operários comunistas, de damas refinadas a sórdidos torturadores, os mais variados tipos sociais desfilam por essas páginas. O Ramalhete. Bem-vindos ao blogue do Clube de leitura em português da Biblioteca provincial e o Centro Cultural Lusófono de Sevilha. Boas leituras! Archivo de la etiqueta: Jorge Amado. Farda, fardão, camisola de dormir : fábula para acender uma esperança, de Jorge Amado. Reunião: 13 fevereiro 2018. Em 1940, o exército alemão soma vitórias pela Europa. Entre elas, a tomada da cidade de Paris. No Brasil, repressão e tortura são práticas correntes do Estado Novo, regime instituído por Getúlio Vargas em 1937, então ainda simpático ao projeto nazista de Hitler. É neste panorama geopolítico internacional e brasileiro que morre, na capital francesa, o poeta romântico e boêmio Antônio Bruno. Com isso, abre-se uma vaga na Academia Brasileira de Letras, fato que vai desencadear uma verdadeira guerra nos meios intelectuais do Rio de Janeiro. Estruturado em capítulos breves, como um espirituoso folhetim, Farda, fardão, camisola de dormir faz uso de um humor ferino e do ritmo caudaloso da escrita do autor para, a partir de um caso localizado e particular, abordar assuntos universais e mais abrangentes. A acirrada disputa entre os literatos pode ser comparada, com certa licença poética, à guerra travada em terras européias. De um lado, está o coronel Agnaldo Sampaio Pereira, simpatizante do nazismo. Do outro, o general reformado Waldomiro Moreira. A querela prolonga-se por longos quatro meses. Mas os dois candidatos não se equiparam ao estilo e à verve do poeta morto. Tampouco aos princípios humanistas de Bruno. Muito menos ao sucesso que este fazia com as mulheres, como a comunista Maria Manuela. Como indica o subtítulo original, Fábula para acender a esperança , a narrativa é uma sátira leve e divertida do conservadorismo político da elite, da hipocrisia das tradições familiares e da vaidade intelectual dos literatos. Passagens da biografia de Jorge Amado estão presentes no romance. A trama da narrativa, sobre a disputa por uma vaga de imortal na Academia Brasileira de Letras, remete à eleição do próprio Jorge Amado para a ABL, ocorrida em 1961. Além disso, a época em que viveu o personagem Antônio Bruno, poeta autor de “A camisola de dormir”, foi das mais importantes e conturbadas da carreira do autor. Jorge Amado situa a trama do livro em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial e a ascensão do nazismo. No país, vivia-se o regime ditatorial do Estado Novo (1937-45), quando o escritor foi vítima de censura e perseguição por sua filiação ao Partido Comunista Brasileiro. Jorge Amado escreveu Farda, fardão, camisola de dormir em sua casa de Itapuã, em Salvador, entre janeiro e junho de 1979. O fato de o livro ter sido publicado ainda durante a ditadura militar faz dele, ao abordar tais temas, uma alegoria contra o autoritarismo do passado e também daquele momento histórico. Tendo esse cenário político de fundo, o livro procura exaltar a liberdade que ainda se vislumbrava possível. O autor busca despertar no leitor a crença na possibilidade de mudança do status quo . Não à toa essa mensagem está expressa na moral desta fábula, como o próprio autor define a narrativa: “A moral? Veja: em toda parte, pelo mundo afora, são as trevas novamente, a guerra contra o povo, a prepotência. Mas, como se comprova nesta fábula, é sempre possível plantar, acender uma esperança”. Capitães da Areia, Jorge Amado. Reunião: 16 fevereiro 2016. O tempo vai fechando de vez no país. É a ditadura do Estado Novo que se implanta. Recolhido na cidade de Estância, no interior de Sergipe, Jorge Amado começara a escrever um outro livro, terminando a sua redação já a bordo do navio Rakuyo Maru, em viagem para o México. É Capitães da areia. Uma história dos meninos-de-rua da Bahia, na década de 30. Narrativa do amor de Dora e Pedro Bala. Peripécias do bando de menores que perambula perigosamente pelas ruas e pelo cais de Salvador, cidade “negra e religiosa”, onde se projeta a personalidade da ialorixá Aninha, mãe- de-santo do Ilê Axé Opô Afonjá. Dora morre, doente, no trapiche enluarado. Pedro Bala é preso, foge, mete-se em greves de estivadores, até que se converte em “militante proletário, o camarada Pedro Bala”. O problema é que o livro é publicado em 1937, logo em seguida à implantação do Estado Novo, regime violentamente anticomunista. Assim, a edição é apreendida – e exemplares do livro são queimados em praça pública, na Cidade da Bahia, por representantes da ditadura. Mas de nada adiantou. Quando pôde voltar à cena, Capitães da areia conquistou o grande público e é ainda hoje um dos maiores sucessos de Jorge Amado. BIOGRAFIA. Jorge Amado nasceu a 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, no distrito de Ferradas, município de Itabuna, sul do Estado da Bahia. Filho do fazendeiro de cacau João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado. Com um ano de idade, foi para Ilhéus, onde passou a infância. Fez os estudos secundários no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador. Neste período, começou a trabalhar em jornais e a participar da vida literária, sendo um dos fundadores da Academia dos Rebeldes. Publicou seu primeiro romance, O país do carnaval , em 1931. Casou-se em 1933, com Matilde Garcia Rosa, com quem teve uma filha, Lila. Nesse ano publicou seu segundo romance, Cacau . Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935. Militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período em que fez longa viagem pela América Latina. Ao voltar, em 1944, separou-se de Matilde Garcia Rosa. Em 1945, foi eleito membro da Assembléia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo sido o deputado federal mais votado do Estado de São Paulo. Jorge Amado foi o autor da lei, ainda hoje em vigor, que assegura o direito à liberdade de culto religioso. Nesse mesmo ano, casou-se com Zélia Gattai. Em 1947, ano do nascimento de João Jorge, primeiro filho do casal, o PCB foi declarado ilegal e seus membros perseguidos e presos. Jorge Amado teve que se exilar com a família na França, onde ficou até 1950, quando foi expulso. Em 1949, morreu no Rio de Janeiro sua filha Lila. Entre 1950 e 1952, viveu em Praga, onde nasceu sua filha Paloma. De volta ao Brasil, Jorge Amado afastou-se, em 1955, da militância política, sem, no entanto, deixar os quadros do Partido Comunista. Dedicou- se, a partir de então, inteiramente à literatura. Foi eleito, em 6 de abril de 1961, para a cadeira de número 23, da Academia Brasileira de Letras, que tem por patrono José de Alencar e por primeiro ocupante Machado de Assis. A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba em várias partes do Brasil. Seus livros foram traduzidos para 49 idiomas, existindo também exemplares em braile e em formato de audiolivro. Jorge Amado morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi cremado conforme seu desejo, e suas cinzas foram enterradas no jardim de sua residência na Rua Alagoinhas, no dia em que completaria 89 anos. A obra de Jorge Amado mereceu diversos prêmios nacionais e internacionais, entre os quais destacam-se: Stalin da Paz (União Soviética, 1951), Latinidade (França, 1971), Nonino (Itália, 1982), Dimitrov (Bulgária, 1989), Pablo Neruda (Rússia, 1989), Etruria de Literatura (Itália, 1989), Cino Del Duca (França, 1990), Mediterrâneo (Itália, 1990), Vitaliano Brancatti (Itália, 1995), Luis de Camões (Brasil, Portugal, 1995), Jabuti (Brasil, 1959, 1995) e Ministério da Cultura (Brasil, 1997). Recebeu títulos de Comendador e de Grande Oficial, nas ordens da Venezuela, França, Espanha, Portugal, Chile e Argentina; além de ter sido feito Doutor Honoris Causa em 10 universidades, no Brasil, na Itália, na França, em Portugal e em Israel. O título de Doutor pela Sorbonne, na França, foi o último que recebeu pessoalmente, em 1998, em sua última viagem a Paris, quando já estava doente. Jorge Amado orgulhava-se do título de Obá, posto civil que exercia no Ilê Axé Opô Afonjá, na Bahia.