Contributos Para O Estudo Do Urbanismo E Dos Equipamentos Da Póvoa Balnear (1871-1930) Gustavo Duarte Vasconcelos
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2º CICLO MESTRADO EM HISTÓRIA DA ARTE PORTUGUESA Contributos para o estudo do urbanismo e dos equipamentos da Póvoa balnear (1871-1930) Gustavo Duarte Vasconcelos M 2017 Gustavo Duarte Vasconcelos Contributos para o estudo do urbanismo e dos equipamentos da Póvoa balnear (1871-1930) Volume Principal Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em História da Arte Portuguesa, orientada pelo Professor Doutor Manuel Joaquim Moreira da Rocha Faculdade de Letras da Universidade do Porto Setembro de 2017 Contributos para o estudo do urbanismo e dos equipamentos da Póvoa balnear (1871-1930) Gustavo Duarte Vasconcelos Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em História da Arte Portuguesa, orientada pelo Professor Doutor Manuel Joaquim Moreira da Rocha Membros do Júri Professora Doutora Ana Cristina Correia de Sousa Faculdade de Letras - Universidade do Porto Professor Doutor Hugo Daniel da Silva Barreira Faculdade de Letras - Universidade do Porto Professor Doutor Manuel Joaquim Moreira da Rocha Faculdade de Letras - Universidade do Porto Classificação obtida: 17 valores Sumário Agradecimentos ............................................................................................................................. 7 Resumo .......................................................................................................................................... 8 Abstract ......................................................................................................................................... 9 Índice de ilustrações .................................................................................................................... 10 Índice de tabelas .......................................................................................................................... 16 Lista de abreviaturas ................................................................................................................... 17 Introdução ................................................................................................................................... 18 Capítulo 1 – O desenvolvimento urbano da área litoral da Póvoa de Varzim............................. 26 1.1. Os antecedentes da Póvoa de Varzim como importante estância de veraneio ................. 26 1.1.1. A estância – dos primórdios à fulgurante vida balnear de oitocentos ....................... 26 1.1.2. A estrutura urbana da vila entre o século XVIII e o início do século XIX ............... 30 1.2. O segundo quartel do século XIX – uma nova urbanidade .............................................. 38 1.3. As décadas de 1850 e de 1860 – a afirmação da vila no mapa nacional .......................... 43 1.4. A década de 1870 – a urbanização de áreas até então inexploradas ................................ 53 1.5. A década de 1880 – a requalificação da malha urbana pré-existente ............................... 66 1.6. A década de 1890 – um novo olhar sobre o bairro balnear .............................................. 82 1.7. Entre as décadas de 1900 e de 1930 – o aprimorar da vila............................................. 102 Capítulo 2 – Espaços urbanos de lazer e fruição social na orla costeira da Póvoa de Varzim .. 112 2.1. O Paredão ....................................................................................................................... 113 2.2. O Largo do Passeio Alegre............................................................................................. 116 2.3. A Rua dos Banhos .......................................................................................................... 122 2.4. O Largo do Cego do Maio .............................................................................................. 126 Capítulo 3 – Os equipamentos de apoio aos veraneantes .......................................................... 129 3.1. Os hotéis ......................................................................................................................... 133 3.2. As casas de aluguer ........................................................................................................ 138 3.3. Os cafés e as confeitarias ............................................................................................... 140 3.4. Os teatros ........................................................................................................................ 142 3.5. Os estabelecimentos de banhos quentes ......................................................................... 149 Conclusão .................................................................................................................................. 158 Referências bibliográficas ......................................................................................................... 160 6 Agradecimentos O meu sincero agradecimento aos meus pais, família e amigos, bem como aos responsáveis e funcionários do Arquivo Municipal da Póvoa de Varzim (Dir. Dr.ª Teresa Araújo), da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto (Dir. Dr. Manuel Costa) e do Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim (Dir. Dr.ª Deolinda Carneiro). Agradeço também ao Professor Alberto Oliveira, à Dr.ª Conceição Nogueira, à Dr.ª Cristina Giesteira (Centro de Documentação dos Portos Marítimos Quinhentistas), à Professora Ilídia Ferreira, ao Dr. Miguel Nogueira (Serviço de Infografia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto) e ao Professor Doutor Manuel Joaquim Moreira da Rocha que me acompanhou neste longo, mas proveitoso percurso. 7 Resumo Banhada pelo Oceano Atlântico, a Póvoa de Varzim soube, desde o século XVIII, retirar os melhores frutos que esta barreira natural lhe poderia proporcionar. Não podendo expandir-se para poente, para o mar, a então vila balnear procurou adaptar-se às contingências. Foi assim que a Póvoa explorou este filão, atraindo forasteiros das mais diversas proveniências. Os banhos de mar eram na época prescritos pelos médicos que aconselhavam os enfermos a estanciarem em lugarejos balneares, nomeadamente na Póvoa de Varzim. Estas recomendações não visavam somente o contacto com as terapêuticas águas salinas, mas também com o bulício que caracterizava a vila durante a quadra estival. A partir de meados de oitocentos, a Câmara Municipal desenvolveu um programa de abertura de novas ruas, arranjo de praças e jardins, que favoreceram a articulação urbana da Póvoa com o mar, ao mesmo tempo que a orla costeira recebia equipamentos para responder a procura de forasteiros que a escolhiam como estância de «banhos». Diversos estabelecimentos comerciais foram pontoando o mapa da vila, como por exemplo hotéis, onde a população sazonal podia acomodar-se; cafés e confeitarias, que proporcionavam aos veraneantes momentos agradáveis, tanto pelos concertos musicais, muito apreciados pelas senhoras, como pelo jogo de azar, um dos entretenimentos de eleição dos cavalheiros; teatros, onde as melhores companhias se apresentavam durante a estação de banhos; e ainda estabelecimentos de banhos quentes, que conjugavam as vertentes terapêutica e recreativa, proporcionando aos banhistas um contato mais agradável com a fria e irrequieta água do mar. Este trabalho pretende, assim, recuperar as idiossincráticas vivências da Póvoa, enquanto estância de veraneio, mas também estudar o desenvolvimento da malha urbana litoral, bem como os equipamentos aí edificados, constituindo-se estes dois pontos como os fundamentais do trabalho de investigação, que se baliza entre 1871 e 1930. Palavras-chave: Póvoa de Varzim; Vilegiatura; Urbanismo; Arquitetura; Vivências. 8 Abstract Bordering the Atlantic sea, Póvoa de Varzim has known back since the18th century how to take great advantage of everything that this natural barrier could provide. Not being capable of expanding towards west, to the sea, this former beach village soon tried to adapt itself to the contingencies. Therefore, this was the way Póvoa has explored this lode, attracting foreigners from the most varied provenances. Sea bathing was, by then, prescribed by doctors who advised their sick patients to stay in small villages by the sea, namely in Póvoa de Varzim. These recommendations not only aimed at advising the contact with salt water therapies, but also with the hustle and bustle which defined this village during the summer season. From mid-1800s on, the town council has developed a municipal programme comprising the opening of new streets, the revitalization of parks and gardens which allowed the urban articulation of Póvoa with the sea whilst the coastline was provided with equipment in order to be able to meet the demands of the foreigners who chose it as a «bathing» resort. In the meanwhile, several shops started dotting the map of the town, like hotels where this seasonal population could stay; cafes and sweet shops that provided the summer visitors with pleasant moments, not only due to the musical concerts widely cherished by ladies, but also thanks to gambling, one of the gentlemen’s most appreciated leisure activities; theatres where the best companies performed during the beach season; and also houses where sea hot baths were offered, combining therapy with entertainment, enabling the bathers to have a more enjoyable contact with the cold and restless sea water. This work aims at bringing back all the idiosyncratic living experiences of Póvoa as a summer resort, studying the development of this coastal urban fabric as well as the built equipments, being these last two points the fundamental core of this study,